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I Congreso Latinoamericano de Ecología Urbana Desafíos y escenarios de desarrollo para las ciudades latinoamericanas Junio 2012

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Identificação e caracterização de arbóreas exóticas invasoras, no Espaço

Verde Chico Mendes, São Caetano do Sul/SP – Brasil

Prado, Michelly Rodrigues do; Bazotti Armas, Paula; Santos Roveratti, Dagmar

Resumo

Conhecida pela grande capacidade de adaptação e dispersão fora de sua área de distribuição natural, a espécie exótica invasora, pode dominar o espaço de nativas, provocando grandes alterações na dinâmica da comunidade local. A ausência de predadores associada à alta eficiência na competição por recursos, potencializa a dispersão de sementes e favorece a invasibilidade no ambiente. Considerada a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, a presença de exóticas interfere na oferta de recursos alimentares (para fauna), e na disponibilidade de sítios de estabelecimento e presença de dispersor (para a flora). Atualmente, em áreas urbanas, a maioria dessas espécies é introduzida através de atividades antrópicas para fins ornamentais que, quase nunca, consideram a importância da biodiversidade original. Em São Paulo, raros remanescentes de vegetação original (Mata Atlântica e de Cerrado) estão ameaçados pela invasão de ornamentais exóticas. Em terrenos abandonados na malha urbana, a vegetação espontânea é quase toda artificial, de plantas introduzidas pelo homem. Salientando-se que estudos sobre espécies exóticas invasoras ainda são recentes e insuficientes, principalmente no Brasil, o objetivo do presente trabalho consistiu na identificação e caracterização de espécies arbóreas exóticas invasoras, no Espaço Verde Chico Mendes, localizado no município de São Caetano do Sul/SP – Brasil. O levantamento das espécies foi feito através de visitas realizadas de Dezembro/2011 a Maio/2012. Os indivíduos observados foram identificados no nível de espécie; família; aspectos fenológicos (época de floração e de frutificação) e as espécies enquadradas em uma das três categorias: NR – Nativa Regional; E – Exótica ou EI - Exótica Invasora, sendo que, as exóticas invasoras foram classificadas de acordo com a capacidade de invasão: A - alta, M – moderada; B - baixa, conforme bibliografia especializada para estes parâmetros. Das arbóreas identificadas houve predominância entre 6 espécies: Cinnamomun camphora (21,74%); Ligustrum lucidum (12,72%); Pinus elliottii (6,56%); Ficus benjamina (6,01%); Eugenia uniflora (3,41%) e Dracaena fragrans (3,01%), que representaram mais de 53% do total analisado. De acordo com os resultados, 27,04% das espécies são exóticas invasoras, sendo que, aproximadamente, 85,16% apresentavam alta capacidade de invasão. Levando-se em consideração os resultados obtidos, foi evidenciada a necessidade de medidas de controle e restrição à introdução destas arbóreas, em especial, das exóticas invasoras, privilegiando as plantas nativas locais, preservação da história, da cultura e bem-estar da população.

Palavras chave: exóticas invasoras; levantamento arbóreo; preservação. Introdução

Conhecida como espécie que ocorre numa área fora de seu limite natural historicamente conhecido, a espécie exótica, é resultado da dispersão acidental ou intencional, por atividades antrópicas (Ziller, 2001).

Uma vez introduzida, a partir de outros ambientes, essa espécie pode apresentar potencial invasor por ser altamente eficiente na competição por recursos, adaptando-se e reproduzindo-se a ponto de ocupar o espaço de espécies nativas e causar graves alterações nos processos ecológicos naturais (Guimarães, 2005).

Tamanho é o potencial de adaptação e dispersão dessas espécies que as mudanças causadas no funcionamento do ecossistema, nem sempre permitem a recuperação natural, um processo denominado de contaminação biológica (Ziller & Galvão, 2001).

Os contaminantes biológicos tendem a se multiplicar e a se disseminar, gradativamente, dificultando a auto-regeneração dos ecossistemas. Por este motivo, a contaminação biológica é também denominada de poluição biológica. Esse tipo de poluição é bastante sério, pois se agrava

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ao longo do tempo, diferentemente de poluições químicas que, geralmente, se diluem com o passar dos anos (Westbrooks, 1998).

