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Governo Federal Presidente da República

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Academic year: 2019

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Texto

(1)

André Gustavo Campos Pereira

Joaquim Elias de Freitas

Roosewelt Fonseca Soares

Cálculo I

D I S C I P L I N A

Derivadas de

funções compostas

Autores

aula

(2)

Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede” Governo Federal

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEED Carlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Reitor

José Ivonildo do Rêgo

Vice-Reitora

Ângela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a Distância Vera Lúcia do Amaral

Secretaria de Educação a Distância- SEDIS

Coordenadora da Produção dos Materiais Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfico Ivana Lima

Revisores de Estrutura e Linguagem Eugenio Tavares Borges

Jânio Gustavo Barbosa Thalyta Mabel Nobre Barbosa

Revisora das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva

Revisoras de Língua Portuguesa Janaina Tomaz Capistrano Sandra Cristinne Xavier da Câmara

Revisores Técnicos Leonardo Chagas da Silva Thaísa Maria Simplício Lemos

Revisora Tipográfica Nouraide Queiroz

Ilustradora Carolina Costa

Editoração de Imagens Adauto Harley Carolina Costa

Diagramadores Bruno de Souza Melo Dimetrius de Carvalho Ferreira Ivana Lima Johann Jean Evangelista de Melo

Adaptação para Módulo Matemático André Quintiliano Bezerra da Silva Kalinne Rayana Cavalcanti Pereira Thaísa Maria Simplício Lemos

Colaboradora Viviane Simioli Medeiros Campos

(3)

Apresentação

N

a aula 4 (A derivada), vimos como utilizar as propriedades para calcular as derivadas de somas, produtos e quocientes de funções deriváveis. Entretanto, existem funções que não são expressas como somas, produtos ou quocientes de funções deriváveis. Se voltarmos às aulas 8 (Funções (I)) e 9 (Funções (II)) de Pré-Cálculo, nos depararemos com funções obtidas pela composição de funções e funções que são inversas de uma outra função. Nesta aula, estudaremos a regra da cadeia, que é utilizada para calcular a derivada de composta de funções, e aprenderemos como calcular a derivada da inversa de uma função.

Objetivos

(4)

Regra da cadeia

Se você não está lembrando o que significa composta de funções retome seu material de Pré-Cálculo, mais precisamente a página 15 da aula 8 e faça uma leitura rápida para relembrar. Lembre-se de que relembrar é viver.

Vamos começar a regra da cadeia considerando um exemplo em que desejamos calcular a derivada da função h฀x) =s฀n฀x฀+ 1). Observe que a função h pode ser vista como a composta das funções f฀x) =s฀n x e ฀฀x) =x฀+ 1.

Usando a definição de função composta, temos

฀f g)฀x) =f฀g฀x)) =s฀n฀g฀x)) =s฀n฀x฀+ 1). Ou seja, a função h realmente pode ser vista como:

h฀x) = ฀฀g)฀x)

ou

h฀x) =฀฀g฀x)).

Nosso objetivo agora é obter a derivada h฀฀฀x) = 2x em termos das derivadas f฀฀฀x) = 2xe

g

฀฀฀x) = 2x. Sabemos que a função f฀x) =s฀n x é derivável e que sua derivada é f฀฀x) =฀os x. Com relação à

função polinomial ฀฀x) =x฀+ 1, sabemos que sua derivada é ฀฀฀x) = 2x.

Para determinarmos a derivada da função h฀x) =s฀n฀x฀+ 1), devemos aplicar a regra da cadeia. Essa regra aplica-se à derivada de funções compostas do tipo ฀฀g)฀x) =฀฀g฀x)).

Teorema 1 (regra da cadeia)

Sejam f e

g duas funções deriváveis, e suponhamos que seja possível obter a função

composta ฀฀ ฀g)฀x) =฀฀g฀x)). Em outras palavras, estamos supondo que x pertence ao

domínio de

g, que

฀฀x) pertence ao domínio de

f, e que existem as derivadas

g฀฀x)e฀฀฀g฀x)).

