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AS REDES SOCIAIS E O PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA: UMA OBSERVAÇÃO DO USO DA REDE MY ENGLISH CLUB

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Academic year: 2020

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 As redes sociais e o processo de ensino/aprendizagem da Língua Inglesa: uma

observação do uso da rede My English Club

Joyce Jacinto Vieira Pinto1 Prof. Dr. Carlos Henrique Medeiros de Souza2 RESUMO

O presente artigo pretende fazer uma ligação entre a rede social My English Club (MyEC) e o processo de ensino/aprendizagem da Língua Inglesa, buscando aporte teórico em pesquisadores desta área. Para tanto, é realizada uma observação de campo envolvendo os participantes da rede em questão, com o objetivo de visualizar de maneira concreta e prática como se dá esse aprendizado, além de identificar algumas questões que podem tornar o aprimoramento do idioma mais difícil nesse ambiente de interação.

Palavras-chave: redes sociais; aprendizagem; Língua Inglesa; My English Club. 1 – AS REDES SOCIAIS

Milhares de pessoas em todo o mundo estão conectadas todos os dias às redes sociais com objetivos variados: falar com amigos, fazer novos ‘amigos’, passar o tempo, manter contatos com quem compartilham os mesmos interesses, postar fotografias, vídeos, links de sites, observar os perfis de seus contatos e dos contatos de seus contatos, entre muitos outros.

A pesquisadora Raquel Recuero (2009) ressalta que o estudo das redes sociais, ou comunidades sociais, não é algo novo. Em séculos anteriores, cientistas já estudavam sobre elas, sendo que se preocupavam em detalhar cada fenômeno para que pudessem entendê-lo em sua totalidade.

(...) O estudo da sociedade em rede a partir do conceito de rede representa um dos focos de mudanças que permeia a ciência durante todo o século XX. Durante todos os séculos anteriores, uma parte significativa dos cientistas preocupou-se em dissecar os fenômenos, estudando cada uma de suas partes detalhadamente, na tentativa de

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Licenciada em Letras – Português / Inglês; Pós-graduada em Língua Inglesa; Mestranda em Cognição e Linguagem - UENF; E-mail: joycejvieira@gmail.com

2 Doutor em Comunicação (UFRJ); Coordenador do Mestrado em Cognição e Linguagem (UENF); E-mail: chmsouza@uenf.br

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 compreender o todo, paradigma frequentemente referenciado como analítico-cartesiano (...), (RECUERO, 2009, p.17).

Entretanto, no século passado, novos estudos começaram a despontar com o foco voltado às interações entre as partes. Redes sociais, ainda segundo Recuero (2001), são um grupo de pessoas que estabelecem entre si relações sociais por meio da Comunicação Mediada por Computador (CMC). As redes surgem a cada dia, aumentando as possibilidades de pessoas se relacionarem por meio da Internet. Essas relações, de acordo com Primo (2000), são construídas por interações mútuas e reativas. Além destas, é possível identificar outras características das comunidades, como a utilização dos virtual settlements, lugar, segundo Recuero (2003), onde seus membros se associam; a permanência, ou seja, o tempo de frequência dos membros em uma comunidade no espaço; o pertencimento, que Recuero (2003) define como o sentido de ligação entre os frequentadores da comunidade; e a moral da reciprocidade, na qual Lévy (1999) diz que os participantes sentem a necessidade de expressar seus conhecimentos quando se deparam com algum acontecimento ou formulação de questionamentos. Portanto, falar sobre essas redes na contemporaneidade não é uma tarefa tão difícil, visto que a temática vem sendo discutida de forma cada vez mais abrangente, em um campo onde sempre surge uma novidade e, com isso, atrai cada vez mais internautas.

Severo (2007) diz que as redes sociais representam os graus de contato entre indivíduos que se relacionam informalmente, mediante duas propriedades: densidade e multiplicidade. Dessa forma, observa-se que quanto mais cadastros forem feitos nas redes, mais densidade e, quanto mais contatos os usuários tiverem, mais múltiplas elas se tornam. Estas são características visíveis na rede My English Club, objeto de pesquisa deste estudo, visto que ela possui mais de 20.000 membros, segundo informações do site http://my.englishclub.com (acesso em 08/05/10), que se multiplicam a cada dia e que mantêm contatos constantes entre si.

