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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Pedro Nunes LISBOA

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Escola Secundária com

3.º Ciclo do Ensino Básico de

Pedro Nunes

L

ISBOA

Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE

Datas da visita: 24 e 25 de Novembro de 2008

Avaliação Externa das Escolas

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Escola Secu ndária co m 3 .º Ciclo do Ensi no B ásico de Pedro N unes, Lisb oa  24 e 2 5 de Nove mbr o de 2008 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho Conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Pedro Nunes realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada nos dias 24 e 25 de Novembro de 2008.

Os capítulos do relatório ― Caracterização da Escola, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Escola, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE – Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pela Escola, será oportunamente

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Escola Secu ndária co m 3 .º Ciclo do Ensi no B ásico de Pedro N unes, Lisb oa  24 e 2 5 de Nove mbr o de - 2008 II – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Pedro Nunes situa-se na freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, e foi criada em 1906 com a designação de Lyceu Central de Lisboa, no Palácio Valadares. Em 17 de Novembro de 1911, passou a funcionar nas actuais instalações, construídas para o efeito, com a denominação de Lyceu Central de Pedro Nunes. Em 2006, ano do centenário da Escola, no âmbito do reordenamento da rede escolar e da fusão com a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Machado de Castro, foi-lhe atribuída a actual designação.

Actualmente, o número total de alunos é de 1090, sendo 367 do 3.º Ciclo do Ensino Básico (15 turmas) e 723 do Ensino Secundário (28 turmas), funcionando todos os cursos científico-humanísticos. A Acção Social Escolar atribuiu auxílios económicos a 126 alunos (11,6%): 84 do Escalão A e 34 do Escalão B. O número de alunos com computador em casa totaliza 936 (85,9%) e os que têm ligação à Internet são 897 (77,7%). No que diz respeito à diversidade cultural, constata-se que 5 % dos alunos são oriundos de outros países, nomeadamente do Brasil.

O corpo docente é constituído por 119 professores, sendo 92 do quadro de escola, dos quais 51 são titulares, 7 pertencem ao quadro de zona pedagógica, e 20 são contratados.

O pessoal não docente é constituído por 41 elementos: 24 auxiliares de acção educativa (14 do quadro e 10 contratadas), 6 cozinheiras (3 do quadro e 3 contratadas), 8 administrativos (3 do quadro e 5 contratados), 2 psicólogas do quadro e 1 segurança colocado pelo Ministério da Educação.

A grande maioria dos pais e encarregados de educação dedica-se ao sector terciário e a profissões intelectuais e científicas, apresentando um nível de escolaridade que se situa, na generalidade, entre o Ensino Secundário e os cursos de nível superior. No entanto, nos últimos anos, o corpo discente tem vindo a tornar-se mais heterogéneo, pois têm começado a frequentar a Escola alunos oriundos de grupos sociais com menos poder económico e menos escolarização, bem como de várias freguesias da cidade.

Actualmente, é de salientar que a Escola se encontra com obras de reabilitação, pois foi integrada, em 2007, no Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS BOM

No último triénio, as classificações médias nos Exames Nacionais do 9.º ano de escolaridade, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática foram superiores às médias nacionais No mesmo período, as classificações médias nos exames nacionais do 12.º ano, na disciplina de Português, para além das classificações terem vindo a descer, só foram superiores à média nacional no ano lectivo de 2005/2006. Todavia, na disciplina de Matemática, foram superiores. No ano lectivo transacto, as taxas de retenção e desistência, quer no Ensino Básico quer no Ensino Secundário, foram elevadas, tendo em conta o contexto socioeconómico das famílias. Os alunos têm estado representados no Conselho Pedagógico e na Assembleia de Escola, mas não existem evidências da sua participação efectiva na elaboração do Projecto Educativo, do Projecto Curricular de Escola e do Regulamento Interno. Na generalidade, existe um clima de segurança e predomina o bom relacionamento, entre alunos, docentes e pessoal não docente, existindo em todos um forte sentimento de pertença à Escola. As expectativas dos pais e encarregados de educação e dos alunos, ao longo dos anos, na esmagadora maioria dos casos, orientam-se para o prosseguimento de estudos de nível superior. Por isso, a oferta educativa disponibilizada tem ido nesse sentido.

