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O FENÔMENO DO CONTÁGIO DAS MANIFESTAÇÕES NAS REDES SOCIAS DIGITAIS

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Página 97 de 213 Edição 27, volume 1, artigo nº 6, Outubro/Dezembro 2013

D.O.I. 10.6020/1679-9844/2706

O FENÔMENO DO CONTÁGIO DAS MANIFESTAÇÕES NAS

REDES SOCIAS DIGITAIS

THE PHENOMENON OF CONTAGION OF PROTESTS

IN THE DIGITAL SOCIAL NETWORKS

Alessandra Maria Custódio da Silva1, Gerson Tavares do Carmo2, Carlos Henrique Medeiros de Souza3, Daniele Fernandes Rodrigues4

1

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/CCH/Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, alessandrapsiu@yahoo.com.br

2

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/CCH/Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, gtavares33@yahoo.com.br

3

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/CCH/Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, oslijulieth@gmail.com

3

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/CCH/Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, chmsouza@gmail.com

4

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/CCH/Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, dani.uenf@gmail.com

RESUMO - O tema apresentado no presente artigo está centrado na evolução da forma e da maneira como as opiniões de massa foram se solidificando e encontrando força por meio do fenômeno do contágio das manifestações impulsionado pelas redes sociais digitais. Seguimos nosso trabalho elucidando pontos que favorecem o estudo de Gabriel de Tarde (2005) voltado para o fenômeno do contágio e do fortalecimento das massas através da Teoria da imitação inserida no advento da imprensa. Adiante, enfocamos as TICs e as RSDs sob a visão dos pressupostos teóricos de (SOUZA, 2003), (RECUERO, 2009), (Lévy, 1996, 1999), (CASTELLS, 1999, 2003), (SANTAELLA, 2004). Nesse sentido, procuramos desenvolver uma pesquisa quantitativa online através do software e ferramenta de questionário online gratuito denominado “Surveymonkey” 1

- perfazendo trinta e um questionários respondidos que nos serviram de análise. Dessa maneira, vê-se a relevância de tal estudo focar a importância das tecnologias da informação, objetivando investigar as

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Página 98 de 213 opiniões dos usuários questionados acerca da importância e da possibilidade de influência na propagação das manifestações sociais no Brasil através das redes sociais digitais.

Palavras-chave: Redes sociais digitais. Manifestações sociais. Fenômeno do contágio.

ABSTRACT – The theme presented in this paper focuses on the evolution of fashion and how the opinions were solidifying mass and finding strength through the phenomenon of contagion of demonstrations fueled by online social networks . We continue our work elucidating points which favor the study of Gabriel Tarde (2005 ) focused on the phenomenon of contagion and the strengthening of the masses through the theory of imitation inserted in the printing press . Below , we focus on ICTs and RSDs under the vision of theoretical assumptions ( SOUZA , 2003) , ( RECUERO , 2009) , ( Levy , 1996, 1999 ) , (Castells , 1999, 2003 ) , ( Santaella , 2004) . Accordingly, we develop a quantitative online survey through software and free online questionnaire called "SurveyMonkey" tool - totaling thirty-one questionnaires that served in the analysis. Thus, we see the relevance of this study focus on the importance of information technology, aiming to investigate the opinions of users asked about the importance and possibility of influence on the propagation of social events in Brazil through digital social networks. Keywords: Digital social networks. Social manifestations. The contagion phenomenon.

1. INTRODUÇÃO

Foi a partir do início de junho de 2013 que o Brasil e o mundo testemunharam intensas manifestações nas capitais e regiões metropolitanas do país com o objetivo de protestar, bem como reivindicar contra o aumento das passagens de ônibus, trem e metrô; acrescentando reclamações contra o aumento dos alimentos, dos aluguéis e do empobrecimento da qualidade de serviços públicos tais como saúde, educação, moradia e respeito aos direitos civis. As redes sociais digitais possibilitaram a interação que até então as mídias tradicionais não alcançaram através do rápido acesso às imagens, postagens de convites e cartazes curtidos e compartilhados por amigos de amigos do movimento “Vem pra rua”, culminando num intenso e único pensamento de mudança social.

Não se sabe quem teve a ideia, muito menos o lugar no qual partiu o desejo de postar a primeira chamada para uma manifestação pacífica, entretanto, percebemos o aligeiramento das informações comprovado através da presença de

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Página 99 de 213 milhares e milhares de pessoas indo às ruas e ao Congresso Nacional para externar tal desejo opinativo.

Nesse sentido, o tema apresentado no presente artigo está centrado na evolução e no fenômeno do contágio das manifestações nas redes sociais digitais, um forte meio de comunicação entre as pessoas e que apresenta um moderno ambiente no qual está inserido os grupos, os amigos, as multiculturas, os multipensamentos e as sociedades interligadas pela internet e o que fora denominado, poucos anos após o seu surgimento, de cibercultura.

Conforme bem diz Lévy (1999, p.15), “a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas culturais que vieram antes dela no sentido de que ela se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer”.

