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Observar para humanizar : aprendendo a compreender os chamados e as respostas do recém-nascido junto à família e equipe cuidadora

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(1)

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

EM

ENFERMAGEM

OBSERVAR

PARA

HUMAN1zARz

APRENDENDO A

COMPREENDER

Os

CHAMADOS

E

As RESPOSTAS

DO

RECÉM-NASCIDO

PRÉ-TERMO

JUNTO

À

FAMÍLIA E

EM

HM

É

z-‹ v-‹ L' .-.‹ 04 man`za A 24 760 SC ENF ema hu _ M __ N.Cham. TCC UF Auto Basso, Joé`F T' u 0: Observar _pa a 97 884 z-‹

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5-1 .__.í ._. ‹-› .-‹ CCSM TCC UFSC ENF 04 E CC M CC M U) V) UFSC B Ex !_l 711-4 ¿

CENTRO

DE

CIENCIAS

DA

SAÚDE

DEPARTAMENTO

DE

ENFERMAGEM

EQUIPE

CUIDADORA

Ê

A A

JOÉLIPERNANDA

BASSO

KAREN

s1MAs EBSEN

KÊNIA ALICE

DA

s1LvA

Florianópolis (SC),

fevereiro

de

2002.

I

(2)

Ainda

que eu

falasse

a

língua

dos

homens, e falasse

a

língua

dos

anjos,

sem amor

eu

nada

seria....

(Camões,

salmo

21)

Aofinal

desta longa caminhada,

uma

etapa

de

nossas vidas está se concluindo, abrindo

as

portas

para

um

caminho

desconhecido.

Nossa

experiência

de

amor

não nos

permite definir

o

ponto de

partida,

nem

o de

chegada.

Mas

nos

deixa

a

certeza

de que

nossos corações estão

repletos

de

gratidão

aos

que

direta

ou

indiretamente contribuíram

para a

realização

de

nosso

sonho.

Dentre as

muitas

pessoas

especiais

em

nossas vidas, gostaríamos

de

agradecer

algumas

delas:

A

Deus, fonte inesgotável

de

amor

e sabedoria.

Queremos

agradecer

aos

momentos

de

reflexão, inspiração e luz

em

nossos caminhos, e

também

pelas pessoas especiais

que

ELE

colocou

em

nosso caminho.

Aos

nosso

Pais (Sonia

e

João

Ricardo,

Leda

e

Armando,

Luzia e

Raw,

por

nos ter

dado

a

vida,

que

mesmo

muitas vezes ausentes, são presenças

etemas

em

nossos corações,

nos

incentivando

em

nossa longa caminhada.

Sem

seu

amor

e muitas renúncias,

não

estaríamos aqui

hoje.

Obrigada

por

todo seu amor.

Às

irmãs (Aline, Erika, Kamille e Márcia), pelos

momentos

de

alegria e tristeza desde

o

início

de

nossa formação.

Com

vocês

aprendemos

a

compartilhar muitas coisas, ewecialmente

o

(3)

Ao

Roberto pelo

carinho, atenção,

compreensão

e apoio nos

momentos

de dlficuldade.

Obrigada

por

sempre

estar junto comigo.

Karen)

Ao

seu

Aderbal que

apesar

da

partida prematura, tenho certeza

de que

olha

por

mim

onde

quer

que

esteja.

Obrigada

por

sua

experiência de vida.

Kênia)

As

minha

avós

Lourdes

Maria

e

Laureana

pelo incentivo, apoio e carinho. Vocês

me

ensinaram

muito.

Karen)

Aos

amigos

e

amigas que

direta

ou

indiretamente têm acrescentado algo

de novo

em

nossas vidas.

Obrigada pelo

amor.

À

meu

cunhado

Marcelo

que

apesar

das

diferenças, muito acrescentou

em meu

crescimento

enquanto

pessoa.

Obrigada pela

compreensão, paciência e carinho. (Joéli)

Aos meus

colegas

da CASSI/SC

especialmente

à

Nilta,

Maria

Lúcia e Luiz Guilherme pelos ensinamentos e carinho compartilhado.

Karen)

Em

e.Wecial

à

dona

Sonia

que

compartilhou conosco muitos momentos,

altemando

entusiasmo e

desânimo

na

caminhada

para

concretização deste sonho.

Obrigada

por

ter sido nossa

mãe

nos

momentos

dificeis.

Nós

te

amamos.

Aos

Recém-Nascidos

Pre'-Termo e suas

famílias. Vocês

nos ensinaram que o

amor

pode

nascer

prematuramente

e

nos mostraram

a

força

e

a

beleza

da

vida

em

sua

essência.

À

nossa orientadora

Mila

pela

sensibilidade, disponibilidade e competência.

Obrigada

pelo

amor

demonstrado

em

todas

as

suas atitudes,

por

sua

vontade

de

viver e

de nos

fazer

vencer.

Você

é

um

exemplo de

vida

para

nós.

À

Marisa

pelo

entusiasmo

com

que

aceitou participar e contribuir

para

nossa caminhada.

Sua

presença

e experiência

foram

fundamentais

nesta caminhada.

As

nossas supervisoras

Janaína

e

Márcia

pela

colaboração, dedicação, ensinamentos e

pelo

amor

à

vida prematura, sentimento

que

sabemos

ser

um

exercício gratificante e

por

muitas

vezes doloroso. Vocês

são

especiais

em

nossas vidas.

(4)

À

equipe

da

neonatologia

por

todo

o

carinho, receptividade, dedicação, ensinamentos e

espírito

de

equipe. Vocês

foram

peças-chave

em

nossa caminhada.

À

equipe

do

Centro Obstétrico

por

ter permitido nossa presença

para

que

pudéssemos

assistir alguns partos.

Ao

serviço social e psicologia,

em

especial Viviane e Zaira, pelo incentivo e facilitação

de algumas

atividades,

em

especial

a

participação

no Curso

Método

Canguru.