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2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO BOM

A gestão curricular é feita seguindo a lógica de funcionamento dos grupos disciplinares. Os contactos formais entre departamentos ocorrem apenas em sede de Conselho Pedagógico, o que compromete a articulação curricular, ainda que as dinâmicas criadas nos conselhos de turma se mostrem eficazes na resolução dos problemas que vão surgindo. Os docentes gerem a sua planificação diária, tendo em conta as orientações estabelecidas nas reuniões do Departamento e as estratégias de actuação definidas nos conselhos de turma. Todavia, não são evidentes mecanismos formais de acompanhamento e supervisão da prática lectiva. O Serviço de Psicologia e Orientação tem prestado, em articulação com os directores de turma, um apoio muito significativo aos alunos na realização de sessões de psicopedagogia e de orientação vocacional. A Educação Especial, em articulação com as direcções de turmas e o Serviço de Psicologia e Orientação, tem constituído um alicerce relevante nas aprendizagens dos alunos com necessidades educativas especiais. A diversidade de actividades de enriquecimento curricular proporciona aos alunos um conjunto de experiências nas vertentes culturais e desportivas, que contribuem para a sua formação integral.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR BOM

A cultura da Escola tem raízes profundas na história da instituição, sendo evidente a importância concedida às aprendizagens académicas. É essa cultura partilhada, mais que os documentos reguladores da acção organizacional, que confere unidade e sentido ao trabalho desenvolvido. O Projecto Curricular de Escola é sumário e não constitui um documento orientador da gestão do currículo nacional. Este projecto não é verdadeiramente conhecido por alguns coordenadores de departamento. O Plano Anual de Actividades garante um conjunto de actividades amplo e diversificado, embora, essencialmente, baseado na escolha e na decisão dos diferentes departamentos. A articulação entre estes documentos orientadores da Escola é pouco visível, sendo que alguns não foram, ainda, actualizados, na sequência da entrada em vigor do Projecto Educativo. Os critérios fundamentais de distribuição de serviço docente são a continuidade pedagógica e a manutenção dos directores de turma em cada ciclo de estudos, mas devido a circunstâncias várias nem sempre tal situação tem sido possível, como por exemplo, a recente aposentação de muitos docentes. O edifício está a ser objecto de uma intervenção profunda, o que permitirá introduzir grandes alterações na gestão de espaços, serviços e equipamentos. Apesar das obras em curso, é bastante visível a rentabilização dos recursos físicos e materiais existentes. A participação dos pais e encarregados de educação verifica-se, essencialmente, ao nível dos contactos estabelecidos com os directores de turma e o Conselho Executivo sobre assuntos relacionados com os seus educandos. A direcção da Escola tem constituído turmas equilibradas, nomeadamente em termos de proveniência social, tendo em conta que existe um segmento significativo do corpo discente oriundo de famílias com elevado estatuto social. As diferenças sociais parecem ter uma expressão moderada no quotidiano da instituição.

4. LIDERANÇA BOM

O Conselho Executivo tem estabelecido prioridades e estratégias para a Escola e demonstra capacidade de mobilização da comunidade escolar em torno da prestação de um serviço educativo de qualidade. Os responsáveis da Escola e das diferentes estruturas, nomeadamente os directores de turma, a Educação Especial e o Serviço de Psicologia e Orientação demonstram grande segurança no exercício das funções que desempenham. Por outro lado, a Associação de Pais e Encarregados de Educação coopera com o Conselho Executivo para que sejam atingidos os objectivos da instituição. O exercício da liderança e a capacidade de iniciativa é bastante evidente nas direcções de turma e nos conselhos de turma. A Escola tem estado aberta a novas iniciativas, como por exemplo, a implementação de um modelo de auto-avaliação e desenvolvido projectos de âmbito nacional e internacional. A grande procura pela Escola, por alunos e encarregados de educação, mostra o

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trabalho realizado e o empenho do corpo docente que actua com profissionalismo, movido pela cultura de exigência e de dedicação à organização. A Escola para potenciar o desenvolvimento das suas actividades tem estabelecido parcerias, protocolos e projectos com diversas instituições da comunidade local e regional.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DA ESCOLA