Para isso, elucidamos pontos que favorecem o estudo teórico e social de Gabriel de Tarde (2005) voltado para o fenômeno do contágio e do fortalecimento das massas através da Teoria da imitação inserida no advento da imprensa; ressaltando um dos grandes acontecimentos que marcou toda a história humana: a reforma e contra reforma. Adiante, enfocaremos as RSDs sob a visão dos pressupostos teóricos de (SOUZA, 2003), (RECUERO, 2009), (Lévy, 1996, 1999), (CASTELLS, 1999, 2003), (SANTAELLA, 2004).

Nesse ínterim, procuramos desenvolver uma pesquisa online através do software e ferramenta de questionário online gratuito “Surveymonkey”. A compilação de perguntas perfaz um total de sete questões anexadas neste artigo; sendo seis abertas e uma fechada, permitindo a expressão opinativa do usuário. Desse modo, o link criado e enviado para o mural dos amigos do facebook de um dos autores desse trabalho permitiu a coleta de trinta e um questionários.

Sob essas circunstâncias, o presente artigo busca investigar as opiniões dos usuários questionados acerca da importância das redes sociais digitais, e se elas, de alguma maneira, influenciaram na propagação das manifestações sociais no Brasil.

Dessa forma, buscamos como hipótese de pesquisa a influência das redes sociais através do espaço cedido pelo suporte técnico na propagação das manifestações sociais no Brasil.

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Página 100 de 213

2. O VIVENTE DOTADO DE PALAVRA

Importante evidenciar que a linguagem tornou-se a grande mola mestra na evolução do fenômeno aqui apresentado. Ela surge através de gestos, símbolos e gravuras e, logo se torna oral, definindo-se como um padrão de comunicação.

Sendo o homem possuidor da palavra e dotado à luz de sua própria mente, se é então permitido conviver em comunidade. Aristóteles postula uma definição de homem na frase “zôon lógon échon”, “animal dotado de razão”; no entanto, BONDÍA (2002 p. 21) procura adequá-la, substituindo-a por “vivente dotado de palavra”. Dessa maneira argumenta que:

O homem é um vivente com palavra. E isto não significa que o homem tenha a palavra ou a linguagem como uma coisa, ou uma faculdade, ou uma ferramenta, mas que o homem é palavra, que o homem é enquanto palavra, que todo humano tem a ver com a palavra, se dá em palavra, está tecido de palavras, que o modo de viver próprio desse vivente, que é o homem, se dá na palavra e como palavra.

Tomado dessa capacidade, a primeira forma de conhecimento definido acontece com o aparecimento da escrita. São as informações locais, timidamente, buscando seu espaço para chegar até o outro indivíduo. Nessas circunstâncias, os progressos técnicos, desenvolvidos através dos suportes para a expansão da comunicação, teve seu achado no séc. XV através da prensa de Gutemberg e, consequentemente, a confecção da bíblia por Lutero. Permitiram-se, por meio desse descobrimento, que fossem produzidos cópias de livros que levariam ao conhecimento “comprovado” e sistemático da população, visto que se permitia a divulgação de uma verdade que antes não havia como ser demonstrada.

As guerras religiosas partem desse contexto no qual podemos considerar como um fenômeno clássico da opinião das massas. Desde então, essa necessidade de reivindicar e opinar sobre fatos políticos, sociais, econômicos e religiosos veio de um pensamento que precisou ancorar-se em outro para uma concreta realização do desejo não apenas de uma pessoa. Poder-se-ia considerar que tais primórdios merecem destaque, no sentido de realçar um fenômeno de massa que veio caminhando, timidamente, atingindo áreas consideradas como inalcançadas. O inconformismo e a crença numa visão de mundo igualitária aconteceram na histórica Reforma Protestante e Contra Reforma.

De acordo com Tarde (2005), a existência e a formação do público aconteceram logo após a invenção da imprensa, no século XVI, quando o

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Página 101 de 213 pensamento passou a ser transportado à distância. Dessa forma, o estudioso oferece a sua contribuição, enfatizando a importância dada ao grande invento tecnológico:

Somente o livro, primeiro, e, em seguida e com uma eficácia bem maior, o jornal forneceram esse vínculo. A imprensa periódica permitiu formar um agregado secundário e muito superior, cujas unidades se associam estreitamente sem jamais se terem visto nem conhecido. (TARDE, 2005, p.65)

O estudioso afirma também que os meios de comunicação foram preponderantes para tais manifestações se fortalecerem através do grande número, das massas ou do público. “As invenções da época como a tipografia, estrada de ferro e o telégrafo possibilitaram a formação do público que logo se estende para um grupo social do futuro” (Ibid., p.6). Sem nenhum contato, os grupos encontram, manifestam e dão forças para os seus desejos:

A idade moderna, desde a invenção da imprensa, fez surgir uma espécie de público bem diferente, que não cessa de crescer e cuja expansão indefinida é um dos traços mais marcantes de nossa época. Fez-se a psicologia das multidões; resta fazer a psicologia do público, entendido nesse segundo sentido, isto é, como uma coletividade puramente espiritual, como uma disseminação de indivíduos fisicamente separados e cuja coesão é inteiramente mental. (Ibid., p.5)

Ora, dessa maneira, o estudioso parece já ensaiar um prenúncio do séc. XXI, a dizer da internet e das redes sociais digitais que (TARDE, 2005) não conheceu, mas que poderia direcionar ao ciberespaço.