Obrigada

pela

credibilidade.

Ao

casal

Ogênio

e

Lurdes

por

terem nos acolhido

quando

chegamos

em

Curitiba, nos

fazendo

sentir parte se

sua

família.

Aos

colegas

de

turma, nossos

momentos

juntos serão inesquecíveis.

Nossa

cumplicidade e

amor

compartilhados

ficaram

para

sempre

em

nossos corações.

Obrigada

pelo carinho.

Ao

departamento de enfermagem

por

contribuirem significativamente

com

nosso crescimento pessoal e profissional e

por

nos

oportunizarem

o

desvelamento

de novos

horizontes.

E

finalmente

a

todas aquelas

pessoas que de

alguma forma

deixaram

algo

de

bom

em

(5)

Trata-se

de

um

relatório

de

vivência apresentado à VIII

Unidade

Curricular

do

Curso de Graduação

em

Enfermagem

da Universidade Federal de Santa Catarina

(UF

SC)

desenvolvido

no

período

de 04 de

setembro à 15 de

novembro

de 2001,

na Unidade

de Terapia Intensiva Neonatal

(UTIN) do

Hospital Universitário

(HU/UF

SC). Durante essa

vivência nosso objetivo principal foi de analisar e

compreender

os

comportamentos

dos

bebês prematuros, através

da

observação, buscando instnimentalizar os familiares e equipe

de

saúde para

um

atendimento humanizado. Para alcançá-lo, procuramos realizar

uma

prática assistencial humanizada,

filndamentada

na Teoria Humanística

de

Paterson e

Zderad,

que

valoriza

o

encontro, a presença,

o

relacionamento e os

chamados

e respostas.

Na

operacionalização

da

teoria, utilizamos

um

processo de

Enfermagem, que

inclui

04

(quatro) etapas: a enfermeira busca

o

auto-conhecimento, a enfermeira conhece o outro

intuitivamente, a enfermeira conhece

o

outro cientificamente e a enfermeira avalia

o

conhecimento

intuitivo e científico. Esta vivência experienciada junto

com

os pais e a

equipe, nos proporcionou

momentos

ricos de observação, nos quais

pudemos

identificar e

compreender os comportamentos

destes “pequenos grandes seres”, os recém-nascidos

prematuros.

É

utilizando a intuição junto

com

a cientificidade,

que poderemos

direcionar

nosso olhar, prestando desta forma,

uma

assistência mais

humanizada

aos

RNs

prematuros

(6)

1.

INTRODUÇÃO

--- --01

2.0BJETlVOS

--- --07

1.1.

GERAL

--- --07

1.2.

ESPECÍFICOS

--- --07

3.REv1sÃo

BIBLIOGRÁFICA

--- -~os 3.1.

o

RECÉM-NAsc1Do

--- --os 3.1.1. Conceito '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' "08 3.1.2. Classificação ''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''

"09

3.2.

o

RECÉM-NAsc11)o

PRÉ-TERMO

(RNPT)

--- --11 3.2.1. Conceito ''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' " ll 3.2.2. Classificação ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ -'12 3.2.3. Incidência e etiologia

da

prematuridade ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ --14

3.2.4. Características --- --16

3.2.5. Mortalidade e viabilidade ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~-20 3.3.

COMPREENDENDO O

RNPT

--- --20

3.3.1. Tipos de

comportamentos

apresentados pelo

RNPT

--- --23

3.4.

A

FAMÍLIA

E

O

RNPT:

DESENVOLVENDO

LAÇOS

AFETIVOS

--- --26

3.5.

A

UTI

Neonatal --- -~27

3.5.1. Histórico --- --27

(7)

3.5.5.

Humanização

da

UTIN

''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' "- ''''''''''''''''''''''''''' '-

3_ó.

HUMANTZAÇÃO

NO

PROCESSO

DO

NASCIMENTO

--- --

4.MARCO TEÓRICO

--- --

4.1.CONHECENDO As TEÓRICAS

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ --

4.z.

A

TEORIA

E

A

PROPOSTA

METODOLÓGICA

--- --

4.3.

PRESSUPOSTOS

DAS

TEÓRICAS

--- --

4_4.

PRESSUPOSTOS

DAS

AUTORAS

--- --

4.5.CONCEITOS PRINCIPAIS

SEGUNDO

A

TEORIA

HUMANÍSTICA

DE

PATERSON

E

ZDERAD

--- --

4.5. 1.Ser

Humano

--- --

4.5.1.1. Conceito proposto para

O

trabalho --- --

4.5.2.

Saúde-Doença

--- --

4.5.2.1. Conceito proposto para

O

trabalho --- --

4.5.3.

Comunidade

--- --

4.5.3.1. Conceito proposto para

O

trabalho --- --

4.5.4.

Cuidado

Humanizado

--- --

4. 5.4. 1.ConceitO proposto para

O

trabalho --- --

4.5_5.

Comportamento

do

RNPT

--- --

4.5.5.1. Conceito proposto para

O

trabalho --- --

5.

METODOLOGIA

--- --

5. 1

.DESCRIÇÃO

DO

LOCAL DE

ESTÁGIO

---

--~ 5.2.

POPULACAO

ALVO

--- -- 5.3.

PROCESSO

DE

ENFERMAGEM

--- --~ 5.4.

PLANO DE

ACAO

--- -- 5.5.

ASPECTOS

ETICOS

--- -- õ.

CRONOGRAMA

--- --- --

7.

DESCRIÇAO

Dos RESULTADOS

--- --

(8)

--BIBLIOGRAFIA

--- --

Referências Bibliográficas-'_'

ANEXOS

--- ~~

(9)

Trata-se

de

um

Relatório

de

Prática Assistencial cujo intuito foi atender a solicitação da VIII

Unidade

Curricular

do Curso de Graduação

em

Enfermagem. Teve

como

objetivo analisar e

compreender

os

comportamentos

dos bebês pre'-termo, através

da

observação, buscando

instrumentalizar os familiares e equipe

de

saúde para

um

atendimento humanizado. Foi realizado

na Unidade de

Terapia Intensiva Neonatal

(UTIN)

do

Hospital Universitário

(HU)

situado

no

Campus

da

Universidade Federal

de

Santa Catarina

(UFSC).