2 - O PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA

Consideramos relevante a interação social no processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, assim como da língua materna. Dessa maneira, La Taille

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 (1992) concorda com o pensamento de Piaget ao afirmar que o homem que se isola, que não se influencia pelos grupos dos quais participa ou pelos legados da história e da tradição, simplesmente não existe.

(...) o homem não social, o homem considerado como molécula isolada do resto de seus semelhantes, o homem visto como independente das influências dos diversos grupos que freqüenta, o homem visto como imune aos legados da história e da tradição, este homem simplesmente não existe, (LA TAILLE, 1992, p. 11).

Segundo Piaget e Vygotsky (1988), considerados pais da psicologia cognitiva contemporânea, o conhecimento é construído em ambientes naturais de interação social, estruturados culturalmente. Ou seja, cada aluno constrói seu próprio aprendizado num processo de dentro para fora, baseado em experiências de fundo psicológico. Piaget ainda nos alerta sobre o estágio das operações formais que começa por volta dos 11 anos de idade, em que “o adolescente passa a ter domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental”, (LA TAILLE, 2008). Segundo ele, é durante este estágio, que a inteligência do ser humano chega ao ápice, e o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. Ainda de acordo com o teórico, este período é, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento, é possível a dialética que permite que a linguagem aconteça em nível de discussão para que se chegue a uma conclusão. Então, a organização grupal do indivíduo pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade. Assim, como diz La Taille,

(...) afirmar que o homem é ser social ainda não significa optar por uma teoria que explique como este "social" interfere no desenvolvimento e nas capacidades da inteligência humana. O equacionamento que Piaget dá a essa questão passa por dois momentos. O primeiro: definir de forma mais precisa o que se deve entender por ser social". O segundo: verificar como os fatores sociais comparecem para explicar o desenvolvimento intelectual (La Taille, 1992, p.12).

Nesse sentido, Piaget defende que o adulto é social, tomando como critério a qualidade da troca intelectual.

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 Em 1977, Stephen Krashen e Tracy Terrel3 criam o Natural Approach (Abordagem Natural)4, trazendo uma vasta contribuição ao ensino de línguas estrangeiras. Em seu livro Principles and Practice in Second Language Acquisition (1982), Krashen estabelece uma distinção entre estudo formal e assimilação natural de idiomas e conclui que o ensino de línguas eficiente não é aquele que depende de receitas didáticas em pacote, de prática oral repetitiva, ou que busca apoio de equipamentos, mas sim, aquele que explora a habilidade do instrutor em criar situações de comunicação autêntica, não necessariamente dentro de uma sala de aula, que enfatiza o intercâmbio entre pessoas de diferentes culturas, e que dissocia as atividades de ensino e aprendizado do plano técnico-didático, colocando-as num plano pessoal-psicológico.

Para Vygotsky (1988), a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a idéia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós, que vai se atualizando conforme o tempo passa. Assim sendo, o desenvolvimento é pensado como um processo, em que estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.

Portanto, partindo do pressuposto de que a Internet hoje se constitui como um lugar de interação, que acontece de várias formas, acredita-se que no momento em que um estudante entra em contato com novas culturas e pessoas que falam uma linguagem diferente da sua, através de uma rede social online, ele passa a assimilar novas informações de forma autêntica, uma vez que estará em contato direto com um falante nativo, podendo, então, relacionar-se com ele e colocar em prática e aprimorar seu conhecimento da língua inglesa, anteriormente construído. Além disso, ele é exposto a um leque de possibilidades culturais, estando, assim, inserido no contexto lingüístico do

3 Stephen Krashen é um linguista renomado e respeitado por sua contribuição para a Linguística

Aplicada, na área de aquisição de segunda língua, educação bilíngüe e compreensão de textos. É mais conhecido por sua Teoria da Aquisição da Segunda Língua - Second language acquisition - e por ter sido co-fundador (com Tracy D. Terrell) da chamada Abordagem Natural (Natural Approach) à aprendizagem de línguas estrangeiras.

