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Boletim. Federal. Manual de Procedimentos. IPI - Exposições e feiras - Tratamento fiscal. ICMS - IPI e Outros 1. INTRODUÇÃO

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI - Exposições e feiras -

Tratamento fiscal

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito

3. Suspensão do IPI

4. Feiras e exposições internacionais - Isenção 5. Procedimentos fi scais

6. Alienação da mercadoria no local do evento 7. Exemplo

1. INTRODUÇÃO

Com o objetivo de divulgar os produtos de sua área de atuação, os contribuintes eventualmente par-ticipam de feiras de amostras, exposições ou even-tos semelhantes, em cujos ambientes têm a

oportunidade, também, de promover a comercialização de seus produtos.

Na remessa de mercadoria para a exposição em feiras de amostras ou eventos semelhan-tes, deverão ser adotados procedi-mentos fi scais específi cos, os quais examinaremos neste texto, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo De-creto no 7.212/2010.

(RIPI - Decreto no 7.212/2010)

2. CONCEITO

Considera-se feira de amostra o evento em que o contribuinte expõe, demonstra ou promove seus pro-dutos perante o público.

(Parecer Normativo CST no 78/1973, item 3)

3. SUSPENSÃO DO IPI

A saída (e o retorno) de produtos do estabe-lecimento industrial ou equiparado a industrial destinada à exposição em feiras de amostras ou

eventos semelhantes poderá ser realizada com a suspensão do IPI.

Ressalta-se que, para prevalecer a suspensão, é necessário que a remessa seja destinada exclusiva-mente a exposição, vinculada, portanto, ao retorno da mercadoria, mesmo que simbólico, ao estabelecimen-to remetente.

Em relação ao retorno da mercadoria ao remeten-te, observa-se que a legislação não prevê prazo espe-cífi co para que ele ocorra, razão pela qual julgamos conveniente que o retorno seja efetuado tão logo se fi nalize o evento, uma vez que, após esse período, não há justifi cativa para que a mercadoria permaneça

no local do evento.

(RIPI/2010, art. 43, II; Parecer Normativo CST no 242/1972, item 5)

4. FEIRAS E EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS - ISENÇÃO

Estão benefi ciados com a isen-ção do IPI os produtos importados destinados a consumo no recinto de congressos, feiras e exposições internacio-nais e eventos assemelhados, a título de promoção ou degustação, de montagem ou conservação de estandes ou de demonstração de equipamentos em exposição, observando-se que a isenção:

a) não se aplica aos produtos destinados à mon-tagem de estandes suscetíveis de serem apro-veitados após o evento;

b) está condicionada a que nenhum pagamento, a qualquer título, seja efetuado ao exterior, em relação aos produtos objeto da isenção; c) está sujeita a limites de quantidade e valor,

além de outros requisitos, estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda.

(RIPI/2010, art. 54, XXIV)

tos semelhantes, em cujos ambientes têm a oportunidade, também, de promover a

no Regulamento do IPI, aprovado pelo

De-no local do evento.

(RIPI/2010, art. 43, II; Parecer Normativo CST n

4. FEIRAS E EXPOSIÇÕES

ção do IPI os produtos importados destinados a consumo no recinto de Considera-se feira

de amostra o evento em que o contribuinte expõe,

demonstra ou promove seus produtos perante o

público

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2 PE Manual de Procedimentos - Mar/2011 - Fascículo 12 - Boletim IOB 4.1 Despacho aduaneiro de admissão temporária

No despacho aduaneiro de admissão temporária de bens destinados a feiras ou exposições comerciais ou industriais, bem como a exposições, espetáculos, competições, congressos ou eventos de natureza científica, artística ou esportiva, deverão ser observa-dos procedimentos específicos, além daqueles pre-vistos na legislação do regime de admissão temporá-ria, destacando-se que:

a) a concessão do regime dependerá da apre-sentação de documento que comprove a rela-ção existente entre o interessado e o evento; b) é dispensado o preenchimento dos campos

da Declaração Simplificada de Importação (DSI) relativos aos tributos incidentes na im-portação;

c) na composição do valor do Termo de Respon-sabilidade, não será exigida a indicação dos valores relativos ao crédito tributário suspenso; d) os impressos, os folhetos ou os brindes de

pequeno valor (relativos aos eventos) trazidos como bagagem acompanhada serão desem-baraçados sem qualquer formalidade.