Então, a função composta, ฀ g, é derivável em x e sua derivada é dada por

฀฀◦g)฀฀x) =฀฀฀g฀x))g฀฀x).

A seguir, apresentamos outras notações que você pode encontrar em alguns livros de cálculo.

Fazendo u=฀฀x), podemos escrever a regra da cadeia da seguinte forma, usando a notação de Leibniz, vista na aula 4 (A derivada):

฀xf฀u฀x)) = ฀f ฀u ฀

(5)

Na notação que omite a variável independente, temos

฀xf฀u฀x)) =f

฀u)u,

ou ainda

[฀฀u฀x))]฀ =฀฀฀u)฀u฀.

Observação – Embora a regra da cadeia seja de fundamental importância para o estudo do cálculo, sua demonstração não faz parte dos objetivos desta disciplina.

Exemplo 1

Vamos voltar a considerar as funções h฀x) =sen฀x฀+ 1)฀ f฀x) =sen x e ฀฀x) =x฀+ 1. Desejamos encontrar a derivada ฀x) em termos das derivadas ฀฀฀x)eg฀฀x). Como vimos anteriormente, f฀฀x) =฀ox xeg฀฀x) = 2x. Então, pela regra da cadeia, a derivada ฀฀฀x) será obtida do seguinte modo

h฀฀x) = [f฀g฀x))]฀ =f฀฀g฀x))g฀฀x) =฀os฀g฀x))g฀฀x) =฀os฀x฀+ 1)2x,

h฀฀x) =฀os฀x฀+ 1)฀2x.

A função exponencial

e

x

e sua derivada

Uma pergunta interessante que se pode fazer é “existe uma função cuja derivada seja ela própria?”. Surpreendentemente, a resposta é sim. Para isso, vamos tentar uma função exponencial a฀a >0ea= 1). Nesse caso,

(฀฀)= lim

฀฀฀0

฀(฀+฀฀)฀฀

฀x = lim฀฀฀0

฀฀(฀฀฀1)

฀x =

lim

฀฀฀0฀

· lim

฀฀฀0

฀฀฀1

฀x =฀฀·฀lim฀฀0

฀฀฀1

(6)

Atividade 1

1

2

Para concluir que existe uma função cuja derivada é a própria função, basta mostrar que existe um número a tal que

lim

฀฀฀0

฀฀฀฀1 ฀x = 1.

Esse número especial a existe e o chamaremos de e, o qual é definido pelo limite

฀= lim

฀฀฀0(1 + ฀x) 1 ฀x.

Em cursos mais avançados de cálculo, prova-se que esse limite existe e que é um número irracional com valor e= 2฀7฀828฀ ฀ ฀. Agora com ฀฀e, procedamos ao cálculo do limite

(฀฀) = lim ฀฀฀0฀

· lim ฀฀฀0

฀฀฀1

฀x =฀

·1 =.

Resumindo, ฀฀฀)฀ =฀฀.

Observação – Devido à propriedade vista anteriormente a respeito do número e, diz-se que ele é a base natural das funções exponenciais. Note que se c é uma constante também temos ฀฀e฀)฀ =฀e฀.

Considere f฀x) =฀฀eg฀x) =u= 3x฀ Então, a função composta de f com g é dada por

฀fg)฀x) =f฀g฀x)) =f฀u) =฀฀=฀฀x.

Determine a derivada da função ฀f g)฀x) =฀฀฀.

Determine a derivada da função composta de g com f que é dada por

(7)

Derivada da função inversa

Agora é um bom momento para você reler a aula 9 de Pré-Cálculo, a partir da página 14, quando tratamos de funções invertíveis. Seria bom termos em mente que ฀฀฀฀x)= 1

฀฀x).

