• Nenhum resultado encontrado

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 6ª Turma KA/cb/acj/rm

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 6ª Turma KA/cb/acj/rm"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme A C Ó R D Ã O

6ª Turma KA/cb/acj/rm

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. IN Nº 40 DO TST. LEI 13.015/2014. ANTERIOR À LEI Nº 13.467/2017.

MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO. TEMA NÃO ADMITIDO PELO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE Agravo de instrumento a que se dá provimento ante uma provável ofensa ao art. 523, § 1º, do CPC/73 (art. 475-J do CPC/73).

Agravo de instrumento a que se dá provimento.

II – RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI N° 13.015/2014. ANTERIOR À LEI Nº 13.467/2017.

PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO DO TRT POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. TEMA ADMITIDO PELO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE 1 - Não houve a transcrição de trecho de acórdão de embargos de declaração nem de trecho de razões de embargos de declaração opostos no TRT. Assim, a parte não demonstra que instou a Corte regional a se manifestar sobre a alegada nulidade, sendo inviável o

confronto analítico com a

fundamentação jurídica invocada pela parte. Decisão da SBDI-1 na Sessão de

16/03/2017

(E-RR-1522-62.2013.5.15.0067) e da Sexta Turma na Sessão de 05/04/2017

(RR-927-58.2014.5.17.0007). Logo, não

atendidas as exigências do art. 896, § 1º-A, I e III, da CLT.

2 - Recurso de revista de que não se conhece.

MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO

(2)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme TRABALHO. TEMA ADMITIDO PELO PROVIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1 - O Pleno do TST, no

IRR-1786-24.2015.5.04.0000, com efeito

vinculante nos termos da Lei nº 13.015/2014, firmou a seguinte tese: “a multa coercitiva do art. 523, § 1º, do CPC de 2015 (art. 475-J do CPC de 1973) não é compatível com as normas vigentes da CLT por que se rege o processo de trabalho, ao qual não se aplica”. Ressalva de entendimento pessoal.

2 - Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHO EM CRECHE. ATIVIDADE DE AUXILIAR ESCOLAR INFANTIL. TROCA DE FRALDAS E HIGIENIZAÇÃO DE CRIANÇAS. TEMA ADMITIDO PELO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE

1 – Nos termos da Súmula nº 448 do TST: “I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano”.

2 - O caso dos autos tem a seguinte peculiaridade: a abordagem sobre a insalubridade, no primeiro e no segundo graus de jurisdição, foram sobre hipóteses distintas.

3 - Na sentença, registrada no acórdão recorrido, o adicional de insalubridade foi afastado porque o juízo de primeiro grau entendeu que “a atividade de higienização de crianças em uma escola de educação infantil, mesmo na troca de fraldas, não enseja o pagamento de adicional de insalubridade, por falta de enquadramento legal, uma

(3)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme

vez que não se trata de atividade equiparada ao trabalho realizado em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto contagiante em hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana”.

4 - No TRT, após o registro de que a

reclamante era auxiliar escolar

infantil que fazia troca de fraldas e higienização de crianças mantendo contato com fezes e urina, a maioria julgadora concluiu que “o contato habitual com fezes e urina das crianças de creche durante a troca de fraldas equipara-se ao trabalho de limpeza de banheiros”.

5 - No caso concreto, a reclamante

não trabalhava na limpeza de

banheiros de creche nem no

recolhimento de lixo, mas na

higienização de crianças.

6 - A jurisprudência no TST vem se posicionando no sentido de que não há direito ao adicional de insalubridade no caso de trabalhadora de creche que tem contato com fezes e urina de crianças, pois essa atividade não se enquadra seja na hipótese examinada

na sentença, seja na hipótese

examinada no acórdão do TRT

(“equiparação a trabalho de limpeza de banheiros”). Citam-se julgados.

7 – Cumpre notar que o caso previsto no item II da Súmula nº 448 do TST (“higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo”) já resultou de extensão interpretativa das hipóteses do Anexo 14 da NR-15 (esgotos – galerias e tanques; lixo urbano – coleta e industrialização), e o

deferimento do adicional de

insalubridade à reclamante que não trabalhava na limpeza de banheiros

nem no recolhimento de lixo

resultaria em equiparação não

(4)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme prevista no item II da Súmula nº 448 do TST.