3. CIBERESPAÇO: UMA NOVA MANEIRA DE SE RELACIONAR

A invenção da palavra cyberspace é atribuída ao escritor de ficção-científica norte-americano William Gibson, em sua obra “Neuromancer”, de 1984. Gibson utilizou o termo para definir uma rede de computadores futurista utilizada conectando-se a mente diretamente a tal rede.

Pierre Lévy (1996, p.92), retrata-o como: “espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores”. Segundo Santaella (2004, p.98) o ciberespaço é “o universo das redes digitais como lugar de encontros e de aventuras, terrenos de conflitos mundiais, nova fronteira econômica e cultural”.

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Página 102 de 213 A abordagem de (CASTELLS, 2003, p. 170) acerca do conceito de ciberespaço é exposta através de “um espaço com uma nova geografia feita de redes e nós que processam fluxos de informações geradas em diferentes lugares. Esse espaço de fluxos é uma nova forma de espaço, característico da Era da Informação”.

Como o conhecimento vinha sendo partilhado e compartilhado através do desenvolvimento da tipografia, estrada de ferro, telégrafo e outros, a internet surge como aborda (SOUZA, 2003, p.25), permitindo a reunião de todas as demais mídias já citadas. Um instrumento de comunicação inovador que começa a ganhar o seu próprio espaço de polarização e de socialização. Também relata, sobre tal avanço, defendendo a ideia de que “as novas formas midiáticas permitem que os interessados tenham o acesso a um número maior de pessoas e a um volume maior de informações, mais rapidamente do que se é capaz de imaginar”.

Dessa forma, (TARDE, 2005) atenta que o grupo formado pelo público permite a ondulação dos desejos que em massa propaga-se pela força da opinião. O sociólogo ainda chama atenção para o fato de não ocorrer a confusão da palavra opinião com outras duas parcelas do espírito social: a tradição (acumulação da opinião dos mortos) e a razão (juízos pessoais de ordem superior dominante que dominam uma corrente popular), visto que solidificá-la ao conceito ligado à vontade geral, conjunto dos desejos seria o mais correto.

Nesse passo, (SANTAELLA, 2004, p.64), diz que “cada novo meio de comunicação que surge traz consigo um ciclo cultural que lhe é próprio”. Por meio de novos estudos sobre as TICs e o que elas representam na sociedade atual, dois tipos de pessoas fazem o uso desse ciberespaço: Os chamados nativos digitais, que foram nascidos depois dos anos 90 já em contato com a tecnologia, e, os imigrantes digitais, os indivíduos que presenciaram o aparecimento da internet, mas que já possuíam uma referência de conhecimento bem antes dessa nova era.

Numa Revolução Digital, em que informática, tecnologia e a relação social se ajuntam, enfatiza-se o surgimento de duas sociedades: a Sociedade da Informação e a Sociedade do Conhecimento.

Como nos afirma (MARKL, 1998) “O caminho da sociedade da informação para a sociedade do conhecimento é o caminho da informação para o significado, da

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Página 103 de 213 percepção para o julgamento”. A palavra atual de ordem parece estar inserida na comunicação e na tecnologia, como bem diz (CASTELLS, 2003 p.7):

Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na era Industrial, em nossa época, a internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana. Estar inserido nessa sociedade, não equivale apenas ao acesso às TICs, mas também ao discernimento de sua utilização para busca e seleção de informações. Nota-se que, cada vez mais, o indivíduo vem convivendo com os avanços que as novas tecnologias de informação e comunicação proporcionam através das inovações dos aparelhos digitais que possibilitam o acesso à grande rede.

3.1 - AS REDES SOCIAIS DIGITAIS

As redes sociais digitais permitem um debate aberto e plurissignificativo na criação de informação e até mesmo de mudança social. Cabe aqui inserir que tais redes se tornaram cenário de reivindicações e manifestações sociais, visto que apresentam uma característica, marcadamente, interativa e possibilita uma ramificação das ideias e dos desejos de realizarem-se rapidamente.

O investigador Manuel Castells (1999, p.498) define “redes sociais” como conjunto de nós interconectados, como estruturas abertas que são capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou comunicar-seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação.

Poder-se-ia levar em consideração o papel que essas redes sociais digitais desempenham no sentido de contribuir e incentivar as mobilizações as quais levaram muitas pessoas à rua no início de junho de 2013.