SUFICIENTE

A importância que a Escola concede à qualidade educativa, levaram o Conselho Executivo a promover a adopção do modelo da Estrutura Comum de Avaliação – CAF (Common Assessment Framework) – para o processo de auto-avaliação. Contudo, os resultados da implementação do processo não foram devidamente divulgados à comunidade educativa. Por outro lado, os seus níveis de integração e participação, ainda, não indicam viabilidade para uma melhoria das áreas de vulnerabilidade identificadas.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

No último ano lectivo, tendo em conta os dados constantes no perfil de escola e os que foram disponibilizados pelo estabelecimento de ensino, as taxas de transição/conclusão no 3.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) foram de 92,7% no 7.º ano, 92,3% no 8.º ano e 89,9% no 9.º ano. No triénio de 2006/2008, as classificações médias nos exames nacionais do 9.º ano de escolaridade, na disciplina de Língua Portuguesa (3,1, 3,5 e 3,5, respectivamente) foram superiores às médias nacionais (2,7, 3,2 e 3,3, respectivamente). No mesmo período, na disciplina de Matemática, as classificações médias nos exames do 9.º ano de escolaridade (2,7, 2,4 e 3,1, respectivamente) foram superiores às nacionais (2,4, 2,2 e 2,9, respectivamente). Nos três anos de escolaridade do 3.º CEB, no último triénio, as disciplinas de maior sucesso foram Educação Visual, Geografia e Ciências Físico-Químicas. As línguas estrangeiras (Inglês, Alemão e Francês) foram as disciplinas com menor sucesso.

A Escola para manter e melhorar estes resultados tem vindo a adoptar estratégias, como por exemplo: o Plano de Acção para a Matemática, que envolve também as disciplinas de Língua Portuguesa e Educação Visual; a aplicação dos testes intermédios do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) para o 3.º CEB; o reforço da disciplina de Matemática na área curricular não disciplinar de Estudo Acompanhado e os apoios educativos. Quanto às línguas estrangeiras não existe, ainda, nenhum plano de acção de melhoria estruturado.

No Ensino Secundário, as taxas de transição/conclusão foram de71,6% no 10.º ano, 87,6% no 11.º ano e 62,0% no 12.º ano. Nos últimos três anos lectivos, as classificações médias nos exames nacionais do 12.º ano de escolaridade, na disciplina de Português (13,6, 11,1 e 10,4, respectivamente), para além de terem vindo a descer, só foram superiores à média nacional no ano lectivo de 2005/2006 (11,7, 11,3 e 10,4, respectivamente). No mesmo triénio, na disciplina de Matemática, as classificações médias nos exames do 12.º ano (10,7, 13,4 e 16,2, respectivamente) foram superiores às nacionais (8,0, 10,6 e 14,0, respectivamente).No que diz respeito à disciplina de Matemática, como se pode constatar, houve uma evolução significativa. É de referir que, no triénio mencionado, na disciplina de Português, as diferenças entre as classificações internas finais (12,7, 12,9 e 12,6) e as médias obtidas nos exames do 12.º ano não foram significativas, à excepção do ano lectivo de 2005/2006 em que as classificações dos exames foram superiores, em 0,9 valores, à classificação interna final. Na disciplina de Matemática (12,8, 12,6, e 13,4), nos dois anos lectivos transactos, as classificações dos exames foram superiores, em 0,8 e 2,8 valores, respectivamente, à classificação interna final.As áreas disciplinares de menor sucesso têm sido a História, a Geometria Descritiva e a Física e Química.

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A Escola atribui estes resultados académicos ao nível socioeconómico dos pais e encarregados de educação e ao investimento que, a grande maioria, faz ao nível do acompanhamento, interesse e apoio da escolarização dos seus educandos, bem como aos apoios educativos implementados e à experiência, à estabilidade e ao empenho do corpo docente.

No ano lectivo de 2007/2008, as taxas de retenção e desistência foram de 8,7% no Ensino Básico e de 27,3% no Ensino Secundário. Estes valores foram altos, tendo em conta o contexto socioeconómico das famílias. Todavia, segundo o Conselho Executivo (CE), muitos destes alunos voltaram a matricular-se no presente ano lectivo, outros foram frequentar escolas com cursos profissionais e, eventualmente, uma minoria ingressou no mercado de trabalho. Contudo, nas situações de abandono, que se têm verificado, ao nível do 3.º CEB, a Escola tem solicitado apoio junto dos agentes da Escola Segura e da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lisboa Ocidental (CPCJ) para, em conjunto, se encontrarem soluções. De acordo com o CE, o absentismo tem alguma expressão, nomeadamente no Ensino Secundário, apesar de não interferir nos resultados académicos.

