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SECÇÃO SANTA CATARINA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DENTiSTICA RESTAURADORA CIMENTOS RESINOSOS

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.44

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

SECÇÃO SANTA CATARINA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DENTiSTICA RESTAURADORA

CIMENTOS RESINOSOS

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Dentistica Restauradora-ABO, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Especialista em

Dentistica -Restauradora.

Orientador: Professor Gilberto Arcari

■C "--

(2)

Agradecimentos

Agradeço de coração a minha mãe pelo amor, compreensão e apoio;

Ao meu marido, por entender minha constante ausência e por ter despendido tanto do seu

tempo para me auxiliar, demonstrando toda a sua dedicação por mim;

Ao Alan que, sempre, mostrou boa vontade e paciência para me ensinar as coisas que fugiam

da minha compreensão;

Aos meus amigos Jocelita Luvison e Fernando Massa por serem tão espontâneos e generosos;

E, finalmente, agradeço a todos os professores do curso de especialização, em especial, ao

meu orientador Gilberto Arcari, os quais me surpreenderam com tamanha humildade e cuja

relação consistiu de trocas de informação e amizade, fazendo eu me sentir uma colega de

(3)

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 06

1 CIMENTOS RESINOSOS

08

1.2 Classificação dos cimentos resinosos 10

1.2.1 Classificação quanto ao tamanho das partículas 10 1.2.2 Classificação quanto ao tipo de polimerização 11

1.3 Propriedades dos cimentos resinosos 13

1.3.1 Classificação dos cimentos resinosos quanto As suas propriedades 13

1.4 Propriedades mecânicas 14

1.4.1 Limite proporcional / resiliência 15

1.4.2 Módulo de elasticidade 15

1.4.3 Espessura da película 15

1.4.4 Resistência ao desgaste 17

1.4.5 Absorção de água 17

1.4.6 Radiopacidade 18

1.5 Classificação dos cimentos resinosos quanto às propriedades estéticas 18

1.5.1 Estabilidade da cor 18

2 VANTAGENS, DESVANTAGENS E INDICAÇÕES DOS CIMENTOS RESINOSOS.19

2.1 Vantagens 19

2.2 Desvantagens 2.3 Indicações

3 PROPRIEDADES IDEAIS DOS AGENTES CIMENTANTES

(4)

3.1 Propriedades biológicas

3.1.1 Bicompatibilidade

3.1.2 Inibição de cáries ou placas

3.1.3 Microinfiltração

3.2 Propriedades mecânicas

3.2.1 Resistência

e

outras propriedades mecânicas -)4

3.2.2 Baixa solubilidade / degradação 74

3.2.3 Módulo de elasticidade

3.2.4

Deformação

plástica 75

3.2.5 Absorção de água

3.2.6

Adesão

26

3.2.7 Baixos estresses de presa material

3.2.8 Resistência ao desgaste 77

3.3 Propriedades estéticas 77

3.3.1 Estabilidade da cor 78

3.3.2 Radiopacidade

3.4 Propriedades de trabalho

3.4.1 Espessuras de peliculas

e

viscosidade

3.4.2 Tempo de trabalho

e

de presa 79

4 MANIPULAÇÃO 31

5 REMOÇÃO DA "SMEAR LAYER" 1 7

6 TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE DAS RESTAURAÇÕES 34

7 SELEÇÃO DOS MATERIAIS 16

8 SENSIBILIDADE PÓS-OPERATÓRIA 38

(5)

5

10 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA 46

10.1 Propriedades biológicas, físicas e mecânicas dos cimentos resinosos 46

11 DISCUSSÕES 67

CONCLUSÃO 66

(6)

Atualmente, a preocupação com a conservação da estrutura dentária associada

crescente exigência estética, por parte de profissionais e, principalmente, dos nossos

pacientes, tem levado à execução cada vez mais freqüente de tratamentos restauradores

estéticos indiretos, tanto na região anterior como também no setor posterior da cavidade bucal. (Furukawa et al.2002).

Este processo é inteiramente dependente de procedimentos de adesão à estrutura dentária e aos diferentes materiais restauradores, o qual é obtido com a utilização de cimentos resinosos associados aos seus respectivos sistemas adesivos.

Esse tipo de agente cimentante tornou-se bastante atraente, porque devido à união ao

dente e à restauração, promove reforço das estruturas envolvidas e. conseqüentemente aumenta a resistência à fratura, diminuindo a microinfiltração, além de apresentar

propriedades físicas e mecânicas superiores em relação aos cimentos tradicionais como o

fosfato de zinco e ionômero de vidro, fato este suportado por grande quantidade de pesquisas

clinicas.

No entanto, o bom desempenho clinico, estético e a longevidade dessas restaurações devem levar em consideração o correto diagnóstico, a correta indicação dos tratamentos, as propriedades e o tipo de agentes cimentantes a serem utilizados, suas vantagens assim como o

(7)

7

(8)

Um grande número de tratamentos dentários é feito com restaurações indiretas que precisam ser unidas aos dentes por meio de um cimento. Essas restaurações incluem aquelas

feitas com metal, resina, metalo-plástica, metalo- cerâmica e cerâmica; restaurações provisórias; facetas laminadas para dentes anteriores; aparelhos ortodõnticos e núcleos e pinos usados para reter as restaurações.

A palavra cimentação é definida como o uso de uma substancia modeldvel que tem como objetivo selar ou cimentar duas partes, mantendo-as juntas. Existe uma variedade de

materiais, dentre eles, incluem-se o cimento de fosfato de zinco, o de policarboxilato de zinco, os ionõmeros de vidro (convencional e modificado por resina), os de óxido de zinco eugenol

(ZOE), os cimentos resinosos e o compósito resinoso modificado por polidcido (compõmero). Como as propriedades dos vários cimentos diferem entre si, a escolha de um cimento é

feita com maior prioridade em função das necessidades funcionais e biológicas que se apresentam em uma situação clinica em particular. (Anusavice, 1998 ; Garcia, 2002).

Embora os cimentos a base de resinas tenham sido introduzidos nos anos 50, somente

agora eles são aceitos como agentes de cimentação para coroas e próteses parciais fixas. Os primeiros materiais tinham em sua composição inicial o metacrilato de metila que conferia a esse material propriedades físicas relativamente pobres e tendiam a sofrer deformação plástica, absorver água e desintegrar-se mais rapidamente. (White, 1993). Seu emprego foi muito restrito, a tal ponto que essa espessura de película foi considerada

(9)

9

dificuldades de manipulação, irritabilidade pulpar, microinfiltração e grande espessura de película.

A partir do desenvolvimento das resinas compostas para restaurações, com a comprovação cientifica da eficácia do ataque ácido para a união da resina ao esmalte e de

novas moléculas apresentando propriedades adesivas à dentina, surgiram diversos cimentos resinosos cujas composições à base de BIS-GMA eram muito similares as resinas para restaurações. (Pagani).

A composição básica dos cimentos resinosos é similar à das resinas compostas usadas como material restaurador, ou seja, apresentam uma matriz orgânica e uma matriz inorgânica

unidas pelo silano (Conceição). A base é o sistema monomérico Bisfenol A-metacrilato de Glicidila (BIS-GMA) ou Uretano Dimetacrilato (UEDMA), em combinação com outros monômeros de baixo peso molecular como o Trietileno Glicol Dimetacrilato (TEGMA). A

adoção de grupamentos funcionais hidrófilos, nos quais estão incluídos os sistemas

organofosfonatos, hidroxietil metacrilato (HEMA) e 4 — META (4 - metacriloxietil trimetilano anidro) modificou a composição orgânica dos cimentos resinosos em relação às resinas compostas e, ainda, propiciou a possibilidade de união com a surperficie da dentina,

que freqüentemente fica exposta na maioria dos dentes preparados. (Anusavice, 1998; Góes,

1998). E ainda para completar a composição, a resina aglutinante é combinada com partículas cerâmicas e silica coloidal. (Anusavice, 1998; Góes, 1998).