4 A Abordagem Natural busca a emergência espontânea nos estudantes do desenvolvimento de

habilidades de comunicação quotidiana, como ir às compras ou estabelecer uma conversa em uma reunião social. (...) Sua proposta é coerente com o que ocorre quando estudantes de intercâmbio adquirem a língua estrangeira em sua interação com a comunidade que fala o idioma (VENTURELLA, 2010)

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 idioma pretendido, o que pode vir a ser uma contribuição para a aquisição espontânea e natural dessa segunda língua (KRASHEN, 1982).

Assim sendo, cabe, neste sentido, alguns questionamentos: a aprendizagem da Língua Inglesa seria eficiente nesse ambiente de interação social? De que maneira isso aconteceria? A comunicação/ troca de informações na rede seria suficiente para que houvesse uma aprimoração da língua? Trata-se de uma discussão que não se encerra neste trabalho, mas merece ser mais explorada em outras ocasiões.

3 – A REDE MY ENGLISH CLUB

Segundo informações retiradas do site www.myenglishclub.com (acesso em 09.04.2010), o My English Club é uma rede social diferenciada, utilizada especificamente por falantes da língua inglesa de todo o mundo que se conectam a fim de se comunicarem e praticarem a linguagem por meio de mensagens instantâneas ou diretas, comentários nos perfis de seus contatos e conversas através do Skype. É facilmente comparado a um Orkut para professores e estudantes do inglês. Ao registrar-se, o usuário deve incluir, além de informações pessoais, seu status de conhecimento da língua (se é estudante, professor ou nativo), se fala outros idiomas, se usa o Skype e ainda tem que concordar em não copiar materiais de outras páginas para a sua. Nela, é possível blogar, adicionar fóruns de discussões, postar fotos, links, músicas, eventos (no calendário), vídeos. Além disso, as postagens deste ambiente podem ser publicadas também no Twitter e no Facebook, simultaneamente. Por fim, o membro do site também pode criar ou fazer parte de grupos, comunidades onde os participantes interagem com temáticas de seu interesse.

3.1– OBSERVAÇÃO DE CAMPO

Buscando verificar a consciência dos participantes quanto ao uso da rede My English Club como ferramenta no aprendizado da Língua Inglesa, foram enviadas três perguntas através do site para 13 participantes, entre estudantes e professores (04 estudantes brasileiros, 05 estudantes estrangeiros e 04 professores estrangeiros). As perguntas enviadas foram as seguintes: “1. Do you think it is possible to LEARN

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 English on My English Club? 2. How much have you learnt from the contact with your 'friends' from here? 3. What are your difficulties when talking in English to people from so different countries?”. Os participantes responderam se achavam possível aprender inglês no site, falaram sobre o quanto eles têm aprendido do contato que mantêm com seus ‘amigos’ que também fazem parte da rede, e, por último, sobre as dificuldades que encontram ao falar em inglês com pessoas de países tão diferentes. Portanto, para o melhor entendimento na pesquisa, adotamos as seguintes nomenclaturas: EB (estudantes brasileiros), EE (estudantes estrangeiros) e PE (professores estrangeiros).

A primeira característica encontrada nas respostas foi o fato de um dos entrevistados (professor) defender que depende do aprendizado. Mesmo assim, ele acredita que sites como este podem contribuir para o aprendizado, uma vez que é possível praticar a leitura e a escrita, à medida que os posts são lidos e respondidos.

PE 1. It all depends on what you mean by Learning. Sites which

provide English lessons etc., can be quite useful as long as speaking is excluded, you can improve your Reading simply by reading the posts and there is no need to say that you improve your writing by answering them. If the person(s) you are communicating are natives or let's say English teachers like me, they can correct your mistakes and so you improve somehow. English Club is one of those sites, remember it is necessary to be in touch with natives or English teachers for if you don't you will not understand your mistakes and there will be no improvement (…).

Ressaltamos, portanto, a relevância da figura do professor ou de um contato que tenha um conhecimento mais amplo neste meio, uma vez que ele é quem poderá dar um feedback para o usuário da rede, mostrando-lhe seus erros e, assim, levando-o a melhorar a habilidade utilizada no dado momento, seja a escrita, a leitura ou a oralidade, dependendo de qual maneira ele esteja se comunicando.

