• Nenhum resultado encontrado

É verdade que há uma falta de informação.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "É verdade que há uma falta de informação."

Copied!
25
0
0

Texto

(1)

respeitadas. O PS 6 prevê o uso de Compensações de Biodiversidade para impactos residuais, que embora mencionado na seção no PS6, não parece ser nos TORS para a EIA.

1. O EIA deve avaliar a quantidade e extensão de habitats críticos e naturais em conformidade com PS6.

2. A necessidade de avaliar o potencial de áreas de compensação, bem como seu atual estado da biodiversidade.

3. A compensação possível de apoiar o WWF está incorreta. Deveria ser antes apoiar o PNQ ou a Reserva do Niassa.

4. NB o DNFFB não é a entidade governamental certa para a criação de áreas de conservação.

Anotado. Muitos desses pontos estão implícitos no PS6 – não é preciso incorporar no ToRs. PS6 também não estipula o uso de Compensações de Biodiversidade, na verdade afirma sua criação como último recurso, após outros meios (atenuação, reabilitação etc) terem sido explorados.

1. Avaliação será feita no estudo de vegetação

2. Só será realizado se forem considerados compensações necessárias pelos especialistas

3. Anotado. Redação no parag. 87 atualizada para destacar QNP como potencial de compensação de biodiversidade

4. Anotado. Corrigida para Direção Nacional de Áreas Conservação (DNAC)

Sean Nazerali Através do e-mail Vários estudos da vegetação feitos em Cabo Delgado nos últimos anos estão à disposição contrariamente à informação na secção 4.2.1., particularmente nas áreas protegidas nas proximidades do local do projeto.

Resposta do CES

Obrigado por chamar a nossa atenção para isto. Estes estudos vão ser revistos e as informações relevantes serão incluídas no projeto ESHIA, avaliações de fauna e vegetação.

Questão 14: Processo de consulta: Reunião em Mualia-Maputo Constantino REUNIÃO EM

MUALIA-MAPUTO 20/08/13

É verdade que há uma falta de informação.

Dinís Napido – Twigg

Prometemos melhorar a comunicação com as populações e iremos criar em breve uma estratégico melhor para que a informação chegue ao povo.

Secretário REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13

Gostaria de agradecer a todos e informar que a montanha pertence a nós. As pessoas deveriam nos abordar para quaisquer questões.

Dinís Napido – Twigg

Prometemos melhorar a comunicação com as populações e iremos criar em breve uma estratégico melhor para que a informação chegue ao povo.

Líder na comunidade

REUNIÃO EM MUALIA-MAPUTO 20/08/13

Como foi já foi dito pelo secretário, temos que viver em paz. As pessoas que vão à procura de

Dinis Napido – Twigg

Estamos gratos por esta declaração – temos que assegurar-nos de que todas as informações são passadas sem distúrbios.

(2)

emprego e não acham na mina, plantam discórdia. É preciso escutar com atenção.

Questão 15.1: Descrição do projeto e detalhes do projeto: Administração de Balama Issa Rachide (Secretária Permanente do Distrito de Balama) ADMINISTRAÇÃO DE BALAMA 08/19/2013

Onde é que a grafite vai ser processada e vendida? De onde é que ela vai ser extraída? Creio que os relatórios especializados nos darão mais informações detalhadas.

O mercado é pequeno, porque os produtos feitos de grafite são limitados. Por exemplo, ela é usada em países que fabricam alumínio fundido, baterias e outros produtos que usam grafite como material isolador. Quando há muita grafite disponível o preço é baixo. Vamos produzir e processar um concentrado de grafite. O produto final vai depender da aplicação a que se destina.

Para obter grafite, esta deve ser retirada da rocha que tem que ser esmagada e lavada. Após o processamento, o produto será enviado em sacos que achamos que vão ser fabricados aqui em Balama. Este é mais um projeto que poderia surgir para a comunidade. Isto é detalhado no projeto final.

O produto é então embalado em recipientes para ser enviado para fora. Temos países interessados na nossa grafite, por exemplo, Japão (Panasonic), China, EUA e Emirados Árabes Unidos. Já temos acordos para os próximos 10 anos para produzir o que esperamos.

Questão 15.2: Descrição do projeto e detalhes do projeto: Reunião em Pemba Januário

Muaramassa

REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Este projeto é bem-vindo mas receio que a vida da população não irá mudar muito. O que falta?

Como mencionado anteriormente, atualmente o projeto ainda está em fase de exploração e estão a ser feitos diversos estudos. Logo que todos esses estudos ficarem concluídos e a mina abrir, vai haver mais postos de trabalho e as pessoas vão ver a diferença.

Lúcia Lurdes REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Como é que vão ser tratados os rejeitos?

Dinís Napido – Twigg

Vamos ter vários tipos de resíduos, e cada um será tratado de forma diferente. O refugo final terá tratamento próprio devido à ocorrência de enxofre e outros elementos. Vamos também criar um sistema de reciclagem de água suja. Mais detalhes na ESHIA.

Alberto Ernesto REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Que métodos o projeto irá usar em relação à proteção da atmosfera. Quais são as etapas para sensibilizar a opinião pública, e o que é o plano do projeto?

Dinís Napido – Twigg

Em matéria de O2 e CO2, a empresa usará equipamentos movidos a

diesel. Estão previstas compensações ecológicas através da criação das florestas. Os projetos devem ser verdes

J. B. Sixpense -Nunisa

REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Qual é a principal utilidade comercial da grafite?

Dinís Napido – Twigg

Grafite é usada em baterias, e na fundição de aço, alumínio e ferro. J. B. Sixpense - REUNIÃO EM PEMBA Há alguma possibilidade de criar Dinís Napido – Twigg

(3)

Nunisa 21/08/2013 empresas paralelas para usarem

grafite?

Sim, isso vai ser considerado logo que a mina abra. Neste estágio ainda estamos a tentar ver a quantidade de grafite que existe e qual é a qualidade dela

Raposo-Unilúrio REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

A que horas do dia os 30 camiões circulam em Pemba?

Dinís Napido – Twigg

Principalmente durante as horas de expediente pois há noite é mais perigoso dirigir. Foi feito um estudo de trânsito para ver o impacto que os camiões terão nas estradas.

Questão 16: Processo EIA; Reunião em Pirira Simão Roberto

Amimo

REUNIÃO EM PIRIRA 20/08/13

Não temos problemas com a mina, mas sim com dois membros do governo que vieram com promessas falsas. Eles vêm para nos causar problemas.

Jordão-DPREME

Existem 3 projetos. Uma área foi concedida a Twigg que começa atrás da montanha, há outra empresa chamada DAMBEIA e um terceiro projeto é a electrificação de Balama. A empresa que faz essa eletrificação deve assinalar as árvores e as casas ao longo da linha. As pessoas devem ser compensadas por isto. Continuaremos atentos para ver o que realmente acontece neste projeto

Angela REUNIÃO EM PEMBA

21/08/2013

Os mais lesados são as populações daqui, é preciso salvaguardar os seus interesses. Estou satisfeito com a forma como eles estão a trabalhar. Espero que vocês tenham dito às pessoas das aldeias que terão mais tempo para semear.

A empresa trabalha em parceria com o governo para garantir que as comunidades não sejam prejudicadas por causa da mina.

Raposo-Unilúrio REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Que previsão há para possíveis problemas e que medidas poderão ser tomadas para resolvê-los?

Elisa Vicente – CES Consultora

A meta desta reunião é apresentar os principais riscos e possíveis estudos que serão realizados para propor medidas para atenuar esses riscos. Vários estudos ecológicos, sociais, de saúde, etc., estão a fazer-se para identificar os impactos causados pela mina.