As partículas inorgânicas apresentam-se nas formas angulares, esféricas e arredondadas, com conteúdo em peso variando entre 36% a 77% e diâmetro médio entre 10 a 15 micrómetros, dependendo do produto. (Anusavice, 1998; Góes, 1998; Prakki. 2001). A diferença esta no menor percentual volumétrico de partículas que é incorporado na resina aglutinante com o objetivo de adequar a viscosidade do material as condições especificas

(10)

Os cimentos resinosos apresentam propriedades superiores comparativamente aos

cimentos odontológicos tradicionais, corno o fosfato de zinco e o cimento de ioneimero de

vidro.

Atualmente, os cimentos resinosos têm sido amplamente empregados em função da possibilidade de união, tanto à estrutura dental quanto ao material restaurador indireto, através

da associação com os sistemas adesivos. Isso possibilita a realização de uma cimentação adesiva que pode contribuir para aumentar a resistência à fratura do dente restaurado e minimizar a ocorrência de microinfiltração. Outro aspecto interessante são as diferentes

opções de cores presentes em algumas marcas comerciais, que podem auxiliar na obtenção de

um resultado estético mais favorável da restauração indireta, em particular, dos laminados de porcelana. Como há uma grande variedade de marcas comerciais de cimentos resinosos disponíveis no mercado, é importante que o profissional saiba classificar e identificar os

mecanismos de ativação e as propriedades destes cimentos, a fim de selecioná-los, adequadamente, para as diversas situações clinicas.

1.2 Classificação dos cimentos resinosos

1.2.1 Classificação quanto ao tamanho das partículas

a) Cimentos resinosos microparticulados: são aqueles cimentos que apresentam partículas

inorgânicas com tamanho médio de 0,04 micrometros e o percentual inorgânico é de aproximadamente 46 a 48% em volume.

São exemplos de marcas comerciais de cimentos resinosos microparticulados: Duolink

(11)

11

b) Cimentos resinosos micro -híbridos: representam a maioria dos cimentos resinosos

disponíveis no mercado. São constituídos por microparticulas tamanho médio de 0,04

micrometros e por partículas inorgânicas maiores. Apresentam um tamanho de carga inorgânica entre 0,6 e 2,4 micrômetros e percentual inorgânico em torno de 52 a 60% em volume ou 60 a 80% em peso.

São exemplos de marcas comerciais de cimentos resinosos micro-hibridos: Lute-it

(Jeneric-Pentron), Resin Cement (3M), Nexus (kerr), Twinlook (Kulzer), Variolink II (Vivadent), Enforce (Dentsply), All Bond C&B (Bisco), Cement-it (Jeneric-Pentron),

Comspan (Dentsply), Opal (3M). (Conceição).

1.2.2 Classificação quanto ao tipo de polimerização

A polimerização pode ser obtida pelo sistema convencional de indução peróxido amina ou por fotoativaçao. 0 primeiro sistema culmina com a presença do peróxido de

benzoila que tem o papel de iniciador, o qual se associa, quando da mistura dos componentes do cimento resinoso, com a amina tercidria que tem o papel de ativadora da reação de polimerização. (Anusavice, 1998; Góes, 1998; Pagani).

De acordo com a reação de polimerização, os cimentos resinosos classificam-se em:

a) Cimentos resinosos quimicamente ativados ou autopolimerizáveis: apresentam uma

reação peróxido-amina que se inicia com a mistura das duas pastas bases e catalisadoras,

limitando o tempo de trabalho para o profissional, ou seja, para assentar e remover os excessos da restauração. No entanto, são muito úteis para cimentar restaurações que não permitem a ação da luz fotopolimerizadora, como as metálicas. Normalmente não têm

(12)

não consegue penetrar satisfatoriamente. São exemplos de marcas comerciais: All Bond C&B (Bisco), Cement-it (Jeneric-Pentron) e Comspan (Dentsply). (Conceição; Góes, 1998; Pagani).

b) Cimentos resinosos fotopolimerizáveis ou polimerizados pela emissão de luz visível: Apresentam fotoiniciadores corno a canforoquinona, que é ativada em presença de luz corn comprimento de onda em torno de 470 nanômetros, desencadeando a polimerização do

material. Permitem um tempo de trabalho bastante longo, facilitando assim as etapas de

assentamento e de remoção de excessos da restauração (Conceição). são indicados para

cimentação de restaurações delgadas como as facetas laminadas (Pagani).

São exemplos de marcas comerciais: Lute-it (Jeneric-Pentron), Nexus (Kerr). Enforce

(Dentsply), Opal (3M).

c) Cimentos resinosos duais ou de polimerizacio dupla:

A partir da mistura da pasta base e da pasta catalisadora, inicia-se a reação de polimerização deste tipo de cimento resinoso. Entretanto, com a ativação pela luz do aparelho

fotopolimerizador há uma conversão maior dos monômeros em polimeros, o que confere melhores propriedades a esse tipo de material. Portanto, sempre deve ser realizada a

fotoativação. Esses são os cimentos resinosos mais populares, pois podem ser usados para

fixar todos os tipos de restauração indireta, em especial as estéticas devido As variedades de cores presentes em muitas marcas comerciais. Além disso, muitos cimentos resinosos

apresentam um sistema Try-in. Ou seja, uma pasta solúvel que pode ser aplicada para a prova

da restauração em boca, sendo removida antes da cimentação definitiva. (Conceição). Marcas comerciais:

Foto e Dual: Lute-it (Jeneric-Pentron), Nexus (Kerr), Enforce (Dentsply), Opal (3M).

Dual: Resin Cement (3M), Duolink (Bisco), Twinlook (Kulzer), Variolink II (Vivadent), Dual

(13)

1.3 Propriedades dos cimentos resinosos

Os cimentos resinosos apresentam propriedades superiores comparativamente aos cimentos odontológicos tradicionais, como o Fosfato de Zinco e o Cimento de Ionômero de

Vidro. Suas propriedades fisicas são determinadas pelo tipo, distribuição e conteúdo das

partículas inorgânicas. Também sofrem influência do grau de conversão dos monômeros em polímeros. Como nas resinas compostas, a conversão dos monômeros é incompleta, mesmo

sob ótimas condições de polimerização.

Em regiões mais profundas ou onde a opacidade e espessura do material restaurador impedem a transmissão de luz são utilizados os cimentos que também possuem o sistema de

auto-polimerização. A ação dos sistemas de ativação aumenta o grau de conversão dos

monômeros em polimeros e melhora as propriedades físicas do cimento. (Góes, 1998).

Portanto, uma completa polimerização de cimentos resinosos é essencial para a resistência, a retenção e a longevidade das restaurações. (McComb, 1996).

1.3.1 Classificação dos cimentos resinosos quanto its suas propriedades

a) Adesão

O fenômeno da adesão união de moléculas diferentes é o principal fator para se

solucionar a microinfiltração de peças protéticas. (Garcia, 2002).

Agentes de união à dentina atuais usados com cimentos resinosos promovem a criação de rugosidades microscópica, propiciando uma interação intima entre as superfícies dos substratos (estrutura dentária e restauração indireta). (Góes, 1998). Essa união é forte o suficiente para manter a adesão à estrutura dentária apesar das forças de contração de

polimerização. (White, 1993).

(14)

Os cimentos resinosos apresentam os maiores valores de resistência adesiva e permitem uma distribuição mais uniforme das forças aplicadas ao longo da interface dente/restauração, oferecendo portanto. reforço da restauração e maior resistência à fratura.

Muitos dos cimentos de resina se propõem a serem, efetivamente , adesivos a. dentina e metal. Os cimentos de resina proporcionam uma resistência à fratura adicional, comparados ao cimento quebradiço e não adesivo fosfato de zinco. (Fernandes, 2001).

Tanto os cimentos dual como químicos apresentam um aumento significante na resistência de unido após um período de 24 horas da sua ativação. Trata-se do período de

"maturação" do cimento. Entretanto, os cimentos de dupla polimerização atingem resistência adesiva relativamente alta, nos primeiros 10 minutos, após a sua fotoativação, ao contrário

dos cimentos químicos, que requerem cuidados na remoção dos excessos e principalmente quanto a esforços mastigatórios até ao menos a primeira hora após a inserção da peça. (Prakki. 2001).

b) Solubilidade

Cimentos resinosos quando combinados com procedimentos de adesão são considerados uma unidade quase insolúvel nos fluidos orais. (McComb, 1996). Sua baixa solubilidade (0,05% em peso). (Góes, 1998), pode variar de um produto para outro de acordo

com as diferenças de composição. (Pagani).

