• Nenhum resultado encontrado

MIGRANTE NO MERCADO DE TRABALHO RURAL E URBANO: UMA ABORDAGEM REGIONAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MIGRANTE NO MERCADO DE TRABALHO RURAL E URBANO: UMA ABORDAGEM REGIONAL"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

MIGRANTE NO MERCADO DE TRABALHO RURAL E URBANO: UMA ABORDAGEM REGIONAL

Paulo Victor Maciel da Costa1

Silvana Nunes de Queiroz2

RESUMO

As transformações institucionais, econômicas e sociais verificadas a partir dos anos 1980, afetaram significativamente, de forma distinta, a distribuição espacial da população brasileira, sendo constatadas alterações na dinâmica migratória rural e urbana e na inserção ocupacional desse grupo populacional, em algumas das grandes regiões do país, em períodos recentes. Dessa forma, o presente artigo tem como principal objetivo analisar a inserção do migrante no mercado de trabalho rural e urbano, nas cinco grandes regiões do Brasil, nos anos de 1995, 2005 e 2015. Acrescenta-se que a problemática é de grande relevância para o meio acadêmico quanto para a esfera governamental na elaboração de políticas públicas. Para atender os objetivos propostos, os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1995, 2005 e 2015, é a principal fonte de informação. Os principais resultados apontam significativa concentração das melhores ocupações e rendimentos nos espaços urbanos das regiões mais desenvolvidas do país (Centro-Oeste e Sudeste), enquanto a maior taxa de ocupação encontra-se na região Norte, contudo, apresenta expressiva informalidade. Já a região Nordeste é a que reúne os piores resultados com relação ao desemprego, informalidade e rendimentos.

Palavras-chave: Migração. Trabalho. Rural. Urbano. Grandes Regiões.

1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDem/UFRN). E-mail: paulovictorma22@hotmail.com.

2 Professora do Departamento de Economia da URCA e do Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN (PPGDem/UFRN). E-mail: silvanaqueirozce@yahoo.com.br.

(2)

1. INTRODUÇÃO

Devido à crise internacional de 1929, com a nítida consolidação da indústria doméstica e a unificação do capital e do trabalho, reduziu-se significativamente o fluxo migratório internacional e intensificou-se a migração interna no Brasil. Assim, o governo brasileiro passou a investir na mobilização interna da população, tendo como destaque o fluxo migratório rural-rural, promovido pela expansão das fronteiras agrícolas, e o fluxo rural-urbano, impulsionado pelos novos padrões de urbanização articulados pelo processo de industrialização na região Sudeste (CANO, 1975; AYDOS, 2010).

Com o expressivo crescimento da economia brasileira, a partir dos anos 1950 até o final da década de 1970, ‘puxado’ notadamente pelo setor industrial, a urbanização cresceu significativamente, em contrapartida, aumentou os desequilíbrios estruturais entre as cinco grandes regiões do país. A esse respeito, cabe ressaltar que, na década de 1970, aproximadamente 80% da produção industrial brasileira concentrava-se na região Sudeste, sendo o estado de São Paulo responsável por mais da metade dessa produção (PATARRA, 2003; QUEIROZ, 2013).

Nesse contexto, a região Nordeste registrava as suas maiores perdas populacionais para as regiões Sul e Sudeste do país, em especial para o estado de São Paulo. Com efeito, a maior evasão de emigrantes rurais no território nacional pertence ao Nordeste desde 1950 (CAMARANO, 1997). Contudo, a partir da década de 1980, com a recessão econômica que assolou o país, o Nordeste, por um lado, teve o seu fluxo emigratório reduzido e, por outro lado, passou a receber maior volume de imigrantes, principalmente retornados (QUEIROZ 2003; 2013).

Assim, a compreensão do movimento migratório, bem como a inserção do migrante no mercado de trabalho é de fundamental importância para a elaboração de políticas públicas específicas, que possibilitem um melhor aproveitamento destes espaços, bem como homogeneização econômica e social no rural e no urbano brasileiro.

Nesse contexto, este artigo tem como principal objetivo analisar a inserção do migrante no mercado de trabalho rural e urbano, nas cinco grandes regiões do Brasil, nos anos de 1995, 2005 e 2015. No intuito de identificar como o migrante encontra-se inserido no mundo do trabalho, serão analisadas as variáveis de condição de atividade, posição na ocupação, situação ocupacional, ocupação por

(3)

setor de atividade e faixas de rendimento em salário mínimo, referindo-se ao fluxo migratório inter-regional.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.1 Recorte Geográfico

O Brasil localiza-se na América do Sul e faz fronteira com quase todos os países deste continente, com exceção apenas do Equador e Chile. Além disso, é composto por 27 estados, incluindo o Distrito Federal, os quais formam as 5 grandes regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Figura 1: Mapa de localização do Brasil, segundo grandes regiões e UF’s

Fonte: Elaboração própria, a partir das malhas territoriais do IBGE (2015) e das malhas culturais da Natural Earth Vector, versão 4.0.0 (2017).

2.3 Definições Adotadas

A definição de urbano e rural adotada no estudo é baseada nos critérios utilizados pelo IBGE (2016), que considera como situação de domicílio urbana “[...] as áreas correspondentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas. A situação rural abrange toda a área situada fora desses limites. Este critério também é utilizado na classificação da população urbana e rural”.

Migrante inter-regional – indivíduo (natural ou não natural) da área em

estudo (grandes regiões), com cinco anos ou mais de idade que, na data de referência do Censo Demográfico, residia em uma região, mas em uma data fixa (exatamente cinco anos antes do recenseamento) morava em outra região.

(4)

3. INSERÇÃO OCUPACIONAL DOS IMIGRANTES

Antes de analisar a inserção ocupacional dos migrantes no mercado de trabalho na região de destino, por situação do domicílio, é válido ressaltar algumas das fases pelas quais passou o mercado de trabalho brasileiro, iniciando, nos 1990, decênio caracterizado pela expressiva insegurança no mundo do trabalho, ocasionada pelas significativas mudanças em curso na economia nacional, com a flexibilização das leis trabalhistas e altas taxas de desemprego (estrutural) e subemprego, que até então foram as mais altas (POCHMANN, 1998).

Portanto, a década de 1990 foi marcada por violenta reestruturação econômica, alimentada pela desregulamentação da economia brasileira, com a privatização de empresas públicas, redução de gastos governamentais, abertura comercial, modernização produtiva, o que fez com que repercutisse negativamente sobre a reprodução da agricultura familiar, bem como sobre a promoção do crescimento econômico e do trabalho. Neste sentido, por um lado, o número de empresas que fecharam devido a incapacidade concorrencial com os produtos estrangeiros, elevou significativamente a taxa de desemprego, mas por outro lado, gerou atividades informais no setor de comércio e, especialmente, no setor de serviços, cabendo ao setor público o maior número de empregos gerados em detrimento da indústria de transformação (POCHMANN, 1998; DEDECCA, 2005; BALTAR, 2015).

Durante esse período, a falta de políticas governamentais, visto que o governo que vigorava na época desprezava as progressivas desocupações que se intensificavam em todo o país, e tinha como tese a chamada ‘inempregabilidade’ (DEDECCA; ROSANDISKI, 2006).