Sean Nazerali Através do e-mail Os impactos no porto e no corredor de transportes não parecem ter sido incluídos.

Resposta do CES

Estes serão tratados na Avaliação Visual do Trânsito e dos Transportes.

Sean Nazerali Através do e-mail Os aspectos socioeconômicos devem incluir a identificação das oportunidades de emprego para a população local e as aptidões necessárias para tirar partido destas oportunidades, bem como uma visão geral do atual nível formação e aptidões. Deverá pensar-se num programa de formação desde o

Resposta do CES

A Avaliação do Impacto Sócio Económico vai tratar destas questões, e incluir estas sugestões válidas

(4)

início para criar a base para que as pessoas locais possam ser treinadas para poderem ser empregadas. Deve também prestar-se atenção à preparação para oportunidades paralelas que a mina vai criar, ou seja, fornecimento de bens e serviços para a mina e para os seus trabalhadores.

Sean Nazerali Através do e-mail P38 "a tribo não tem título jurídico sobre a terra" está incorreto. Sob a lei de terras, eles na realidade têm direitos jurídicos e legais para o uso da terra, baseado no uso tradicional. Não é preciso obter nenhum certificado formal para isso.

Resposta do CES

Propriedade e direitos de uso de terras são problemas distintos, em nossa opinião. É nosso entendimento que, embora as comunidades gozem de direitos de uso de terra sem ser preciso nenhuma documentação formal, a terra porém pertence ao governo. O quadro jurídico para os direitos à terra e sua aquisição é sustentado pela constituição do país e a lei de terras de 1997. Artigo 109 do capítulo V da Constituição, por exemplo, declara que a terra não pode ser vendida, e que a posse da terra eventualmente cai sobre o estado. Os direitos e apreciação dos mesmos serão mais investigados na avaliação de impacto sócio econômico e plano de ação de reassentamento (RAP).

Isabel Ferreira Através do e-mail Considerando que o projeto terá duas áreas de atividade

a. Balama – extração.

b. Pemba – entrega dos produtos E dado ao aumento no trânsito de camiões pesados e ao elevado número que circulará na cidade, criando uma enorme pressão para a infraestrutura existente (por exemplo, nas vias de acesso para o porto de Pemba, manutenção de estradas, congestionamento do tráfego, estacionamentos, etc.) e para a qualidade do ar, devido a emissão de CO2 para a atmosfera, serão os impactos sobre a cidade de Pemba considerados e estudados na AIE?

Resposta do CES

O impacto do tráfego no local da extração & processo, bem como a entrega do produto no porto de Pemba será abordada especificamente na Avaliação Visual do Trânsito e Transportes. As emissões geradas durante a construção e fases operacionais serão registadas num inventário de emissões e incluídas num modelo de dispersão, como parte da Avaliação da Qualidade do Ar. Queira consultar os Termos de Consulta para Estudos Especializados na página 88 & 90 do EPDA.

(5)

Isabel Ferreira Através do e-mail O plano de gestão deve considerar a captura de carbono, provavelmente apoiado pela atividade secundária da produção agrícola, incluindo o plantio de árvores maiores que têm um impacto maior e mais duradouro em comparação com os arbustos e as culturas?

Resposta do CES

Não será elaborado nenhum plano de gestão específico para a captura de carbono. Uma parte fundamental das recomendações vindas da ESHIA será planos para projetos agroindustriais de grande porte nas áreas agrícolas existentes (sem perda de carbono) como parte dos planos de desenvolvimento socioeconômico para a reabilitação do projeto e vegetação (captura de carbono), particularmente das Florestas de Miombo. Os projetos agroindustriais também podem desviar a atividade econômica de produção de carvão em pequena escala na área e reduzir as emissões de carbono assim produzidas. Isabel Ferreira Através do e-mail O EIA identificará a quantidade de

emissões de CO2 para a atmosfera em comparação com valores internacionais, o grau de poluição gerada a partir de gases GEE?

Resposta do CES

As emissões geradas durante a construção e fases operacionais serão capturadas num inventário de emissões e incluídas num modelo de dispersão, como parte da Avaliação da Qualidade do Ar.

Isabel Ferreira Através do e-mail O aumento de movimento de navios na Baía de Pemba gerado pelo projeto terá um impacto na vida marinha. A Baía de Pemba é um lugar de passagem de baleias e outras espécies de importância ecológica, bem como áreas coralíferas importantes. Que medidas serão tomadas para proteger esses ecossistemas?

Resposta do CES

Um estudo ecológico marinho da Baía de Pemba não foi incluído no escopo da ESHIA.

Questão 17: Medidas Atenuantes: Reunião de Pemba J. B. Sixpense

-Nunisa

REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Qual é a estratégia para a implementação da responsabilidade social? Esta função vai ser passada para o governo?

Dinís Napido – Twigg

A nossa Responsabilidade Social não depende de outras companhias. As outras companhias são apenas associadas porque os programas não poderão ser isolados.

Sean Nazerali Através do email Na questão do uso da terra e posse da terra, por que não considerar a possibilidade de reunir as aldeias como acionistas associadas do projeto, em troca de se sujeitarem ao reassentamento forçado e perda de acesso às suas terras tradicionais?

Resposta do CES

Os benefícios futuros da mina vêm através de distribuição de potenciais lucros e receitas. Há royalties de 3% nas vendas e 32% de imposto no lucro. Isto tudo será pago aos "donos" da terra, ou seja, o governo. O desafio é criar protocolos para garantir que alguns benefícios que estes fundos podem criar sejam sentidos localmente, sem falar da Responsabilidade Social à Comunidade canalizada pela mina.

(6)

Issufo Jaisse

Narape

REUNIÃO EM NTETE 19/08/2013

Como é que a mina vai ser? Uma mina a céu aberto? Vai usar químicos? Vai contaminar a população?

Nos primeiros anos não usaremos explosivos, então usaremos escavadeiras para obter o minério que será processado mais tarde. A quantidade de grafite pode ser explorada por 100 anos.

Questão 19: Benefícios Inês Manuel

Cesário

REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Que benefícios o projeto vai trazer às aldeias locais?

Dinís Napido – Twigg

À exceção das oportunidades de emprego geradas durante a operação da mina, a empresa irá discutir com as partes interessadas a necessidade de realizar outros projetos que tenham sustentabilidade social. Estes projetos são para benefício das comunidades locais Amissina

Mbuazori

REUNIÃO EM PEMBA 21/08/2013

Que obras sociais serão realizadas pelo projeto?

Dinís Napido – Twigg

A empresa irá discutir com as partes interessadas a realização de projetos de sustentabilidade social. Haverá projetos para atualizar a infraestrutura social, tais como escolas e hospitais na área.

(7)

4.4

Questões e Trilha de Respostas do Plano de Ação de Reassentamento

Questão levantada por

Reunião e Data Questão levantada Resposta dada

Sra. Laura Anthony (DSEA)

Reunião da TWG 5 - 12 Maio de 2014

Quis saber como a mina compensaria um agricultor se na altura da compensação esse agricultor não tivesse nada plantado na sua machamba.

A Sra. Saranga explicou que a compensação seria baseada nas folhas de direitos individuais que foram assinadas durante o período de avaliação da machamba. Além disso, a compensação baseia-se no máximo valor produtivo da terra. Este cálculo não depende do agricultor ter quaisquer culturas na sua machamba a quando do levantamento.

Regulus Mualia (Representante da comunidade de Maputo)

Quis saber como a mina compensaria um agricultor se na altura da compensação esse agricultor não tivesse árvores de fruta plantadas na sua machamba.

