A Família e a Autogestão dos Processos de Saúde Doença: o caso da diabetes tipo 2
Texto
(2) . .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. previsões para os próximos anos, que apontam para o seu crescimento galopante a nível global e para o risco de redução da esperança média de vida, avançado pela OMS. "TQSPCMFNÈUJDBTBTTPDJBEBTËEJBCFUFTFBTTVBTSFQFSDVTTÜFTOBTBÞEFFOBRVBMJEBEFEFWJEBJOEJWJEVBM BTTJN DPNPPØOVTFDPOØNJDPRVFSFQSFTFOUBQBSBBTGBNÓMJBTFQBSBBTPDJFEBEF UÐNWJOEPBEFTFODBEFBSVNJOUFSFTTFDSFTDFOUFQPSQBSUFEFWÈSJBTPSHBOJ[BÎÜFTOBDJPOBJTFJOUFSOBDJPOBJT RVFUÐNQSPEV[JEPWBSJBEBTEJSFDUJWBT e orientações para a abordagem da diabetes. O significativo aumento desta doença crónica em todo o mundo, o seu diagnóstico muitas vezes tardio e as complicações agudas e sobretudo a longo prazo a ela associadas, são SFBMJEBEFTJORVJFUBOUFT"NBHOJUVEFEFTUFQSPCMFNB OPRVFTFSFGFSFËEPFOÎBJOTUBMBEBFBPSJTDPEPTFVEFTFOWPMWJNFOUP ÏQSFPDVQBOUFFNBUFSJBMJ[BBOFDFTTJEBEFEFBHJS DPNVSHÐODJBFDPPSEFOBÎÍP RVFSOPDVJEBEP efectivo das pessoas e das famílias que vivenciam esse processo de transição, quer na abordagem proactiva das comunidades e dos grupos, visando o controlo das situações de risco.. A “experiência de adoecer” e as intervenções terapêuticas "GPSNBDPNPIPKFFNEJBTFQFSTQFDUJWBBiFYQFSJÐODJBEFBEPFDFSw FTUÈQSPGVOEBNFOUFMJHBEBËFWPMVÎÍPRVF os conceitos de saúde e de doença sofreram nos últimos anos e que, por sua vez, resultam das transformações culUVSBJT FDPOØNJDBTFTPDJBJTEBTTPDJFEBEFTNPEFSOBT%J[FNPTiFYQFSJÐODJBEFBEPFDFSwQPSRVFBTDPOEJÎÜFTEF saudável ou de doente não podem ser encaradas como realidades estáticas, que assumem a mesma importância e significado em diferentes momentos da vida de cada indivíduo, entre indivíduos diferentes, ou em sociedades distintas; mas como realidades dinâmicas, em constante devir, profundamente relacionadas com as crenças inEJWJEVBJTTPCSFPCJOØNJPTBÞEFEPFOÎBFDPOTUSVÓEBTTPCSFBTFYQFSJÐODJBTQFTTPBJTFTPCBTJOĘVÐODJBTTPDJPculturais. Os contextos sociais e culturais parecem interferir significativamente na forma como a doença é valorizada, quer QFMPEPFOUF RVFSQFMPTQSPĕTTJPOBJTEFTBÞEF1BSB.PSSJT SFGFSFODJBEPQPS1BáMF'POTFDB BEPença é uma entidade moldada pela história e mediada pela cultura; assim se explica que a mesma doença seja uma FYQFSJÐODJBEJTUJOUBRVBOEPWJWFODJBEBQPSQFTTPBTEJGFSFOUFT FNDPOEJÎÜFTTPDJBJTFDVMUVSBJT UBNCÏNFMBTEJGFrentes. Segundo aqueles autores, numa óptica psicossocial, devemos encarar a doença e a capacidade de lhe reagir, como o resultado da relação entre as diferentes variáveis individuais, do meio ambiente e do sistema de saúde. 