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Relação entre Hipovitaminose D e Osteoporose: Uma revisão integrativa de literatura / Relationship between Hypovitaminosis and Osteoporosis: An integrative literature review

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761

Relação entre Hipovitaminose D e Osteoporose: Uma revisão integrativa de

literatura

Relationship between Hypovitaminosis and Osteoporosis: An integrative

literature review

DOI:10.34117/bjdv6n11-645

Recebimento dos originais: 23/10/2020 Aceitação para publicação: 28/11/2020

Isadora Bontorin

Biomédica e graduanda em medicina pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) Instituição: Centro universitário de Brasília (UniCEUB)

Endereço: 707/907 – Campus Universitário, SEPN – Asa Norte, Brasília – DF, 70790-075 E-mail: isabontorin@gmail.com

Márcio Rabelo Mota

Biólogo e Pós doutor em Educação Física pela Universidade de Brasília (UNB) Instituição: Centro universitário de Brasília (UniCEUB)

Endereço: 707/907 – Campus Universitário, SEPN – Asa Norte, Brasília – DF, 70790-075 E-mail: marciormota@gmail.com

RESUMO

INTRODUÇÃO: A vitamina D é um pró-hormônio lipossolúvel encontrado na natureza sob a forma de Ergocalciferol (Vitamina D2) e Colecalciferol (Vitamina D3). Ambas sofrem metabolização na pele, por meio dos raios ultravioletas B, no fígado e nos rins. A vitamina D tem importantes funções em diversos sistemas orgânicos, contudo a mais estabelecida é a participação na remodelação óssea. Por isso, possui participação nas doenças ósseas, como a osteoporose. A osteoporose é uma doença multifatorial que afeta a remodelação, fazendo com que mais massa óssea seja consumida do que depositada. A vitamina D, que possui funções de absorção de cálcio, de auxílio de osteoblastos e de indução de paratormônio, tem papel fundamental no desenvolvimento da doença. O estado de hipovitaminose D pode ser caracterizado como deficiência (<30 mmol/L) ou como insuficiência (<75 mmol/L). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com busca nas bases de dados Scielo, PubMed e MEDLINE. Por meio dos descritores “osteoporosis” AND “hypovitaminosis D” AND “vitamin D”, encontrou-se 222 artigos. Desses, 27 foram utilizados, pois configuravam metanálises, revisões sistemáticas e de literatura, entre os anos 2010 e 2020, nos idiomas português e inglês. RESULTADOS: A condição de hipovitaminose D é pandêmica e extremamente prevalente no mundo, inclusive em países tropicais, como o Brasil. A osteoporose é uma doença que predispõem a fraturas e compromete a qualidade de vida de milhões de pessoas, visto que é a doença óssea mais prevalente no mundo. A literatura demonstra que níveis deficientes de vitamina D estão associados a menor densidade óssea e que a suplementação da vitamina está relacionada com a redução do risco de fraturas. DISCUSSÃO: A literatura evidencia a importância da vitamina D nas afecções ósseas, e confirma a relação existente entre os estados de hipovitaminose D e osteoporose. Contudo, ainda há divergências entre os valores séricos associados a condições de menor densidade óssea. Também, há contraposição quanto a necessidade, bem como a dosagem de suplementação da vitamina D CONCLUSÃO: A vitamina D possui importância na constituição óssea. Estados de hipovitaminose

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761 D devem ser investigados e a suplementação, considerada. Para uma conduta mais assertiva, mais pesquisas sobre o tema devem ser realizadas.

Palavras-chave: Vitamina D, Hipovitaminose D, Osteoporose, Fraturas ósseas. ABSTRACT