A Escola não tem comparado, formalmente, os resultados obtidos com os de outras escolas.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

A Escola tem tido Associação de Estudantes que, apesar das dificuldades logísticas e económicas, realiza algumas actividades, como por exemplo, concertos, campeonato de skate e conferências sobre prevenção rodoviária. Os alunos têm estado representados no Conselho Pedagógico e na Assembleia de Escola, mas não existem evidências da sua participação efectiva na concepção do Projecto Educativo (PE), do Projecto Curricular de Escola (PCA) e do Regulamento Interno (RI). As actividades de enriquecimento curricular, como por exemplo clubes e projectos, não são da iniciativa dos alunos. Por outro lado, os alunos gostariam de ter sido formalmente informados, antecipadamente e com pormenor, das obras que se iriam efectuar na Escola no presente ano lectivo.

Os alunos, no geral, identificam-se com a Escola e contam com o apoio dos docentes, dos directores de turma (DT), do CE e do pessoal não docente na resolução das dificuldades do quotidiano.

No 3.º CEB, a área curricular não disciplinar de Formação Cívica é um espaço privilegiado para o debate de temas em torno de experiências vividas dentro e fora da sala de aula.

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

Na generalidade, existe um clima de segurança e predomina o bom relacionamento, entre alunos, docentes e pessoal não docente, existindo em todos um forte sentimento de pertença à Escola. Os alunos têm, na maioria dos casos, um comportamento disciplinado, conhecendo e cumprindo as regras de funcionamento. Contudo, tem havido algumas participações sobre o comportamento, nomeadamente no contexto de sala de aula, o que tem originado repreensões orais e escritas, bem como dias de suspensão que não têm sido convertidos em trabalhos de apoio à comunidade escolar, pois os respectivos pais e encarregados de educação não têm concordado com a implementação desta medida.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

As expectativas dos pais e encarregados de educação e dos alunos, ao longo dos anos, na esmagadora maioria dos casos, orientam-se para o prosseguimento de estudos de nível superior. Por isso, a oferta educativa disponibilizada tem ido nesse sentido. Contudo, no âmbito de novas oportunidades, foram abertos dois cursos profissionais: Técnico de Análise Laboratorial e Técnico de Informática e Gestão, mas não houve a procura necessária para poderem funcionar. Por outro lado, tem havido um impacto positivo das aprendizagens dos alunos junto da comunidade educativa alargada. Por isso, a Escola tem vindo a ser muito procurada por alunos e encarregados de educação.

A Escola tem efectuado algum tratamento estatístico dos dados relativos ao percurso escolar da população discente. No que diz respeito aos alunos que terminaram o 3.º CEB, a maioria, prossegue os

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estudos. No ano lectivo transacto, dos 238 alunos matriculados no 12.º ano, candidataram-se ao Ensino Superior, nas duas fases, 139 alunos, tendo sido colocados 89 (64%).

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO 2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A Escola tem 10 departamentos curriculares, mantendo, praticamente, a lógica de funcionamento dos grupos disciplinares. Os contactos formais entre departamentos ocorrem apenas em sede de Conselho Pedagógico, pelo que a articulação interdisciplinar acontece, principalmente, ao nível dos conselhos de turma e do Plano de Acção para a Matemática, que envolve três disciplinas. Além disso, muitos docentes não leccionam simultaneamente o Ensino Básico e o Ensino Secundário, o que não se mostra facilitador da articulação interciclos. Estes dois aspectos aliados ao facto dos alunos dos 7.º e 10.º anos serem oriundos de um vasto universo de escolas, quer do ensino público quer, maioritariamente, do ensino particular e cooperativo, evidenciam que a articulação sequencial é praticamente inexistente. Na generalidade dos departamentos, são realizadas, para cada ano de escolaridade, reuniões entre os docentes para elaborarem as planificações curriculares, matrizes e instrumentos de avaliação comuns e para produzirem e seleccionarem materiais pedagógicos.