1.4 Propriedades mecânicas

Os cimentos resinosos são materiais que apresentam resistência à compressão e tração

(15)

15

1.4.1 Limite proporcional / resiliência

Estresses intra-orais fazem o maior papel no sucesso de agentes de cimentação. As falhas podem ocorrer por formação de micro-rachaduras e ingresso bacteriano ou por grave fratura e deslocamento da restauração.

As propriedades mecânicas dos cimentos são relacionadas aos mecanismos de falha. ti reconhecido que os estresses são concentrados nas margens das restaurações. Ingresso bacteriano pode ser uma forma de falha muito mais insidiosa e micro-rachadura e deformação do cimento podem ser o tipo de falha mais importante a prevenir. Isto é melhor executado.

usando um material com alto limite proporcional e resiliência.

Cimentos resinosos de ion6mero de vidro modificado por resina e ionômero de vidro

convencional tem limite proporcional e resiliência ligeiramente mais altos do que os cimentos

de policarboxilato e fosfato de zinco. A resistência maxima e resistência à fratura fazem um

papel secundário na prevenção de micro-rachadura e deformação do cimento. (Platt, 1999).

1.4.2 Módulo de elasticidade

O módulo de elasticidade do cimento é importante na minimização dos estresses nas

interfaces restauração-cimento e cimento-dentina.

0 valor intermediário para o módulo do material restaurador e para aquele da dentina seria preferível. Cimentos resinosos e cimentos de ionômero de vidro modificado por resina têm modo de elasticidade baixos quando comparados à dentina, o que faz deles materiais

menos atrativos. (Platt,1999).

1.4.3 Espessura de película

Os cimentos resinosos indicados para a cimentação de restaurações indiretas alcançam

(16)

Alguns dos cimentos resinosos tendem a mostrar altos valores de espessura de película conforme a tabela:

TABELA 1 - Demonstrativo dos principais cimentos resinosos usados para a cimentação de peps protéticas em Odontologia e espessura das películas.

Tipo de cimento Principais Produtos

Comerciais/fabricante Espessura de película (II m)

Resinoso C & B, Bisco,

Cement-It, Jeneric/Pentron,

Comspan, Caulk, Panavia 21, J. 13-25

Morita, Variolink Ultra, Vivadent

Resinoso Dual ABC Dual, Vigodent Bifix,

Voco, Calibra, Dentsply, Cimento Dual, Vigodent,

Cimento Resinoso, 3M Scotchbond Cimento Resinoso,

Opal, 3M Compolute Aplicap,

Espe, Dual Cement, Vivadent,

Duo-Link, Bisco, Enforce TM,

Dentsply, Fill Magic Dual,

Vigodent, Insure, Cosmedent,

Lute-It, Jeneric/Pentron, Nexus,

Sybron Kerr, Panavia F, J.

13-25

Morita, Variolink II, Vivadent, 2 Bond 2, Heraeus

A espessura dos cimentos resinosos é considerada um fator critico para as restaurações

cerâmicas. Quando possui aproximadamente 100 micrômetros, além da desadaptação da

restauração à estrutura do dente, também dificulta a distribuição de tensões de forma

(17)

17

resiliências em relação aos tecidos dentais, contribui para a menor resistência A fratura do

material restaurador quando a espessura de película do cimento resinoso não é suficiente para absorver as tensões provenientes dos esforços mastigatórios. (Góes, 1998).

Foi verificada uma significante incidência de coroas desadaptadas cimentadas com um

cimento resinoso, possivelmente devido A alta viscosidade da resina. (Garcia, 2002).

1.4.4

Resistência ao desgaste

0 valor do desgaste do agente cimentante depende diretamente do desgaste do

material utilizado para a confecção da restauração. Os cimentos exibiram menor desgaste, quando utilizados sob restaurações indiretas de resinas compostas e desgastes superior,

quando associados à porcelana. Isto ocorre, porque as porcelanas são materiais friáveis,

portanto, não absorvem forças mastigatórias e as transmitem para o material de cimentação. Testes de resistência ao desgaste mostram que os compósitos de microparticulas são mais resistentes A abrasão, devido a sua lisura superficial. Por outro lado, os cimentos

resinosos de dupla polimerização compostos de microparticulas não resistem bem ao desgaste causado por contatos oclusais devido A perda de partículas pré-polimerizadas do material.

Como usualmente a fenda do cimento é estreita e não submetida a forças oclusais primárias, a

performance clinica dos cimentos duais é muito boa. Nos casos onde a fenda marginal é

grande ou em que o paciente ocluird diretamente sobre ela, será prudente a escolha de um material com partículas de carga maiores. (Prakki, 2001).

1.4.5 Absorção

de

Agua

0 cimentos de resina, especialmente os materiais com base em uretano, são suscetíveis

(18)

1.4.6 Radiopacidade

E desejável que os cimentos resinosos tenham valores de radiopacidade maiores do que a dentina e similares, ou maiores que o esmalte.

Radiopacidade similar A. do esmalte: cimentos resinosos de dupla polimerização como Variolink , Geristore, Enforce e Nexus.

Radiopacidade significativamente mais baixa que o esmalte e mais alta que a dentina: Duolink, Biomer, Panavia 21.

Radiopacidade similar à dentina: Lute-it e Resinomer

Radiopacidade significativamente mais alta que à do esmalte: cimentos quimicamente ativados Sealbond, Advance, Scotchbond, Cement-it, Dyract Cem.

Radiopacidade significativamente mais baixa que a da dentina: C&B Metabond e Universal

Post Cement. (Garcia, 2002).

1.5 Classificação

dos cimentos resinosos quanto

às

propriedades estéticas

1.5.1

Estabilidade da cor

Os cimentos resinosos estéticos vêm ocupando uma posição de destaque, uma vez que

estão disponíveis em diversas cores e pigmentos. (Garcia, 2002).

0 acelerador amina tercidria para a polimerização dupla pode causar a alteração da cor do agente de cimentação com o tempo. Portanto, muitos profissionais preferem os cimentos de resinas fotopolimerizáveis para a cimentação dos revestimentos de porcelana e outras restaurações estéticas, pois acredita-se que estes possuem uma cor mais estável. (Rosenstiel,

1998).

(19)

2 VANTAGENS, DESVANTAGENS E INDICAÇÕES DOS CIMENTOS RESINOSOS

2.1 Vantagens

- Os cimentos resinosos se unem quimicamente aos materiais restauradores de resina

composta e à porcelana silanizada. (Arnold, 2000);

- Os cimentos resinosos aumentam a resistência à fratura dos materiais cerâmicos que podem ser condicionados e silanizados. (Arnold, 2000).

Observação: a unido química ao In-Ceram pode ser conseguida com o cimento Panavia, ao

invés de retenções micromecânicas, as quais são rotineiramente usadas em outras cerâmicas. (McComb, 1996).

alta resistência compressiva;

resistência à tensão de fadiga. (McComb, 1996);

elevada resistência à tração. (Garcia, 2002); praticamente insolúveis no meio bucal; Radiopacidade;

- adesividade, pois possui a possibilidade de união ao dente (esmalte e dentina) e ao

material restaurador, através do uso de sistema adesivo, tais como ligas metálicas, superficies cerâmicas e de resinas;

estética superior devido as diferentes opções de cores. (Conceição);

- Distribuição mais uniforme das forças aplicadas ao longo da interface

(20)

- Mais alto limite proporcional e resiliência. (Platt, 1999);

- Dimensionalmente estável sem excessiva contração na polimerização ou subseqüente absorção de água com expansão imprevisível;

- Baixa espessura de filme e viscosidade para assegurar a fácil manipulação clinica e completo assentamento da restauração.