8 - Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-20109-29.2015.5.04.0404, em que é Recorrente ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE EDUCACIONAL E CULTURAL CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DE SÃO JOÃO BATISTA E SANTA CATARINA DE SENA - MEDEIÁS - COLÉGIO SÃO JOÃO BATISTA e Recorrido ANA CAROLINE RODRIGUES NUNES.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, mediante o acórdão de fls. 293/301, deu provimento parcial ao recurso ordinário da reclamada e provimento ao da reclamante.

Às fls. 309/31, O TRT rejeitou os embargos de declaração opostos pela reclamada.

A reclamada interpôs recurso de revista, às fls. 314/331, com fundamento no art. 896 da CLT.

O juízo primeiro de admissibilidade, às fls. 354/356, admitiu, em parte, o recurso de revista da demandada.

A reclamada interpôs agravo de instrumento, com base no art. 897, b, da CLT, quanto à parte do recurso de revista que teve seu seguimento denegado.

Foram apresentadas contrarrazões.

Os autos não foram remetidos ao Ministério Público do Trabalho porque não se configuraram as hipóteses previstas em lei e no RITST.

É o relatório.

(5)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme V O T O

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO 1. CONHECIMENTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do agravo de instrumento.

2. MÉRITO

2.1. MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO

O Tribunal Regional, juízo primeiro de

admissibilidade do recurso de revista (art. 682, IX, da CLT), denegou-lhe seguimento, quanto à multa prevista no art. 475-J do CPC/73 (correspondente ao art. 523, § 1º, do CPC/2015), adotando os seguintes fundamentos:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Penalidades Processuais / Multa do Art. 475-J do CPC.Não admito o recurso de revista no item.Decidiu a Turma: "É aplicável na Justiça do Trabalho a multa referida por constituir importante reforço legislativo voltado ao cumprimento voluntário das decisões judiciais, cujo parâmetro inexiste no processo do trabalho, justificando a sua adoção com base no artigo 769 da CLT e OJ 13 da SEEX deste Tribunal. Contudo, diante da mutabilidade que a sentença detém, não é razoável a definição na fase de conhecimento dos critérios que deverão balizar a apuração dos valores devidos. Objetivando evitar a repetição de eventuais atos praticados em desacordo com as regras vigentes na liquidação, aplica-se a legislação vigente àquela época. Nesse sentido, dispõe a Súmula 75 deste Tribunal: "A multa de que trata o artigo 475-J do CPC é compatível com o processo do trabalho, e a definição quanto à sua aplicação efetiva deve ocorrer na fase de cumprimento da sentença". Considerando ainda o provimento parcial do recurso da reclamante, mostra-se mais adequado relegar à fase de liquidação a discussão sobre a aplicabilidade do artigo 475-J do CPC então em vigor. Dou parcial provimento ao recurso da reclamada no tópico." Inviável a análise da admissibilidade do recurso, por referir matéria que não foi objeto de deliberação, quanto à questão de fundo, por parte do órgão julgador, diante do óbice de natureza processual apontado.

(6)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme A agravante alega que a CLT possui normas específicas quanto à liquidação de sentença e sua execução, quais sejam, artigos 876 a 892, razão pela qual o cumprimento de sentença previsto na legislação processual civil é absolutamente incabível no procedimento trabalhista, o qual somente faz uso das regras previstas no CPC na ausência de previsão específica na legislação trabalhista, conforme art. 769 da CLT.

Diz que, a incidência do artigo 523, §1º, do CPC ao caso impede que o devedor exerça o direito de oferecer bens à penhora, implicando na execução da forma mais gravosa, o que é vedado pelo próprio CPC, conforme art. 805.

Sustenta que foram violados os arts. 5º, II, da CF/88 e 523, § 3º, do CP/2015 (475-J doo CPC/73).

Ao exame.