Segundo Siqueira (2004/2005) esta temática atual das invasões de plantas exóticas está relacionada com a visão imediatista e utilitarista da sociedade em que vivemos, além de outros fatores de ordem econômica e cultural.

Charles Darwin foi um dos primeiros a manifestar preocupação com o problema. Já na metade do século XIX registrou a densa ocupação dos pampas na Argentina e no Chile por Cynara cardunculus (cardo), planta arbustiva espinhenta originária do Marrocos que, atingindo até 1,5 metros de altura, impedia a passagem de cavalos e pessoas. Em 1865, um visitante solicitou proteção ao Parque Nacional de Yosemite, nos EUA, em função da crescente ocupação por plantas daninhas oriundas da Europa (Ziller, 2001).

Em épocas mais recentes, o propósito das introduções dessas espécies tem se voltado significativamente para fins ornamentais (Furlan, 2007).

Na África do Sul, estima-se que das 491 espécies exóticas, a metade tenha sido introduzida para fins ornamentais, seguidas de uso para barreiras (como quebra-ventos), cobertura, agricultura, forragem e produção florestal. Quando as espécies são usadas para mais de um fim, maior tende a ser a sua disseminação e maior, por conseqüência, seu potencial de invasão (Ziller; Galvão, 2001).

Na Austrália, há estimativas de que 65% das plantas naturalizadas no país nos últimos 25 anos tenham sido introduzidas para fins ornamentais. A Nova Zelândia conta atualmente com cerca de 24 mil espécies introduzidas: mais de 70% para fins ornamentais. Cerca de 240 espécies se tornaram invasoras e calcula-se uma taxa de aumento de quatro novas espécies invasoras por ano. O número de espécies exóticas naturalizadas no país é hoje levemente superior ao de espécies nativas. Há previsão de que cerca de 575.000 hectares de áreas naturais protegidas sofram invasões biológicas nos próximos dez a quinze anos (Ziller, 2001).

Nos Estados Unidos, estima-se a introdução de mais de 4.600 espécies exóticas nas Ilhas Havaianas, 1.045 na Califórnia e 1.180 na Flórida. Esses são os estados mais atingidos justamente por apresentarem condições climáticas mais amenas, que facilitam o estabelecimento de invasoras. Cerca de 31% dos parques nacionais estadunidenses, que corresponde a 3,5 milhões de hectares, encontram-se hoje invadidos por espécies exóticas. Os custos de contenção do problema em todos esses países são proporcionalmente exorbitantes (Ziller; Galvão, 2001).

Dentre os impactos mais citados no meio científico, estão as alterações causadas em processos ecológicos essenciais como: ciclagem de nutrientes; produtividade vegetal; cadeias tróficas; estrutura, dominância, distribuição e funções de espécies; distribuição de biomassa; densidade de espécies; porte da vegetação; índice de área foliar; queda de serrapilheira; taxa de decomposição; além dos processos evolutivos e relações entre polinizadores e plantas. Podem, também, mudar a adequação do habitat para espécies animais, alterar características físicas do ecossistema, desencadeando processos erosivos, sedimentação e mudanças no ciclo hidrológico, no regime de incêndios e no balanço energético, além de reduzir o valor econômico da terra e o valor estético da paisagem, comprometendo seu potencial turístico. Podem ainda produzir híbridos, ao cruzar com espécies nativas e eliminar genótipos originais e ocupar o espaço de plantas nativas levando-as a diminuir em densidade e extensão geográfica, aumentando os riscos de extinção de populações e de espécies. Os efeitos agregados de invasões potencializadas por atividades antrópicas põem em risco esforços para a conservação da biodiversidade, a manutenção da produtividade de sistemas agrícolas, a funcionalidade de ecossistemas naturais e a saúde humana (Richardson, 1999; Mack et al., 2000).

De acordo com Zanchetta e Diniz (2006), vários são os fatores que podem determinar a potencialidade invasiva de certas espécies, entre eles: informações dos atributos da espécie, tempo de residência, extensão do plantio, características da cobertura do solo, latitude, regime de distúrbio e a biota local do ambiente invadido.