(Instrução Normativa SRF no 35/1999)

5. PROCEDIMENTOS FISCAIS 5.1 Remessa

A remessa de mercadoria para o local onde será realizada a feira de amostras deverá ser acobertada por Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou por Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) se o contribuinte estiver obrigado à emissão desse documento fiscal, na forma do Ajus-te Sinief no 7/2005 e legislação complementar. Além

dos requisitos exigidos, essas notas fiscais deverão conter, no campo “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais”, a expressão “Saída com suspensão do IPI - Art. 43, II, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, art. 43, II, art. 396, I e art. 415, III; Ajuste Sinief no 7/2005)

5.2 Retorno

Para acobertar o retorno das mercadorias ao es-tabelecimento de origem, deverá ser emitida Nota Fis-cal, modelo 1 ou 1-A, identificada como de entrada, ou NF-e se o contribuinte estiver obrigado à emissão

desse documento fiscal, na forma do Ajuste Sinief no

7/2005 e legislação complementar.

Esse documento deverá ser emitido, também, quando ocorrer a venda ou a transferência da merca-doria a terceiros sem que haja o seu retorno ao esta-belecimento de origem.

A nota fiscal relativa à entrada, além de conter os dados constantes do documento fiscal que acobertou a remessa da mercadoria para o local do evento, con-terá também o dispositivo concessivo da suspensão, ou seja, a expressão “Retorno com suspensão do IPI - Art. 43, II do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, art, 43, II, art. 434, V, e art. 435, II; Ajuste Sinief no 7/2005)

6. ALIENAÇÃO DA MERCADORIA NO LOCAL DO EVENTO

Na hipótese de ocorrer alienação da merca-doria no local do evento, o contribuinte deverá emitir:

a) nota fiscal relativa à entrada simbólica, na qual serão indicados os dados do documento fiscal que acobertou a remessa da mercadoria para o local do evento;

b) nota fiscal com lançamento do IPI (se incidente na operação), na qual será indicada, no cam-po “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais”, a expressão “O produto sairá de... sito na Rua...no ..., na

Cidade de...”.

(RIPI/2010, art. 415, VII, e art. 434, V)

7. EXEMPLO

Vamos supor que a empresa “Ind. e Com. de Mó-veis Triunfo Ltda.” pretenda participar da “Feira Nacio-nal do Mobiliário”, a ser realizada no “Pavilhão de Ex-posições XX”, para a qual remeterá 5 jogos de quarto, de madeira.

Nesse caso, os documentos fiscais serão emitidos conforme os exemplos contidos nos subitens a seguir, ressaltando-se, ainda, que, em relação ao ICMS, de-verá ser observada a legislação do Estado onde se localiza o estabelecimento.

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4 PE Manual de Procedimentos - Mar/2011 - Fascículo 12 - Boletim IOB 7.2 Alienação da mercadoria durante a realização do evento com saída direta desse local

Vamos supor que a mercadoria tenha sido alienada durante a realização do evento e que a sua saída para o adquirente será realizada diretamente desse local. Nesse caso, os documentos fiscais serão emitidos conforme ilustrado nos subitens a seguir.

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7.2.2 Nota fiscal relativa à venda da mercadoria com saída do local do evento

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6 PE Manual de Procedimentos - Mar/2011 - Fascículo 12 - Boletim IOB

Estadual

ICMS/PE - Diferimento - Operações

com algodão

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Diferimento nas operações com algodão 3. Recolhimento

4. Saídas interestaduais por contribuinte sem escrita fiscal

5. Base de cálculo do imposto 6. Livre circulação do produto

7. Nota fiscal de entrada no estabelecimento adquirente 8. Crédito do imposto

1. INTRODUÇÃO

O algodão, que é considerado a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, é também a planta de aproveitamento mais completo e que ofere-ce os mais variados produtos de utilidade.

No Brasil, embora o algodão não seja cultivado de modo generalizado em todo o território nacional, é uma das culturas que possuem relevância na econo-mia nacional.

Especialmente no Estado de Pernambuco, a safra 2009/2010 totalizou a produção de 1,9 mil toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab), trazendo grande relevância no mer-cado estadual.

Examinaremos, no presente texto, o tratamento fiscal dispensado às operações com algodão, com base no Regulamento do ICMS do Estado de Pernam-buco.

(http://www.agrocim.com.br/noticia/Governo-aprova-zone-amento-agricola-do-algodao-em-Pernambuco.html)

2. DIFERIMENTO NAS OPERAÇÕES COM ALGODÃO

Dentre os incentivos fiscais concedidos pela le-gislação do ICMS, destacamos o diferimento do reco-lhimento do imposto.

