DISTÚRBIOS
A circulação mantém-se em equilíbrio (ou
homeostase
) e,
quando há
desequilíbrio
podem se instalar
distúrbios
circulatórios
, presentes em doença cardiovasculares.
Os distúrbios circulatórios incluem:
EDEMA;
HIPEREMIA;
HEMORRAGIA;
TROMBOSE;
EMBOLIA;
ISQUEMIA,
H
IPEREMIA
Consiste no aumento da quantidade do sangue no
interior dos vasos de um órgão ou território
orgânico.
H
IPEREMIA
ATIVA
È provocada por dilatação
arteriolar com aumento do
fluxo sanguíneo local.
H
IPEREMIA
ATIVA
fisiológicaquando há necessidade de maior
irrigação:
Músculos esqueléticos durante os exercícios;
Mucosa gastro intestinal durante a digestão; Na pele em situações de calor extremo;
H
IPEREMIA
ATIVA
patológica
a qual
acompanha inúmeros
processos patológicos como
na inflamação aguda.
Aumento de fluxo vascular,
vasodilatação,
aumento de calor e
H
IPEREMIA
P
ASSIVA
OU
CONGESTÃO
Redução da drenagem venosa, que provoca
distensão das veias distais, vênulas e capilares;
A região comprometida adquire coloração
C
ONGESTÃO
Varizes nas pernas
podem resultar de
congestão passiva, por falta de drenagem
venosa.
Se o sangue arterial chega de modo normal,
mas não há drenagem (saída) venosa
suficiente, ocorre
acúmulo ou retenção de
líquido no interior dos vasos sangüíneos.
HEMOSTASIA
Processo fisiológico envolvido com a fluidez do sangue
e com o controle do extravasamento sanguíneo após
lesão vascular.
A homeostasia depende da ação integrada de três
componentes fundamentais:
1. Parede celular 2. Plaquetas
1- P
AREDE
VASCULAR
Endotélio
Fatores de coagulação
Tromboplastina (liberada após lesão celular)
Fator de Willebrand (estimulador da adesão
plaquetária)
Colágeno, fibronectina, trombospondina e
2- P
LAQUETAS
1. Adesão – aderência das plaquetas a uma superfície desprovida de
endotélio (colágeno subendotelial exposto) e mediado pelo Fator de
Von Willebrand;
2. Secreção – liberação de granulos (fatores pró-coagulantes
3. Agregação – agregação de plaquetas e formação de uma malha de
fibrina (tampão plaquetário)
S
ISTEMA
DE
C
OAGULAÇÃO
É a transformação de fibrinogênio em fibrina
polimerizada (insolúvel)
Via intrinseca – a partir do contato de fatores de
coagulação com uma superfície (colágeno, plaquetas)
Via extrinseca – ativada pela liberação da
G
ÊNESE
DO
TROMBO
G
ÊNESE
DO
TROMBO
G
ÊNESE
DO
TROMBO
o
É um processo patológico caracterizado pela
solidificação do sangue dentro dos vasos ou do
coração no indivíduo vivo.
o
Trombo é a massa sólida formada pela coagulação do
sangue.
o
Coágulo é uma massa não estruturada de sangue
fora do vaso ou do coração ou formada por
coagulação após a morte.
Fatores responsáveis pela
trombose (etiopatogênese):
A trombose resulta da ativação patológica do processo normal da
coagulação sanguínea, pode ocorrer quando existe:
1. Lesão endotelial
• Placas ateromatosas
• Agressão direta de bactérias ou fungos
• Leucócitos ativados em I. aguda
• Traumatismos
Fatores responsáveis pela trombose
(etiopatogênese):
2. Alterações no fluxo sanguíneo
I. Retardamento do fluxo (venoso):
a) Insuficiência cardíaca
b) Dilatação vascular
c) ↑ Viscosidade do sangue
d) ↓Contração muscular (pacientes acamados)
II. Aceleração do fluxo (arterial):
a) Cisalhamento e turbulência
3. Hipercoagulabilidade – alteração na função ou número de
plaquetas
3. Hipercoagulabilidade
–
alteração na função ou
número de plaquetas
I.
