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A.M. Best s AVALIAÇÃO INFORMAÇÃO BRASIL EDIÇÃO A.M. Best s Rating Information Brazil 2015 Edition 1

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A.M. Best’s

AVALIAÇÃO INFORMAÇÃO BRASIL

EDIÇÃO 2015

15.0705

A.M. Best Company is the world’s oldest and most authoritative insurance rating and information source. For more information, visit www.ambest.com.

Copyright © 2015 by A.M. Best Company, Inc. ALL RIGHTS RESERVED.

A.M. Best Company, Inc. World Headquarters Ambest Road, Oldwick, New Jersey 08858

Phone: +1 (908) 439-2200 ratings@ambest.com

A.M. Best Europe – Rating Services Ltd. A.M. Best Europe – Information Services Ltd.

12 Arthur Street, 6th Floor, London, UK EC4R 9AB Phone: +44 (0)20 7626-6264 europe.ratings@ambest.com A.M. Best Asia-Pacific Ltd.

Unit 4004 Central Plaza, 18 Harbour Road, Wanchai, Hong Kong Phone: +852 2827-3400

asia.ratings@ambest.com

A.M. Best Asia-Pacific (Singapore) Pte Ltd. 6 Battery Road, #40-02B, Singapore 049909

Phone: +65 6589-8400 asia.ratings@ambest.com

A.M. Best MENA, South & Central Asia*

Office 102, Tower 2, Currency House, DIFC, P.O. Box 506617, Dubai, UAE Phone: +971 43 752 780

emea.ratings@ambest.com

*Regulated by the DFSA as a Representative Office

A.M. Best América Latina, S.A. de C.V.

Paseo de la Reforma 412, Piso 23, Col. Juárez, Del Cuauhtémoc, México, DF 06600 Phone: +52 55 5514 1727

(2)
(3)

INDICE ANALÍTICO

Sobre a A.M. Best . . . . 2

Classificações de Crédito da A.M. Best: O Símbolo Mundial de Solidez Financeira . . . . 3

Processo de Classificação da A.M. Best . . . . 4

Seguro Não Vida: Pauta de Reunião . . . . 5

Seguro de Vida e de Não Vida: Items de Dados Solicitados . . . . 6

Critérios

Entendendo o BCAR Universal. . . . 7

Avaliação do Risco País . . . 12

Atribuição da Classificação a Empresas Recém Formadas . . . . 16

Classificações para Membros de Grupos de Seguradoras . . . 21

Guia Da Classificação (Rating) Financeira Da Best. . . 30

Guia Da Classificação (Rating) De Crédito Do Emitente Da Best . . . 31

Guia Da Classificação (Rating) De Emissão Da Best . . . 32

Guia Da Classificação (Rating) De Escala Nacional Da Best . . . 33

Contato . . . 64

CONTENTS

A.M. Best Company at a Glance . . . 34

A.M. Best’s Credit Ratings: The Global Symbol of Financial Strength . . . 35

A.M. Best’s Rating Process. . . 36

Property/Casualty Insurance: Meeting Agenda. . . 37

Non-Life & Life Insurance: Requested Data Items . . . 38

Criteria

Understanding Universal BCAR . . . 39

Evaluating Country Risk . . . . 44

Rating New Company Formations. . . . 47

Rating Members of Insurance Groups. . . . 52

Best’s Financial Strength Rating Guide . . . 60

Best’s Issuer Credit Rating Guide . . . 61

Best’s Issue Rating Guide . . . 62

Best’s National Scale Rating Guide . . . 63

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Sobre a A.M. Best

A A.M. Best é uma das principais agências de classificações, de notícias e de dados financeiros, com foco especializado no setor mundial de seguros. As classificações de crédito da Best são reconhecidas como padrão de referência para avaliar a força financeira de organizações relacionadas com seguros e a qualidade do crédito das suas obrigações.

• Fundada nos EUA em 1899, a A.M. Best foi pioneira do conceito de classificações da saúde financeira em 1906

• Sede mundial em Nova Jersey, nos EUA; centros regionais em Londres (atendendo a Europa, Oriente Médio e África), Hong Kong e Cingapura (atendendo a região da Ásia-Pacífico e Oceania) e México (atendendo a América Latina). Representante escritório localizado em Dubai (atendendo a MENA, Sul e na Ásia Central)

• Capacidade de classificação mundial abrangente

• Mais de 4000 classificações em cerca de 80 países no mundo todo

• Recursos abrangentes de marketing e publicação para promover classificações corporativas em mercados locais e internacionais

Cobertura de mercado

Companhias relacionadas com seguro que operam em vários mercados, entre os quais:

• Seguradoras de bens e responsabilidades (não vida)

• Seguradoras de vida e subscritores de anuidades

• Seguradoras de saúde

• Resseguradoras

• Seguradoras mútuas e clubes de proteção e indenização

• Seguradoras cooperativas

• Lloyd’s e grupos econômicos especializados

Novas companhias (“start-ups”)

Veículos de transferência alternativa de riscos (ART), como cativas, pools, células e grupos de retenção de risco)

Emissores de títulos e debêntures e outras securitizações relacionadas com seguro (ILS) Vantagens competitivas

• Única agência de classificação internacional dedicada ao setor de seguros

• Principal provedor mundial de Classificações de Solidez Financeira (FSR) por cobertura de companhia

• Melhor cobertura de classificações do segmento mundial de resseguros

• Líder em hubs internacionais de seguro e resseguro – inclusive cobertura abrangente da Lloyd’s / mercado de Londres, Bermuda, Zurique, Cingapura

• Principal agência de classificação de seguro e resseguro nos mercados emergentes do Oriente Médio e Norte da África, e do Sul da Ásia e Ásia Central

• Principal agência de classificação de cobertura de transferência alternativa de riscos (cativas)

• Principal agência de classificação usada por equipes mundiais de corretores de valores mobiliários

• Dados e pesquisas que abrangem 15.000 companhias de seguro e resseguro em todo o mundo

• Maior e mais abrangente base de dados de seguro; apresenta perspectivas únicas por segmento e linha de negócio

• Metodologia de classificação publicada em todos os principais segmentos do setor de seguros Pesquisa e notícias

• Editores de relatórios especializados frequentes sobre questões mundiais do setor de seguros, inclusive análises por setor, companhia e região geográfica. Recursos e publicação mundial ampla de notícias de seguros

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Classificações de Crédito da A.M. Best:

O Símbolo Mundial de Solidez Financeira

Definições das Classificações Classificação da Best de Solidez Financeira (FSR) Um parecer independente sobre a solidez financeira de uma seguradora e sua capacidade em atender suas apólices em vigor e obrigações contratuais.

Classificação da Best de Crédito do Emitente (ICR) Um parecer independente sobre a capacidade de uma entidade em honrar suas obrigações financeiras correntes e podem ser

emitidas em uma base de curto ou longo prazo

Classificação da Best de Emissão (IR) Um parecer independente da qualidade do crédito atribuída a emissões que afere a capacidade em atender as condições da dívida e podem ser emitidas em uma base de curto e longo prazo.

Classificação da Best de Escala Nacional (NSR) Uma medida relativa da solvência de uma jurisdição específica local, emitida em uma perspectiva de longo prazo e obtida exclusivamente através de uma tabela de conversão que leva uma Classificação de Crédito do Emitente (ICR) global para a classificação NSR

A classificação feita pela A.M. Best se baseia na avaliação abrangente da solidez financeira de uma companhia de seguros, bem como no seu desempenho operacional e perfil comercial. A A.M. Best também publica regularmente estudos de recuperabilidade (impairment) de custos, que avaliam o desempenho histórico da classificação.

Escalas de Avaliação de Crédito da Best

Comparação da Classificação de Solidez Financeira (FSR) com a Escala de Crédito do Mercado (ICR)

BestMark

Para seguradoras classificadas como seguras

A

M

BEST

Secure

Financial Strength Rating A BestMark é um símbolo visual

reconhecível da solidez financeira de uma seguradora

O valor de uma classificação de crédito da Best é aumentado pela penetração de mercado. As classificações de crédito da Best alcançam: FSR ICR Longo Prazo

A++ aaaaa+

A+ aa

aa-A a+a

A-

a-B++ bbb+bbb

B+

bbb-FSR ICR Longo Prazo

B bb+bb B- bb-C++ b+b C+ b-C ccc+ccc C- ccc-cc D c E e/d F f/d

FSR = Classificação de Solidez Financeria

ICR = Classificação de Crédito do Emitente E = Sob supervisão das autoridades regulamentadorasF = Em liquidação

Nota: e/E, f/F e d são designações não classificatorias. E/ e F/f são usadas para segurdoras, enquanto d é usada para não seguradoras e titilos de valadores. Source: A.M. Best Co.

