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Jornalistas e condições laborais: retrato de uma profissão em transformação

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Academic year: 2021

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Jornalistas e Condições Laborais:

Retrato de uma Profissão em Transformação

PARCEIROS:

CIES-IUL

Sindicato dos Jornalistas

Comissão da Carteira Profissional de Jornalista

(2)

Índice

Sumário Executivo ... 6

Perfil sociodemográfico dos jornalistas ... 8

Trajetória e Carreira Profissional ... 13

Práticas jornalísticas ... 14

Condições laborais ... 18

Perceções e cenários futuros do jornalismo ... 33

(3)

Índice de Figuras

Figura 1 – Género e distribuição etária ... 8

Figura 2 – Estado civil ... 8

Figura 3 – Número de filhos... 9

Figura 4 – Habilitações académicas ... 9

Figura 5 – Área de formação... 10

Figura 6 – Inquiridos que estudam atualmente ... 10

Figura 7 – Formação complementar nos últimos cinco anos ... 11

Figura 8 – Instituição de formação ... 11

Figura 9 – Região de trabalho (NUTS II)... 12

Figura 10 – Principal local de trabalho ... 12

Figura 11 – Condição face ao trabalho ... 13

Figura 12 – Tipo de vínculo contratual ... 13

Figura 13 – Idade com que entrou na profissão ... 13

Figura 14 – Anos de exercício da profissão ... 14

Figura 15 – Remuneração mensal média líquida ... 14

Figura 16 – Número de trabalhos realizados nos últimos 3 meses ... 15

Figura 17 – Categoria profissional ... 15

Figura 18 – Meios de comunicação em que trabalha ... 16

Figura 19 – Título profissional de jornalista ... 16

Figura 20 – Principal área em que trabalha ... 17

Figura 21 – Secções em que trabalha ... 17

Figura 22 – Tipo de conteúdos que produz com maior frequência ... 18

Figura 23 – Horas por semana que estão previstas no seu contrato de trabalho... 18

Figura 24 - Horas que dedica por semana à sua atividade profissional como jornalista ... 19

Figura 25 - Remuneração das horas que trabalha a mais ... 19

Figura 26 - Presta serviço (formal ou informal) em mais do que um órgão de comunicação social do grupo ... 20

Figura 27 - Recebe pelo serviço para outro órgão do mesmo grupo ... 20

Figura 28 - Anos em que não progride na carreira... 21

Figura 29 – Nível de satisfação ... 21

Figura 30 - Número de estágios realizados ao longo da carreira ... 22

(4)

Figura 32 - Balanço do estágio ... 23

Figura 33 - Exercício de outra atividade remunerada atualmente ... 23

Figura 34 - Atividade remunerada para além do jornalismo ... 24

Figura 35 - Interrupção da atividade jornalística ... 24

Figura 36 - Atividade exercida depois do abandono do jornalismo ... 25

Figura 37 - Ponderou o abandono da profissão ... 25

Figura 38 - Razões para ter ponderado o abandono do jornalismo ... 26

Figura 39 - Desempregado enquanto jornalista ... 26

Figura 40 - Duração do período de desemprego ... 27

Figura 41 - Possibilidade de ficar desempregado ... 27

Figura 42 - Possibilidade de arranjar novo trabalho no jornalismo ... 28

Figura 43 - Órgãos existentes na empresa em que trabalha ... 28

Figura 44 - Sindicalizado no Sindicato dos Jornalistas ... 29

Figura 45 - Razões para não ser sindicalizado ... 29

Figura 46 - Descontos para a Segurança Social ... 30

Figura 47 - Autonomia profissional ... 30

Figura 48 - Condicionamentos ao exercício profissional... 31

Figura 49 - Avaliação relativamente ao setor dos media ... 31

Figura 50 - Nível de satisfação com a profissão de jornalista ... 32

Figura 52 - Voltava a iniciar a sua carreira como jornalista ... 32

Figura 51 – Conciliação entre a vida profissional e pessoal... 33

Figura 53 - A pressão para produzir mais peças jornalísticas vai aumentar no futuro ... 33

Figura 54 - Os jornalistas nunca estarão completamente desligados do trabalho, mas sempre a trabalhar ... 34

Figura 55 - No futuro o jornalismo será uma atividade mais satisfatória e compensadora em termos pessoais ... 34

Figura 56 - Os jornalistas terão, no futuro, menor independência e autonomia do que tiveram no passado ... 35

Figura 57 - Os jornalistas terão de criar a sua marca pessoal através das redes sociais, blogues, eventos publicitários ... 35

Figura 58 - No futuro, o jornalismo será uma atividade mais stressante do que qualquer outra profissão liberal ... 36

Figura 59 - Os jornalistas vão tornar-se cada vez mais empreendedores no futuro, criando as suas próprias empresas ... 36

Figura 60 - Haverá cada vez mais jornalistas a trabalhar para organizações de media com fins não-lucrativos ... 37 Figura 61 - No futuro, os jornalistas não irão trabalhar para uma única organização de media ao longo de toda a sua

(5)

Figura 62 - A remuneração e as regalias irão diminuir para a maioria dos jornalistas ... 38 Figura 63 - No futuro, o trabalho como jornalista será cada vez mais precário e incerto ... 38 Figura 64 - No futuro, o jornalismo será exercido em part-time, por pessoas que se sustentam com rendimentos de outro tipo de trabalhos ... 39 Figura 65 - O jornalismo é a aplicação de um conjunto de práticas e técnicas fundamentais, que não dependem do meio de publicação ... 39 Figura 66 - O jornalista precisa de trabalhar em equipa com outros jornalistas para desenvolver o seu trabalho e manter a qualidade ... 40 Figura 67 - O jornalista deve estar ligado a uma associação profissional que represente os interesses do jornalismo e dos jornalistas ... 40 Figura 68 - Pessoas que fotografam, filmam ou escrevem sobre acontecimentos, nas redes sociais ou blogues, agem como jornalistas ... 41 Figura 69 - Apenas as pessoas que trabalham para empresas de media reconhecidas são realmente jornalistas ... 41 Figura 70 - Qualquer pessoa que aplique as práticas, técnicas e saberes do jornalismo deve ser considerada jornalista ... 42 Figura 71 - O jornalismo é uma profissão que deve exigir formação e experiência, mas não educação superior especifica em jornalismo ... 42 Figura 72 - O jornalismo é uma atividade baseada num corpo teórico e comportamento profissional que exige formação universitária específica ... 43

(6)

Sumário Executivo

Natureza do Estudo: Este relatório resulta de uma análise realizada pelo Obercom - Observatório da Comunicação,

aos dados obtidos no âmbito do estudo “O Jornalistas Portugueses são Bem Pagos? Inquérito às Condições Laborais dos Jornalistas em Portugal”, desenvolvido pelo Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (CIES-IUL) do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ), com o apoio da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ). Este estudo assenta numa amostra não-probabilística, constituída por um total de 1494 inquiridos (validados). A aplicação do questionário (de auto-preenchimento) foi feita através da plataforma online Qualtrics, entre 1 de maio e 13 de junho de 2016. O guião do questionário tem no total 78 questões.

O presente estudo surge na esteira de uma já longa tradição de estudos acerca dos jornalistas em Portugal, desenvolvida ao longo das últimas três décadas no CIES-IUL. O primeiro estudo aprofundado (“Elementos para uma Sociologia dos Jornalistas Portugueses”), sobre a condição de jornalista, foi desenvolvido por José Manuel Paquete de Oliveira1 em

1987, sucedendo-lhe um vasto conjunto de estudos dos quais se podem destacar “Jornalista português, O que é?: inquérito e perfil socioprofissional” (1994), da autoria de José Luís Garcia e José Manuel Paquete de Oliveira2. Mais

recentemente, José Rebelo3 coordenou o estudo, publicado em 2011, “Ser Jornalista em Portugal: Perfis Sociológicos”.

