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Rio encerra ciclo olímpico com recorde na Paralimpíada

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Foi quase no apagar das luzes que o Rio de Janeiro conseguiu encerrar o ci-clo olímpico em grande estilo. Foi na quinta-feira que o comitê organizador dos Jogos anunciou a quebra da bar-reira dos 2 milhões de ingressos vendi-dos para as Paralimpíadas, atingindo a meta estipulada pelo Rio 2016.

“Só hoje (quinta-feira) vendemos 47 mil ingressos. Não temos mais ingres-sos disponíveis para o fim de semana,

restam pouquíssimos para a Cerimônia de Encerramento”, disse Mario Andra-da, diretor de comunicações do Rio-16. O número consagrou a “arrancada” das Paralimpíadas no início de setem-bro, quando o evento ainda estava pre-visto para ocorrer com o risco de um fiasco na venda de ingressos e na co-bertura da mídia, após um empolgante encerramento dos Jogos Olímpicos, no dia 21 de agosto, com ótimo

públi-Rio encerra ciclo olímpico

com recorde na Paralimpíada

POR ERICH BETING

| B O L E T I M E S P E C I A L | J O G O S PA R A L Í M P I C O S • R I O 2 0 1 6 |

EDIÇÃO • 002 DOMINGO, 18 DE SETEMBRO DE 2016

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Parque Olímpico da Barra lotado durante a disputa das Paralimpíadas;

evento, que esteve sob risco de não acontecer, foi bem

executado e teve maior alacnce da história do país, com recorde de ingressos vendidos e audiência na TV e pela internet 1 O F E R E C I M E N T O

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co e um alcance pleno da trans-missão pela mídia em geral.

A seu modo, a Paralimpíada caiu nas graças do público. A transmissão da cerimônia de abertura, dia 7 de setembro, re-gistrou a maior audiência da his-tória do Sportv2, valendo a lide-rança ao canal no horário nobre.

“Temos mais emissoras do que nunca cadastradas para cobrir os Jogos, inclusive de novos países. Confiamos que quebraremos a

marca de 4 bilhões de pessoas de audiência pela primeira vez”, disse Phil Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacio-nal, pouco antes da abertura.

Os números consolidados de-vem ser revelados até o fim do mês. No Brasil, além do Sportv, a TV Brasil exibiu as competições.

Entre o público, a ida de 167 mil pessoas ao Parque Olímpico no sábado, dia 10, foi o recorde entre todos os dias do Rio, seja

na Olimpída ou na Paralimpíada. E, segundo o “Meio e Mensa-gem”, uma pesquisa feita pelo Rio 2016 nesse dia mostrou que 95% das pessoas saíram satisfei-tas com o evento naquele dia.

“Em cada edição temos batido recordes, alcançado novas eta-pas, com patrocinadores fazendo mais. Estamos em um ótimo ca-minho, mas pode-se fazer mais”, disse ao M&M Alexis Schaefer, diretor comercial do CPI.

P A T R O C Í N I O

GRANDES

NÚMEROS

2 mi

R$ 1.000

71

262

167

de ingressos foram

vendidos para os Jogos

Paralímpicos, o que

coloca o Rio como

a segunda edição de

Jogos com maior

público da história,

atrás de Londres 2012

medalhas o Brasil ganhou

até a manhã de domingo;

ainda há quatro chances

de medalhas na maratona

MIL PESSOAS ESTIVERAM NO PARQUE OLÍMPICO DIA 10, RECORDE DE BILHETES VENDIDOS EM TODO O PERÍODO DO RIO 2016

É O VALOR MAIS CARO DO INGRESSO PARA A CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO DO RIO-16

dos 289 atletas

brasileiros têm apoio

dado pelo governo

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Foi surpreendente, dadas as condi-ções completamente adversas, o suces-so dos Jogos Paralímpicos no Brasil.

Se pensarmos que, a duas semanas do evento, faltava dinheiro e público para a realização das Paralimpíadas, o saldo final foi extremamente positivo.

E como aproveitar esse sucesso? Essa é a pergunta que deve permear os trabalhos do Comitê Paralímpico do Brasil nos próximos meses. Não é possível deixar diminuir o interesse das pessoas pelas Paralimpíadas, já que isso significaria perder todo o legado

que os Jogos podem trazer nas mensa-gens de inclusão social de deficientes, no desenvolvimento do paradesporto e, ainda, no interesse pelo esporte.

O maior alento que existe no Brasil após as Paralimpíadas é a existência do centro de treinamento adaptado, em São Paulo. Com isso, os atletas do país poderão seguir em desenvolvimento.

É natural que, numa cobertura tão extensa feita pela mídia, tenhamos um aumento do interesse de pessoas com deficiência em procurar o esporte como meio de transformação da vida.

Precisamos estar mais bem preparados para atender a esse tipo de demanda.

O maior questionamento, porém, é o quanto o mercado está pronto para absorver o paradesporto como forma de ativação de suas marcas. Até hoje, foi o dinheiro público quem bancou o esporte para deficientes no Brasil.

