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OBJETOS DE APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA: DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES AO TRABALHO COM OS CONTEÚDOS CURRILARES

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OBJETOS DE APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA: DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES AO TRABALHO COM OS CONTEÚDOS

CURRILARES

Thaís Cristina Rodrigues Tezani Elen Samile da Silva Vivian Camile da Silva Departamento de Educação Faculdade de Ciências – UNESP – Bauru Programa Núcleos de Ensino thaistezani@yahoo.com.br

Resumo

O trabalho surgiu diante da solicitação da gestão da uma escola pública estadual de uma cidade de porte médio do interior do Estado de São Paulo após analisar a avaliação anual dos professores sobre diversos aspectos do cotidiano escolar. Em virtude dos dados apresentados pela gestão da escola construímos um projeto vinculado ao Programa Núcleos de Ensino da Pró-Reitoria de Graduação da UNESP, o qual envolve ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo geral de trabalhar os conteúdos curriculares por meio de objetos de aprendizagem com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, nativos digitais, proporcionando o acesso às Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Durante o início das atividades notamos a necessidade da formação dos professores para o uso dos objetos de aprendizagem em favor do processo de ensino e aprendizagem e de modo que os conteúdos curriculares fossem trabalhados na sala de informática. Assim, por se tratar de um projeto em andamento, são etapas do trabalho: 1) revisão da literatura sobre objetos de aprendizagem, tecnologias digitais de informação e comunicação e formação de professores; 2) elaboração e execução de ações com alunos e professores; 3) descrição e categorização dos dados; 4) análise e interpretação dos resultados. Concluímos preliminarmente que o trabalho com os objetos de aprendizagem facilita o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos curriculares, porém há necessidade de formação de professores para tal.

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Palavras-chave: objetos de aprendizagem; formação de professores; ensino fundamental; currículo escolar.

Introdução

Após analisar os dados da avaliação anula de 2014 sobre os vários aspectos que englobam o cotidiano escolar, a gestão de uma escola pública estadual de uma cidade de porte médio do interior do Estado de São Paulo nos procurou para o desenvolvimento de ações relacionado ao uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos curriculares.

Desta forma, optamos por construir um projeto vinculado ao Programa Núcleos de Ensino da Pró-Reitoria de Graduação da UNESP, o qual envolve ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo geral de trabalhar os conteúdos curriculares por meio de objetos de aprendizagem com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, nativos digitais, proporcionando o acesso às TDIC.

E, como objetivos específicos: realizar atividades com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola pública, por meio de objetos de aprendizagem e, desta forma, proporcionar o aprendizado dos conteúdos curriculares; trabalhar por meio de objetos de aprendizagem os conteúdos curriculares e, desta forma, contribuir para o processo de ensino e aprendizagem dos nativos digitais; pesquisar as necessidades emergentes de conteúdos curriculares a serem trabalhados e adequar os objetos de aprendizagem disponíveis; levantar dados sobre a articulação das tecnologias ao processo de ensino e aprendizagem, dando voz aos alunos e professores, participantes das atividades; contribuir com a prática pedagógica do docente por meio da realização de atividades com o uso de objetos de aprendizagem; articular as disciplinas: Prática de Ensino: Currículos e Programas; Recursos Tecnológicos Aplicados à Educação; Educação e Tecnologia com as atividades a serem desenvolvidas pelo projeto; contribuir para melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola pública.

O projeto com o apoio de duas bolsistas do curso de Pedagogia.