3JFSB TBMJFOUBRVF TFOEPBEPFOÎBVNBQFSDFQÎÍPTVCKFDUJWB SF DPOTUSVÓEBJOEJWJEVBMNFOUFEFGPSNB multidimensional e que se traduz em comportamentos muito pessoais, poderá existir o risco de não se verifiDBSDPSSFTQPOEÐODJBFOUSFBiEPFOÎBEJBHOPTUJDBEBwQFMPQSPĕTTJPOBMEFTBÞEFFBiEPFOÎBTFOUJEBwQFMBQFTTPB doente ou pela sua família. Se tivermos em consideração que a procura de cuidados depende directamente das percepções sobre a doença, confrontamo-nos com o paradoxo daquela poder ser significativamente diferente da carteira de serviços oferecida pelo sistema de saúde. O mesmo autor relembra a ideia que Florence Nightingale apresenta sobre a dupla face do sofrimento humano associado aos processos patológicos a que, como enfermeiros, devemos estar particularmente atentos; por um lado, os aspectos físicos e orgânicos e por outro, o significado que a doença assume para cada pessoa que adoece. "TSFTQPTUBTBEBQUBUJWBTGBDFËEPFOÎBEFQFOEFNEPTFVUJQP EPQSPHOØTUJDPFFWPMVÎÍP EBJEBEFFHÏOFSPEB QFTTPB FEPDBSÈDUFSBHVEPPVDSØOJDP #FOBWFOUFFUBM 1PSPVUSPMBEP BWJWÐODJBEPTQSPDFTTPTEFTBÞEF - doença é profundamente influenciada pelas características pessoais. De facto, a pessoalidade, edificada sobre as FYQFSJÐODJBTJOEJWJEVBJTEFOUSPEFVNDPOUFYUPTPDJBM DVMUVSBMFFDPOØNJDPFTQFDÓĕDPT JOĘVFODJBBTDPODFQÎÜFT sobre a doença e determina as atitudes e comportamentos adoptados por cada indivíduo, quando confrontado com uma doença crónica..
(3) .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. . Adoecer corresponde sempre a um momento de crise na vida da pessoa e da sua família; a uma situação de rupUVSBDPNPFTUBEPBOUFSJPSFBVNBUSBOTJÎÍP .FMFJTFUBM RVFBDBSSFUBOFDFTTJEBEFEFBEBQUBÎÍPËOPWB condição e a mudanças em vários aspectos da vida diária, que no caso da diabetes, assumem um carácter vitalício. &TUBTFTQFDJĕDJEBEFTDPMPDBNDPOTUBOUFTEFTBĕPTËDBQBDJEBEFBVUPHFTUÍP BUSBWÏTEFDPNQFUÐODJBTEFUPNBEBEF EFDJTÍP FEJĕDBEBTOVNQSPDFTTPEFFNQPXFSNFOU EVSBOUFBSFMBÎÍPUFSBQÐVUJDBRVFTFFTUBCFMFDFFOUSFBQFTTPB FBTVBGBNÓMJB FPTQSPĕTTJPOBJTEFTBÞEF OPNFBEBNFOUFPTFOGFSNFJSPT®FOGFSNBHFNJOUFSFTTBBFYQFSJÐOcia das pessoas e famílias ao enfrentar transições, em que a saúde e a percepção de bem-estar são os resultados FTQFSBEPT .FMFJT5SBOHFOTUFJO QBSBPTBKVEBSOFTTFQSPDFTTPBEBQUBUJWP BKVTUBOEPBTUFSBQÐVUJDBTËT necessidades individuais. 0DPOUSPMPEBEJBCFUFTUJQPQBTTBOFDFTTBSJBNFOUFQFMPFRVJMÓCSJPFOUSFBBMJNFOUBÎÍP PFYFSDÓDJPGÓTJDPFB UFSBQÐVUJDBNFEJDBNFOUPTB BOUJEJBCÏUJDPTPSBJTFPVJOTVMJOB %BRVJTFDPODMVJ RVFBNVEBOÎBEFIÈCJUPTF FTUJMPTEFWJEBÏJNQSFTDJOEÓWFMUPSOBOEPWJUBMPQBQFMBDUJWPEPEPFOUFEJBCÏUJDPOPTQSPDFTTPTUFSBQÐVUJDPT0T cuidados prestados incluem a educação e a supervisão, de acordo com as necessidades individuais de cada um FUÐNDPNPQSJODJQBMPCKFDUJWP BNBOVUFOÎÍPEBOPSNPHMJDFNJBFPDPOUSPMPEBTDPNQMJDBÎÜFT1SFUFOEFTF desta forma prevenir o aparecimento das complicações agudas (hipoglicemia e hiperglicemia) e evitar ou atrasar PEFTFOWPMWJNFOUPEBTDPNQMJDBÎÜFTDSØOJDBT 0.4 BĕNEFNJOJNJ[BSBTTVBTDPOTFRVÐODJBTBNÏEJP e a longo prazo. "FEVDBÎÍPUFSBQÐVUJDB ÈSFBEFJOUFSWFOÎÍPQSFDPOJ[BEBOPTTVDFTTJWPTQSPHSBNBTEBEJBCFUFTRVFGPSBNTFOEP criados, é “o processo educativo preparado, desencadeado e efectuado por profissionais de saúde, devidamente capacitados, com vista a habilitar o doente e a sua família a lidar com uma situação de doença crónica, como a diabetes, e com a prevenção das suas complicaçõesw %(4 &TUFQSPDFTTPFEVDBUJWPUSBOTGPSNBBHFTUÍPEBEPFOÎB crónica em espaços de partilha de responsabilidades entre o profissional e o doente; pretende-se, assim, garantir a qualidade de vida da pessoa com diabetes, assegurando o desenvolvimento da sua capacidade de gestão da doença, e a da sua família, através do aumento da literacia em saúde. "FEVDBÎÍPQBSBBBVUPHFTUÍPOBEJBCFUFT QBSBBMÏNEFVNEJSFJUPEBQFTTPBFEBTVBGBNÓMJB *%' ÏUBNbém uma das actividades centrais na gestão da doença e uma componente essencial nos cuidados. Este processo educativo para a construção da autonomia é fundamental para a capacidade de autogestão. Partindo da avaliação inicial das necessidades de educação em função dos conhecimentos demonstrados sobre a doença e as suas DPOTFRVÐODJBT EBTEÞWJEBT EPTDPODFJUPTFTJHOJĕDBEPT QSPDVSBTFQSPQPSDJPOBSPknow-how que permita, ao JOEJWÓEVPFËGBNÓMJB VNBBEFRVBEBBEBQUBÎÍPËWJEBDPNBEPFOÎBFBVUJMJ[BÎÍPEFSFDVSTPTEFDPQJOHJOUFSOPT para enfrentar os desafios que se iniciam com o diagnóstico e que se prolongam durante toda a vida. Sendo detentores de um conhecimento profundo sobre a situação clínica, a pessoa e a família com diabetes serão capazes de desenvolver e aplicar as estratégias de coping e tomar as decisões adequadas a cada um dos obstáculos que surgirão ao longo da vida. Este processo é contínuo e recursivo porque, apesar de na fase inicial da doença ser mais difícil dominar todo o conhecimento necessário, haverá sempre momentos de crise e de menor adesão aos tratamentos, pelo cansaço que as mudanças poderão ocasionar, ou por outra situação de crise acidental, desenvolWJNFOUBMPVEFTBÞEFEPFOÎB .FMFJTFUBM RVFFYJHJSÍPOPWPTNFDBOJTNPTEFBEBQUBÎÍP Pelas razões anteriormente apresentadas, as mudanças e a adopção de comportamentos saudáveis favorecedores da autogestão da doença, são difíceis de manter ao longo do tempo, o que possivelmente se poderá dever ao facto EF IBCJUVBMNFOUF BTEFDJTÜFTTPCSFBTBÞEFTFCBTFBSFNNBJTOBTEJĕDVMEBEFTBTTPDJBEBTËDPNQMFYJEBEFEP SFHJNFUFSBQÐVUJDPFOBQSFTFOÎBPVBVTÐODJBEFTJOUPNBT RVFOBEJBCFUFTUJQPOÍPTÍPGSFRVFOUFT FTUBOEP OPSNBMNFOUFBTTPDJBEPTËQSFTFOÎBEFDPNQMJDBÎÜFT EPRVFPTCFOFGÓDJPTPCUJEPTBMPOHPQSB[PQFMBBEPQÎÍP EFTTFTDPNQPSUBNFOUPT 8BULJOTFUBM .