Objetivos do Estudo: O propósito deste inquérito é a) analisar as condições laborais dos jornalistas portugueses; b)

conhecer a diversidade de percursos e perfis jornalísticos; c) identificar os principais constrangimentos e desafios que se colocam ao exercício da profissão; d) discernir o nível de satisfação profissional; e) compreender as práticas quotidianas; f) captar as representações da condição de jornalista; g) conhecer os desafios do jornalismo; h) apreender as representações da condição de jornalista no futuro.

Abordagem do Estudo: O presente documento resulta de uma análise descritiva dos dados do inquérito, tendo

horizontes primordialmente expositivos da informação recolhida.

O atual exercício analítico abordará em primeiro lugar os dados sociodemográficos relativos aos inquiridos. Nestes, são incluídos o género, idade ou região de trabalho, entre outros. Na secção seguinte será ainda abordada “trajetória e carreira profissional”, que permitirá compreender como se processa o acesso à profissão, entre outros aspetos. Na terceira secção far-se-á a exposição e análise das práticas jornalísticas quotidianas, como por exemplo o número de trabalhos produzidos. No fundo, pretende-se explorar o “ser jornalista” quotidianamente. Numa quarta secção abordar-se-ão as condições laborais dos jornalistas inquiridos. As dificuldades, os obstáculos e os desafios ao pleno exercício da atividade profissional. Finalmente, far-se-á a apresentação da última bateria de questões, que têm como objetivo primordial captar as representações do atual estado e condição do jornalismo e sobretudo perceber como os atuais profissionais percebem o jornalismo no futuro.

Foco do Estudo: Os dados a seguir apresentados não pretendem esgotar a abordagem da realidade da condição

jornalística em Portugal. O foco do inquérito que dá suporte empírico à presente análise tem como fundamental horizonte a criação de um retrato das condições laborais dos jornalistas. De acordo com a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) cifram-se em 6114 os detentores de Carteira Profissional ou título equivalente.4 Deste

modo estamos perante uma amostra que tem um peso relativo de 24,4% do universo total.

(7)

Síntese dos principais resultados a reter:

1º A distribuição por sexo é relativamente equilibrada. O grupo etário com maior proporção é o que compreende os jornalistas inquiridos dos 35-44 anos. A idade média cifra-se nos 40 anos;

2º Dois terços dos jornalistas inquiridos têm formação superior em Ciências da Comunicação ou Jornalismo; 3º O rendimento médio mensal cifra-se nos 1113 euros;

4º 81,9% afirma não lhe serem pagas horas extraordinárias;

5º 57,8% não progride na Carreira Profissional há pelo menos sete anos;

6º O designado jornalismo online/site é o meio de comunicação secundário que regista maior proporção de inquiridos;

7º Os inquiridos (48,8% dizem-se extremamente insatisfeitos) em termos gerais sentem-se insatisfeitos com a evolução das condições de trabalho no setor nos últimos cinco anos;

8º Aproximadamente dois terços (69,2%) dos jornalistas entrevistados referem ter feito pelo menos um estágio. Nesta linha, 30,4% mencionam que o seu estágio teve um período superior a dez meses. A maioria (59,2%) diz não ter sido avaliado por um orientador ou editor;

9º 64,2% assume que já ponderou o abandono do jornalismo. Entre as razões encontram-se o baixo rendimento, degradação da profissão ou condições de trabalho, precariedade contratual e ainda stress;

10º Quase 40% (39,2%) afirma já ter estado desempregado ao longo do seu percurso profissional de jornalista; 11º Existe uma maioria de jornalistas inquiridos que pensa ser provável ficar desempregado (40,9%) e que ficando

nestas condições dificilmente conseguiria ter nova oportunidade num meio de comunicação social (67%);

12º Existe um sentimento de autonomia entre a maioria dos entrevistados nos seguintes aspetos: apresentação de propostas de trabalho, seleção de informação, pressões das fontes e pressões oriundas do poder político ou outros; 13º Quase 40% dos inquiridos não voltava a optar pelo Jornalismo se essa possibilidade lhe fosse dada atualmente; 14º 46% afirma ser difícil conciliar a vida pessoal com a vida profissional;

15º Só 29,6% afirmam trabalhar um número de horas similar ao previsto no contrato de trabalho;

16º No futuro os jornalistas não conseguirão desligar completamente das responsabilidades profissionais e terão menos retribuição/ satisfação profissional;

17º Na perspetiva dos inquiridos a autonomia profissional no futuro aumentará;

18º O stress é identificado como um dos principais problemas relacionados com a profissão de jornalista na atualidade e sobretudo em uma perspetiva de futuro;

19º Em vários indicadores dos cenários de futuro (última secção) é visível para os jornalistas inquiridos a visão de que a profissão tende a um processo de individualização e, com ele, novas oportunidades, como a criação da sua própria marca, maior autonomia, ou trabalhar para instituições sem fins lucrativos. Por outro lado, está um cenário laboral mais stressante, sem horários definidos, mais dependente da iniciativa e pró-atividade do próprio jornalista; 20º Num último conjunto de questões é latente, alguma tentativa fechamento por parte dos profissionais inquiridos, ao revindicarem o jornalismo como um corpo de conhecimento de práticas exclusivas para a qual é necessária certificação, experiência e formação adequada, mas não necessariamente educação superior.

(8)

Perfil sociodemográfico dos jornalistas

A análise percorrerá as setenta e oito questões que compuseram o guião do questionário, mas nem sempre seguindo a ordem pela qual as questões foram apresentadas. Neste sentido, a Figura 1 apresenta, de forma ilustrada, a distribuição dos inquiridos em termos de género. Regista-se um equilíbrio, com 51,8% e 48,2%, respetivamente, de homens e mulheres. Por outro lado, em termos etários o grupo etário modal é aquele que compreende os inquiridos que declaram ter entre 35 a 44 anos de idade, sendo que a idade média se cifra próxima dos 40 anos.

Figura 1 – Género e distribuição etária

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016. (Género n= 1491; Idade n=1455). Edição: OberCom.

Na Figura 2 pouco mais de metade (52,2%) dos jornalistas inquiridos referem viver no seio de uma relação, seja casamento (34,9%) ou união de facto (17,3%). São pouco mais de 1/3 (37,9%) aqueles que afirmam viver na condição de solteiro.

Figura 2 – Estado civil

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1492). Edição: OberCom

Um olhar breve sobre os dados patentes na Figura 3 permitem, desde logo, perceber que mais de metade (50,7%) dos profissionais inquiridos mencionam não ter qualquer descendente. São escassos os casos daqueles que declaram ter três ou mais filhos, perfazendo um total de 6,3%.

6,6% 25,3% 38,0% 21,0% 6,5% 2,6% 48,2% 51,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% ≤ 24 anos 25-34 anos 35-44 anos 45-54 anos 55-64 anos ≥ 65 Feminino Masculino 9,9% 17,3% 34,9% 37,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Divorciado/a, Separado/a, Viúvo/a A viver junto/em união de facto Casado/a Solteiro/a

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Figura 3 – Número de filhos

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1491). Edição: OberCom

No que toca às habilitações académicas, um sublinhado para o facto de 79,6% do total de jornalistas inquiridos mencionarem deter um diploma de Ensino Superior, seja ele Bacharelato/Licenciatura de 3 anos, com 21,4%, seja Licenciatura de 4 a 5 anos, com 43,3%, ou ainda Mestrado com 13,4% e, finalmente, 1,5% com Doutoramento. Apenas 20,4% (sensivelmente 1/5) não têm um diploma de Ensino Superior.

Figura 4 – Habilitações académicas

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1491). Edição: OberCom

Sabendo que a grande maioria tem um diploma ao nível do ensino superior interessa agora saber em que área é a sua respetiva formação. A Figura 5 permite saber que aproximadamente 2/3 (66,7%) dos inquiridos detém formação superior na área das Ciências da Comunicação/Comunicação Social (40,5%), mais os 26,2% do Jornalismo.