• Mais de 150.000 profissionais do setor de seguros por meio das publicações da A.M. Best

• Milhares de profissionais financeiros no mundo todo por meio de agências de notícias como Reuters, Dow Jones and NewsEdge

• Mais de 1.400.000 profissionais que se cadastraram para ter acesso on-line às classificações de crédito da Best.

As classificações de crédito da Best e as informações financeiras correspondentes constituem ferramentas poderosas para a tomada de decisões de seguro e pesquisa de mercado para agentes e corretores de seguro, gerentes de risco, banqueiros, executivos de seguro, titulares de apólices e consumidores.

(6)

Processo de Classificação da A.M. Best

Um gerente de desenvolvimento de negócios da A.M. Best pode ajudá-lo respondendo suas dúvidas e fornecendo as informações necessárias para se tomar uma decisão informada sobre a obtenção de uma Classificação de Crédito pela Best. A taxa de classificação será calculada depois de considerada a viabilidade da classificação. Se aceita, será elaborado um contrato para ser assinado e, quando remetido de volta e após pagamento da taxa, um analista de classificação será designado para iniciar o processo de classificação da companhia.

O Processo de Avaliação, Passo a Passo

Discussões Preliminares sobre Objetivos da Avaliação, Benefícios e Escopo da Análise: Discussões que resultam na empresa requerente pedir para entrar no processo de classificação. ETAPA 1: Compromisso e contrato de classificação:

Step 1 STEP 2 STEP 3 STEP 4 STEP 5 STEP 6

Avaliação Engajamento e Contrato

Compilando

Informações AvaliaçãoGestão Reunião Análise e Decisão da A.M. Best Avaliação Comunicação & Divulgação Monitoramento Crédito da Best Avaliação

Uma vez assinado e remetido de volta o contrato, um analista de classificação é designado para o início do processo interativo de classificação da companhia.

ETAPA 2: Compilação das informações

A avaliação de classificação começa com a compilação de informações financeiras detalhadas – sigilosas e públicas – inclusive demonstrações financeiras anuais e trimestrais, declarações regulamentares, relatórios autenticados atuariais e de perdas e reservas, detalhes e diretrizes de investimentos, transações de resseguro, planos comerciais anuais e o Questionário de Classificação Suplementar da Best.

ETAPA 3: Reunião de gestão da classificação

Os analistas da A.M. Best se reúnem com a diretoria e o pessoal técnico da companhia que está pedindo classificação (normalmente no escritório da sede da companhia que está pedindo a classificação).

ETAPA 4: Análise e decisão da A.M. Best

A análise gera uma recomendação de classificação que, por sua vez, é levada para o Comitê de Classificação para revisão e determinação final.

ETAPA 5: Comunicação e divulgação da classificação:

• A classificação é comunicada para a entidade classificada

• Uma vez aceita pela entidade, a classificação é publicada imediatamente ETAPA 6: Monitoração de crédito da Best:

• A companhia será monitorada continuamente após a classificação ter sido aceita.

• O diálogo aberto com a equipe analítica da A.M. Best é fundamental para a manutenção contínua da classificação da companhia, que será revisada formalmente pelo menos uma vez por ano.

A duração típica do processo de avaliação desde a assinatura dos contratos até o anúncio das classificações atribuídas é de aproximadamente de três a quatro meses.

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Seguro Não Vida: Pauta da Reunião

Para que a reunião de classificação seja o mais completa e abrangente possível, a equipe analítica da A.M. Best preparou uma amostra de pauta de reunião de seguro não vida, detalhando áreas que serão discutidas na reunião de avaliação interativa inicial.

Estrutura da organização

• requisitos de propriedade e associação

• sinopse da estrutura corporativa

• diretoria e conselho de administração Governança corporativa

• missão

• perspectiva da direção sobre os principais riscos

• estrutura da gestão de riscos – funções, responsabilidades e supervisão

• envolvimento do conselho

• sistemas / controles internos

Estrutura do capital (sociedade controladora e companhia operacional)

• composição

• estratégia de gestão de capital

• adequação do capital

• alavancagem financeira / serviço da dívida

• garantias financeiras

• fontes e usos (5 anos)

• caixa e liquidez Subscrição

• linha(s) de produtos

• abrangência geográfica

• perfil de limites

• tarifa básica e mudanças de preços em geral

• retenção

• estratégia de gestão de ciclo

• monitoração de preços / controles internos

• iniciativas de expansão

• fatores externos de risco Marketing e produção comercial

• fontes de distribuição

• diversificação

• estratégias comerciais; curto e longo prazo

• estratégias e metas de crescimento Sinistros e provisões para perdas

• tendências de gravidade e frequência

• administração de sinistros (interna / terceiros)

• surgimento de novos sinistros potenciais

• provisões para perdas (relatório atuarial) – carregado ou indicado

• perspectiva da direção quanto à adequação das provisões

• análise de provisões ambientais e de asbestos (se aplicável)

Resseguro / Pooling

• excesso de sinistro pro-rata / por risco

• programas de resseguro catastrófico

• transferências da carteira de sinistros / stop-loss agregado (contratos)

• resseguro intracompanhia / acordos de pooling

• risco de crédito

• retenção líquida Investimentos

• estratégia e diretrizes

• composição

• risco de crédito – inadimplência potencial do emissor do título

• risco do mercado de capitais – ações / taxas de juros

• gerente(s) de investimento Dados financeiros

• demonstrações financeiras legais

• demonstrativos financeiros consolidados da sociedade controladora, sob princípios contábeis aceitos em geral (GAAP) – auditados se disponíveis

• dados financeiros pro-forma de longo prazo – demonstrativo de receita e balanço

Estrutura da gestão de catástrofe

• análise de exposição a catástrofes naturais e humanas

• modelos usados de catástrofe

perda máxima provável (PML) / análise de risco de ruptura (“tail risk”)

• agregação de risco / mapeamento / geocodificação Gestão de riscos empresariais*

• estrutura da gestão de riscos empresariais

• correlação de risco

• recursos de modelagem –capital econômico / análise financeira dinâmica (DFA) / rendimento do capital ajustado ao risco (RAROC)

• tolerância a risco / objetivos da gestão de riscos

• A expectativa da A.M. Best em relação aos recursos de gestão de risco empresarial de uma companhia varia de acordo com a abrangência das operações, tamanho e complexidade do risco da seguradora. Em alguns casos, é necessário uma reunião separada sobre gestão de risco empresarial.

Outro

• regulamentar

• legislativo

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Seguro de Vida e de Não Vida:

Items de Dados Solicitados

1. Relatórios anuais – dos últimos cinco anos

2. Demonstrações financeiras auditadas – consolidadas e da sociedade controladora apenas (anualmente)

3. Relatórios atuariais, tanto internos quanto externos quando disponíveis (anualmente)

4. Estrutura da organização da sociedade controladora e das subsidiárias

5. Estrutura administrativa, conselho de administração e principais comitês executivos

6. Informações biográficas dos principais diretores

7. Planos estratégicos de negócio / projeções quinquenais (suposições) / propriedade / recursos de capital

8. Estratégias de gestão de capital / estratégias de investidor / estratégias de patrocinador

9. Vantagens e desvantagens competitivas

10. Contratos de resseguro

11. Estratégias de gestão de catástrofe (apenas companhias de não vida)

12. Estratégias de gestão de capital

13. Processo de gestão de risco empresarial

14. Diretrizes de investimento da companhia

15. Principais parceiros de distribuição

(9)

Publicado:

6 de maio de 2015

Entendendo o BCAR Universal

O objetivo deste relatório é documentar os critérios e metodologias em vigor para o modelo BCAR Universal da A.M. Best Co., que é utilizado na avaliação da solidez do balanço patrimonial de empresas que não apresentam as demonstrações financeiras exigidas por lei nos EUA ou no Canadá. O modelo BCAR Universal (Best’s Capital Adequacy Ratio – Índice de Adequação de Capital da Best) também pode ser utilizado na avaliação da solidez do balanço patrimonial de uma empresa holdings de seguros, independentemente de seu domicílio e das normas contábeis adotadas. Além disso, o modelo também pode ser usado para avaliar a potencial solidez do balanço patrimonial de seguradoras em fase de implementação, com base nos seus planos de negócios propostos.