Dessa forma, como bem afirma Marteleto (2001), mesmo eclodindo em uma esfera informal de relações sociais, os efeitos das redes podem ser percebidos fora de seu espaço, nas interações com o Estado, a sociedade ou outras instituições representativas.

Segundo a autora, as redes, nas ciências sociais, são constituídas de indivíduos, grupos ou organizações, e sua dinâmica está voltada para a

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Página 104 de 213 perpetuação, a consolidação e o desenvolvimento das atividades dos seus membros.

Como pondera Souza (2003), “(...) vivemos hoje em uma sociedade com uma cultura mediática/mediatizante, onde as mídias desempenham a função de formadoras de opiniões, alteram hábitos e costumes, influenciam nas mais distintas áreas”.

Numa entrevista concedida ao site do Instituto Humanitas Unisinos2 no dia 04 de julho de 2009, Raquel Recuero, respondendo sobre quais os impactos que as redes sociais na internet têm provocado na sociedade offline, diz que:

A Internet tem proporcionado um espaço para a conexão entre os grupos sociais, maior circulação de informação e, com isso, uma maior ação coletiva. Acho que isso é muito importante, pois novos espaços de comunicação acabam por surgir, e com isso, vemos mais movimentos no sentido de mobilizar a sociedade também. Mas é claro que esses não são os únicos impactos. Há milhares de impactos que dificilmente poderiam ser resumidos aqui. Citei só alguns que acho importantes.

Nesse sentido, de acordo com Marteleto (2001), Entre os incentivos mais relevantes para o desenvolvimento das redes estão os assuntos que relacionam os níveis de organização socialglobal, nacional, regional, estadual, local, comunitário. Independentemente das questões que se busca resolver, muitas vezes a participação em redes sociais envolve direitos, responsabilidades e vários níveis de tomada de decisões.

3.2 - O FENÔMENO DO CONTÁGIO: A SUGESTÃO À DISTÂNCIA E SEU INVISÍVEL CONTATO

Sobre o fenômeno do contágio, Tarde (2005) indaga: “Como se propagam as opiniões?” Nesse passo, sugere-nos ser pela imitação que se faz propagar as opiniões, definindo que a sociedade é “uma coleção de seres na medida em que estão se imitando entre si”.

Debruçado sob o fenômeno do contágio do público, polariza dessa maneira a opinião e a ideia entre duas categorias, a dizer o desejo e a crença. A priori, a ideia encontra-se estagnada, obscura, mas viva. Entretanto, a partir do momento em

2Link:

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Página 105 de 213 que ela é anunciada na sociedade tende a formar opiniões semelhantes ou imitativas, partindo do individual (ideia) para o fato social (opinião). Desse modo, a crença e o desejo são inerentes à sociedade, introduzidos pela invenção e disseminados pela imitação. Assim, “A opinião, a ideia ou o desejo de um torna-se, progressivamente, a opinião ou ideia ou desejo de um grande número” (Ibid., p.XIII). Torna-se na “opinião pública, a opinião partilhada” (Ibid., p.XXIII).

De fato o público, objeto especial do estudo principal, é uma multidão dispersa, em que a influência dos espíritos uns sobre os outros se tornou uma ação a distância, a distâncias cada vez maiores. Enfim, a opinião, resultante de todas essas ações a distância ou em contato, está para as multidões e para os públicos assim como o pensamento está para o corpo, de certo modo. E se, entre as ações de que resulta, buscarmos qual a mais geral e mais constante veremos sem dificuldade que é esta relação social elementar, a conversação, inteiramente negligenciada pelos sociólogos (Ibid., p. 2).

Para isso, o estudioso corrobora a seguinte opinião:

A sugestibilidade puramente ideal, o contágio sem contato que esse agrupamento puramente abstrato, porém tão real, supõe, essa multidão espiritualizada, elevada por assim dizer ao segundo grau, só pode surgir após muitos séculos de vida social mais grosseira, mais elementar (Ibid., p.9).

Nessas circunstâncias, interessante se faz atrelar tais acontecimentos ao que Tarde (2005) resolveu denominar de Teoria da Imitação. Talvez não tenha surgido um Filósofo e também Sociólogo que esteve tão à frente do seu tempo, prenunciando um estudo que se encaixe na relação social de massa, atualmente, as redes sociais. Como ele bem diz em seu prefácio:

Pareceu necessário, reeditar aqui, para colocá-lo em seu verdadeiro lugar, o estudo sobre as multidões, que figura como apêndice no final do volume. De fato o público, objeto especial do estudo principal, é uma multidão dispersa, em que a influência dos espíritos uns sobre os outros se tornou uma ação à distância, a distâncias cada vez maiores. Enfim, a opinião, resultante de todas essas ações à distância ou em contato, está para as multidões e para os públicos assim como o pensamento está para o corpo, de certo modo (Ibid., p.2).