Teorema 2

Se f tem derivadas em todos os pontos de um intervalo I, no qual f฀x)0 ou no qual

f฀฀x)฀0, é possível mostrar que:

a) se

y=฀฀x), então, a imagem de f é um intervalo J e existe uma função x=฀฀฀฀y) que satisfaz às relações ฀฀฀฀฀฀x)) =xe฀฀฀฀฀฀y)) =y, dita a inversa de f, e possui derivadas em todo intervalo J;

b) a derivada da função inversa é

฀ ฀yf฀

฀y) = 1

f฀f฀฀฀y))

฀yf฀฀฀y) = 1 f฀x).

Note que ฀ ฀yf฀

y) = ฀x

฀y ef฀x) = ฀

฀xf฀x) = ฀y

฀x, o que nos permite escrever

dx dy =

฀y ฀x

.

Isto é, a derivada da função inversa é o inverso da derivada da função dada.

Demonstração

Não faremos a demonstração do item (a). Uma demonstração rigorosa desse item é feita em cursos mais avançados de cálculo.

Para uma demonstração do item (b), derivamos ambos os membros da igualdade

฀฀฀฀y) =x

(8)

฀xf฀฀฀y) = ฀x),

e usando a regra da cadeia pelo fato de y=฀฀x)฀ temos:

฀ ฀yf฀

฀y)y= 1,

฀ ฀xf

฀฀฀y) = 1 y =

1 f฀x)

Logo, ฀

฀yf฀฀฀y) = 1 f฀x)

Como na função inversa a variável independente é y, devemos expressar ฀฀฀x)

em termos de y,

portanto, ฀ ฀yf฀

฀y) = 1

f฀x) = 1 f฀f฀฀฀y))

Resumindo, ฀ ฀yf฀

฀y) = 1

f฀f฀฀฀y))

Observação - Note que foi extremamente importante o fato de termos f฀฀x)฀0 ou f฀฀x)฀0 (na verdade, ฀฀฀x)= 0)฀ para que o quociente anterior fizesse sentido.

Exemplo 2 (Derivada do logaritmo natural)

Como visto na aula 13 de Pré-Cálculo (Funções exponenciais e logarítmicas), a função inversa da exponencial y฀฀฀ é a função logaritmo natural ฀lny. Aplicando a fórmula da derivada da função inversa a ฀฀lny, e sabendo que f฀x) =e฀฀ f฀x) =e฀ef฀฀฀y) =lny,

temos:

฀y lny= 1

f฀f฀฀฀y)) = 1 f฀lny) =

1 eln฀ =

1 y.

Resumindo, ฀

฀y lny= ฀

y. Finalmente, podemos reescrever essa fórmula usando

x

como variável independente, conforme é mais usual, obtendo:

(9)

Exemplo 3 (Derivada da função exponencial

a

x

,

a

>

0

)

Ainda remetendo à aula 13 de Pré-Cálculo, vimos que ฀฀eln฀ e a regra de potências

฀฀฀)d=฀฀d, portanto, elevando ambos os membros a x, obtemos

฀x= ฀eln฀)x=exln฀,

ou seja,

฀x฀exln฀.

Derivando a igualdade anterior, obtemos

d dx฀฀

x) = d dx฀e

xln฀),

e utilizando a regra da cadeia, fazendo u฀xln฀, temos

d dx฀฀

x) = d

du฀e

u) d

dx฀u) =e

uln=exln฀ln=xln.

Resumindo, d dx฀฀

) =ln฀.

O logaritmo natural também é chamado de logaritmo neperiano.