Introdução

O objetivo dos ratings de solidez financeira da A.M. Best é fornecer uma opinião sobre a solidez financeira de uma seguradora e a sua capacidade de cumprir as suas obrigações correntes junto aos seus segurados. A atribuição de um rating interativo é feita por meio de uma avaliação profunda da solidez do balanço patrimonial, desempenho operacional e perfil de negócios de uma empresa em comparação com os padrões qualitativos e quantitativos da A.M. Best. Solidez do balanço patrimonial

A área de avaliação mais importante para determinar a capacidade de uma seguradora para honrar os seus compromissos correntes com os segurados é a solidez do balanço patrimonial, que constitui a base para a proteção dos segurados. O desempenho determina como essa solidez será ampliada, mantida ou destruída ao longo do tempo. A solidez do balanço patrimonial mede a exposição do capital de uma empresa para a suas práticas financeiras e operacionais. Uma análise da alavancagem de subscrição de prêmios, financeira e de ativos é extremamente importante para avaliar a solidez geral do balanço patrimonial. A alavancagem de subscrição é gerada a partir dos prêmios subscritos em vigor, possíveis recuperações de resseguro e reservas para perdas. Para avaliar a prudência da alavancagem de subscrição de uma seguradora são levados em consideração uma série de fatores exclusivos à empresa, inclusive o tipo de negócios subscritos, qualidade e adequação de seu programa de resseguros e adequação das reservas para perdas.

A alavancagem financeira é criada por meio de endividamento ou de instrumentos com características de dívidas (inclusive resseguro financeiro) e é analisada em conjunto com a alavancagem de subscrição de uma empresa. A análise da alavancagem financeira é realizada na empresa operacional e na holding, já que o endividamento em qualquer delas pode pressionar os resultados da seguradora e o seu fluxo de caixa, resultando numa instabilidade financeira. A alavancagem dos ativos mede a exposição do capital de uma empresa aos riscos de investimento, taxas de juros e de crédito. A volatilidade e a qualidade de crédito da carteira de investimentos, valores a recuperar e saldos de agentes de uma empresa determina os possíveis impactos da alavancagem de ativos sobre a solidez do seu balanço patrimonial.

As alavancagens de subscrição de prêmios, financeira e de ativos de uma seguradora também estão sujeitas a uma avaliação pelo Índice de Adequação de Capital da Best (BCAR), que permite uma análise integrada destas áreas de alavancagem. O modelo BCAR Universal calcula o capital líquido necessário para sustentar os riscos financeiros associados à exposição dos ativos e da subscrição a condições adversas econômicas e de mercado e compara este capital necessário com o capital econômico. Alguns dos testes de estresse do BCAR incluem catástrofes acima do normal, queda no mercado acionário e alta na taxa de juros. Essa avaliação integrada de estresse permite uma visão mais perspicaz da solidez do balanço patrimonial de uma empresa em relação a seus riscos operacionais.

O resultado do BCAR de uma empresa é extremamente útil para avaliar a solidez de seu balanço patrimonial, mas esse índice é apenas um dos componentes da análise. Além disso, a solidez do balanço patrimonial é apenas um dos componentes do

Informações

adicionais

Critérios:

Entendendo o BCAR para seguradoras de ramos elementares (bens/imóveis) Entendendo o BCAR para seguradoras de vida/saúde

Perspectiva da A.M. Best sobre alavancagem operacional Análise de linhas de capital contingente

Tratamento do risco de terrorismo na avaliação de classificações

Gestão de riscos e processo de rating para seguradoras

Avaliação do risco de cauda de títulos de resseguro (Sidecars)

Análise de catástrofes nos ratings da A.M. Best

Crédito de patrimônio para títulos híbridos

Holdings de seguradoras e ratings de títulos de dívida

Ratings de membros de grupos seguradores

Contato analítico

Thomas Mount, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal. 5155

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rating de solidez financeira geral, que também inclui o desempenho operacional e o perfil de negócios. O BCAR estabelece uma orientação para o capital de risco ajustado necessário para justificar um rating, mas outros fatores que determinam as expectativas da solidez futura do balanço patrimonial também influenciam o rating. Todos estes fatores em conjunto são importantes para o processo de rating.

Visão geral do BCAR

A fórmula de capital da A.M. Best usa uma abordagem de capital de risco que calcula o capital líquido necessário para suportar três categorias amplas de risco: risco de investimento, risco de crédito e risco de subscrição. A fórmula de adequação de capital da A.M. Best também inclui um ajustamento pela covariância, que reflete a independência estatística presumida dos componentes individuais. Para determinar o BCAR, o capital líquido ajustado da empresa é dividido por seu capital liquid necessário, após o ajustamento da covariância.

Risco de investimento

O risco de investimento inclui três componentes principais: títulos de renda fixa, ações e taxa de juros. Encargos de capital são aplicados às diversas classes de ativos com base no risco de inadimplência, iliquidez e quedas de valor de mercado de títulos acionários e de renda fixa. Além disso, encargos de capital mais elevados são atribuídos a posições de investimento em afiliadas, imóveis, títulos de dívida abaixo do grau de investimento e ações ordinárias e preferenciais não negociadas em bolsa de empresas não afiliadas em virtude da natureza ilíquida do ativo e/ou da volatilidade potencial do valor informado.

Os níveis de liquidez e volatilidade no mercado de capitais de um país são uma parte importante da análise da A.M. Best. As influências da liquidez e da volatilidade do mercado sobre o sistema financeiro e a macroeconomia são capturadas na Metodologia de Risco de País da A.M. Best. Esses riscos incluem, entre outros, ciclos de negócios mais agudos e frequentes, gerados pelo consumo e investimento mais voláteis, e a maior incerteza em relação ao acesso ao capital. Quanto maior o grau de volatilidade do mercado, mais difícil o ambiente operacional para as seguradoras.

Esses fatores de risco específicos de cada país também podem afetar diretamente o capital ajustado pelo risco de uma seguradora. No nível da empresa, a iliquidez e a volatilidade vai diminuir a avaliação de um ativo e, em cenários extremos, limitarão gravemente o acesso a dinheiro. No modelo BCAR Universal da A.M. Best, a possibilidade de que a iliquidez e a volatilidade do mercado aumentem o risco dos ativos de investimento de uma seguradora ou reduzam a sua flexibilidade financeira é capturada por meio de débitos de risco específicos do país, baseados na origem do ativo.

Em alguns casos, parte ou a totalidade do risco associado a um ativo específico pode ser assumida pelo segurado. Nessas situações, o risco de investimento da seguradora pode ser reduzido.

O modelo de capital da A.M. Best incorpora um componente de risco de taxa de juros, que toma em consideração a redução no valor de mercado da carteira de títulos de renda fixa de uma empresa como o resultado de um aumento nas taxas de juros. O cálculo do risco da taxa de juros refletirá o fato de que as empresas que subscrevem produtos de vida, pensão e previdência privada terão exposição aos riscos de desintermediação e descasamento de fluxo de caixa, enquanto aquelas que subscrevem produtos relativos a seguro geral [bens imóveis/sinistros] estarão expostas ao risco de taxa de juros quando ocorre um evento de choque. O risco de taxa de juros de subscritores de previdência privada variará segundo o tipo dos produtos oferecidos e a origem desse negócio.

Geralmente, os riscos de investimento são os principais determinantes das necessidades de capital de uma seguradora dedicada ao seguro de vida e anuidade.