Sobre o contexto de propagação e imitação, necessário se faz olvidar sobre o que (DAWKINS, 2001) resolveu cunhar de “meme” em seu livro “O gene egoísta” publicado em 1976. Para ele, um meme é equiparado a um gene que alastra através de seus multiplicadores que são as pessoas. Seu estudo dialoga com as concepções de (TARDE, 2005), definindo que “um „meme de ideia‟ pode ser definido como uma entidade capaz de ser transmitida de um cérebro para outro. O meme da teoria de Darwin, portanto, é o fundamento essencial da ideia de que é compartilhado por todos os cérebros que a compreendem” (DAWKINS, 2001, p.217-218).

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Página 106 de 213 Dessa maneira, os memes na internet podem ser uma frase, link, vídeo, site, imagem entre outros, os quais se espalham por intermédio de e-mails, blogs, sites de notícia, redes sociais e demais fontes de informação.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Realizamos a tabulação dos dados para uma análise dos nossos resultados. Nessas circunstâncias dos trinta e um participantes, 87,5% são do sexo feminino e 12,5% são do sexo masculino, apresentando como grau de escolaridade: 71,9% ensino superior completo, 12,5% ensino superior incompleto, 12,5% ensino médio completo e 3,1% ensino fundamental. A respeito da faixa etária, 96,9% apresentam idade acima de 18 anos e 3,1% apresenta idade entre 12 a 14 anos.

Gráfico 1- Frequência utilizada nas redes sociais digitais

Fonte: Pesquisa utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

Pautando-se o artigo em demonstrar a importância dada às redes sociais digitais como novas relações e novas técnicas de interação através da internet, depreendemos através do (Gráfico 1) a consolidação e a comunhão de todas as citações aqui referidas quanto ao crescimento e filiação a tal espaço de interconexão dos diálogos, dos saberes e dos multiconhecimentos, bem como do acesso e a permissão da difusão pública e exposta da opinião individual. O ciberespaço, aliado às redes sociais digitais vem sendo utilizado com muita frequência por seus usuários, visto que podemos ver no referido gráfico, que 96,9% dos entrevistados dizem utilizar as RSDs com frequência, enquanto 3,1% não fazem o uso frequente delas.

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Página 107 de 213 Fonte: Pesquisa utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das

manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

De fato, podemos considerar que as RSDs vivem, em pleno séc. XXI o seu apogeu. Esse estado deve-se aos acessos, cada vez maiores, dos usuários e seguidores, permitindo o acesso como fonte de informação, lugar de encontro, conversa e conhecimento dos fatos atuais entre outros. Com o avanço cada vez mais sofisticado dos aparelhos de celulares e computadores se é permitido acessá-las em qualquer lugar que se esteja. O (Gráfico 2) demonstra que 84,4% dos entrevistados responderam que acessam tais mídias no período equivalente a 5 ou mais dias por semana e, 12,5% dizem acessar o período entre 3 ou 4 dias. Praticamente, o indivíduo fica quase todos os dias da semana acessando-as.

Gráfico 3 – Tempo por dia gasto acessando as RSDs

Fonte: Pesquisa utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

O ambiente no ciberespaço sugere o prolongamento do tempo em frente ao computador ou no celular. Sem perceber, os usuários das redes se veem tão envolvidos com a interação proporcionada que ficam, horas e horas, postando, lendo, curtindo, compartilhando, enviando mensagens. É evidente que, acessando-as quacessando-ase todos os diacessando-as da semana, a média do tempo gacessando-asto também geracessando-asse um aumento. Nesse sentido, está certificado o prolongado acesso dos internautas das RSDs. Frente a isso, o (Gráfico 3) apresenta quanto a média do tempo gasto o resultado de 40,6% para os que usam até 2 horas, 25% para aqueles que utilizam até 5 horas, 18,8% até 1 hora, 9,4% dizem acessar por mais de 8 horas e 6,3% acessam até 8 horas por dia.

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Página 108 de 213 Fonte: Pesquisa utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das

manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

De fato, como no início desse artigo apresentamos que o individuo, desde os seus primórdios, necessitava da palavra e, como “vivente dotado de palavra”, buscava na figura do outro e com o apoio do suporte técnico tal interação; é necessário salientar que com as novas mídias esse pensamento não mudou. O ser humano moderno está procurando conversar e interagir pelas redes sociais. Desse modo, percebe-se como a possibilidade do contágio das manifestações pela rede aumenta. Muitas pessoas já aderiram a mais de uma e percebemos na presente pesquisa, através do (Gráfico 4) sobre a quantidade de redes que o participante faz uso responderam: 56,3% fazem uso de uma rede, 31,3% apresentaram duas redes e 12,5% participam de três redes sociais.

Gráfico 5 - Rede social digital preferida

Fonte: Pesquisa utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

Conforme nos orienta o (Gráfico 4), apesar de muitos participantes serem usuários de outras redes, evidencia-se no (Gráfico 5) sobre a rede social preferida, uma opção pelo facebook. Notamos que 90,6% das pessoas utilizam-no, empatando-se assim o restante das redes: Twitter 3,1%, Instagram 3,1% e Skype 3,1%. Tal resultado dialoga com os resultados online obtidos pela serasaexperian3 os quais afirmam também a audiência demandada pelo facebook que lidera a audiência dos utilizadores das RSDs.