A

escolha

da

área Neonatal originou-se a partir

do

contato e experiências enriquecedoras vivenciadas

no

desenvolvimento

do

estágio curricular obrigatório

na

disciplina de

Enfermagem

Obstétrica e Neonatológica. Esta vivência, nos colocou

em

contato

com

um

ser

que

apresenta

um

repertório de

comportamentos que o

capacita para as trocas sociais

com

o

seu meio, através de

sinais comunicativos e de capacidades olfativas, auditivas,

de

tato e paladar.

O

recém-nascido

(RN)

é sensível ao contato fisico,

com

efeitos

benéficos

sobre os seus estados de alerta e

inquietação.

A

evidente orientação social

da

criança, suas habilidades de reconhecimento individual,

principalmente

da

mãe,

bem como

suas habilidades comunicativas, reconhecendo e expressando

sinais

com

significado emocional têm,

como

conseqüência relevante, a

formação do

vínculo,

com

a construção

de

parcerias interativas essenciais para

o

desenvolvimento

humano.

Vale ressaltar

que

essas habilidades e

comportamentos

se manifestam ainda na vida

intra-uterina.

Desde

a oitava

semana

de gestação, já se encontram presentes os receptores

da

dor;

ressaltando-se desta forma, a importância de

uma

assistência humanizada, incluindo o uso de

(10)

capacidade

de

sonhar e imitar expressões faciais

também

estão presentes desde os primeiros dias

de

vida”.

Segundo

Vemy

(1993, p. 3):

“O

feto

pode

ver, entender, tocar, degustar e mesmo,

a

um

nível muito primitivo, aprender in

utero (quer dizer, dentro

do

útero, antes do nascimento).

Mais

importante, ele é capaz de

sentimentos

menos

elaborados que os dos adultos, é lógico,

mas bem

reais.”

Na

vida uterina,

o

feto encontra-se

em

meio

líquido aquecido, relativamente seletivo aos

ruídos e às influências extemas, preparando-se paulatinamente para a sua vida futura.

Uma

vez nascido prematuramente, as prioridades se

modificam,

tomando

necessária a

internação, na maioria das vezes prolongada,

numa

UTIN,

o que

vêm

expor os pais e demais

familiares a

uma

estressante realidade, longe

do

ideal sonhado.

O RN

precisa adaptar-se ao

novo

ambiente e à sua

nova

condição e por esta razão desenvolve

uma

série de comportamentos,

que

no

nosso entendimento, ainda

não

se encontram totalmente desvendados por sua família e equipe

cuidadora. Muitas destas habilidades

que

deveriam ter sido aprendidas intra-útero ainda

não

estão

evidentes.

O

recém-nascido pré-termo

(RNPT)

precisa concentrar suas energias na luta pela

sobrevivência e desta

forma

apresenta respostas mais lentas aos estímulos,

tem

uma

maior

necessidade de períodos de sono, é hipoativo,

mas

independente disto, precisa ser tocado e

acariciado, e responde,

sempre que

estimulado de

forma

correta e

no

momento

adequado.

Cabe

então à

Enfermagem

facilitar

o

acesso e a

compreensão

dos pais sobre seus filhos, mostrando-lhes

como

o

RNPT

responde aos estímulos, ensinando-lhes

como

obter respostas

prazerosas, e fazendo-os entender os seus

chamados

e respostas. Favorecendo

o

relacionamento e

a

formação do

vínculo (apego), entre os

mesmos,

alivia-se parte

da

angústia e da insegurança dos

pais; enquanto

que

para

o

RNPT,

que

apresenta as

mesmas

necessidades emocionais dos

RNs

a

termo, observa-se

que

contatos carinhosos

tendem

a diminuir

o

tempo

de internação por

contribuir para a estabilidade clínica, reduzindo a ação

de

agentes estressores, levando a reações

surpreendentes e gratificantes.

Os

bebês pré-temio

aprendem

desde cedo a lutar bravamente pela vida, e neste sentido, a

UTIN

mostra-se

como

um

local propício, pois é nesta unidade que, segundo Portela

apud

Inhof et

(11)

os melhores recursos

humanos

e materiais, tendo

como

propósito primário e fundamental reduzir

a mortalidade e morbidade, mediante fornecimento

de

serviços de atenção

médica

e de

Enfermagem

especializada, integral e constante,

com

a ajuda de equipamentos especiais de diagnóstico e tratamento.

Autores

como

Miura

et al (1997, p. 76-77) enfatizam que:

“A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é, para o recém-nascido,

um

local de conservação

e recuperação

do

seu

bem

estar e de garantia de sobrevida, assim

como

um

sítio gerador de

desconforto, desgaste físico e emocional intensos.

RNS

extremamente doentes ou prematuros

estão submetidos,

para

a

preservação da qualidade de vida, às determinações

da

equipe de

saúde e equipamentos de suporte,

nem

sempre coerentes

com

aquilo que chamaríamos de

“estar bem, ou estar melhor”.

Prestar

um

atendimento de qualidade,

com

aparato tecnológico e científico de primeira

linha, é

sem

dúvida de grande importância

na

UTIN,

porém

deve-se ressaltar

que o

enfoque

humanístico deve

sempre

estar aliado a estes aparatos.

Por

esta razão,

optamos

em

trabalhar

com

a Teoria Humanística

de

Paterson e Zderad.