0,5% 0,8% 5,0% 21,2% 21,8% 50,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% ≥5 filhos 4 filhos 3 filhos 1 filho 2 filhos Nenhum 20,4% 21,4% 43,3% 13,4% 1,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Ensino secundário Bacharelato/Licenciatura de 3 anos Licenciatura de 4 a 5 anos Mestrado (inclui mestrado integrado) Doutoramento

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Figura 5 – Área de formação

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1441). Edição: OberCom

Entretanto, o número de jornalistas inquiridos que declaram estar atualmente a estudar cifra-se nos 9,7%. Nas figuras seguintes vai-se aprofundar o conhecimento em torno desta questão da formação.

Figura 6 – Inquiridos que estudam atualmente

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1490). Edição: OberCom

Nesta linha também era objeto de inquirição o facto de nos últimos cinco anos ter frequentado algum tipo de formação complementar. De acordo com a Figura 7, quase metade (49,7%) afirmam não o ter feito. Com registos consideráveis surgem os 40% que o fizeram por iniciativa própria. Bem mais distante destes dois registos estão a frequência de formação complementar por iniciativa da empresa, que soma 15,3%.

12,6% 0,3% 1,8% 2,0% 2,4% 2,5% 3,1% 3,3% 5,3% 26,2% 40,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Artes Engenharia Sociologia ou Antropologia Relações Internacionais Direito História Línguas e Literaturas Audiovisual e Multimedia Jornalismo Ciências da Comunicação/Comunicação Social

9,7%

90,3%

Sim Não

(11)

Figura 7 – Formação complementar nos últimos cinco anos

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016. (Sim, por iniciativa própria n=598; Sim, por iniciativa da empresa n=229; Não n=735) Edição: OberCom. (resposta múltipla).

O Cenjor (Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas) é a instituição de formação ou ensino a que os jornalistas portugueses mais recorreram para complementar os seus estudos. Dos que frequentaram ações de formação nos últimos 5 anos, 28,1% fizeram-no no Cenjor. A diversidade de formações e entidades formadoras é bastante grande, com destaque para cursos organizados em instituições de ensino superior. A Universidade Nova de Lisboa, em especial na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, é a mais procurada para formação (8,7%), seguida do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa (5,7%) e da Universidade de Lisboa (4,0%). De destacar ainda que apenas 5,5% realizou formações internas na entidade empregadora nos últimos 5 anos, e que 3,8% realizou cursos em diversos institutos de línguas. Apesar de pouco significativos em volume, há também procura por cursos de formação no estrangeiro, tanto presenciais como em regime de e-learning.

Figura 8 – Instituição de formação

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=473). Edição: OberCom

Nesta linha, os dados da Figura 9 corroboram, aparentemente, os da anterior. Esta constatação pode ficar a dever-se à concentração das instituições na capital portuguesa A área metropolitana de Lisboa é onde quase dois terços dos jornalistas portugueses exercem a sua profissão. O facto de quase todos os maiores grupos de comunicação social

40,0%

15,3%

49,2% Sim, por iniciativa própria

Sim, por iniciativa da empresa Não 36,8% 2,3% 2,5% 2,5% 3,8% 4,0% 5,5% 5,7% 8,7% 28,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Universidade de Coimbra Universidade Católica Portuguesa Universidade do Porto Instituto de Línguas Universidade de Lisboa Empresa ISCTE-IUL Universidade Nova de Lisboa CENJOR

(12)

terem as suas sedes na Grande Lisboa e de ser a capital do país contribuem de forma determinante para esta concentração. Desde, logo o peso dominador de Lisboa, que ao somar 63,7% se aproxima bastante dos quase 2/3 do total. O somatório dos vários distritos que compõem a chamada região Norte não vai além dos 16,6%. Não considerando a Área Metropolitana de Lisboa, o Norte regista metade dos restantes.

Figura 9 – Região de trabalho (NUTS II)

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1172). Edição: OberCom

Não obstante o diversificado processo de transformação do ecossistema mediático, a verdade é que a redação continua a ser o ambiente-padrão, para o desempenho das lides profissionais, por parte dos jornalistas objeto da presente inquirição. O ambiente doméstico (20,5%) e o escritório pessoal (2,3%) somados não ascendem a um quarto do total.

Figura 10 – Principal local de trabalho

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1448). Edição: OberCom

Para completar esta primeira secção procurou-se indagar acerca da relação contratual. Desde logo, na Figura 11 pode-se constatar que a grande maioria (87,5%) dos inquiridos refere estar prepode-sentemente no ativo, ou por outras palavras a trabalhar. A condição de desempregado não vai além dos 7,9%.

1,5% 1,5% 1,9% 2,6% 3,7% 8,5% 16,6% 63,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Madeira Estrangeiro Açores Algarve Alentejo Centro Norte Área Metropolitana de Lisboa

8,6% 2,3% 20,5% 68,6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outro Escritório pessoal Casa Redação

(13)

Figura 11 – Condição face ao trabalho

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1458). Edição: OberCom

Quanto ao vínculo contratual, a maioria (56,3%) menciona estar ao abrigo de um contrato “sem termo”. Relevantes registos ainda para a condição de “freelancer”, com 17%, e a “termo certo”, com 10,5%.

Figura 12 – Tipo de vínculo contratual

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1494). Edição: OberCom(resposta múltipla).

Trajetória e Carreira Profissional

Com a presente secção procura-se perceber como se processa a entrada na profissão de jornalista, bem como o desenvolvimento da própria carreira profissional. Através da Figura 13 pode-se constatar que quase dois terços (63,7%) dos inquiridos diz ter acedido à carreira entre os 21-25 anos de idade, isto é, logo após a conclusão ou ainda durante a frequência do ensino superior. São escassos os casos de inserção na carreira jornalística após os 30 anos.

Figura 13 – Idade com que entrou na profissão

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1453). Edição: OberCom

0,1% 0,3% 2,0% 2,2% 7,9% 87,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Inválido/doença permanente À procura do 1º emprego Em estágio Reformado/a Desempregado/a A trabalhar 0,5% 1,5% 7,6% 8,8% 10,5% 17,0% 56,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Estágio Curricular Estágio Profissional Colaboração à peça Colaboração (avença) A termo certo Freelancer Sem termo 0,6% 1,0% 2,0% 3,0% 13,6% 63,7% 16,1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% ≥ 51 anos 41-50 anos 36-40 anos 31-35 anos 26-30 anos 21-25 anos < 20 anos

(14)

Por conseguinte, quanto à duração e longevidade da trajetória profissional (Figura 14) dever-se-á destacar o facto de quase um quarto (24,4%) dos inquiridos ter entrado para o jornalismo há 20 a 30 anos. Se juntar os que declaram tê-lo feito há mais de 30 anos (7,4%), somam 31,8%, quase um terço.

Figura 14 – Anos de exercício da profissão

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1455). Edição: OberCom

Do ponto de vista remuneratório quase 2/3 (69%) detém salários entre os 501-1500 euros. Nos extremos, seja para baixos rendimentos, seja para remunerações superiores a 2000 euros, encontramos menores proporções. Em termos médios o vencimento médio líquido mensal é de 1113 euros. Um sublinhado para os dois extremos: por um lado, 5% com vencimentos superiores a 2500 euros, por outro, 7% com rendimento inferior a 300 euros.

Figura 15 – Remuneração mensal média líquida

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1344). Edição: OberCom

Práticas jornalísticas

No que concerne à quantidade de trabalhos realizados, procurou-se aferir quantos trabalhos foram produzidos nos últimos três meses. Nesta medida, dever-se-á sublinhar o predomínio na categoria que agrega os inquiridos que declaram ter realizado um número superior a vinte trabalhos no período em causa. Uma nota ainda para enfatizar os 21,5% daqueles que dizem ter realizado um número de trabalhos inferior a três.