Conforme previsto na legislação, diferimento é a situação tributária por meio da qual, cumulativamente:

a) transfere-se, para o adquirente ou tomador do serviço, conforme dispuser a legislação tributária específica, a responsabilidade pelo imposto devido em determinada operação ou prestação;

b) adia-se, para outro momento indicado na le-gislação tributária específica, o termo inicial do prazo de recolhimento do imposto devido. Nas operações internas com algodão em rama, o responsável pelo recolhimento do imposto fica diferido para o estabelecimento industrial ou bene-ficiador, que assume a qualidade de contribuinte substituto.

Vale esclarecer que se consideram estabeleci-mentos da usina beneficiadora de algodão, as suas agências de compra localizadas neste Estado.

(RICMS-PE/1991, arts. 12, 13, 443 e 452) 3. RECOLHIMENTO

O recolhimento do ICMS fica diferido para o mo-mento da saída do produto resultante de industriali-zação ou beneficiamento do algodão em rama, cujo recolhimento deverá ser feito pelo estabelecimento industrial ou beneficiador juntamente com os outros recolhimentos de sua responsabilidade direta, pelas saídas que promover, no prazo de sua categoria.

Ressalta-se que, quando da saída do algodão em rama para estabelecimento comercial que não faça a remessa para estabelecimento industrial deste Estado, o diferimento é interrompido, ficando o comerciante adquirente responsável pelo recolhimento do impos-to relativo às operações anteriores, no prazo previsimpos-to para o estabelecimento comercial adquirente.

(RICMS-PE/1991, art. 443, §§ 1o, 2o e 3o; art. 444)

4. SAÍDAS INTERESTADUAIS POR CONTRIBUINTE SEM ESCRITA FISCAL

Na hipótese de haver a saída de algodão em rama para outra Unidade da Federação, por um contribuinte que não possua escrita fiscal, o recolhimento do ICMS deverá ser efetuado antes da saída da mercadoria.

(RICMS-PE/1991, art. 445)

5. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO

Nas saídas para outra Unidade da Federação, promovidas por produtor agropecuário, será consi-derado como base de cálculo o valor da pauta, que, para o algodão em rama, é de R$0,60 o quilo. Nos demais casos, a base de cálculo será o valor que

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de-correr a saída da mercadoria, incluídas as despesas acessórias cobradas ao destinatário.

Na hipótese de transferência, caso a base de cálculo não seja o valor de pauta, o imposto será calculado com base na saída de mercadoria para estabelecimento pertencente ao mesmo titular e cor-responderá:

a) ao valor da entrada mais recente da merca-doria, tratando-se de estabelecimento co-mercial;

b) tratando-se de produto primário, ao seu preço corrente no mercado atacadista do estabeleci-mento remetente, quando produtor;

c) nos demais casos:

c.1) na saída interna e interestadual, ao custo da mercadoria produzida, assim entendi-da a soma do custo entendi-da matéria-prima, do material secundário, da mão de obra e do acondicionamento;

c.2) na saída interna de produtos incentiva-dos, promovida por empresa industrial, beneficiária de incentivo financeiro, para as suas filiais localizadas neste Estado, ao valor diferente do custo da mercado-ria produzida, limitado ao preço máximo de venda praticado pelo estabelecimen-to destinatário, observado o disposestabelecimen-to no art.14, § 51 do RICMS/1991.

(RICMS-PE/1991, art. 14, XV, e art. 446; Instrução Normati-va CAT no 7/2003, Anexo IV)

6. LIVRE CIRCULAÇÃO DO PRODUTO

Fica livre a circulação de algodão em rama, quan-do o produto circular acompanhaquan-do quan-dos seguintes documentos:

a) Nota Fiscal de Produtor, se promovida a saída realizada por produtor agropecuário;

b) nota fiscal de entrada, quando o destinatário assumir o encargo de transportar os produ-tos, a qualquer título, remetidos por produtor agropecuário, sem prejuízo da Nota Fiscal de Produtor de que trata a letra anterior;

c) nota fiscal, em outras hipóteses.

(RICMS-PE/1991, art. 447)

7. NOTA FISCAL DE ENTRADA NO ESTABELECIMENTO ADQUIRENTE

Quando o estabelecimento adquirente der entra-da do algodão em rama, será emitientra-da a nota fiscal de

entrada, que deverá conter, além das indicações pre-vistas no modelo próprio, a observação “Recolhimen-to do ICMS de responsabilidade do emitente”.