Risco de Crédito

São aplicados débitos de capital aos diversos saldos de contas a receber para refletir o risco de inadimplência de terceiros. São atribuídos fatores de riscos de crédito aos valores a recuperar de todas as resseguradoras, inclusive afiliadas. O capital necessário para o risco de crédito poderá ser alterado tomando em conta a compensação de garantias aceitáveis para saldos de resseguro, qualidade das resseguradoras que participam no programa de resseguros da empresa e a dependência da seguradora no seu programa de resseguros. Também são incluídos no componente de risco de crédito débitos pelos saldos de prêmios a receber, prêmios passados acumulados, depósitos em grupos e associações, fundos retidos por seguradoras cedentes e outras contas a receber.

Risco de subscrição

Esta categoria abrange os riscos associados às perdas líquidas e reservas para despesas de ajustes aos sinistros, prêmios líquidos subscritos e prêmios líquidos não ganhos. O componente de reservas exige capital baseado no risco inerente

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às perdas e reservas para despesas de ajuste de perdas da empresa, ajustado pela avaliação da sua reserva patrimonial feita pela A.M. Best. A reserva patrimonial é uma função da deficiência estimada de reservas, do padrão de pagamento das reservas e da taxa de desconto que, atualmente, é de 4% no BCAR. O componente de prêmios líquidos subscritos é prospectivo e exige capital baseado no risco de preços inerente à carteira de negócios da empresa prevista para o próximo exercício. O componente de prêmios não adquiridos reflete a exposição ao risco relativo ao preço de prêmios subscritos no passado mas ainda não adquiridos na data da avaliação corrente e podem significar exposição material para contratos de longa duração.

Os contratos de seguro de acidentes e danos materiais de longa duração são definidos como contratos com termos em vigor por mais de 13 meses e para os quais a seguradora não pode cancelar nem aumentar o prêmio durante a vigência do contrato. Os prêmios não adquiridos de longa duração serão incluídos na página de reserva de perdas e outros ajustes serão feitos para tentar capturar outros riscos associados com a subscrição de contratos de longa duração. Nos casos de apólices de responsabilidade contratual (CLIP), em que a seguradora garante os passivos de outra entidade em troca de uma taxa, o prêmio não ganho subjacente que está sendo garantido será adicionado à página de reserva de perdas, e não ao prêmio CLIP não adquirido. O capital necessário para os componentes do risco de subscrição pode ser aumentado para refletir uma sobrecarga adicional para o crescimento “excessivo” da exposição. Além disso, existe um crédito para uma carteira de negócios bem diversificada, mas que é minimizado para as empresas que mantêm carteiras menores com muitas linhas de negócios e que não são necessariamente especializados em todas elas. Para as empresas que subscrevem tanto seguros de vida quanto seguros de ramos elementares (bens imóveis/sinistros), o montante do crédito de diversificação pode ser aumentado para refletir os benefícios adicionais de diversificação entre os vários setores de seguros.

Para as seguradoras de vida e saúde, os riscos de subscrição são divididos em riscos de mortalidade, riscos de longevidade e riscos de morbidade. Os riscos de mortalidade são baseados no volume de seguros de vida em vigor, líquido das reservas e resseguros, com classificação menor de débitos de risco para montantes em risco mais elevados. Os riscos de longevidade estão presentes em planos de previdência e em alguns tipos de planos de aposentadoria, quando os participantes vivem por mais tempo do que foi previsto quando da determinação dos pagamentos foi feita. Os riscos de morbidade variam segundo a linha de negócios e, consequentemente, justificam débitos diferentes. De forma geral, as linhas de negócio de assistência médica com riscos de longa duração (invalidez, cuidados de longo prazo) terão débitos de risco de prêmio mais altos do que os de curta duração (assistência médica, doenças graves).

Para as seguradoras de ramos elementares (bens imóveis/sinistros), o risco de subscrição é geralmente a maior categoria de riscos e normalmente corresponde a dois terços do capital necessário bruto de uma empresa.

Capital necessário

Coletivamente, os componentes de risco de investimento, de crédito e de subscrição geram mais de 99% do capital necessário bruto de uma seguradora, enquanto o componente de risco de negócios gera exigências mínimas de capital para itens extra- balanço, que normalmente incluem itens como ativos não controlados, garantias para afiliadas, passivos contingentes, obrigações por aposentadorias e outras obrigações

pós-emprego/aposentadoria. O capital necessário bruto de uma empresa, que é a soma do capital necessário para suportar todos os seus componentes de risco, reflete o volume de capital necessário para enfrentar todos esses riscos caso eles se concretizem simultaneamente. Entretanto, na fórmula do BCAR, esses componentes individuais estão sujeitos ao cálculo da covariância para levar em consideração sua presumida independência estatística. Basicamente, esse ajuste equivale a dizer que é pouco provável que todos os componentes de risco individuais ocorram simultaneamente e, normalmente, reduz o capital necessário total de uma empresa.

A A.M. Best reconhece as distorções causadas pela “regra da raiz quadrada” do ajuste de covariância, pela qual os componentes de capital de risco mais intensivos são acentuados desproporcionalmente, enquanto aqueles menos intensivos têm uma contribuição elativamente menor na determinação do capital necessário líquido. No entanto, usando outras formas para medir e determiner o capital de uma empresa, a A.M. Best consegue contrabalançar esta aparente deficiência.

Figura 1

Componentes do capital disponível:

Capital anunciado

Ajustes ao patrimônio líquido: Prêmios não ganhos Ativos

Reservas para perdas Resseguro

Ajustes ao endividamento: Títulos híbridos/de dívida Necessidades de serviço da dívida Outros Ajustes:

Perdas potenciais com catástrofes (líquidas de resseguro) Perdas operacionais futuras

Dividendos futuros Capital contingente Reservas contingentes

Valor em vigor (negócios de vida) Custos de aquisição diferidos Fundo de comércio Outros ativos intangíveis

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Determinação do capital disponível

No seu modelo universal de capital, a A.M. Best faz diversos ajustes ao capital anunciado por uma empresa, a fim de apresentar uma base mais econômica e comparável para avaliar sua adequação. Métodos contábeis e requisitos regulamentares diferentes ao redor do mundo exigem diversos ajustes ao capital anunciado por uma empresa. O fundo de comércio e outros ativos intangíveis são eliminados. Reservas pré-evento para catástrofes são removidas das reservas para perdas e transferidas para o capital disponível sob regime fiscal. São feitos ajustes dos eventuais valores implícitos nas reservas de prêmios não ganhos, reservas para perdas e títulos de renda fixa se a empresa não os refletiu em seu capital anunciado. São feitos então ajustes adicionais no capital para refletir outros riscos extra-balanço, inclusive exposições a catástrofes e necessidades de serviço da dívida.

O modelo de capital da A.M. Best enfatiza o capital permanente e, consequentemente, deduzirá do patrimônio líquido o capital onerado, inclusive as notas patrimoniais subordinadas e as necessidades futuras de serviço da dívida de uma empresa de holding afiliada. Essa dedução, total ou parcial, depende da magnitude e da dependência que um grupo segurador possui sobre os instrumentos assemelhados de dívidas e suas características de amortização.

Em termos qualitativos, são considerados pontos tais como onde o débito é mantido versus onde os recursos foram usados, a existência de outras fontes de receita para compensar o custo do endividamento, a cobertura dos custos fixos e nível geral de endividamento em relação ao capital total da organização. Por exemplo, quando a dívida é emitida pela holding mas os dinheiros são mantidos na empresa operacional, embora esse dinheiro receba crédito integral na análise BCAR da empresa operacional, o seu rating efetivo pode ser limitado pela avaliação da alavancagem financeira e da cobertura dos resultados da empresa holding.

Determinantes da fórmula

No modelo de capital da A.M. Best, o capital necessário bruto de uma empresa é gerado principalmente pelos seus riscos de investimento, crédito e subscrição. Uma empresa que mantém uma carteira de investimentos mais agressiva, está fortemente concentrada em um ativo ou setor, ou depende excessivamente de capital com estrutura piramidal irá gerar um valor de BCAR menor. As empresas com exposição excessiva a risco de crédito de terceiros ou que dependam fortemente de resseguro irão gerar pontuações menores no BCAR. O montante de capital necessário gerado pelos componentes do risco de subscrição é, em grande parte, uma função da composição dos negócios da empresa, do montante de capital disponível, do aumento da exposição, da estabilidade do desenvolvimento de perdas, da rentabilidade e da adequação de reservas para perdas e prazo para pagamento dos sinistros. Tudo o mais em igualdade, a pontuação absoluta do BCAR de uma empresa será menor devido à maior necessidade de capital associada a uma deficiência maior de reservas, bem como de negócios instáveis ou não rentáveis. Adicionalmente, o modelo pode ser ajustado em reação a diversas questões do mercado. Os exemplos de questões que podem afetar a capitalização abrangem mudanças nas tarifas, estágio do ciclo de subscrição, mudança nos produtos de resseguro e dependência de resseguro. A capacidade do modelo para reagir a essas questões de mercado faz com que ele seja uma ferramenta robusta para auxiliar na avaliação da solidez do balanço patrimonial de uma empresa.