(4) . .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. 4FOEPPTEBEPTEJTQPOÓWFJTSFMBUJWBNFOUFËBEFTÍPBPSFHJNFUFSBQÐVUJDPQPVDPBOJNBEPSFT 0.4 P que traduz claramente o peso da responsabilidade individual por parte da pessoa portadora de diabetes e sua família, neste processo de controlo metabólico, torna-se premente o desenvolvimento de estratégias integradas EFBCPSEBHFNEPEPFOUFFEBGBNÓMJBFOÍPBQFOBTEBEPFOÎB RVFGBWPSFÎBNBBEFTÍPBPSFHJNFUFSBQÐVUJDP P BVUPDVJEBEPFBBEPQÎÍPFNBOVUFOÎÍPEFIÈCJUPTFFTUJMPTEFWJEBGBWPSÈWFJTËTBÞEF A gestão da doença é da responsabilidade de todos: responsáveis políticos, gestores, profissionais e sobretudo dos EPFOUFTFTVBTGBNÓMJBT"FTUFTDBCFBDPODSFUJ[BÎÍPEFVNBHSBOEFQFSDFOUBHFN TFHVOEPB0.4 . EBTNFEJEBTEFBVUPHFTUÍPEBEJBCFUFT RVFFOHMPCBNBBEFTÍPËTUFSBQÐVUJDBTFBBEPQÎÍPFNBOVUFOÎÍPEFIÈCJUPTFFTUJMPTEFWJEBTBVEÈWFJT BTTJNDPNPBTDPNQFUÐODJBTEFcoping eficaz e de resolução de problemas, todas elas cruciais para evitar as complicações agudas e crónicas e garantir a qualidade de vida auto percepcionada. /PDBTPEBQFTTPBDPNEJBCFUFTFTVBGBNÓMJB PRVFTFQSFUFOEFÏRVFEFTFOWPMWBNNFTUSJBFDPNQFUÐODJBTEFBVUPHFTUÍP RVFJODMVFNOÍPBQFOBTBDBQBDJEBEFEFUPNBSEFDJTÜFTRVBOUPBPSFHJNFUFSBQÐVUJDP NFEJDBNFOUPTP e não medicamentoso, dos quais destacamos a mudança de hábitos e estilos de vida, nomeadamente nos aspectos BMJNFOUBSFTFEFQBESÍPEFBDUJWJEBEFGÓTJDBPVFYFSDÓDJP RVFBFWJEÐODJBDPNQSPWBDPNPPTNBJTEJGÓDFJTEF BMUFSBS 7JMBS NBTUBNCÏNBJOUFHSBÎÍPEPTJHOJĕDBEPEFTFSQPSUBEPSEFEJBCFUFTNFMMJUVTUJQPFEPRVF isso representa, não apenas no presente, mas sobretudo num futuro mais ou menos próximo e cuja brevidade depende grandemente da sua capacidade em enquadrar essas mudanças como um investimento na sua saúde e bem-estar, prevenindo e adiando complicações, numa perspectiva antecipatória de ganhos em saúde. A percepção sobre a necessidade de individualização dos cuidados em função das necessidades reais das pessoas portadoras de doença crónica e das suas famílias deve transpor a esfera da teoria e ser uma realidade cada vez mais presente nos modelos das práticas diárias dos enfermeiros e de toda a equipa de saúde, aproximando, o mais possível, os modelos em uso aos modelos expostos. Cuidar, em si mesmo, é complexo, e essa complexidade ocorre da mudança de paradigma que deve orientar não apenas a prestação de cuidados de saúde, mas também o seu planeamento; já não importa apenas a doença e os processos fisio/bio/epidemiológicos que a explicam, variáveis QPTJUJWJTUBTQSFTFOUFTOPQBSBEJHNBQBUPHÏOJDPIPKFJOUFSFTTBOPT ËMV[EPQBSBEJHNBTBMVUPHÏOJDP DPOIFDFSF QPUFODJBSBTSFTQPTUBTJOEJWJEVBJTFGBNJMJBSFTËTTJUVBÎÜFTEFDSJTFEFTFODBEFBEBTQFMBEPFOÎB. A diabetes (também) é assunto de família Salienta-se a