Na hipótese de o imposto já houver sido recolhi-do antes da entrada recolhi-do algodão no estabelecimen-to adquirente, a observação mencionada no final do parágrafo anterior deverá ser substituída por “ICMS recolhido através do DAE”.

Caso o produtor esteja domiciliado no mesmo mu-nicípio do adquirente, poderá ser emitida uma única nota fiscal de entrada correspondente às entradas ve-rificadas no mesmo dia.

Ademais, o estabelecimento adquirente deverá anexar, à nota fiscal de entrada, o documento fiscal que acompanhou o produto.

Ainda, ressalta-se que se o algodão for adquirido de produtor agropecuário não inscrito, o estabeleci-mento adquirente apresentará ao Fisco a Relação de Operações por Municípios (ROM), juntamente com a Guia de Informação e Apuração Mensal do ICMS (Giam) do período a que se referir a transação comercial.

(RICMS-PE/1991, art. 448, §§ 1o ao 4o, e art. 451)

8. CRÉDITO DO IMPOSTO

Quando o estabelecimento adquirir algodão em rama de outra Unidade da Federação, este poderá creditar-se do imposto destacado no documento fis-cal que acompanhar a mercadoria.

Para tanto, na saída dos produtos adquiridos, o contribuinte debitar-se-á do imposto incidente sobre a operação, efetuando o recolhimento no prazo previsto para os estabelecimentos de sua natureza.

Na hipótese de saída, sem débito do imposto, de produto resultante de beneficiamento ou industrializa-ção do algodão em rama, o recolhimento do imposto relativo à matéria-prima utilizada será realizado nos seguintes termos:

a) o contribuinte tomará por base o montante do produto que tenha saído sem débito do impos-to e calculará o valor do algodão em rama uti-lizado na sua produção, apurando, sobre esse valor, o tributo a ser recolhido;

b) o lançamento do imposto a recolher será fei-to no livro Registro de Saídas, na coluna “Im-posto Debitado”, mencionando-se, na coluna

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8 PE Manual de Procedimentos - Mar/2011 - Fascículo 12 - Boletim IOB

“Observações”, o dispositivo legal em que se fundamenta;

c) em substituição ao critério estabelecido neste tópico, fica facultado ao contribuinte a adoção de percentuais sobre o preço FOB da saída, estabelecidos em portaria do Secretário da Fazenda.

Ressalta-se que o imposto mencionado nes-te tópico será recolhido no prazo previsto para o

ICMS de responsabilidade direta do estabeleci-mento.

Ainda, nas saídas de que trata este tópico, será exigido o estorno do crédito fiscal, caso o impos-to relativo à matéria-prima tenha sido anteriormen-te recolhido, observado o disposto no art. 34, IV do RICMS/1991.

(RICMS-PE/1991, art. 449 e 450)

IOB Entende

ESTADUAL

ICMS - Recolhimento do diferencial

de alíquota na aquisição de bens de

uso e consumo, ativo fixo e insumos

de outros Estados por empresas de

construção civil

As empresas de construção civil possuem, em regra, atividade de prestação de serviço, sujeitando-se exclusivamente ao ISS. Assim, existe controvérsia quanto à possibilidade ou não de se exigir pagamento de diferencial de alíquota de ICMS das empresas atu-antes neste segmento, que realizem operações inte-restaduais de aquisição de bens de uso e consumo e ativo fixo para utilização em sua atividade fim.

Com o intuito de esclarecer, o Fisco Pernambuca-no regulamentou o assunto instituindo a sistemática simplificada de tributação do ICMS, relativamente à empresa de construção civil, com a publicação do Decreto no 24.245/2002.

A sistemática simplificada de tributação do ICMS determinou que, na hipótese de a empresa de cons-trução civil adquirir bens para uso, consumo ou ativo fixo do estabelecimento, será reduzida a carga tribu-tária, mediante recolhimento do ICMS correspondente ao resultado da aplicação do percentual de 3% sobre o valor da operação ou da prestação, sendo vedada a utilização de quaisquer créditos fiscais.

O Fisco pernambucano exige o recolhimento do diferencial de alíquota nos termos do decreto men-cionado.