As bases da avaliação dos riscos de alguns determinantes fundamentais do capital necessário no modelo BCAR Universal é o déficit previsto com os segurados. A A.M. Best adotou o conceito de déficit previsto dos segurados para calibrar melhor os fatores de reserva para perdas e risco de prêmios, assim como outros fatores de risco no modelo. Esse conceito permite calibrar os débitos de risco para um nível específico de risco de insolvência e também leva em consideração o custo previsto, ou gravidade, da insolvência.

O BCAR é uma medida absoluta

O modelo do BCAR Universal gera uma pontuação absoluta, que é a relação entre o capital ajustado da empresa e o seu próprio capital líquido necessário. Esse índice, específico da empresa, indica se a solidez de seu capital corresponde às categorias de rating “Segura” ou “Vulnerável” da A.M. Best e baseia-se no perfil de risco específico das suas operações. Uma pontuação BCAR inferior a 100% seria considerada vulnerável. Dado um desempenho operacional sólido e estável, gestão de riscos saudável, capital de alta qualidade e flexibilidade financeira forte, a Figura 2 fornece uma orientação razoável quanto aos níveis de BCAR necessários para justificar os Ratings de Solidez Financeira da A.M. Best.

Figura 2

Diretrizes do BCAR

BCAR Balanço Patrimonial Implícito Solidez do BCAR Segura: 175 A++ 160 A+ 145 A 130 A-115 B++ 100 B+ Vulnerável: 90 B 80 B-70 C++ 60 C+ 50 C 40 C-<40 D

(13)

Testes de estresse adicionais

A A.M. Best também fará testes de estresse na pontuação BCAR de uma empresa para um segundo evento catastrófico, segundo os procedimentos descritos em seus relatórios de critérios intitulados Análise de catástrofes nos ratings da A.M. Best e Tratamento do risco de terrorismo na avaliação de ratings. Os testes incorporarão catástrofes naturais e/ou eventos ocasionados pelo homem, como terrorismo, a fim de verificar a sensibilidade do balanço patrimonial da empresa a um segundo evento catastrófico. Na análise do balanço patrimonial de seguradoras de ramos elementares, pode ser utilizada uma estimativa de acidentes. Podem ser utilizados testes de estresse adicionais quando a seguradora acumular grandes volumes de investimentos com riscos mais elevado.

Conclusão

As ferramentas para alocar capital e entender a solidez do capital continuam a evoluir e, muitas vezes, variam em termos teóricos e em seus objetivos e resultados. É importante ter em mente que, embora possam agregar valor significativo, elas constituem apenas ferramentas. O BCAR Universal, exclusivo da A.M. Best, constitui uma dessas ferramentas que examina as necessidades de capital bem além da solvência financeira. A A.M. Best continuará a melhorar o BCAR para ampliar sua precisão na avaliação de balanços patrimoniais e riscos operacionais.

O BCAR é importante para a avaliação da A.M. Best em termos de solidez absoluta e relativa do capital. De forma compatível com os padrões do modelo BCAR Universal, a A.M. Best esperaria que empresas bem administradas e com ratings elevados mantivessem níveis de capitalização superiores aos valores ajustados pelo risco indicados pelas diretrizes publicadas a fim de sustentar suas classificações de crédito atuais.

Contudo, a A.M. Best destaca que, embora seja uma ferramenta importante do processo de rating, o BCAR não é suficiente como a única base para a atribuição de um rating. Da mesma forma que como outros indicadores quantitativos, ele tem algumas limitações e não funciona necessariamente para todas as empresas. Consequentemente, a adequação do capital deve ser encarada dentro do contexto geral das questões operacionais e estratégicas da empresa. O perfil de negócios e o desempenho operacional são considerações importantes na avaliação da solidez financeira e viabilidade de uma empresa no longo prazo, assim como a qualidade do capital que sustenta o resultado do BCAR. Além disso, considerações sobre a empresa holding também desempenharão um papel importante na avaliação da solidez financeira de uma seguradora.

Finalmente, a A.M. Best acredita que seguradoras bem administradas e com ratings elevados continuarão a concentrar-se nos fundamentos do desenvolvimento de future valor econômico e estabilidade financeira e não em gerenciar um único componente, ainda que importante, da avaliação feita pela A.M. Best.

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Publicado:

2 de maio de 2012

Avaliação do Risco País

A A.M. Best define o risco país como aquele em que fatores específicos de um país possam afetar de forma desfavorável a capacidade de uma seguradora em honrar suas obrigações financeiras. O risco país é avaliado e levado em consideração em todas as classificações da A.M. Best. Como parte da avaliação do risco país, a A.M. Best

identifica os diversos fatores em um país que possam afetar direta ou indiretamente uma seguradora. Para tanto, a A.M. Best divide os riscos em três categorias principais: risco econômico, risco político e risco do sistema financeiro. Dado o foco específico da A.M. Best no setor de seguros, o risco do sistema financeiro é subdivido em duas seções: risco do sistema financeiro segurador e não segurador.

A avaliação do risco país realizada pela A.M. Best não é diretamente comparável a uma classificação de dívida soberana, que avalia a capacidade e a disposição de um governo para cobrir suas dívidas. Embora a análise do risco país leve em consideração as finanças e políticas de um governo soberano, a determinação final não é orientada por esse único objetivo. Além disso, a avaliação do risco país feita pela A.M. Best não impõe um teto na classificação das entidades em um determinado domicilio.

A abordagem da A.M. Best ao risco país emprega um modelo de dados que atribui uma pontuação no nível de risco presente em um determinado país, somado a uma determinação qualitativa das condições locais específicas que afetam o ambiente operacional de uma seguradora. Os países são classificados em uma escala de cinco níveis, de “CRT-1” (Country Risk Tier, ou Nível de risco país), que denota um ambiente estável, com o menor risco, até “CRT 5”, para os países de maior risco e que, portanto, apresentam os maiores desafios para a estabilidade financeira, solidez e desempenho de uma seguradora. A relação conceptual entre o nível relativo de risco país e a classificação de uma seguradora é descrita na Figura 1 abaixo.

Em resumo, conforme aumenta o risco país (medido pela atribuição de um nível mais alto), a distribuição da classificação se move para baixo na escala de classificação. Essa mesma relação aplica se a qualquer categoria significativa de riscos enfrentados por uma seguradora, ou seja, uma maior exposição a riscos pressiona a estabilidade financeira.

Os elementos primordiais do risco país podem ser administrados ou atenuados, reduzindo efetivamente seu impacto sobre a classificação da seguradora. Assim, é possível que seguradoras de qualquer país atinjam a mais alta Classificação de Solidez Financeira da A.M. Best. O risco país não é um teto ou um limite para a classificação de uma seguradora, mas um dos diversos fatores.

As atribuições dos Níveis de Risco País (CRT) são revistas anualmente, embora sejam periodicamente acompanhados eventos e acontecimentos significativos que possam causar uma alteração interina na atribuição do nível de risco país. Os CRT são avaliações das condições atuais em um país, mas são criados para permanecer estáveis ao longo do ciclo de negócios, de forma que as

perspectivas políticas e setoriais, bem como as projeções econômicas, sejam incorporadas à análise. Elementos do Risco País As três categorias de risco da análise de risco país da A.M. Best, os riscos econômico, político e do sistema financeiro, serão definidas abaixo, e algumas das principais variáveis utilizadas serão discutidas (ver Figura 2).