2.2 Desvantagens

- técnica de cimentação bastante critica;

- dificil remoção de excessos comparativamente aos demais cimentos odontológicos;

custo superior;

contração de polimerização;

possilibidade de infiltração marginal; possilibidade de sensibilidade pulpar;

curto tempo de trabalho, com exceção dos cimentos fotopolimerizáveis. (Garcia, 2002; Conceição; Góes, 1998);

2.3 Indicações

Os cimentos resinosos são indicados para a cimentacao de:

- laminados de porcelana; veneers;

inlays / onlays de cerâmica ou resina composta;

- coroas de cerâmicas metal-free sem um núcleo opaco. (McComb, 1996); - próteses adesivas;

(21)

retentores intraradiculares;

coroas e próteses parciais fixas com ou sem metal;

restaurações onde o problema de retenção é relevante. (Garcia, 2002).

(22)

Segundo Rosenstiel et al., (1998), as propriedades ideais dos agentes cimentantes são as seguintes:

3.1 Propriedades biológicas

3.1.1Biocompatibilidade

Um agente de cimentação dentária ideal deve ser biocompativel, isto 6, precisa ter pouca interação com tecidos e fluidos corporais, não ser tóxico e ter baixo potencial alérgico. Atualmente os materiais disponíveis, em geral, demonstram boa performance biológica, embora alguns efeitos adversos sejam observados. Efeitos colaterais como a sensibilidade pós-tratamento ocorrem possivelmente devido A desidratação da dentina ou à contaminação

bacteriana. A biocompatibilidade dos cimentos de resina está relacionada ao seu grau de

conversão e As queixas de sensibilidade, que podem ser causadas pela polimerização incompleta da resina.

3.1.2 Inibição de cáries ou placas

A cárie é uma das principais causas de falha das restaurações fundidas, por isso, o

(23)

Li

anti-microbianas, que combatem bactérias cariogenicas no dente preparado

e

reduzem

o

efeito de futuras colônias de placas nas margens da restauração. No entanto, os cimentos resinosos

não dispõem dessa propriedade.

3.1.3 Microinfiltraeão

Microinfiltração tem sido implicada como a causa primaria de patologia pulpar

e

sensibilidade. Infiltração marginal de fluidos orais fornecem caminho As bactérias para

alcançar a dentina circum-pulpar

e

a polpa. Defeitos entre a restauração

e o

dente formam urn habitat

favorável

para as bactérias, as quais rapidamente se multiplicam preenchendo esses espaços. Pobres adaptações das restaurações

e

ingresso microbiano têm sido relacionados A

patologia pulpar, portanto,

é

essencial que a infiltração seja minimizada. (White, 1993). Sistemas de resinas adesivas têm reduzida microinfiltração in-vitro

e

in-vivo.

3.2 Propriedades mecânicas

Um agente de cimentação ideal tem propriedades mecânicas suficientes para resistir As

forças funcionais no decorrer da vida da restauração. Além disso, resiste A degradação no

ambiente oral

e

se adere A dentina subjacente. Tipicamente, propriedades como resistência,

solubilidade

e

resistência adesiva são mensuradas in-vitro, por exemplo, de acordo com os protocolos de testes do Instituto Americano de

Padrões

Nacionais/Associação Odontológica Americana (ANSI/ADA) e são usados para estimar a qualidade e, portanto, a performance

clinica.

(24)

Para que uma restauração funcione satisfatoriamente, por muitos anos, o agente de cimentação deve ter resistência à fratura suficiente e também aos estresses cíclicos a longo prazo, provocados pela mastigação.

0 estresse compressivo tem sido usado como fator de prognóstico da performance clinica. Agentes de cimentação de resina como o C&B Metabond (Parke11 Products) exibem

muita deformação plástica para serem testados desta forma. Contudo, foi demonstrada uma correlação entre a elevada resistência e o baixo desgaste marginal dos cimentos de resinas

in-vitro.

Os investigadores avaliaram outras propriedades mecânicas dos agentes de cimentação

para caracterizar os materiais mais detalhadamente, a fim de uma previsão mais precisa de seu comportamento clinico. 0 trabalho incluiu a resistência flexural, resistência tênsil diametral, módulo de elasticidade, resistência a fraturas e testes de rigidez. Com relação a essas propriedades, os agentes de eimentação de resinas geralmente exibem valores mais elevados

em comparação com os cimentos de resinas tradicionais.

3.2.2 Baixa solubilidade / degradação

Um agente de cimentação ideal é impermeável aos fluidos orais, já que estão expostos

a uma diversidade de ácidos, e tanto o ph quanto a temperatura da boca estão sujeitos as continuas flutuações e, ainda, resistem à dissolução no decorrer da vida da restauração. A solubilidade e degradação de cimentos têm sido uma preocupação primária para os dentistas, porque um espaço vazio pode resultar entre a superficie dos dentes e a restauração, o qual

aumenta o risco de cárie dental e patologia pulpar.

(25)

e

.".1'1""'"'I'`'. .N11.mmr

1

14114 C• is4booRillt 25

Portanto, quanto maior a area de superfície do cimento exposta, maior será a degradação esperada.

3.2.3 Módulo de elasticidade

Idealmente, módulo de elasticidade das restaurações e agentes de cimentação deveriam ser iguais ao da estrutura dentária. Assim, quando o dente restaurado é submetido ao estresse,

a restauração, o agente de cimentação e a estrutura dentária sofrem a mesma quantidade de

tensão, evitando alguma tendência de separação da restauração em relação ao dente.

3.2.4 Deformação plástica

Agentes de cimentação deveriam resistir A. tendência de fluir sob pesada carga oclusal.

Deformação plástica ou permanente resultará em perda de adaptação do agente de cimentação em relação ao dente ou restauração, a qual poderia resultar em formação de fendas, infiltração

e perda de retenção. 0 efeito deletério da deformação plástica torna-se mais significante com maior espessura de filme do agente cimentante, pobre adaptação das restaurações, pobre

retenção e forma de resistência e cargas oclusais maiores.

3.2.5 Absorção de Agua

A absorção de água irá afetar adversamente as propriedades mecânicas da resina, embora a expansão resultante seja benéfica, pois contrapõe a contração de polimerização.Os cimentos de resina, especialmente os materiais com base em uretano, são susceptíveis

(26)

3.2.6 Adesão

Quando se usa um agente de cimentação não adesivo tradicional como

o

fosfato de zinco, a retenção

é

dependente da forma geométrica da preparação do dente, a qual limita as vias de deslocamento da restauração fundida. Na prática

,

raramente obtém-se uma convergência da parede axial adequada,

e

a falta de retenção

é

uma causa comum de falha das

próteses

fixas. Portanto, um agente de cimentação adesivo confidvel deve melhorar

o

tratamento de

prótese

fixa. Cimentos resinosos usados com agentes de união à dentina, por aderirem ao substrato dentário

e

as restaurações, promovem diminuição da microinfiltração

e

aumentam a retenção. A

adesão

a ligas, contendo ouro pode ser aumentada pela cobertura por

estanho ou usando primers metálicos. Existem evidências de que

o

uso de uma resina adesiva em coroas totalmente

cerâmicas

melhora essas restaurações por incrementar sua resistência fratura. 0 mecanismo de fortalecimento não

é

conhecido, mas possivelmente

é

devido em

parte à prevenção da propagação das fraturas da superficie interna pela resina adesiva.

3.2.7 Baixos estresses de presa do material

Os agentes de cimentação de resina contraem, durante a presa,

o

que causa estresses

indesejáveis no material. Podem ocorrer fendas de contração na interface dentina / cimento que variam de 1,6 a 7,1 micrômetros. Em alguma

extensão

esses estresses são compensados pela expansão devido A. absorção de água. Os estresses de presas no cimento de resinas são

reduzidos, quando são usadas formulações ativadas quimicamente, ao invés de curadas com

(27)

27

3.2.8 Resistência

ao desgaste

0 desgaste do agente cimentante é uma preocupação intimamente associada A. solubilidade e à degradação. Esses problemas são raramente significativos nas próteses fixas tradicionais. Nos inlays cerâmicos ou de compósitos existe uma preocupação , particularmente com amplas fendas dentes/restauração, embora uma investigação clinica de inlays CAD-CAM observou desgaste pouco significativo do cimento após quatro anos. Estes

autores afirmaram que o desgaste do agente de cimentação foi autolimitante devido ao

desgaste simultâneo da margem do esmalte. 0 desgaste está, então, mais associado com as margens oclusais de inlays do que com as margens extra-coronais.