Ao iniciarmos nossas ações, verificamos que apenas o trabalho com os alunos ficaria esvaziado se não houvesse a participação dos professores e para que estes participassem, surgiu à ideia de um curso de formação sobre a temática, como os seguintes objetivos: apresentar aos professores o que são objetos de aprendizagem e

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como estes podem contribuir para o aprendizado dos conteúdos curriculares; discutir possibilidades de articulação dos objetos de aprendizagem a prática pedagógica e, desta forma, contribuir para o processo de ensino e aprendizagem dos nativos digitais; rever objetivos, conteúdos, metodologias de ensino, estratégias de avaliação e organização da prática pedagógica diante da possibilidade de uso de objetos de aprendizagem; proporcionar discussões sobre as questões curriculares e a articulação das tecnologias; contribuir com a prática pedagógica do docente por meio da realização de atividades com o uso de objetos de aprendizagem.

Há necessidade de uma reflexão sobre a articulação das tecnologias no trabalho com os conteúdos curriculares, uma vez que os alunos dos anos inicias do ensino fundamental são hoje considerados nativos digitais.

Considerações Teóricas

De fato, mais do que a mera aquisição de saberes, a sociedade em que hoje vivemos exige de cada cidadão o desenvolvimento de um conjunto de competências essenciais, nomeadamente a de adaptação à mudança, sendo isso particularmente relevante para todos os que desempenham já uma atividade profissional concreta, qualquer que ela seja (COSTA e FRADÃO, 2012, p. 27).

A educação escolar vem acompanhando o ritmo do progresso das tecnologias, influenciando e sendo influenciada pela sociedade contemporânea e suas características, adaptando-se ao processo de evolução tecnológica. Essa situação representa para a escola exigências complexas nas políticas, no currículo escolar e nas práticas pedagógicas, de modo que se prepare o individuo para dominar os conteúdos historicamente acumulados pela humanidade no seu processo histórico de construção aliado à possibilidade de desenvolvimento de novas estratégias de ação articuladas às novas exigências sociais (LÉVY, 1993; 1996; 1999).

Com a criação desse espaço resultado do uso das tecnologias, a mente humana passou a trabalhar com outras capacidades e condições para o seu desenvolvimento, conforme aponta Pesce (2011).

“Há dois caminhos possíveis diante de nós: um em que destruímos o que é ótimo na internet e na maneira como os jovens a utilizam, e outro em que fazemos escolhas inteligentes e nos encaminhamos para um futuro brilhante na era digital” (PALFREY e GASSER, 2011, p. 17).

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O uso das tecnologias na educação escolar possibilita o desenvolvimento de competências e habilidades pessoais que abrangem desde ações de comunicação, agilidades, busca de informações, até a autonomia individual, ampliando suas possibilidades de inserções na sociedade da informação e do conhecimento. Nas palavras de Peters (2001, p. 192) “a educação não é mais vista como transmissão de conhecimentos, mas como um processo permanente que se desenrola no ser humano e o leva a apresentar-se a si mesmo, a comunicar-se com outros, a questionar o mundo com base em experiências próprias”.

A educação escolar atualmente se vê diante da possibilidade de construção de uma nova organização curricular, didática e pedagógica, enriquecida pela diversidade de modelos e conteúdos.

Assim, para Gatti, Barretto e André (2011, p.25), “as novas condições de permeabilidade social das mídias e da informática, dos meios de comunicação e das redes de relações – presenciais ou virtuais”, alteram o processo de ensino e aprendizagem.

Vivemos numa sociedade em transformação política na qual a informação e a comunicação ocupam papel central e reorganizam as formas de organização do trabalho e convivência social. Tal situação demanda novas decisões e orientações com relação ao currículo escolar, de modo que este possa atender as necessidades dos alunos em meio às atuais demandas sociais.

A escola constitui-se como espaço e ambiente educativos que proporcionam a ampliação da aprendizagem humana. É lugar de construção de conhecimentos, de convívio social e de constituição da cidadania, o que nos faz olhar para o campo do currículo escolar como sendo este envolvido por múltiplos agentes, com compreensões diversas, peculiaridades e singulares.