INTRODUCTION: Vitamin D is a fat-soluble prohormone found in nature in the form of Ergocalciferol (Vitamin D2) and Colecalciferol (Vitamin D3). Both present metabolism in the skin, through ultraviolet B rays, in liver and in kidneys. Vitamin D has important functions in several systems, however the most common is participation in bone remodeling. For this reason, it participates in bone diseases, such as osteoporosis. Osteoporosis is a multifactorial disease that affects remodeling, causing more bone mass to be consumed than deposited. Vitamin D, which has calcium absorption, osteoblast aid and parathyroid hormone functions, it can be a key componente in osteoporosis occurrence. The hypovitaminosis D status can be obtained as a deficiency (<30 mmol / L) or as an insufficiency (<75 mmol / L). METHODOLOGY: This is an integrative literature review, searching the Scielo, PubMed and MEDLINE databases, with the association of the descriptors “osteoporosis” AND “hypovitaminosis D” AND “vitamin D”, 222 articles were found. Of these, 27 were used, as they were meta-analyzes, systematic and literature reviews, between the years 2010 and 2020, in Portuguese and English. RESULTS: The condition of hypovitaminosis D is pandemic and extremely prevalent in the world, including in tropical countries, such as Brazil. Osteoporosis is a disease that predisposes to fractures and compromises the quality of life of millions of people, since it is the most prevalent bone disease in the world. The literature demonstrates that deficient levels of vitamin D are associated with lower bone density and that vitamin supplementation is related to reduced risk of fractures. DISCUSSION: The literature highlights the importance of vitamin D in bone disorders, and confirms the relationship between hypovitaminosis D and osteoporosis. However, there are still divergences between serum values associated with conditions of lower bone density. Also, there is a contradiction as to the need, as well as the dosage of vitamin D supplementation. CONCLUSION: Vitamin D is important in bone constitution. Hypovitaminosis D states should be investigated and supplementation considered. For a more assertive conduct, more research about the subject must be carried out.

Keywords: Vitamin D, Hypovitaminosis D, Osteoporosis, Bone Fractures.

1 INTRODUÇÃO

A vitamina D (VD) é um pró-hormônio lipossolúvel. Apresenta a exposição solar como a forma principal de obtenção (índice ultravioleta (UV)>3), mas também pode ser obtida por meio de dieta e suplementação. (ALMEIDA, 2019). A VD é essencial para manutenção da homeostase do organismo, com função também na prevenção de afecções de toda ordem, como em doenças autoimunes, doença renal crônica e desordens ósseas. (RODRIGUES et al., 2019; BOVER et al., 2017; BIZARRO et al., 2017)

Duas são as moléculas de VD. Quando de origem animal, é conhecida como Colecalciferol (Vitamina D3), quando de origem vegetal, é conhecida como Ergocalciferol (Vitamina D2). (OLIVEIRA et al., 2016; SILVA, A et al, 2020) Ambas perpassam por distintos órgãos (pele, fígado e rins) para sofrerem metabolização e, assim, tornarem-se ativas. Após, a VD efetuará papéis importantes

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761 no equilíbrio homeostático do organismo como um todo. Contudo, sua função mais estudada e reconhecida é a no metabolismo ósseo, onde se faz fundamental, inclusive no tratamento da osteoporose. (SBPC e SBEM, 2018)

Apesar de sua relevância, Moaris et al. (2013), Holick (2017), Caccamos et al (2018) demonstram uma alta prevalência da situação clínica conhecida por hipovitaminose D, que ocorre devido a alteração nas concentrações séricas de vitamina D, sendo classificada como deficiência (<30 nmol/L) ou insuficiência (<75 nmol/L), mesmo em um país tropical, como o Brasil. (MAEDA et al, 2014). A literatura ressalta o papel da vitamina D na absorção de cálcio e fósforo, na maturação de osteoblastos e na secreção do paratormônio (PTH) e, consequentemente, na prevenção da osteoporose. (SHAH et al., 2017)

O distúrbio multifatorial de remodelação óssea, conhecido como osteoporose, é o distúrbio ósseo mais comum do mundo. Alguns fatores são preditores de risco para o desenvolvimento da doença, como o sexo, a idade avançada, a deficiência nutricional de cálcio e de vitamina D, o tabagismo e a ingestão excessiva de álcool e cafeína. (ASPRAY, HILL, 2019; FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO 2015) Estudos de evidência comprovam a correlação existente entre a hipovitaminose D e a osteoporose. (YANG et al., 2019)

A VD aumenta a absorção de cálcio no intestino, participa da maturação de osteoblastos no tecido ósseo e modula a secreção de paratormônio (PTH) pela paratireoide. (AZEVEDO, ALVES 2017; SBPC e SBEM, 2018) A osteoporose caracteriza-se como um distúrbio de remodelação, no qual ocorre maior reabsorção de tecido ósseo do que de deposição, comprometendo a qualidade óssea e predispondo a fraturas (FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO, 2015; CLIFFORD et al., 2020). Nesse contexto, o presente trabalho visa embasar-se da literatura existente para verificar a relação entre a hipovitaminose D e a osteoporose.