Exemplo 4 (Derivada da função

x

r

,

x

>

0

,

r

R

,

r

fixo)

Como x฀฀฀n฀ elevando ambos os membros a r, obtemos:

x฀฀฀฀฀nx฀฀฀฀฀nx

฀ ฀x฀x

) = ฀ ฀x

e฀฀nx

Utilizando a regra da cadeia, fazendo u

=

r

Inx temos

฀ ฀x฀x

) = ฀ ฀u฀e

u)฀u ฀x =e

ur 1 x =e

฀lnx r x =x

r

x =r฀x ฀฀฀

Resumindo,

฀ ฀x฀x

(10)

Atividade 2

1

2

3

Polinômios centrados em

a

Denominamos de polinômio centrado em

a de grau

n o polinômio

apresentado na forma:

Pn฀x) = n

฀=฀

a฀฀x฀a)฀=a฀฀x฀a)฀+a1฀x฀a)1+฀ ฀ ฀+a฀฀x฀a)฀+฀ ฀ ฀+an฀x฀a)n ,

Pn฀x) =a฀+a1฀x฀a) +฀ ฀ ฀+a฀฀x฀a)฀+฀ ฀ ฀+an฀x฀a)n,

onde a, a฀, a1, ฀ ฀ ฀ , a฀ são números reais com ฀฀฀= ฀.

Exemplo 5

Consideremos o polinômio ฀฀฀x) = 1 + 2฀x฀1) + 3฀x฀1)฀. Então,

฀= ฀ , ฀฀ = ฀ , ฀1= 2 e ฀฀= ฀.

Exemplo 6

No polinômio ฀฀฀x) = 1 + 3฀x฀1)฀, temos

฀= 1 , ฀฀ = 1 , ฀1= ฀ e ฀2 = 3

Considerando a função ฀฀x) =฀x฀+ 13, encontre sua derivada ฀฀x).

Dada a função ฀฀x) =฀x฀3x+ 134, encontre sua derivada ฀฀฀x).

Encontre a derivada de ฀x฀a)฀ , x > a , a฀ r . com

a

e

r

fixos.

(11)

Exemplo 7

No polinômio ฀฀฀x) =x+ 5x฀, temos ฀= ฀ , ฀฀ = ฀ , ฀1 = 1 , ฀2 = ฀ e ฀3= 5,

o que dá um polinômio centrado em 0, a saber

฀3฀x) =x+ 5x3= 0 + 1฀x฀0)฀+ 0฀x฀0)2+ 5฀x฀0)3

Derivada do polinômio centrado em a, ฀n฀x) = n

฀=฀

a฀฀x฀a)฀. Neste caso, usamos a notação de Newton para derivadas.

Pn฀฀x) =  n

฀=฀

a฀฀x฀a)฀ ฀

=

a฀+a1฀x฀a)1+฀ ฀ ฀+a฀฀x฀a)฀+฀ ฀ ฀+an฀x฀a)n฀.

Como a derivada de uma soma é a soma das derivadas, temos

Pn฀฀x) = n

฀=฀

a฀฀x฀a)฀

฀

= ฀a฀)฀+ [a1฀x฀a)]฀+฀ ฀ ฀+ [an฀x฀a)n]฀

Pn฀฀x) = n

฀=฀ a฀

฀x฀a)฀฀ = 0 +a฀฀x฀a)฀+a2฀฀x฀a)2฀+฀ ฀ ฀+an฀฀x฀a)n)฀

Pn฀x) =

n

฀=฀

a฀k฀x฀a)฀฀฀ =

0 +a฀·1·฀x฀a)฀฀฀+a2·2·฀x฀a)2฀฀+฀ ฀ ฀+an·n·฀x฀a)n฀฀

Pn฀x) =

n

฀=฀

ka฀฀x฀a)฀฀฀ =a฀+ 2a2฀x฀a) +฀ ฀ ฀+nan฀x฀a)n฀฀

Observe que nos últimos somatórios o k varia de 1 a

n, pois a primeira parcela para

k = 0 a derivada é nula, uma vez que

฀฀= ฀, sendo totalmente desnecessário explicitá-la.

Resumindo,

n฀x) = n

฀=฀

ka฀฀x฀a)฀฀฀ ou ฀ n

฀=฀

฀฀฀x฀฀)฀ 

=

n 

฀=1

(12)

Calcule a derivada das funções dos exemplo 5, 6 e 7.