Foram preenchidos os requisitos previstos no art. 896, § 1º-A, I, do TST, mediante a transcrição, nas razões de recurso de revista, do seguinte trecho da decisão recorrida:

É aplicável na Justiça do Trabalho a multa referida por constituir importante reforço legislativo voltado ao cumprimento voluntário das decisões judiciais, cujo parâmetro inexiste no processo do trabalho, justificando a sua adoção com base no artigo 769 da CLT e OJ 13 da SEEX deste Tribunal.

Contudo, diante da mutabilidade que a sentença detém, não é razoável a definição na fase de conhecimento dos critérios que deverão balizar a apuração dos valores devidos. Objetivando evitar a repetição de eventuais atos praticados em desacordo com as regras vigentes na liquidação, aplica-se a legislação vigente àquela época. Nesaplica-se aplica-sentido, dispõe a Súmula 75 deste Tribunal: "A multa de que trata o artigo 475-J do CPC é compatível com o processo do trabalho, e a definição quanto à sua aplicação efetiva deve ocorrer na fase de cumprimento da sentença".

Considerando ainda o provimento parcial do recurso da reclamante, mostra-se mais adequado relegar à fase de liquidação a discussão sobre a aplicabilidade do artigo 475-J do CPC então em vigor Dou parcial provimento ao recurso da reclamada no tópico

O Pleno do TST, no IRR-1786-24.2015.5.04.0000, Redator Designado Ministro João Oreste Dalazen, com efeito vinculante nos termos da Lei nº 13.015/2014, firmou a seguinte tese:

“a multa coercitiva do art. 523, § 1º, do CPC de 2015 (art. 475-J do

(7)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme

CPC de 1973) não é compatível com as normas vigentes da CLT por que se rege o processo de trabalho, ao qual não se aplica”.

Na ocasião, revisora no

IRR-1786-24.2015.5.04.0000, fiquei vencida. Ressalvo meu entendimento pessoal de que seria aplicável a multa ao Processo do Trabalho.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista, ante uma provável violação do art. 523, § 2º, do CPC/2015 (475-J do CPC/73).

II – RECURSO DE REVISTA 1. CONHECIMENTO

1.1. PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO DO TRT POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.

A reclamada alega que o Tribunal Regional não observou o quadro fático dos autos, no qual foi comprovado que a reclamante atendia crianças na faixa dos 5 anos de idade, de modo que nunca houve troca de fraldas em suas atividades.

Diz que o TRT é silente quanto ao fato de que o laudo pericial, o qual fundamenta a condenação imposta ao reclamado foi elaborado tão somente com a versão unilateral dos fatos narrada pela reclamante, que não foram comprovados no decorrer da instrução processual e não podem prevalecer em detrimento dos depoimentos das testemunhas ouvidas em audiência.

Sustenta que foram violados os arts. 832 da CLT, 5º, II, XXXV, e LV, e 93, IX, da CF/88.

Ao exame.

A reclamada, nas razões de recurso de revista, não transcreveu o trecho do acórdão de embargos de declaração nem do trecho de razões de embargos de declaração opostos no TRT.

Assim, a parte não demonstra que instou a Corte regional a se manifestar sobre a alegada nulidade, sendo inviável o confronto analítico com a fundamentação jurídica invocada pela parte.

(8)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme Decisão da SBDI-1 na Sessão de 16/03/2017 (E-RR-1522-62.2013.5.15.0067) e da Sexta Turma na Sessão de 05/04/2017 (RR-927-58.2014.5.17.0007). Logo, não atendidas as exigências do art. 896, § 1º-A, I e III, da CLT.

Ante o exposto, não conheço do recurso de revista. 1.2. MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO

Recurso de revista interposto na vigência da Lei nº 13.015/2014.

Foram preenchidos os requisitos previstos no art. 896, § 1º-A, I, do TST, mediante a transcrição, nas razões de recurso de revista, do seguinte trecho da decisão recorrida:

É aplicável na Justiça do Trabalho a multa referida por constituir importante reforço legislativo voltado ao cumprimento voluntário das decisões judiciais, cujo parâmetro inexiste no processo do trabalho, justificando a sua adoção com base no artigo 769 da CLT e OJ 13 da SEEX deste Tribunal.