Esta teoria

tem

um

enfoque

que

valoriza primeiramente as experiências

fenomenológicas dos indivíduos,

buscando

suplementar o potencial dos seres

humanos

através de

uma

visão

ampla

e contextualizada. Considerada

como

um

diálogo vivo, oferece

um

misto de

cuidado e conforto, permitindo gradativamente,

um

revelar-se mutuamente, cujo

marco

de

referência envolve

o

encontro, a presença,

o

relacionamento e

um

chamado

e

uma

resposta.

O

encontro é

o

reunir-se de seres

humanos,

e caracteriza-se pela expectativa de

que

haverá

uma

enfermeira para atender e

alguém

a ser atendido.

O

relacionamento refere-se ao processo

em

que

enfermeira e paciente relacionam-se

um

com

o

outro; isso significa estar

com

o

outro.

A

presença

é a qualidade de estar aberto, receptivo, pronto e disponível para a outra pessoa

e

finalmente

a

chamada

e resposta constituem

uma

indicação da natureza

complexa do

diálogo

vivido (ou vivenciado) (George, 1993).

Nesse

contexto, acreditamos

que o

desenvolvimento fisico e emocional dos bebês de alto

risco

depende

da relação

humana,

preservação e estimulação

do

vínculo entre

o

RN

e sua família,

e desta,

com

quem

cuida

do

bebê.

Conhecer o

RNPT,

tocá-lo, entender seus

momentos

de sono e

vigília,

compreender

os seus

chamados

e respostas, implica

em uma

relação

de

interação,

que

(12)

quanto tátil, e

da compreensão do

RNPT

como

um

ser único e singular,

com

necessidades

diferenciadas

que

precisam ser conhecidas e respeitadas.

Todos

os aspectos abordados são de extrema importância na realização de

um

cuidado humanizado, sendo este “cuidado

humanizado”

um

dos principais

enigmas

da

enfermagem

atualmente.

Segundo

Santos

apud

Inhof et al (1999, p. 26),

“Humanizar não

e' técnica

ou

artiflcio,

é

um

processo vivencial

que

permeia toda atividade das pessoas

que

trabalham, procurando

realizar e oferecer

o

tratamento

que

merecem

enquanto pessoas humanas, dentro das

circunstâncias peculiares

que

se

encontram

em

cada

momento

no

hospital.”

O

principal instmmentalizador deste “cuidado humanizado”,

no

caso da equipe, é

o

enfenneiro.

Segundo

Gomes

(1992),

o

papel da enfermeira na

UTIN

é similar ao das áreas de

cuidados mais críticos, nos quais

o

nível de conhecimento

avançado

e as habilidades técnicas são

requeridas. Certamente, todas as enfermeiras

devem

ser capazes de interagir

com

os pacientes e

suas famílias, para apoiá-los durante a hospitalização. Pizzato e Poian (1998) relatam

que

um

dos

objetivos da

UTIN

deve

ser a atenção dispensada aos pais e sua participação nos cuidados

com

a

criança.

Levando

em

consideração

o

fato

de o

“cuidado

humanizado”

estar inserido

em

todas as

faces

do

contexto hospitalar, seja ele prestado pela equipe

ou

pela família

do

RN,

julgamos ser

de

extrema importância inseri-lo nesta busca

da compreensão

das capacidades deste

pequeno

ser.

Neste caso, toma-se de extrema importância, a junção de

uma

filosofia que ampare

a

participação dos pais

no

cuidado contínuo ao recém-nascido e

uma

equipe

de

enfermagem

especializada e

comprometida

com

a integração de familiares

na

assistência.

Por

estar inserido

em

um

hospital intitulado

"Amigo

da Criança", a área Materno-

Infantil

do

HU

possui

uma

filosofia composta

por alguns princípios que reforçam a importância

de

um

cuidado humanizado, vindo ao encontro de nossa proposta para a prática assistencial.

Segundo

essa filosofia:

(13)

0 é direito

de

toda mulher~RN-família,

no

processo de gravidez, parto e puerpéiio, receber atendimento personalizado

que

garanta

uma

assistência adequada, segundo Cárter, nos

aspectos biológicos, sociais, psicológicos e espirituais;

0

na

atenção

da

saúde

da

mãe,

RN

e família, na gravidez, parto e puerpério, se considera a

importância

do

papel

do

pai, sua presença e participação;

0 a equipe interdisciplinar

que

presta assistência à

mulher-

RN-

família

deve

atuar de forma

integrada, visando

um

atendimento adequado, segundo Cárter;

0 as atividades de ensino, pesquisa e extensão, realizadas pela equipe interdisciplinar ligadas à

saúde

da

mulher-

RN-

família,

devem

refletir atitudes de respeito

do

ser

humano

e reverter

em

beneficio

de

uma

melhor

assistência'7

0 a equipe

deve

exercer papel atuante

na

educação mulher/acompanhante e grupo familiar,

com

vistas ao preparo e adaptação ao aleitamento

matemo,

desenvolvimento da

confiança

e

capacidade

de

cuidar

do

filho, execução

de

cuidados básicos de saúde e planejamento

familiar;

0 todo pessoal

deve

ter

uma

qualificação da assistência a

que tem

direito a mãe,

o

RN

e a

família;

0 desenvolvimento de atividades será de

forma

integrada quanto às unidades

que operam na

Matemidade,

ou

com

elas se relacionem (F ilosofia

da Matemidade,

1995).

Portanto, esse universo

onde

está inserido o recém-nascido pré-termo,

que

para nós, é

místico e ainda

pouco

explorado, desperta interesses profissionais relacionados a

uma

assistência

humanizada

e interdisciplinar. Acreditamos

que humanizar o

processo de cuidar

em uma

UTIN

é

preciso, e

depende

primeiramente

de

cuidadores sensibilizados,

que entendam o

nascimento

como

um

processo,

onde

principalmente a

mãe

seja agente ativo e respeitado.