Contudo, o Superior Tribunal de Justiça (STF), recentemente, proferiu decisão no sentido de que, quando a empresa de construção civil adquire bens necessários ao desenvolvimento de sua atividade-fim, não se aplicará a incidência do ICMS, e na hipótese desse bem ser adquirido de outra Unidade da Fede-ração, não haverá o recolhimento do diferencial de alí-quota, conforme o trecho reproduzido a seguir:

Recurso Ordinário em Mandado de Segurança. Proces-sual Civil e Tributário. ICMS. Aquisição de insumos por construtora mediante operação interestadual. Exigência do diferencial de alíquota pela autoridade fazendária da unidade federada de destino. Impossibilidade. Atividade econômica sujeita a tributação pelo ISSQN. Direito líquido e certo que pode ser comprovado pelo contrato social não juntado quando da impetração do mandado de segurança. Irregularidade da representação da empresa. Caracteriza-ção. Necessidade de fixação de prazo razoável para sane-amento do defeito processual. Artigo 13, do CPC. Nulidade do acórdão recorrido. Teoria da causa madura. Cabimen-to. Tributário. ICMS. Diferencial de alíquotas. Empresas de construção civil. Mercadorias adquiridas para utilização nas obras contratadas. Operações interestaduais. Não in-cidência. Recurso Especial Representativo de controvér-sia. (STJ - 1a Turma, RMS no 23799/PE - Recurso Ordinário

em Mandado de Segurança no 2007/0059589-0 - Relator

Ministro Luiz Fux - j. 16.11.2010)

Nota-se que há divergência entre o entendimen-to da Sefaz de Pernambuco e a decisão proferida pelo STF.

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Ainda, no tocante aos insumos adquiridos do Es-tado de São Paulo, bem como de outros EsEs-tados não signatários do Protocolo ICMS no 128/2010, para a

uti-lização na prestação de serviço, o Fisco entende pela cobrança do ICMS, com base no regime de substi-tuição tributária disposto no Decreto no 35.678/2010,

cujos produtos estão relacionados no Anexo I.

Com base no Regulamento do ICMS, no Decre-to no 24.245/2002 e demais legislações pertinentes,

entendemos que a empresa de construção civil ad-quirente de bens de uso e consumo, ativo fixo e insu-mos de outra Unidade da Federação deverá efetuar o recolhimento do diferencial de alíquota, a fim de que

não seja passível de multa ou qualquer outra penali-dade legal.

Ressalta-se que, após recolhido o ICMS decor-rente dessa operação interestadual, se a empresa entender pertinente, poderá ingressar com medida judicial para pleitear a não incidência do imposto ora em debate e a sua respectiva restituição.

(RICMS-PE/1991, art. 3o, XII e art. 13o, XXIII; Decreto no

24.245/2002; Decreto no 35.678/2010; http://www.stj.jus.br/

SCON/jurisprudencia/doc.jsp?livre=diferencial+de+aliquota&& b=ACOR&p=true&t=&l=10&i=1)

IOB Perguntas e Respostas

ICMS - Sped - EFD - Ciap - Vínculo entre a identificação do documento fiscal e a tabela de

cadastro de participante

1) O registro G130 (Identificação do Documento Fiscal) da Escrituração Fiscal Digital (EFD) tem algum vínculo com o registro 0150 (Tabela de Cadastro do Participante)?

Sim. No campo 03 (COD_PART) do registro G130, será informado o mesmo código constante no campo 02 (COD_PART) do registro 0150. A descrição desses registros é a seguinte:

a) registro G130 - Identificação do Documento Fiscal: tem o objetivo de identificar o do-cumento fiscal que acobertou a entrada ou a saída do bem ou componente do Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (Ciap); b) registro 0150 - Tabela de Cadastro do

Parti-cipante: é utilizado para informar dados ca-dastrais das pessoas físicas ou jurídicas en-volvidas nas transações comerciais com o estabelecimento, no período. Os participantes

sem movimentação no período não devem ser informados neste registro.

(Ajuste Sinief no 2/2009; Guia Prático da EFD - Versão 2.0.3)

IPI-ICMS - Sped - EFD - Bloco 0 - Registro 0200 - NCM - Preenchimento

2) Somente os estabelecimentos industriais e os equiparados são obrigados a informar a Nomenclatu-ra Comum do Mercosul (NCM) na EscrituNomenclatu-ração Fiscal Digital (EFD)?

Não. Os estabelecimentos industriais ou equi-parados têm a obrigatoriedade de informar o códi-go NCM, de acordo com o Decreto no 6.006/2006

(TIPI), no campo 08 do registro 0200 do Bloco 0 da EFD.

O preenchimento desse campo é obrigatório se o campo IND_ATIV do registro 0000 for igual a zero (in-dustrial ou equiparado a in(in-dustrial), mas apenas para os itens correspondentes à atividade-fim ou quando estes gerarem créditos e débitos de IPI.