3.3

Propriedades estéticas

As propriedades estéticas dos agentes

de

cimentação são de considerável significância

com o uso crescente de restaurações cerâmicas transluscentes, especialmente em restaurações anteriores. 0 conjunto de cimentos de resina com acessórios, matizes e múltiplas tonalidades são confeccionados para restaurações cerâmicas anteriores e permitem a correção de

tonalidade. As pastas de testes solúveis em água são recomendadas e devem ser precisamente equivalentes à tonalidade do cimento. Contudo, a cor da pasta de teste pode diferir

significativamente do cimento.

Caso o fabricante não forneça uma pasta de teste precisa, o material de cimentação pode ser usado, mas deve-se evitar a polimerizaedo

prematura. Por

outro lado, as restaurações posteriores, nas quais as demandas estéticas não são grandes, normalmente são cimentadas

com uma tonalidade universal. Essas tonalidades são tipicamente de cor clara e têm boa

(28)

3.3.1Estabilidade da cor

0 efeito de alteração de cor do cimento com o decorrer do tempo deve ser considerado. 0 acelerador amina necessário para a dupla polimerizaçâo pode causar a alteração da cor do agente de cimentação com o tempo. Portanto, muitos profissionais

preferem o cimento de resina fotopolimerizáveis para a cimentação dos revestimentos de porcelana e outras restaurações estéticas, pois acredita-se que estes têm uma cor mais estável .

3.3.2 Radiopacidade

Um agente de cimentação ideal deve ser radiopaco para permitir que o profissional

faça distinção entre a linha do cimento e as cáries recorrentes, bem como a detecção dos excessos de cimento. É importante que os agentes de cimentação tenham maior radiopacidade do que a dentina. Desta forma, podem ser evitados problemas de interpretação sob a presença

de cáries secundárias ou fendas próximas à restauração. A radiopacidade do agente cimentante para inlays cerâmicos deve ser a maior possível, a fim de se detectar excessos marginais.

3.4 Propriedades de trabalho

3.4.1 Espessura de películas e viscosidade

A espessura de película do agente de cimentação pode afetar diretamente o sucesso

clinico a longo prazo. Os clínicos devem estar cientes de que o tipo de agente de cimentação selecionado pode afetar diretamente a espessura de película. As especificações da ADA para espessura de filmes recomendam espessuras menores que 25 micrômetros para prótese de

(29)

29

coroa pode ser causada, pela viscosidade do cimento, a qual é uma propriedade tempo/dependente e que aumenta com a elevação da temperatura.

Os cimentos de resina demonstraram resultar em uma incidência significativamente alta de restaurações inclinadas, revelando uma espessura desigual do cimento em relação ao cimentos tradicionais, presumivelmente, devido à elevada viscosidade da resina. A significância clinica é que, embora um cimento de resina possa ser selecionado devido As suas

propriedades mecânicas e adesivas vantajosas, sua manipulação pode impor um maior risco de assentamento incompleto da restauração. Com o aumento na espessura da película, há uma redução na resistência adesiva dos cimentos As ligas fundidas. Os cimentos de resina adesivos podem ser afetados neste aspecto em maior proporção, e as espessuras de película são

influenciadas por variáveis de manipulação, tais como a temperatura de mistura e proporcionamento. Em contraste, os agentes de cimentação de resina de dupla cura exibem maiores espessuras de película quando misturados em baixas temperaturas.

Segundo Dietschi (1998), a contração de polimerização está diretamente relacionada

As camadas de resina na cimentação. Portanto, uma espessura grande de cimento resinoso

promoverá maior estresse de polimerizaçâ'o e poderá proporcionar uma movimentação da peça durante a cimentação. 0 ideal clinico é que as restaurações tenham uma boa adaptação

sem retenção.

3.4.2 Tempo de trabalho

e

de presa

Além da espessura do filme, o tempo de presa dos agentes de cimentação é influenciado pela temperatura. Normalmente esses valores são inversamente proporcionais para os agentes cimentantes, isto 6, quanto mais elevada a temperatura, menor é o tempo de

(30)

tempo

e

de presa

característicos,

podendo eventualmente serem realizados procedimentos

que

acelerem ou retardem

o

tempo de trabalho de presa. Para os agentes de

cimentação

de

resina,

a

ampliação

do tempo de

trabalho não

afeta adversamente a espessura de

película, 0

tempo de

trabalho dos agentes de

cimentação

compostos de resina de dupla cura

é significativamente

reduzido com

o

uso do adesivo de dupla cura.

Segundo White et al.

(1993), é necessário adequado

tempo de trabalho para um agente

(31)

4 MANIPULAÇÃO

As instruções dos fabricantes devem ser seguidas exatamente. Os tempos de mistura, proporcionamentos, etc. devem ser usados, pois proporcionamentos diferentes, provavelmente, irão alterar as propriedades e, consequentemente, o desempenho clinico dos materiais.

Os novos materiais tendem a ser mais sensíveis A técnica e os seus usos podem introduzir etapas adicionais que poderiam ampliar a distância entre a sua performance sob

condições ideais e a sua performance na prática diária. Como exemplo, a manipulação mais critica de novos materiais de cimentação resinosos têm levado a problemas relacionados

(32)

0

tratamento da Smear Layer ou lama

dentindria,

antes da

cimentação,

pode ser

importante para

o

sucesso

clinico.

Pois forma uma espessura de Smear Layer de

1

a

2

micrometros

durante a

preparação

do dente. Ocorre, usualmente, uma

extensão

dessa smear

layer (plugs) de

1

a

2 micrômetros

para dentro dos

taulos dentindrios,

mas ocasionalmente

penetram além de

10 micrômetros.

A smear layer reduz a permeabilidade da

dentina e

limita a

resistência dos agentes de união A

dentina,

devido As

forças

de coesão

relativamente

baixas

que mantêm a smear layer junto à

dentina.

Sua remoção resulta em maior

resistência

adesiva

dos adesivos

dentindrios,

idealmente permanecendo os "plugs" da smear layer para reduzir a

permeabilidade da

dentina e

a sensibilidade. Contudo, ao usar um adesivo de

dentina

que

necessita da presença de

cálcio

(sistemas adesivos

autocondicionantes),

a

remoção

da smear

layer

é indesejável.

Assim,

quando

a smear layer foi removida, como depois de extensivo

contato com condicionadores tais como, agentes

hemostáticos,

agentes de

unido

alternativos

que se aderem ao

coldgeno

da

dentina

são

preferíveis

em

relação

aos tipos convencionais que

se aderem na presença de

cálcio.

0

esmalte também adquire uma camada fragmentada durante

o

corte, a qual

freqüentemente é

removida através do condicionamento

ácido

antes da

aplicação

do adesivo.

A remoção da camada fragmentada do esmalte pode melhorar a

resistência

à

infiltração

das

restaurações. E o

sucesso das

realizações

de

restaurações

indiretas

está

indiretamente

relacionadas ao desenvolvimento de agentes resinosos

hidrofilicos,

sendo portanto,

compatível

com a umidade superficial da

dentina e

da

aplicação

de

soluções ácidas

para a

(33)

Universitária

0.40).

JO-

33

Segundo Prakki et al. (2001), o esmalte é composto em 97% por mineral e em apenas 3% por matéria orgância e água, portanto, trata-se de um substrato extremamente homogêneo.

A criação de microporosidades, em sua estrutura, através de um condicionamento ácido efetivo, é a chave para a obtenção de uma importante adesão.