2 METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão integrativa de literatura com busca no PubMed, Scielo e MEDLINE. Foi utilizada a associação dos descritores “Osteoporosis” AND “Hypovitaminosis D” AND “Vitamin

D” pesquisados no MESH, encontrando-se 222 artigos. Com critérios de inclusão, buscou-se

metanálises, revisões sistemáticas e de literatura, nos idiomas inglês e português, publicados entre os anos 2010 e 2020. Assim, foram utilizados 27 artigos.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 VITAMINA D

3.1.1 Definição e Estrutura

A vitamina D atua como um pró-hormônio esteroide lipossolúvel que pode ser obtida por duas formas: de maneira mais discreta, por meio da alimentação e de maneira principal, por meio da síntese endógena nos tecidos subcutâneos a partir da exposição à radiação ultravioleta B (UVB 290 – 315 nm). (AZEVEDO, ALVES 2017; MARQUES et al., 2010)

A VD possui duas fórmulas moleculares distintas, a vitamina D2 (Ergocalciferol) e a vitamina D3 (Colecalciferol ou Ergosterol). A D3 é sintetizada na pele, após exposição solar, e a D2 é sintetizada a partir do colesterol. As moléculas são semelhantes, sendo a distinção da D3 oriunda da presença de uma ligação dupla e de um grupo metil incorporados à cadeia lateral da forma biológica da D2. (AZEVEDO, ALVES, 2017; ALMEIDA, 2019; SILVA, A et al, 2020)

Alguns alimentos são fontes de VD, tais como os peixes (salmão selvagem, salmão de criação, sardinha em conserva, cavala em conserva, atum em conserva e óleo de fígado de bacalhau), gema de ovo e cogumelos frescos e secos. (MAEDA et al., 2014)

Apesar de existir a forma alimentar da VD as fontes naturais são escassas. Por isso, os seres humanos dependem principalmente da metabolização cutânea, derivada da exposição aos raios ultravioleta B. Estima-se que a pele seja capaz de sintetizar de 80 – 100% de toda a vitamina D necessária. Contudo, a síntese sofre influência de fatores como idade, cor escura da pele, locação a maiores distâncias do equador e uso de alguns fármacos. (SBPC e SBEM, 2018; ALMEIDA, 2019)

3.1.2 Metabolismo

Para tornarem-se biologicamente ativas, as vitaminas D2 e D3 precisam passar por metabolizações em diferentes órgãos: epiderme, fígado e rins. (Figura 1) (SBPC e SBEM, 2018)

Na epiderme (camada de Malpighi) encontra-se o precursor 7-de-hidrocolesterol (7-DHC) que, ao entrar em contato com os raios ultravioletas B, sofre ruptura dos núcleos esteroides produzindo a molécula de pré-colecalciferol, em um processo denominado fotólise. Após, essa molécula sofre uma isomerização dependente de temperatura que a converte em Colecalciferol (vitamina D3) que segue para o fígado ligada à DBP (proteína ligadora de vitamina D). (AZEVEDO, ALVES 2017; MAEDA et al., 2014).

Uma vez no fígado, as vitaminas D2 e D3 sofrem processo de hidroxilação do carbono 25, por diferentes isoformas da enzima 25 hidroxilase (CYP2C11, CUP2J3, CYP2R1, CYP3A2, CYP27A1),

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761 sendo convertidas para 25 hidroxivitamina D [25 (OH) vitamina D] que é, então, ligada à DBP e segue para os rins ou é armazenada no tecido adiposo. (AZEVEDO, ALVES, 2017; BELLAN, PIRISI, SAINAGHI, 2015)

Vale ressaltar que esse processo é estritamente controlado por um mecanismo de feedback negativo entre a 25 (OH) vitamina D e a enzima 25 hidroxilase o que confere dois efeitos importantes sobre o organismo. 1: impede a ação excessiva da vitamina quando a concentração é amplamente alterada. 2: possibilita o armazenamento, de semanas a meses, da vitamina D no fígado. (GUYTON, 2017)

Chegando aos rins, a 25 (OH) VD sofre nova hidroxilação, agora no carbono 1, pela enzima 1-alfa-hidroxilase, convertendo-a em 1,25 diidroxi-vitamina D [1,25 (OH)2D], o que ativa a molécula. (MAEDA et al., 2014)

Essa conversão está intimamente relacionada à ação do Paratormônio (PTH), que exerce uma potente influência nos efeitos funcionais da vitamina D. (GUYTON, 2017)

A enzima 1-alfa-hidroxilase é também encontrada em distintos tecidos do corpo (paratireoide, monócitos, células beta-pancreáticas, pulmão, mama, próstata, intestino e pele), o que possibilita a síntese local da 1,25 (OH)2 D. (MAEDA et al., 2014)