Ao ter como pressuposto que a educação escolar contribua para a formação de cidadãos argumentativos, que reflitam e contextualizem sua realidade cotidiana deve-se investir num projeto de formação que supere a dicotomia entre teoria e prática, tendo como eixo o desenvolvimento de novas competências, que se definem como a capacidade de mobilizar múltiplos recursos numa mesma situação, para responder às diferentes demandas da atualidade.

Integrar as tecnologias ao currículo ainda esbarra em atitudes de resistências e preconceitos. A superação da atual situação só poderá ser enfrentada se os processos de formação docente forem alterados. Valente (2003) propõe modos de integrar a

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informática nas atividades pedagógicas e na relação docente. A integração entre saber e prática docente ao uso das tecnologias é essencial tendo em vistas às necessidades sociais da sociedade contemporânea (BARROS, 2009).

Para Rodrigues (2005), no desenvolvimento da prática pedagógica mediada por tecnologias os alunos apresentam problemáticas relacionadas à compreensão e ao retorno das perguntas presentes no material didático digital. Os objetos de aprendizagem incorporados à prática pedagógica cotidiana possibilitam a integração dos conteúdos curriculares.

Mas, o que são objetos de aprendizagem?

Objetos de Aprendizagem são considerados “qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino” (WILEY, 2000, p. 3). Estes podem ser criados em qualquer mídia ou formato, podendo ser simples como uma animação ou uma apresentação de slides ou complexos como uma simulação. Atualmente, existem inúmeros objetos de aprendizagem disponíveis na internet ou em CD-ROM.

Eles se utilizam de imagens, animações e tem um propósito educacional definido, um elemento que estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único contexto (BETTIO; MARTINS, 2004).

Pesquisadores indicam vários fatores que favorecem o trabalho dos conteúdos curriculares por meio dos objetos de aprendizagem (LONGMIRE, 2001; SÁ FILHO; MACHADO, 2004). Podemos, então, elencar aspectos como:

• Flexibilidade: os objetos de aprendizagem são construídos de forma simples e, por isso, já nascem flexíveis, de forma que podem ser reutilizáveis sem nenhum custo com manutenção.

• Atualização: como são utilizados em diversos momentos, a atualização dos mesmos em tempo real é relativamente simples, bastando apenas que todos os dados relativos a esse objeto estejam em um mesmo banco de informações. • Customização: cada instituição educacional pode utilizar-se dos objetos e

arranjá-los da maneira que mais convier.

• Interoperabilidade: podem ser utilizados em qualquer plataforma de ensino em todo o mundo.

Não há como negar que vivemos num processo de evolução constante e que as tecnologias proporcionaram ao homem a sistematização, organização e diversificação

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das informações, assim a comunicação proporcionou a capacidade de promover grandes avanços, pois com a troca de mensagens e consequentemente com a troca de experiência, grandes descobertas foram realizadas (LEVY, 1996).

As TDIC permitem a interação num processo contínuo, rico e insuperável que disponibiliza a construção criativa e o aprimoramento constante num movimento de novos aperfeiçoamentos. Podemos afirmar, portanto, que "o mais incrível, no entanto, é a maneira em que a era digital transformou o modo como as pessoas vivem e se relacionam umas com as outras e com o mundo que as cerca" (PALFREY e GASSER, 2011, p. 13).

Nessa mesma direção, Valente (2003) afirma que há necessidade de integrar a informática nas atividades pedagógicas e, portanto na prática docente. Esse processo articula o saber e prática docente ao uso das tecnologias, sendo essencial em virtude das necessidades da sociedade contemporânea.

Os dados: análises e discussões

Para iniciarmos as ações na unidade escolar delineamos algumas etapas:

• Apresentação à equipe de gestão e aos professores das propostas: projeto e curso.

• Organização do laboratório de informática, identificando as necessidades de reposição de materiais danificados, mudança de posicionamento de equipamentos, entre outros.

• Início do curso com os professores.

• Organização dos agendamentos das turmas ao laboratório de informática para o trabalho com os objetos de aprendizagem.