Esperamos, dentro deste contexto, termos prestado

uma

assistência

humanizada

ao

RNPT

e sua família,

bem como

acrescentado experiências válidas e gratificantes

ao

trabalho

da

(14)

Desta

forma, gostaríamos

de

apresentar

um

pensamento,

que

elaboramos tentando

expressar

o que

nos impulsionou na elaboração e aplicação deste trabalho assistencial:

“O

amor

não depende

de laços de sangue,

nem

é instinto; é

uma

questão de abrir

0

coração para

(15)

2.1.

GERAL

Analisar e

compreender

os

comportamentos

dos bebês pré-tenno, através

da

observação,

buscando

instrumentalizar os familiares e equipe

de

saúde para

um

atendimento humanizado.

2.2.

ESPECÍFICOS

1. Prestar cuidados

de

enfermagem humanizados

ao

RNPT

e família,

com

base na teoria

humanística de Josephine E. Paterson e Loretta T. Zderad.

2. Estimular a interação

mãe/pai/RNPT

através

do

suporte emocional e educativo. 3. Observar e refletir sobre os

chamados

e respostas dos

RNPT.

4. Orientar os familiares e a equipe sobre os

chamados

e respostas dos bebês pré-termo,

visando assim

um

cuidado humanizado.

5. Elaborar

um

vídeo sobre os

comportamentos

dos

RNPT,

objetivando instrumentalizar os

familiares e a equipe de saúde para

o

cuidado humanizado.

6.

Conhecer

a realidade de outras

UTlNs,

bem

como

a assistência prestada nestas. 7. Assistir,

no mínimo,

a dois trabalhos de parto prematuro (TPP).

(16)

Para fundamentar

o

nosso trabalho, sentimos necessidade de revisar alguns temas

que

não

só serviram

de

suporte,

mas

principalmente, enriqueceram a prática vivenciada.

3.1.

o

RECÉM-NAsc1:Do

3.1.1. Conceito

É

considerado pela Organização

Mundial da Saúde

- (OMS),

como

período

que

vai,

desde

o

nascimento até

o

vigésimo oitavo dia de vida (Souza

apud

Santos et al 1999).

“O

recém-nascido é

um

ser

que

possui surpreendentes capacidades sensoriais e de

interação

com

o

mundo

que o

cerca.

Por

outro lado,

o

longo período de adaptação ao

meio

ambiente extra-uterino de

que

necessita, confere-lhe fragilidade extrema fi'ente a situações

que

envolvam

alterações de seus sistemas vitais

ou

o

exponham

a ambientes nocivos” (Miura et al 1997).

Segundo

Vemy

(1993)

“a criança, antes do nascimento, é

um

ser dotado de sentimentos, de lembranças e

consciência.

E

porque ele e' assim, tudo o que lhe

acontece

-

o que acontece

a

todos nós

-

nos

nove meses que separam 0

momento

da concepção do nascimento tem

uma

importância

(17)

3.1.2 Classificação

O

fato

de

classificar os

RNs,

é

de

extrema importância, pois desta, depende a qualidade

~

e toda a

adequaçao da

assistência

que

será prestada.

Atualmente, a classificação dos

RNs

é

bem

compreendida, graças às diversas

investigações

que foram

e estão sendo realizadas

no

campo

da

Neonatologia.

De

acordo

com

a

Academia

Americana

de Pediatria

(AAP),

os bebês

devem

ser classificados utilizando-se

como

parâmetro: o peso

do

nascimento, a idade gestacional (IG), e alguns parâmetros de crescimento

intra-uterino.

De

acordo

com

a idade gestacional

Segundo

Ziegel

&

Cranley (1985) a classificação dos

RNs

ocorre

da

seguinte forma:

0 ímaturo

-

menos

de

26 semanas de

gestação; 0

pré

termo

-

de

25

a

37 semanas de

gestação; 0

a

termo

-

de 38

a

42 semanas de

gestação; 0

pós

termo

-

mais

de

42 semanas

de gestação.

Whaley

e

Wong

(1999), classificam os

RN

s

da

seguinte forma:

0 recém-nascido

prematuro

@ré-termo)

-

um

RN

que não completou

37 semanas

de gestação,

a despeito

do

peso de nascimento;

0 recém-nascido

a

termo

-

aquele nascido entre

o

começo

das 38

semanas

e o final de

42

semanas

de gestação, a despeito

do

peso

de

nascimento;

0 recém-nascido

pós-maduro

(pós-termo)

~

aquele nascido após as

42 semanas

de IG, a

despeito

do

peso de nascimento.

De

acordo

com

Júnior e

Miura

(1991), citado por Oliveira et al (1999),

o

método

mais

(18)

Método

de

Capurro

(ou avaliação somática) Textura

da

pele:

O

-

muito

tina, gelatinosa

5

-

fina

e lisa

10

~

algo

mais

grossa, discreta

descamação

superficial

15

-

grossa, rugas superficiais,

descamação

nas

mãos

e nos pés

20

-

grossa, apergaminhada

Fomza

da

orelha:

O

-

chata, disforme, pavilhão

não

encuwado

8

-

pavilhão parcialmente encurvado na borda

16

-

pavilhão parcialmente encurvado

em

toda parte superior

24

-

pavilhão totalmente encurvado

Glândula

mamária:

O

-

não

palpável

5

-

palpável,

menos

de

5mm

'

10

-

entre 5 e

10mm

15

-

maior de

10mm

Pregas

plantares:

O

- sem

pregas

5

-

marcas mal

definidas sobre a parte anterior

da

planta

10

-

marcas

bem

definidas sobre a

metade

anterior e sulcos

no

terço

anterior

15

~

sulcos

na metade

anterior da planta

20

-

sulcos

em

mais da metade

anterior

da

planta

Formação

do

mamilo:O

-

apenas visível

5

-

aréola pigmentada, diâmetro inferior a 7,5

mm

10

-

aréola pigmentada, pontiaguda, diâmetro inferior a 7,5

mm,

bordo

não

levantado

15

-

bordo

levantado, diâmetro superior a 7,5

mm

Idade

Gestacional

=

204

(K)*

+

contagem

dos pontos: 7

=

semanas

e dias.