Relatórios

relacionados

Critérios: O BCAR Universal

Gestão de Riscos e Processo de Classificação para seguradoras Classificação de Membros de Grupos Seguradores

Contatos analíticos

Edward Easop, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal 5781 Edward.Easop@ambest.com Andrea Keenan, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal 5084 Andrea.Keenan@ambest.com James Gillard, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal 5818 James.Gillard@ambest.com

Figura 1

Relação entre classificação e CRT

Classificação acima da média Classificação média Classificação abaixo da média

CRT-1 aaa aa+ aa aa- a+ a a- bbb+ bbb bbb- bb+ bb bb- b+ b

b-CRT-2 aaa aa+ aa aa- a+ a a- bbb+ bbb bbb- bb+ bb bb- b+ b

b-CRT-3 aaa aa+ aa aa- a+ a a- bbb+ bbb bbb- bb+ bb bb- b+ b

b-CRT-4 aaa aa+ aa aa- a+ a a- bbb+ bbb bbb- bb+ bb bb- b+ b

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b-O risco econômico é a possibilidade de que os pontos fracos da economia de um país gerem acontecimentos adversos para uma seguradora. Para determinar o risco econômico, a A.M. Best avalia o estado da economia local, as finanças públicas e as transações internacionais, bem como as perspectivas de crescimento e estabilidade.

O risco político é a possibilidade de que ineficiência burocrática ou governamental, tensões sociais, sistema jurídico inadequado ou tensões internacionais gerem acontecimentos adversos para uma seguradora. O risco político abrange a estabilidade do governo e da sociedade, a eficiência das relações diplomáticas internacionais, a confiabilidade e a integridade do sistema jurídico e da infra-estrutura de negócios, a eficiência da burocracia governamental e a adequação e eficiência das políticas econômicas governamentais.

O risco do sistema financeiro (não segurador) é o risco da ocorrência de volatilidade financeira devido a normas contábeis inadequadas, sistemas bancários fracos ou mercados de ativos ou estrutura reguladora precária. O risco do sistema financeiro não segurador leva em conta o sistema bancário, as normas contábeis e as finanças públicas de um país, avaliando a

vulnerabilidade do sistema financeiro à volatilidade interna ou externa. A análise baseia-se no Basiléia II, Princípios do Banco Mundial para Insolvência e nas Normas Internacionais de Contabilidade, bem como no desempenho dos bancos, índices do mercado de ações e títulos de renda fixa.

O risco de seguro é o risco de que os níveis de desenvolvimento e conscientização do público, a transparência e eficiência da regulamentação, as normas contábeis e a sofisticação regulamentar do setor segurador contribuam para um sistema financeiro volátil e comprometam a capacidade de uma companhia de seguros para pagar sinistros. O risco de seguro, que a A.M. Best considera uma subseção diferente do risco do sistema financeiro, é abordado separadamente, em virtude da importância do foco específico da A.M. Best nesse setor. A determinação é baseada expressivamente nos Princípios Básicos de Seguros (Insurance Core Principles – ICP) da Associação Internacional de Supervisores de Seguros (International

Association of Insurance Supervisors – IAIS). A A.M. Best emprega um subconjunto considerável de 28 ICP, organizados

em três categorias: 1) compromisso do governo com um setor segurador aberto e bem regulamentado; 2) adequação da autoridade de fiscalização e sua infra-estrutura de suporte; e 3) prestação de contas das seguradoras.

Cálculo do Risco País

A determinação do risco país tem início com a execução do Modelo de Risco País para gerar uma “pontuação”, que é uma média ponderada das três categorias de risco. A pontuação é então elevada ao quadrado, representando a relação não linear entre ela e o risco país existente no país. A equação principal para calcular a Pontuação de risco país é a seguinte:

Pontuação de Risco País (CR) = [ωEIE + ωPIP + ωFS(IFSi + IFSni)] 2

Ondee IE = Risco econômico IP = Risco político

IFSi = Risco do sistema financeiro (componente segurador) IFSni = Risco do sistema financeiro

(componente não segurador)

ω = peso aplicado a cada categoria de risco

Em circunstâncias especiais, como no caso em que uma jurisdição tem uma relação particularmente forte com outra – como em Guernsey e no Reino Unido – é incluído um cálculo adicional que incorpora a influência da jurisdição maior sobre a estabilidade da menor.

A pontuação de risco país fornece um parâmetro para a avaliação de cada país. Um país com uma pontuação maior indica um ambiente com mais riscos do que a de um país com uma pontuação de risco país mais baixa. Após a execução do modelo, o Grupo de Risco País avalia fatores qualitativos que podem influenciar a pontuação como um todo ou uma categoria específica de risco. Níveis de Risco País

A atribuição de CRT às faixas de pontuação baseia-se na declaração da A.M. Best de que o risco nos países pode ser

categorizado de forma ampla a fim de fornecer uma base de comparação, desde que sejam reconhecidas as diferenças entre eles. Portanto, os CRT podem ser classificados, em um cenário típico, da seguinte forma:

CRT-1: Ambiente político, sistema jurídico e infra-estrutura de negócios previsíveis e transparentes, regulamentação sofisticada do sistema financeiro com mercado de capitais profundo e estrutura madura no setor segurador.

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CRT-2: Ambiente político, sistema jurídico e infra-estrutura de negócios previsíveis e transparentes, regulamentação suficiente do sistema financeiro e estrutura madura no setor segurador.

CRT-3: Ambiente político, sistema jurídico, infra-estrutura de negócios em desenvolvimento com mercados de capital em desenvolvimento e estrutura regulamentar do setor de seguros em desenvolvimento.

CRT-4: Ambiente político, jurídico e de negócios relativamente imprevisível e não transparente, com mercados de capital subdesenvolvidos e estrutura regulamentar parcial ou totalmente inadequada.

CRT-5: Ambiente político, jurídico e de negócios imprevisível e opaco, com mercados de capital limitados ou inexistentes, desenvolvimento humano baixo e instabilidade social; setor segurador embrionário.

Os países com características de um ambiente estável para o setor segurador apresentam correlações elevadas com países economicamente grandes, estáveis, diversificados e que contam com regulamentação eficiente, com regimes políticos estáveis sustentados por sistemas jurídicos sólidos e confiáveis.

Revisões Anuais e Determinadas por Eventos

Todos os países aos quais são atribuídos um Nível de Risco País passam por uma revisão anual, que inclui a pontuação determinada pelo modelo, análise qualitativa, estudo de impacto sobre a classificação e o processo de comitê. Durante o período intermediário, o Grupo de Risco País monitora continuamente os eventos e acontecimentos mundiais, avaliando o possível impacto sobre os níveis atribuídos. Esse processo é facilitado através da manutenção de uma lista de observação, que identifica os países que estejam enfrentando um nível significativamente maior de volatilidade, e que apresente a possibilidade de afetar o CRT.

É raro que um país suba ou desça na escala fora do ciclo de revisão anual, já que os CRT são projetados para permanecerem estáveis durante o ciclo de negócios e não estão sujeitos a elevações ou rebaixamentos frequentes. Dessa forma, embora os acontecimentos recentes sejam considerados na análise do risco país, frequentemente não são significativos o suficiente para justificar uma alteração do nível atribuído fora do ciclo normal. Na eventualidade de alteração do CRT, a classificação das empresas com domicílio naquele país estará sujeita a revisão.

Aplicação do Risco País às Classificações

As classificações da A.M. Best são formadas por opiniões independentes, baseadas na avaliação quantitativa e qualitativa abrangente da solidez do balanço patrimonial, desempenho operacional e perfil de negócios da empresa. O risco país é um dos diversos fatores levados em consideração na avaliação de uma empresa, segundo essas três características. O nível de importância dado ao risco país (isto é, seu impacto potencial sobre a determinação da classificação de uma empresa) é determinado individualmente, com base na solidez financeira, na posição de mercado e na capacidade para atenuar ou administrar a exposição ao risco país de cada seguradora.

A análise de risco país da A.M. Best busca identificar os aspectos de um país que possam criar um ambiente difícil ou imprevisível para uma seguradora. Por exemplo, um sistema bancário com regulamentação deficiente, política monetária mal executada ou mercado acionário não líquido podem deixar um sistema financeiro mais propenso a um colapso.