As psicólogas do Serviço de Psicologia e Orientação (SPO), em articulação com os DT, realizam sessões de orientação vocacional para os alunos de 9.º ano e sessões informativas sobre requisitos para o acesso ao Ensino Superior e Formação Profissional para alunos de 12.º ano. Estas actividades têm-se mostrado muito relevantes para a orientação e acompanhamento dos alunos.

2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

A supervisão das actividades lectivas em sala de aula não tem sido uma prática utilizada, gerindo os docentes a sua planificação diária, tendo em conta as orientações estabelecidas nas reuniões do Departamento e as estratégias de actuação definidas nos conselhos de turma. Todavia, não são evidentes mecanismos formais de acompanhamento e supervisão deste trabalho.

Os conselhos de turma do 3.º CEB elaboram os Projectos Curriculares de Turma, definindo estratégias e procedimentos comuns, tendo em conta o perfil da turma e procedem à sua avaliação, quer no final de cada período quer no final do ano lectivo. Na generalidade, as dinâmicas geradas nos conselhos de turma têm-se mostrado eficazes na resolução dos problemas que vão surgindo.

Nem o PE nem o PCE incluem os critérios de avaliação que são definidos pelo Conselho Pedagógico que, posteriormente, são adaptados pelos diferentes departamentos, tendo em conta as especificidades de cada disciplina.

A análise e reflexão sobre os resultados escolares é realizada nos departamentos curriculares e, posteriormente, a análise final é feita em Conselho Pedagógico. Todavia, não têm sido definidas metas ao nível dos resultados académicos nem é prática usual a identificação de situações de sucesso.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

A docente da Educação Especial, em articulação com os DT, procede à identificação dos alunos com necessidades educativas especiais, uma vez que muitos deles não vêm sinalizados das escolas de origem. Estes alunos são avaliados de acordo com a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde e o trabalho desenvolvido tem resultado de contactos sistemáticos entre a docente da Educação Especial, os conselhos de turma, os DT, os encarregados de educação e, por vezes, as psicólogas do SPO. Actualmente, encontram-se referenciados 36 alunos com necessidades educativas especiais com carácter permanente. O apoio directo, no âmbito da Educação Especial, tem sido muito relevante nas aprendizagens destes alunos e, tendo em conta a especificidade dos casos que são acompanhados, é desenvolvido, geralmente, fora do contexto da sala de aula.

As medidas de apoio implementadas, para os alunos com dificuldades de aprendizagem, estão enquadradas no Plano de Acção para a Matemática, no reforço da disciplina de Matemática na área

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curricular não disciplinar de Estudo Acompanhado no 3.º CEB, e na sala de apoios, designada pela s@la 37, onde se encontram, ao longo do dia, docentes para esclarecer dúvidas. Esta sala é bastante procurada pelos alunos. Por outro lado, existem os planos de recuperação e de acompanhamento que estabelecem, entre outras, estratégias de diferenciação pedagógica em sala de aula, tutorias e aulas de apoio, no caso das disciplinas de Matemática e Físico-Químicas leccionadas pelos respectivos professores, o que não acontece nas outras disciplinas. Não existem planos de desenvolvimento. A análise da eficácia das medidas tomadas e dos resultados alcançados é feita em Conselho Pedagógico, mas não são calculadas as respectivas taxas de sucesso.

Os alunos envolvidos nos projectos de intercultura e no desporto de alta competição são acompanhados por docentes que lhes prestam apoio educativo, muitas vezes, em regime de voluntariado, para suprir as ausências justificadas.

É de referir que, para além das aulas de apoio de Português, também existem aulas de História para os alunos estrangeiros.

A intervenção do SPO, no domínio da acção escolar e profissional, foi realçada por diversos intervenientes. As psicólogas, em estreita articulação com os DT, realizam sessões de psicopedagogia individuais e em grupo para os alunos de 7.º ano. Para outras situações, de carácter mais grave, tem solicitado o apoio do Centro Pedopsiquiátrico do Hospital D. Estefânia e do Hospital de Santa Maria, bem como do Centro de Saúde Santa Isabel.