(19)

De

acordo

com

o peso

do

nascimento x

idade gestacional

Whaley

e

Wong

(1999), citam a curva

de

crescimento intra-uterino de

Lubcheco que

estabelece a relação

do

peso de nascimento

com

a IG, para classificar os

RN

s:

0 recém-nascido

adequado

para

a

idade gestacional (AIG)

~

um

RN

cujo peso se encontra

entre os percentis 10 ° e

90

° nas curvas de crescimento intra-uterino.

0 recém-nascido

pequeno para

a

idade gestacional (PIG)

-

um

RN

cujo índice de crescimento

intra-uterino foi desacelerado e

o

peso ao nascimento se encontra abaixo

do

percentil 10 ° nas

curvas de crescimento intra-uterino.

0 recém-nascido

grande

para

a

idade gestacional

(GIG)

-

um

RN

cujo peso

no

nascimento se

encontra

acima

do

percentil

90

°

nos

gráficos de crescimento intra-uterino.

3.2.

O

Recém

Nascido Pré-Termo

(RNPT)

Sendo o

RNPT

o

foco central

do

nosso trabalho, resolvemos estudá-lo mais detalhadamente.

3.2.1. Conceito

Segundo

Ramos

e

Leone

(1986),

RNPT

é a criança nascida antes

do

termo,

ou

seja,

antes

de

completar

37 semanas

de gestação, qualquer

que

seja

o

seu peso.

Aquela

criança nascida

com

menos

de

2500g

de

peso,

com

idade superior a

37

semanas, denomina-se “recém-nascido de baixo peso”.

“A

prematuridade e

o

baixo peso são muitas vezes concomitantes, principalmente nas

crianças

com

menos

de 1500g, e ambos, prematuridade e baixo peso ao nascer, se associam

ao

aumento da morbidade

e mortalidade neonatal” (Vanghau, 1983, p.203).

Para a Organização

Mundial da Saúde

(OMS),

“é prematura a criança

que

nasce antes

de

(20)

3.2.2. Classificação

Os

RNPT

podem

ser classificados de acordo

com

a

IG

e

com

o

peso ao nascer.

De

acordo

com

a idade

gestacional

Ramos

e

Leone

(1986) utilizam as seguintes abordagens para classificar os

RNPT:

Prematuridade

Limíirofe (3 7

-

38

semanas de

gestação)

Grupo

de

RNS

que

podem

ser classificados

como

RNPT

ou

de tenno,

dependendo do

critério adotado para a definição de prematuridade.

Pesam,

em

média,

2800

a 3000g,

medem

47

a

48cm

de estatura e

aproximadamente

34cm

de perímetro cefálico.

A

evolução destes

RNs

costuma

ser boa.

Alguns

podem

manifestar sucção débil,

com

repercussões sobre

0 ganho

de peso,

o que

é facilmente superado pelo estímulo constante à

sucção

no

seio.

A

hiperbilirrubinemia neonatal

pode

ser mais intensa

do que

nos demais

RNs

a

termo, e eles

podem

também,

evidenciar instabilidade ténnica

com

necessidade de aquecimento.

Prematuridade

Moderada

(31

-

36 semanas de

gestação)

Compreende

RNs com

IG

variáveis dentro de limites

amplos

e, portanto,

podendo

apresentar pesos de nascimento desde l600g, aproximadamenf/e, até mais de 2500g.

A

estatura

pode

variar entre

39

e

46cm,

e

o

perímetro cefálico, entre

29

e 33cm.

Os

distúrbios

mais

freqüentes nesse grupo são: instabilidade térmica,

hiperbilirrubinemia, distúrbios metabólicos, entre outros.

As

principais causas de óbitos

costumam

ser a síndrome

da

angústia respiratória, imaturidade pulmonar,

em

destaque, a doença

da

membrana

hialina; e as infecções neonatais devido as características imunológicas

do

RN,

e

também

uma

falta de

um

controle

mais

rigoroso

de

assepsia nas salas de parto e unidades

de RNs.

A

viabilidade destes

RNs

depende da

maturidade,

do

número

de ocorrência e da

intensidade das intercorrências apresentadas neste período.

Prematuridade Extrema

(24

-

30 semanas de

gestação)

Este grupo é

formado

por

RNs

com IG

igual

ou

inferior a

30

semanas,

pesam

menos

de

1500g

ao nascimento,

medem

menos

do que

38cm

de estatura e

menos

do que

29cm

de perímetro

(21)

com

prematuridade moderada,

embora

estes ocorram

com

maior gravidade nesse grupo.

Apresentam

alguns distúrbios muito freqüentes,

como

por exemplo: crises de apnéia,

persistência

do

canal arterial, hemorragia intracraniana e enterocolite necrotizante.

A

mortalidade

é mais alta neste grupo, sendo

que pode

ser devido à: anóxia severa, infecção e síndrome

do

desconforto respiratório.

De

acordo

com

o peso

de nascimento

De

acordo

com

Whaley

e

Wong

(1999), os

RNPT

classificam-se

em

quatro subgrupos,

em

relação ao peso

de

nascimento.

Recém-nascido de

baixo

peso

ao

nascimento

(RNBP)

É

aquele

RN

cujo peso

ao

nascimento é

menor

que 2500g

apesar da IG.

Recém-nascido de peso

extremamente baixo

fl?NPEB)

Grupo

constituído por

RNS

cujo peso ao nascimento é

menor

que

lOOOg_ Este grupo

em

especial, necessita de

uma

maior atenção por parte

da

enfermagem

e

do

corpo médico.

Recém-nascido de peso

muito baixo

ao

nascimento

(RNPMB)

São

aqueles cujo peso ao nascimento é inferior a 1500g.

