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A Família e a Autogestão dos Processos de Saúde Doença: o caso da diabetes tipo 2

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Academic year: 2021

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(1).. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. . A Família e a Autogestão dos Processos de Saúde Doença: o caso da diabetes tipo 2 Ana Isabel Vilar. Resumo "TUSBOTJÎÜFTEFNPHSÈĕDBTFFQJEFNJPMØHJDBTRVFUÐNWJOEPBPDPSSFSOBTTPDJFEBEFTNPEFSOBT DPNPSFTVMUBEP do envelhecimento da população e do expressivo aumento das doenças crónicas, entre as quais a diabetes, compõem um cenário que configura uma nova realidade nas necessidades de cuidados por parte dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Esta nova realidade coloca novos desafios aos serviços de saúde, na sua busca por reTVMUBEPTUSBEV[JEPTFNHBOIPTFNTBÞEF&TUFT BQFTBSEFBUSJCVÓWFJTËBDÎÍPEPTQSPĕTTJPOBJT FTUÍPEJSFDUBNFOUF relacionados com a capacidade de autogestão (nas suas dimensões clínica, das emoções e de papéis), das pessoas QPSUBEPSBTEFEPFOÎBDSØOJDBFEBTTVBTGBNÓMJBT RVFDPNFMB T DPOWJWFNEJBSJBNFOUFFBDVKBTFYJHÐODJBTF desafios deverão estar habilitados a responder eficazmente. "FTUFRVBESPBDSFTDFBFWJEÐODJBEFOÍPDPOUSPMPEB T EPFOÎB T FEFCBJYPTOÓWFJTEFBEFTÍPBPTSFHJNFTUFSBQÐVUJDPT OPSNBMNFOUFNVJUPDPNQMFYPT RVFFYJHFNDPNQFUÐODJBTEFBVUPDVJEBEPFBMUFSBÎÜFT QPSWF[FT TJHOJĕDBUJWBT OPTNPEPTEFWJEB5PEBFTUBDPNQMFYJEBEFGB[FNFSHJSBVSHÐODJBEFNVEBSEFQBSBEJHNBOB abordagem da pessoa portadora de doença crónica e da sua família que, numa perspectiva macro e meso-sistémica, se traduz nas decisões políticas e na organização dos serviços. Estes foram tradicionalmente desenhados para SFTQPOEFSËTEPFOÎBTBHVEBT TFOEPRVFPQBQFMEPEPFOUFFEBGBNÓMJBÏNBJTEFSFDFQUPSQBTTJWPEFDVJEBEPT EPRVFEFQBSDFJSPFJOUFSWFOJFOUFBDUJWPOBTEFDJTÜFTUFSBQÐVUJDBT UPNBEBTFNDPOKVOUPDPNPTQSPĕTTJPOBJTF RVFEFDPSSFNOPOÓWFMNJDSPTJTUÏNJDP EBJOUFSSFMBÎÍPQSPEVUJWBFOUSFBRVFMFTBUPSFTEPQSPDFTTPUFSBQÐVUJDP Palavras-chave: %PFOÎBDSØOJDB%JBCFUFTUJQP"VUPHFTUÍP5SBOTJÎÍP'BNÓMJB. Problemáticas: magnitude e implicações 4FHVOEPB0.4  BTEPFOÎBTDSØOJDBTFTUÍPBBVNFOUBSFNUPEPP.VOEPFDBTPOÍPTFKBNBEFRVBEBNFOUFHFSJEBT OÍPTØTFSÍPBQSJNFJSBDBVTBEFJODBQBDJEBEFBUÏPBOP DPNPUBNCÏNTFUPSOBSÍPOB maior e na mais importante fonte de consumo de recursos dos sistemas de saúde. Por outro lado, e porque estão directamente relacionadas com a pobreza, representam uma ameaça para todos os países, não apenas em termos de saúde, mas também de economia e de desenvolvimento sustentado. Acresce ainda, que estas doenças se encontram frequentemente associadas, o que resulta em quadros de patologias múltiplas coexistindo no mesmo indivíduo, o que lhe confere um significativo grau de complexidade que influencia a capacidade de (auto)gestão. &YFNQMPEFTUFBVNFOUPDSFTDFOUFÏBEJBCFUFT DVKBQSFWBMÐODJBÏQSFPDVQBOUF&N1PSUVHBM PTEBEPTNBJTSFDFOUFT %(4  BQPOUBNQBSB EFQFTTPBTDPNEJBCFUFT TFOEPRVFBQSPYJNBEBNFOUFNFUBEFEFTDPOIFDJBBTVBTJUVBÎÍPDMÓOJDBËBMUVSBEPEJBHOØTUJDP FQBSBEFQSÏEJBCFUFT PRVFQFSGB[VNUPUBMEF da população Portuguesa com esta patologia ou em risco de a desenvolver. Acresce ainda a este panorama, as Escola Superior de Enfermagem do Porto. Professora Adjunta (avilar@esenf.pt)..