Atividade 3

Funções

trigonométricas inversas

Vimos na aula 15 de Pré-Cálculo (Funções trigonométricas inversas) que as funções trigonométricas seno, co-seno, tangente, quando restritas a domínios adequados, admitem função inversa. Vejamos mais alguns exemplos.

Exemplo 8 (Função

arcsec(x)

)

Na Figura 1a, vemos que a função secante não possui inversa em todo seu domínio, mas se considerarmos essa função restrita à união dos intervalos abertos ฀฀,฀

2 

฀฀฀2, ฀, como vemos nessa figura, a função secante torna-se injetiva. Desse modo, admite uma função inversa, a qual denominamos de arco secante e representamos por ฀rcsec฀x), definida no domínio ฀฀∞฀1)฀1฀) com imagem ฀,฀

2 

฀฀฀2, ฀, como mostrado na Figura 1b.

Cabe observar que na função ฀rcsec฀x), usualmente, quando tentamos encontrar seus valores, lê-se o arco cuja secante é x.

Se y=฀rcsec฀x), então, x=se฀฀y)

Exemplo 9

Na Figura 1a, sec฀฀

3

= ฀ e na Figura 1b, arcsec฀2) = ฀

3, as quais estão de acordo

com a leitura: o arco cuja secante é 2 é ฀

(13)

As funções arccos฀฀), ฀rccotg฀x) e ฀rccosec฀x) podem ser determinadas da mesma forma que as outras vistas anteriormente, no entanto, é mais simples usar as identidades seguintes:

arc cos฀x)

2 ฀arc sen฀x),

arc cotg฀x)≡ ฀2 ฀arc tg฀x),

arc cosec฀x)

2 ฀arc sec฀x).

Figura 1 - Gráficos da sec(x) e de sua função inversa arcsec(x)

Gráfico de sec(x),

destacando-se que na união dos intervalos abertos ฀

฀,฀ 2

฀฀฀2, ฀

função sec(x) torna-se

injetiva, tendo como imagem ฀฀∞฀฀1)∪฀1฀∞).

Gráfico da função

arcsec(x), cujo domínio

é a união dos intervalos ฀฀∞฀฀1)∪฀1฀∞). a

(14)

Cálculo das

derivadas das funções

trigonométricas inversas

Exemplo 10 (Derivada da função

arcsen(x)

)

Observação - Para facilitar a aplicação das fórmulas da derivada da função inversa, optamos considerar x=฀rcsen฀y), sendo

y tratada como a

variável independente.

Como visto anteriormente, arco seno é a função inversa da função seno. Quando

y฀s฀n x, tem-se x=฀rcsen฀y). Aplicando a fórmula da derivada da função inversa,

฀ ฀yf฀

฀y) = 1

f฀f฀฀฀y)),

a x=฀rcsen฀y), com y=f฀x) =sen x,f฀x) =cos xex=f฀฀฀y) =฀rcsen฀y), temos:

d

dy฀rcsen฀y) = 1

f฀f฀฀฀y)) =

1

cos฀฀rcsen฀y)),

pois f฀x) =cos x,x=฀rcseny), e mais

cos฀฀rcsen฀y)) =cos฀x) =1฀฀sen x)฀ =฀1฀y฀,

a raiz quadrada é positiva, porque cos

(

x

)

é sempre maior ou igual a zero, quando x está no intervalo ฀

฀,

..

Concluímos que

d

dy฀rcsen฀y) =

1 ฀

(15)

Finalmente, podemos reescrever essa fórmula usando x como sendo a variável independente,

de acordo com o que é mais usual, obtendo:

d

dx฀rcsen฀x) =

1

1x฀.

Exemplo 11 (Derivada do

arctg

(x)

)

Observação - Para facilitar a aplicação das fórmulas da derivada da função inversa, optamos por considerar x=฀rc tg฀y), sendo

y tratada como a

variável independente.

