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Alterações dentoesqueléticas e tegumentares decorrentes do alinhamento e nivelamento com aparelhos autoligáveis

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Como citar este artigo:

Homem EW, Cançado RH, Freitas KMS, Valarelli FP, Melo JS. Alterações dentoesqueléticas e tegumentares decorrentes do alinhamento e nivelamento com apare-lhos autoligáveis. Orthod. Sci. Pract. 2014; 7(28): 488-493.

Alterações dentoesqueléticas e tegumentares decorrentes do

alinhamento e nivelamento com aparelhos autoligáveis

Dentoskeletal and soft tissue alterations resulting from the alignment and leveling

with self-ligating appliances

Ed Wilson Homem1 Rodrigo Hermont Cançado2 Karina Maria Salvatore de Freitas3 Fabrício Pinelli Valarelli4 Joubert de Souza Melo5

1 Mestre em Ortodontia – Faculdade Ingá.

2 Mestre e Doutor em Ortodontia – FOB/USP, Pós-Doutorado em Ortodontia – Universidade de Toronto/Canadá, Professor Adjunto – Faculdade Ingá. 3 Mestra e Doutora em Ortodontia – FOB/USP, Pós-Doutorado em Ortodontia – Universidade de Toronto/Canadá, Coordenadora do Curso de Mestrado em

Ortodontia – Faculdade Ingá.

4 Mestre e Doutor em Ortodontia – FOB/USP, Professor Adjunto – Faculdade Ingá.

5 Mestre em Ortodontia – Faculdade Ingá, Professor do Curso de Especialização em Ortodontia – HODOS/DF, Professor do Curso de Especialização em Ortodontia – ORION/GO.

E-mail do autor: jsouzamelo94@hotmail.com Recebido para publicação: 30/09/2013 Aprovado para publicação: 25/06/2014

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações dentoesqueléticas e tegumentares ao final do ali-nhamento e nivelamento em pacientes com má oclusão de Classe I tratados sem extrações com aparelhos autoligáveis. Foram avaliadas telerradiografias ao início e final do alinhamento e nivelamento de 29 pa-cientes com idade inicial média de 22,67 (DP±2,65) anos e idade final média de 24,01 (DP±2,59) anos. O tempo médio de alinhamento e nivelamento foi de 1,34 anos (DP±0,43). Os dados do início e final do alinhamento e nivelamento foram comparados estatisticamente pelo teste t dependente. Os resultados mostraram vestibularização e protrusão dos incisivos superiores, vestibularização dos incisivos inferiores, protrusão labial inferior e diminuição do ângulo interincisivos. O alinhamento e nivelamento com apare-lhos autoligáveis promovem aumento das inclinações dos incisivos superiores e inferiores com alteração do perfil tegumentar.

Descritores: Desenho de aparelho ortodôntico, fatores de tempo, bráquetes ortodônticos.

Abstract

The aim of this study was to evaluate dentoskeletal and soft tissue changes at the end of leveling in nonextraction patients with Class I malocclusion treated with self-ligated appliances. Initial and final cephalograms of 29 patients with initial and final mean ages of 22.67 (SD±2.65) and 24.1 (SD±2.59) years respectively, were evaluated. The average of leveling was 1.34 years (SD±0.43). The data of beginning and end of the leveling were statistically compared by dependent t-test. The results showed buccal tipping and protrusion of maxillary incisor, mandibular incisor buccal tipping, lower lip protrusion and decrease of interincisal angle. Leveling with self-ligated brackets promotes buccal tipping of maxillary and mandibular incisors with soft tissue changes.

Descriptors: Design of orthodontic appliance, time factors, orthodontic brackets.

Introdução

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Homem EW , Cançado RH, Fr eitas KMS, V alar elli FP , Melo JS.

Atualmente discute-se o real ganho transversal com re-modelação óssea e mudanças do perfil tegumentar em pa-cientes tratados com aparelhos autoligáveis, tal assunto traz interesse aos ortodontistas, uma vez que se pode realizar re-modelação óssea em pacientes jovens e adultos sem a neces-sidade de prévio tratamento ortopédico12.