(2) . .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. previsões para os próximos anos, que apontam para o seu crescimento galopante a nível global e para o risco de redução da esperança média de vida, avançado pela OMS. "TQSPCMFNÈUJDBTBTTPDJBEBTËEJBCFUFTFBTTVBTSFQFSDVTTÜFTOBTBÞEFFOBRVBMJEBEFEFWJEBJOEJWJEVBM BTTJN DPNPPØOVTFDPOØNJDPRVFSFQSFTFOUBQBSBBTGBNÓMJBTFQBSBBTPDJFEBEF UÐNWJOEPBEFTFODBEFBSVNJOUFSFTTFDSFTDFOUFQPSQBSUFEFWÈSJBTPSHBOJ[BÎÜFTOBDJPOBJTFJOUFSOBDJPOBJT RVFUÐNQSPEV[JEPWBSJBEBTEJSFDUJWBT e orientações para a abordagem da diabetes. O significativo aumento desta doença crónica em todo o mundo, o seu diagnóstico muitas vezes tardio e as complicações agudas e sobretudo a longo prazo a ela associadas, são SFBMJEBEFTJORVJFUBOUFT"NBHOJUVEFEFTUFQSPCMFNB OPRVFTFSFGFSFËEPFOÎBJOTUBMBEBFBPSJTDPEPTFVEFTFOWPMWJNFOUP ÏQSFPDVQBOUFFNBUFSJBMJ[BBOFDFTTJEBEFEFBHJS DPNVSHÐODJBFDPPSEFOBÎÍP RVFSOPDVJEBEP efectivo das pessoas e das famílias que vivenciam esse processo de transição, quer na abordagem proactiva das comunidades e dos grupos, visando o controlo das situações de risco.. A “experiência de adoecer” e as intervenções terapêuticas "GPSNBDPNPIPKFFNEJBTFQFSTQFDUJWBBiFYQFSJÐODJBEFBEPFDFSw FTUÈQSPGVOEBNFOUFMJHBEBËFWPMVÎÍPRVF os conceitos de saúde e de doença sofreram nos últimos anos e que, por sua vez, resultam das transformações culUVSBJT FDPOØNJDBTFTPDJBJTEBTTPDJFEBEFTNPEFSOBT%J[FNPTiFYQFSJÐODJBEFBEPFDFSwQPSRVFBTDPOEJÎÜFTEF saudável ou de doente não podem ser encaradas como realidades estáticas, que assumem a mesma importância e significado em diferentes momentos da vida de cada indivíduo, entre indivíduos diferentes, ou em sociedades distintas; mas como realidades dinâmicas, em constante devir, profundamente relacionadas com as crenças inEJWJEVBJTTPCSFPCJOØNJPTBÞEFEPFOÎBFDPOTUSVÓEBTTPCSFBTFYQFSJÐODJBTQFTTPBJTFTPCBTJOĘVÐODJBTTPDJPculturais. Os contextos sociais e culturais parecem interferir significativamente na forma como a doença é valorizada, quer QFMPEPFOUF RVFSQFMPTQSPĕTTJPOBJTEFTBÞEF1BSB.PSSJT  SFGFSFODJBEPQPS1BáMF'POTFDB  BEPença é uma entidade moldada pela história e mediada pela cultura; assim se explica que a mesma doença seja uma FYQFSJÐODJBEJTUJOUBRVBOEPWJWFODJBEBQPSQFTTPBTEJGFSFOUFT FNDPOEJÎÜFTTPDJBJTFDVMUVSBJT UBNCÏNFMBTEJGFrentes. Segundo aqueles autores, numa óptica psicossocial, devemos encarar a doença e a capacidade de lhe reagir, como o resultado da relação entre as diferentes variáveis individuais, do meio ambiente e do sistema de saúde. 