importância da família neste processo de transição, quer como suporte do doente, quer como alvo de intervenção de enfermagem, uma vez que as implicações do diagnóstico desta doença não interferem apenas DPNBWJEBEBQFTTPBDPNEJBCFUFT NBTUBNCÏNDPNBEBTVBGBNÓMJB RVFEFSFQFOUFTFWÐDPOGSPOUBEBDPNB OFDFTTJEBEFEFBKVEBSBDPOUSPMBSBEJBCFUFTFBFGFDUVBSNVEBOÎBTOPTTFVTFTUJMPTEFWJEB 4JMWB &TUBBVUPSBSFGFSFPTFTUVEPTEF(SBOU DVKBTDPODMVTÜFTBQPOUBNQBSBFMFWBEPTOÓWFJTEFTUSFTTOPTJTUFNBGBNJMJBS e, sobretudo no subsistema conjugal, nomeadamente na presença de complicações crónicas. "BEBQUBÎÍPBVNBEPFOÎBDSØOJDBFËTFYJHÐODJBTEPTTFVTSFHJNFTUFSBQÐVUJDPTDPNQMFYPTÏEJGÓDJM/ÍPBQFOBT para a pessoa a quem essa doença foi diagnosticada e que vai ter de reaprender a viver com ela para o resto da vida, mas também para a sua família. Esta, enquanto sistema social dinâmico e único, que resulta da incorporação de VNDPOKVOUPEFWBMPSFT DSFOÎBT DPOIFDJNFOUPTFQSÈUJDBT 'JHVFJSFEPF.BSUJOT JOĘVFODJBFÏJOĘVFOciada pelos subsistemas que a compõe. A relação de reciprocidade que se estabelece entre os seus membros, detentores de percepções individuais sobre a doença e eles próprios sistemas em constante reconstrução, determina a reorganização da família em presença de eventos causadores de alterações no equilíbrio homeodinãmico de um dos seus membros, como acontece em situações de doença..
(5) .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. . 1BSB'SJFENBO BFOGFSNBHFNEFGBNÓMJBDFOUSBTFEFJHVBMGPSNBOPTJTUFNBGBNJMJBSFOPTTJTUFNBT JOEJWJEVBJTRVFBDPNQÜF/PFOUBOUP PRVFTFPCTFSWBDPNNBJTGSFRVÐODJBOBQSÈYJTEPTFOGFSNFJSPT ÏBBCPSdagem da família como recurso para os cuidados de um dos seus membros, a vivenciar um (ou mais) processo de transição. Para a mesma autora, a correlação que se verifica entre a saúde da família na sua globalidade e a de cada um dos seus membros, orienta para a prestação de cuidados tendo como alvo e unidade de cuidados a unidade GBNJMJBS TFRVFSFNPTNBJPSFĕDJÐODJBFFĕDÈDJB USBEV[JEBTFNHBOIPTFNTBÞEF. Conclusões/ideias centrais a reter "TEPFOÎBTDSØOJDBT QFMBTTVBTDBSBDUFSÓTUJDBT UÐNVNJNQBDUPTJHOJĕDBUJWPOBTWJEBTEBTQFTTPBTTVBTQPSUBEPSBT QFMPRVFUÐNWJOEPBTFSBMWPEFJOWFTUJHBÎÜFTOBQSPDVSBEFPVUSBTBCPSEBHFOTRVFGBWPSFÎBNBDBQBDJEBEF adaptativa e de auto-gestão. O que se preconiza, na procura da solução para estes problemas, é a mudança de paradigma na prestação dos cuidados de saúde, passando de um sistema essencialmente reactivo (centrado na doença) para um sistema proactivo (centrado na pessoa e familia) e cuja finalidade é a recuperação e manutenção do melhor estado de saúde possível. 