• Atividades com os alunos com o acompanhamento e participação dos professores.

• Avaliação das ações desenvolvidas.

Ao delinearmos os conteúdos a serem trabalhos com os professores no curso optamos por objetos de aprendizagem; as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC), Tecnologias Digitais

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da Informação e Comunicação (TDIC); nativos digitais e teorias que embasam a prática pedagógica com o usa das TDIC.

Entretanto, com o objetivo de conhecer os conhecimentos daqueles professores sobre esses conteúdos, no primeiro encontro do curso solicitamos que fossem respondidas as seguintes questões (sem necessidade de identificação direta, apenas com o número do RG, e que aqui nominaremos como P, para compararmos as respostas ao final do curso):

• Quais são suas expectativas em relação ao projeto e ao curso? • O que são objetos de aprendizagem?

Diante das indagações, optamos por apresentar aqui a resposta dos professores para a segunda indagação ao qual apresentaremos e depois analisaremos teoricamente. Assim, obtivemos as seguintes respostas:

Quadro 1: Respostas dos professores Professor O que são objetos de aprendizagem?

P1 Tudo que é possível utilizar como recurso tecnológico para aprendizagem: DVD, internet (sites), jogos, vídeos, etc. P2 Objetos de aprendizagem são os recursos que nos permitem interligar aos conteúdos, como jogos, vídeos entre outros. P3

Se é em relação ao que eu espero aprender e ter a disposição para utilizar em minha aula, eu espero que eu possa ter acesso as novidades tecnológicas que envolvam minha disciplina.

P4 Tudo o que é construído a partir de conhecimentos prévios dos alunos e os ajudem a avançarem. P5 São "objetos" que auxiliam na aprendizagem, jogos, softwares para melhorar e aprimorar os conhecimentos. P6 São situações que pretendo usar para atingir conhecimentos.

P7 Tudo o que envolve aprendizagem.

P8 Todo contexto envolvido em um ambiente alfabetizador, cultural, enfim recursos utilizados entre aprendizes-professor-aluno. P9 São os objetos de trabalho, ou seja: os conteúdos traçados no Plano de Ensino. P10 São os recursos que podemos utilizar para colaborar e/ou facilitar a aprendizagem, sejam programas, jogos... P11 Penso que são meios de agregar informática com a Educação que venha cooperar com a aprendizagem do aluno em questão. P12 É tudo aquilo que vem para contribuir com a minha prática pedagógica.

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P13 O que será estudado, no caso as atividades para serem desenvolvidas no laboratório.

P14 São os recursos usados na aprendizagem: sites, jogos, vídeos etc.

P15 Objetos – toda e qualquer ferramenta que trará do mais simples ao complexos conhecimentos à criança-aluno.

Em virtude do apresentado, destacamos que há necessidade de investir na formação dos professores para uso das TDIC e como consequência com os objetos de aprendizagem, pois a educação escolar com o uso dos objetos de aprendizagem pode proporcionar aos alunos novas possibilidades de potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular e contribui pedagogicamente para a inclusão do aluno no universo da cibercultura, ou seja, “modos de vida e de comportamentos assimilados e transmitidos na vivência histórica e cotidiana marcada pelas tecnologias informáticas, mediando a comunicação e a informação via Internet” (SILVA, 2008, p. 67).

Para Moran (2006) as tecnologias caminham num processo de convergência, integração, mobilidade e multifuncionalidade, assim é possível realizar atividades diferentes num mesmo aparelho, em qualquer lugar, como acontece no telefone celular, por exemplo, tão usados pelos alunos atualmente. O autor afirma ainda que as TIC evoluem em quatro direções fundamentais, são elas: do analógico para o digital (digitalização); do físico para o virtual (virtualização); do fixo para o móvel (mobilidade); do massivo para o individual (personalização).