3JFSB  TBMJFOUBRVF TFOEPBEPFOÎBVNBQFSDFQÎÍPTVCKFDUJWB SF DPOTUSVÓEBJOEJWJEVBMNFOUFEFGPSNB multidimensional e que se traduz em comportamentos muito pessoais, poderá existir o risco de não se verifiDBSDPSSFTQPOEÐODJBFOUSFBiEPFOÎBEJBHOPTUJDBEBwQFMPQSPĕTTJPOBMEFTBÞEFFBiEPFOÎBTFOUJEBwQFMBQFTTPB doente ou pela sua família. Se tivermos em consideração que a procura de cuidados depende directamente das percepções sobre a doença, confrontamo-nos com o paradoxo daquela poder ser significativamente diferente da carteira de serviços oferecida pelo sistema de saúde. O mesmo autor relembra a ideia que Florence Nightingale apresenta sobre a dupla face do sofrimento humano associado aos processos patológicos a que, como enfermeiros, devemos estar particularmente atentos; por um lado, os aspectos físicos e orgânicos e por outro, o significado que a doença assume para cada pessoa que adoece. "TSFTQPTUBTBEBQUBUJWBTGBDFËEPFOÎBEFQFOEFNEPTFVUJQP EPQSPHOØTUJDPFFWPMVÎÍP EBJEBEFFHÏOFSPEB QFTTPB FEPDBSÈDUFSBHVEPPVDSØOJDP #FOBWFOUFFUBM  1PSPVUSPMBEP BWJWÐODJBEPTQSPDFTTPTEFTBÞEF - doença é profundamente influenciada pelas características pessoais. De facto, a pessoalidade, edificada sobre as FYQFSJÐODJBTJOEJWJEVBJTEFOUSPEFVNDPOUFYUPTPDJBM DVMUVSBMFFDPOØNJDPFTQFDÓĕDPT JOĘVFODJBBTDPODFQÎÜFT sobre a doença e determina as atitudes e comportamentos adoptados por cada indivíduo, quando confrontado com uma doença crónica..

(3) .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. . Adoecer corresponde sempre a um momento de crise na vida da pessoa e da sua família; a uma situação de rupUVSBDPNPFTUBEPBOUFSJPSFBVNBUSBOTJÎÍP .FMFJTFUBM  RVFBDBSSFUBOFDFTTJEBEFEFBEBQUBÎÍPËOPWB condição e a mudanças em vários aspectos da vida diária, que no caso da diabetes, assumem um carácter vitalício. &TUBTFTQFDJĕDJEBEFTDPMPDBNDPOTUBOUFTEFTBĕPTËDBQBDJEBEFBVUPHFTUÍP BUSBWÏTEFDPNQFUÐODJBTEFUPNBEBEF EFDJTÍP FEJĕDBEBTOVNQSPDFTTPEFFNQPXFSNFOU EVSBOUFBSFMBÎÍPUFSBQÐVUJDBRVFTFFTUBCFMFDFFOUSFBQFTTPB FBTVBGBNÓMJB FPTQSPĕTTJPOBJTEFTBÞEF OPNFBEBNFOUFPTFOGFSNFJSPT®FOGFSNBHFNJOUFSFTTBBFYQFSJÐOcia das pessoas e famílias ao enfrentar transições, em que a saúde e a percepção de bem-estar são os resultados FTQFSBEPT .FMFJT5SBOHFOTUFJO  QBSBPTBKVEBSOFTTFQSPDFTTPBEBQUBUJWP BKVTUBOEPBTUFSBQÐVUJDBTËT necessidades individuais. 0DPOUSPMPEBEJBCFUFTUJQPQBTTBOFDFTTBSJBNFOUFQFMPFRVJMÓCSJPFOUSFBBMJNFOUBÎÍP PFYFSDÓDJPGÓTJDPFB UFSBQÐVUJDBNFEJDBNFOUPTB BOUJEJBCÏUJDPTPSBJTFPVJOTVMJOB %BRVJTFDPODMVJ RVFBNVEBOÎBEFIÈCJUPTF FTUJMPTEFWJEBÏJNQSFTDJOEÓWFMUPSOBOEPWJUBMPQBQFMBDUJWPEPEPFOUFEJBCÏUJDPOPTQSPDFTTPTUFSBQÐVUJDPT0T cuidados prestados incluem a educação e a supervisão, de acordo com as necessidades individuais de cada um FUÐNDPNPQSJODJQBMPCKFDUJWP BNBOVUFOÎÍPEBOPSNPHMJDFNJBFPDPOUSPMPEBTDPNQMJDBÎÜFT1SFUFOEFTF desta forma prevenir o aparecimento das complicações agudas (hipoglicemia e hiperglicemia) e