Figura 2

Componentes da análise

do risco país

Risco econômico Macroeconomia Projeções Transações internacionais Finanças públicas Risco político Política econômica Ambiente de negócios Estabilidade do governo Estabilidade social Diplomacia internacional Sistema jurídico

Risco do sistema financeir

o

Risco do sistema financeiro não segurador:

Sistema bancário Vulnerabilidade

Normas contábeis e regulamentos Dívida soberana

Risco do sistema financeiro segurador:

Governo e legislação Autoridade de fiscalização

Prestação de contas das seguradoras

Divulgação do relatório global Publicação dos CRT aprovados Proposta de CRT com estudo de impacto Realização do estudo de impacto sobre a classificação Avaliação do Grupo de Risco País CRT implícito Resultado do Modelo de Risco País = Pontuação de risco país

Figura 3

(17)

Em média, a maioria das empresas sediadas em países CRT-1 e CRT-2 não seriam afetadas adversamente por seu ambiente operacional (ou seja, pelo risco país). Nos países CRT-3, CRT-4 e CRT-5, é cada vez mais provável que os fatores ambientais afetem a capacidade de uma empresa para honrar as obrigações assumidas com os segurados. Na aplicação do risco país, a A.M. Best não aplica um processo de escalas nem um teto à sua atribuição de classificação de risco país. O risco país é apenas um dos diversos fatores que integram uma classificação da Best. A incorporação do risco país

a uma classificação é comparável à de outros componentes da análise, como a gestão dos riscos empresariais (Enterprise Risk

Management - ERM), a disciplina e o histórico da alta administração, a gestão do capital e a posição competitiva no mercado, entre

outros (ver Figura 4). Durante o processo de classificação, os analistas podem verificar se uma seguradora está sujeita a problemas de risco país. Para auxiliar os analistas neste processo, o Grupo de Risco País oferece revisões internas e guias de orientação que funcionam como referenciais na comparação entre seguradoras de países e regiões diferentes.

Figura 5

Comparação da classificação

Classificação de Solidez Financeira (FSR) e Classificação de Crédito do Emissor (ICR)

FSR ICR FSR ICR

Segur

o

A++ aaa aa+

Gr au de inv estimento Vulneráv el B bb+bb Abaixo do gr au de inv estimento A+ aaaa- B- bb-A a+a C++ b+b A- a- C+ b-B++ bbb+bbb C ccc+ccc B+ bbb- C- ccc-cc Gestão de risco empresarial Análise de pares/ combinação setorial Equipe

gerencial Adequaçãodo capital

Risco país Tendências e análises setoriais Classificação da empresa

Figura 4

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Publicado:

6 de junho de 2011

Atribuição da Classificação a

Empresas Recém Formadas

Questões regulamentares e tributárias, bem como a desarticulação nos mercados e a demanda por produtos e serviços novos e inovadores, continuam a influenciar a formação de novas seguradoras e resseguradoras. Como resultado, corretores, agentes, prestamistas, participantes do mercado de capitais e clientes empresariais buscam continuamente informações financeiras sobre as novas entidades na medida em que vão se formando. Para atender a essa demanda, a A.M. Best Co. atribui classificação a novas organizações e outros veículos de assunção de riscos utilizando a metodologia descrita neste relatório. Essa metodologia abrange todas as empresas recém-formadas, inclusive os novos

empreendimentos, sejam ou não afiliados a uma organização que conte atualmente com uma classificação de crédito.

O processo interativo da A.M. Best para atribuição de classificação de seguradoras envolve diversos fatores qualitativos e quantitativos, agrupados em três categorias: solidez do balanço patrimonial, desempenho operacional e perfil de negócios. A metodologia da A.M. Best para atribuir classificação a empresas recém-formadas utiliza as mesmas avaliações de solidez do balanço patrimonial e perfil de negócios empregadas para as empresas que recebem classificação tradicional. Igualmente, se uma empresa recém-formada fizer parte de um grupo que conte com classificação de crédito, a metodologia para Classificação de membros de grupos seguradores da A.M. Best é aplicada de igual forma à atribuição de uma classificação tradicional.

Novas empresas são constituídas com diversos propósitos diferentes e empregando diversos modelos de negócios. Por exemplo, algumas delas constituem uma extensão ou uma cisão de uma operação existente quando a nova entidade está, na realidade, herdando um bloco de negócios já existente. Em outros casos, a nova empresa constitui um novo empreendimento mais tradicional, onde não há um histórico comprovado de desempenho operacional. A abordagem de classificação da A.M. Best para novas empresas reconhece essas distinções e permite a flexibilidade adequada nos processos de estimativas e avaliação. Profundas discussões junto à administração, e sua avaliação, são parte central do processo de classificação de toda empresa recém-constituída. Essa avaliação da administração inclui o entendimento das estruturas de gestão de riscos e de gerenciamento financeiro da organização e sua experiência nessas áreas.

No caso de um empreendimento realmente novo, dado o grau adicional de incerteza e a ausência de um histórico, a avaliação da sustentabilidade dos lucros e dos fluxos de caixa a longo prazo – essenciais para o processo de classificação interativo – exige rigor adicional em certas áreas do processo de classificação, como a revisão e análise dos planos de negócios, os pressupostos que lastreiam as projeções da empresa e os controles operacionais. Além disso, para refletir o maior nível de incerteza inerente à análise de uma entidade recém-formada dessa natureza, são utilizados indicadores quantitativos e qualitativos mais rigorosos na atribuição da classificação a uma empresa nova. Em particular, os níveis inicial e projetado de capital ajustado pelo risco (e os indicadores correspondentes de capital, inclusive alavancagem financeira) geralmente precisarão estar bem acima dos níveis esperados para uma empresa comparável existente, com um histórico de operações constantes que receba a mesma classificação.

Esse nível de conservadorismo relativo se aplica ao longo de toda a fase de desenvolvimento de uma empresa recém-constituída, mesmo após levar em consideração expectativas conservadoras para os resultados e o retorno dos investimentos. Essa exigência de capital adicional reflete a falta de um histórico operacional e os riscos operacionais resultantes da empresa recém-constituída.

Informações adicionais

Critérios:

O BCAR Universal – Índice de Adequação do Capital de Seguradoras da A.M. Best O BCAR para Seguradoras de Ramos Elementares Entendendo o BCAR para Seguradoras de Vida e Saúde Classificação de Membros de Grupos Seguradores Avaliação do Risco País Classificação da A.M. Best e Tratamento da Dívida Análise de Linhas de Capital Contingente

Crédito de Capital para Títulos Hibridos

Metodologia de Classificação de Crédito da Best – Edição sobre Seguradoras Globais de Vida e Não Vida

Contato analítico

Robert DeRose, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal 5453 Robert.DeRose@ambest.com William Pargeans, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal 5359 William.Pargeans@ambest.com Edward Easop, Oldwick +1 (908) 439-2200 Ramal 5781 Edward.Easop@ambest.com O presente relatório de critérios foi atualizado como parte do processo de revisão anual da A.M. Best. Este relatório de critérios pode ser encontrado www.ambest.com/ ratings/methodology

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Requisitos para Prosseguir com a Atribuição do Classificação

Para que a A.M. Best efetue a atribuição de uma classificação inicial, determinados fatores e condições devem ser levados em consideração:

• Um plano de negócios quinquenal claramente definido, que seja aprovado por todos os sócios, os quais deverão ser qualificados e capacitados para implementá-lo. O plano deve incluir:

— Declarações de critérios de subscrição, diretrizes de investimento e gestão de riscos;

— Descrição detalhada dos produtos oferecidos, padrões de determinação de preços e estratégia de distribuição e de mercado da empresa;

— Projeções financeiras, juntamente com as premissas quantitativas e qualitativas usadas e a utilização prevista do capital.

• Recursos financeiros iniciais existentes ou previstos com a integração do capital da entidade (res)seguradora simultaneamente à atribuição da classificação inicial.

• Capitalização submetida a testes de estresse que, de forma conservadora, justifiquem a classificação atribuída durante todo o plano de negócios.

• Demonstração de um histórico de bom desempenho operacional, pertinente para os negócios do novo empreendimento, por parte dos membros da administração. A experiência com a organização de novos empreendimentos na área de seguros também é levada em consideração nesse processo.