Nessa perspectiva, para os seis entrevistados seguintes, as pessoas que fazem parte do site podem melhorar sua fluência através da prática, comunicando-se com outras, participando dos grupos, das discussões nos fóruns e, especialmente falando com alguém que tenha um nível da língua mais alto do que eles, como um nativo ou um professor de inglês, por exemplo. Segundo eles, é possível haver aprendizado sim, quanto à cultura dos países, vocabulário (palavras do inglês americano ou britânico, gírias, expressões etc.), conversação, leitura, escrita, entre outros.

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 EE 1. In EC we can improve our language even we haven't good english by using conversation us a mean of learning and share and discuss different idea (…).

EE 2. Yes (…).

PE 2. If you study and read, listening and chat, and writing letter you can learn englısh well (…).

EE 3. I think that we can learn english in my english club (…). EB 1. I think is possible learn english because I learn (…).

EE 4. I believe so, I means i think it's possible to learn english on My english club (…).

EE 5 For my point of view it is very possible to LEARN English here in EC, because we can practice here anytime we want, all the information we needed we can find here.

EB 2. teacher, I think we can learn English here because we talk with many people from different places (...).

Entretanto, está claro na observação que, para ser um membro do MyEC é necessário cumprir um pré-requisito: ter domínio da Língua Inglesa. Ou seja, desde o momento em que o usuário se cadastra no site, já está ciente de que aquele é um meio em que o inglês é a língua que vai mediar a conversa entre ele e seus ‘amigos’. As trocas de informações e tudo o que for postado serão feitos por meio dela, apesar disso não impedir que cada um exiba, eventualmente, alguma coisa em sua língua-mãe, como uma música, um poema etc.

No entanto, durante a observação no ambiente, foram encontradas muitas frases mal formuladas, erros gramaticais, erros de digitação e palavras mal empregadas. Com isso, acredita-se também que participar desta rede social não quer dizer, necessariamente, estar diante de usos empregados sempre corretamente.

Percebe-se, ainda, que os demais envolvidos acham que não é possível aprender inglês nesse ambiente de interação, mas sim, aprimorá-lo por meio da prática da comunicação, principalmente de forma escrita, o que, para eles, não significa aprendizado. Como diz o participante número cinco, se uma pessoa não souber nem uma palavra, ela não terá como aprender ali, mas, se souber, poderá aprimorar o que já sabe:

PE 3. I don't think a person can learn English just from English Club alone. It is a place to practice written English and in some cases a student can ask a teacher or an advanced student for information about English (…).

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 EB 4. I think it isn't possible. Because the people don't write in the formal form, and sometimes they use abbreviations (...).

PE 4. No, I don't think it is possible to learn English here if you don't know a word of it but it is possible to improve it (…).

Nesse sentido, nota-se que a maior dificuldade encontrada entre eles é que muitas pessoas cometem esses erros, principalmente os não-nativos de língua Inglesa, dificultando o entendimento do significado da mensagem enviada. Além desta, outros obstáculos foram observados: a pronúncia, a entonação, o sotaque (no caso de uma conversa pelo Skype ou do uso de palavras que mantenham um significado em outro país), abreviações de vocábulos, o uso de gírias, etc.:

PE 1. (…) People who are from another country suffer poor pronunciation and intonation, they cannot use correct grammar and as I mentioned earlier if their command of English is bad, you can find lots of mistakes in their posts(…)

EE 1. (…) the problem here is the pronunciation (phonetic) every one write with it way but in spite of the different culture and different countries of membre we can growing up our English.

EE 2. (…) I have been leaning continue, the other country respond is very well.

EE 3. (…)The difficulties consist of understanding people speaking english with many accents, American accent, english accent and many another countries.

EB 1. (…) the difficult is the accent which is different from people to people. EE 4. (…) I believe is difficult because they have new words.

EE 5. (…) Different difficulties I encountered while talking other members here because they used different word but one meaning, for me, it is hard to understand sometimes because I am not good in English, so I need to find in dictionary but right now I know I understand well because of my hobbies in reading and surfing.

EB 2. (…) For conversation, I have difficulty to read some words depending on the pronunciation (…).

PE 3 (…) The main problem I can see when learners are communicating with each other is that each native language causes people to make mistakes that are related to their individual native languages grammar and pronunciation. So I think it must be difficult for people from different original languages to understand each other's English (…).

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 EB 3. (…) My dificult to talk in english with another people, is the vocabulary, the slang, this is dificult to me yet.