evitar ou atrasar PEFTFOWPMWJNFOUPEBTDPNQMJDBÎÜFTDSØOJDBT 0.4  BĕNEFNJOJNJ[BSBTTVBTDPOTFRVÐODJBTBNÏEJP e a longo prazo. "FEVDBÎÍPUFSBQÐVUJDB ÈSFBEFJOUFSWFOÎÍPQSFDPOJ[BEBOPTTVDFTTJWPTQSPHSBNBTEBEJBCFUFTRVFGPSBNTFOEP criados, é “o processo educativo preparado, desencadeado e efectuado por profissionais de saúde, devidamente capacitados, com vista a habilitar o doente e a sua família a lidar com uma situação de doença crónica, como a diabetes, e com a prevenção das suas complicaçõesw %(4  &TUFQSPDFTTPFEVDBUJWPUSBOTGPSNBBHFTUÍPEBEPFOÎB crónica em espaços de partilha de responsabilidades entre o profissional e o doente; pretende-se, assim, garantir a qualidade de vida da pessoa com diabetes, assegurando o desenvolvimento da sua capacidade de gestão da doença, e a da sua família, através do aumento da literacia em saúde. "FEVDBÎÍPQBSBBBVUPHFTUÍPOBEJBCFUFT QBSBBMÏNEFVNEJSFJUPEBQFTTPBFEBTVBGBNÓMJB *%'  ÏUBNbém uma das actividades centrais na gestão da doença e uma componente essencial nos cuidados. Este processo educativo para a construção da autonomia é fundamental para a capacidade de autogestão. Partindo da avaliação inicial das necessidades de educação em função dos conhecimentos demonstrados sobre a doença e as suas DPOTFRVÐODJBT EBTEÞWJEBT EPTDPODFJUPTFTJHOJĕDBEPT QSPDVSBTFQSPQPSDJPOBSPknow-how que permita, ao JOEJWÓEVPFËGBNÓMJB VNBBEFRVBEBBEBQUBÎÍPËWJEBDPNBEPFOÎBFBVUJMJ[BÎÍPEFSFDVSTPTEFDPQJOHJOUFSOPT para enfrentar os desafios que se iniciam com o diagnóstico e que se prolongam durante toda a vida. Sendo detentores de um conhecimento profundo sobre a situação clínica, a pessoa e a família com diabetes serão capazes de desenvolver e aplicar as estratégias de coping e tomar as decisões adequadas a cada um dos obstáculos que surgirão ao longo da vida. Este processo é contínuo e recursivo porque, apesar de na fase inicial da doença ser mais difícil dominar todo o conhecimento necessário, haverá sempre momentos de crise e de menor adesão aos tratamentos, pelo cansaço que as mudanças poderão ocasionar, ou por outra situação de crise acidental, desenvolWJNFOUBMPVEFTBÞEFEPFOÎB .FMFJTFUBM  RVFFYJHJSÍPOPWPTNFDBOJTNPTEFBEBQUBÎÍP Pelas razões anteriormente apresentadas, as mudanças e a adopção de comportamentos saudáveis favorecedores da autogestão da doença, são difíceis de manter ao longo do tempo, o que possivelmente se poderá dever ao facto EF IBCJUVBMNFOUF BTEFDJTÜFTTPCSFBTBÞEFTFCBTFBSFNNBJTOBTEJĕDVMEBEFTBTTPDJBEBTËDPNQMFYJEBEFEP SFHJNFUFSBQÐVUJDPFOBQSFTFOÎBPVBVTÐODJBEFTJOUPNBT RVFOBEJBCFUFTUJQPOÍPTÍPGSFRVFOUFT FTUBOEP OPSNBMNFOUFBTTPDJBEPTËQSFTFOÎBEFDPNQMJDBÎÜFT EPRVFPTCFOFGÓDJPTPCUJEPTBMPOHPQSB[PQFMBBEPQÎÍP EFTTFTDPNQPSUBNFOUPT 8BULJOTFUBM  .