7,4% 24,4% 20,3% 14,9% 15,1% 10,2% 7,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% >30 21 a 30 16 a 20 11 a 15 6 a 10 3 a 5 0 a 2 5,0% 3,6% 10,8% 23,3% 23,9% 21,8% 4,6% 7,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% >2500 2001-2500 1501-2000 1001-1500 701-1000 501-700 301-500 <300

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Figura 16 – Número de trabalhos realizados nos últimos 3 meses

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1169). Edição: OberCom

Em 2016, os jornalistas declaram-se maioritariamente na categoria profissional de redator/repórter, com 58,9% (Figura 17). A substancial distância está a categoria de editor/coordenador de secção, com 11,3%. A restante distribuição não alcança os dois dígitos.

Figura 17 – Categoria profissional

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1437). Edição: OberCom

A Figura 18 constitui-se como nevrálgica na presente análise, uma vez que faculta uma visão geral sobre em que meios os inquiridos desempenham a sua atividade profissional. Por conseguinte, pode afirmar-se que a imprensa reúne 46,5% dos jornalistas inquiridos, enquanto atividade principal. Já no que toca ao conjunto de atividades secundárias o jornalismo online/site representa a maior fatia ao registar 15,9%. Estes dados podem indiciar que a gestão das diversas plataformas online não é assegurada por uma equipa de profissionais especializados em jornalismo online.

46,5% 5,3% 9,2% 7,7% 9,8% 21,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% > 20 16 a 20 11 a 15 7 a 10 4 a 6 < 3 1,8% 1,0% 1,5% 4,2% 6,8% 6,8% 7,7% 11,3% 58,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Editor de imagem Produtor de informação/agenda Chefe/Subchefe de redação Repórter de imagem Diretor/Membro de direção Fotojornalista Editor/Coordenador de secção Redator/Repórter

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Figura 18 – Meios de comunicação em que trabalha

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1494). Edição: OberCom

84,5% dos inquiridos refere deter carteira profissional de jornalista. A restante distribuição dos inquiridos distribui-se de forma relativamente simétrica pelos restantes títulos profissionais, nenhum deles alcançando registos de dois dígitos.

Figura 19 – Título profissional de jornalista

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1444). Edição: OberCom

A produção de texto é para quase 2/3 (63,1%) dos profissionais inquiridos a área em que trabalha no dia-a-dia. Um sublinhado ainda para a produção de vídeo com 12,4%, a fotografia com 8,8% e o áudio com 8,6%.

3,1% 3,1% 7,6% 8,4% 12,4% 20,3% 23,1% 46,5% 2,7% 2,7% 7,8% 1,8% 5,0% 5,7% 15,9% 8,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outro Jornalismo online/aplicação Jornalismo online/redes sociais Agência noticiosa Rádio Televisão Jornalismo online/site Imprensa

Atividade secundária Atividade principal

0,3% 0,6% 2,2% 2,6% 4,6% 5,2% 84,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Cartão de colaborador das comunidades Cartão de correspondente estrangeiro Não tenho título profissional Cartão de equiparado a jornalista Cartão de colaborador Título provisório de estagiário Carteira profissional de jornalista

(17)

Figura 20 – Principal área em que trabalha

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1425). Edição: OberCom

As secções ou especialidades a que os jornalistas mais se dedicam (não de forma exclusiva) são Sociedade (30,5%), Desporto (27,8%), Arte e Cultura (27,2%), Local/Regional (26,4%), Política (24,2%) e Economia (23,2%). Destes dados destaca-se o facto de o Desporto mobilizar mais profissionais do que a Política ou a Economia. É igualmente relevante que Artes e Cultura, temática que raramente faz manchetes ou é destaque em órgãos generalistas, ser o terceiro tipo de conteúdo mais mencionado. Mais de um quarto dos inquiridos (26,4%) dedica-se à informação local ou regional (seja em meios locais ou nacionais).

Figura 21 – Secções em que trabalha

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1494). Edição: OberCom(resposta múltipla).

Como seria expectável, o formato de conteúdo mais produzido pelos jornalistas inquiridos são notícias (69,9%), mas 53,9% afirma produzir reportagens e 38,7% entrevistas, o que pode indicar que os jornalistas saem com frequência das redações. 0,4% 1,5% 1,9% 3,3% 8,6% 8,8% 12,4% 63,1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Grafismo Agenda/produção Outra Multimédia Áudio Fotografia Vídeo Texto 11,9% 5,0% 7,4% 7,9% 10,4% 11,8% 14,8% 14,9% 15,5% 16,5% 23,2% 24,2% 26,4% 27,2% 27,8% 30,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Opinião Media Vida Social/Celebridades Lazer/Moda/Consumo Tecnologia/Ciência Segurança/Justiça Educação Saúde Internacional/Mundo Economia Política Local/Regional Artes e Cultura Desporto Sociedade/Nacional

(18)

Figura 22 – Tipo de conteúdos que produz com maior frequência

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1443). Edição: OberCom(resposta múltipla).

Condições laborais

Inicia-se agora uma secção na qual se procurará perceber em que condições laborais se desenrolam as práticas jornalísticas dos inquiridos no dia-a-dia. Na Figura 23, começamos por procurar saber quantas horas de trabalho semana, estão contratualmente previstas. A maioria (64,7%) oscila entre as 35h e as 40h.

Figura 23 – Horas por semana que estão previstas no seu contrato de trabalho

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1289). Edição: OberCom

Por contraponto aos quase 65% de contratos de trabalho até 40 horas semanais, em 2016 os jornalistas afirmam, em maioria, trabalhar mais de 40 horas por semana. São 60,7% os que trabalham mais de 40 horas, dos quais 13,8% tem uma semana laboral de 51 a 60 horas e 9% até trabalha mais de 60 horas. Dos jornalistas a tempo integral, só 29,6% afirmam trabalhar um número de horas similar ao previsto no contrato de trabalho.

5,5% 6,9% 11,5% 14,0% 38,7% 53,9% 69,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros Artigos de Opinião Funções de Apoio à Redação Trabalhos para Online/Blogues/Redes Sociais Entrevista Reportagens Notícias 27,7% 0,9% 0,1% 2,6% 26,1% 38,6% 4,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Não sabe Mais de 60 horas 51 a 60 horas 41 a 50 horas 40 horas 35/39 horas Part-time até 20 horas

(19)

Figura 24 - Horas que dedica por semana à sua atividade profissional como jornalista

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1326). Edição: OberCom

Do grande número de jornalistas que trabalha mais horas do que o previsto no seu contrato, apenas 3,9% diz ser remunerado pelas horas extraordinárias. Se há 10,2% que ainda é compensado em tempo de descanso pelo trabalho extra, quase dois terços do total (63,4%) não têm qualquer compensação pelo trabalho extraordinário, demonstrando uma elevada discrepância entre a carga horária contratualizada, a prática profissional efetiva e a remuneração dessa discrepância.

Figura 25 - Remuneração das horas que trabalha a mais

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1043). Edição: OberCom

Seguindo a tendência de outros sectores de atividade, nomeadamente económica, também nos media assiste-se a uma crescente concentração dos diversos meios de comunicação em grupos. Neste sentido, procurou-se saber até que ponto existe partilha de trabalho jornalístico entre os diversos meios de comunicação dentro do grupo. Na Figura 26 é possível perceber que existem 25,8% de jornalistas inquiridos que afirmam fazê-lo.

9,0% 13,8% 37,9% 15,9% 13,7% 9,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Mais de 60 horas 51 a 60 horas 41 a 50 horas 40 horas 35/39 horas Part-time até 20 horas

3,9%

63,4% 10,2%

Sim Não

Não, são compensadas em tempo de descanso

(20)

Figura 26 - Presta serviço (formal ou informal) em mais do que um órgão de

comunicação social do grupo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1351). Edição: OberCom

Na sequência da questão anterior, era objetivo perceber se existe pagamento pelo referido trabalho. Aproximadamente dois terços dos respondentes a esta questão afirmam não receber qualquer retribuição.