Dentre as espécies arbóreas já consagradas como invasoras no Brasil, estão Pinus elliottii, Pinus taeda, Casuarina equisetifolia, muito comum no litoral, Melia azedarach (cinamomo), Tecoma stans (amarelinho), Hovenia dulcis (uva-do-japão), Cassia mangium, Eriobothrya japonica (nêspera), Cotoneaster sp. e Ligustrum japonicum (alfeneiro), este usado largamente para fins ornamentais. Entre as plantas menores, o gênero Bracchiaria, de capins introduzidos para pastagens, é dos mais problemáticos (Espíndola et al., 2005).

Os países que melhor têm documentado os processos de invasão são a África do Sul, a Nova Zelândia, a Austrália e os Estados Unidos. Talvez seja simplesmente pela capacidade de manter registros que se destaquem no mundo como os maiores detentores de espécies invasoras. Certamente existem problemas de mesma magnitude e gravidade em inúmeros outros

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países que ainda não despertaram para a questão e que carecem tanto de registros como de medidas de prevenção, controle e erradicação, requerendo coleta e organização de dados para retratar a situação atual e para estabelecer prognoses do futuro (Ziller; Galvão, 2001).

As espécies exóticas constituem-se como um risco para as populações de espécies nativas, o que consiste em crime ambiental, segundo o art. 485 da Lei 9605/1998.

Em 2003, diante da constatação da precariedade de referências bibliográficas e de pesquisas no Brasil relacionadas ao tema, o Ministério do Meio Ambiente decidiu elaborar o “Primeiro Informe Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras”, propondo uma avaliação dos impactos causados ao meio ambiente pelas principais espécies, tanto em relação à biodiversidade quanto à saúde humana e animal.

Inúmeros esforços vêm sendo realizados para definir características comuns a espécies invasoras, visando antecipar problemas futuros e estabelecer medidas de controle e restrição a novas introduções.

Importância do Planejamento em Áreas Verdes

O crescimento contínuo das áreas urbanizadas vem provocando modificações na paisagem com consequente comprometimento da qualidade do meio físico. (Andrews, 1976).

Para que as áreas verdes públicas constituam-se como elementos fundamentais para o bem estar da população, a arborização precisa ser aprimorada a partir de um bom planejamento (Loboda & De Angelis, 2005).

A cidade não é um elemento isolado da natureza, como diz Metzeger (2001), ela faz parte da paisagem e junto com as áreas naturais são montantes do grande mosaico que hoje forma a superfície da Terra.

O conhecimento e a análise das estruturas das cidades e suas funções, através das óticas econômica, social e ambiental são pré-requisitos básicos para o planejamento e administração das áreas urbanas, na busca de melhores condições de vida para os seus habitantes (Rocha et al., 2004).

A Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, também conhecida por Estatuto da Cidade, e talvez a mais importante na atualidade em se tratando do planejamento urbano, estabelece diretrizes para o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental (Art. 1º, Parágrafo único), garante o direito às cidades sustentáveis (Art. 2º, inc. I), ao planejamento do desenvolvimento das cidades, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente (Art. 2º, inc. IV).

De acordo com Ribeiro e Muniz (2011), a falta de planejamento prévio resulta, muitas vezes, na perda da vegetação nativa, uma vez que é muito frequente a introdução de espécies exóticas que podem afetar o equilíbrio ecológico urbano e manutenção das espécies nativas que contribuem para a diversidade da flora e fauna. O que deveria ser de conhecimento para comunidade a favor do ecossistema urbano.

A fragmentação das áreas naturais devido a urbanização trazem consequências muito negativas para as espécies que integram essas ilhas da natureza representadas pelas cidades. Para evitar ou diminuir estas consequências, um bom planejamento, pode tornar as áreas verdes urbanas uma estratégia de conectividade, aumentando a porosidade dos trechos urbanos, servindo como trampolins ou corredores biológicos entre remanescentes de vegetação natural (Ayres et al., 2005).