(4) . .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. 4FOEPPTEBEPTEJTQPOÓWFJTSFMBUJWBNFOUFËBEFTÍPBPSFHJNFUFSBQÐVUJDPQPVDPBOJNBEPSFT 0.4  P que traduz claramente o peso da responsabilidade individual por parte da pessoa portadora de diabetes e sua família, neste processo de controlo metabólico, torna-se premente o desenvolvimento de estratégias integradas EFBCPSEBHFNEPEPFOUFFEBGBNÓMJBFOÍPBQFOBTEBEPFOÎB RVFGBWPSFÎBNBBEFTÍPBPSFHJNFUFSBQÐVUJDP P BVUPDVJEBEPFBBEPQÎÍPFNBOVUFOÎÍPEFIÈCJUPTFFTUJMPTEFWJEBGBWPSÈWFJTËTBÞEF A gestão da doença é da responsabilidade de todos: responsáveis políticos, gestores, profissionais e sobretudo dos EPFOUFTFTVBTGBNÓMJBT"FTUFTDBCFBDPODSFUJ[BÎÍPEFVNBHSBOEFQFSDFOUBHFN  TFHVOEPB0.4  .  EBTNFEJEBTEFBVUPHFTUÍPEBEJBCFUFT RVFFOHMPCBNBBEFTÍPËTUFSBQÐVUJDBTFBBEPQÎÍPFNBOVUFOÎÍPEFIÈCJUPTFFTUJMPTEFWJEBTBVEÈWFJT BTTJNDPNPBTDPNQFUÐODJBTEFcoping eficaz e de resolução de problemas, todas elas cruciais para evitar as complicações agudas e crónicas e garantir a qualidade de vida auto percepcionada. /PDBTPEBQFTTPBDPNEJBCFUFTFTVBGBNÓMJB PRVFTFQSFUFOEFÏRVFEFTFOWPMWBNNFTUSJBFDPNQFUÐODJBTEFBVUPHFTUÍP RVFJODMVFNOÍPBQFOBTBDBQBDJEBEFEFUPNBSEFDJTÜFTRVBOUPBPSFHJNFUFSBQÐVUJDP NFEJDBNFOUPTP e não medicamentoso, dos quais destacamos a mudança de hábitos e estilos de vida, nomeadamente nos aspectos BMJNFOUBSFTFEFQBESÍPEFBDUJWJEBEFGÓTJDBPVFYFSDÓDJP RVFBFWJEÐODJBDPNQSPWBDPNPPTNBJTEJGÓDFJTEF BMUFSBS 7JMBS  NBTUBNCÏNBJOUFHSBÎÍPEPTJHOJĕDBEPEFTFSQPSUBEPSEFEJBCFUFTNFMMJUVTUJQPFEPRVF isso representa, não apenas no presente, mas sobretudo num futuro mais ou menos próximo e cuja brevidade depende grandemente da sua capacidade em enquadrar essas mudanças como um investimento na sua saúde e bem-estar, prevenindo e adiando complicações, numa perspectiva antecipatória de ganhos em saúde. A percepção sobre a necessidade de individualização dos cuidados em função das necessidades reais das pessoas portadoras de doença crónica e das suas famílias deve transpor a esfera da teoria e ser uma realidade cada vez mais presente nos modelos das práticas diárias dos enfermeiros e de toda a equipa de saúde, aproximando, o mais possível, os modelos em uso aos modelos expostos. Cuidar, em si mesmo, é complexo, e essa complexidade ocorre da mudança de paradigma que deve orientar não apenas a prestação de cuidados de saúde, mas também o seu planeamento; já