Figura 27 - Recebe pelo serviço para outro órgão do mesmo grupo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1169). Edição: OberCom

A progressão na carreira dos jornalistas inquiridos em 2016 parece quase impossível, pois mais 80 por cento não tem progressão há mais de 4 anos, mesmo nas empresas de comunicação social onde está prevista. Há mesmo 28,4% de jornalistas que não progridem na carreira há mais de uma década, e mais 29,4% que têm a carreira congelada há pelo menos 7 anos. São 22,5% os que não progridem há 4 a 6 anos, e apenas 19,7% não tiveram progressão na carreira há menos de 3 anos. 25,8% 57,0% 17,2% Sim Não Não se aplica 33,2% 66,8% Sim Não

(21)

Figura 28 - Anos em que não progride na carreira

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1494). Edição: OberCom

A Figura 29 permite uma imagem ampla e diversificada acerca de um conjunto diversificado de aspetos relacionados com o quotidiano dos jornalistas, que vão desde a satisfação com o salário às pressões e condicionalismos sofridos, ou ainda os horários irregulares. Numa abordagem genérica aos mencionados dados, dir-se-á que os níveis de insatisfação, nos sete pontos referidos, são maiores comparativamente aos valores que registam a satisfação. Contudo, olhando de forma mais pormenorizada os dados, “a evolução das condições de trabalho no setor nos últimos 5 anos” são aquele aspeto que maior nível de insatisfação regista, com 48,8% a declararem extremamente insatisfeitos. Se lhe for somado o relativamente insatisfeito (20,3%) ascende a 69,1% o nível de insatisfação. Com registos ainda de clara insatisfação encontra-se o “salário” com 33,2% e a “progressão na carreira” com 34,5%.

Figura 29 – Nível de satisfação

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (Salário n=1329; Progressão na Carreira n=1293; Estabilidade Laboral n=1304; Pressões e Condicionalismos n=1290; Carga Horária n=1305; Horários Irregulares n=1291; Evolução das condições de trabalho no setor nos últimos 5 anos n=1301). Edição: OberCom 19,7% 22,5% 29,4% 28,4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% [0-3] [4-6] [7-10] >10 2,0% 3,2% 9,4% 9,0% 3,8% 3,8% 1,9% 11,0% 9,2% 25,2% 18,3% 16,1% 12,6% 4,2% 12,3% 7,3% 13,6% 11,6% 11,2% 10,5% 5,0% 11,1% 15,1% 12,9% 18,7% 24,2% 26,1% 11,1% 11,9% 11,9% 8,9% 13,6% 15,6% 14,4% 8,8% 18,5% 18,8% 9,2% 13,9% 16,1% 14,9% 20,3% 33,2% 34,5% 20,8% 14,9% 13,0% 17,7% 48,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Salário Progressão na Carreira Estabilidade laboral Pressões e condicionalismos

Carga horária Horários

Irregulares A evolução das condições de trabalho no setor, nos últimos 5 anos

Extremamente satisfeito Relativamente satisfeito Ligeiramente satisfeito

Nem satisfeito nem insatisfeito Ligeiramente insatisfeito Relativamente insatisfeito

(22)

Cerca de 69,2% dos profissionais inquiridos afirmam ter realizado um estágio ao longo da sua carreira jornalística. Regista-se ainda os 21,3% que dizem ter realizado dois.

Figura 30 - Número de estágios realizados ao longo da carreira

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1267). Edição: OberCom

Quase 1/3 (30,4%) dos jornalistas que realizaram estágio dizem também que este teve um período superior a dez meses. Num outro extremo encontram-se 31,8% que fizeram estágio com duração até três meses.

Figura 31 - Duração do(s) estágio(s)

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1141). Edição: OberCom

Importa agora aprofundar o conhecimento acerca das condições que envolveram a realização do estágio. Para a tal, eram apresentados aos inquiridos um conjunto de seis aspetos, que estão plasmados na Figura 32. Dos seis critérios apresentados, quatro apresentam uma maioria afirmativa. Apenas 38,8% afirma ter regulamente excedido o horário previsto. Um dado, que pode envolver algum interesse analítico, prende-se com o valor de 50,1% referente à assinatura das peças mais importantes. O aspeto mais negativo desta questão em particular situa-se nos 40,8% que afirmam ter sido avaliados, o que implica que os restantes não o foram.

3,8% 5,7% 21,3% 69,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 4 ou mais 3 2 1 30,4% 11,6% 26,2% 31,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% >10 meses 7-10 meses 4-6 meses 0-3 meses

(23)

Figura 32 - Balanço do estágio

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1494). Edição: OberCom (resposta múltipla).

Atualmente são 16,5% os profissionais inquiridos que conjugam a atividade jornalística com uma outra, de acordo com a Figura 33.

Figura 33 - Exercício de outra atividade remunerada atualmente

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1330). Edição: OberCom

Na esteira da questão anterior, a Figura 34 diz-nos que entre os jornalistas inquiridos 16,5% desenvolve outras atividades remuneradas em paralelo com o jornalismo. Destes, um terço (33,7%) desenvolve atividades de ensino ou formação, 25,9% está ligado a comércio ou serviços e 13,5% dedica-se a escrita, revisão ou tradução.

38,8% 40,8% 50,1% 53,9% 57,6% 59,5% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Excedeu regularmente o horário previsto Foi avaliado através de um parecer final do orientador ou

editor

Assinava as suas peças mais importantes Contou com Apoio/orientação sistemática Saiu em Reportagem com Jornalista profissional As suas peças eram revistas

16,5%

83,5%

Sim Não

(24)

Figura 34 - Atividade remunerada para além do jornalismo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=193). Edição: OberCom

Por alguma circunstância 13,3% dos entrevistados afirma já ter, em algum momento, interrompido a sua carreira jornalística.

Figura 35 - Interrupção da atividade jornalística

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1320). Edição: OberCom

Neste sentido, a assessoria, com 16,7% constitui-se como a atividade mais comum para se interromper a atividade profissional. Contudo, valores ainda significativos para o comércio ou serviços, com 10,9%, agências e gabinetes de comunicação, com 10,1%, e ainda ensino, estudos ou investigação, com 8,2%.

22,2% 4,7% 13,5% 25,9% 33,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Comunicação Institucional Escrita, revisão ou tradução Comércio ou Serviços Ensino ou Formação 13,3% 86,7% Sim Não

(25)

Figura 36 - Atividade exercida depois do abandono do jornalismo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=257). Edição: OberCom

Cifra-se em aproximadamente 2/3, mais precisamente 64,2%, aqueles que assumem ter já alguma vez ponderado o abandono do jornalismo.

Figura 37 - Ponderou o abandono da profissão

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1323). Edição: OberCom

Entre as razões mais frequentes, que levam os inquiridos a ponderar o abandono da carreira, encontram-se os baixos rendimentos, com 21%, a degradação da profissão ou condições de trabalho, com 20,4%, bem como a precaridade contratual, com 14,3%. Há ainda outros argumentos com menor peso percentual, mas nem por isso com menor relevância, sobretudo quando se pensa em stress ou saúde (4,4%), uma vez que, neste aspeto em particular, está em causa o próprio individuo indo muito além das implicações profissionais.

44,0% 4,3% 5,8% 8,2% 10,1% 10,9% 16,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Marketing e publicidade Atividades criativas Ensino, Estudos ou Investigação Agências e gabinetes de comunicação Comércio ou serviços Assessoria 64,2% 35,8% Sim Não

(26)

Figura 38 - Razões para ter ponderado o abandono do jornalismo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=181). Edição: OberCom

Ao longo da carreira já estiveram em situação de desemprego 39,2%, segundo os dados da Figura 39. Não deixa de ser um valor substancial, mas as Figuras seguintes vão permitir um melhor aprofundamento e conhecimento acerca desta realidade.