Contudo, embora os anos 2000 tenha iniciado com a ‘ressaca’ do neoliberalismo, a partir de 2003, vê-se uma nova fase do mercado de trabalho brasileiro. Envolto em um cenário macroeconômico internacional e nacional favorável, o mesmo começa a apresentar sinais de recuperação, visto que o governo empossado investiu expressivamente na relação produção-consumo, o que resultou no aumento dos empregos formais, maior proteção trabalhista, e valorização real do salário mínimo (DEDECCA; ROSANDISKI, 2006; BALTAR, et al., 2010).

Segundo Nunes et al. (2014, p.113), esta década “[...] se caracteriza especialmente pela ampliação e consolidação das políticas agrárias e agrícolas de desenvolvimento endógeno e pela criação de políticas novas [...]” que dentre estas

(5)

destacaram-se o Programa Bolsa Família (PBF), o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) e as políticas voltadas para a previdência social, as quais vislumbraram em reduções significativas das desigualdades sociais e econômicas, especialmente entre as regiões Nordeste e Sudeste, bem como entre o rural e o urbano (STUMPF JUNIOR; BALSADI, 2015).

Acrescenta-se que a valorização do salário mínimo real, com correção acima do nível inflação, o aumento da disponibilidade de crédito, com facilidade de parcelamento, juntamente com a geração de empregos no meio rural, vislumbra-se um novo padrão de crescimento econômico com ampliação do consumo das classes mais baixas, impulsionando, por sua vez, o mercado de trabalho (DELGADO, 2010; ARAUJO, 2008). Segundo Araujo (2008, p. 26) no ano de 2007, crescimento econômico foi puxado pela base da pirâmide social (classe c), especialmente das regiões mais pobres do país – Norte e Nordeste.

As melhorias apresentadas no meio rural brasileiro, devido a implementação das políticas sociais, assistencialistas e de segurança alimentar e nutricional, segundo Delgado (2010, p. 64) “propiciou a revitalização de pequenas cidades e comunidades rurais no interior do Brasil, em especial no Nordeste, aumentando a renda, o emprego e o consumo de suas populações”.

Porém, a partir de 2014, é observado uma nova fase em que se insere o mercado de trabalho nacional. Esse novo panorama é preocupante, visto que no decorrer deste período já foi observado redução significativa na dinâmica positiva que vinha apresentando a geração de empregos (LÚCIO, 2015).

Portanto, antes de 2014 vê-se um quadro de ações de crescimento com inclusão social, com efeitos positivos sobre o mundo do trabalho, e após esse período vislumbra-se um cenário inverso, que certamente tende ao crescimento sem inclusão social, com desregulamentação que pode incidir sobre a forma de inserção do migrante no mercado de trabalho (BALTAR; LEONE, 2015).

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tendo em vista as fases pelas quais passou a economia e o mercado de trabalho brasileiro, observa-se na Tabela 1, que de 1995 a 2015, dentre as cinco grandes regiões, o Norte foi a única a apresentar taxas de ocupação para os migrantes inter-regionais crescentes, com destaque para o último período em análise, onde se verificou a maior taxa de ocupados do país (95,08%). Destaca-se

(6)

ainda, o aumento na taxa de participação rural (66,17% em 1995; 71,89% em 2005; e 72,86% em 2015), em detrimento da urbana (64,98% em 1995; 66,50% em 2005; e 62,07% em 2015).

Tabela 1: Condição de atividade por grande região e situação de domicílio - Imigrantes inter-regionais –1990/1995, 2000/2005 e 2010/2015 – Brasil

Condição de Atividade 1995 2005 2015

Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Norte PIA 91,88 8,12 100,00 76,92 23,08 100,00 76,14 23,86 100,00 PEA 91,74 8,26 100,00 73,11 26,89 100,00 73,11 26,89 100,00 PO 91,10 8,90 100,00 74,68 25,32 100,00 72,30 27,70 100,00 PD 97,77 2,23 100,00 74,68 25,32 100,00 88,71 11,29 100,00 Tx. de Part. (PEA/PIA) 64,98 66,17 65,08 66,50 71,89 67,74 62,07 72,86 64,65 Tx. de Ocup. (PO/PEA) 89,67 97,38 90,31 90,77 94,88 91,78 94,03 97,93 95,08 Tx. de Desemp. (PD/PEA) 10,33 2,62 9,69 8,97 9,37 9,07 5,97 2,07 4,92 Nordeste PIA 76,47 23,53 100,00 79,76 20,24 100,00 73,92 26,08 100,00 PEA 73,27 26,73 100,00 78,64 21,36 100,00 71,97 28,03 100,00 PO 71,31 28,69 100,00 76,06 23,94 100,00 71,11 28,89 100,00 PD 95,12 4,88 100,00 92,40 7,60 100,00 75,57 24,43 100,00 Tx. de Part. (PEA/PIA) 58,33 69,17 60,88 62,37 66,75 63,25 57,29 63,24 58,84 Tx. de Ocup. (PO/PEA) 89,30 98,49 91,75 85,61 99,19 88,51 79,72 83,17 80,69 Tx. de Desemp. (PD/PEA) 10,70 1,51 8,25 14,19 4,30 12,08 20,28 16,83 19,31 Sudeste PIA 93,88 6,12 100,00 95,16 4,84 100,00 94,52 5,48 100,00 PEA 92,79 7,21 100,00 95,43 4,57 100,00 93,97 6,03 100,00 PO 91,91 8,09 100,00 95,10 4,90 100,00 93,29 6,71 100,00 PD 100,00 0,00 100,00 97,52 2,48 100,00 100,00 0,00 100,00 Tx. de Part. (PEA/PIA) 65,13 77,70 65,90 68,40 64,48 68,21 67,17 74,42 67,56 Tx. de Ocup. (PO/PEA) 88,29 100,00 89,13 85,83 92,25 86,12 89,26 100,00 89,90 Tx. de Desemp. (PD/PEA) 11,71 0,00 10,87 13,71 7,28 13,41 10,74 0,00 10,10 Sul PIA 87,44 12,56 100,00 93,49 6,51 100,00 93,92 6,08 100,00 PEA 88,18 11,82 100,00 92,41 7,59 100,00 94,10 5,90 100,00 PO 87,63 12,37 100,00 92,06 7,94 100,00 93,36 6,64 100,00 PD 93,14 6,86 100,00 93,31 6,69 100,00 100,00 0,00 100,00 Tx. de Part. (PEA/PIA) 67,72 63,21 67,15 68,48 80,70 69,27 66,73 64,69 66,61 Tx. de Ocup. (PO/PEA) 89,48 94,23 90,05 90,42 94,98 90,77 88,13 100,00 88,83 Tx. de Desemp. (PD/PEA) 10,52 5,77 9,95 9,11 7,95 9,02 11,87 0,00 11,17 Centro-Oeste PIA 84,10 15,90 100,00 86,96 13,04 100,00 87,13 12,87 100,00 PEA 81,71 18,29 100,00 86,41 13,59 100,00 88,02 11,98 100,00 PO 80,53 19,47 100,00 84,99 15,01 100,00 87,21 12,79 100,00 PD 94,10 5,90 100,00 95,05 4,95 100,00 95,47 4,53 100,00 Tx. de Part. (PEA/PIA) 64,67 76,58 66,56 67,73 71,00 68,15 68,90 63,49 68,20 Tx. de Ocup. (PO/PEA) 89,99 97,20 91,31 84,03 94,39 85,44 89,30 96,27 90,13 Tx. de Desemp. (PD/PEA) 10,01 2,80 8,69 15,51 5,14 14,10 10,70 3,73 9,87 Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1995, 2005 e 2015.