O tratamento de pacientes com aparelhos autoligáveis e suas mudanças na estrutura dentária, óssea e tegumentar ainda gera controvérsias como: o uso de bráquetes autoligá-veis é mencionado como sendo melhor quando comparado ao uso dos pré-ajustados devido mostrarem menor quantida-de quantida-de atrito<1; redução do tempo de tratamento7; tempo de

cadeira menor (2-3 minutos)2; tempo de colocação e remoção

de arcos com aproximadamente 24 segundos a menos que os convencionais10; redução média de quatro meses no tempo

de tratamento (23,5 para 19,4 meses) e redução média de quatro visitas durante o tratamento ativo18,19; obtenção de

melhor alinhamento e nivelamento dos arcos20; expansão da

dimensão intercaninos e excessiva vestibularização dos incisi-vos inferiores4,13.

As evidências para menos atrito entre o arco e o sistema autoligável se dá nos arcos iniciais, onde os diâmetros dos mesmos são menores provocando menos atrito nos bráque-tes autoligáveis do que nos bráquebráque-tes convencionais. Ao pas-so que o calibre dos arcos aumenta, o atrito passa a ser mais evidente, igualando-se ao atrito dos bráquetes convencionais. Entretanto, a fricção reduzida entre o suporte e o arco é a chave para algumas afirmações quanto aos autoligáveis por apresentarem menor nível de força durante a fase de alinha-mento, dando uma maior expansão lateral do arco dentário que, por sua vez, minimiza a vestibularização dos incisivos in-feriores durante o tratamento sem extração6. Estudos in vitro

sugerem que as forças iniciais de deslocamento em dentes por vestibular ou lingual podem ser maiores no sistema auto-ligável do que nos bráquetes convencionais9,11,14. Quanto ao

tempo de tratamento, tempo de alinhamento e de fechamen-to de espaço não apresentaram evidências clínicas entre os sistemas autoligáveis e sistemas convencionais8.

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações cefalométricas (esqueléticas, dentárias e tegu-mentares) em pacientes tratados com bráquetes autoligáveis avaliados ao término da fase de alinhamento e nivelamen-to. A seguinte hipótese de nulidade (H0) será testada: não existem diferenças cefalométricas ao início (T1) e ao final do alinhamento e nivelamento (T2) em pacientes tratados com aparelhos autoligáveis.

Material e métodos

Material

O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) da Faculdade Ingá – Uningá – Maringá – Pr com parecer Nº 0254.0.362.000-12 e todos os pacientes da amostra assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes da realização do tratamento.

A amostra, de caráter prospectivo, foi composta de 29 modelos de gesso obtidos ao início do tratamento (T1) e 58 telerradiografias em norma lateral obtidas ao início (T1) e fi-nal (T2) do tratamento ortodôntico de 29 pacientes tratados sem extração e que apresentavam má oclusão de Classe I, sendo 17 do gênero feminino e 12 do gênero masculino com idade média de 22,67 anos (DP ± 2,65) e idade final média de 24,01 anos (DP ± 2,59). O tempo médio de alinhamento e nivelamento foi de 1,34 anos (DP ± 0,43). Os pacientes foram tratados com a prescrição Roth de bráquetes pré-ajustados autoligáveis Tellus (Eurodonto, Curitiba-PR, Brasil) com se-quência de fios comumente utilizada (.010”; .012”; .014”; .016”; .016”x.025” - Termoativado .017”x.025” TMA; .019”x.025” aço).

Critérios de inclusão

A amostra foi composta por pacientes que apresentavam má oclusão de Classe I; presença de todos os dentes permanen-tes irrompidos até os primeiros molares; tratados sem extrações dentárias com o aparelho autoligável mencionado acima.