Figura 39 - Desempregado enquanto jornalista

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1320). Edição: OberCom

Entre os que declararam já ter estado na condição de desemprego ao longo do seu trajeto profissional, observa-se que 63,4% estiveram desempregados num período inferior a um ano.

4,4% 3,9% 4,4% 5,0% 8,3% 8,9% 9,4% 14,3% 20,4% 21,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Pressões laborais Stress ou saúde Não progressão na carreira Horário excessivo ou desregulado Desiquilíbrio entre vida profissional e pessoal Falta de valorização e reconhecimento Precariedade contratual Degradação da profissão ou condições de trabalho Baixo rendimento

39,2%

60,8%

Sim Não

(27)

Figura 40 - Duração do período de desemprego

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=520). Edição: OberCom

Dada a natureza da escala de mensuração da questão apresentada na Figura 41, em que é abordada a perceção que os inquiridos têm acerca da possibilidade de poder vir a ficar desempregado, procedeu-se à soma das categorias que agregam a “improbabilidade” de ficar desempregado, por um lado, e a “probabilidade” de o ficar por outro. Com efeito, dever-se-á dizer que a soma dos que acham improvável ficar desempregado ascende aos 35,1%. Por outro lado, os que acham provável registam 40,9%. É óbvio concluir que existe uma maioria que perceciona ser possível que, num futuro próximo, possa ficar sem emprego.

Figura 41 - Possibilidade de ficar desempregado

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1306). Edição: OberCom

Seguindo o mesmo raciocínio analítico, procurou-se confrontar os inquiridos com um cenário hipotético, no qual ao ficar desempregado, como perceciona a possibilidade de voltar a ter uma oportunidade de trabalho no seio da carreira jornalística. Neste sentido, a Figura 42 é taxativa. Genericamente as barras à esquerda (representam uma visão pessimista) são substancialmente maiores do que aquelas apresentadas à direita (representam uma visão otimista). Dito isto, existe uma maioria de jornalistas inquiridos que pensam ser possível ficar desempregado e ainda existe maior proporção daqueles que pensam que ficando desempregado é improvável ter uma nova oportunidade num meio de comunicação social (média=2,3; DP=1,5).

11,1% 7,8% 17,6% 31,4% 32,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mais do que 3 anos 2 a 3 anos 1 a 2 anos 6 meses a 1 ano Menos de 6 meses 6,4% 11,9% 16,8% 24,0% 15,5% 9,7% 15,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Extremamente improvável Bastante improvável

Muito improvável Não sabe Muito provável Bastante provável Extremamente

(28)

Figura 42 - Possibilidade de arranjar novo trabalho no jornalismo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1311). Edição: OberCom

Na Figura 43 são apresentados dados acerca da existência de órgãos internos nos diferentes meios de comunicação social. Se no que concerne ao Conselho de Redação 49,5% refere ter este órgão na sua entidade empregadora, a verdade é que os registos tanto da existência de Delegado Sindical (36,4%) e o de Comissão de Trabalhadores (31,8) ficam muito aquém.

Figura 43 - Órgãos existentes na empresa em que trabalha

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1097). Edição: OberCom

Nesta linha de raciocínio inquiriu-se acerca da condição atual de sindicalizado. A Figura 44 é esclarecedora a este nível. Mais de metade dos inquiridos, mais precisamente 56,5%, admite não estar sindicalizado atualmente. Acrescente-se ainda os 18,3% que já tendo sido, entretanto deixou de o ser. Apenas ¼ refere ser atualmente sindicalizado.

39,5% 27,5% 13,0% 10,5% 4,5% 3,0% 2,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Extremamente improvável Bastante improvável

Muito improvável Não sabe Muito provável Bastante provável Extremamente

provável 31,8% 36,4% 49,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Comissão de Trabalhadores Delegado sindical Conselho de Redação

(29)

Figura 44 - Sindicalizado no Sindicato dos Jornalistas

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1267). Edição: OberCom

Na esteira das questões anteriores, foi indagada a razão para a não filiação no SJ. A Figura 45 sintetiza as respostas obtidas, nas quais se destacam “sem interesse”, com 22,1%, e “não se revê”, com 20,5%. Para 14,3% são os custos elevados os inibidores da sindicalização.

Figura 45 - Razões para não ser sindicalizado

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=498). Edição: OberCom

Quanto à contribuição para a Segurança Social são sensivelmente ¾ (74%) os que referem fazê-lo através de um vínculo contratual por contra de outrem. São 7% os que dizem não fazer qualquer contribuição para a Segurança Social.

25,2%

18,3% 56,5%

Sim

Não, mas já estive Não 24,1% 3,4% 14,3% 15,7% 20,5% 22,1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outra Em processo Custo Trabalho desenvolvido Não se revê Sem interesse

(30)

Figura 46 - Descontos para a Segurança Social

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1252). Edição: OberCom

Na avaliação da sua autonomia profissional (Figura 47), os jornalistas inquiridos consideram-se autónomos em relação às pressões externas, visto que apenas 13,2% se diz nada ou pouco autónomo em relação a poderes políticos ou outros, e 9,5% em relação à pressão das fontes. Já no que toca aos fatores internos, os jornalistas consideram a sua autonomia muito mais afetada: 31,5% dizem ser pouco ou nada autónomos em relação às decisões das chefias, e 41% em relação às decisões das administrações, o que são valores muito elevados de condicionalismo profissional. Se olharmos para as baixas percentagens dos que se dizem totalmente autónomos em relação às chefias (9,9%) e às administrações (12,3%), então fica reforçada a baixa autonomia dos jornalistas. Em relação à apresentação de propostas e à seleção de informação os jornalistas consideram-se muito mais autónomos, com apenas 12,5% (propostas) e 10,9% (seleção) a dizerem ser pouco ou nada autónomos.

Figura 47 - Autonomia profissional

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (Apresentação de propostas e concretização do trabalho n=1233; Seleção de informação n=1213; Decisão das chefias n=1209; Decisão das administrações n=1198; Pressões das fontes n=1211; Pressões de poderes políticos ou outros n=1207). Edição: OberCom

Os jornalistas inquiridos em 2016 consideram que o exercício livre da sua profissão é muito condicionado (Figura 48).

7,0%

18,9%

74,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Não desconta Desconta como independente Desconta como trabalhador por conta de outrem

3,4% 3,3% 9,9% 22,1% 3,0% 4,3% 9,1% 7,6% 21,6% 18,9% 6,5% 8,9% 27,6% 26,2% 35,5% 30,0% 31,4% 28,6% 36,4% 36,6% 23,1% 16,8% 30,7% 25,5% 23,5% 26,3% 9,9% 12,3% 28,4% 32,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Apresentação de propostas e concretização do trabalho Seleção de informação

Decisão das chefias Decisão das

administrações

Pressões das fontes Pressões de poderes políticos ou outros

(31)

emprego, que é uma preocupação para 36,6%. Os inquiridos indicam também as chefias como grande condicionalismo, já que 29,2% se consideram limitados pela hierarquia. Curiosamente, os profissionais são muito mais otimistas em relação à censura externa (14%) e à autocensura (17%). Em relação à produção jornalística, será desejável uma menor colagem à agenda marcada por entidades exteriores, mais autonomia em relação às chefias e maior proteção em relação à censura externa e a pressões que levem à autocensura.