Conforme vimos anteriormente, arco tangente é a função inversa da função tangente. Quando y฀t฀ x, tem-se x=฀rctg฀y).

Aplicando a fórmula da derivada da função inversa a x=฀rctg฀y), com y=f฀x) =tg x,f฀x) = 1 +tg2 xex=f฀฀y) =฀rctgy), temos:

d

dy฀rctg฀y) =

1

ff฀฀y)) =

1

1 +tg2฀rctgy)) =

1

1 + [tg฀฀rctg฀y))]2 =

1 1 +y2.

Resumindo,

d

dy฀rctg฀y) = 1 1 +y฀.

Finalmente, podemos reescrever essa fórmula usando x como variável independente, conforme o que é mais usual, obtendo:

d

dx฀rctg฀x) =

1 1 +x฀.

Exemplo 12 (Derivada da função

arcsec

(x)

)

Observação - Para facilitar a aplicação das fórmulas da derivada da função inversa, optamos por considerar x=฀rcsec฀y), sendo

y tratada como a

variável independente.

(16)

Aplicando a fórmula da derivada da função inversa a x=฀rc sec฀y), com

y=f฀x) =sec x,f฀x) =sec x tg xex=f฀฀฀y) =฀rc sec฀y), temos:

d

dy฀rcsec฀y) =

1

ff฀฀y)) =

1

sec฀฀rc sec฀y))tg฀฀rc sec฀y)),

pois f฀฀x) =sec x tg x,x=฀rcsec฀y),฀tg x)฀ = ฀sec x)฀฀1,|tg x|=

฀sec x)฀ ฀1

e mais

tg฀฀rcsec฀y)) =tg฀x) =± 

฀sec x)฀

฀1 =±฀y฀1 d

dy฀rcsec฀y) =

1 ±y฀y฀1,

a indefinição do sinal (+) ou (-) é decorrência da descontinuidade da função arco secante, mas, como vemos no gráfico dessa função, para pequenos valores positivos do acréscimo

฀฀, temos valores positivos de ฀฀, portanto, essa derivada sempre será maior ou igual a zero. Podemos então eliminar o sinal (-) utilizando a função valor absoluto:

d

dy฀rcsec฀y) = 1

|y|฀y฀1.

Finalmente, reescrevemos essa fórmula usando

x como variável independente,

conforme é mais usual, obtendo:

d

dx฀rcsec฀x) =

1

|x|√x฀1.

Derivadas laterais

Poderíamos ter procedido ao estudo da derivada de uma função de modo análogo ao que fizemos em limites. Assim, definimos, primeiramente:

a)

derivada à direita: chamamos de derivada à direita da função f no ponto ฀฀ o limite da taxa de variação média quando ฀฀ tende a 0 por valores sempre positivos, desde que esse limite exista. Deste modo, a derivada à direita da função

f no ponto

, denotada por ฀฀

฀฀x฀), é

(x0) = lim ฀฀฀0฀

฀y

฀x = lim฀฀฀0฀

฀(x0 + ฀x)฀฀(x0)

฀x ;

b)

derivada à esquerda: chamamos de derivada à esquerda da função f no ponto ฀฀ limite da taxa de variação média quando ฀฀ tende a 0 por valores sempre negativos, desde que esse limite exista. Desse modo, a derivada à esquerda da função f no ponto ฀฀, denotada por ฀

฀฀x฀), é

(x฀) = lim ฀฀฀0฀

฀y

฀x = lim฀฀฀0฀

฀(x฀ + ฀x)฀฀(x฀)

(17)

Em seguida, com a ajuda do Teorema 3, diríamos que uma função é derivável num ponto ฀ se, e somente se, as derivadas laterais em x฀,฀฀฀x฀)e฀ ฀x฀), existem e são iguais; a esse valor comum daríamos o nome de derivada da função f no ponto ฀฀.