O Sr. Célio Panquene (Syrah) explicou que todos os agricultores lesados beneficiariam com o ganho de algumas mudas de sementes e frutos.

Antomane Majerica

Solicitou que a mina os compensasse por todo o trabalho manual que investiram em

suas machambas.

A Sra. Saranga esclareceu que a mina não vai pagar pela terra, porque seria dada outra terra alternativa para garantir que as comunidades continuem com sua agricultura de subsistência. Rajabu Mussa Perguntou se receberia compensação se

não tivesse árvores de fruto.

A Sra Saranga assegurou que a mina ajudaria todos os agricultores lesados dando sementes.

Virgílio Antunes Nagera

Expressou uma certa preocupação pelo fato da mina ter construído na sua machamba sem ele nunca ter sido

consultado.

O Sr. Célio Panquene (Syrah) garantiu-lhe que a mina iria visitar sua machamba e resolver o problema.

Assamo Calmane

Perguntou como os agricultores seriam compensados se, no momento da compensação, não houvessem culturas

plantadas em suas machambas.

O Sr. Célio Panquene (Syrah) garantiu aos agricultores que todos os que fossem afetados seriam ajudados com sementes.

Eugénio Augusto

Perguntou sobre a emissão dos números de identificação. Foi-lhe atribuído um número de ID, mas seu nome não foi

chamado para a reunião.

A Sra. Saranga esclareceu que só os agricultores cujas machambas estão localizados dentro da área de influência da mina foram chamados para a reunião, pois apenas estes agricultores são afetados. Portanto a fazenda de Eugénio Augusto não se enquadra dentro da área das instalações da mina. Ela disse-lhe para guardar aquele número, pois mais machambas poderão ter que ser pesquisados.

Julião Kaue

Sublinhou que não havia terra alternativa nas redondezas de Ntete, e perguntou onde se localizaria suas novas fazendas.

A Sra. Saranga observou que os representantes do governo estão ainda no processo de busca de terra alternativa. Ela observou que é um processo complexo, e que por agora nenhuma resposta definitiva pode ser dada.

(8)

Questão

levantada por

Reunião e Data Questão levantada Resposta dada

alternativo, no entanto esta terra é menor do que sua terra atual. Perguntou o que

faria a mina nesse caso.

a ter o mesmo ou melhor padrão de vida após a aquisição de terras. Se um agricultor possuir terra alternativa, a mina ajudará o agricultor a expandir sua fazenda. Ele disse ainda que a mina iria ajudar a todos os agricultores afetados com sementes e mudas, enquanto que aqueles que exigem um tratamento preferencial iriam receber apoio adicional. A mina será responsável por arranjar um assistente para ajudar o agricultor na sua nova terra. Observou que terra alternativa poderá não

ser encontrada.

A Sra. Saranga afirmou que, embora o fornecimento de terra alternativa é da responsabilidade do governo, a mina iria ajudar neste processo. Ela então pediu aos agricultores que ajudassem neste processo, procurando pedaços de terra alternativa, que a mina iria ajudá-los em termos de limpar a terra, etc.

Lourenço Gimo

Perguntou se poderiam continuar a trabalhar em suas machambas se recebessem um número de ID durante o processo de pesquisa de terras agrícolas.

Sra. Saranga garantiu a todos os agricultores que eles poderiam continuar a trabalhar em suas machambas, e que nenhum agricultor devia parar de trabalhar em sua terra. No entanto, não deveriam construir nada no terreno.

Nicula-Martins

Observou que tem um irmão com uma deformidade física. Nesse caso, ele perguntou se a mina iria fornecer algum

tipo de assistência adicional.

Senhor Celio Panquene salientou que a mina ia registar esses casos e fornecer assistência adicional se necessário. Tal assistência pode incluir a de contratar mais pessoas para ajudar tais agricultores nos seus campos, etc.

Sueti Nicula

Perguntou o que os agricultores deveriam fazer agora com suas machambas e se poderiam continuar a trabalhar em seus

campos.

A Sra. Saranga explicou que o desenvolvimento da mineração será gradual e que o agricultor não deve parar de cultivar. Ela afirmou que todos os agricultores deveriam continuar na fazenda como de costume.

Jacinto Agostinho

Observou que tem terras em Ntete que gostaria de começar a cultivar e se lhe é

permitido fazer isso.

MS Saranga garantiu-lhe que ele pode continuar a trabalhar na sua nova terra. Deveria haver apenas uma certa cautela no que se refere a construir seja o que for, principalmente aqueles que tenham recebido um número de identificação (esses cuja terra for afetada).

Calisto Bartolomeu José

Lopes

Perguntou como a mina compensou agricultores pela construção de alguns postes de energia elétrica perto do atual acampamento, e que esses agricultores agora têm que procurar terra alternativa.

O Sr. António (DSEA) disse observou que o Ministério da Agricultura está no processo de determinar como a mina deve compensar tais perdas de safra.

Amida Ante

Queixou-se de que sua machamba foi perturbada pela mina sem ele ter sido

consultado.

O Sr. Célio Panquene registou o nome do agricultor e convidou-o a ir à mina a fim de que esta verifique o grau de perturbação do

(9)

Questão

levantada por

Reunião e Data Questão levantada Resposta dada

A Sra. Saranga lembrou a todos os agricultores da existência de um Mecanismo de Queixa e que eles deveriam usar isso para formalizar as queixas com a mina.

Augusto Amir Perguntou se poderia continuar a trabalhar e cultivar a sua machamba

Sra. Saranga assegurou a todos os participantes que eles podem continuar a trabalhar e cultivar suas machambas.

(10)

5.

COMPROMISSOS CONTÍNUOS DE ENVOLVIMENTO DE

ACIONISTAS

5.1 Visão Geral

O bom envolvimento de acionistas facilita um dialogo entre o proponente do projeto e todos os seus acionistas através do desenvolvimento de acordos em torno de questões e garantindo que os membros da comunidade estejam no centro do projeto e do processo de envolvimento. Envolvimento adequado por acionistas cria confiança e permite poder aos membros do PAC; sabendo que fazem parte do projeto.

A próxima seção fornece três mecanismos através do qual o proponente irá demonstrar o seu compromisso ao futuro envolvimento do acionista. Estes incluem (mas não estão limitados á):

 Implementação do Plano de Envolvimento do Acionista (SEP);

 Continuação do desenvolvimento de um dialogo com os seus PACs através do TWG estabelecido; e

 O monitoramento e avaliação regular.

5.2 Implementação do Plano de Envolvimento do Acionista

Um Plano de Envolvimento do Acionista (SEP) já foi projetado para a implementação da própria mina. O plano obedece aos seguintes princípios:

 Os acionistas devem ser continuamente identificados e verificados;

 A cultura, direitos humanos fundamentais, valores e tradições das comunidades de acionistas devem ser respeitados;

 Acionistas devem ser tratados com sensibilidade e respeito em termos das suas questões, opiniões e sugestões;

 Interação com acionistas deve ser significativo, culturalmente adequado, acessível, transparente e responsivo;

 Grupos vulneráveis devem ser incluídos nos envolvimentos a fim de avaliar as necessidades diferenciais e percepções de grupos de acionistas (i.e. homens, mulheres, juventude, proprietários de terra/inquilinos);

 Estratégias de comunicação devem ser adaptados ás necessidades dos grupos diferentes de acionistas; e

 Dados e informação do envolvimento de acionistas deve ser documentado e incorporado nos relatórios do projeto.