Sua

IG

costuma

ser

menor

do

que 34

semanas.

Recém-nascido de peso moderadamente

baixo

ao

nascimento

(RNPmB)

É

aquele

RN

que

apresenta

um

peso

ao

nascimento de

1501g

a 2500g.

Para

Taborda

(1999), citado por Santos et al ( 1999), os

RNPT

são classificados

segundo

o

critério peso

como:

0

RN

de

baixo

peso

-

1501

g

a 2500g; 0

RN

de

muito baixo

peso

-

1001

g

a 1500g;

(22)

3.2.3. Incidência e etiologia

da

prematuridade

Diversos fatores

podem

dificultar a determinação

da

incidência real

da

prematuxidade.

Podemos

constatar

que

em

países

mais

industrializados,

onde

as condições sócio-econômicas são

até certo ponto favoráveis e

onde

adotam-se

medidas

preventivas, a incidência é menor, ao

contrário dos países

em

desenvolvimento.

Segundo

Cloherty e Stark (2000, p.43),

“aproximadamente

9%

de todos os nascimentos nos Estados

Unidos

são pré-termo, e quase

2%

ocorrem

com

menos

de

32 semanas de

gestação.

Em

alguns

segmentos

da população, a

demografia

tem

um

importante papel na incidência de

prematuridade.”

Podemos

citar alguns eventos, tais

como:

malformações, prenhez múltipla, curetagens

repetidas

que interrompem o

curso normal

da

gestação antes

que

o

desenvolvimento fetal esteja

completo, estes eventos e muitos outros, são responsáveis pelo grande

número

de partos

prematuros.

Autores

como

Corrêa (1991) e

Neme

(1995), relacionam alguns fatores

que

estariam

associados

com

o

nascimento prematuro, tais

como:

0 desconhecimento

da

etiologia;

0 idade

da

mãe

-inferior a 15 anos, e igual

ou

superior a 35 anos;

0 condições sócio-econômicas

-

quando

desfavoráveis, associam-se a outros fatores

como

a

alimentação, promiscuidade sexual, condições precárias de higiene;

0 outras causas mais diretas, por exemplo:

malformações

uterinas, anomalias

da

placenta

(descolamento prematuro

da

placenta, placenta prévia), polidramnio,

malformações

fetais,

infecção geral, e partos múltiplos.

Segundo

Ziegel

&

Cranley (1986)

o

“sinal”

que dá

início ao trabalho de parto, é

dado

pelo feto, provavelmente isto está relacionado a

alguma

informação

que

é desvendada

geneticamente e

que

sugere

uma

alteração

no

seu

meio

ambiente para

que

este possa continuar

sua vida. Este “sinal”

que dá

início

ao

trabalho de parto ainda é desconhecido,

porém

algumas

complicações obstétricas conhecidas,

podem

também

dar início ao trabalho

de

parto prematuro. Dentre as complicações,

podemos

citar as

de

ordem

matema

durante a gestação:

(23)

0 gestações múltiplas

-

fator predisponente;

0 placenta prévia (PP)- devido a hemorragia

que

ocorre

no

primeiro trimestre;

0 descolamento prematuro

da

placenta

(DPP)~

no

último trimestre de gestação.

0 relacionados a patologias

matemas:

0 diabetes

-

alto risco para a gestante e

o

feto;

0 hipertireoidismo;

0 sífilis,

que

pode

causar lesões

em

alguns órgãos e provocar o parto prematuro. Se diagnosticado precocemente,

pode

ser tratada

com

sucesso;

0 tuberculose;

0 rubéola

~

considerada causa significante das anomalias congênitas

em

crianças de baixo peso.

Algumas

anomalias,

como

por exemplo, as

do

trato genital, predispõem

um

TPP;

estes

poderiam

ser evitados através

de

realizações de

exames

periódicos e de tratamento precoce. Santos et al (1999), citam outros fatores

que

predispõem

o TPP. São

estes: a

ilegitimidade,

mães

que

trabalham fora e interferências

extemas

sobre

o

curso

da

gravidez,

que

viriam a provocar

uma

estimulação precoce

de

contrações uterinas,

com

conseqüente expulsão

do

feto.

Outros fatores considerados são os acidentes extemos, traumas (quedas e pancadas),

esforço físico excessivo, relações sexuais excessivas na última fase de gestação e choques

emocionais.

A

partir das causas apresentadas, a etiologia

do

TPP

pode

ser agrupada

da

seguinte forma:

0 causas

que

estimulam a expulsão precoce

do

feto, durante seu desenvolvimento (ruptura

prematura

de membranas);

(24)

3.2.4. Características

Para Crosse

apud

Oliveira, Santos e Monticelli (1999), é de extrema importância conhecer as caracteristicas fisicas e funcionais

do

RNPT.

p .

Fzslcas

O

RNPT,

não

tendo desenvolvido seu tecido adiposo por completo, o

que

se processa

no

final

do

último trimestre

de

gestação, apresenta fácie senil,

mantendo

esse aspecto durante

um

período relativamente prolongado, quanto mais baixo houver sido seu peso ao nascer.

Os

olhos

de dimensões

exageradas

em

relação a face,

mostram

certo grau de exofialmia. Nota-se pescoço

curto e queixo apoiando-se diretamente

na

caixa torácica.

Peso

Quanto

menor

seu peso ao nascer,

maior

será

o

índice de mortalidade. Possibilidades de

sobrevivência

na

razão direta

do

peso

ao

nascer, estabelecendo

uma

taxonomia

prognóstica

denominada:

Pre'-termo viável:

1000g

a

2500g

Pré-termopré-viável:

500g

a

1000g

A

perda

de

peso fisiológica é mais acentuada e, enquanto

o

RN

a termo

tem

o

poder de

recuperá-lo

em

um

período

de

8 dias,

o

pré termo só consegue após 15 a

20

dias,

quando

as

condições são satisfatórias.