Gráfico 6 – Distribuição percentual de participação nas manifestações sociais de junho de 2013 por meio da RSDs

3

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Página 109 de 213 Fonte: Pesquisa, utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das

manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

De acordo com as orientações de Tarde (2005) e Dawkins, (2001) podemos compreender que as pessoas foram movidas de um desejo individual e que, na verdade acabou sendo um desejo e crença de muitos. Tal vontade passou a ser realizada através do suporte técnico. O computador ou celular cederam um valioso espaço para as pessoas opinarem sobre as manifestações, marcar encontros, postar imagens sobre o acontecimento, curtir postagens entre outros. O fenômeno das manifestações culminou em acessos diários das redes, visto que tais redes foram também palco de reivindicações. Ao perguntar se os entrevistados haviam participado de tais manifestações na rede social digital obtivemos, de acordo com o (gráfico 6) 78,1% de respostas positivas e apenas 21,9% responderam não

Gráfico 7- Redes sociais digitais: influência na propagação

Fonte: Pesquisa, utilizando o surveymonkey. Questionário “O fenômeno do contágio das manifestações nas redes sociais digitais” de agosto de 2013.

Considerando que a hipótese de pesquisa esteve voltada para influência das redes sociais através do suporte técnico na propagação das manifestações sociais no Brasil, obtivemos uma resposta que está de acordo com as nossas inquietações, visto que o resultado está, claramente, demonstrado no (Gráfico 7) sobre as redes sociais digitais sendo fortes influenciadoras na propagação do fenômeno. Nesse contexto, 81,2% dos entrevistados acreditam que as redes sociais digitais são grandes dominadoras na propagação das manifestações; 12,5 responderam que são, mas não explicaram a causa, 3,1% ficaram em dúvida e apenas 3,1% disse não a tal autoridade digital.

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Página 110 de 213 Ao perguntar ao participante se acredita que as redes sociais influenciaram na propagação das manifestações sociais no Brasil, obtivemos algumas definições que resolvemos classificar em cinco características exclusivas das redes sociais digitais:

(Característica 1) - Rapidez das informações

A (Característica 1) está centrada no fato de as informações estarem a todo o momento sendo enviadas aos usuários. A rapidez permite o fácil acesso bem como o rápido pensamento de se unir e formar manifestações. Sobre o quantitativo, oito pessoas opinaram sobre essa mesma qualidade:

Pois é o meio mais rápido e de maior alcance que existe atualmente. Acesso rápido da informação, organização e orientação da mesma e troca de experiências.

É um meio rápido de informação e de agregar pessoas. Porque a informação é mais rápida e de fácil acesso. Porque a rede social mobiliza muita gente em pouco tempo.

Porque o acesso às informações em tempo real foi importante para organização das massas.

Possibilita a todos, mesmo estando em seus locais de trabalho e a grandes distâncias de se expressarem por meio virtual em tais manifestações.

(Característica 2) – Processo imitativo

Percebemos que a (Característica 2) concentra-se no nosso tema e objeto de estudo: o processo imitativo através do fenômeno da propagação das manifestações por meio das redes sociais digitais. Dessa forma, os participantes corroboram e também alinhava o pensamento que permeou durante todo o decorrer do artigo. No total, foram cinco pessoas opinando para esse direcionamento.

Pois, através das redes sociais todos colocam seus pontos de vista, influenciando muitas vezes pessoas que talvez não teriam a menor pretensão de participar de tais manifestações.

Porque as informações chegam rapidamente a todos, que expressam suas opiniões, sem medo de repressões, influenciando assim outras pessoas que mesmo que estejam distantes, geograficamente, se identificam com as opiniões postadas e acabam levando as propostas para a região onde vivem. Logo após, postam os resultados que são apoiados por outros, a publicidade é a grande chave.

São os "diários abertos", as pessoas postam tudo o que estão pensando, não todas as pessoas, mas uma rede social, não deveria ser, porém se

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Página 111 de 213 tornou a roda de amigos. E como nas rodas de amigos da escola, da faculdade, do bairro, do bar e etc. Uns divulgam suas ideias e outros seguem.

Porque é um meio de comunicação e integração entre as pessoas e uma forma de se manifestar e de se unir por um mesmo ideal.

As pessoas curtem e compartilham status relacionados às manifestações e, com isso, um grupo se organiza para os protestos. É uma forma de reunir pessoas de diversos lugares com o mesmo objetivo.

(Característica 3) - Espaço da luta pelos direitos

A (Característica 3) remete ao novo modelo democrático no qual os indivíduos se inserem e tornam-se reivindicadores dos seus próprios direitos, perfazendo um total de duas pessoas opinando para tal vertente.

