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Chefes de tribos listam características de quem exerce liderança espontaneamente - será você um deles?

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Academic year: 2021

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Chefes de tribos listam características de quem exerce liderança espontaneamente -será você um deles?

Gostar de pessoas. E ter prazer pelo que faz. Quem nunca estudou gestão e liderança cita essa duas qualidades como prerrogativas para ser um bom líder. No mundo do trabalho, liderança é, quase sempre, uma característica considerada essencial aos executivos e gestores. Mas é uma habilidade que muitos chefes têm dificuldade em exercitar, ao contrário dos "líderes informais", que a exercem, na prática, de forma bastante espontânea.    

É essa habilidade natural de liderar que une, por exemplo, um mestre de bateria, um produtor de elenco, uma torcedora do Fluminense e uma beatlemaníaca — que, à primeira vista, não teriam muito em comum. Enquanto várias empresas investem em programas para que os chefes se tornem líderes melhores, Casagrande, mestre de bateria da escola de samba Unidos da Tijuca, nunca precisou de treinamento desse tipo para comandar mais de 300 ritmistas.

— Melhorei e aprendi a ser mais equilibrado e menos estressado no dia a dia nos últimos seis anos em que estive à frente da bateria — diz Casagrande, que está na Tijuca há 36 anos e também trabalha como taxista. — Não adianta ser tecnicamente inquestionável, se não souber liderar e administrar seres humanos.

 

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Se o amor pelo samba ajuda a motivar o mestre, é a paixão pelo rock, mais especificamente pelos Beatles, que move a recifense Claudia Tapety a ser proativa e a tomar as rédeas. Ela foi uma das fãs que ajudaram a confeccionar os cartazes com os "na na na" que encantaram Paul McCartney durante a performance de "Hey Jude", durante seu show no Rio, no ano passado. E ela já está bolando novas homenagens para as apresentações que o músico fará em Recife e em Florianópolis, no fim do mês.

— Tem que ter uma liderança para puxar o pessoal, se não as coisas não saem. E faço por prazer mesmo. Como é meu interesse, não fico esperando os outros: organizo mutirões na minha casa, vou buscar impressões na gráfica. É uma questão de amor — conta Claudia, que é funcionária pública, mas tirou férias para poder cuidar das homenagens.

 

O amor é o que também incentiva Érica Sodré a se movimentar. Torcedora do Fluminense, ela faz parte da Legião Tricolor, movimento popular responsável por organizar os mosaicos que formam palavras e outras comemorações nos estádios.

— Tenho esse espírito de liderança com as coisas de que gosto e em que acredito. Nunca pensei, por exemplo, em ser chefe ou dona do meu próprio negócio — explica Érica, que também já conseguiu, sozinha, convocar 400 pessoas para participar de um protesto contra a diretoria do clube, em 2009. — Tenho vontade de chamar pessoas e organizar ações.

 

Trabalhando numa agência de turismo, seu trabalho cotidiano não lhe exige uma postura de líder, mas Érica acredita que treina essa competência quando leva grupos para passeios e viagens. —

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Nunca me preparei para isso, mas é uma atividade que requer pulso firme, porque lidamos com os mais diferentes tipos de pessoas — destaca Érica.

 

Uma pesquisa exclusiva feita pela consultoria Robert Half para o Boa Chance revela que as três principais qualidades de um bom líder são inspirar outras pessoas (com 43,4% dos votos dos consultados), ter ética (42%) e ser capaz de tomar decisões (38,9%). Foram entrevistados cerca de 300 presidentes, superintendentes, diretores e gerentes de empresas, de médio e grande porte, em todo o país.

— O verdadeiro líder é admirado pelos colegas, ele mostra o caminho — diz William Monteath, diretor de operações da Robert Half no Rio.

 

Por outro lado, a pesquisa aponta o desequilíbrio emocional (26,4%), a arrogância (19,3%) e a centralização (16,4%) como os maiores defeitos de um líder.

 

O mestre Casagrande concorda:

— É preciso ter equilíbrio emocional, saber engolir sapo. Isso eu aprendi. E já enfrentei algumas dificuldades porque as pessoas confundem liderança com arrogância e marra.

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Habilidade de liderar pode ser adquirida

 

Muita gente ainda confunde os conceitos de autoridade formal e de autoridade informal, diz Julián Lichtmann, sócio-diretor da consultoria Ingouville, Nelson & Associados. Ele explica que, enquanto a primeira está baseada meramente no cargo ocupado, a segunda está baseada no compromisso genuíno que se consegue obter dos demais:

— O verdadeiro líder é o que inspira as pessoas, que consegue que elas deem o seu melhor, por vontade própria, e por se sentirem estimuladas. Não adianta achar que promover alguém a cargo de gestão fará dele (ou dela) líder.

 

Sem nunca ter estudado gestão, o produtor de elenco Raoni Seixas comandou 1.300 figurantes durante as filmagens de "Paraísos artificiais", filme que estreia dia 4 de maio.

— Talvez tenha sido o maior desafio da minha carreira. A principal matéria-prima de um produtor de elenco são as pessoas. É um trabalho de gestão de pessoas e talentos — diz Seixas, que também é ator. — Acho possível aguçar o olhar e se aprimorar, mas, sem ter talento, seria mais complicado.

 

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líder, para atuar bem nesse sentido. É possível, sim, desenvolver as características.

— Um líder é reconhecido pela forma como age, não pelo que fala — explica Lichtmann. — Por isso, muitos chefes que fazem cursos curtos de liderança não têm sucesso com seus

funcionários: porque acabam sendo artificiais ou ambíguos.

 

Entre os entrevistados pela Robert Half, 90,3% identificaram subordinados com perfil de liderança, mas 64,2% disseram que suas empresas não têm programas sistemáticos para identificar líderes. Os resultados parecem mais contraditórios porque 50% acreditam que ter pessoas com qualidades de liderança na equipe aumenta a produtividade.

 

Mas, se são tão importantes, por que esses líderes sem cargo de chefia não recebem maior investimento das corporações? Em grande parte, devido à escassez de mão de obra, afirma o diretor de operações da Robert Half no Rio:

— O mercado obriga as empresas a promoverem os profissionais precocemente, sendo

alçados a cargos de gestão sem ter o devido preparo. Mas as corporações já está enxergando o problema. Se refizermos a pesquisa em cinco anos, 50% das empresas terão esses

programas.

 

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