Já, diferente do esmalte, a dentina é composta em 70% por mineral, 18%, por matéria

orgânica e 12% de água, dispostos em dibulos que abrigam os prolongamentos

citoplasmáticos dos odontoblastos e fluido tissular pulpar. Trata-se de uma estrutura fisiologicamente dinâmica, vitalizada e com uma morfologia extremamente complexa. Por

esses motivos, a qualidade da adesão obtida nesse substrato é inferior, quando comparada à do

(34)

Antes da cimentação definitiva das restaurações com os cimentos resinosos, é preciso

realizar alguns procedimentos que melhorem a qualidade da união na interface material restaurador-estrutura dental, para que se promova efetivamente uma retenção micromecânica entre essas estruturas. Dessa forma, existe a necessidade de criação de uma superficie rugosa

através de tratamentos de superficie que serão diferentes para cada substrato, como

apresentados a seguir:

• Restauração Metálica: a retenção pode ser obtida através do condicionamento eletroquimico, químico ou jateamento com óxidos de alumínio, cuja granulação deve ser em média 50 micrômetros. Unido mecânica a ligas de metal nobre têm sido alcançada pelo

revestimento com estanho dessa liga. (Platt et al.,1999).

• Restaurações de Porcelana: a aplicação de ácido fluoridrico a 10%, durante dois a quatro minutos, aumenta a rugosidade da região interna da restauração cerâmica pela remoção da

fase cristalina e/ou vitrea. 0 tratamento da superficie condicionada da cerâmica com

silano, que é uma substância monomérica, pode formar ligações químicas entre a porcelana e o cimento resinoso e, dessa forma, aumentar a resistência de união na interface. Alguns cuidados com a solução de silano devem ser tomados:

1 — a solução do silano deve ser nova

(35)

35

3 — na solução de silano contaminada, os radicais reagem entre si, e o silano perde a capacidade de formar ligações químicas com a superficie da porcelana. Portanto, essa solução deverá sempre apresentar-se na forma translúcida e nunca com cor leitosa, caso contrário. deverá ser descartada.

• Restaurações com Polímero de Vidro (Poly Glass): é um sistema restaurador indireto originário da combinação de partículas vítreas de silicato de bário e silica coloidal

distribuídas, homogeneamente, em uma matriz orgânica, contendo monõmeros multifuncionais, denominado polímero de vidro. São necessários para esse material o

(36)

Segundo Conceição, a seleção de material

e

técnica deve basear-se em três aspectos cruciais:

a) Tipo de material restaurador empregado: de modo geral, as restaurações metálicas, as

metalocerdmicas ou de porcelanas aluminizadas devem ser fixadas com cimentos resinosos quimicamente ativados em função da impossibilidade de a luz atingir o cimento resinoso.

b) Tipo de restauração executada: os laminados de porcelana devem preferencialmente ser

fixados com cimento resinoso fotopolimerizável devido a maior estabilidade de cor apresentada por esse tipo de material, comparativamente aos demais cimentos resinosos. Além disso,

apresentam várias cores que podem auxiliar no resultado estético final do laminado e permitem tempo indeterminado para assentar a restauração e remover excessos do cimento. Os cimentos

resinosos duais, apesar de poderem ser utilizados em todas as cimentações adesivas, devem preferencialmente ser usados para fixar as restaurações de porcelana sem opaco. Eles foram

desenvolvidos para serem utilizados sob restaurações estéticas, pois esses materiais

restauradores permitem a passagem de luz que irá iniciar a polimerização, cabendo à reação

(37)

37

Os cimentos resinosos duais apresentam urn

tempo

de trabalho médio em

torno

de quatro a cinco

minutos.

c)

Adaptação

da

restauração

ao dente preparado: restaurações metálicas,

em especial as

confeccionadas com ligas de ouro, apresentam uma

adaptação

marginal superior

(40

a

50

micrometros),

comparativamente às

restaurações

em porcelanas

(120

micrômetros), por

exemplo.

Conseqüentemente,

o dentista deve estar atento quanto à espessura de película

inferior a

20

micrômetros, entretanto, outras marcas apresentam valores ao redor de

100

mirocrõmetros.

Especialmente, se a

restauração

a ser

fixada

for

metálica,

o profissional deve

optar por um cimento resinoso que forme uma espessura de película bastante fina para

não

prejudicar a

adaptação

da

restauração

ao dente. Contudo, se a

restauração

for em porcelana,

esse aspecto

não

é tão

critico,

visto que as fendas dessas

restaurações são

em média superiores a

120

micrômetros. Porém, apesar da

"tentação"

que eventualmente os profissionais podem

ter em "complementar" ou "selar"

restaurações

estéticas indiretas mal-adaptadas com o cimento resinoso, isso

deve

ser evitado. Caso haja uma

exposição

acentuada do cimento

resinoso em

função

de apresentar uma espessura de película exagerada, pode ocorrer urn desgaste deste material, além de um

manchamento

do cimento resinoso na interface dente/restauração, prejudicando significativamente o resultado estético da

restauração.

Segundo McComb et al.,

(1996),

como

indicações

para cimentos resinosos

autopolimerizáveis

temos ainda:

cimentação

de pontes unidas através de ataque

ácido

total;

quando

a

resistência

é requerida para coroas totais de porcelana

/

totalmente cerâmica

;

(38)

Segundo Rosenstiel et al, (1998), no nível histológico, os agentes de cimentação parecem causar pouca resposta pulpar, particularmente, se a espessura de dentina

remanescente exceder 1 mm. Efeitos colaterais como a sensibilidade pós-operatória, que foi descrita como uma falta de biocompatibilidade, ocorre possivelmente devido à desidratação da dentina ou A. contaminação bacteriana.

A biocompatibilidade dos cimentos de resina está relacionada ao seu grau de conversão, e as queixas de sensibilidade podem ser causadas pela polimerização incompleta

da resina. Observou-se que a polimerização dos agentes de cimentação ativados por luz não pode ser realizada adequadamente através de uma restauração pré-fabricada de resina com uma espessura maior que 2mm, com exposição à luz de 90 segundos ou inferior, de forma que

um produto autopolimerizavel ou de dupla polimerização deve ser escolhido. (Rosenstiel et al., 1998).

Estudos clínicos de restaurações de porcelana cimentadas com materiais resinosos indicam uma incidência de sensibilidade pósoperatória, variando de 14 a 30%. A excessiva

pressão na adaptação de uma restauração gera uma pressão hidráulica no dente, podendo

causar reações pulpares e, conseqüentemente, sensibilidade pós-operatória. A configuração cavitaria também exerce forte influência sobre a contração de polimerização, uma vez que um maior relaxamento desse estresse acontece quando o número de faces livres da restauração

é superior ao de faces aderidas, fator C baixo. Dessa forma, a situação clinica de

(39)

39

marginais, nesses casos, atinge a proporção equivalente à espessura da linha de cimento multiplicada pelo volume da contração de polimerização.

Se o cimento dual não sofrer a fotopolimerização (em caso de restaurações metálicas). poderá ocorrer uma grande reação inflamatória, uma vez que a reação química unicamente não será capaz de compensar a reação iniciada pela luz visível, levando a uma subpolimerização do material. (Prakki et al, 2001).

absolutamente contra-indicado o uso de cimentos resinosos sem procedimentos de adesão ao dente, porque eles não têm propriedades terapêuticas por si, e sua inerente

contração de polimerização poderia causar significante infiltração marginal e sensibilidade pós-operatória. (McComb el al, 1996). Esse agente de unido previne que substâncias

químicas, potencialmente irritantes do cimento, penetrem nos tiibulos dentindrios em direção poupa dental. (Christensen, 2000). Frente a esse problema em potencial, existem várias maneiras de se prevenir a sensibilidade, como descreveremos a seguir:

• Formação da Camada Híbrida para proteger o complexo dentina / polpa:

0 condicionamento ácido da dentina promove a remoção da smear layer ou lama

dentindria, a desmineralização da dentina subjacente e abertura da luz dos tilbulos dentindrios. Essa desmineralização expõe fibras coldgenas intra e inter-tubulares pela remoção da

hidroxiapatita, a qual é substituída por água que aflora da poupa por pressão Osmótica e mantém essas fibras em posição para a penetração do sistema adesivo. Nessa fase, portanto, a dentina não poderá ficar desidratada, pois as fibras coldgenas poderão colapsar, não permitindo assim a correta penetração deste sistema.

(40)

A camada do agente adesivo tem características hidrofóbicas, mas está unida quimicamente com o primer, não devendo ser muito fina, porque a camada que ficará exposta ao oxigênio não irá polimerizar, portanto, ela deverá ter espessura suficiente para que a camada de cimento resinoso possa entrar em contato com ela.