O aumento da PEA rural pode ser justificado pelo aumento da taxa de ocupação dos imigrantes no meio rural, que, em 2015 (97,93%), voltou ao patamar de 1995 (97,38%), após o descenso em 2005 (94,88%). Com isso, a menor taxa de desemprego rural (2,07%) e urbana (5,97%) para a região Norte é constatada em 2015. Isto pode estar relacionado a região Norte ser uma das privilegiadas na pauta

(7)

de ações de políticas públicas, que diversificou e criou novas atividades que dinamizaram pequenas comunidades, sejam rurais ou urbanas – com a geração de emprego e renda – as quais acabaram por refletir no desempenho do mercado de trabalho local da região (ARAUJO, 2008; DELGADO, 2010; BALTAR, et al. 2010).

Por sua vez, a taxa de participação do imigrante no Nordeste, durante os três períodos em análise, sofreu descenso entre os anos de 2005 e 2015, de 63,25% para 58,84%, respectivamente. Antes deste arrefecimento, o Nordeste, em 1995, detinha a maior taxa de ocupação do país (91,75%). Nos anos subsequentes apresentou a terceira pior taxa em 2005 (88,51%), e a pior em 2015 (80,69%). Segundo Lúcio (2015), essa queda não foi mais intensa devido ao não crescimento da PEA, dado que aumentaria ainda mais a pressão sobre o mercado de trabalho que já se apresentava debilitado.

A maior taxa de ocupação dos imigrantes no Nordeste foi registrada no meio rural, em 2005 (99,19%). Esse resultado tem como influência a atuação do Governo, frente a um cenário favorável, com ampla disponibilidade de crédito e incentivo ao consumo que, por sua vez, influiu na geração de novos postos de trabalho (BALTAR; LEONE, 2015). Porém, a região ainda é caracterizada pela baixa capacidade de absorção da População em Idade Ativa (PIA) (Baltar; Leone, 2007), já que a maior taxa de desemprego do Nordeste foi constatada no urbano, no ano de 2015 (20,28%), frente a um cenário de baixo dinamismo econômico, iniciado em 2014, os quais afetaram até mesmo regiões mais dinâmicas do país (BALTAR; LEONE, 2015; CACCIAMALI; TATEI, 2016).

O Centro-Oeste, por sua vez, foi a região que apresentou, em 2015, a maior taxa de participação (68,20%), embora pouco tenha se alterado em relação a 2005. Contudo, a maior taxa de ocupação dos imigrantes foi de 97,20%, em 1995, no meio rural, e a menor no urbano, no ano de 2005 (84,03%). Destaca-se ainda o aumento na taxa de desemprego de 8,69%, em 1995, para 14,10%, em 2005, e redução para 9,87%, em 2015. Esse aumento do emprego foi puxado especialmente pela oferta no rural, devido a modernização da base da produção agrícola, a qual absorve mão de obra de outros setores, não somente do agrícola (SILVA; GROSSI, 2001). Além disso, vale destacar que o agronegócio, é uma das principais atividades propulsoras de postos de trabalho, o que leva a referida região a ser caracterizada como uma das principais produtoras agrícolas do país, especialmente de grãos, como a soja e o milho (BEZERRA; CLEPS JUNIOR, 2004).

(8)

Quanto ao Sul, a maior taxa de participação registrada foi no rural, no ano de 2005 (80,70%), onde 94,98% dos imigrantes estavam na situação de ocupados. Em 2015, este cenário se modifica, visto que a taxa de participação rural caiu para 64,69%, mas de acordo com a taxa de ocupação (100,00%) toda a população imigrante economicamente ativa foi absorvida pelo mercado de trabalho rural da região. Enquanto isso, a maior taxa de desemprego, dentre os três períodos em estudos, foi registrada em 2015 no meio urbano (11,87%).

O imigrante inter-regional residente no Sudeste, apresentou maior taxa de participação no rural, no ano de 1995 (77,70%). Em 2005, a taxa de participação mais relevante passa a pertencer ao urbano (68,40%), porém não consegue suprir todos os imigrantes nessa condição, e por isso apresenta a maior taxa de desemprego da região (13,71%) em relação aos outros dois anos em análise (1995 e 2015). Já no ano de 2015, a mais significativa taxa de participação coube ao meio rural (74,42%), o qual empregou toda a PEA imigrante, conforme a taxa de ocupação (100,00%), ao passo que o urbano empregou pouco mais de 89%.

Portanto, em termos relativos, a taxa de ocupação, em todas as regiões e em todos os períodos analisados, é mais significativa no rural do que no urbano. O urbano apesar de ter maior oportunidade de emprego, o mesmo é mais seletivo, onde nem todas as pessoas que migram são inseridas no mercado de trabalho (BALTAR, 1996; QUEIROZ, 2013). Já aquelas que migram para o rural, a possibilidade de encontrar alguma ocupação é maior, pois neste espaço a concorrência além de ser menor, a diversidade de atividades não-agrícolas, inseridas desde os anos 1990, e a possibilidade de crédito rural, aumentam o leque de oportunidades no campo (SILVA; GROSSI, 2001).

A Tabela 2 traz a evolução e a distribuição relativa da população migrante ocupada, segundo a posição na ocupação, por grandes regiões e situação de domicílio, nos três interregnos em estudo. Inicialmente, atendo-se ao migrante ocupado no Norte, em 1995, observa-se que o rural apresentou o maior número de empregados sem carteira (44,39%), ao passo que o urbano também concentrou imigrantes nessa categoria, porém, em menor percentual (32,63%).

(9)

Tabela 2: Distribuição relativa da população de 10 anos e mais, segundo a posição na ocupação por grande região e situação de domicílio - Imigrantes inter-regionais – 1990/1995, 2000/2005 e 2010/2015 - Brasil

Posição na Ocupação 1995 2005 2015

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Norte

Empregado com carteira 19,14 12,09 28,31 26,91 32,47 25,26 Militar e Funcionário Público 13,63 2,54 8,83 0,00 14,46 1,13 Empregados sem carteira 32,63 44,39 32,97 30,21 24,93 31,51

Conta própria 21,16 9,58 18,51 16,27 20,29 17,10

Empregador 6,74 7,62 5,52 3,17 5,00 6,67

Não-rem., autocons. e autoconst. 6,71 23,76 5,87 23,44 2,85 18,33

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Nordeste

Empregado com carteira 16,92 11,63 18,73 7,19 36,78 10,68 Militar e Funcionário Público 6,05 1,65 3,95 1,29 4,28 2,12 Empregados sem carteira 29,05 21,94 30,99 23,75 25,14 37,22

Conta própria 32,70 37,55 31,89 33,20 25,42 30,78

Empregador 3,50 0,87 4,17 3,27 4,14 0,00

Não-rem., autocons. e autoconst. 11,78 26,36 10,28 31,29 4,23 19,20

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Sudeste

Empregado com carteira 48,41 18,23 47,38 42,88 64,61 47,91 Militar e Funcionário Público 1,31 0,00 3,58 0,00 5,49 0,00 Empregados sem carteira 28,79 34,41 28,10 35,81 19,23 21,56