Métodos

Obtenção dos modelos de estudo

Para a obtenção dos modelos de estudo foi solicitada do-cumentação inicial para todos os pacientes e, nestas, contidas seus respectivos modelos em gesso zocalados.

Medidas do índice de irregularidade de Little

Para a avaliação do índice de irregularidade de Little, foi necessário medir todos os modelos de estudo em gesso, tan-to do arco superior quantan-to do arco inferior, com o auxílio de um paquímetro digital. (Figura 1)

O índice de irregularidade de Little: somatória do desloca-mento de todos os pontos de contato anatômico dos dentes anteroinferiores. A medição foi realizada com um paquímetro digital, com precisão de 0,01 mm, posicionado paralelamente ao plano oclusal.

Telerradiografias em norma lateral

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Artigo original / Original article

Figura 2 – Grandezas cefalométricas esqueléticas (1- SNA, 2- Co-A,

3- A-Nperp, 4- SNB, 5- CoGn, 6- ANB, 7-AFAI, 8- SN.GoGn, 9- FMA, 10 –SN.Ocl).

Figura 3 – Grandezas cefalométricas dentárias (11- 1.PP, 12- 1-PP, 13-

1-NA, 14- 1.NA, 15- 1-GoMe, 16- IMPA, 17-1-NB, 18- 1.NB, 19- 1.1, 20- se-veridade sagital, 21- overjet, 22- overbite).

Figura 4 – Grandezas cefalométricas tegumentares (23- ângulo entre o

lábio superior e a linha pró-nasal pogônio tegumentar, ângulo Ls.linha E; 24- A-NP, 25- ANL; 26- ângulo entre a linha pró-nasal pogônio tegumentar e linha ponta do nariz ao próstio; 27- distância do lábio superior à linha pró-nasal pogônio tegumentar, Ls-linha E; 28- distância do lábio inferior à linha pró-nasal pogônio tegumentar, Li-linha E; 29- linha H; 30- linha Li-ponta do nariz).

Com a finalidade de avaliar as alterações dentoesqueléti-cas e tegumentares após o alinhamento e do nivelamento com bráquetes autoligáveis, todas as telerradiografias em norma lateral da amostra foram obtidas ao início e final da fase de alinhamento o nivelamento em dois diferentes aparelhos. Para aumentar a confiabilidade dos resultados desse estudo, foi re-alizada a determinação da magnificação de cada aparelho. Os diferentes tipos de aparelhos apresentaram porcentagens dis-tintas de magnificação (6% e 9,8%). Os dois aparelhos foram regulados para uma exposição de 80 Kva e 10mA com uma distância focal de 1,52 metros e tempo de exposição de 1,3 segundos. Todas as imagens radiográficas foram obtidas com os lábios em repouso e na posição de máxima intercuspidação

habitual, com o auxílio do cefalostato de Broadbent para uma padronização do posicionamento da cabeça.

Traçado cefalométrico e obtenção das grandezas

As telerradiografias foram digitalizadas na resolução de 9600 x 4800 dpi em um scanner Microtek ScanMaker i800 (Microtek International, Inc., Carson, CA, EUA), acopladas a um microcomputador Pentium. As imagens foram transferidas ao programa Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin Imaging & Management Solutions, Chatsworth, CA, EUA) através do qual foram marcados os pontos cefalométricos de interesse, e processadas as mensurações, envolvendo os planos e as linhas.

Grandezas cefalométricas utilizadas (Figuras 2-4)

Análise estatística

Erro do método

Para avaliação do erro intraexaminador em relação ao ín-dice de irregularidade de Little, foi obtida média na primeira medição de 20 pacientes 10,26 (DP ± 5,58) e na segunda medição dos mesmos pacientes, após 4 semanas, média de 10,58 (DP ± 3,35). Em relação às variáveis cefalométricas, fo-ram realizadas novamente todas as mensurações em 20 te-lerradiografias em norma lateral selecionadas aleatoriamen-te após um inaleatoriamen-tervalo de 4 semanas. A aplicação da fórmula matemática proposta por Dahlberg (Se2 = å d2/2n) permitiu

estimar a ordem de grandeza dos erros casuais5. A avaliação

dos erros sistemáticos procedeu-se pela aplicação do teste t dependente11,21.