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

O Plano Anual de Actividades expressa a grande variedade de projectos e actividades de âmbito experimental, desportivo, cultural e social, que visam, no seu conjunto, a formação integral dos alunos, como por exemplo, as visitas de estudo que têm como finalidades, proporcionar o enriquecimento cultural e promover novas experiências educativas, bem como induzir um olhar crítico face ao mundo exterior. No entanto, algumas destas actividades de enriquecimento curricular acabam por ser uma continuidade das aulas. Presentemente, apesar das limitações de espaço decorrentes das actuais obras, desenvolvem-se várias acções, no âmbito do Clube da Saúde, do Espaço Lúdico, da Oficina da Escrita, do Clube da Matemática, do Atelier de Artes e do Atelier de Ideias. A Escola dispõe de laboratórios de Biologia e Geologia e de Física e Química bem apetrechados e os docentes promovem práticas activas e experimentais e fomentam uma atitude positiva face ao método científico.

A utilização das novas tecnologias é valorizada, os alunos têm acesso a equipamentos informáticos nas aulas no âmbito do Programa “Computadores, Rede e Internet na Escola” (CRIE), na Biblioteca, na s@la 37 e através da plataforma Moodle.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

O PE definido para o triénio 2007/2008 – 2009/2010, elege o domínio dos valores como linha orientadora da acção organizacional. No entanto, por vezes, esta opção não é visível no discurso dos diferentes actores, nem nos documentos reguladores da Escola (Projecto Curricular de Escola, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno). A cultura da Escola tem raízes profundas na história da instituição, sendo evidente a importância concedida às aprendizagens académicas e à preparação para o ingresso no Ensino Superior. É essa cultura partilhada, mais que os documentos reguladores da acção organizacional, que confere unidade e sentido ao trabalho desenvolvido na Escola.

O PCE é um projecto sumário e não constitui um documento orientador da gestão do currículo nacional, assim como não é verdadeiramente conhecido por alguns coordenadores de departamento. O Plano Anual de Actividades garante um conjunto de actividades amplo e diversificado, embora, essencialmente, baseado na escolha e na decisão dos diferentes departamentos. O PCE não é

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verdadeiramente conhecido por alguns coordenadores de departamento. O mesmo acontece, no caso dos alunos, pais e encarregados de educação, relativamente ao PE e ao Plano Anual de Actividades. A articulação entre estes documentos orientadores da Escola é pouco visível, sendo que alguns não foram, ainda, actualizados, na sequência da entrada em vigor do PE, como por exemplo, o RI.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

A gestão dos recursos humanos tem como referências fundamentais os princípios da qualidade de ensino e da equidade na educação. É de referir que os coordenadores dos directores de turma têm suprido as ausências geradas pela aposentação de colegas, nos casos em que os processos de contratação de docente são mais lentos. O acolhimento aos novos docentes é assegurado pelos coordenadores do departamento que os enquadram no contexto escolar e os apoiam e orientam nas questões de natureza pedagógica.

O plano de formação do pessoal docente e não docente consta no Plano Anual de Actividade. As acções de formação realizadas no último triénio para docentes reportaram-se às Área de Projecto, Avaliação de Professores, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), Plataforma Moodle e Quadros Interactivos. No que diz respeito às acções frequentadas pelo pessoal não docente, estão relacionadas, mormente com a área das TIC e primeiros socorros.

O número de auxiliares de acção educativa é adequado à tipologia e dimensão da Escola, bem como ao número de alunos, apesar de haver alguns que se encontram de baixa médica há algum tempo, o que, por vezes, tem gerado constrangimentos de gestão, no presente ano lectivo, agravados com às obras em curso.

Os Serviços de Administração Escolar estão organizados por áreas funcionais e o número de administrativos ainda é suficiente face às necessidades, pois também tem de dar resposta aos assuntos do Colégio da Lapa, de que a Escola é certificadora, e, às solicitações dos utentes da extinta Escola Secundária com 3.º Ciclo Machado de Castro.

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

A Escola possui um importante património físico, educativo e simbólico que se encontra presentemente a recuperar e a reorganizar. O edifício está a ser objecto de uma intervenção profunda, embora salvaguardando a sua individualidade e tradição, o que permitirá introduzir alterações profundas na gestão de espaços, serviços e equipamentos.