No momento da polimerização, ocorrerá a formação da chamada camada híbrida, a qual tem a função de vedar os tilbulos dentinários, fazendo assim a proteção do complexo dentino-pulpar. (Arnold, et al, 2000).

A penetração do adesivo nos canaliculos dentinários e o contato com a dentina

subjacente são os responsáveis pela força de unido do sistema adesivo. Se essa "hibridização" da dentina for realizada antes da cimentação da coroa com cimentos resinosos. A camada espessa do agente resinoso de unido polimerizado produz resistência para o apropriado

assentamento da restaurção. Outro problema potencial é que alguns dentistas não selam bem os dibulos dentinários condicionados pelo ácido com uma espessura adequada de agente de

unido e o resultado é um dente sensível.

Outro procedimento que o clinico poderá realizar é aplicar o agente de união no

preparo depois que a restauração provisória estiver confeccionada, mas antes da moldagem.

Um desafio a ser enfrentado é que os agentes de unido podem contaminar os materiais de impressão durante o procedimento de moldagem. Adicionalmente, devido ao tempo que

decorre entre o preparo dentário e a instalação da restauração, as resinas de união estão relativamente quimicamente inativadas no momento da cimentação. A espessura do agente de unido não interfere no procedimento de adaptação, pois foi feita a moldagem com o agente de

• Agentes Dessensibilizantes: após o condicionamento ácido, o clinico pode aplicar um dessensibilizante, então aplica o agente de unido, instala a restauração com cimento resinoso e

(41)

41

próspera para se instalar restaurações indiretas finas, como as facetas de porcelanas, os inlays ou onlays. Entretanto, não é altamente indicada para restaurações espessas, devido a

dificuldade de polimerização através dessas restaurações. Os agentes dessensibilizantes parecem não interferir na força de união dos agentes adesivos. São exemplos de agentes dessensibilizantes: Gluma Desensitizer (Heraeus Kulzer), Microprimer (Danville Materials).

• Primer Autocondicionável: o clinico pode usar o primer autocondiciondvel e o adesivo. Essa é a técnica de maior sucesso e mais previsível de dessensibilização para os

procedimentos de cimentação de restaurações com o uso de cimentos resinosos padrões. Nesta técnica, o clinico não condiciona o preparo dentário da maneira convencional. A camada de

smear layer é mantida no dente, e o primer autocondiciondvel é incorporado a essa camada.

Sao exemplos desses produtos: Panavia 21 ou Panavia F (J. o Morita E.U.A.) usado com o

primer auto condicionável e fotopolimerizável ED Primer (J. o Morita E.U.A.).

0 produto autocondiciondvel

e

de dupla polimerização Clearfil Liner Bond 2V (J. o

Morita E.U.A.) também pode ser usado e é um dos produtos dessensibilizadores mais

previsíveis para uso na cimentação estética de inlays ou onlays com cimentos resinosos.

• Cimento Resinoso 4-META: o clinico pode usar o cimento 4-metacriloxietil anidrido de

trimetilato, ou 4-META. 0 C&B Metabond (Parke11) para cimentação de restauração possui

uma história sem precedentes como produto que não induz sensibilidade, porém, é

considerado de dificil manipulação para ser usado em procedimentos de rotina. 0 novo produto Parke11 4-META, Total Bond possui um tempo maior de trabalho e é mais fácil de limpar do que o produto anteriormente mencionado.

Embora tenham sido tomadas todas as medidas preventivas, as restaurações cimentadas com resinas podem exibir sensibilidade pós-operatória, e o clinico nesse caso, não tem muita escolha. Diante disso, pode-se aguardar até seis semanas para determinar se a

(42)

piora, e as restaurações devem ser removidas. Subseqüentemente, quando uma restauração provisória é instalada com um cimento atenuante como o óxido de zinco e eugenol, ou ZOE, freqüentemente, a dor desaparece em poucos dias ou semanas. Esse cimento deverá ser mantido no local durante pelo menos duas semanas antes do cimento resinoso ser usado. Se após este procedimento, o dente continuar sensível será necessário o tratá-lo endodõntico. (Christensen, 2000). Em relação aos outros tipos de cimento, uma avaliação da cimentação de coroas cimentadas com cimento de fosfato de zinco e com cimento de ionômero de vidro não

resultou em nenhuma associação entre aumento da sensibilidade pulpar. (Garcia et al, 2002).

Os cimentos de ionõmero de vidro e fosfato de zinco são extremamente ácidos durante suas presas iniciais. Entretanto, seu ph eleva-se consideravelmente durante seu processo de

"endurecimento" e o ph por si não é a causa de sensibilidade ou patologia pulpar. Incorreta proporção de pó/liquido associada ao sobre-preenchimento das coroas pode promover passagem de material ácido para dentro dos taulos dentindrios, causando sensibilidade

transitória. (White, 1993).

Os relatos de sensibilidades diminuíram nos últimos anos, provavelmente, devido a um maior conhecimento sobre o uso correto dos cimentos de ionômero de vidro, do reconhecimento da necessidade de aplicação de agentes dessensibilizantes em algumas

situações clinicas e das modificações dos fabricantes na aceleração do tempo de presa. (Garcia et al.,2002).

Em relação aos cimentos de ionômero de vidro modificado por resina, as evidências de biocompatibilidade são boas para esses materiais, com pouco sinais de problemas de sensibilidade pós-operatória. (McComb et al., 1996; White, 1993). No entanto, seu uso é contra-indicado para a cimentação de coroas de cerâmica pura devido à ocorrência de fraturas

(43)

43

(44)

A obtenção de resistência adesiva

e

prevenção da microinfiltração com um sistema

adesivo é dependente da capacidade do controle

previsível

da umidade

e

contaminação da

superficie do dente. Isolamento absoluto com

lençol

de borracha

é

a técnica preferida para evitar os problemas acima mencionados. (Pralcki et al., 1999).

Outros cuidados podem ser tomados na tentativa de obter sucesso na cimentação

adesiva tais como:

- profilaxia da superficie dentária para remover saliva, debris

inorgânicos e

exudato dos

taulos, outros debris

orgânicos e

traços de cimento provisório, pemitindo contato mais intimo da camada de cimento com a superficie do dente. Depois da profilaxia,

o

dente deve

ser completamente lavado com

água e

isolado. (White et al., 1993); a dentina não deve ser desidratada. (White el al., 1993);

cuidados ao dispensar os componentes do cimento; promover uma mistura

rápida e

uniforme do cimento;

evitar a contaminação do cimento;

não movimentar a prótese durante

o

ato de fixação. (Góes, 1998); - realização de adequada fotoativação do material quando necessário;

- evitar associação indiscriminada entre cimentos resinosos

e

sistemas de união

cuidados com esforços mastigat6rios, nas primeiras 24 horas após a cimentação.

(45)

45

quando a umidade é dificil de controlar, tal corno em margem subgengival, a

(46)

10.1 Propriedades biológicas, fisicas e mecânicas dos cimentos resinosos

Vários pesquisadores realizavam estudos de avaliação dos cimentos resinosos, comparando-os entre si, em suas diferentes marcas comerciais e, principalmente, com os agentes de cimentação tradicionais, como o cimento de fosfato de zinco, que é o que possui

maior tempo de pesquisas clinicas, cimentos de policarboxilato de zinco, cimento de

ionômero de vidro convencional Tipo I, o qual é indicado para cimentação e ionômero de

vidro modificado por resina.

Patel et al. (1997) avaliaram a microinfiltração de coroas de porcelana feldspdtica

unidas à dentina e com preparos nos quais uma metade da margem cervical foi localizada em

esmalte e outra metade em dentina/cemento, comparando três cimentos resinosos com seus respectivos sistemas adesivos: Scotchbond Multi-Purpose Plus / 3M Ceramic Luting Kit,

Mirage ABC/PLC e All Bond 2/Duo Link. Todos os grupos mostraram infiltração nas

margens de esmalte e dentina e na interface cimento/restauração. Em relação à interface restauração / adesivo, não houve diferença significante entre os grupos. Portanto, as combinações de cimentos resinosos não foram capazes de prevenir microinfiltração completamente.