Informados pelas recomendações do IFC e outras normas internacionais, a SEP inclui diversos tipos de estratégias de envolvimento com diretrizes que serão utilizadas pelo proponente, tal como:

 A informação deve ser divulgada ao acionista sob uma base regular;  A consulta e relatório deve ser desempenhado; e

 As queixas devem ser tratadas.

Além disso, através da SEP (que será regularmente atualizada), o proponente compromete-se a manter um registo dedicado das atividades mensais do envolvimento de acionista, tal como:

 As atividades realizadas durante o mês;  Ata das reuniões realizadas com acionistas;  Entradas no registo de queixas;

 Questões e comentários sobre as interações do acionistas (onde relevante);  Migração (onde relevante);

(11)

 Planos para o próximo mês.

Ultimamente, como parte deste SEP, o proponente irá atualizar continuamente a sua própria base de dados do acionista, bem como continuar atualizando e tratando de questões e/ preocupações através da sua base de dados de queixas.

5.3 Continuando com o Desenvolvimento de um Dialogo através do TWG

estabelecido

O TWG irá agir como um mecanismo de comunicação continua para o projeto, que não será limitado ao processo RAP. Para isto, o grupo será encarregado dos seguintes objetivos adicionais:

 A representação das vozes e a comunicação das questões e/ou preocupações de todos os PAPs; e

 A representação de membros de relevantes ministérios/agencias governamentais e fornecer uma plataforma para esta ultima se envolver regularmente com os PAPs e a mina.

O TWG continuará durante o processo inteiro do RAP e continuará a funcionar durante o tempo que for necessário. Os poderes para terminar o comitê serão investidos no Administrador. Ultimamente, foi acordado pelo Gerente País da mina, para os membros TWG serem compensados pela mina do modo que a assistência deles for necessitado.

5.4 Relatórios Regulares

5.4.1 Relatórios Mensais

O CLO submeterá relatórios mensais á gestão que incluíram:  Atividades de acionistas realizadas durante o mês;  Atas das reuniões realizadas com os acionistas;  Entradas no registo de queixas;

 Questões e comentários sobre as interações de acionistas (onde relevante);  Migração (onde relevante);

 Novos grupos de acionistas (onde relevante);  Planos para o próximo mês.

5.4.2 Relatórios Periódicos

Usando os relatórios mensais, as atividades de consultoria publica serão avaliadas internamente periodicamente (cada seis meses) pelo proponente e incorporado no Relatório do Monitoramento e Avaliação do Acionista. Os seguintes indicadores serão utilizados para avaliação:

 O nível da compreensão dos acionistas com respeito ao projeto;  A atitude em relação ao projeto entre os acionistas;

 Queixas recebidas e como estas foram tratadas e resolvidas  Quantidade de queixas não resolvidas; e

 Nível do envolvimento das pessoas afetadas em comitês e atividades juntas. A fim de medir estes indicadores, os seguintes dados serão utilizados:

 Atas de reuniões;

 Relatórios mensais CLO;

 Comentários dos principais grupos de acionistas (através de entrevistas com uma amostra de pessoas afetadas); e

(12)

Um resumo deste Relatório da Avaliação e Monitoramento de Acionistas será incluído no relatório anual do proponente. Uma avaliação de dois em dois anos deve ser executado por um consultante externo utilizando um estudo de percepção, que utiliza o mesmo conjunto de perguntas ao longo do tempo para conseguir continuidade. Análise do estudo será apresentado ao proponente a fim deles tratarem de questões chave e aprimorar o seu PPP.

(13)

6.

RESUMO E CONCLUSÃO

Em geral pode ser concluído que o processo de envolvimento de acionistas até á data tem sido exato e uma grande proporção de PAPs e IAPs têm estado diretamente envolvidos através de reuniões e grupos focalizados. Todos os objetivos que deviam ser cumpridos em um plano de acionista, como definido pelos requisitos moçambicanos e como descrito anteriormente, foram atingidos no processo inicial do envolvimento de acionistas. Estes estão resumidos abaixo.

Tabela 6.1: Resumo de como o PPP cumpriu com os requisites regulatórios. Principio de Envolvimento do

Acionista

Atingido? Garantindo um processo de

consultoria transparente na fase precoce do design do projeto

Sim. Consultoria extensiva na iniciação da EPDA. O processo da participação publica foi realizado transparentemente e com o testemunho dos lideres comunitários e os chefes

Identificando, envolvendo e informando os I&APs dos pormenores do projeto e o

associado processo da

autorização ambiental

Sim. Realizada na fase inicial da EPDA, na divulgação da EPDA, e durante o envolvimento para o processo RAP. As partes interessadas e afetadas (I&AP's) foram informadas sobre o proposto projeto e também tiveram a oportunidade para compreender o processo de avaliação ambiental. Os contatos foram fornecidos em todas as reuniões para permitir que as I&AP's pudessem contatar o a equipa do projeto sempre que considerassem relevante

Compreendendo as questões e preocupações das I&Aps sobre o projeto e a contribuição das mesmas á identificação e avaliação dos impactos do projeto. Isto permite o conhecimento das questões, preocupações e perguntas levantadas pelas I&APs

Sim. As questões e preocupações levantadas foram incorporadas nos Termos de Referência para os estudos especialistas, o RAP, e a ESHIA. As I&AP's foram informadas sobre as atividades e os seus comentários foram notados. As I&AP's tiveram oportunidade para perguntarem quaisquer perguntas relacionadas ao projeto, enquanto oferecendo sugestões para a melhoria nas fases subsequentes, incluindo os estudos especialistas que fazem parte do EIA. O processo EIA é portanto “dirigido por questões”.

Compilação do Trilho das Questões e Respostas de todas as questões, preocupações e perguntas, juntamente com as suas relevantes respostas do proponente

Sim. Uma Trilha de Questões e Respostas foi preparada.

Estabelecendo e gerenciando um Mecanismo de Queixas para as I&APs poderem levantar as suas questões, preocupações e/ou comentários, sobre o projeto, diretamente ao proponente

Sim. Um mecanismo de queixas foi estabelecido e implementado juntamente com o proponente. O mesmo está funcionando bem.

(14)

Durante o processo inicial de envolvimento as quatro aldeias foram muito favoráveis do projeto, embora tenham levantados preocupações validas tal como a preocupação sobre o não saber se iam ser relocados ou não. Também levantaram desafios graves que enfrentam, tal como a falta de infraestrutura social (especialmente escolas, fornecimento de água e estradas adequadas). A ata desta reunião reflete a apreciação da comunidade e os seus lideres dos esforços realizados pelo proponente e seus consultantes para os envolver no projeto da mina de Grafite da Syrah Balama.

(15)

APÊNDICE 1: ATA DAS REUNIÕES

Reunião com a liderança da comunidade (02-03-2013 @ 10:00) Local: Ntethe

Foi realizada uma reunião com os chefes e lideres da quatro aldeias afetada para apresentar o pessoal da CES e fazer os arranjos para reuniões publicas com a comunidade. As apresentações foram feitas pelo Sr. Dinis da Twigg Exploração & Mineração. Ele mencionou que a CES está efetuando um Estudo do Impacto Ambiental para o proposto projeto da mina de grafite. Devido ás barreiras linguísticas o Sr. Dinis agiu de tradutor para a CES. O Sr. Bosman da CES declarou que a reunião faz parte do processo EIA que é regulamentado pela legislação Moçambicana. Ele mencionou que o processo da participação publica é para ser realizado durante o processo EIA inteiro como estabelecido na legislação. O Sr Bosman declarou que isto são as fases iniciais do processo de consultoria publica e que a CES queria introduzir o projeto aos lideres da comunidade primeiro e após disso aproximar-se ás comunidades. Ele mencionou que diversas reuniões seriam realizadas com as comunidades e grupos de focalização durante o processo EIA inteiro.