EB 4. (…) I don't have very difficulties... I am talking well.

PE 4. (…) If the other person is not a native speaker of English,(s)he may mistakes which sometimes makes the meaning incomprehensible (…).

O participante PE 2 não está inserido nesta questão, pois não respondeu a pergunta referente às dificuldades encontradas ao falar em inglês com pessoas de outras nacionalidades.

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

É visível nos dias atuais a relevância dada à tecnologia da informação e como ela vem abrangendo, amplamente, as formas de Comunicação Mediada por Computador na contemporaneidade. Redes como Orkut, Facebook, Twitter e várias outras têm se destacado sobremaneira devido à sua densidade e multiplicidade, características citadas por Severo (2007) e facilmente notadas por seus usuários que se multiplicam a cada segundo.

Dessa forma, percebe-se um constante - e cada vez maior - crescimento da rede My English Club, que se destaca entre as demais por seu diferencial bem definido: a prática da Língua Inglesa como forma de comunicação entre seus membros, que têm aprimorado sua maneira de se comunicar, aprendido novos vocábulos, gírias, culturas, e conseguido interagir com pessoas de diversas nacionalidades utilizando o idioma, apesar de alguns empecilhos que, às vezes, dificultam o processo de aprendizagem.

Portanto, observou-se no presente estudo que é possível o aprendizado do idioma inglês no MyEC, seja interagindo coma cultura de outros países, seja quanto a questões lingüísticas, como o uso de expressões, concordância etc., apesar de ser possível encontrar erros gramaticais (que não atrapalham a comunicação entre os internautas) na escrita veiculada nesta rede.

Por fim, destacou-se também a relevância do professor nesse meio, uma vez que ele tem a tarefa de orientar e ajudar o usuário que apresentar dificuldades quanto à sua performance, seja na escrita, na oralidade ou em outra habilidade utilizada no momento

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 em que estiver interagindo com os demais através de comentários, postagens no blog, bate-papo etc.

O assunto não se esgota neste trabalho, mas abre-se, como um leque, a muitas outras divagações e questionamentos que merecem atenção e devem ser desdobrados em outros estudos.

5 – REFERÊNCIAS

BROWN, H. D. Principles of language learning and teaching. New York. Longman, 2000.

HARMER, Jeremy. The Practice of English language teaching. London: Longman, 1991.

LA TAILLE, Yves de. Jean Piaget: o biólogo que pôs a aprendizagem no

microscópio. REVISTA NOVA ESCOLA. Edição Grandes Pensadores, Julho/2008, Págs. 89 a 91.

LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky e Wallon: Psicologias Psicogenéticas em Discussão

http://www.scribd.com/doc/14427478/PIAGET-VYGOTSKY-WALLON-TEORIAS-PSICOGENETICAS-EM-DISCUSSAO/ - PDF completo do livro, acessado em 12/04/10.

KRASHEN, Stephen D. (1982). Principles and practice in second language acquisition. Oxford, Pergamon Press.

RECUERO, Raquel – Redes Sociais na Internet

http://www.redessociais.net/ – PDF completo do livro, acessado em 10/04/10.

RECUERO, Raquel da Cunha. O Orkut como formador de novas identidades no Ciberespaço. In: Intercom û Sociedade Brasileira de Estudos Transdisciplinares em Comunicação û XXX CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA

COMUNICAÇÃO. Santos, 2007.

SEVERO, Cristine Gorsky. A questão da identidade e o lócus da variação/mudança em diferentes abordagens sociolinguísticas. In: Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura - Ano 04 n.07 – 2º Semestre de 2007.

SOUZA, Carlos Henrique Medeiros de. GOMES, Maria Lúcia Moreira. Educação e Ciberespaço. Brasília: Usina de Letras, 2008.

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www.interscienceplace.org páginas 110--131 VENTURELLA, Valéria Moura. Uma Breve História do Ensino de Línguas

Estrangeiras http://www.scribd.com/doc/27065702/Uma-Breve-Historia-do-Ensino-de-Linguas-Estrangeiras. PDF completo do artigo, acessado em 08/05/10.

VYGOTSKY, L.S.; LURIA, A.R. e LEONTIEV, A.N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo; Ícone, 1989.

Referências

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