Conta própria 14,28 15,91 15,12 6,78 9,95 19,37

Empregador 2,40 1,90 2,08 3,95 0,29 0,00

Não-rem., autocons. e autoconst. 4,81 29,55 3,74 10,59 0,43 11,16

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Sul

Empregado com carteira 37,05 19,60 45,72 11,15 54,32 37,21 Militar e Funcionário Público 5,62 0,00 5,38 0,00 6,01 0,00 Empregados sem carteira 20,65 28,54 22,17 15,07 17,43 16,76

Conta própria 20,04 21,39 18,68 36,18 16,95 31,66

Empregador 5,69 0,00 5,25 0,00 2,48 0,00

Não-rem., autocons. e autoconst. 10,94 30,46 2,80 37,60 2,81 14,38

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Centro-Oeste

Empregado com carteira 29,57 20,91 41,91 35,80 53,62 67,81 Militar e Funcionário Público 9,74 1,84 6,78 2,30 9,98 0,00 Empregados sem carteira 36,51 34,90 29,95 22,69 19,60 11,08

Conta própria 14,97 12,31 14,25 16,59 13,86 9,54

Empregador 3,79 0,86 4,78 2,12 2,46 0,00

Não-rem., autocons. e autoconst. 5,42 29,19 2,33 20,49 0,49 11,56

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1995, 2005 e 2015.

Em 2005, essa mesma categoria se destacou em ambos os espaços, no entanto, o urbano apresentou um leve aumento de imigrantes empregados sem carteira, e o rural reduziu em mais de 14 pontos percentuais. Ou seja, a atenção por parte do Governo dada ao Norte, como já mencionado, surtiu efeitos e gerou resultados positivos para o mercado de trabalho rural da região. Também se constata evolução do imigrante empregado com carteira onde à primeira vista o

(10)

urbano se sobrepõe ao rural, mas ao avaliar o acréscimo de um decênio para o outro, o rural se destaca, ao sair de 12,09% em 1995, para 26,91% em 2005. Já no ano de 2015, visualiza-se maior número de empregado com carteira no urbano (32,47%), ao passo que no rural registou-se maioria (31,51%) sem carteira. Portanto, a região Norte vem acompanhando as mudanças macroeconômicas a cada período analisado, dialogando com as fases do mercado de trabalho.

No Nordeste é possível verificar dinâmica contrária, enquanto o urbano aumenta sua participação relativa na ocupação com carteira, o rural arrefece, embora tenha apresentado um leve aumento entre 2005/2015. Outra categoria que se destacou, tanto no rural quanto no urbano, em todos os anos em análise, foi o conta própria, com exceção apenas do rural em 2015, que apresentou maior participação relativa na categoria de empregados sem carteira (37,22%). Pode-se verificar ainda no Nordeste que, em 2005, a referida região registrou mais de 30% dos imigrantes rurais na categoria de não-remunerados, autoconsumo e autoconstrução, mas em 2015 reduziu para um pouco mais de 19%.

Portanto, embora o Nordeste tenha participado, mesmo que em menor medida, na geração de empregos para os migrantes, ainda nota-se, mais do que nas demais regiões, efeitos da inexistência de um mercado de trabalho capaz de absorver a população ativa, visto que as atividades predominantes, em 2015, são trabalhos por conta própria, emprego sem carteira e a categoria dos não-remunerados, autoconsumo e autoconstrução, ocupações informais e de baixo rendimento (BALTAR; LEONE, 2007).

Quanto a região Sudeste, no ano de 1995, a maior participação dos imigrantes foi no urbano, na condição de empregados com carteira (48,41%), ao passo que no rural foi sem carteira (34,41%). Nos anos seguintes, tanto no rural quanto no urbano, pode-se visualizar o avanço na participação dos imigrantes empregados com carteira, que passou a ser a maioria, principalmente em 2015. Porém, não se pode deixar de lado a participação do rural, na categoria dos empregados sem carteira, que permanece significativa, mesmo com o aumento das vagas no mercado de trabalho da referida região.

No que se refere a região Sul, a principal posição na ocupação do imigrante no urbano foi registrada na categoria de empregado com carteira, em todos os anos analisados, com crescimento ininterruptos (37,05% em 1995; 45,72% em 2005 e 54,32% em 2015). Quanto a categoria que prevaleceu no rural, foi a de

(11)

não-remunerado, autoconsumo, e autoconstrução, tanto em 1995 (30,46%) quanto em 2005 (37,60%); em 2015 prevaleceu a categoria conta própria (31,66%). O aumento nessa última categoria pode estar intimamente relacionado com a permanência do homem no campo, proporcionada pela facilidade de crédito rural subsidiado e assistência técnica, no período de 2003 até 2014, que foram melhorados e ampliados, através do PRONAF (GRISA; SCHNEIDER, 2015). Assim sendo, ao invés de continuar na posição descrita nos anos anteriores, o imigrante teve como opção inserir-se na condição de conta própria, a qual pode ser bem servida pelas políticas públicas de desenvolvimento rural.

Na região Centro-Oeste, em 1995, tanto o rural (34,90%) quanto o urbano (36,51%) apresentaram maior participação do imigrante na categoria de empregado sem carteira, com destaque paro o urbano. Assim como ocorreu no urbano e rural do Sudeste, e no urbano do Sul, em consonância com a recuperação do mercado de trabalho, com distribuição de renda e geração de empregos formais (Jannuzzi, 2016; Baltar, et al. 2010), a partir de 2005, na região Centro-Oeste predomina a participação dos imigrantes rural e urbano, na categoria de empregado com carteira. Assinala-se que foi registrado no rural do Centro-Oeste, em 2015, a maior participação de empregado com carteira (67,81%) do país.

No conjunto do país, dentre as regiões menos desenvolvidas, observa-se que apenas a região Norte apresentou maior aceptividade das políticas públicas adotadas ao longo dos anos 2000. Quanto ao Nordeste, por mais que a região tenha sentido os efeitos destas medidas, a mesma ainda apresenta preocupações no que se refere a geração de empregos, visto que a população ocupada no rural encontra-se, em sua maioria, na categoria de empregado sem carteira, como conta própria, não-remunerado, autoconsumo e autoconstrução. No que se refere aos que se inseriram no urbano, estes encontram-se em melhor situação, visto que a maioria está na posição de empregados com carteira, com maior peso nas regiões mais desenvolvidas, como é o caso do Centro-Oeste.

O aumento dos empregados com carteira nas regiões mais desenvolvidas, reflete seu potencial de organização sindical, devido especialmente a maior estruturação das atividades empresariais com adesão a proteção trabalhista, sendo estes “[...] aspectos fundamentais do crescimento com inclusão social verificado entre 2004 e 2013” (BALTAR; LEONE, 2015).

(12)

No que tange aos ramos de atividades (Tabela 3), na região Norte, o imigrante rural ocupado na atividade agrícola apresentou o maior percentual, nos três anos em estudo (46,62% em 1995; 50,81% em 2005 e 65,17% em 2015). Destaca-se no rural a participação significativa na indústria, entre 1995 e 2005, em que a mesma saiu de 6,29% para 22,55%, respectivamente. No que confere ao urbano, destacou-se em 1995 e 2015, a atividade de serviços, ao passo que em 2005, tinha vigorado o ramo industrial. O que pode explicar a melhora no ramo agrícola bem como o de serviços, em detrimento do setor industrial, na região Norte, e até mesmo em outras regiões do país, nos anos de 1995 e 2015, é a taxa de câmbio, que entre 1989 e 1996, e a partir de 2014 apresentou-se desvalorizada, prejudicando o desenvolvimento da indústria doméstica. Por sua vez, em 2005 a taxa de câmbio apresentava-se favorável ao setor industrial, visto que estava valorizada (IPEADATA, 2018).