Alterações congênitas dos fatores pró ou
anticoagulantes
a) Mutação pontual da molécula do fator V
Leiden
II. Alterações adquiridas - liberação de
tromboplastina no plasma que ativa a via
extrinseca da coagulação:
a) Politraumatismos
b) Queimaduras, cirurgias extensas
c) Neoplasias malígnas
d) Anticoncepcionais orais contendo estrógenos
e) Final da gestação
E
MBOLIA
Presença de um corpo estranho na circulação (sólido, líquido
ou gasoso), atuando como êmbolo.
Quando levado pela circulação obstruirá um vaso de diâmetro
T
ROMBO
EMBOLIA
PULMONAR
A. Embolia maciça causando obstrução do fluxo sanguíneo pulmonar
B. Tromboembolia do ramo de médio calíbre em paciente com insuficiencia cardíaca causando infarto pulmonar C. Multiplos pequenos êmbolos provocando hipertensão
Líquidos
–
, líquido amniótico
Sólidos
–
gotas de gordura,trombos (tromboembolia),
pedaços de ateromas, parasitas e bactérias, corpos estranhos,
restos de tecidos, massas tumorais.
Gasosos
–
infusão de ar por acidentes em exames ou
injeções, mudança brusca de pressão atmosférica (aviação,
mergulho), que leva ao
“borbulhamento”
sangüíneo.
*** 99% dos êmbolos surgem de trombos que se desprendem da parede vascular.
ISQUEMIA é a diminuição do afluxo de sangue
em uma região
Causas:
Compressão mecânica da artéria/arteríola;
Doenças vasculares: trombo, êmbolo, ateroma;
Consequências: Depende:
da intensidade da isquemia,
do tempo de sua duração e
do tecido afetado.
é provocado por uma interrupção no suprimento de sangue ao cérebro e ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se rompe.
HEMORRAGIA
Saída de hemácias dos vasos para o exterior,
quer para cavidades, quer para o espaço
intersticial.
Por rexis: hemorragia com ruptura, é a mais frequente;
a) Hemorragia Interna: quando não ocorrer exteriorização do sangramento. Uma hemorragia interna pode vir a ser externa (lesão renal com exteriorização pela urina). Podemos visualizar a hemorragia interna sob forma de hematoma.
b) Hemorragia Externa: é aquela onde ocorre exteriorização do sangramento. O sangramento de uma úlcera gástrica, verificado nas fezes ou vômitos, é hemorragia externa.
c) Hemorragia por diabrose: causada por rexis (ruptura) por corrosão. Ex.: úlcera péptica, cavernas pulmonares da tuberculose.
a) Hemoptise: sangue no escarro.
b) Hematúria: sangue na urina, que pode ser micro ou macroscópico. c) Melena: sangue nas fezes, micro ou macroscópico. Apresenta coloração preta ou enegrecida e fétida.
d) Enterorragia: sangramento do aparelho digestivo inferior, onde não ocorre a digestão das hemácias (sangue “vivo” nas fezes).
e) Hematêmese: sangue no vômito.
f) Otorragia: sangramento pelo ouvido.
g) Hemopericárdio: sangramento no pericárdio. h) Hemartrose: sangramento em uma articulação
i) Metrorragia: sangramento fora do período menstrual (miomas). j) Menorragia: quando ocorre sangramento de maior duração e quantidade.
l) Menstruação: sangramento cíclico.
- é uma ulceração causada por
falta de circulação sangüínea
adequada. Pode ser uma
complicação em pacientes
imobilizados por longo período de
tempo numa mesma posição,
sofrendo compressão constante
em alguns pontos.
Morte tecidual devido à falência circulatória
INFARTO
Infarto Branco (ou anêmico ou isquêmico)
A morte tecidual ocorre porque não há afluxo de sangue. Quando a interrupção ao fluxo arterial ocorre em um vaso, as ramificações desse vaso também não receberão sangue e por isso, o infarto branco pode assumir um aspecto piramidal (em pirâmide)
Infarto Vermelho (ou hemorrágico)
CHOQUE
Crise aguda de insuficiência cardiovascular,
ou seja, o coração e os vasos não são capazes
de irrigar todos os tecidos do corpo com
T
IPOS
DE
CHOQUE
Hipovolêmico:por hemorragias graves ou
desidratação, em que a perda de sangue leva
à descida perigosa da pressão arterial;
Séptico, em que bactérias produzem
endotoxinas que causam vasodilatação em
todos os vasos de forma inapropriada;
Cardiogenico: de causa cardíaca por falência
R
EFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
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geral. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2008. 367 p
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