não importa apenas a doença e os processos fisio/bio/epidemiológicos que a explicam, variáveis QPTJUJWJTUBTQSFTFOUFTOPQBSBEJHNBQBUPHÏOJDPIPKFJOUFSFTTBOPT ËMV[EPQBSBEJHNBTBMVUPHÏOJDP DPOIFDFSF QPUFODJBSBTSFTQPTUBTJOEJWJEVBJTFGBNJMJBSFTËTTJUVBÎÜFTEFDSJTFEFTFODBEFBEBTQFMBEPFOÎB. A diabetes (também) é assunto de família Salienta-se a importância da família neste processo de transição, quer como suporte do doente, quer como alvo de intervenção de enfermagem, uma vez que as implicações do diagnóstico desta doença não interferem apenas DPNBWJEBEBQFTTPBDPNEJBCFUFT NBTUBNCÏNDPNBEBTVBGBNÓMJB RVFEFSFQFOUFTFWÐDPOGSPOUBEBDPNB OFDFTTJEBEFEFBKVEBSBDPOUSPMBSBEJBCFUFTFBFGFDUVBSNVEBOÎBTOPTTFVTFTUJMPTEFWJEB 4JMWB  &TUBBVUPSBSFGFSFPTFTUVEPTEF(SBOU  DVKBTDPODMVTÜFTBQPOUBNQBSBFMFWBEPTOÓWFJTEFTUSFTTOPTJTUFNBGBNJMJBS e, sobretudo no subsistema conjugal, nomeadamente na presença de complicações crónicas. "BEBQUBÎÍPBVNBEPFOÎBDSØOJDBFËTFYJHÐODJBTEPTTFVTSFHJNFTUFSBQÐVUJDPTDPNQMFYPTÏEJGÓDJM/ÍPBQFOBT para a pessoa a quem essa doença foi diagnosticada e que vai ter de reaprender a viver com ela para o resto da vida, mas também para a sua família. Esta, enquanto sistema social dinâmico e único, que resulta da incorporação de VNDPOKVOUPEFWBMPSFT DSFOÎBT DPOIFDJNFOUPTFQSÈUJDBT 'JHVFJSFEPF.BSUJOT  JOĘVFODJBFÏJOĘVFOciada pelos subsistemas que a compõe. A relação de reciprocidade que se estabelece entre os seus membros, detentores de percepções individuais sobre a doença e eles próprios sistemas em constante reconstrução, determina a reorganização da família em presença de eventos causadores de alterações no equilíbrio homeodinãmico de um dos seus membros, como acontece em situações de doença..

(5) .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. . 1BSB'SJFENBO  BFOGFSNBHFNEFGBNÓMJBDFOUSBTFEFJHVBMGPSNBOPTJTUFNBGBNJMJBSFOPTTJTUFNBT JOEJWJEVBJTRVFBDPNQÜF/PFOUBOUP PRVFTFPCTFSWBDPNNBJTGSFRVÐODJBOBQSÈYJTEPTFOGFSNFJSPT ÏBBCPSdagem da família como recurso para os cuidados de um dos seus membros, a vivenciar um (ou mais) processo de transição. Para a mesma autora, a correlação que se verifica entre a saúde da família na sua globalidade e a de cada um dos seus membros, orienta para a prestação de cuidados tendo como alvo e unidade de cuidados a unidade GBNJMJBS TFRVFSFNPTNBJPSFĕDJÐODJBFFĕDÈDJB USBEV[JEBTFNHBOIPTFNTBÞEF. Conclusões/ideias centrais a reter "TEPFOÎBTDSØOJDBT QFMBTTVBTDBSBDUFSÓTUJDBT UÐNVNJNQBDUPTJHOJĕDBUJWPOBTWJEBTEBTQFTTPBTTVBTQPSUBEPSBT QFMPRVFUÐNWJOEPBTFSBMWPEFJOWFTUJHBÎÜFTOBQSPDVSBEFPVUSBTBCPSEBHFOTRVFGBWPSFÎBNBDBQBDJEBEF adaptativa e de auto-gestão. O que se preconiza, na procura da solução para estes problemas, é a mudança de paradigma na prestação dos cuidados de saúde, passando de um sistema essencialmente reactivo (centrado na doença) para um sistema proactivo (centrado na pessoa e familia) e cuja finalidade é a recuperação e manutenção do melhor estado de saúde possível. 0BQPJPTJTUFNÈUJDPËBVUPHFTUÍP FBTVBNPOJUPSJ[BÎÍP ÏDBEBWF[NBJTWBMPSJ[BEPOBBCPSEBHFNEBEPFOÎB DSØOJDB IBWFOEPFWJEÐODJBDSFTDFOUFEBJNQPSUÉODJBEPFNQPXFSNFOUFEBBRVJTJÎÍPEFDPNQFUÐODJBTEFBVUPHFTUÍPFNWÈSJBTEFTTBTQBUPMPHJBT FOUSFBTRVBJTBEJBCFUFT 8BHOFSFUBM B C %FGBDUP PDPOUSPMPEB doença e os resultados obtidos dependem significativamente da efectividade dessa autogestão. A educação para a autogestão vai ajudar a pessoa e a família a optimizar o controlo metabólico, prevenir e gerir BTDPNQMJDBÎÜFTBHVEBTFDSØOJDBTBTTPDJBEBTËEPFOÎBFNBYJNJ[BSBRVBMJEBEFEFWJEB 8BULJOTFUBM   DPNCPOTSFTVMUBEPTDVTUPFGFDUJWPT "%" B DPNHBOIPTFNTBÞEFSFMBDJPOBEPTDPNPTDPOIFDJNFOUPT TPCSFBEPFOÎB BBEPQÎÍPEFDPNQPSUBNFOUPTTBVEÈWFJT NFMIPSDPOUSPMPDMÓOJDP FRVBMJEBEFEFWJEB 1PWFZ $MBSL$BSUFS   Ajudar as pessoas e as suas famílias a mobilizarem os seus próprios recursos, no desenvolvimento de estratégias e EFDPNQFUÐODJBTGBWPSFDFEPSBTEFBVUPEFUFSNJOBÎÍPFEFNBJPSJOEFQFOEÐODJBOBHFTUÍPEBEPFOÎB FYJHF OÍP apenas conhecimento sobre a etiopatogenia, mas também um conhecimento profundo sobre os mecanismos psicológicos que determinam os comportamentos individuais, e sobre as variáveis sociais, ambientais e culturais que os condicionam ou favorecem. É esta a realidade complexa que se apresenta aos serviços e aos profissionais de saúde em geral, e aos enfermeiros em particular, como o desafio que urge enfrentar na procura do sucesso na gestão da doença crónica. Em síntese, a utilização de uma abordagem colaborativa permite que profissional, doente e família trabalhem em conjunto, com sucesso, na definição de problemas e necessidades, no estabelecimento de prioridades, na definiÎÍPEFNFUBTFPCKFDUJWPT OPEFTFOIPEPQMBOPUFSBQÐVUJDP FOPEFTFOWPMWJNFOUPEBTDPNQFUÐODJBTOFDFTTÈSJBT ËSFTPMVÎÍPEPTQSPCMFNBTRVFWÍPTVSHJOEPBPMPOHPEPQFSDVSTPEFWJEBDPNBEPFOÎBDSØOJDB.