Todavia, a falta de políticas públicas associada aos reduzidos recursos destinados às áreas verdes (públicas), não conseguem atender às necessidades reais criadas pela expansão urbana. E é nesse sentido que embora todas as cidades apresentem áreas verdes onde a população possa desfrutar de momentos de lazer e contato com a natureza, poucas têm esses espaços de forma organizada, de modo que não passam de espaços dispersos pela malha urbana (Loboda & De Angelis, 2005).

Objetivo

Ressaltando-se a precariedade de referências bibliográficas e de pesquisas relacionadas às espécies arbóreas exóticas invasoras, no Brasil, espera-se que a presente proposta seja uma contribuição para a definição de ações mitigadoras e preservação da identidade biológica do Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano do Sul /SP - Brasil.

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Materiais e método Área de estudo

O município de São Caetano do Sul está localizado na região metropolitana de São Paulo, integrante da região do ABC paulista, com 15,3 km²; situa-se a uma altitude média de 760 metros. A cobertura vegetal original do município São Caetano do Sul é Mata Atlântica de planície. O intenso processo de urbanização das áreas situadas nos limites da cidade de São Paulo descaracterizou completamente as feições desta composição vegetal.

São Caetano do Sul se baseia no turismo de negócios, cultura e lazer, possui sete parques municipais dentre eles, o Espaço Verde Chico Mendes.

Um recente levantamento divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) mostra que os indicadores ambientais do município de São Caetano do Sul não são nada animadores: é a cidade com o ar mais poluído do Estado, com uma proporção de veículos de 1,22 carros por habitante.

Além disto, São Caetano do Sul registra um índice de áreas verdes de 1,5 m² por habitante enquanto que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 12 m² por habitante.

Com uma área de aproximadamente 140 mil m2, o Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano do Sul – SP, oferece aos visitantes de todas as idades inúmeras atividades de lazer com intuito de manter a qualidade de vida e incentivar o contato da população com diversas espécies de plantas e animais. Localizado na Avenida Fernando Simonsen, 566, no Bairro Cerâmica, o parque funciona todos os dias da semana das 6 às 22 horas.

Coleta de dados

As observações de campo foram feitas através de visitas semanais realizadas nos meses de Dezembro/2011 a Maio/2012. Foram consideradas espécies arbóreas os indivíduos com tronco único, sustentação própria e diâmetro à altura do peito, DAP 5 cm.

Todas as espécies foram descritas em ficha de identificação, de acordo com a espécie, família, aspectos fenológicos (época de floração e de frutificação), registro fotográfico-digital e literatura pertinente.

As espécies identificadas foram localizadas em croquis e enquadradas em uma das três categorias: NR – Nativa Regional; E – Exótica ou EI - Exótica Invasora, sendo que, as exóticas invasoras foram classificadas de acordo com a capacidade de invasão: A - alta, M – moderada; B - baixa, conforme bibliografia especializada para estes parâmetros. Quando não foi possível o reconhecimento das espécies em campo, coletou-se amostras de material botânico disponível como: folhas, flores e frutos, para a identificação no herbário do Instituto de Botânica de São Paulo ou para o envio a especialistas.

Resultados e Discussão

Foram identificados 3609 indivíduos pertencentes a 33 famílias, distribuídos em 85 espécies. As famílias Arecaceae, Fabaceae, Lauraceae, Moraceae, Myrtaceae e Oleaceae apresentaram o maior número de indivíduos utilizados na arborização do Espaço Verde Chico Mendes, representando 71,04% do total analisado. As outras 27 famílias contribuíram com cerca de 1011 indivíduos, dentre as quais, 8 famílias apresentaram uma única espécie.

Tabela 1 – Lista de espécies amostradas no Espaço Verde Chico Mendes, São Caetano do Sul/SP.

Quantidade (QTD) - quantidade de indivíduos encontrados por espécie. Tipo – Nativa Regional (NR), Exótica (E), Exótica Invasora (EI). Capacidade de Invasão (INV) – Baixa (B), Moderada (M), Alta (A).

Grupo

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Espécie

GIMNOSPERMAS Arecaceae

Syagrus romanzoffiana (Cham.)

Glassman Jerivá 98 E

Livistona chinensis (N. J. Jacquin) R. Brown ex Mart.