Tal metabolização é controlada pela concentração plasmática elevada de íons cálcio que influencia a concentração da 1,25- diidroxi vitamina D, pois reduz a conversão dessa molécula no rim, bem como suprime a secreção de PTH, nas paratireoides. (GUYTON, 2017)

Em distintos tecidos, principalmente intestino, osso, glândulas paratireoides e rins, encontra-se receptor da vitamina D (VDR). Esse pertence à superfamília de receptores nucleares dos fatores de transcrição dos hormônios esteroides, ácido retinóico, hormônio tireoidiano e vitamina D. (MAEDA et al., 2014)

A ligação da 1,25 (OH)2 D com o VDR induz a heterodimerização com o receptor de retinoide X (RXR) e cria-se o complexo retinoide X receptor (VDR/RXR). Esse irá interagir com a enzima RNA polimerase (RNApol) e com a coenzima A (CoA), criando um complexo transcricional que reconhece sequências específicas do DNA, conhecidas como elemento responsivo de vitamina D (VDRE), que modulará a expressão gênica de muitos genes descendentes. (BELLAN, PIRISI, SAINAGHI, 2015)

3.1.3 Função

A função mais estudada e estabelecida é a relacionada ao metabolismo ósseo, no qual a vitamina D se faz fundamental. (SBPC e SBEM, 2018)

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761 No intestino delgado, aumenta a eficácia absortiva de cálcio e fósforo. No tecido ósseo, interage com osteoblastos, participando da maturação dos mesmos. Na paratireoide, modula a secreção de paratormônio (PTH) (AZEVEDO, 2017; SBPC e SBEM, 2018)

3.2 HIPOVITAMINOSE D

A hipovitaminose D caracteriza-se por achado laboratorial, no qual a concentração sérica de 25- hidroxivitamina D [25 (OH) D] encontra-se <30 nmol/L (deficiência) ou <75 nmol/L (insuficiência). (SHAH et al., 2017)

A baixa concentração sérica de vitamina D oriunda de três fatores: 1 – Baixa ingestão e nutrição de vitamina D2; 2 - Inibição de síntese cutânea; 3 - Diminuição da biodisponibilidade. Essas podem ocorrer por razões de consumo insuficiente, por baixa exposição à radiação UVB (uso excessivo de roupas, uso de bloqueadores solares ou permanência em locais com pouca penetração da luz solar), por capacidade reduzida da pele em sintetizar a vitamina D (raça amarela, envelhecimento), por menor biodisponibilidade (obesidade), por alterações metabólicas da 25(OH)D e da 1,25(OH)D (fibrose cística, doenças gastrointestinais, hematológicas, renais, insuficiência cardíaca, imobilização, hepatopatias crônicas, acidose sistêmica e uso de anticonvulsivantes) (AZEVEDO, ALVES, 2017; SILVA, A et al, 2020)

Morais et al. (2013) analisou a prevalência de hipovitaminose D em 1.993 mulheres na pós-menopausa, com osteopenia ou osteoporose, de diferentes regiões brasileira. Concluiu que a insuficiência de vitamina D (<50 nmol/L) é comum (17%). Sua incidência aumenta em função da latitude (24,5%), na cidade mais ao Sul (Porto Alegre).

Holick (2017) relata a existência de uma pandemia de vitamina D, uma vez que os estados de deficiência e insuficiência são documentados na Europa, China, Índia, Oriente Médio e América do Sul. Ademais, em seu estudo, reforça a prevalência da hipovitaminose D entre gestantes, puérperas e recém nascidos. Estima que aproximadamente 30% e 60% das crianças e dos adultos são deficientes e insuficientes em VD, respectivamente.

Em uma revisão, Caccamo at el. (2018) refere uma prevalência de insuficiência de VD em 50% da população mundial, enquanto que 1 bilhão de pessoas apresentam o estado de deficiência da vitamina. Nessa, apresenta a hipovitaminose como fator preditivo para osteoporose, doenças coronarianas, câncer, desordens neurológicas, doenças autoimunes e diabetes do tipo 2, além de ser um fator de risco para várias causas de morte.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761 Em outro estudo, Antonucci (2018), relata uma incidência de hipovitaminose D de 7.5 em 100.000 crianças de 0 a 5 anos no Reino Unido. Bem como, uma prevalência de deficiência de VD em 46,3% dos recém nascidos e em 6.2 – 20% das crianças na Itália, sendo as concentrações séricas <10 ng/mL.