Embora a área rural da região Nordeste tenha apresentado uma redução de 10 pontos percentuais no setor agrícola entre 2005/2015, esse ramo ainda é a principal atividade dos imigrantes. Outras atividades que merecem ser apontadas são os ramos do comércio e indústria, os quais crescerem sem interrupções nos anos em estudo, com destaque para o setor de comércio, que saiu de 7,37% para 15,12%, respectivamente. No urbano da região Nordeste, a atividade de maior inserção do imigrante é o ramo de serviços, o qual predomina em quase todos os períodos, com exceção de 2005, em que se destacou o comércio. O setor de serviços é referência por apresentar a possibilidade tanto de empregar mão de obra qualificada quanto semiqualificada, por meio da terceirização frente a oportunidade da alta informalidade apresentada na região (SANTOS; MOREIRA, 2006). Quanto a atividade industrial, em ambos os domicílios, observou-se significativa evolução durante os três decênios, o que corrobora com a diversificação das atividades econômicas no Nordeste.

Portanto, as políticas públicas adotadas a partir dos anos 2000 resultaram, em alguma medida, na redução das desigualdades regionais, visto que a desconcentração e interiorização das atividades industriais condicionaram a participação do ramo industrial, em quase todas as regiões brasileiras, com exceção do Norte, neste último período (2015), possibilitando o aparecimento de novos arranjos produtivos (CAIADO, 2004; ARAUJO, 2008; DELGADO, 2010).

(13)

Tabela 3: Distribuição relativa da população de 10 anos e mais, segundo ramos de atividades, por grande região e situação de domicílio - Imigrantes inter-regionais - 1990/1995, 2000/2005 e 2010/2015 - Brasil

Ramos de Atividade 1995 2005 2015

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Norte Agrícola 11,89 46,62 6,21 50,81 10,57 65,17 Indústria 18,05 6,29 27,28 22,55 20,18 10,18 Comércio 20,75 11,96 22,96 8,21 18,93 4,98 Serviços 25,66 14,66 20,90 12,07 23,17 11,36 Administração pública 9,79 11,05 9,85 0,00 11,91 0,00 Serviços domésticos - - 6,76 3,97 6,17 8,32

Outras ativid. e ativid. mal definidas 13,85 9,42 6,03 2,38 9,08 0,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Nordeste Agrícola 12,84 64,47 12,31 69,47 6,55 45,84 Indústria 13,83 13,69 18,81 14,16 24,55 18,05 Comércio 23,52 7,37 25,12 4,20 22,88 15,12 Serviços 34,39 9,95 24,78 7,39 25,07 8,90 Administração pública 8,98 3,73 5,32 0,95 4,74 2,22 Serviços domésticos - - 6,73 2,32 6,51 9,87

Outras ativid. e ativid. mal definidas 6,44 0,79 6,93 1,51 9,71 0,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Sudeste Agrícola 4,99 67,11 6,63 37,06 13,25 62,94 Indústria 31,81 6,97 29,52 26,52 30,81 17,43 Comércio 17,25 5,78 21,24 8,04 16,56 0,00 Serviços 38,24 19,24 21,28 8,04 21,53 9,38 Administração pública 6,85 0,90 4,19 0,00 5,64 0,00 Serviços domésticos - - 9,38 16,40 5,51 4,28

Outras ativid. e ativid. mal definidas 0,85 0,00 7,77 3,95 6,70 5,96

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Sul Agrícola 10,38 86,46 2,18 78,90 2,38 29,29 Indústria 20,30 9,20 28,04 6,24 37,16 34,06 Comércio 17,09 0,00 22,12 4,90 19,76 3,14 Serviços 35,29 4,34 26,03 2,46 23,54 16,75 Administração pública 9,99 0,00 4,94 0,00 4,39 0,00 Serviços domésticos - - 5,59 7,50 4,76 16,76

Outras ativid. e ativid. mal definidas 6,95 0,00 11,10 0,00 8,00 0,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Centro-Oeste Agrícola 8,52 69,80 5,27 66,51 5,92 66,81 Indústria 17,41 6,10 23,24 8,25 28,11 11,60 Comércio 15,29 2,90 22,47 9,12 20,02 5,22 Serviços 40,26 16,81 23,52 4,41 25,67 5,22 Administração pública 9,29 4,38 6,07 1,13 7,23 1,90 Serviços domésticos - - 10,82 9,86 5,27 9,25

Outras ativid. e ativid. mal definidas 9,22 0,00 8,60 0,72 7,78 0,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1995, 2005 e 2015.

Dos imigrantes ocupados no rural da região Sudeste, a principal ocupação foi o ramo agrícola, embora tenha ocorrido uma queda de 30 pontos percentuais entre 1995 e 2005, em 2015 chegou a apresentar 62,92% dos ocupados. No urbano, em

(14)

1995, o ramo de maior destaque foi o de serviços (38,24%). Nos dois últimos anos, 2005 e 2015, os imigrantes encontravam-se, em sua maioria, no ramo industrial, com 29,52% e 30,81%, respectivamente.

No rural do Sul, em 1995 (86,46%) e 2005 (78,90%), foi registrada maior participação dos imigrantes no ramo agrícola. No entanto, em 2015, a maior participação foi na atividade industrial (34,06%). Já no urbano do Sul, em 1995, a atividade de serviços foi a principal ocupação, enquanto em 2005 e 2015, o ramo principal foi o industrial.

Por fim, atendo-se a região Centro-Oeste, o ramo agrícola foi a principal atividade rural dos imigrantes em todos os decênios. No urbano, no ano de 1995 e 2005, destacou-se o ramo de serviços (40,26% e 23,52%), enquanto no ano de 2015 prevaleceu o setor industrial (28,11%).

Portanto, todas as regiões brasileiras apresentaram, no meio rural, a maior inserção do imigrante ocupado no ramo agrícola. Quanto a área urbana, especialmente nos dois últimos anos, nota-se a prevalência do setor industrial. Essa característica deve-se, em parte, a demanda interna por produtos manufaturados, o que permitiu ampliar a produção, bem como a necessidade de mais mão de obra nesse segmento (BALTAR; LEONE, 2007).

Após analisar a situação da ocupação e os ramos de atividades dos imigrantes inter-regionais, resta saber o nível de rendimento no trabalho principal, e se houve algum avanço (Tabela 4).