Definição

Uma função f é derivável no intervalo fechado [a

,

b] se for derivável em todos

os pontos do intervalo aberto

(a

,

b), possuir derivada à esquerda em

a e

derivada à direita em b.

Exemplo 13

Calcular as derivadas laterais da função valor absoluto de

x, ou módulo de

x,

฀฀x) =x, emx.

Derivada à direita em ฀ = ฀:

(0) = lim ฀฀฀0฀

฀y

฀x = lim฀฀฀0฀

฀(0 + ฀x)฀(0)

฀x =

lim

฀฀฀0฀

|0 + ฀x| ฀ |0|

฀x = lim฀฀฀0฀

|฀x|

฀x .

Como ฀฀ tende a 0, por valores sempre positivos, temos que ฀฀= ฀฀, portanto,

(x0) = lim ฀฀฀0฀

฀฀x฀

฀x = lim฀฀฀0฀

฀x

฀x = 1. Derivada à esquerda em ฀ = ฀:

 (0) = lim ฀฀→0฀

฀y

฀x = lim฀฀→0฀

฀(0 + ฀x)฀฀(0)

฀x

= lim

฀฀→0฀

|0 + ฀x| ฀ |0|

฀x = lim฀฀→0฀

|฀x|

฀x

Como ฀฀ tende a

0 por valores sempre negativos, temos que

|฀฀|=฀฀฀,

portanto,

(0) = lim ฀฀฀0฀

|฀x|

฀x = lim฀฀฀0฀

฀฀x

฀x =฀1.

Como as derivadas laterais em ฀ = ฀ são diferentes, temos que a ฀฀x) =x não é

Teorema 3

(18)

Atividade 4

Resumo

1) Monte uma tabela com as funções vistas até o momento, de modo

que na primeira coluna tenhamos a função e na segunda sua derivada. Por exemplo:

Função Derivada

฀฀x) =x฀ ฀฀฀x) =nx฀฀฀

2)

Considere a função ฀฀x) = ฀x3+ 3x4x+ 1)5 e encontre a derivada ฀฀฀x).

3) Considere o polinômio

฀฀฀x) = 1 + 2฀x฀1) + 3฀x฀1)

e obtenha a derivada ฀฀

฀฀x) do polinômio ฀฀฀x).

4) Considere o polinômio

2฀฀x) = 1 + 2฀x1) + ฀x1)2฀ e obtenha a derivada ฀฀

2฀฀x) do polinômio ฀2฀฀x).

5) Considere a função ฀฀x) = ฀x

฀2)5฀฀ e obtenha a derivada ฀฀x).

6)

Considere a função f฀x) =฀฀฀ e obtenha a derivada ฀฀฀x).

7) Considere a função

f฀x) =฀฀฀

e obtenha a derivada ฀฀฀x).

8) Considere a função ฀฀x) = 2

e obtenha a derivada ฀฀฀x).

9) Considere a função

f฀x) =฀rcsen฀2x) e obtenha, aplicando a regra da

cadeia, a derivada ฀฀฀x).

(19)

Auto-avaliação

Imagine um processo qualquer composto de duas fases em que a última só se realiza depois da primeira ter sido encerrada. Ou seja, o processo total pode ser visto como uma composição dos dois estágios. Seja h฀x) =฀฀g฀x)) a função que representa tal processo, no qual a função ฀฀x) representa a primeira etapa e a função ฀฀x) representa a segunda.

a) Qual o sinal da derivada de ฀฀x) se as derivadas de

g฀x)e฀฀x) têm sinais

iguais?

b) Qual o sinal da derivada de ฀฀x) se as derivadas de

g฀x)e฀฀x) têm sinais

diferentes?

Referências

ANTON, Howard. Cálculo: um novo horizonte. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. v 1.

(20)
(21)
(22)
(23)
(24)

Imagem

Figura 1 - Gráficos da sec(x) e de sua função inversa arcsec(x)

Referências

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