Contudo, diante da mutabilidade que a sentença detém, não é razoável a definição na fase de conhecimento dos critérios que deverão balizar a apuração dos valores devidos. Objetivando evitar a repetição de eventuais atos praticados em desacordo com as regras vigentes na liquidação, aplica-se a legislação vigente àquela época. Nesaplica-se aplica-sentido, dispõe a Súmula 75 deste Tribunal: "A multa de que trata o artigo 475-J do CPC é compatível com o processo do trabalho, e a definição quanto à sua aplicação efetiva deve ocorrer na fase de cumprimento da sentença".

Considerando ainda o provimento parcial do recurso da reclamante, mostra-se mais adequado relegar à fase de liquidação a discussão sobre a aplicabilidade do artigo 475-J do CPC então em vigor Dou parcial provimento ao recurso da reclamada no tópico

A reclamada alega que a CLT possui normas específicas quanto à liquidação de sentença e sua execução, quais sejam, artigos 876 a 892, razão pela qual o cumprimento de sentença previsto na legislação processual civil é absolutamente incabível no procedimento trabalhista, o qual somente faz uso das regras previstas no CPC na ausência de previsão específica na legislação trabalhista, conforme art. 769 da CLT.

(9)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme Diz que, a incidência do artigo 523, §1º, do CPC ao caso impede que o devedor exerça o direito de oferecer bens à penhora, implicando na execução da forma mais gravosa, o que é vedado pelo próprio CPC, conforme art. 805.

Sustenta que foram violados os arts. 5º, II, da CF/88 e 523, § 3º, do CP/2015 (475-J do CPC/73).

Ao exame.

O Pleno do TST, no IRR-1786-24.2015.5.04.0000, Redator Designado Ministro João Oreste Dalazen, com efeito vinculante nos termos da Lei nº 13.015/2014, firmou a seguinte tese:

“a multa coercitiva do art. 523, § 1º, do CPC de 2015 (art. 475-J do CPC de 1973) não é compatível com as normas vigentes da CLT por que se rege o processo de trabalho, ao qual não se aplica”.

Na ocasião, revisora no

IRR-1786-24.2015.5.04.0000, fiquei vencida. Ressalvo meu entendimento pessoal de que seria aplicável a multa ao Processo do Trabalho.

Ante o exposto, conheço do recurso de revista, por violação do art. 523, § 2º, do CPC/2015 (475-J do CPC/73).

1.3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHO EM CRECHE. ATIVIDADE DE AUXILIAR ESCOLAR INFANTIL. TROCA DE FRALDAS E HIGIENIZAÇÃO DE CRIANÇAS.

Recurso de revista interposto na vigência da Lei nº 13.015/2014.

Foram preenchidos os requisitos previstos no art. 896, § 1º-A, I, do TST, mediante a transcrição, nas razões de recurso de revista, do seguinte trecho da decisão recorrida:

A Turma Julgadora, no entanto, por sua maioria considerando a natureza das atividades desenvolvidas pela reclamante, entende devido o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo, tendo em vista que o contato habitual com fezes e urina das crianças de creche durante a troca de fraldas equipara-se ao trabalho de limpeza de banheiros.

Pelo exposto, dá-se provimento ao recurso ordinário da autora para condenar a reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, calculado sobre o salário mínimo nacional, com reflexos em repousos semanais remunerados e feriados, horas extras, férias com 1/3, 13º salário e FGTS com 40%.