Tabela 4: Distribuição relativa da população de 10 anos e mais, segundo a faixa de rendimento no trabalho principal, por grande região e situação de domicílio - Imigrantes inter-regionais –1990/1995, 2000/2005 e 2010/2015 – Brasil

Faixas de Rendimento 1995 2005 2015

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Norte

Até 1 salário mínimo 24,56 30,60 30,90 40,61 25,69 40,78

Mais de 1 até 2 salários mínimos 22,98 31,83 30,84 29,16 32,99 37,15 Mais de 2 até 3 salários mínimos 11,68 16,42 9,89 6,19 8,28 8,24 Mais de 3 até 5 salários mínimos 13,08 7,18 11,38 20,43 12,89 5,54 Mais de 5 até mais salários mínimos 27,69 13,97 16,99 3,61 20,15 8,29

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Nordeste

Até 1 salário mínimo 34,81 62,55 55,64 80,31 45,72 73,67

Mais de 1 até 2 salários mínimos 22,95 23,99 22,61 14,64 35,21 21,05 Mais de 2 até 3 salários mínimos 11,95 4,31 4,05 0,00 6,36 1,41 Mais de 3 até 5 salários mínimos 10,49 5,45 7,75 3,02 3,34 3,87 Mais de 5 até mais salários mínimos 19,79 3,70 9,95 2,04 9,36 -

(15)

Sudeste

Até 1 salário mínimo 11,68 36,89 26,34 43,06 10,47 43,25

Mais de 1 até 2 salários mínimos 24,42 23,97 44,91 34,55 66,48 40,99 Mais de 2 até 3 salários mínimos 24,89 17,54 10,14 13,56 8,41 11,24 Mais de 3 até 5 salários mínimos 21,24 5,69 8,75 8,83 3,69 - Mais de 5 até mais salários mínimos 17,77 15,92 9,86 - 10,95 4,52

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Sul

Até 1 salário mínimo 15,69 21,00 18,64 52,39 13,28 47,80

Mais de 1 até 2 salários mínimos 19,03 43,29 31,65 22,76 46,81 28,70 Mais de 2 até 3 salários mínimos 12,26 26,08 16,61 18,05 13,80 23,50 Mais de 3 até 5 salários mínimos 13,48 4,83 11,82 6,79 10,60 0,00 Mais de 5 até mais salários mínimos 39,53 4,80 21,28 - 15,51 -

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Centro-Oeste

Até 1 salário mínimo 22,92 25,09 26,15 27,83 12,88 19,69

Mais de 1 até 2 salários mínimos 27,41 46,81 35,68 46,28 45,52 65,05 Mais de 2 até 3 salários mínimos 16,21 10,94 10,22 8,61 13,76 10,88 Mais de 3 até 5 salários mínimos 10,86 10,00 11,58 10,14 11,23 4,38 Mais de 5 até mais salários mínimos 22,60 7,16 16,37 7,14 16,61 0,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1995, 2005 e 2015.

No urbano da região Norte do Brasil, observa-se significativas mudanças, ao longo dos decênios, na faixa de rendimento dos imigrantes. Em 1995, embora 27,69% recebessem mais de 5 salários mínimos, mais de 47% recebiam até 2 SM, com maior peso na faixa de rendimento até 1 salário mínimo (24,56%). Em 2005, o número de imigrantes que recebiam até 2 salários mínimos passou para cerca de 62%, cabendo praticamente a metade deste percentual a faixa de mais de 1 até 2 salários mínimos (30,84%), sendo que em 2015, essa faixa chegou a ser a predominante (32,99%). Quanto aqueles que migraram para o rural, em 1995, mais de 62% recebiam até dois salários mínimos, sendo que a maior participação coube aos que recebiam mais de 1 até 2 salários mínimos (31,83%). Já nos dois últimos anos em estudo (2005 e 2015), registrou-se a predominância da faixa de rendimento de até 1 salário mínimo, correspondentes a 40,61% e 40,78%, respectivamente, porém, ainda assim, observou-se aumento no número dos que recebiam mais de 1 até 2 salários mínimos, entre 2005 e 2015, de 29,16% para 37,15%, respectivamente.

No Nordeste a maioria dos imigrantes ocupados estão em atividades de baixa remuneração, visto que nos três anos analisados predominou a faixa de até 1 salário mínimo, em ambos os domicílios, especialmente no rural. Dos imigrantes urbanos, em 1995, quase 58% recebiam até dois salários mínimos, sendo que a maior fatia era referente aos que recebiam até 1 SM (34,81%). Em 2005, o número de

(16)

migrantes que tinham rendimento de até 1 salário mínimo aumentou para 55,64%, com queda para 45,72% em 2015, mas sendo a faixa predominante. Enquanto isso, de 2005 para 2015, o número de imigrantes que possuíam rendimento mais que 1 até 2 salários mínimos cresceu 12 pontos percentuais. No que tange aos ocupados no rural nordestino, 86,54% recebiam até 2 salários mínimos, sendo que mais de 2/3 (62,55%) não recebiam mais que 1 SM, em 1995. Em 2005, a quantidade de migrantes que tinham rendimento até 2 salários mínimos chegou a 94,95%, sendo que 80,31% recebiam até 1 SM. Já em 2015, apesar da faixa de rendimento de até 1 salário mínimo ainda ser predominante em relação ao anterior (2005) observou-se uma queda de pouco mais de 7 pontos percentuais e um aumento de 7,39% dos que recebiam mais de 1 até 2 salários mínimos.

Por outro lado, o rendimento dos imigrantes ocupados na região Sudeste apresentou melhora, em ambos os domicílios, no decorrer dos anos em estudo, especialmente na faixa de mais de 1 até 2 salários mínimos. Em 1995, quase 50% dos imigrantes urbanos recebiam mais de 1 até 3 salários mínimos, sendo que a maioria (24,89%) recebiam mais de 2 até 3. Em 2005, 71,25% registraram rendimento até 2 salários mínimos, cabendo aos imigrantes com rendimento acima de 1 até 2 a maior fatia (44,91%). Em 2015, ao comparar com período anterior, observou-se aumento desta última faixa de rendimento para 66,48%, sobressaindo-se em relação as demais faixas. Enquanto isso, no rural, em 1995, 60,86% apresentavam rendimento de até 2 salários mínimos, sendo que 23,97% correspondia a faixa de mais de 1 até 2 salários. Em 2005 foi registrado nesta faixa, 34,55% dos imigrantes ocupados, que comparado com o período anterior (1995), aumentou 10,58 pontos percentuais. Em 2015, embora ainda observe a predominância da faixa de até 1 SM, a qual permaneceu no mesmo patamar do apresentado no período anterior (2005), a faixa de rendimento acima de 1 até 2 salários mínimos aumentou para 40,99%.

No que se refere a remuneração dos imigrantes ocupados no Sul do país, observou-se que os melhores rendimentos foram registrados no urbano e os piores no rural. No urbano, em 1995, prevaleceu a faixa de mais de 5 salários mínimos, mas em 2005 esse percentual caiu para 21,28%, e para 15,51% em 2015. Nestes dois últimos períodos, prevaleceu a faixa de rendimento mais de 1 até 2 salários mínimos, com 31,65%, em 2005, e 46,81%, em 2015. No rural, por sua vez, em 1995, o salário mínimo predominante conferido ao imigrante foi de mais de 1 até 2,

(17)

mas nos anos seguintes (2005 e 2015) prevaleceu o rendimento até 1 SM, embora tenha registrado descenso de um período para o outro de 52,39% para 47,80%.