Figura 48 - Condicionamentos ao exercício profissional

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (Condições de trabalho n=1232; Salário n=1220; Agenda n=1213; Conciliação com a vida familiar e pessoal n=1224; Medo de perder o emprego n=1222; Autocensura n=1216; Censura externa n=1224; Chefias n=1221). Edição: OberCom

O jornalismo como atividade fundamental das democracias e sociedades ocidentais está permanentemente em ligação com outros diferentes poderes e instituições. Neste sentido, foi objeto de inquirição a perceção que os inquiridos, enquanto profissionais do jornalismo, têm da relação deste com diversas instituições. Uma nota geral e transversal aos cinco indicadores que compõem esta questão em particular diz respeito à posição neutra. Em três das cinco questões: “Estado”, “ERC” e “Organizações patronais” as opiniões são maioritariamente negativas. Deste modo, sobram CCPJ e SJ que, não tendo uma maioria de opiniões positivas, desperta alguma indiferença com as categorias “neutra” a registarem respetivamente 43,6% e 43,7%.

Figura 49 - Avaliação relativamente ao setor dos media

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (Estado (Presidência da República, Parlamento, Governo) n=1222; Entidade Reguladora para a

14,0% 16,6% 10,5% 8,0% 17,3% 25,7% 34,1% 18,4% 14,8% 13,0% 13,0% 15,3% 16,7% 23,3% 24,0% 21,2% 27,6% 27,0% 29,3% 36,6% 29,3% 34,0% 27,9% 31,2% 33,8% 33,0% 38,3% 31,5% 25,0% 13,8% 10,7% 21,5% 9,8% 10,5% 8,9% 8,7% 11,6% 3,2% 3,3% 7,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Condições de trabalho

Salário Agenda Conciliação com

a vida familiar e pessoal

Medo de perder o emprego

Autocensura Censura externa Chefias

Nada Quase nada Pouco Muito Totalmente

12,0% 16,3% 15,5% 7,1% 19,9% 42,3% 34,8% 22,1% 17,5% 37,9% 37,1% 35,3% 43,6% 43,7% 36,8% 7,9% 12,7% 16,5% 28,5% 5,0% 0,7% 0,9% 2,3% 3,2% 0,4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Estado (Presidência da República, Parlamento, Governo)

Entidade Reguladora para a Comunicação Social

Comissão da Carteira Profissional de Jornalista

Sindicato dos Jornalistas Organizações patronais

(32)

Comunicação Social n=1222; Comissão da Carteira Profissional de Jornalista n=1228; Sindicato dos Jornalistas n=1216; Organizações patronais n=1207). Edição: OberCom

Para terminar a presente secção, onde se procurou conhecer as condições laborais dos profissionais inquiridos, apresentam-se os dados obtidos em três questões, que se podem constituir como via privilegiada para equacionar a profissão no seio do projeto biográfico de cada um dos entrevistados, bem como a satisfação profissão. Na Figura 50 apresentam-se os dados relativos à satisfação com a profissão. No total das três categorias que representam satisfação profissional contam-se 43,2%. Por oposição, são 34,4% aqueles que manifestam sentimento de insatisfação profissional (média=4,1; DP=1,6).

Figura 50 - Nível de satisfação com a profissão de jornalista

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1259). Edição: OberCom

Questionados sobre o cenário hipotético de iniciar novamente a carreira de jornalista, quase 2/3 dos inquiridos (60,2%) mencionam que o fariam novamente. Ainda assim, são quase 40% os que dizem que não o fariam, o que não deixa de ser um valor bastante considerável.

Figura 52 - Voltava a iniciar a sua carreira como jornalista

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1249). Edição: OberCom

7,0% 11,0% 16,4% 22,4% 22,2% 14,8% 6,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Extremamente insatisfeito Bastante insatisfeito

Muito insatisfeito Indiferente Muito satisfeito Bastante satisfeito Extremamente

satisfeito

60,2% 39,8%

Sim Não

(33)

os que dizem ser difícil conciliar a vida pessoal e profissional, ao passo que são 29,1% aqueles que percecionam este processo como fácil (média=3,7; DP=1,5).

Figura 51 – Conciliação entre a vida profissional e pessoal

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1486). Edição: OberCom

Perceções e cenários futuros do jornalismo

Nesta última secção serão abordados vários aspetos relevantes para perceber o jornalismo na atualidade, mas sobretudo num plano prospetivo. A linha condutora desta última bateria de questões será confrontar o inquirido com cenários hipotéticos. Todas elas têm a mesma escala (Likert) de mensuração, composta por cinco categorias. Neste sentido, procurou-se saber como é perspetivada a evolução para um suposto aumento das peças produzidas. Sensivelmente 2/3 dos inquiridos concorda com o cenário de aumento da pressão para produzir mais trabalhos jornalísticos (média=4,0; DP=0,9).

Figura 53 - A pressão para produzir mais peças jornalísticas vai aumentar no futuro

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1240). Edição: OberCom

Na mesma linha, é equacionada a possibilidade de no futuro os profissionais do jornalismo nunca estarem completamente desligados das suas responsabilidades. Pelo menos esse é o cenário possível para mais de 80% dos inquiridos. Discordantes deste cenário somam 6,4% no conjunto das duas categorias que expressam discordância (média=4,0; DP=0,9). 7,5% 14,3% 24,2% 24,9% 17,6% 8,2% 3,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Extremamente difícil

Muito difícil Difícil Nem é difícil nem

fácil

Fácil Muito fácil Extremamente

fácil 1,2% 5,2% 17,8% 42,7% 33,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(34)

Figura 54 - Os jornalistas nunca estarão completamente desligados do trabalho, mas

sempre a trabalhar

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1241). Edição: OberCom

Existe um elevado nível de discordância com a premissa de que o jornalismo no futuro será fonte de maior satisfação. Cifra-se em 70,9% aqueles que discordam desta perspetiva (média=2,2; DP=0,8).

Figura 55 - No futuro o jornalismo será uma atividade mais satisfatória e

compensadora em termos pessoais

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1244). Edição: OberCom

É no sentido de maior autonomização da profissão jornalística o cenário de futuro esboçado pelos inquiridos, de acordo com a Figura 56. No fundo são 70,7% os que discordam quando confrontados com a ideia de perda de autonomia por parte dos jornalistas no futuro (média=3,6; DP=1,1).

0,6% 6,2% 12,7% 50,1% 30,4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente

20,7% 50,2% 22,8% 5,5% 0,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(35)

Figura 56 - Os jornalistas terão, no futuro, menor independência e autonomia do que

tiveram no passado

Fonte Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1239). Edição: OberCom

Na Figura 57 são apresentados os dados da questão que punha como cenário a possibilidade/ necessidade de no futuro o profissional do jornalismo ter de criar a sua própria marca. Existe uma maioria, que se cifra nos 51,7%, que concordam que esse é um cenário possível num futuro próximo (média=3,4; DP=1,0).

Figura 57 - Os jornalistas terão de criar a sua marca pessoal através das redes sociais,

blogues, eventos publicitários

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1239). Edição: OberCom

Na linha do que anteriormente já se tinha identificado, o stress associado ao desempenho do jornalismo é percebido como um dos problemas de futuro na profissão. Entre os que concordam com esta premissa contabilizam-se 57% dos inquiridos. Apenas 10,2% discordam (média=3,6; DP=0,9).

20,7% 50,2% 22,8% 5,5% 0,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

3,5% 18,2% 26,6% 39,2% 12,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(36)

Figura 58 - No futuro, o jornalismo será uma atividade mais stressante do que

qualquer outra profissão liberal

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1239). Edição: OberCom

Ainda que não sejam maioritários, são em maior proporção aqueles que acreditam que o campo do jornalismo no futuro vai necessitar de mais iniciativa empreendedora por parte do jornalista, para assim singrar no domínio jornalístico. Em termos qualitativos, pode constatar-se através da Figura 59, que são 42% aqueles que acreditam na maior iniciativa empreendedora do próprio jornalista no futuro, ao passo que existem 22,8% a discordar (média=3,2; DP=1,0).