(10)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme A reclamada alega que “a decisão ora atacada exarou entendimento no sentido de que a atividade exercida pela reclamante nas dependências da ora Reclamada se enquadra no disposto pelo Anexo 14 - NR 15, da Portaria 3.214/78, do Ministério do Trabalho, equiparando a atividade de auxiliar escolar infantil ao trabalho de limpeza de banheiros, o que não deve prosperar”. Sustenta que também não pode prevalecer a sentença, pois “o perito concluiu que a reclamante desempenhou atividades insalubres com base em interpretação extensiva da NR-15, Anexo 14, do Ministério de Trabalho e Emprego, porquanto equiparou os alunos atendidos pela obreira a pacientes e a reclamada a estabelecimento destinado aos cuidados da saúde humana” (fls. 323). Diz que está equivocada a interpretação do perito, pois a NR-15, quando trata dos agentes biológicos em seu anexo 14, estabelece a insalubridade em grau médio para o trabalho permanente com pacientes ou material infecto-contagiante em hospitais, serviços de emergência, ambulatórios e postos de vacinação. Diz que a expressão constante na NR 15 Anexo 14 “outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana” foi inserida na referida norma para não excluir demais locais em que eventualmente haja atendimento de pacientes tais como ocorre em hospitais e ambulatórios. Afirma que, no caso, é incontroverso que a reclamada é uma instituição de ensino que atende alunos da educação infantil ao ensino médio, atividade completamente distinta daquela prevista pela NR-15 para fins de insalubridade. Assevera que, ainda que constatada insalubridade pelo laudo pericial, a reclamante não tem direito à percepção de adicional, pois a atividade da reclamada não consta no rol taxativo previsto pelo anexo 14 da NR-15. Sustenta que foi contrariada a Súmula nº 448, I, do TST. Colaciona arestos.

Ao exame.

O Anexo 14 da NR-15 tem o seguinte teor: Insalubridade de grau máximo

Trabalho ou operações, em contato permanente com:

- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

- esgotos (galerias e tanques); e - lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de grau médio

(11)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:

- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);

- hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);

- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;

- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);

- gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);

- cemitérios (exumação de corpos); - estábulos e cavalariças; e - resíduos de animais deteriorados.

Eis o teor da Súmula nº 448 do TST:

ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014

I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.

II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.

O caso dos autos tem a seguinte peculiaridade: a abordagem sobre a insalubridade, no primeiro e no segundo graus de jurisdição, foram sobre hipóteses distintas.

Na sentença, registrada no acórdão recorrido, o adicional de insalubridade foi afastado porque o juízo de primeiro grau entendeu que “a atividade de higienização de crianças em uma escola de educação infantil, mesmo na troca de fraldas, não enseja o pagamento de adicional de insalubridade, por falta de enquadramento legal, uma vez que não se trata de atividade equiparada ao trabalho realizado em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto contagiante em hospitais,

(12)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme

serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana”.

No TRT, após o registro de que a reclamante era auxiliar escolar infantil que fazia troca de fraldas e higienização de crianças mantendo contato com fezes e urina, a maioria julgadora concluiu que “o contato habitual com fezes e urina das crianças de creche durante a troca de fraldas equipara-se ao trabalho de limpeza de banheiros”.

No caso concreto, a reclamante não trabalhava na limpeza de banheiros de creche nem no recolhimento de lixo, mas na higienização de crianças.

A jurisprudência no TST vem se posicionando no sentido de que não há direito ao adicional de insalubridade no caso de trabalhadora de creche que tem contato com fezes e urina de crianças, pois essa atividade não se enquadra seja na hipótese examinada na sentença, seja na hipótese examinada no acórdão do TRT (“equiparação a trabalho de limpeza de banheiros”):

RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE INDEVIDO. TRABALHO EM CRECHE. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 4 DA C. SBDI DESTE C. TST. A jurisprudência desta c. Corte Superior

não reconhece a exposição a insalubridade no trabalho realizado em creche, em que há troca de fraldas, higienização de crianças, mesmo existindo contato direto com fezes, urina, vômito ou outras secreções, na medida em que necessária é a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho, sendo insuficiente a constatação por laudo pericial. Incidência da OJ 4, item I, da SBDI1 do c. TST. Precedentes. Recurso de

revista conhecido e provido. (RR - 234000-82.2009.5.15.0099 Data de Julgamento: 29/05/2013, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/06/2013)

RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PROFESSORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL. ATIVIDADE EM CRECHE MUNICIPAL. O Tribunal Regional concluiu que a autora, ao exercer a função de professora da educação infantil de creche, ficava exposta a agentes biológicos insalubres (urina, fezes e secreções de crianças), razão pela qual deferiu-lhe o pagamento de adicional de insalubridade. Entretanto, o entendimento desta Corte é no sentido de que as atividades da autora, ainda que entre elas estejam incluídas

a troca de fraldas e a higienização de crianças, não se equiparam ao contato com pacientes, animais ou material infectocontagiosos em locais destinados aos cuidados com a saúde humana, pelo que não se caracterizam como insalubres, porquanto não se enquadram no disposto no Anexo 14, da NR-15, da Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego. Recurso de

revista conhecido por contrariedade à Súmula nº 448, I, do Tribunal Superior do

(13)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme Trabalho e provido. (Processo: RR - 20172-54.2014.5.04.0771 Data de Julgamento: 01/06/2016, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 03/06/2016)

RECURSO DE REVISTA. ENTE PÚBLICO. AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS. CRECHE MUNICIPAL. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Recurso de revista calcado em violação de dispositivos de lei e em conflito jurisprudencial. A função exercida pela autora consistia no asseio de bebês com

idade inferior a 2 anos e na limpeza das salas de aula da creche. O Tribunal

Regional registrou que, embora o laudo pericial tenha concluído pela caracterização de insalubridade no grau médio, devido ao contato com fezes e

urina das referidas crianças, não houve enquadramento das atividades exercidas

pela empregada entre aquelas previstas como insalubres pela NR-15, em especial as descritas no Anexo 14. Por outro lado, esta Corte Superior pacificou, por meio do item I da Súmula 448 do TST, entendimento no sentido de que para a constatação da insalubridade não basta o laudo pericial, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho, no caso a NR-15, Anexo 14, sendo que não é o caso dos autos. Precedentes. Recurso de revista não conhecido. (Processo: RR - 84300-16.2009.5.17.0151 Data de Julgamento: 30/03/2016, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/04/2016)

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AUXILIARES DE CRECHE MUNICIPAL. IMPOSSIBILIDADE. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 4 DA SBDI-1 DO TST. Na hipótese, a Corte regional entendeu em dar provimento ao recurso ordinário interposto pelo reclamado, Município de Americana, para excluir a condenação que lhe havia sido imposta na sentença, referente ao pagamento do adicional de insalubridade às reclamantes, auxiliares de creche municipal. Consoante se infere do acórdão regional, as atividades

desenvolvidas pelas autoras, na condição de auxiliares de creche municipal, consistiam em: alimentar e higienizar crianças, dar banho, trocar e lavar fraldas, limpar vômitos, ministrar medicamentos. Portanto, não constituem

atividades insalubres capazes de ensejar o pagamento do adicional de insalubridade. Assim, evidente que as atividades descritas não se enquadram

no Anexo 14 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, que se refere a trabalho ou operações com esgotos (galerias e tanques) e lixo urbano (coleta e industrialização), hipótese diversa da descrita nestes autos. Inviável o reexame de provas, nos termos da Súmula nº 126 do TST. A decisão regional foi proferida em consonância com o entendimento

pacificado nesta Corte superior por meio da Orientação Jurisprudencial nº 4, item I, da SBDI-1, que assim dispõe: -I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.-. Recurso de revista não conhecido. (...)" (RR - 800-34.2010.5.15.0099, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 02/04/2014, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 15/04/2014)

II - RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTES DA LEI Nº 13.015/2014. MUNICÍPIO DE AMERICANA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CRECHE. LIMPEZA DE SANITÁRIOS E