• Gestores experientes e a existência de equipe e infra-estrutura operacional adequadas (ou abordadas adequadamente em um plano de implementação detalhado, que pode incluir o uso de serviços de terceiros) para permitir as atividades iniciais e atender aos padrões de regulamento e agências de classificação.

• Disponibilidade da administração, membros do conselho de administração, investidores estratégicos, banqueiros de investimento, atuários e outros consultores para discussões com a A.M. Best, e fornecimento das informações solicitadas.

• Processo de acompanhamento para avaliar a eficiência do plano de negócios inicial e monitorar o desenvolvimento estratégico e financeiro da empresa.

Processo de Classificação de Novas Empresas

O objetivo de toda classificação de crédito da A.M. Best é fornecer uma opinião sobre a capacidade da entidade avaliada para honrar seus passivos financeiros, que no caso de uma empresa de seguros ou resseguros em operação correspondem às suas obrigações correntes de seguros. As classificações de crédito da Best incluem as de solidez financeira (FSR), de crédito do emissor (ICR) e de títulos de dívida. Ao atribuir uma classificação de crédito a uma empresa já estabelecida, a A.M. Best examina a solidez de seu balanço patrimonial, o desempenho operacional e o perfil de negócios, o que é análogo à revisão do capital inicial e projetado, dos patrocínios, dos planos de negócios, da administração e dos controles operacionais de uma empresa nova. As definições dos diversos tipos de classificação de crédito da A.M. Best e uma explicação abrangente dos processos para sua atribuição podem ser encontrados em Metodologia de Classificação de Crédito da Best – Edição Global Vida e Não Vida, disponível no site da A.M. Best na Internet.

A análise da classificação de entidades novas ou já estabelecidas é quantitativa e qualitativa. A avaliação dos principais índices financeiros é integrada a uma avaliação qualitativa dos planos operacionais e filosofias da empresa, a fim de entender amplamente a posição inicial da empresa e suas perspectivas.

Ao classificar participantes de grupos, a A.M. Best emprega abordagens ascendentes e descendentes tanto para as entidades já estabelecidas como para as novas no grupo. Todas as entidades legais que tenham uma classificação da A.M. Best são avaliadas isoladamente, ou seja, passam por uma análise ascendente. Também são analisados os pontos fortes e fracos do grupo como um todo, ou seja, é feita uma análise descendente. A classificação final publicada para cada entidade do grupo classificado, inclusive as subsidiárias recém-constituídas, levam em consideração o possível benefício ou peso de sua afiliação a uma organização mais ampla.

No processo de classificação de crédito da A.M. Best, todas as entidades, inclusive as empresas recém-constituídas, são analisadas dentro do contexto do risco país específico ao qual estão expostas. Mediante essas circunstâncias, a A.M. Best utiliza sua metodologia de risco país, Avaliação do Risco País (Assessing Country Risk), pela qual os países são classificados em um dos cinco níveis que refletem os diversos riscos econômicos, políticos e do sistema financeiro que possam afetar a solidez financeira de uma seguradora. O risco país é um dos muitos fatores do processo de classificação, que afeta a classificação de uma empresa ou grupo, mas não cria um teto para os mesmos; além disso, alguns elementos do risco país podem ser administrados de forma similar a outros riscos. O sistema de classificação da A.M. Best aplica os mesmos critérios rigorosos a todas as seguradoras, novas ou já estabelecidas no mercado, oferecendo uma forma de compará-las diretamente, independentemente de sua longevidade ou país sede.

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Principais Fatores da Classificação

Os componentes analíticos do processo de classificação de crédito interativo da A.M. Best para seguradoras novas envolvem diversos fatores qualitativos e quantitativos que podem ser agrupados em duas categorias de avaliação: solidez do balanço patrimonial e perfil de negócios. Uma terceira categoria de avaliação de controles operacionais abrange um conjunto rígido de análises e padrões qualitativos utilizados para avaliar o desempenho operacional em vista da inexistência de um histórico operacional, o que é inerente a empresas recém-constituídas.

1. Solidez do Balanço Patrimonial

A. Capitalização

A avaliação da solidez e da qualidade do balanço de uma empresa feita pela A.M. Best é o alicerce de toda classificação de crédito. Os fatores principais normalmente analisados na avaliação da estabilidade e flexibilidade financeira de uma empresa incluem:

• Nível inicial do capital integralizado, outras capitalizações comprometidas e fontes de recursos complementares.

• Capitalização sujeita a testes de estresse, baseada no modelo de Índice de Adequação de Capital da Best (BCAR), em diversos cenários, que justifiquem de forma conservadora a classificação atribuída ao longo de todo o plano operacional.

• Estrutura de capital – patrimônio e endividamento.

• Uso de resseguro, linhas de crédito e outras formas de financiamento de capital contingente.

• Qualidade e diversificação dos ativos.

• Considerações normativas.

• Expectativas dos investidores, inclusive lucros e dividendos.

• Geração de capital prevista nas principais atividades comerciais.

• Metas de determinação de preços.

• Nível de reservas esperado (conservador ou agressivo).

• Estratégia de investimento das reservas e do capital. A estratégia de investimentos deve ser compatível com a composição dos negócios, o planejamento financeiro, as necessidades de liquidez e capitalização. Como a gestão dos investimentos é importante para a preservação do capital, a A.M. Best analisará a qualidade e a diversificação dos ativos, assim como a reputação e experiência dos gestores de investimento.

• Especialização e processos de gestão de ativos, passivos e outros determinantes individuais dos riscos da empresa, bem como o relacionamento entre os riscos. Na revisão da capitalização e alavancagem operacional iniciais e projetadas, a A.M. Best parte das exigências de capital das autoridades regulamentadoras competentes. A seguir, é realizada uma análise rigorosa, utilizando o BCAR, para estimar o capital necessário para sustentar as operações do novo empreendimento durante um período adequado aos tipos de negócios subscritos.

Determinação das Necessidades de Capital Ajustado Pelo Risco

A nova empresa deve demonstrar sua capacidade para sustentar a execução de seu plano de negócios mantendo níveis de adequação de capital ajustado pelo risco bem acima do que seria normalmente esperado de uma empresa mais madura com o mesmo nível de classificação durante o período do plano operacional. O montante de capital adicional necessário refletirá o perfil de risco da empresa. Pode ser exigido um nível de capitalização mais elevado se a empresa estiver sujeita, por exemplo, a eventos de baixa freqüência, mas de alta gravidade ou operar uma linha de negócios que exerça uma pressão inicial sobre o capital devido à lentidão no surgimento dos lucros. A Best também submeterá a testes de estresse o ritmo pelo qual a empresa espera utilizar seu capital. Em todos os níveis de classificação, o capital necessário refletirá os riscos maiores inerentes a um novo empreendimento em comparação com as operações continuadas de uma empresa já bem estabelecida no mercado. A A.M. Best espera que, na data da classificação inicial, a empresa recém-constituída tenha capital integralizado suficiente para manter níveis de capital ajustado pelo risco adequados à classificação atribuída, considerando as atividades comerciais projetadas para os cinco anos do plano de negócios. O BCAR calculado para a empresa recém-constituída e utilizado no processo de classificação irá considerar o nível esperado de subscrição de negócios, o risco de investimento e de ativos, o risco geral dos negócios e outros elementos de risco inerentes às operações da nova empresa ao longo de um período de cinco anos. Entretanto, é importante observar que, como em qualquer classificação de crédito interativo, a capitalização e os resultados do BCAR não são os únicos fatores determinantes da classificação atribuída. Na determinação da classificação de crédito inicial publicado, e da exigência correspondente de capital integralizado, de uma empresa recém-constituída específica, a A.M. Best levará em consideração os tipos de negócios a serem subscritos, o padrão de crescimento previsto (inclusive se o plano prevê crescimento orgânico ou por meio da aquisição de blocos) e a disponibilidade de suporte financeiro adicional, bem como os riscos relacionados à estrutura de capital da controladora ou do investidor que fornece tal suporte.

A avaliação pela A.M. Best da solidez e qualidade do balanço patrimonial de uma empresa incorpora também a avaliação de sua estabilidade e flexibilidade financeira. São avaliados o nível, a qualidade e a permanência do capital, inclusive as possíveis

Referências

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