O consenso da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) revela que, no Brasil, há prevalência de hipovitaminose D em diversas faixas etárias, inclusive jovens. Ademais, descreve como fatores protetivos: idade mais jovem, vida na comunidade, prática de exercícios ao ar livre, suplementação oral de vitamina D, estação do ano (primavera, verão), residir em cidades litorâneas e ensolaradas e em latitudes mais baixas. (MAEDA, 2014)

3.3 OSTEOPOROSE

3.3.1 Conceito e Epidemiologia

A remodelação óssea compreende processos harmônicos entre osteoblastos, responsáveis pela deposição de matriz óssea, e osteoclastos, responsáveis pela absorção parcial do tecido formado. Essa harmonia permite ao tecido ósseo a capacidade de remodelar-se estruturalmente em resposta às pressões a que é submetido. (GUYTON, 2017)

A osteoporose, então, define-se como um distúrbio metabólico multifatorial que, nos ossos, altera a remodelação, resultando em maior reabsorção do que deposição. Assim, a doença caracteriza-se pela redução da massa óscaracteriza-sea com comprometimento da qualidade óscaracteriza-sea e maior propensão a fraturas. Ademais, correlaciona-se a doença com a alteração de múltiplos sistemas homeostáticos que culminam em inflamação generalizada. (FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO, 2015; CLIFFORD et al., 2020; BELLAN, PIRISI, SAINAGHI, 2015). Como fatores preditores de risco apresenta a idade avançada, o sexo feminino, a deficiência nutricional de cálcio e de vitamina D, o tabagismo e a ingestão excessiva de álcool e cafeína. (ASPRAY, HILL, 2019; FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO, 2015)

A osteoporose é o distúrbio ósseo mais comum no mundo e, portanto, possui alto impacto na saúde pública, uma vez que possui alta prevalência na população mundial e possui severas complicações que provocam maior morbimortalidade e mortalidade, fatores que implicam em elevados custos econômicos. Estima-se que, no mundo, 200 milhões de pessoas possuem a doença, sendo que uma, em cada três mulheres, e um, em cada cinco homens, com idade maior de 50 anos sofrem de fraturas oriundas de fragilidade óssea. (YANG, 2019; PORTO, 2019)

Calcula-se que fraturas de quadril acometem um total de 0,3 milhões de pessoas nos EUA e 1,7 milhões na Europa. Sendo que, praticamente todas as fraturas podem ser correlacionadas a osteoporose.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p. 93120-93132, nov. 2020. ISSN 2525-8761 Ademais, espera-se que 25 milhões de pessoas sofram de osteoporose, só nos EUA. (PORTO, 2019; CLIFFORD, 2020)

No Brasil, refere-se um impacto em mais de 10 milhões de brasileiros. A doença possui maior prevalência entre mulheres maiores de 50 anos (em média: 20,81%) enquanto que a população masculina conta com uma prevalência de 15% na população maior de 65 anos. (SBEM, 2017; MARINHO, 2014)

Uma revisão de literatura, baseada nos achados de 29 publicações, refere que há, na América Latina, uma prevalência de risco de fraturas de 12,8% em homens e 15,1% em mulheres, acima dos 40 anos. Bem como, uma prevalência de osteoporose secundária, decorrente do uso de fármacos ou outras morbidades, de 64% em homens e 53% em mulheres na pré-menopausa e até 90% em jovens com histórico de fraturas. (FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO, 2015)

3.3.2 Fisiopatologia

O esqueleto ósseo é fundamental para o organismo, uma vez que suporta os tecidos moles, protege os órgãos vitais e apoia os músculos esqueléticos. Ademais, funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons. (FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO, 2015)

O tecido ósseo tem origem mesodérmica, sendo formado a partir do tecido mesenquimal e cartilaginoso. As células envolvidas nesse processo são: osteócitos, responsáveis pela manutenção da matriz óssea; osteoblastos, responsáveis pela síntese das partes orgânicas da matriz óssea (colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas); osteoclastos, responsáveis pela reabsorção e remodelação do tecido ósseo. (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2013)

A deposição óssea de minerais inicia-se no 3° trimestre da vida uterina e aumenta cerca de 40 vezes na vida extrauterina, do nascimento à fase adulta. Dos 16 aos 24 anos o pico de massa óssea é atingido. (FARIAS, LAGO, CLARÊNCIO, 2015; PORTO, 2019)