Método estatístico

Para verificar as alterações decorrentes do tratamento en-tre as fases inicial e final de alinhamento e nivelamento dos pacientes pertencentes à amostra deste trabalho, foi realiza-do o teste t dependente aplicarealiza-do às variáveis cefalométricas

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Tabela 1 – Médias das idades no início e final de alinhamento e nivela-mento. MÉDIA DP MÍN. MÁX. Idade inicial 22,67 2,65 11,63 44,04 Idade final 24,01 2,59 12,88 45,54 Tempo de tratamento 1,34 0,43 1,25 1,50 estudadas.

Para verificar os resultados de correlação, foi utilizado o teste de correlação de Pearson na avaliação da relação entre a quantidade de apinhamento e a alteração da inclinação/ posição dos incisivos superiores e inferiores.

Toda a análise estatística foi realizada com o programa

Statistica for Windows1. Foram considerados estatisticamente

significantes resultados com valor de p<0,05.

Resultados

O tratamento da amostra foi realizado com idade dia inicial de 22,67 anos com (DP ± 2,65) e idade final mé-dia de 24,01 anos (DP± 2,59), sendo que o tempo médio de alinhamento e nivelamento foi de 1,34 anos (DP± 0,43) (Tabela 1).

O índice de irregularidade de Little inicial foi de 10,26 demonstrando moderado apinhamento anteroinferior (Fi-gura 2). Somente 4 medidas relacionadas ao erro casual sofreram alterações significantes maiores que 1 mm ou 1º de desvio (Co-Gn; 1.PP; 1.NB; 1.1), enquanto que a vari-ável FMA sofreu alteração significante no erro sistemático (P<0,05) (Tabela 2).

Não houve alterações esqueléticas significantes em ção ao componente maxilar, componente mandibular, rela-ção maxilomandibular, componente vertical do início ao fi-nal do alinhamento e nivelamento da amostra estudada. Já no componente dentoalveolar anterior superior as variáveis 1.NA e 1-NA sofreram alterações significantes demonstran-do vestibularização e protrusão demonstran-dos incisivos superiores. No componente dentoalveolar inferior, a variável 1.NB sofreu alteração significante demonstrando vestibularização dos in-cisivos inferiores. Já o componente interdentário (variável 1.1) sofreu alteração significante confirmando a vestibularização dos incisivos. No componente tegumentar a variável Li-Plano E demonstrou alteração significante mostrando protrusão do lábio inferior (Tabela 3).

O resultado do teste de correlação de Pearson demons-trou que quanto maior o apinhamento encontrado na re-gião anterior, maior será a vestibularização dos incisivos superiores e inferiores e maior a protrusão dos incisivos in-feriores (Tabela 4).

Discussão

Na comparação dos resultados encontrados neste tra-balho torna-se possível estabelecer e avaliar que não houve alterações esqueléticas. As variáveis do componente maxi-lar, componente mandibumaxi-lar, relação maxilomandibular e componente vertical analisadas não apresentaram altera-ções significantes durante o período avaliado, uma vez que a amostra se encontrava na fase adulta. Entretanto, mesmo em pacientes adultos, alguma alteração pode ocorrer nos componentes esqueléticos quando se realiza o tratamento com extrações5.

No componente dentoalveolar superior, os incisivos

su-periores apresentaram uma vestibularização e protrusão estatisticamente significante (variáveis 1.NA e 1-NA, respec-tivamente). No componente dentoalveolar inferior, houve vestibularização dos incisivos inferiores, visualizada pela vari-ável 1.NB. Isso pode ser justificado pelo suave apinhamento que vários pacientes apresentavam ao início do tratamento, e como não foram feitas extrações dentárias, o efeito sobre os incisivos inferiores se deu com inclinação dos mesmos. Esse efeito também foi verificado por Scott et al.17 (2008) que

ob-servaram protrusão e vestibularização dos incisivos inferiores em casos tratados com bráquetes autoligáveis Damon III e casos tratados com aparelho convencional, entretanto, sem diferença estatística entre eles17.