Fez a gente abrir os olhos e lutar pelos nossos direitos.

Porque foi por ela que muita gente abriu o olho saiu para as ruas.

(Característica 4) - Maior concentração de pessoas

De acordo com a (Característica 4), a rede social possibilita atingir o grande número, as massas, a multidão, visto que é nesse espaço que se encontra concentrados um grande número de pessoas. Afirmando essa proposição deparamos com seis argumentos.

Por causa do numero de pessoas atingidas pela rede social. Porque tem um alcance maior.

Com certeza! Ficou mais fácil e rápido mobilizar as pessoas e suas ideias. Meio de comunicação onde todos ficam conectados.

Devido ao seu alto alcance pelos números dos usuários que as utilizam. Porque muitas pessoas não tem a disponibilidade de estarem presentes nas manifestações por isso elas se manifestam até mesmo através das redes sociais.

(Característica 5) - Poderoso veículo de comunicação e avanço tecnológico

De fato essa (Característica 5) não poderia faltar, visto que realça um dos fatores que levaram milhares e milhares de pessoas às ruas, o aparato técnico possibilitou a ondulação dos desejos que se fizeram comuns nas manifestações sociais, resultando na opinião de seis pessoas.

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Página 112 de 213 Atua como um forte veiculo de comunicação.

Muito, é um meio eficaz de divulgação.

Com certeza. Um meio de comunicação que mobilizou muitas pessoas a irem para as ruas reivindicarem muitas coisas.

As pessoas tiveram mais facilidade para se comunicar.

Com o avanço da tecnologia as redes sociais estão avançando ainda mais. As redes sociais foram palco da proliferação das manifestações populares, no Brasil.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A internet vem sendo um meio de grande acesso à informação. Com o surgimento das redes sociais, descobrimos que seria mais fácil encontrar um terreno comum a outros usuários, e que qualquer evento poderia se tornar um debate mais amplo, tornando-se a principal fonte de comunicação em todo o mundo.

Nesse sentido, as redes sociais tornaram-se cada vez mais essenciais na vida humana, pois vivemos em um mundo globalizado em que cada indivíduo deve estar atualizado sobre o que está acontecendo no planeta.

Atualmente, a transformação econômica, política e social levam as pessoas a uma saturação expressada pelos meios de comunicação dentro de seu escopo. Nesse caso, o meio mais popular ainda é a internet e a possibilidade de conectividade, especialmente em dispositivos móveis, redes sociais, e publicações em tempo real ainda é enorme. Comprovadamente, o papel dos cidadãos surge adicionado a mudanças, tornando-se parte ativa e visível da sociedade. É por isso que podemos concluir que a rede social on-line vem apresentando grande influência, uma vez que o processo, visto como acelerado, facilita a entrada e o pensamento em grupos, independente de onde as pessoas estiverem.

REFERÊNCIAS

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Universidade de Barcelona, Espanha, n.19, jan/fev/mar/abr, 2002. Disponível

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Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola, 1999.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999 DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. Oxford University Press, 1976.

RECUERO,Raquel. Entrevista: Redes sociais são grupos de atores. Instituto Humanitas Unisinos, 2009. Disponível em:http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/ 23660-redes-sociais-sao-grupos-de-atores-entrevista-com-raquel-recuero

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Questionário: O fenômeno do contágio das manifestações nas redes sociais digitais, 2013. Disponível em https://pt.surveymonkey.com/MySurvey_CollectorList. aspx?sm=ojQ%2f5ekWgXGlaQhRCehQfmNnTz0jW%2fyS7n6%2boMMLXnE%3 d acessado no dia 16/08/2013.

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LEVY, Pierre. O que é virtual? São Paulo, Ed. 34 Literatura. 1996

MARKL, Hubert. InterNationes, 1998. Humboldt 76. Revista Veja nº 35 de 05/09/2001

MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais – aplicação nos estudos de transferência da informação. Ci. Inf, Brasília, v. 30, n. 1, 2001.

SANTAELLA, Lúcia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo.São Paulo: Editora Paulus, 2004.

SOUZA, Carlos Henrique Medeiros de. Comunicação, educação e novas tecnologias; Campos dos Goytacazes, Rio de janeiro, FAFIC. 2003.

TARDE, Gabriel, A Opinião e as Massas, S. Paulo: Martins Fontes, 2005.

Sobre os autores

ALESSANDRA MARIA CUSTÓDIO DA SILVA - Possui graduação em Letras pela

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Santa Marcelinana e Pós-Graduação em Inspeção e Supervisão Escolar. Nos períodos dos estudos acadêmicos, foi monitora de Língua Portuguesa nessa instituição. Trabalhou como Especialista em Educação Básica na Escola Estadual Coronel Francisco Gomes Campos, atuando também como professora de Língua Portuguesa. Mestranda, bolsista pela Capes CNPQ no curso Cognição e Linguagem da

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UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro). Participa do projeto Capes OBEDUC - "Diagnóstico da qualidade de ensino no PROEJA: um estudo na Região Norte e Noroeste Fluminense com foco nos aspectos formativos e metodológicos". Membro do grupo de pesquisa "Escrita: Poder e Subjetividades" - CNPQ/UENF.