No Centro-Oeste tanto no urbano quanto no rural, durante os três anos em estudo, os imigrantes ocupados, em sua maioria, recebiam mais de 1 até 2 salários mínimos. No urbano, em 1995, quase 50% recebia até dois salários mínimos, sendo que a faixa de rendimento mais de 1 até 2 foi a de maior representatividade (27,41%). Em 2005, esta última faixa chegou a representar 35,68% e em 2015 aumenta para 45,52%. No rural, em 1995, mais de 71% recebiam até dois salários mínimos, onde 46,81% refere-se aos que apresentaram rendimento de mais de 1 até 2 salários mínimos. Já entre 2005 e 2015, essa faixa de rendimento saiu de 46,28% para 65,05%, respectivamente, garantindo ao Centro-Oeste, em termos relativos, o maior percentual de imigrantes ocupados no rural ganhando mais de 1 até 2 salários mínimos, e o menor (19,69%) ganhando até 1.

Portanto, a partir dos anos 2000, a maioria dos imigrantes que recebem até dois salários mínimos encontraram-se no meio rural, tendo aumento na participação da faixa salarial de mais de 1 até 2 salários mínimos, em ambos os domicílios. Quanto as maiores faixas de rendimento, pode-se observar que estas ainda são mais presentes nas menores frações da população migrante, residentes especialmente no domicílio urbano.

Assim, aqueles que imigraram para o urbano obtiveram melhores rendimentos na região Sudeste, enquanto aqueles que estão no rural registraram melhores rendimentos na região Centro-Oeste. A região Nordeste, por sua vez, embora tenha observado melhora nos rendimentos, a mesma apresentou o maior percentual de imigrantes recebendo os menores salários, em ambos os domicílios, especialmente no rural. Portanto, pode-se presumir que essas diferenças estão intimamente relacionadas com as atividades predominantes nas respectivas regiões, como foi possível observar na Tabela 3.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal desse estudo foi analisar a inserção do migrante no mercado de trabalho rural e urbano, nas cinco grandes regiões do Brasil, nos anos de 1995, 2005 e 2015.

No mercado de trabalho brasileiro, constatou-se, em termos relativos, que a taxa de ocupação dos imigrantes, em todas as regiões e em todos os períodos, é

(18)

mais significativa no rural do que no urbano, destacando-se no último período as regiões Sul e Sudeste, mas que na taxa de ocupação total, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que apresentaram os melhores resultados.

A posição na ocupação, a melhor situação (empregados com carteira) foi registrada no urbano, com destaque para o Sudeste. E no rural essa mesma categoria foi destaque no Centro-Oeste. Nos ramos de atividades, os que imigraram para o urbano do Norte e Nordeste, a maioria estão inseridos no setor de serviços, já os que optaram pelo rural destas regiões encontram-se no setor agrícola. Quanto aqueles que imigraram para o urbano do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a maioria estão ocupados no setor industrial, já os que optaram pelo rural destas regiões, encontram-se, notadamente, no setor agrícola.

No que se refere ao rendimento no trabalho principal, embora os imigrantes no Norte e no Nordeste, e principalmente no Norte tenham apresentado avanços nos rendimentos, devido o reajuste do salário mínimo acima da inflação, que possibilitou o aumento do poder de compra, especialmente das classes mais baixas da pirâmide social, com forte repercussão sobre a geração/incremento da massa salarial, as regiões mais desenvolvidas detém as melhores remunerações, destacando-se no urbano o Sudeste, e no rural o Centro-Oeste.

Em suma, as políticas públicas adotadas com maior intensidade a partir dos anos 2000, afetaram o mercado de trabalho em todas as cinco grandes regiões do país, onde se observou avanços nas ocupações dos imigrantes, como empregados com carteira, em setores de maior valor agregado, e nos rendimentos, com destaque para o Centro-Oeste, com bons resultados especialmente no meio rural. Assim, o rural desta região mostrou que suas potencialidades e/ou especificidades, está a tornando uma das principais regiões de destino dos migrantes que procuram trabalho.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, T. B. Palestra. In: Relatório Final da 1ª Conferência Nacional de

Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (Olinda/PE, 25-28 de junho de 2008). Por um Brasil com Gente. Brasília, CONDRAF, 2008, p 21-30 e 112-3.

Disponível em: <

http://biblioteca.participa.br/jspui/bitstream/11451/609/1/Relatorio_1_Conferencia_De senvolvimento_Rural_Sustentavel.pdf>. Acesso em: 20 de ago. 2017.

(19)

AYDOS, M. R. Migrações Internas no Brasil Contemporâneo: reflexões teóricas e analíticas dos principais fluxos interestaduais 1930-2008. In: XVI Semana PUR -

IPPUR/UFRJ, 2010, Rio de Janeiro. XVI Semana PUR - IPPUR/UFRJ, 2010.

Disponível em: < http://docplayer.com.br/4913198-Migracoes-internas-no-brasil- contemporaneo-reflexoes-teoricas-e-analiticas-dos-principais-fluxos-interestaduais-1930-2008.html >. Acesso em: 12 jun. 2016.

BALTAR, P. E. A. Crescimento da economia e mercado de trabalho no Brasil. Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. - Brasília,

fevereiro de 2015. Disponível em:

<http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_2036.pdf>. Acesso em: 10 de fev. de 2017.

______. A. Estagnação da Economia, Abertura e Crise de Emprego Urbano no

Brasil. Economia e Sociedade (UNICAMP. Impresso), UNICAMP CAMPINAS, v. 6,

p. 75-112, 1996.Disponível em: <file:///C:/Users/paulo/Downloads/8643188-15319-1-SM%20(1).pdf.>. Acesso em: 26 de nov. de 2017.

______.; LEONE, E. T.; MAIA, A. G.; SALAS, C.; KREIN, J. D.; MORETTO, A.; PRONI, M. W.; SANTOS, A. Moving to wards decente work. Labour um the

Lula government: reflections on recente Brazilian experience. Global Labour

University working Papers, v. 9, p. 1-38, 2010. Disponível em: <http://www.global-

labour-university.org/fileadmin/GLU_Working_Papers/GLU_WP_No._9_portuguese.pdf>. Acesso em: 08 de nov. 2017.

______.; LEONE, E. T. Formalização dos contratos de trabalho e salários no

Nordeste. Economia e Desenvolvimento (Recife), v. 6, p. 133-151, 2007. Disponível

em:<file:///G:/DISCIPLINAS/ECONOMIA%20DO%20TRABALHO/textos_para_refere ncial_te%C3%B3rico/BALTAR-%20INFORMALIDADE%20NO%20NE.pdf>. Acesso em: 12 de nov. 2017.

______.; LEONE, E. T. Perspectivas para o mercado de trabalho após o

crescimento com inclusão social. Estudos Avançados (USP. Impresso), v. 1, p.

53-67, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v29n85/0103-4014-ea-29-85-00053.pdf>. Acesso em: 29 de nov. de 2017.

BEZERRA, L. M.C.; CLEPS JUNIOR, J. O desenvolvimento agrícola da região

centro-oeste e as transformações no espaço agrário do estado de goiás.

Caminhos da Geografia (UFU. Online), Uberlândia (MG), v. 2, n.12, p. 29-49, 2004.

Disponível em: <

www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/download/15339/8638 >. Acesso em: 24 de set. 2017.

CAIADO, A. S. C.. Reestruturação Produtiva e Localização Industrial: a dinâmica industrial na RMSP entre 1985 e 2000. In: XXXII Encontro Nacional de Economia,

2004, João Pessoa. XXXII Encontro Nacional de Economia - ANPEC, 2004.