Palmeira Leque 84 E Dypsis lutescens H. Wendl Areca Bambu 56 E Caryota urens L. Palmeira Rabo de

Peixe 21 E

Acrocomia intrumescens Drude Palmeira Barriguda 16 E

Cocos nucifera L. Coco da Bahia 7 E

Cupressaceae

Thuja orientalis L. Thuja 44 E

Chamaecyparis pisifera (Sielbold & Zucc.)

Endl. Pinheirinho 16 E

Chamaecyparis obtusa (Siebold& Zucc.)

Endl. Pinheiro Dourado 5 E

Cycadaceae

Cycas circinalis L. Cica 35 E

Pandanaceae

Pandanus utilis Bory Pandalus 4 E

Pinaceae

Pinus elliottii Engel. Pinus 229 EI A

ANGIOSPERMAS Anacardiaceae

Mangifera indica L. Manga 83 E

Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira 32 NR Apocynaceae

Nerium oleander L. Espirradeira 10 E

Plumeria rubra L. Jasmim Manga 4 E

Araliaceae

Schefflera actinophylla (Endl.) Harns Cheflera 31 EI A Asparagaceae

Dracaena fragrans (L.) Ker Gawl

Dracena 105 E

Bignoniaceae

Tabebuia pentaphylla Hemsl. Ipê Balsamo 61 E Spathodea nilotica Seem Espatódea 37 E Jacaranda cuspidifolia Mart. Jacarandá 27 E Tabebuia chysotricha Mart. Ipê Amarelo 20 NR Tabebuia rosea-alba (Ridl.) Sand. Ipê Branco 3 E

Tabebuia sp Ipê 23

Bombacaceae

Pachira aquatica Aubl. Castanha do

Maranhão 20 E

Chorisia speciosa A. St. Hil. Paineira 11 NR Euphorbiaceae

Euphorbia pulcherrima Willd. Ex Klotzsch Bico de Papagaio 3 E Euphorbia cotinifolia L. Leiteiro Vermelho 1 E Fabaceae

Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit Leucena 61 EI A Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Flamboiã 37 E

Calliandra brevipes Benth. Calliandra 32 E Erytrina speciosa Andrews Eritrina 31 E Bauhinia forticata Link Pata de Vaca 31 NR Caesalpinia peltophoroides Benth. Sibipiruna 29 NR Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Tamboriu Bravo 24 E

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Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Tipuana 17 EI M Senna multijuga (Rich.) Irwin et Barn.

Senna 15 NR

Calliandra twediiI Benth. Calliandra Vermelha 11 E Inga uruguaiensis Hooker at Arnott Ingá 11 NR Albizia lebbeck (L.) Benth. Albizia 7 E Caesalpinia equinata Lam. Pau Brasil 6 E Caesalpinia ferrea

Mart. Pau Ferro 2 E

Brownea ariza Benth. Flamboiãzinho 1 E Schizolobium parahyba (Vell.) Blake Guapuruvu 1 NR Lauraceae

Cinnamomun camphora (L.) J. Presl Canela canforeira 759 E Nectandra lanceolata Nees et Mart. Ex

Nees Canela 92 NR

Persea americana Mill. Abacate 27 E

Lythraceae

Lagerstroemia indica L. Resedá 58 E

Punica granatum L. Romã 3 E

Magnoliaceae

Michelia champaca L. Magnólia 8 E

Malpighiaceae

Malpighia emarginaginata Sessé & Moc.

Ex DC. Acerola 7 E

Melastomataceae

Tibouchina granulosa Cong. Quaresmeira 9 NR Tibouchina mutabilis Cong. Manacá da Serra 1 NR Meliaceae

Melia azedarach L. Cinamomo 5 EI A

Cedrela fissilis Vell. Cedro 4 NR

Moraceae

Ficus benjamina L. Ficus 210 E

Morus nigra L. Amoreira 41 EI M

Artocarpus heterophyllus Lam. Jaca 32 E Ficus graranitica Schodat Mata Pau 4 NR Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Mart. Fícus Enormis 3 NR

Ficus elastica Roxb. Seringueira 3 E

Musaceae

Musa X paradisíaca L. Banana 5 E

Myrtaceae

Eugenia uniflora L. Pitangueira 119 NR

Psidium guajava L. Goiabeira 93 NR

Eucalyptus paniculata Sm. Eucalípito 34 EI A Callistemon viminalis (Sol.ex Gaertn.)