GERSON TAVARES DO CARMO - Possui graduação em Administração Pública (FGV-RJ),

licenciatura plena em Formação de Professores de Ensino Médio da área terciária (FANIP, Niterói), licenciatura curta em Ciências (Centro Educacional de Niterói), técnico em Formação de Professores (C.E. Mª Zulmira Torres, Cantagalo, RJ) e especialização em Educação Montessoriana (OBRAPE, RJ). Cursou mestrado em Cognição e Linguagem e doutorado em Sociologia Política, ambos na Universidade Estadual do Norte Fluminense, na qual é professor associado do Laboratório de Estudos de Educação e Linguagem (LEEL) curso de Licenciatura em Pedagogia , credenciado nos Programas de Pós-Graduação de Cognição e Linguagem e de Políticas Sociais. Em 1980, ingressa profissionalmente na área de educação, inicialmente no ensino médio, depois na educação infantil e ensino fundamental. Desde 2002, dedica-se à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e à alfabetização em seus fundamentos e práticas. Atua nos seguintes temas de pesquisa: memória da EJA; permanência escolar na EJA/PROEJA; criação de manuscritos escolares; medo/desejo de escrever entre discentes e docentes. É coordenador do grupo de pesquisa/CNPQ Escrita: poder e subjetividades.

CARLOS HENRIQUE MEDEIROS DE SOUZA - Doutorado em Comunicação e Mídia

(UFRJ). Mestrado em Educação, graduação em gerência de informática e pós-graduação em produção de software (UFJF). Licenciado em Pedagogia (UNISA). Bacharel em Direito, Bacharel em Informática (CES/JF). Professor Associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Coordenador da Pós-Graduação Stricto Sensu Interdisciplinar em Cognição e Linguagem (PGCL/ UENF). Diretor da ANINTER (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Sociais e Humanidades (mandato 2012-2014). Avaliador de cursos do Conselho Estadual de Educação (CEE/RJ). Avaliador de cursos e institucional do INEP/MEC, desde 2004. Diretor Financeiro da ANINTER-SH (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociais). Associado ao CRA/MG, CEAD, ABED e a SBC. Atuou como Diretor Acadêmico na Universidade Salgado de Oliveira. Tem experiência nas áreas da Educação, da Ciência Jurídica, Administração (SiG/ Gestão de Processos/ Gestão da Informação, Logística, Marketing e Gestão Empresarial), Inteligência Coletiva, entre outras. Autor de vários livros e artigos científicos nas áreas de TICs, Educação e Ciberespaço.

DANIELE FERNANDES RODRIGUES - Mestre em Economia Empresarial com

especialização em Economia e graduação em Administração de Empresas. Professora titular do curso de administração da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e da pós-graduação da Universidade Candido Mendes (UCAM). Também funcionária pública, é Professora Docente da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, atuando em atividades de pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Contabilidade, atuando principalmente nos seguintes temas: Contabilidade, Administração Financeira, Administração Pública, Criatividade & Inovação,

Motivação, Informática Educativa, Recursos tecnológicos em sala de aula. Ministra cursos e palestras para eventos empresariais, reuniões gerenciais, sessões de treinamento, encontros e seminários, na área de Criatividade & Inovação, Motivação, Habilidades Interpessoais e Intrapessoais, Relações de Trabalho, Trabalho em Equipe e outros temas atuais de alto impacto emocional e motivacional.

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Página 115 de 213 ANEXO 1

O FENÔMENO DO CONTÁGIO DASMANIFESTAÇÕES NAS REDES SOCIAIS

1 . Você utiliza alguma(s) rede(s) social(is) com frequência? ( ) Sim

( ) Não

2. Quantos dias por semana você acessa redes sociais? a. 1 ou 2 dias

b. 3 ou 4 dias c. 5 ou mais dias d. Não utilizo

3. Em média, quanto tempo por dia você gasta acessando redes sociais? a. Até 1 hora b. Até 2 horas c. Até 5 horas d. Até 8 horas e. Acima de 8 horas f. N.d.a.

4. De quantas redes sociais você faz parte?

5. Qual a sua rede social preferida?

6. Você acredita que as redes sociais influenciaram na propagação das manifestações sociais no Brasil? Por quê?

7. Você participou, curtindo, compartilhando ou colocando em seu status fotos, imagens ou textos sobre as manifestações sociais no Brasil?

b)Textos c)Compartilhei d)Curti e)Não f)Sim Outro (especifique)

Imagem

Gráfico 1- Frequência utilizada nas redes sociais digitais
Gráfico 3 – Tempo por dia gasto acessando as RSDs
Gráfico 5 - Rede social digital preferida
Gráfico 7- Redes sociais digitais: influência na propagação

Referências

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