Os chefes declaram que estavam satisfeitos com a consulta. Também disseram que não sabiam nada sobre o projeto e que esperavam que o processo de consultoria publica lhes daria mais informação sobre o projeto. Disseram que iam levantar questões nas reuniões comunitárias porque não queriam ser considerados pela comunidade como lideres tomando decisões ou discutindo questões que iriam afetar a comunidade inteira sem o conhecimento da comunidade. O programa para as reuniões foi feito e acordado. As reuniões seriam realizadas em:

Nquide – segunda-feira (04-03-2013) ás 10:00 a.m. Ntete – segunda-feira (04-03-2013) ás 14:00

Maputo/Mualia- terça-feira (05-03-2013) ás 10:00 a.m. Phirira terça-feira (05-03-2013) ás 14:00

Reunião em Nquide (04-03-2013 @10:00)

O chefe fez as apresentações e informou a comunidade que a CES já tinha tido uma reunião com os chefes das aldeias afetadas para lhes informar sobre o estudo EIA que estamos a realizar por parte do projeto de mineração da Twigg. A reunião foi bem atendida e estimamos a cerca de 150 pessoas presentes na reunião.

Lungisa e Alfido fizeram uma apresentação e informaram a comunidade que isto é o processo inicial de consultoria com as comunidade como parte do processo EIA. Mais consultoria seria efetuada na medida em que o processo proceder. A comunidade recebeu a oportunidade de levantar questões e preocupações.

Questões levantadas:

Questão: Os 200-300 trabalhadores para o campo seriam pessoas desta área?

Resposta: Não, estas pessoas serão gerentes e outras pessoas habilidosas que irão vir de outros lugares. O plano é que todas as pessoas locais continuarão nas suas próprias casas e irão viajar para o trabalho diariamente.

Questão: O que vai acontecer se o projeto passar através da Mashamba?

Resposta: Irá haver um processo de negociações com as famílias afetadas se quaisquer Mas ambas forem afetadas. O processo irá envolver os chefes, oficiais do governo e pessoas da mina. As famílias serão então compensadas da forma que será acordado. Questão: Como iremos conseguir trabalho na mina?

(16)

Resposta: Irá haver um processo claro de emprego que será explicado ás comunidades. Uma vez que houver empregos disponíveis na mina, os lideres da comunidade serão logo notificados (i.e. chefes) da disponibilidade de empregos e estes irão então informar as comunidades. No principio só as aldeias locais serão informadas a menos que existir a necessidade de certas habilidades não disponíveis no local então estes empregos serão anunciados em áreas fora da área do projeto

Questão: Vamos precisar de documentos para conseguir empregos na mina porque a maioria das pessoas aqui não possuam documentos?

Resposta: Chefe – sim, irão precisar de documentos porque o governo quer que as pessoas tenham documentos para poderem trabalhar. Desde que haverá departamentos governamentais envolvidos neste processo, um plano pode ser estabelecido para garantir que as pessoas locais poderão conseguir os requisitos para que possam obter empregos na mina.

Questão: O problema com o alcance de documentos é que só podemos obter estes documentos em Montepeuz ou Balama e custam dinheiro que a maioria das pessoas aqui não têm.

Resposta: Desde que é importante que as pessoas locais consigam trabalho na mina, podemos fazer qualquer tipo de arranjo para suportar aqueles que não têm o dinheiro para obter os documentos. Por exemplo todos aqueles sem documentos que conseguirem emprego na mina irão receber dinheiro para tratar dos documentos na mina e o dinheiro pode então ser deduzido do salario, dos mesmos, mais tarde. Deste modo as pessoas irão conseguir ambos o emprego e os documentos. Quer dize que existem maneiras e estratégias que podem ser utilizadas para garantir que as pessoas locais consigam emprego na mina e não serão excluídas por causa de documentos.

Questão: Não temos água na área, as pessoas têm que andar distancias muito longas para conseguir água. A mina poderá nos ajudar com um poço na área.

Resposta: A mina irá ajudar com apoio ás comunidades como parte da sua responsabilidade social mas nesta altura não pode prometer muito porque ainda está efetuando estudos. Logo que a mina esteja operacional, então comunicações serão realizadas com as comunidades para ver quais serão os projetos de prioridade que serão implementados primeiro.

Questão: Não temos clinica nem hospital na área. A mina pode ajudar a construir uma clinica para a comunidade?

Resposta: Existem diversas questões para qual a comunidade necessita ajuda e uma vez que a mina estiver operacional, estas questões serão então consideradas como parte da responsabilidade social da mina e certos projetos serão implementados. Por exemplo a mina poderá construir uma clinica mas isto necessitará a assistência do governo em termos de pessoal e o fornecimento de medicamentos.

Questão: A escola também não tem mobília, como secretarias e cadeiras para os alunos sentarem, gostaríamos que a mina também ajudasse a escola local.

Resposta: Como mencionado acima, certos projetos serão implementados como parte da responsabilidade social da mina e estes serão discutidos com as comunidades e então priorizados uma vez que a mina esteja operacional.

Comentário: O projeto é principal e trará desenvolvimento á comunidade. As pessoas serão capazes de dar dinheiro ás crianças para comprarem outras coisas.

Questão: Quantas pessoas serão aceitas no projeto?

Resposta: Neste momento, não temos a certeza do numero exato de pessoas que serão empregadas na mina, uma vez que esteja totalmente operacional teremos então uma melhor ideia, mas podemos dizer que muitas pessoas serão empregadas porque a mina irá funcionar 24 horas por dia e 7 dias por semana. Isto necessitará pessoas trabalhando em turnos e por essa razão mais pessoas serão empregadas na mina.

(17)

Reunião em Ntete (04-03-2013 @ 14:00)

O chefe fez as apresentações iniciais e uma apresentação do projeto foi feita á comunidade. A comunidade foi informada que isto é a fase inicial do projeto e que estamos atualmente a executar um Estudo do Impacto Social e Ambiental para ver como o projeto irá afetar as pessoas e o ambiente. Uma vez que o estudo estiver concluído haverá mais reuniões com as comunidades.

Questão: Estamos satisfeitos com o projeto porque trará desenvolvimento á área, mas como vamos conseguir emprego no projeto?

Resposta: Os lideres da comunidade, seja, os chefes, serão informados dos empregos disponíveis na mina e os mesmos irão então informar as comunidades. Um processo claro de emprego será estabelecido e discutido com as comunidades para que todos saibam como conseguir emprego na mina.

Questão: Algumas pessoas em Ntete possuam Mashamba na área do projeto e queremos saber como vão ser compensadas pela perda de Mashamba como um resultado da mina? Resposta: Nesta altura ainda não temos a certeza se haverão quaisquer Mashambas que serão afetadas como resultado da mina, mas se de facto existirem Mashambas que serão perdidas como resultado da mina então um processo de negociação será executado com a família afetada e um montante de compensação será acordado. Este processo incluirá lideres da comunidade e departamentos governamentais para garantir que as pessoas receberão a adequada compensação.

Questão: Haverão mulheres a trabalhar no projeto?

Resposta: Sim, mulheres serão empregadas na mina. Por exemplo, nesta altura já há mulheres a trabalharem no local do campo.

Questão: Quantas pessoas podem conseguir emprego na mina nesta altura?

Resposta: Nesta altura não existem quaisquer empregos na mina. Quando houver empregos disponíveis, isto será comunicado ao chefe que então informará os chefes locais das quatro aldeias vizinhas e eles informarão os membros da comunidade sobre os empregos disponíveis. Mais empregos serão disponíveis uma vez que a mina estiver operacional. Por exemplo, a mina irá operar 24/7 durante todo o ano e por isso necessitará muitas pessoas.