(14)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme HIGIENIZAÇÃO DE CRIANÇAS. A jurisprudência desta Corte, consolidada pela Súmula n.º 448, I, resultante da conversão da Orientação Jurisprudencial n.º 4 da SBDI-1, estabelece que não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária também a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A atividade classificada como insalubre no Anexo 14 da NR 15 do Ministério do Trabalho e Emprego refere-se a trabalhos e operações relacionados com esgotos, em galerias e tanques, e lixo urbano, em fases de coleta e industrialização, pelo que, considerando que as

atividades desenvolvidas pela reclamante consistiam no fechamento dos sacos de lixo sanitário e na limpeza dos banheiros, mantendo contato direto com fezes, urina e vômitos de crianças, ausente a condição necessária constante do item I da Súmula n.º 448 do TST para o deferimento do adicional de insalubridade. Assim, merece reparos a decisão regional, proferida em

descompasso com a jurisprudência desta Corte Superior. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (Processo: RR - 1562-64.2012.5.15.0007 Data de Julgamento: 20/05/2015, Relatora Ministra: Maria Helena Mallmann, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/05/2015)

Cumpre notar que o caso previsto no item II da Súmula nº 448 do TST (“higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo”) já resultou de extensão interpretativa das hipóteses do Anexo 14 da NR-15 (esgotos – galerias e tanques; lixo urbano – coleta e industrialização), e o deferimento do adicional de insalubridade à reclamante que não trabalhava na limpeza de banheiros nem no recolhimento de lixo resultaria em equiparação não prevista no item II da Súmula nº 448 do TST.

Ante o exposto, conheço do recurso de revista, porque contrariada a Súmula nº 448, I, do TST.

2. MÉRITO

2.1. MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO

Conhecido o recurso de revista por violação do art. 523, § 2º, do CPC/2015 (artigo 475-J do CPC de 1973, dou-lhe provimento para excluir da condenação a multa prevista no referido dispositivo.

(15)

Firmado por assinatura digital em 10/10/2018 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme 2.2. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHO EM CRECHE. ATIVIDADE DE AUXILIAR ESCOLAR INFANTIL. TROCA DE FRALDAS E HIGIENIZAÇÃO DE CRIANÇAS.

Conhecido o recurso de revista, porque contrariada a Súmula nº 448, I, do TST, dou-lhe provimento, para excluir da condenação o adicional de insalubridade.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade: I – dar provimento ao agravo de instrumento da reclamada para determinar o processamento do recurso de revista quanto ao tema “MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (CORRESPONDENTE AO ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO”; II – conhecer do recurso de revista da reclamada quanto aos temas: “MULTA DO ART. 475-J DO CPC/73 (CORRESPONDENTE AO ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO”, por violação do art. 523, § 2º, do CPC/2015, e, no mérito, dar-lhe provimento para excluir da condenação a multa prevista no referido dispositivo; “ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHO EM CRECHE. ATIVIDADE DE AUXILIAR ESCOLAR INFANTIL. TROCA DE FRALDAS E HIGIENIZAÇÃO DE CRIANÇAS”, porque contrariada a Súmula nº 448, I, do TST, e, no mérito, dar-lhe provimento, para excluir da condenação o adicional de insalubridade.

Brasília, 10 de outubro de 2018.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) KÁTIA MAGALHÃES ARRUDA

Ministra Relatora

Referências

Documentos relacionados

Assim, registrada pelo laudo técnico a premissa de que havia uma média de seis abastecimentos por dia, e que o autor ora se mantinha na cabine, ora acompanhava o abastecimento

reservados para infecções graves cujo perfil do antibiograma não revele sensibilidade a outras drogas de gerações anteriores (Guia De Antimicrobianos –Unimed Londrina, 2016;

Vigilantes que prestam serviço para o Instituo de Seguro Social (INSS) vêm encontrando dificuldade para conseguir a aposentadoria especial – concedida aos 25 anos de serviço

• IPA - Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA): garante o pagamento de uma indenização de até 200% do capital da garantia básica do segurado principal, em caso de

ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 e 280 - DJ 11.08.2003 O Tribunal Regional manteve a sentença que indeferiu ao reclamante o pagamento do adicional de

FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 27 de novembro de

•Com novas leis por excessão, centradas em condutas aberrantes •Com novos tipos penais em aberto, imprecisos e subjetivos. Ignoram responsabilidades subsidiárias, de

I - O Regional denegou seguimento ao recurso de revista por considerá-lo intempestivo, aduzindo que de acordo com o Provimento GP nº 01/2015 daquela Corte, não obstante haja