Os determinantes do pico de massa óssea são: fatores hormonais, ambientais e nutricionais. Inclui-se estrogênio/testosterona, hormônio do crescimento, nutrição adequada de cálcio e vitamina D e fatores genéticos, ainda desconhecidos. (CLIFFORD et al,2020)

Uma vez que o pico é alcançado, a cada ciclo de reabsorção e formação, há a adição de um pequeno déficit de formação óssea. Portanto, a perda óssea relacionada à idade é um fenômeno biológico previsível. Contudo, fatores genéticos, hormonais e nutricionais têm influência na diminuição da atividade das células ósseas, bem como na expressão de citocinas inflamatórias. (ROBBINS, 2016)

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3.3.3 Correlação Clínica

A deficiência de vitamina D provoca a diminuição sérica dos níveis de cálcio ionizado, o que leva a um aumento na produção e na secreção de PTH, o que compromete a saúde óssea e, consequentemente, aumenta a probabilidade de ocorrência de quedas e fraturas. (PORTO, 2019)

Um estudo brasileiro com 93 mulheres na pós menopausa encontrou valores mais baixos de densidade mineral óssea em pacientes com níveis séricos de vitamina D < 50nmol/L. Relatou-se, no mesmo, que pacientes com deficiência de vitamina D eram mais velhas, estavam na pós-menopausa há mais tempo e possuíam uma densidade óssea menor no colo femoral. (BANDEIRA, 2010)

Shah et al. (2017) realizaram um estudo com 11.855 participantes que aponta a deficiência de vitamina D (<30 nmol/L) como preditor de doença óssea (6,1% dos participantes continham hipocalcemia e 3,4%, hipofosfatemia). Contudo, em um estado de insuficiência (30 – 75 nmol/L) não se encontrou efeitos deletérios.

Holvick et al (2013) realizaram um estudo com 21.774 homens e mulheres, entre 65 e 79 anos, de 1994 a 2001, demonstraram que, na presença de níveis <42,2 nmol/L de vitamina D, o risco de fraturas de quadril era de 38%, com uma associação mais forte em homens do que em mulheres.

Warensjö et al (2011), em um estudo de coorte, avaliaram 5.022 mulheres ao longo de 19 anos. Encontrou-se um risco de fraturas elevado em mulheres com baixa ingestão de cálcio, sendo o risco de fraturas mais pronunciado quando havia também baixa ingestão de VD.

No estudo de Bischoff-Ferrari et al (2012) foi realizada uma avaliação duplo-cego

randomizada com 31.022 participantes, com 1.111 fraturas de quadril e 3.770 fraturas não vertebrais. Os participantes receberam aleatoriamente suplementação de VD. No grupo que foi suplementado com os níveis mais altos (800 UI), encontrou-se uma redução de 30% no risco de fratura de quadril e de 14% no risco de qualquer fratura não vertebral.

Uma metanálise de 53 estudos, com um total de 91.791 participantes, demonstrou que a suplementação de cálcio e de VD confere redução no risco de fraturas de quadril em população de baixo risco (1:1.000) e em população de alto risco (9:1.000). Ademais, refere uma redução estatisticamente significativa na incidência de novas fraturas não vertebrais e na redução de risco de qualquer tipo de fratura. (AVENEEL, MAK, O’CONNELL, 2014)

Uma metanálise de oito estudos, incluindo 30.970 participantes, demonstrou que a suplementação de vitamina D e cálcio reduziu o risco de fraturas totais em 15% e de fraturas de quadril em 30% da população estudada. (WEAVER et al., 2015)

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa na literatura mostrou relação entre a hipovitaminose D e a osteoporose. Os estados carenciais que se relacionam a menor densidade óssea variaram de <30 nmol/L a <50 nmol/L. Com relação a suplementação, demonstrou-se a diminuição do risco de fraturas de quadril e de fraturas não vertebrais. Contudo ainda há divergências entre a literatura, sobretudo quanto os valores séricos preditivos de diminuição densidade óssea e quanto aos valores de suplementação protetores contra fraturas. Portanto, evidencia-se a necessidade de uma conduta investigativa acerca do estado de hipovitaminose D em pacientes com osteoporose e a possibilidade de realizar suplementação, com o fito de auxiliar o tratamento. Ademais, ressalta-se a necessidade de novos estudos que embasem o tema.

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REFERÊNCIAS

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ANTONUCCI, R et al. Vitamin D deficiency in childhood: old lessons and current challenges. Jou Ped End Met, Jerusalem, v.31, n.3, p.247-260, feb. 2018. Disponível em <https://doi.org/10.1515/jpem-2017-0391>

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