0BQPJPTJTUFNÈUJDPËBVUPHFTUÍP FBTVBNPOJUPSJ[BÎÍP ÏDBEBWF[NBJTWBMPSJ[BEPOBBCPSEBHFNEBEPFOÎB DSØOJDB IBWFOEPFWJEÐODJBDSFTDFOUFEBJNQPSUÉODJBEPFNQPXFSNFOUFEBBRVJTJÎÍPEFDPNQFUÐODJBTEFBVUPHFTUÍPFNWÈSJBTEFTTBTQBUPMPHJBT FOUSFBTRVBJTBEJBCFUFT 8BHOFSFUBM B C %FGBDUP PDPOUSPMPEB doença e os resultados obtidos dependem significativamente da efectividade dessa autogestão. A educação para a autogestão vai ajudar a pessoa e a família a optimizar o controlo metabólico, prevenir e gerir BTDPNQMJDBÎÜFTBHVEBTFDSØOJDBTBTTPDJBEBTËEPFOÎBFNBYJNJ[BSBRVBMJEBEFEFWJEB 8BULJOTFUBM DPNCPOTSFTVMUBEPTDVTUPFGFDUJWPT "%" B DPNHBOIPTFNTBÞEFSFMBDJPOBEPTDPNPTDPOIFDJNFOUPT TPCSFBEPFOÎB BBEPQÎÍPEFDPNQPSUBNFOUPTTBVEÈWFJT NFMIPSDPOUSPMPDMÓOJDP FRVBMJEBEFEFWJEB 1PWFZ $MBSL$BSUFS Ajudar as pessoas e as suas famílias a mobilizarem os seus próprios recursos, no desenvolvimento de estratégias e EFDPNQFUÐODJBTGBWPSFDFEPSBTEFBVUPEFUFSNJOBÎÍPFEFNBJPSJOEFQFOEÐODJBOBHFTUÍPEBEPFOÎB FYJHF OÍP apenas conhecimento sobre a etiopatogenia, mas também um conhecimento profundo sobre os mecanismos psicológicos que determinam os comportamentos individuais, e sobre as variáveis sociais, ambientais e culturais que os condicionam ou favorecem. É esta a realidade complexa que se apresenta aos serviços e aos profissionais de saúde em geral, e aos enfermeiros em particular, como o desafio que urge enfrentar na procura do sucesso na gestão da doença crónica. Em síntese, a utilização de uma abordagem colaborativa permite que profissional, doente e família trabalhem em conjunto, com sucesso, na definição de problemas e necessidades, no estabelecimento de prioridades, na definiÎÍPEFNFUBTFPCKFDUJWPT OPEFTFOIPEPQMBOPUFSBQÐVUJDP FOPEFTFOWPMWJNFOUPEBTDPNQFUÐODJBTOFDFTTÈSJBT ËSFTPMVÎÍPEPTQSPCMFNBTRVFWÍPTVSHJOEPBPMPOHPEPQFSDVSTPEFWJEBDPNBEPFOÎBDSØOJDB.
(6) . .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. Referências bibliográficas "%"B/VUSJUJPOSFDPNNFOEBUJPOTBOEJOUFSWFOUJPOTGPS%JBCFUFT"QPTJUJPOTUBUFNFOUPGUIF"NFSJDBO Diabetes Association. Diabetes Care 4VQQMFNFOU44 #FOBWFOUF: "(VFSSB/.FOEP[B4JHOJĕDBEPTEFMB4BMVE&OGFSNFEBEEFTEFMB1FSTQFDUJWBEFMBT"EPlescentes Diabéticas Embarazadas. Biblioteca Lascasas<0OMJOF> %JTQPOÓWFMIUUQJOEFYGDPNMBTDBTBT EPDVNFOUPTMDQIQ<+BOFJSP > %(4Educação Terapêutica na Diabetes Mellitus$JSDVMBS/PSNBUJWB/%($( EF1PSUVHBM Ministério da Saúde, Direcção Geral de Saúde, Lisboa. %(4Diabetes factos e números 2011 − Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes. Disponível: IUUQXXXQPSUVHBMHPWQUNFEJBEJBCFUFT@QEG<EBUBEBWJTJUB> 'JHVFJSFEP.) .BSUJOT..