Questão: Como podem ver, a estrada do campo é pequena e não clara com todos os carros que irão passar por aqui como resultado da mina, quer dizer que haverá a possiblidade de acidentes se a estrada não for limpa. A mina poderá limar a estrada para evitar possíveis acidentes?

Resposta: Notado, isto será comunicado á Twigg e desde que a Twigg não quer quaisquer acidentes, pode ser que façam algo em termos de limpara a estrada.

Questão: Em termos das necessidades da comunidade, estas são semelhantes ás outras áreas. Por exemplo, a escola não tem secretárias nem cadeiras para os alunos, a mina poderá ajudar? A prioridade deve ser água para a comunidade – a mina poderá ajudar com um poço para a comunidade?

Resposta: Não temos a certeza qual será o apoio que a mina dará as comunidades porque existem muitos desafios enfrentando as comunidades, mas é certo que a mina dará apoio ás comunidades como parte da sua responsabilidade social que é promovida pelo governo de Moçambique e doadores nacionais. Por exemplo, pode ser que a Twigg terá possiblidades de construir um poço para a comunidade nesta altura, mas apoio em termos de matérias para a escola poderá ser possível uma vez que a mina estiver operacional.

Questão: As pessoas em Ntete são pobres, poderão conseguir emprego na mina – como

(18)

Resposta: Pessoas locais de todas as áreas circundantes será consideradas primeiro com respeito a emprego no mina a não ser que sejam necessárias habilidades especiais para um trabalho especifico e essas não esteja disponíveis localmente, então a mina empregará pessoas de outras áreas. A maior questão que notamos foi que as reuniões foram atendidas por crianças que deviam estar na escola naquela hora em ambas áreas. Secundariamente, as mulheres não levantaram quaisquer questões nas reuniões.

Reunião em Maputo/Mualia (05-03-2013)

A reunião foi bem atendida com mais de 100 pessoas presentes. O chefe fez as apresentações iniciais e uma apresentação do projeto foi feita para a Comunidade. A Comunidade foi informada de que esta é a fase inicial do projeto, e estamos atualmente a fazer um Estudo do Impacto Ambiental e Social para ver como o projeto afetará o meio ambiente e o povo. Logo que o estudo seja concluído e os planos mais detalhados para o projeto e as infraestruturas relevantes tenham sido terminadas, haverá mais reuniões com as comunidades. À comunidade foi dada a oportunidade de levantar questões e preocupações.

Questão: Temos um problema com a água na região, será que o projeto pode ajudar a população abrindo poços?

Resposta: O projeto está disposto a apoiar a Comunidade como já foi prometido, mas um processo de teste de água subterrânea está sendo realizado e uma vez que o resultado tenha sido obtido vamos considerar uma fonte alternativa de água.

Questão: A equipa de futebol não tem bola – será que não podemos pelo menos ter uma

bola para começarmos a treinar?

Resposta: Os clubes de futebol vão receber ajuda como já foi prometido aos clubes de futebol de Ntete, como parte da responsabilidade social da mina.

Questão: O projeto vai trazer empregos, e as pessoas vão conseguir trabalho e depois trazer comida para casa.

Resposta: Atenção, esta é a meta do projeto, garantir que as pessoas da região consigam emprego na mina.

Questão: A água no poço não é boa e achamos que um novo poço perto da escola vai ser melhor.

Resposta: Como parte dos estudos da EIA, vamos fazer testes à qualidade da água, e logo que os resultados se saibam pensaremos numa alternativa.

Resposta: Vamos fazer vários testes para vermos a qualidade da água na região e se for provado que é de qualidade inferior temos que considerar alternativas.

Questão: A diretora da escola nos contou sobre os desafios da escola, e que eles não têm eletricidade mas têm computadores. Seria melhor se instalassem um gerador ou painel de energia solar. A escola é de grau 1 -7

Resposta: Isso será considerado como parte da responsabilidade social do projeto, mas agora ainda estamos na fase de estudos e mais será feito logo que a mina esteja em funcionamento.

Questão: A estrada para a escola está intransitável, e uma estradinha para a escola, com uma ponte seria uma ajuda, pois as crianças não vão à escola nos dias de chuva.

Resposta: Atenção, isto será considerado, mas como já foi dito o projeto não será capaz de fazer todas as coisas mas as prioridades serão escolhidas com a ajuda das comunidades e do governo.

Questão: O grande problema é o acesso às instalações de saúde e pessoas sofrem quando ficam doentes, têm que fazer uma grande viagem a Balama ou Montepeuz.

Resposta: A questão de ajuda à comunidade ou responsabilidade social faz parte do projeto e todos estes assuntos serão considerados. A comunidade porém, deve se lembrar que o projeto pode não ser capaz de dar tudo o que a comunidade precisa.

Questão: O problema é que os documentos do BI levam muito tempo para ser processados e isso pode fazer as pessoas perderem oportunidades de emprego.

(19)

Resposta: As pessoas devem começar a tratar agora dos documentos de BI porque ainda falta muito para começar o projeto. Não estamos a dizer que as pessoas daqui sem documentos não vão poder trabalhar na mina. Isso vai depender da situação, quando a mina começar. Talvez com o envolvimento do governo pode ser elaborado um plano para garantir que as pessoas tenham documentos de BI.

Comentário: Estamos gratos ao projeto Twigg Balama porque eles consultam com a gente primeiro e não como o CMC que empregava pessoas do mercado e nunca pediram conselhos à comunidade.

Questão: Vão trazer eletricidade para a nossa região para suprirem a mina? Resposta: Não, a mina também vai usar geradores

Questão: Vão construir casas para as pessoas que trabalham na mina?

Resposta: Sim, haverá casas na mina para os trabalhadores, mas estas serão para pessoas vindas de longe. O ideal é que a população local permaneça em suas casas e viaje para trabalhar diariamente

Questão: Não queremos ver pessoas de Pemba e Montepeuz arranjarem empregos primeiro na mina, enquanto nós estamos sem trabalho.

Resposta: Ninguém que seja de uma região distante vai ser empregado para o trabalho que pode ser feito pela população local. É somente para os trabalhos que as pessoas locais não sabem fazer, tais como agrimensores, engenheiros, etc., que a mina vai aceitar pessoas de fora.

Questão: O projeto prometeu construir dois poços na área mas só foi construído um e a qualidade da água não é boa. Há possibilidade de abrir outro perto da escola?

Resposta: Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto. Reunião em Piriria (05-03-2013)

A reunião foi bem atendida com mais de 100 pessoas presentes. O chefe fez as apresentações iniciais e uma apresentação do projeto foi feita para a Comunidade. A Comunidade foi informada de que esta é a fase inicial do projeto, e estamos atualmente a fazer um Estudo do Impacto Ambiental e Social para ver como o projeto afetará o meio ambiente e o povo. Logo que o estudo seja concluído e os planos mais detalhados para o projeto e as infraestruturas relevantes tenham sido terminadas, haverá mais reuniões com as comunidades. À comunidade foi dada a oportunidade de levantar questões e preocupações.

Questão: Atualmente não estamos satisfeitos com a forma como os empregos são alocados no projeto. Por exemplo, nós somos a aldeia mais próxima à mina, mas apenas uma pessoa da nossa aldeia é que está empregada na mina.

Resposta: Tomamos nota disso e comunicaremos à Twigg Exploração & Mineração. Atualmente, porém não há muitas vagas de emprego na mina pois ainda estão a construir o campo e a fazer diversos estudos.