Disponível em: <http://www.anpec.org.br/encontro2004/artigos/A04A114.pdf>. Acesso em: 07 de nov. 2017.

(20)

CACCIAMALI, M. C.; TATEI, F. Dinâmica do mercado de trabalho no brasil nos

anos 2000: da euforia do ciclo expansivo e de inclusão social à frustação da

recessão econômica. Estudos Avançados (USP. Impresso), v. 30, p. 103-123, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142016000200103>. Acesso em: 25 de nov. 2017.

CAMARANO, A. A. Movimentos migratórios recentes na Região Nordeste. In:

Encontro Nacional sobre Migração, Curitiba – SP, 1997 p. 189 a 208. Disponível

em:<http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/1EncNacSobreMigracao/A naisENSMigracaocuritiba1997p189a208.pdf>. Acesso em: 6 de novembro de 2016. CANO, W. Raízes da concentração industrial em São Paulo. Tese de doutoramento em Ciências Econômicas – Universidade Estadual de Campinas,

UNICAMP, 1975. Disponível em: <

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/280428 >. Acesso em: 20 de mar. 2016.

DEDECCA, C. S. Notas sobre a evolução do mercado de trabalho no Brasil. Revista

de Economia Política, vol. 25, nº 1 (97), pp. 94-111, janeiro-março de 2005.

Disponível em: < http://www.rep.org.br/PDF/97-6.PDF >. Acesso em: 14 de jul. 2017. DEDECCA, C. S; ROSANDISKI, E. N. Recuperação Econômica e a Geração de

Empregos Formais. Parcerias Estratégicas (Brasília), v. 22, p. 169-190, 2006.

Disponível em:

<http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/view/276>. Acesso em: 24 de nov. 2017.

DELGADO, N. G. O papel do rural no desenvolvimento nacional: da modernização conservadora dos anos 1970 ao Governo Lula. In: DELGADO, N. G. (Coord.).

Brasil rural em debate. Brasília: CONDRAF/MDA, 2010. p. 28-78. Disponível em: <

http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_arquivos_19/Livro%20Brasil %20Rural%20em%20Debate.pdf >. Acesso em: 12 de mai. 2017.

GRISA, C.; SCHNEIDER, S. Três Gerações de Políticas Públicas para a Agricultura Familiar e Formas de Interação entre Sociedade e Estado no Brasil. In: GRISA, C.; SCHNEIDER, S. (Org.). Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015, p. 19-50. Disponível em: < http://aspta.org.br/wp-content/uploads/2015/10/Pol%C3%ADticas-P%C3%BAblicas-de-Desenvolvimento-Rural-no-Brasil.pdf >. Acesso em: 11 de ago. 2016.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Situação do Domicílio. Disponível

em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/mapa_mercado_trabalho/not astecnicas.shtm>. Acesso em: 02 set. 2016.

IPEADATA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Taxa de câmbio - R$ / US$ -

comercial - compra - fim período. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>. Acesso em: 09 de mar. 2018.

(21)

JANNUZZI, P. M. Pobreza, Desigualdade e Mudança Social: trajetória no Brasil recente (1992 a 2014). Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas V.10 N.3

2016 ISSN: 1984-1639. 2016. Disponível em:

<http://periodicos.unb.br/index.php/repam/article/viewFile/21864/pdf>. Acesso em: 06 de nov. 2017.

LÚCIO, C. G. Desafios para o crescimento e o emprego. ESTUDOS

AVANÇADOS 29 (85), 2015. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/ea/v29n85/0103-4014-ea-29-85-00021.pdf>. Acesso em: 29 de nov. de 2017.

PATARRA, N. L. Movimentos Migratórios no Brasil: Tempos e Espaços. - Rio de Janeiro: Escola Nacional de Ciências Estatísticas, 2003. 50p. - (Textos para discussão. Escola Nacional de Ciências Estatísticas, ISSN 1677-7093; n. 7). Disponível em: < https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv84115.pdf >. Acesso em: 16 de set. 2016.

POCHMANN, M. Velhos e novos problemas do mercado de trabalho no Brasil. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.26, n.2, p.119-139, 1998. Disponível em: < https://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/1297 >. Acesso em: 19 de set. 2016.

QUEIROZ, S. N. Migração para o Ceará nos anos 90. Dissertação de Mestrado. Departamento de Economia-CCSA/UFPB, 2003.

______. Migrações, retorno e seletividade no mercado de trabalho cearense. Tese (Doutorado em Demografia) – Universidade Estadual de Campinas,

UNICAIMP/IFHC, 2013. Disponível em: <

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/280933 >. Acesso em: 12 de ago. 2016.

SANTOS, L. M.; MOREIRA, I. T. Condições do Mercado de Trabalho no Setor de Serviços Nordestino. Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de

Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú - MG – Brasil, de 18 a 22

de setembro de 2006. Disponível em:

<http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/anais/article/viewFile/1634/1597>. Acesso em: 29 de nov. de 2017.

SILVA, J. F. G.; GROSSI, M. E. D. O novo rural brasileiro. In: José Graziano da Silva. (Org.). Ocupações rurais não-agrícolas: Oficina de atualização temática. Londrina/PR: IAPAR, 2001, v. 1, p. 165-173. Disponível em: < http://www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/novo_rural_br.pdf >. Acesso em: 6 de set. 2016.

STUMPF JUNIOR, W.; BALSADI, O. V. Política pública e pesquisa para o desenvolvimento rural no Brasil. In: GRISA, C.; SCHNEIDER, S. (Org.). Políticas

públicas de desenvolvimento rural no Brasil. – Porto Alegre: Editora da UFRGS,

2015, p. 511-529. Disponível em: < http://aspta.org.br/wp- content/uploads/2015/10/Pol%C3%ADticas-P%C3%BAblicas-de-Desenvolvimento-Rural-no-Brasil.pdf >. Acesso em: 11 de ago. 2016.

Referências

Documentos relacionados

As inscrições serão feitas na Comissão Permanente de Vestibular da UFMG (COPEVE), situada no Prédio da Reitoria da UFMG, à Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 – Campus da

Nesse contexto, o Ceará destaca-se, até o mo- mento em que registra 30 dias de casos confirmados de COVID-19, como o terceiro estado mais afetado pela epidemia no Brasil e tem

Considerando que o MeHg é um poluente ambiental altamente neurotóxico, tanto para animais quanto para seres humanos, e que a disfunção mitocondrial é um

(UEGO) Linhas de força são linhas tangentes ao vetor campo elétrico em cada um de seus pontos, sendo essas linhas de força orientadas no sentido do vetor campo e perpendiculares

Conclusões Os moradores da comunidade Muribeca entrevistados no presente trabalho demonstraram possuir um bom conhecimento sobre a utilização de plantas como medicinais, mas as

1.05.07.14-0 Ressonância Mag.e Relax.Na Mat.Condens;Efeitos Mosbauer;Corr.Ang.Pertubada 1.05.07.15-9 Materiais Dielétricos e Propriedades Dielétricas. 1.05.07.16-7 Prop.Óticas

Foram selecionadas 135 mudas de cada um dos híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, clone A e Eucalyptus urophylla x Eucalyptus globulus, clone B, que foram

and IUT23-6 and European Regional Development Fund, Estonia; the Academy of Finland, Finnish Ministry of Education and Culture, and Helsinki Institute of Physics; the Institut