Em relação ao componente interdentário (1.1), o ângu-lo interincisivo mostrou-se extremamente alterado após seu alinhamento e nivelamento, o que comprova a grande incli-nação dentária para vestibular tanto dos incisivos superiores como dos incisivos inferiores, mostrando o fechamento deste ângulo.

Já no que se refere aos dados do perfil tegumentar, a variável Li-Plano E apresentou alteração significativa. Todavia as variáveis Ls-Plano E; SubN-H e ANL não apresentaram al-terações estatisticamente significantes, contrariando o que se esperava, ou seja, uma protrusão do lábio superior devido à vestibularização e protrusão dentária verificada nos incisivos superiores. O que vem a corroborar com estudos apresenta-dos por vários autores5,15,16.

Em relação ao apinhamento, a amostra apresentava mo-derados apinhamentos com índice de irregularidade de Little inicial de 10,26 ao início do alinhamento e nivelamento. A quantidade de apinhamento foi correlacionada com a vesti-bularização dos incisivos superiores e inferiores e com a pro-trusão dos incisivos inferiores. Desse modo, quanto maior o apinhamento superior e inferior, maior a vestibularização dos incisivos durante a fase de alinhamento e nivelamento com bráquetes autoligáveis3.

Considerações clínicas

Os resultados obtidos demonstraram que as alterações

Homem EW , Cançado RH, Fr eitas KMS, V alar elli FP , Melo JS.

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Artigo original / Original article

Tabela 2 – Avaliação do erro intraexaminador. Resultados do teste t dependente (erro sistemático) e de Dahlberg (erro casual).

Variáveis Média1ª medição (n=20)D.P. Média2ª medição (n=20)D.P. Dahlberg P Índice de irregularidade de Little

LITTLE 10,26 3,58 10,18 3,35 0,2397 0,5018 Componente maxilar SNA (º) 83,58 3,39 83,74 3,59 0,9280 0,5871 Co-A (mm) 91,93 7,46 91,90 7,66 0,8946 0,9322 A-Nperp 1,62 2,74 2,01 2,56 0,7831 0,1135 Componente mandibular SNB (º) 81,28 4,55 81,20 4,99 0,9232 0,7792 *Co-Gn (mm) 122,73 10,11 122,83 10,42 1,5917 0,8634 Relação maxilomandibular ANB (º) 2,67 2,49 2,99 2,32 0,6423 0,1173 Componente vertical SN-GoGn 28,90 4,09 28,96 4,53 0,6029 0,7618 *FMA 24,15 5,00 24,94 4,79 0,7604 0,0001 AFAI 70,10 8,43 69,94 8,20 0,5251 0,3330

Componente dentoalveolar anterior superior

1.NA 25,77 4,30 25,92 4,22 0,7020 0,4991

1-NA 5,21 2,53 5,20 2,19 0,7649 0,9683

*1.PP 111,52 7,01 111,65 5,38 2,5338 0,8759

1-PP 29,25 4,65 29,74 4,79 0,5150 0,2165

Componente dentoalveolar anterior inferior

1.NB 23,76 4,07 24,04 4,56 1,4923 0,5664 1-NB 4,49 2,22 4,50 2,31 0,5967 0,9593 IMPA 91,81 5,47 91,72 5,38 0,9028 0,7614 1-GoMe 42,33 5,12 42,37 4,87 0,6227 0,8259 Componente interdentário 1.1 129,47 6,24 130,20 5,69 1,4607 0,1188 Componente tegumentar Ls-Plano E -4,33 3,01 -4,41 2,98 0,5092 0,6103 Li-Plano E -3,27 3,46 -3,27 3,54 0,6734 1,0000 SubN-H 5,23 2,80 4,82 3,08 0,6799 0,0572 ANL 111,33 6,11 111,55 6,04 0,8401 0,4324