Será que agora estamos prontos para ver que é possível usar o paradesporto como uma boa ferramenta de marke-ting para o mercado corporativo?

Próximo passo é não deixar

interesse paralímpico baixar

Antes de começar as Paralimpíadas, o Brasil estipulou como meta ficar entre os cinco pri-meiros colocados do quadro de medalhas. Du-rante boa parte dos Jogos, o país conseguiu alcançar esse objetivo. Na reta final, porém, Alemanha, Austrália e Holanda ficaram à frente, mas o resultado está longe de ser um fracasso.

O Brasil encerra as Paralimpíadas com pelo menos 71 medalhas, recorde absoluto na histó-ria, quase dobrando o desempenho de Londres 2012 (foram 43 medalhas) e o melhor resultado do país numa edição, a de Pequim 2008 (47).

Neste domingo, Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico do Brasil dará entre-vista em que comentará sobre a participação brasileira no evento. Até então, Parsons, que

era o maior defensor da meta de Top 5, não concedeu entrevistas durante os Jogos. Antes do evento, porém, já explicava a meta criada.

“O quinto lugar é factível. E voos mais altos vão ser factíveis em Tóquio. É claro que é di-fícil. De Pequim para Londres, pulamos cinco posições, mas alguns adversários não eram tão fortes como são agora”, afirmou Parsons.

Nem mesmo a ausência da Rússia, banida do Rio 2016 pelo escândalo de doping sistemático que envolve o país, foi suficiente para colocar o Brasil entre os cinco primeiros colocados. O que resta de consolo é que o país chegou como nunca ao pódio nos Jogos do Rio.

Para 2020, a aposta é na melhoria de perfor-mance por conta da melhoria em infraestrutura.

Brasil não atinge meta de 5º lugar, mas

tem melhor desempenho da história

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POR REDAÇÃO

O P I N I Ã O

POR ERICH BETING

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Não poderia ter sido mais simbólica a disputa dos 100m livres, classe S5, da natação. A final que consagrou Daniel Dias como o maior na-dador da história paralímpica representou também a última prova de Clodoaldo Silva, o homem que popularizou o paradesporto no país.

“Eu pude começar no esporte olhando você competir. Meu muito obrigado, Clodoaldo. Todos nós temos que agradecer muito por tudo o que já fez pelo esporte paralímpico”, disse Daniel, ao microfone, numa piscina lotada de torcedores que homenagearam Clodoaldo.

A festa após a prova marcou a prórpia transição e transformação do paradesporto no Brasil. Em 2004, quando conquistou seis medalhas de ouro nas Paralimpíadas de Atenas, Clodoaldo Silva levou para todo o Brasil a história dos Jogos. Pela primeira vez uma Paralimpíada foi transmitida ao vivo na TV paga. O “Tubarão”, porém, levou para além o alcance dos Jogos, fazendo com que o país inteiro visse, na TV aber-ta, os seus feitos. Entre eles estava Daniel, que agora se transformou na maior lenda da natação paralímpica. Com o desempenho nos Jo-gos, somou 24 medalhas em três paralímpiadas, recorde mundial.

“Depois de Atenas-2004, surgiram projetos para incentivar crianças e adolescentes a praticarem esporte. Hoje, temos as Paralimpíadas escolares que são as maiores do mundo. E com isso surgem grandes talentos em todas as modalidades. Fico feliz porque tudo começou em Atenas e eu colaborei com isso”, afirmou Clodoaldo após a prova.

Rio marca transição de

Clodoaldo para Daniel

POR REDAÇÃO

C I C L I S TA M O R R E

A P Ó S A C I D E N T E

O iraniano Bahman Golbarnezhad, de 48 anos, caiu em uma das descidas de Grumari na prova de ciclismo na estrada e bateu com a cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos, teve parada cardíaca e morreu a caminho do hospital.

Em sinal de luto, as bandeiras do Irã e a paralímpica estão a meio mastro na Vila Olímpica e também no Riocentro, onde o Irã disputa a final do vôlei sentado. Na cerimônia de encerramento dos Jogos haverá uma homenagem.

N I S S A N C E L E B R A

‘ P R É - S A L Ã O ’

A alta frequência de público dentro do Parque Olímpico da Barra durante os Jogos Paralímpicos foi celebrada pela Nissan, patrocinadora do evento.

Segundo a montadora, centenas de milhares de pessoas visitaram o estande montado no Parque, que serve para apresentar diversos modelos da marca. O espaço foi considerado uma prévia do Salão do Automóvel, que acontece entre 10 e 20 de novembro em São Paulo e é o maior evento do setor automotivo.

I V E T E S A N G A L O

C A N TA E M F E S TA

A cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos acontece a partir das 20h neste domingo. E a principal atração deverá ser o encerramento do evento com um show de Ivete Sangalo.

A cantora, que foi embaixadora dos Jogos do Rio 2016, vai ser a principal atração da festa, que segundo o comitê organizador, promete envolver diversos cantores. “Do começo ao fim, teremos muitos músicos brasileiros”, diz Flávio Machado, produtor executivo da festa. • C U R TA S PA R A L Í M P I C A S •

Referências

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