No contexto actual, as instalações e equipamentos são pouco motivadores, os computadores encontram-se concentrados num número restrito de salas (embora o recurso aos computadores portáteis seja frequente) e as escadas do edifício principal estão longe de assegurar a segurança das pessoas que por elas circulam quotidianamente. Apesar desta situação, é bastante visível a rentabilização dos recursos físicos e materiais existentes, de forma a possibilitar que os diferentes actores da comunidade escolar possam desenvolver a sua actividade o melhor possível.

A Gestão desenvolve algumas estratégias de captação de recursos financeiros, designadamente através da cedência das instalações para filmagem de spots publicitários e para actividades recreativas e desportivas de associações e clubes locais.

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA

A participação dos pais e encarregados de educação verifica-se, essencialmente, ao nível dos contactos estabelecidos com os DT e o CE sobre assuntos relacionados com os seus educandos. Os processos de participação formal nos órgãos da Escola assumem reduzida relevância, assim como a intervenção na elaboração dos documentos orientadores da instituição (Projecto Educativo, Plano Anual Actividades e Regulamento Interno). Existe na Escola uma Associação de Pais e cada turma tem o seu representante, que dinamiza a participação dos pais nesse nível de intervenção. No entanto, as reuniões promovidas pela Associação são pouco participadas.

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Escola Secu ndária co m 3 .º Ciclo do Ensi no B ásico de Pedro N unes, Lisb oa  24 e 2 5 de Nove mbr o de 2008 3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

A direcção da Escola tem constituído turmas equilibradas, nomeadamente em termos de proveniência social, tendo em conta que existe um segmento significativo do corpo discente oriundo de famílias com elevado estatuto social. As diferenças sociais têm uma expressão moderada no quotidiano da instituição.

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

O Conselho Executivo estabeleceu prioridades e estratégias e demonstra capacidade de mobilização da comunidade escolar em torno da prestação de um serviço educativo de qualidade. No entanto, o processo de decisão parece estar fortemente concentrado no CE, tendo assumido a Assembleia de Escola mais um papel de aconselhamento do que de intervenção, apesar de ter cumprido as atribuições que lhe estavam cometidas. O órgão de gestão tem consciência do que pretende alcançar, tendo em conta os objectivos da sua população discente e as expectativas das famílias, prosseguindo uma estratégia que visa consolidar a imagem da instituição entre os jovens que procuram o prosseguimento de estudos de nível superior.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Os responsáveis das diferentes estruturas, nomeadamente das direcções de turma, da Educação Especial e do SPO demonstram grande segurança no exercício das funções que desempenham. Por outro lado, a Associação de Pais e Encarregados de Educação coopera com o CE para que sejam atingidos os objectivos da instituição. O exercício da liderança e a capacidade de iniciativa são bastante evidentes nas direcções de turma e nos conselhos de turma.

A grande procura pela Escola, por alunos e encarregados de educação, mostra o trabalho realizado e o empenho do corpo docente que actua com profissionalismo, movido pela cultura de exigência e de dedicação à organização.

De um modo geral, os actores da comunidade escolar revelam motivação e um forte sentimento de pertença à instituição.

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

A Escola é reconhecida por alunos e encarregados de educação pela qualidade do ensino ministrado e no sentido de promover as aprendizagens, tem estado aberta a novas iniciativas, como por exemplo, a implementação de um modelo de auto-avaliação, a introdução dos cartões magnéticos e a utilização de diferentes tecnologias de informação e comunicação, bem como a adesão a vários projectos de âmbito nacional e internacional.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

A localização da Escola numa zona nobre da cidade, onde se concentram instituições culturais de relevo, cria algumas condições favoráveis ao desenvolvimento de parcerias locais. Por isso, para potenciar o desenvolvimento das suas actividades, tem estabelecido parcerias, protocolos e projectos com diversas instituições, tais como: Escola Superior de Educação João de Deus, Fundação Musical Amigos das Crianças, Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal e Junta de Freguesia de Santa Isabel.

A Escola tem valorizado muito as aprendizagens dos alunos e estimulado o sucesso académico e educativo. Por isso, tem vindo a aderir a vários projectos de âmbito nacional e a promover várias iniciativas, como por exemplo: Plano de Acção para a Matemática; Programa “Computadores, Rede e Internet na Escola” (CRIE), Programa Rede de Bibliotecas Escolares A nível internacional aderiu ao Projecto Comenius.