Questão O projeto prometeu construir dois poços na área mas só foi construído um e a qualidade da água não é boa. Há possibilidade de abrir outro perto da escola?

Resposta: Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto.

Questão O projeto prometeu construir dois poços na área mas só foi construído um e a qualidade da água não é boa. Há possibilidade de abrir outro perto da escola?

Resposta: Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto. Questão O projeto prometeu construir dois poços na área mas só foi construído um e a qualidade da água não é boa. Há possibilidade de abrir outro perto da escola?

Resposta: Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto. Questão O projeto prometeu construir dois poços na área mas só foi construído um e a qualidade da água não é boa. Há possibilidade de abrir outro perto da escola?

Resposta: Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto. Questão O projeto prometeu construir dois poços na área mas só foi construído um e a qualidade da água não é boa. Há possibilidade de abrir outro perto da escola?

(20)

Resposta: Isto será considerado como parte da responsabilidade social do projeto.

Reunião com os jovens de Nquide (06-03-2013)

Uma apresentação foi feita para a juventude em Nquide, estavam todos presentes na reunião no dia 03/06/2013. O objetivo da reunião foi dar à juventude a liberdade de suscitar questões e expressar problemas e receios separadamente do resto da Comunidade.

A juventude mencionou que têm um problema: falta de apoio para os desportos como futebol, por exemplo, bolas e uniformes. Eles normalmente jogam com outras equipas locais como Ntete, Phirira, Maputo, Balama e Montepeuz.

Eles também precisam de um mercado para vender seus produtos, já que eles não fazem nada, um local para o mercado lhes dará a oportunidade de vender coisas e ganhar dinheiro. Não há atividades culturais para a juventude na aldeia, todas as atividades são para todos na povoação.

A escola é de 7 -12 e outras aulas começam à tarde. O problema é que os professores vêm de Balama e há falta de transporte, então às vezes os professores não vem à escola, como naquele dia estavam só dois professores na escola.

Reuniões sobre assuntos específicos com mulheres

Devido à falta de participação das mulheres nas reuniões comunitárias, CES decidiu ter reuniões sobre assuntos específicos com as mulheres nas aldeias afetadas. Apenas duas reuniões foram bem-sucedidas e duas outras reuniões foram adiadas como resultado de fortes chuvas. As reuniões canceladas foram em Ncuide e Ntete..

Mulheres de Maputo

Foi feita uma reunião com as mulheres de Maputo e usamos um questionário para guiar a reunião e obter algumas informações. Cerca de quarenta mulheres estavam na reunião (ver questionário anexo para respostas detalhadas). Todas as mulheres apoiavam o projeto e não previam problemas nem desafios como resultado do projeto. Por exemplo, quando lhes perguntamos sobre expatriados que vão chegando à região por causa da mina, as mulheres disseram que isso não é problema nenhum, pois existem mulheres solteiras da aldeia que vão se interessar por esses trabalhadores. Isso é semelhante à resposta dos jovens que disseram que não terão problema com gente nova a chegar à região, pois se envolvem com as mulheres solteiras nas aldeias. As mulheres expressaram seu desejo de obterem prioridade para os empregos na mina. De acordo com as mulheres isso resolverá sua dependência nas Machambas principalmente na estação seca quando não há colheita e há escassez de alimentos na área.

Em relação aos locais sagrados, as mulheres disseram que a montanha a sudeste de Maputo também pode ser usada pela população quando orarem por chuva. De acordo com as mulheres, a população pode arranjar outro local e isso não é problema para a Comunidade.

(21)

Na maioria dos casos ficou claro que as respostas foram impulsionadas pelo desespero, pois as pessoas querem ver o projeto funcionar, na esperança de melhores condições de vida na região. Isso significava que as mulheres não queriam destacar quaisquer questões negativas com medo de que o projeto fosse embora. Por exemplo, quando lhes perguntamos qual seria o efeito da mina na produção de alimentos, elas responderam que não haverá nenhum problema, pois elas podem muito bem alternar entre cultivar nas Machambas e trabalhar na mina. Quando explicamos que as pessoas podem trabalhar longas horas na mina, elas disseram que irão reduzir o tamanho das Machambas. Explicamos às mulheres na reunião que a redução das Machambas representa menos produção de alimentos.

No que diz respeito à segurança do povo, especialmente das crianças, como resultado do aumento do trânsito na estrada para Pemba, elas também não viram problema nenhum nisso. Em relação ao gado, sugeriram que a mina iria ter que pagar aos proprietários pelo gado morto por veículos da mina. Eles sugeriram fazer uma ponte para as crianças em idade escolar e para as pessoas que têm que atravessar a rua se o movimento de veículos for um problema sério.

Mulheres de Pirira

Foi realizada uma reunião à tarde com mulheres no Pirira e um questionário semelhante utilizado em Mualia foi usado para guiar a reunião e obter algumas informações. Cerca de trinta mulheres foram à reunião. Todas as mulheres apoiavam o projeto e não anteviam problemas ou desafios nenhuns como resultado do projeto. Por exemplo quando lhes perguntamos o que fazer com a perda de acesso aos recursos naturais, elas disseram que não vai haver problemas pois outras áreas que podem usar para obter os mesmos recursos. Isto foi semelhante à resposta que as mulheres em Maputo deram, pois disseram também que existem outras áreas que podem ser usadas para obter esses recursos naturais. As mulheres expressaram seu desejo de terem prioridade na obtenção de empregos no projeto. De acordo com as mulheres isso resolverá sua dependência das Machambas especialmente durante a estação seca quando não há colheitas e há escassez de alimentos. Em relação aos locais sagrados, as mulheres disseram que outras montanhas podem ser usadas pela população quando orarem por chuva. De acordo com as mulheres, a população pode arranjar outro local e isso não é problema para a comunidade.

Na maioria dos casos ficou claro que as respostas foram impulsionadas pelo desespero, pois as pessoas querem ver o projeto funcionar, na esperança de melhores condições de vida na região. Isso significava que as mulheres não queriam destacar quaisquer questões negativas com medo de que o projeto fosse embora. Por exemplo, quando lhes perguntamos qual seria o efeito da mina na produção de alimentos, elas responderam que não haverá nenhum problema, pois elas podem muito bem alternar entre cultivar nas Machambas e trabalhar na mina. Quando explicamos que as pessoas podem trabalhar longas horas na mina, elas disseram que irão reduzir o tamanho das Machambas. Explicamos às mulheres na reunião que a redução das Machambas representa menos produção de alimentos.

No que diz respeito à segurança do povo, especialmente das crianças, como resultado do aumento do trânsito na estrada para Pemba, elas também não viram problema nenhum nisso. Em relação ao gado, sugeriram que a mina iria ter que pagar aos proprietários pelo gado morto por veículos da mina.

(22)

Reunião com jovens de Maputo (12-03-2013 às 10:00)

A reunião foi bem atendida com mais de 60 jovens presentes. Os jovens foram informados de que esta é a fase inicial do projeto e CES está atualmente fazendo um estudo sobre o Impacto Ambiental e Social para ver como o projeto afetará o meio ambiente e o povo. Logo que o estudo for concluído e planos mais detalhados para o projeto forem traçados e as infraestruturas relevantes ficarem terminadas, haverá mais reuniões com as comunidades. A juventude de Maputo apoiava a mina pois acha que trará os necessários postos de trabalho para a área. De acordo com a juventude em Maputo, o grande problema é que não têm quaisquer instalações recreativas e os únicos desportos são futebol e basquetebol. Mesmo com os dois desportos existentes na região, a falta de equipamentos e apoio dificulta muito o envolvimento deles nestes desportos. Por exemplo no momento da reunião não tinham nenhuma bola de futebol para treinar.