Variáveis Inicial (T1) (n=29) Final (T2) (n=29) Diferença

(T2-T1) P Média D.P. Média D.P. Componente maxilar SNA (º) 84,57 4,20 83,14 3,11 -1,43 0,0564 Co-A (mm) 92,28 6,08 92,70 7,73 0,42 0,7748 A-Nperp 2,65 3,30 1,86 2,76 -0,79 0,1151 Componente mandibular SNB (º) 81,04 4,18 80,40 3,39 -0,63 0,3447 Co-Gn (mm) 122,99 8,60 125,19 10,24 2,20 0,1199 Relação maxilomandibular ANB (º) 3,56 2,63 2,74 1,95 -0,82 0,0782 Componente vertical SN-GoGn 30,82 4,66 30,60 4,98 -0,22 0,7205 FMA 25,06 5,22 25,97 5,38 0,95 0,1551 AFAI 72,23 7,07 73,00 8,18 0,77 0,3741

Componente dentoalveolar anterior superior

*1.NA 20,27 6,63 26,69 6,59 6,42 0,0000

*1-NA 5,23 3,18 6,53 2,83 1,30 0,0410

1-PP 31,32 3,44 31,29 4,13 -0,03 0,9415

Componente dentoalveolar anterior inferior

*1.NB 26,03 5,00 28,86 5,92 2,82 0,0057 1-NB 6,07 2,10 6,41 2,61 0,34 0,3452 1-GoMe 44,15 4,46 44,08 5,25 -0,07 0,8866 Componente interdentário *1.1 130,12 8,02 121,72 9,95 -8,40 0,0000 Componente tegumentar Ls-Plano E -3,59 3,22 -4,02 3,44 -0,43 0,3759 *Li-Plano E -2,98 3,22 -1,20 3,13 1,78 0,0019 SubN-H 6,10 3,10 5,63 3,57 -0,46 0,3678 ANL 109,21 8,80 111,45 8,12 2,20 0,1205

Tabela 3 – Resultados do teste t dependente aplicado às variáveis cefalométricas estudadas para verificar as diferenças entre o início do tratamento e final

(6)

das inclinações dos incisivos e as mudanças do perfil tegu-mentar existem no tratamento com bráquetes autoligáveis, principalmente nos casos que apresentam suaves apinhamen-tos, entretanto, cada caso deve ser estudado individualmente para que o profissional possa de uma forma segura planejar o tratamento e informar ao paciente sobre as possíveis alte-rações que o tratamento irá ocasionar e, assim, aumentar a porcentagem de sucesso e a satisfação por parte do paciente.

Conclusão

Com base na amostra avaliada e na metodologia utiliza-da, podemos concluir que foi rejeitada a hipótese de nulidade devido às alterações dentoesqueléticas e tegumentares após o alinhamento e nivelamento em pacientes tratados sem ex-trações, com aparelhos autoligáveis, uma vez que:

• Os incisivos superiores apresentaram vestibularização e protrusão;

• Houve vestibularização dos incisivos inferiores; • Observou-se protrusão do lábio inferior;

• Houve correlação entre a quantidade de apinhamento com a vestibularização dos incisivos.

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Tabela 4 – Resultados do teste de correlação de Pearson na avaliação

de relação entre a quantidade de apinhamento e alteração da inclinação/ posição dos incisivos superiores e inferiores.

Variáveis R P

*Little superior 1.NA (T2-T1) 0,4421 0,016

Little superior 1-NA (T2-T1) 0,1271 0,511

*Little inferior 1.NB (T2-T1) 0,3778 0,043 *Little inferior 1-NB (T2-T1) 0,3946 0,034 Homem EW , Cançado RH, Fr eitas KMS, V alar elli FP , Melo JS.

Referências

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