Jordão (2009) afirma que muito se tem escrito sobre formação de professores e sua integração com as TDIC. As experiências demonstram que o professor cria empatia com a temática no processo de formação continuada, porém ao adentrar no universo da sala de aula e enfrentar os problemas cotidianos deixa de lado as informações recebidas e não transpõe para a prática os conhecimentos adquiridos. Entretanto, há que se pensar como o aluno de hoje aprende e sem dúvida a articulação das tecnologias ao currículo escolar é impulsionadora de novos conhecimentos.

Já sobre o uso do laboratório foi elaborada na ferramenta Google Docs uma planilha para acompanhamento dos agendamentos (dias e horários), professor solicitante, turma, tema a ser trabalhado, acesso (site), objeto trabalhado, propositor da proposta.

Destacamos que o tema mais escolhidos, até o momento, foram: operações matemáticas, contagem e números, português, pesquisa e contagens, adição, sequência numérica.

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Os objetos digitais de aprendizagem utilizados foram: Lucky Drops, Candy Capers, Arrrgh, Completando os números, Aprenda a contar, Eu sei contar, Maior e menor da selva, Jogo do Castelo, Fazenda Rived, Jardim Botânico, Forma Palavras, Fábrica de Palavras. Disponíveis em:

www.fun4thebrain.com www.escolagames.com.br

http://revistaescola.abril.com.br/swf/jogos/exibi-jogo.shtml?200_castelo-2.swf http://rived.mec.gov.br/atividades/matematica/fazenda/mat1_ativ1.swf http://www.jardimbotanicobauru.com.br

Nesse processo de articulação das TIC ao currículo e a prática pedagógica cotidiana, a escola aprende “a lidar com a diversidade, a abrangência e a rapidez de acesso às informações, bem como com novas possibilidades de comunicação e interação, o que propicia novas formas de aprender, ensinar e produzir conhecimento, que se sabe incompleto, provisório e complexo” (MAMEDE-NEVES e DUARTE, 2008, p.780).

Salientamos que consideramos o uso das TIC como possibilidade pedagógica, utilizadas transversalmente e que permitem o desenvolvimento de novas competências como o pensamento em rede e a competência em informação (BARROS, 2009).

Atualmente, nos defrontamos na escola pública com duas situações: os alunos que já possuem conhecimentos tecnologicamente avançados e acesso pleno ao universo de informações disponíveis nos múltiplos espaços virtuais e alunos que se encontram em plena exclusão tecnológica, sem nenhuma outra oportunidade de vivenciar e aprender essa nova realidade a não ser na escola.

Considerações Finais

O uso das TIC precisa necessariamente estar relacionado aos objetivos educacionais da unidade escolar e ter como premissa proporcionar aos alunos novas formas de construir conhecimentos. Isso não significa o que vivemos anos atrás: a informatização do ensino, a qual reduz as tecnologias a instrumentos de instrução.

O uso TIC nos anos iniciais do ensino fundamental possibilita ao professor e ao aluno o desenvolvimento de competências e habilidades pessoais que abrangem desde

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ações de comunicação, agilidades, busca de informações, até a autonomia individual, ampliando suas possibilidades de inserções na sociedade da informação e do conhecimento.

Referências

BETTIO, R. W. de; MARTINS, A. Objetos de aprendizado: um novo modelo direcionado ao ensino a distância. Documento online publicado em 17/12/ 2004: Disponível em: <http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=5938>. Acesso em: 20/05/2006.

BARROS, D. M. V. Guia didático sobre as tecnologias da comunicação e informação: material para o trabalho educativo na formação docente. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2009.

COSTA, F. A.; FRADÃO, S. Desafios e competências do e-formador. In: BUTTENTUIT ÚNIOR, J. B.; COUTINHO, C. P. (orgs). Educação on line: conceitos, metodologias, ferramentas e aplicações. Curitiba, PR: CRV, 2012. p. 27-39.

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LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

_____. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.

_____. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

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Referências

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