A juventude mencionou que a perda de acesso aos recursos naturais não será um problema pois há outros que podem ser usados. Eles mencionaram que os trabalhos da mina irão beneficiá-los mais do que os velhos na região, então para eles a mina proposta é a melhor opção. Eles não se preocupam com os imigrantes que podem aparecer para procurar trabalho desde que eles tenham preferência sobre as pessoas de outras áreas.

A reunião foi encerrada com a juventude solicitando que as reuniões e os avisos de empregos deveriam ser anunciados na rádio local pois na maioria dos casos eles ouvem falar das reuniões e dos empregos muito tarde.

Reunião com a juventude de Pirira (12-03-2013 às14:00)

Foi realizada uma reunião com os jovens em Pirira e a CES fez uma apresentação e informou a juventude que esta é a fase inicial do projeto, e estamos atualmente a fazer um estudo do Impacto Ambiental e Social para ver como o projeto afetará o meio ambiente e as pessoas. Logo que o estudo seja concluído e planos mais detalhados para o projeto forem traçados e as infraestruturas relevantes forem terminadas, haverá mais reuniões com as comunidades. Um questionário semelhante ao usado para a reunião de mulheres sobre assuntos específicos foi usado para as reuniões de jovens. Semelhante a outras reuniões da juventude, estes apoiavam o projeto, e tanto as questões como respostas dadas foram positivas.

Os jovens mencionaram que a maior parte do tempo trabalham em Machambas e vendem produtos no mercado local. Alguns jovens frequentam a escola noturna em Balama e muito poucos estudam o secundário. Eles mencionaram que há duas equipas de futebol em Maputo, uma para os veteranos e outra para os jovens. Seu principal problema é equipamento tais como bolas de futebol. Eles disseram que usaram bolas de futebol feitas por eles próprios para treinarem. Segundo os jovens há problemas de alcoolismo na área, pois principalmente as pessoas idosas bebem muito. Há outras atividades recreativas em que eles se envolvem. Disseram que eles desejam ser consideradas primeiramente para postos de trabalho na mina. Segundo os jovens de Pirira a maioria dos empregos atuais na mina são dados a pessoas em Balama, ao passo que eles, sendo a comunidade mais próxima, têm apenas uma pessoa a trabalhar no projeto. Isto os faz sentir receosos pois creem que este será o caso, mesmo quando a mina estiver a funcionar. Eles tinham a certeza de que a mina irá garantir às pessoas das comunidades afetadas pelo projeto a primazia nos empregos da mina.

(23)

Reunião com a professora na Escola Primária de Ncuide (13/03/2013)

Visitamos a Escola Primaria de Ncuide como parte da SIA e tivemos uma discussão com a professora Sénior. Infelizmente o diretor da escola não estava presente na escola.

De acordo com a professora, existem 5 classes, do nível 1 até 5 e a escola tem duas sessões. Uma começa ás 7 da manha até ao 12:10 e o outro grupo começa ao 12:30 até ás 17:15. São 525 alunos que atendem á escola vindo das aldeias circundantes que são Ncuide e Methe.

A maioria dos professores na escola vêm de uma aldeia de Montepteuz e só um de Namuno. Isto foi diferente do que nos foi contado pela juventude em Ncuide que disse que o professor viaja diariamente de Balama e por essa razão as crianças não vão á escola porque na maioria do tempo não estão professores presentes na escola.

Os professores todos ficam em Ncuide durante a semana. O principal problema identificado pelo professor foi a falta de facilidades especialmente salas como pode ser visto na figura abaixo. Existem dois edifícios para a escola mas estes também não estão adequadamente fechados. Isto parece ser a norma em escolas porque a maioria de escolas estão meias fechadas. (veja a Figura 5 abaixo). O maior problema com estas estruturas é que quando chove a chuva entra para dentro dos edifícios e isto resulta em não funcionamento da escola quando chove.

A professora também mencionou o pobre estado do escritório que não tem prateleiras adequadas como se pode ver na Figura 7 abaixo. Outras questões identificadas pela professora foi a falta de quadros e cadeiras, como se pode ver na Figura 5, onde os alunos estão sentados em cima de cadeiras feitas por eles que não são confortáveis porque são feitas de postos. Alguns dos alunos até estão sentados no chão como se vê na Figura 6. A professora também mencionou que três classes nem têm livros.

A professora mencionou que se a Grafite lhes ajudar teria de ser com salas. Um dos desafios para a escola é a falta de água porque até a aldeia luta para conseguir água. A escola também tem futebol, mas não tem qualquer equipamento como bolas. A relva no campo de futebol é cortada pelos alunos usando machetes (veja a Figura 8).

(24)

Figura 6: O Professor dentro de uma sala aberta na Escola Primária em Ncuide (N.B.: Alunos sentados no chão porque não existem cadeiras)

(25)

Figura 8: Erva grande no campo de recreio na Escola primária em Ncuide Reunião com os Curandeiros em Ncuide (13/03/2013)

Os curandeiros mencionaram que obtêm plantas medicinais da montanha mas existem outros lugares onde podem obter as mesmas plantas mesmo se a mina usar a montanha. Mencionaram que existe um local sagrado perto da montanha que não pode ser destruído. Quando lhe informamos que as pessoas de Maputo e Pirira tinham dito que não haveria qualquer problema mesmo se local sagrado fosse destruído pela mina, a resposta deles foi, que as comunidades não conseguiriam facilmente outro local porque este lugar é santo. Ambos mencionaram que mesmo se a comunidade quisesse que o projeto grafite funcionasse, eles iam rezar no local e o espirito faria que a mina funcionasse. Os curandeiros sugeriram que o local seja protegido e cercado para que sempre que a comunidade quisesse lá ir para rezar, especialmente para chuva, poderiam sempre ter acesso á área. Os curandeiros acreditam que se este local for removido as comunidades teriam má sorte. De acordo com os curandeiros eles não usam animais para curar mas somente plantas.

Mencionaram que a mina não iria afetar negativamente o negocio deles, mas que pelo contrario, deveria melhorar o negocio porque as pessoas terão mais dinheiro para pagarem para os remédios. Os curandeiros disseram que as pessoas usam a medicina tradicional e o hospital para razoes diferentes. Por exemplo, pessoa procurando emprego e pessoas queimadas vão aos curandeiros e não ao hospital.

Referências

Documentos relacionados

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.. Este folheto

Deve falar com o seu médico acerca de qual o melhor tipo de contraceção a utilizar enquanto estiver a tomar Topiramato GP... APROVADO EM 03-04-2020 INFARMED Se não tem certeza

Como todos os medicamentos, Quetiapina Accord pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.. Se algum dos seguintes efeitos secundários

É fácil para aqueles que usurpam da igreja seus recursos e não o sustento digno de um verdadeiro ministro, que são dominadores e desejam ser bajulados o tempo todo pela

A pesquisa “Estratégias para o varejo brasileiro – Reflexões sobre os anseios do consumidor” realizada pela Deloitte em 2010 apresentou de forma muito objetiva o que

Depuis cet objectif principal nous espérions atteindre d’autres objectifs secondaires : mettre en valeur la langue maternelle chez les élèves comme clé pour leur

Se nesse período crítico, ela encontra alguém que, ignorante e inescrupulosamente, lhe fornece exercícios respiratórios, e se ela segue as instruções fidedignamente na esperança

Depois de lhe ser administrado Midazolam Hameln, não conduza nem utilize ferramentas ou máquinas antes de o seu médico autorizar, porque o Midazolam Hameln pode causar- lhe