Figura 59 - Os jornalistas vão tornar-se cada vez mais empreendedores no futuro,

criando as suas próprias empresas

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1232). Edição: OberCom

Esta é uma questão que provoca um elevado nível daquilo a que designaríamos como indiferença, uma vez que são 44,5% os inquiridos que nem concordam nem discordam. Ainda assim, são em maior proporção (40,8%), comparativamente aos 15,2% que discordam (média=3,3; DP=0,8).

0,6% 9,6% 32,8% 39,3% 17,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

3,4% 19,4% 35,2% 35,1% 6,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(37)

Figura 60 - Haverá cada vez mais jornalistas a trabalhar para organizações de media

com fins não-lucrativos

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1234). Edição: OberCom

A diversificação do mercado laboral para jornalistas está bem plasmada na Figura 61. Quando questionados como perspetivam a possibilidade dos jornalistas ao longo de toda a sua trajetória profissional nunca chegarem a trabalhar para uma empresa de comunicação social, 68,1% afirmam concordar com essa asserção no futuro (média=3,8; DP=1,1).

Figura 61 - No futuro, os jornalistas não irão trabalhar para uma única organização de

media ao longo de toda a sua vida profissional

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1235). Edição: OberCom

Também quanto à perspetiva da tendência futura relativa às regalias e remuneração, o “cenário” é visto com algum pessimismo. Ora, mais de 80% dos inquiridos menciona que está de acordo com a ideia de que a remuneração e outras regalias irão diminuir no futuro. Apenas 4% discordam desta premissa (média=4,1; DP=0,8).

2,2% 13,0% 44,5% 35,5% 4,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

4,0% 9,8% 18,1% 40,3% 27,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(38)

Figura 62 - A remuneração e as regalias irão diminuir para a maioria dos jornalistas

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1238). Edição: OberCom

É também na mesma ordem de grandeza, mais precisamente 89,4%, aqueles que acreditam que no futuro assistir-se-á a uma progressiva degradação laboral no seio do jornalismo, em particular com vínculos contratuais mais precassistir-se-ários e incertos, como se pode observar na Figura 63 (média=4,3; DP=0,7).

Figura 63 - No futuro, o trabalho como jornalista será cada vez mais precário e incerto

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1238). Edição: OberCom

Na Figura 64 estão ilustrados os dados apurados acerca da premissa que afirma que a tendência futura será o jornalismo, enquanto atividade profissional, ser exercida em part-time, como uma das fontes de rendimento do profissional. Cifra-se em 48,5% o nível de concordância em torno desta premissa. O que não deixa de ser um valor bastante significativo, sobretudo se comparado como a postura de discordância, que regista 19,1% (média=3,4; DP=1,0). 0,8% 3,2% 12,4% 53,2% 30,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

0,7% 1,9% 8,0% 49,0% 40,4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(39)

Figura 64 - No futuro, o jornalismo será exercido em part-time, por pessoas que se

sustentam com rendimentos de outro tipo de trabalhos

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1239). Edição: OberCom

Uma questão aparentemente fraturante é a asserção que diz que “o jornalismo é a aplicação de um conjunto de práticas e técnicas fundamentas, que não dependem do meio de publicação”. Deste modo, encontram-se do lado da concordância 48,4%, por seu lado, a postura de discordância reúne 37,1% (média=3,2; DP=1,2).

Figura 65 - O jornalismo é a aplicação de um conjunto de práticas e técnicas

fundamentais, que não dependem do meio de publicação

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1218). Edição: OberCom

A visão de que o jornalismo é uma atividade eminentemente em equipa é de central importância e nessa medida, reúne um vasto consenso, ao atingir os 74,1%. A discordância não ultrapassa os 13% (média=3,8; DP=1,0).

3,5% 15,6% 32,4% 34,9% 13,6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

5,1% 32,0% 14,4% 35,7% 12,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(40)

Figura 66 - O jornalista precisa de trabalhar em equipa com outros jornalistas para

desenvolver o seu trabalho e manter a qualidade

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1220). Edição: OberCom

A criação de uma associação profissional que represente os interesses dos jornalistas e do jornalismo em termos mais genéricos reúne algum consenso, isto é, para cerca 63,4% esta seria uma opção positiva. Apenas 12,4% discordam desta medida (média=3,7; DP=1,0).

Figura 67 - O jornalista deve estar ligado a uma associação profissional que

represente os interesses do jornalismo e dos jornalistas

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1216). Edição: OberCom

Por outro lado, e numa reação que se pode entender como corporativa, os jornalistas inquiridos discordam (65,4%) da ideia de que tirar fotografias, filmar e escrever sobre acontecimentos seja percebido como jornalismo. É uma questão que deixa poucos indiferentes, uma vez que se registam apenas 12% de “nem concordo nem discordo” (média=2,3; DP=1,2). 1,0% 12,0% 12,8% 50,7% 23,4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

1,6% 10,8% 24,3% 43,3% 20,1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(41)

Figura 68 - Pessoas que fotografam, filmam ou escrevem sobre acontecimentos, nas

redes sociais ou blogues, agem como jornalistas

Fonte Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1217). Edição: OberCom

Contudo, na Figura 69, confrontados com a questão de que só é jornalista quem trabalha para uma empresa de media reconhecida como tal, são maioritários os que descordam (46,8%), comparativamente aos 37,7% que estão de acordo (média=2,9; DP=1,2).

Figura 69 - Apenas as pessoas que trabalham para empresas de media reconhecidas

são realmente jornalistas

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1220). Edição: OberCom

Por conseguinte, são maioritários aqueles que discordam de que um qualquer individuo “que aplique as práticas, técnicas e saberes do jornalismo” deve ser tido como jornalista. Assim, pode-se quantificar em 64,9% os discordantes, ao passo que não vão além dos 19% os que assumem concordância nesta questão em particular (média=2,4; DP=1,1).

29,4% 36,0% 12,0% 16,7% 5,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

10,4% 36,4% 15,5% 25,7% 12,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(42)

Figura 70 - Qualquer pessoa que aplique as práticas, técnicas e saberes do jornalismo

deve ser considerada jornalista

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1216). Edição: OberCom

Para 54% dos inquiridos a formação superior não é fundamental para o bom desempenho das funções e responsabilidades que o jornalismo exige É uma profissão que exige, isso sim, formação e experiência adequada (média=3,3; DP=1,3).

Figura 71 - O jornalismo é uma profissão que deve exigir formação e experiência, mas

não educação superior especifica em jornalismo

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1219). Edição: OberCom

Curiosamente existe uma maior proporção de inquiridos que discorda (40,4%), comparativamente aos 39,2% que concorda com a premissa que afirma que “o jornalismo é uma atividade baseada num corpo teórico e comportamento profissional que exige formação universitária especifica” (média=3,0; DP=1,2).

20,2% 44,7% 16,0% 15,7% 3,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

Concordo Concordo totalmente

9,8% 23,7% 12,6% 36,7% 17,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(43)

Figura 72 - O jornalismo é uma atividade baseada num corpo teórico e comportamento

profissional que exige formação universitária específica

Fonte: Inquérito aos Jornalistas CIES-IUL/SJ 2016 (n=1217). Edição: OberCom

7,6% 32,8% 20,4% 27,0% 12,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Discordo totalmente Discordo Nem concordo nem

discordo

(44)

Observatório da Comunicação

Palácio Foz - Praça dos Restauradores

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FICHA TÉCNICA

TÍTULO

Jornalistas e Condições Laborais: Retrato de uma

Profissão em Transformação.

DATA DA EDIÇÃO

Fevereiro de 2017

FONTE

Os Jornalistas Portugueses são bem Pagos? –

Inquérito às condições laborais dos jornalistas em

Portugal.

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA

Gustavo Cardoso

Sandro Mendonça

AUTORIA

Miguel Crespo

Joana Azevedo

João Sousa

(45)

Imagem

Figura 11 – Condição face ao trabalho
Figura 18 – Meios de comunicação em que trabalha
Figura 20 – Principal área em que trabalha
Figura 22 – Tipo de conteúdos que produz com maior frequência
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Referências

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