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10 PE Manual de Procedimentos - Mar/2011 - Fascículo 12 - Boletim IOB

Para os demais estabelecimentos, somente será obrigatória a informação da NCM nas operações com itens importados, exportados ou sujeitos a substitui-ção tributária com retensubstitui-ção do ICMS, ficando dispen-sado o preenchimento do mencionado campo quan-do o tipo de item informaquan-do no campo 07 (Tipo quan-do item - Atividades Industriais, Comerciais e Serviços) do referido registro for:

a) material de uso e consumo (07); b) Ativo Imobilizado (08);

c) serviços (09); d) outros insumos (10); e) outros (99).

(Ajuste Sinief no 2/2009; Guia Prático da EFD - Versão 2.0.3) ICMS-IPI - Sped - EFD - Registro 0175 - Alteração de

dados cadastrais do participante

3) Havendo alteração de dados cadastrais do par-ticipante, o registro 0175 (Alteração da Tabela de Ca-dastro de Participante) da Escrituração Fiscal Digital (EFD) será obrigatoriamente preenchido?

Sim. O registro 0175 (Alteração da Tabela de Ca-dastro de Participante) somente será obrigatório quando houver, dentro do período, alteração nos dados cadas-trais do participante informados nos campos 03 a 13 do registro 0150 (NOME, COD_PAIS, CNPJ, CPF, IE, COD_ MUN, SUFRAMA, END, NUM, COMPL e BAIRRO).

Dessa forma, no período em que ocorreu a alte-ração, o contribuinte deverá preencher os registros 0150 e 0175 referentes ao mesmo participante.

Vale dizer que o registro 0175 corresponde so-mente a uma alteração nos dados cadastrais. Assim, por exemplo, se o participante que está sendo infor-mado naquele período tiver alterado o seu endereço, o número do imóvel e o bairro (campos 10, 11 e 13, respectivamente), será necessário o preenchimento de três campos no registro 0175, um para cada alte-ração (ocorrência - 1:N).

(Ajuste Sinief no 2/2009; Guia Prático da EFD - Versão 2.0.3) ICMS-IPI - Sped - EFD - Bloco 0 - Registro 0205 -

Alteração do item

4) Quais informações devem constar no registro 0205 (Alteração do Item) do Bloco 0 da Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

Devem constar, no registro 0205 (Alteração do Item), as modificações ocorridas na descrição do

pro-duto, desde que estas não o descaracterizem nem haja alteração que o identifique como novo produto.

Caso não tenha ocorrido movimentação no pe-ríodo da alteração do item, esta deverá ser informada somente no primeiro período em que houver movi-mentação. Deverá ser ainda informada a ocorrência de alteração do código do produto.

(Ajuste Sinief no 2/2009; Guia Prático da EFD - Versão 2.0.3) PE/ICMS - Recolhimento do imposto - Responsabilidade - Contribuinte substituto

5) Em quais situações o armazém-geral será res-ponsável pelo recolhimento do imposto na qualidade de contribuinte substituto?

Segundo a legislação do ICMS, o armazém-geral será responsável pelo recolhimento do imposto quan-do efetuar saídas ou transmissões de propriedades de mercadorias depositadas por contribuinte de outra Unidade da Federação, bem como na entrada, saída ou transmissão de propriedade de mercadorias de terceiros, sem documento fiscal próprio ou com do-cumento fiscal inidôneo.

(RICMS-PE/1991, art. 58, II)

PE/ICMS - Documento fiscal - Cartas de correção - Emissão por contribuinte de outro Estado

6) O contribuinte do Estado de Pernambuco pode aceitar as Cartas de Correção emitidas por contribuin-tes de outros Estados?

Sim. A Carta de Correção ou documento equiva-lente poderão ser utilizados como instrumento válido para sanar incorreções cometidas em documento fis-cal, inclusive na hipótese de emissão por contribuinte de outra Unidade da Federação, nos termos da res-pectiva legislação.

(RICMS-PE/1991, art. 116, parágrafo único)

PE/ICMS - Substituição tributária - Operações com cerveja e refrigerante

7) Há substituição tributária nas operações com cerveja e refrigerante?

Sim. O Decreto no 28.323/2005 dispõe sobre a

substituição tributária do ICMS nas operações com cerveja, refrigerante, xarope ou extrato concentrado destinados ao preparo de refrigerante.

(Decreto no 28.323/2005)

Referências

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