%PTDPOUFYUPTEBQSÈUJDBË DP DPOTUSVÎÍPEPNPEFMPEFDVJEBEPTEFFOGFSNBHFN de família. Rev Esc Enferm USP Friedman MM. Family Nursing. Research, Theory e PracticeFE$POOFDUJDVU"QQMFUPOF-BOHF *%'iPosition Statement - Diabetes Education. Diabetes Education: A Right for All.w%JTQPOÓWFMIUUQXXXJEG PSHOPEF OPEF<EBUBEBWJTJUB> .FMFJT "*FUBM&YQFSJFODJOH5SBOTJUJPOT"O&NFSHJOH.JEEMF3BOHFćFPSZAdvance Nursing Science, "TQFO1VCMJTIFST *OD .FMFJT "*15SBOHFOTUFJO'BDJMJUBUJOHUSBOTJUJPOTSFEFĕOJUJPOPGUIFOVSTJOHNJTTJPONursing Outlook 0.4Cuidados Inovadores para Condições Crónicas: Componentes Estruturais de Acção: Relatório Mundial. %JTQPOÓWFMIUUQXXXEPNJOJPQVCMJDPHPWCSEPXOMPBEUFYUPPQQEG<EBUBEBWJTJUB> 1BÞM $".'POTFDBPsicossociologia da Saúde. Climepsi, Coimbra. 1PWFZ 3$%$MBSL$BSUFS%JBCFUFTBOEIFBMUIZFBUJOH"TZTUFNBUJDSFWJFXPGUIFMJUFSBUVSF5he Diabetes Educator 3JFSB +3.*OUFSWFODJØOEFFOGFSNFSÓBBOUFMBTFOGFSNFEBEFTDSØOJDBT-BTJUVBDJØOFO&TQB×BDesarrollo Científico Enfermería 4JMWB*Psicologia da Diabetes. Análise dos Aspectos Psicossociais, Problemática e Intervenção2VBSUFUP $PJNCSB 8BHOFS &)FUBMB2VBMJUZJNQSPWFNFOUJODISPOJDJMMOFTT"DPMMBCPSBUJWFBQQSPBDIćF+PJOU$PNNJTTJPO Journal on Quality Improvement 8BHOFS &)FUBMC*NQSPWJOHDISPOJDJMMOFTTDBSF5SBOTMBUJOHFWJEFODFJOUPBDUJPOMedicine & Chronic Illness, Health Affairs 8BULJOT ,8FUBM&ČFDUPGBEVMUTTFMGSFHVMBUJPOPGEJBCFUFTPORVBMJUZPGMJGFPVUDPNFTDiabetes Care 8SJHIU-. -FBIFZ.Enfermeiras e famílias: um guia para avaliação e intervenção na famíliaFE4ÍP1BVMP3PDB 7JMBS "*Adesão ao regime terapêutico e qualidade de vida da pessoa portadora de diabetes tipo 2: das evidências à decisão em gestão clínica <%JTTFSUBÎÍPEF.FTUSBEPFN&OGFSNBHFN «SFBEF&TQFDJBMJ[BÎÍP(FTUÍPEFTFSWJÎPT EFFOGFSNBHFN>*OTUJUVUPEF$JÐODJBTEB4BÞEFEB6OJWFSTJEBEF$BUØMJDB1PSUVHVFTB1PSUP QQT%JTQPOÓWFM 6OJWFSTJEBEF$BUØMJDB1PSUVHVFTB1PSUP *OTUJUVUPEF$JÐODJBTEB4BÞEF.
(7)
Documentos relacionados
Segundos os dados analisados, os artigos sobre Contabilidade e Mercado de Capital, Educação e Pesquisa Contábil, Contabilidade Gerencial e Contabilidade Socioambiental
O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial
utilizada, pois no trabalho de Diacenco (2010) foi utilizada a Teoria da Deformação Cisalhante de Alta Order (HSDT) e, neste trabalho utilizou-se a Teoria da
Desta forma, conforme Winnicott (2000), o bebê é sensível a estas projeções inicias através da linguagem não verbal expressa nas condutas de suas mães: a forma de a
No primeiro livro, o público infantojuvenil é rapidamente cativado pela história de um jovem brux- inho que teve seus pais terrivelmente executados pelo personagem antagonista,
Finally, we can conclude several findings from our research. First, productivity is the most important determinant for internationalization that
de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença
Este estudo apresenta como tema central a análise sobre os processos de inclusão social de jovens e adultos com deficiência, alunos da APAE , assim, percorrendo