G.Don ex Loud

Escova de Garrafa 6 E

Syzygium jambos (L.) Alston Jambo 5 E

Syzygium cumini (L.) Skeels Jambolão 4 E Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. Jabuticabeira 3 NR Eugenia brasilliensis Lam. Grumixama 2 E

Eugenia pyriformis Cambess Uvaia 1 NR

Oleaceae

Ligustrum lucidum W.T. Aiton Alfeneiro 444 EI A Phytolaccaceae

Gallesia integrifólia (Spreng.) Harms Pau D’Álho 1 NR Polygonaceae

Triplaris caracasana Cham. Pau Formiga 35 E Proteaceae

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Rhamnaceae

Hovenia dulcis Thunb Uva Japonesa 16 EI M

Zizyphus joazeiro Mart. Juázeiro 1 E

Rosaceae

Eriobotrya japonica Loquat Ameixeira 14 EI M Rubiaceae

Coffea arabica L. Café 17 EI B

Rutaceae

Citrus sinensis L. Laranja 8 E

Citrus limon (L.) Burm. F. Limão 5 E

Citrus reticulata L. Mixirica 5 E

Murraya paniculata (L.) Jacq. Murta 1 E Salicaceae

Salix alba L. Chorão 11 E

Sterculiaceae

Dombeya wallichii (Lindl.) K. Schum. Astrapéia 4 E Verbenaceae

Duranta repens L. Pingo de Ouro 7 E

Não Identificadas 95

As espécies predominantes no levantamento foram: Cinnamomun camphora (21,74%); Ligustrum lucidum (12,72%); Pinus elliottii (6,56%); Ficus benjamina (6,01%); Eugenia uniflora (3,41%) e Dracaena fragrans (3,01%), que representaram aproximadamente 53% do total analisado. Vale ressaltar que, Pinus elliottii e Ligustrum lucidum são consideradas arbóreas exóticas com alta capacidade de invasão (Amigos das árvores de São Paulo, 2012).

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Gráfico 1 – Espécies arbóreas mais frequentes (%) no Espaço Verde Chico Mendes

Das espécies identificadas, 27,04% são exóticas invasoras, sendo que 1,80% apresentou baixa capacidade invasora, 13,01% moderada e 85,16% alta. De acordo com Espíndola (2005), distante dos seus ambientes de origem e livres de processos competitivos e predatórios, as espécies exóticas invasoras encontram condições favoráveis para a expansão e domínio do espaço de ocupação, sobretudo se este espaço ecossistêmico foi ou vem sendo alterado por processos sucessivos de intervenções antrópicas.

Dependendo das condições locais, da produção de frutos e sementes e dos processos de dispersão, muitas espécies exóticas invasoras não conseguem aumentar suas populações, deixando de ser assim problemas para determinadas áreas geográficas e a sua respectiva biodiversidade local (Siqueira, 2006). As espécies de Melia azedarach e Schefflera actinophylla são exemplos deste pouco sucesso de propagação e ocupação desordenada do espaço e alterações ambientais.

Estima-se que as áreas verdes sejam compostas por plantas nativas, como forma de perpetuar espécies, de manter uma coerência ambiental, e de fazer a população compreender a riqueza que possuímos (Mascaró, 2005).

Conclusão

De acordo com a incidência de exóticas invasoras relacionadas no presente projeto e a observação do surgimento espontâneo de novos indivíduos de Ligustrum lucidum e Leucaena leucocephala, com alta capacidade invasora, foi evidenciada a necessidade de medidas de controle e restrição à introdução de espécies com estas características, privilegiando as arbóreas nativas locais.

Um paisagismo sustentável deve considerar a preservação da identidade biológica, preservando as espécies vegetais regionais que oferecem abrigo e alimentação à fauna local, além de conectar a população com a história e proporcionar o bem-estar.

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