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5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DA ESCOLA 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

A importância que a Escola concede à qualidade educativa, levou o CE a promover a adopção do modelo da Estrutura Comum de Avaliação, vulgo CAF (Common Assessment Framework), depois de algumas tentativas infrutíferas para desenvolver outros processos de auto-avaliação. Na implementação inicial do modelo contaram com o apoio de uma consultora externa, que também tem assegurado o tratamento estatístico dos inquéritos por questionário aplicados a docentes, não docentes, alunos, pais e encarregados de educação. O desenvolvimento dos indicadores, a construção dos instrumentos de recolha de dados e a elaboração das propostas de planos de melhoria são da responsabilidade da equipa de auto-avaliação que congrega docentes de diversos departamentos. Contudo, as conclusões não foram devidamente divulgadas, o que diminuiu o seu impacto institucional, pois a generalidade dos entrevistados desconhecia-as. Por outro lado, a reduzida participação nas propostas dos planos de melhoria, da responsabilidade praticamente exclusiva da equipa de auto-avaliação, contribuiu para a fragilidade dos mesmos e para o seu impacto reduzido.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

A Escola conhece os seus pontos fortes e fracos, na sequência do processo que implementou, mas ainda não se apropriou das propostas apresentadas pela equipa de autoavaliação, para introduzir melhorias nas áreas de vulnerabilidade identificadas. No entanto, assenta numa cultura organizacional bastante sólida e tem condições para melhorar e divulgar o processo de auto-avaliação, mas os níveis de participação dos diferentes parceiros da comunidade educativa, ainda não evidenciam a sustentabilidade do progresso.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Pedro Nunes (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam a Escola e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 Os resultados académicos, nomeadamente nos exames nacionais dos 9.º e 12.º anos de escolaridade;

 O forte sentimento de pertença à Escola demonstrado por docentes, discentes, pessoal não docente e pais e encarregados de educação;

 O apoio muito significativo prestado pelo Serviço de Psicologia e Orientação na realização de sessões de psicopedagogia, informativas e de orientação vocacional para alunos;

 As dinâmicas geradas nos conselhos de turma têm-se mostrado eficazes na resolução de problemas que vão surgindo;

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 A valorização das aprendizagens estimulada pela Escola vai ao encontro das expectativas da grande maioria dos alunos e das suas famílias que se orientam no sentido do prosseguimento de estudos do nível superior;

 O trabalho desenvolvido pelas direcções de turmas, a Educação Especial e o Serviço de Psicologia e Orientação tem constituído um apoio nas aprendizagens dos alunos com necessidades educativas especiais;

 A grande procura pela Escola, por alunos e encarregados de educação, em resultado da qualidade do trabalho realizado e do empenho do corpo docente.

Pontos fracos

 No ano lectivo de transacto, as taxas de retenção e desistência, quer no Ensino Básico quer no Ensino Secundário, foram altas, tendo em conta o contexto socioeconómico das famílias;  A inexistência de evidências da participação dos alunos na elaboração do Projecto Educativo,

do Projecto Curricular de Escola e do Regulamento Interno;

 O Projecto Curricular de Escola é sumário e não constitui um documento orientador da gestão do currículo nacional;

 O desconhecimento, por parte de alguns coordenadores de departamento, do Projecto Curricular de Escola;

 A articulação entre os documentos orientadores da Escola é pouco visível, sendo que alguns não foram, ainda, actualizados, na sequência da entrada em vigor do Projecto Educativo;  A deficiente divulgação das conclusões do processo de auto-avaliação, junto da comunidade

educativa, reduziu o seu impacto.

Oportunidades

 As obras de reabilitação permitirão introduzir alterações profundas na gestão dos espaços e equipamentos.

Constrangimentos

 O número de auxiliares de acção educativa que se encontram de baixa médica, há algum tempo, tem gerado constrangimentos de gestão, no presente ano lectivo, agravados com as obras em curso.

Em resultado do contraditório apresentado pela Escola e do documento entregue à equipa de avaliação, no final da visita, este relatório foi alterado:

- Na página 3, 2.º parágrafo, onde se lia “116 do 3.º Ciclo do Ensino Básico (…)”, passou a ler-se “367 do 3.º Ciclo do Ensino Básico (…)”.

Referências

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