0 estudo de Hahn et al. (2000) investigou a influência de dois cimentos resinosos corn

(47)

47

assim como o efeito da largura do espaço entre o inlay e o dente na qualidade do selamento.

Os inlays do grupo I foram confeccionados, segundo as orientações dos fabricantes, e os do grupo II e III foram deixados espaços de 200 e 400 micrômetros, respectivamente, entre o

inlay e as margens do preparo. Constataram que o cimento altamente viscoso teve desempenho melhor no que diz respeito A. microinfiltração e à cimentação de inlays com

espaços mais largos, estendendo-se dentro da dentina. Ainda os autores concluíram que, no preparo, em que as restaurações estão bem adaptadas, a viscosidade dos cimentos não teve influência significante.

Coleman et al. (2001) avaliaram a infiltração (difusão) de lipopolissacarideos e

dextran, abaixo de coroas de ouro fundido, cimentadas com três tipos de cimentos: cimento de fosfato de zinco (Flecks/Mizzy), cimento de ionômero de vidro (Ketac-Cem Aplicap) e um

cimento resinoso (C&B Metabond).

Observação importante: este teste é uma simulação para avaliar a extensão e o efeito

de bactérias e seus produtos na polpa, abaixo das restaurações fundidas. Nenhuma infiltração foi verificada.

Pinto

et

al.(2002) compararam microinfiltração marginal somente nas paredes em

dentina, de cavidades classe II, abaixo da junção amelo-cementdria, restauradas com inlays de porcelana, em função de quatro cimentos resinosos: Panavia/kuraray, Dual Cement/Vivadent,

Enforce/Dentsply e Resina Flow Renamel/Cosmedent Inc.. Os autores observaram que nenhum material evitou por completo a microinfiltração marginal.

Braga et al. (2002) determinaram, em termos comparativos, o estresse de contração desenvolvido por três cimentos resinosos de polimerização dual e autopolimerizavel e

investigou a ocorrência de infiltração marginal e fendas interfaciais em inlays de porcelana

unidos a cavidades preparadas para classe I.Calibra/Dentsply, Rely X ARC/3M e

(48)

estresse e microinfiltração com valores maiores do que quando testados no modo de autopolimerização e que, a formação de fendas ocorre mais freqüentemente em dentina.

Watanabe et al. (1988) compararam as forças de tensão de adesão de três cimentos adesivos (ABC/Vivadent, Panavia Ex/Kuraray, Super Bond C&B/Sun Medical Co) e de dois

cimentos para pontes unidas por resina (C Conclude/3M Dental e Kerr Maryland Bridge Cement/Sybron-Kerr), para duas ligas metálicas (Ni Cr Be e Ouro Tipo IV), preparadas através de dois métodos:

I — Ni Cr Be: jateamento com óxido de alumínio de 50 micrómetros

II — Ni Cr Be: eletro-condicionada

III — Ouro Tipo IV: jateamento com óxido de alumínio de 50 micrómetros

IV — Ouro Tipo IV: revestida com estanho

As mais altas forças de adesão foram obtidas pela liga Ni Cr Be eletro-condicionada e

todas as falhas foram coesivas. Os cimentos adesivos falharam coesivamente, enquanto que os cimentos para pontes unidas por resina falharam adesivamente na interface cimento-liga

metálica.

Em 1988, Brett et al. compararam os valores retentivos de três pinos (Flexi-Post,

Access Post e Para Post), cimentados com cinco cimentos: um cimento de resina composta (Flexi Flow Natural-Essential Dental Systems), um ionômero de vidro (Ketac Cem-ESPE), dois ion6meros de vidro modificado por resina (Duet-GC-Corporation e Advance-LD Caulk)

e um cimento de fosfato de zinco (ZOP,Fleck's Cement, Cherry Hill, N. J.).

(49)

49

mais baixo. 0 cimento Flexi-Flow teve uma retenção média total mais alta, seguida em ordem decrescente pelo fosfato de zinco, Advance, Ketac Cem

e

Duet.

Gates et al.(1993) compararam as resistências adesivas de um cimento adesivo BIS-GMA (Panavia OP-Kuraray) com quatro diferentes ligas metálicas para restaurações de porcelanas fundidas ao metal. Duas das ligas eram predominantemente metálicas básicas, a terceira era metálica preciosa

e

a quarta uma liga altamente preciosa. Todas as ligas jateadas

com óxidos de

alumínio

de 125 micrômetros,

e

as ligas preciosa

e

altamente preciosas foram testadas com

e

sem revestimento de estanho. Os autores

concluíram

que a resistência adesiva média das ligas preciosa

e

altamente preciosa, não revestidas com estanho, foi significativamente menor do que a das ligas preciosa

e

altamente preciosa revestidas com

estanho

e

ligas metálicas básicas.

Concluíram,

ainda, que a resistência adesiva média das ligas revestidas com estanho não foi significativamente diferente da resistência adesiva das ligas

metálicas básicas.

Chan et al. (1993) compararam

o

efeito de quatro tipos diferentes de cimentos na retenção de pinos pré-fabricados não-rosqueados, determinando a influência que a exatidão do ajuste do pino ao canal preparado tem na força de retenção dos cimentos. Os cimentos

comparados foram fosfato de zinco (SS White-SS White), policarboxilato de zinco (GC Liv Genera-GC Dental Industrial Corp.), ionômero de vidro (Ketac Cem — ESPE)

e

resinoso

(Panavia Ex-Kuraray Co). Eles

concluíram

que os pinos cimentados com cimentos resinosos foram os mais dificeis para deslocar,

e

que pinos mal adaptados exibiram maior resistência ao deslocamento do que pinos cimentados em canais bem ajustados, independente dos tipos de

cimentos usados.

Gomes et al. (2000) avaliaram a resistência adesiva por tração de um cimento resinoso

dual(Nexus-Kerr), a seis resinas compostas pré-polimerizadass que são: Charisma F, Prodigy

(50)

e

avaliaram também a importância do sistema "Try-in" em relação à adesão entre

o

cimento

resinoso

e

a resina composta

e

notaram que este sistema diminuiu a resistência adesiva do cimento resinoso dual a todas as resinas compostas avaliadas. A adesão dos cimento As resinas Tetric

e

Belle Glass foi maior do que as demais resinas. Não houve também diferença de

adesão

do cimento resinoso dual com as resinas compostas de consultório em relação As

resinas compostas de laboratório.

Em 2000, Prates et al. avaliaram a influência de quatro cimentos: fosfato de zinco

(Cimento de Zinco SS White), ionômero de vidro convencional - Ketac Cem), ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer)

e

cimento de resina com adesivo (Scotchbond

Multi-Uso Plus), na resistência à remoção por tração de coroas totais fundidas em liga de prata-paládio, fixadas a núcleos metálicos fundidos em liga de prata

e

puderam observar que

o

cimento de ionômero de vidro convencional proporcionou resistência à remoção das coroas, estatisticamente similar a do cimento de ionômero de vidro modificado por resina

e

superior

As dos cimentos resinosos com adesivos, que por sua vez, foram superiores A do cimento de

fosfato de zinco.

Ergin et al. (2002) avaliaram as propriedades retentivas de cinco cimentos diferentes para copings de metal nobre (Au Ag Pd)

e

Ni Cr em preparações curtas

e

sobre-afiladas. Os

cinco cimentos comparados foram: fosfato de zinco (Heraeus — Kulzer), ionômero de vidro( Meron — Voco) dois cimentos de ionômero de vidro modificado por resina (Principle — Dentsply

e

Fuji Plus — GC Corporation)

e

um cimento resinoso (Avanto — Voco). Dos cimentos analisados, Fuji Plus (C.I.V.M.R.)

e

Avanto (C.R.) foram os que mostraram

força

retentiva significativamente alta para ligas de Au Ag Pd para esses preparos não retentivos,

Imagem

TABELA  1 -  Demonstrativo dos principais cimentos resinosos usados para a  cimentação  de  peps  protéticas  em Odontologia  e  espessura das  películas

Referências

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