(6) . .. Transferibilidade do conhecimento em Enfermagem de Família Knowledge transferability in Family Nursing. Referências bibliográficas "%"B/VUSJUJPOSFDPNNFOEBUJPOTBOEJOUFSWFOUJPOTGPS%JBCFUFT"QPTJUJPOTUBUFNFOUPGUIF"NFSJDBO Diabetes Association. Diabetes Care  4VQQMFNFOU44 #FOBWFOUF: "(VFSSB/.FOEP[B4JHOJĕDBEPTEFMB4BMVE&OGFSNFEBEEFTEFMB1FSTQFDUJWBEFMBT"EPlescentes Diabéticas Embarazadas. Biblioteca Lascasas<0OMJOF>   %JTQPOÓWFMIUUQJOEFYGDPNMBTDBTBT EPDVNFOUPTMDQIQ<+BOFJSP > %(4Educação Terapêutica na Diabetes Mellitus$JSDVMBS/PSNBUJWB/%($( EF1PSUVHBM  Ministério da Saúde, Direcção Geral de Saúde, Lisboa. %(4Diabetes factos e números 2011 − Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes. Disponível: IUUQXXXQPSUVHBMHPWQUNFEJBEJBCFUFT@QEG<EBUBEBWJTJUB> 'JHVFJSFEP.) .BSUJOT..%PTDPOUFYUPTEBQSÈUJDBË DP DPOTUSVÎÍPEPNPEFMPEFDVJEBEPTEFFOGFSNBHFN de família. Rev Esc Enferm USP   Friedman MM. Family Nursing. Research, Theory e Practice‹FE$POOFDUJDVU"QQMFUPOF-BOHF  *%'iPosition Statement - Diabetes Education. Diabetes Education: A Right for All.w%JTQPOÓWFMIUUQXXXJEG PSHOPEF OPEF<EBUBEBWJTJUB> .FMFJT "*FUBM&YQFSJFODJOH5SBOTJUJPOT"O&NFSHJOH.JEEMF3BOHFćFPSZAdvance Nursing Science, "TQFO1VCMJTIFST *OD   .FMFJT "*15SBOHFOTUFJO'BDJMJUBUJOHUSBOTJUJPOTSFEFĕOJUJPOPGUIFOVSTJOHNJTTJPONursing Outlook    0.4Cuidados Inovadores para Condições Crónicas: Componentes Estruturais de Acção: Relatório Mundial. %JTQPOÓWFMIUUQXXXEPNJOJPQVCMJDPHPWCSEPXOMPBEUFYUPPQQEG<EBUBEBWJTJUB> 1BÞM $".'POTFDBPsicossociologia da Saúde. Climepsi, Coimbra. 1PWFZ 3$%$MBSL$BSUFS%JBCFUFTBOEIFBMUIZFBUJOH"TZTUFNBUJDSFWJFXPGUIFMJUFSBUVSF5he Diabetes Educator    3JFSB +3.*OUFSWFODJØOEFFOGFSNFSÓBBOUFMBTFOGFSNFEBEFTDSØOJDBT-BTJUVBDJØOFO&TQB×BDesarrollo Científico Enfermería    4JMWB*Psicologia da Diabetes. Análise dos Aspectos Psicossociais, Problemática e Intervenção2VBSUFUP $PJNCSB 8BHOFS &)FUBMB2VBMJUZJNQSPWFNFOUJODISPOJDJMMOFTT"DPMMBCPSBUJWFBQQSPBDIćF+PJOU$PNNJTTJPO Journal on Quality Improvement   8BHOFS &)FUBMC*NQSPWJOHDISPOJDJMMOFTTDBSF5SBOTMBUJOHFWJEFODFJOUPBDUJPOMedicine & Chronic Illness, Health Affairs   8BULJOT ,8FUBM&ČFDUPGBEVMUTTFMGSFHVMBUJPOPGEJBCFUFTPORVBMJUZPGMJGFPVUDPNFTDiabetes Care    8SJHIU-. -FBIFZ.Enfermeiras e famílias: um guia para avaliação e intervenção na família‹FE4ÍP1BVMP3PDB   7JMBS "*Adesão ao regime terapêutico e qualidade de vida da pessoa portadora de diabetes tipo 2: das evidências à decisão em gestão clínica <%JTTFSUBÎÍPEF.FTUSBEPFN&OGFSNBHFN «SFBEF&TQFDJBMJ[BÎÍP(FTUÍPEFTFSWJÎPT EFFOGFSNBHFN>*OTUJUVUPEF$JÐODJBTEB4BÞEFEB6OJWFSTJEBEF$BUØMJDB1PSUVHVFTB1PSUP QQT%JTQPOÓWFM 6OJWFSTJEBEF$BUØMJDB1PSUVHVFTB1PSUP *OTUJUVUPEF$JÐODJBTEB4BÞEF.

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