Estatura

A

medida do

vértice ao calcanhar é

um

método

mais fiel para estimar a maturidade,

porque

mantém

uma

relação acentuadamente constante

com

a vida intra-uterina e é

pouco

afetada

por

outros fatores.

O

pré-termo viável e

o

pré-tenno pré-viável oscilam entre 35 a

47cm.

Perímetro

cefálico

O

crânio

do

RNPT

tem

forma

redonda

ou

ovóide.

As

fontanelas e suturas apresentam-se

quase fechadas, sendo

que na

segunda

semana

se ampliam.

O

perímetro cefálico está entre 25 e 32,3cm.

(25)

Perímetro

torácico

Entre 28,8 e 29,5cm.

É

um

pouco

maior

do que o

crânio, contrariando as medidas de

um

RN

a tenno,

onde

o

perímetro cefálico é

maior do que o

torácico.

Abdômen

Além

de

volumoso, e' quase

sempre

distendido por

gases, deixando perceber pela

transparência

da

pele local, a arborização venosa superficial.

O

umbigo

encontra-se

em

relação à

sínfise púbica,

em

posição mais baixa

do que no

RN

normal. Nota-se

com

grande freqüência,

hémias

umbilicais.

Membros

São

curtos e, ao invés

de

mostrarem

a hipertonia fisiológica

do

RN

a termo, são débeis e

enfraquecidos, inteiramente hipotônicos.

No

RNPT,

as unhas

não

atingem o rebordo digital.

Pele

V

Delicada,

de

coloração pálida

ou

avermelhada, ao contrário da pele rósea própria

do

recém-nascido a termo.

A

fragilidade capilar é notável, observando-se

manchas

de aspecto

purpúreo, principalmente

na

face constituindo a “máscara equimótica”. Observa-se

lanugem

abundante nas extremidades.

Devido

à imaturidade renal, observa-se presença

de

edemas,

sem

grave significação prognóstica.

Órgãos

Genitais

No

sexo masculino, observa-se testículos

na

cavidade abdominal e a bolsa escrota]

incompletamente formada, notando-se apenas

o

esboço

da

pele escrota]

com

pouco

relevo,

aderida à região

do

períneo.

Alguns

dias após o nascimento,

com

a descida testicular, a bolsa se

forma

e toma-se pendente.

No

sexo feminino,

o

aspecto

da

genitália é grotesco e rudimentar, mostrando-se

tumefeita e inchada.

Os

grandes lábios estão muito afastados e os

pequenos

lábios quase

ausentes,

dando

à região

um

aspecto defonnado.

Fenômenos

pubertários, assim

como

tumefação

mamária ou

hidrocele fisiológica,

não

são observados

em

nenhum

dos dois sexos.

Nas

meninas não

se observa perda sangüínea vaginal

(26)

somente

são liberados

nos

últimos dias

da

gestação a termo. Porém, a saída de secreção vaginal

esbranquiçada, é

um

fato

que

ocorre freqüentemente

em

bebês internados nas

UTIN

s.

Reflexos

O

reflexo de

Moro

está incompleto

na

24” semana, verificando-se a extensão dos braços (refiexo

do

abraço incompleto), sendo

que na 28

se encontra completo,

porém

débil.

O

reflexo de

sucção aparece

na

24” e desde aí vai se

tomando

cada

vez

mais enérgico.

Na

32” semana, ele ainda

não

é sincrônico

com

a deglutição, sendo que,

com

34

semanas, ele

torna-se sincrônico e permite a alimentação

da

criança ao seio materno.

No

reflexo dos

pontos cardeais, observa se

que

o

RN

dirige sua cabeça

na

direçao

do

estímulo,

de forma

débil entre a 24” e 28” semanas, porém, por volta

da 32

3 este reflexo

já se

apresenta

de

forma

enérgica.

Pode-se observar

o reflexo

pupilar à luz a partir da 32” semana.

Os

movimentos

de

marcha

automática

ou deambulação

verificam-se a partir da 34” semana.

A

partir da 32*

semana

se verifica

o reflexo

sobre as pontas dos pés e,

na

40” semana,

o

RN

apóia as plantas dos pés

completamente

no

solo.

Funcionais

~ ~

Quanto

mais pré

termo o

RN,

mais

deficientes serao as suas funçoes:

Aparelho

Respiratório

O

reduzido

número

de

capilares

em

contato

com

os alvéolos imaturos e a fiagilidade dos

músculos

intercostais

levam

a

uma

expansão deficiente e à dificuldade respiratória.

Em

conseqüência,

o

RNPT

pode

apresentar freqüentes crises de cianose nas suas primeiras

semanas

de

vida, apnéia, respiração periódica, tiragem sub costal,

movimentos

respiratórios superficiais,

irregulares e

do

tipo abdominal.

A

freqüência respiratória é

em

média

de 58

mrm

e

podem

ser

auscultados

finos

estertores.

Aparelho

Circulatório

O

coração apresenta-se relativamente grande,

havendo

uma

freqüência cardíaca

em

tomo

de

130

bpm.

A

taquicardia ocorre por conta

do

desenvolvimento insuficiente

do

centro

(27)

resistência dos vasos sangüíneos e anormalidades

do

mecanismo

de coagulação

do

sangue.

Aparelho

Digestivo

Os

reflexos

de

sucção e deglutição estão

normalmente

ausentes

ou

débeis.

Há uma

tendência a

vômitos

e distensão abdominal devido à flacidez

da

cárdia e à hipotonia

do

piloro,

podendo-se

atribuí-las, ocasionalmente,

também

a excesso alimentar.

Podem

apresentar facilmente diarréia causada por infecção enteral

ou

parenteral, baixa

tolerância aos alimentos e deficiência de enzimas (amilase e lipase pancreática).

O

figado

é relativamente grande e palpável

em

sua borda inferior,

havendo

imaturidade

hepática

com

funções deficientes, levando a hipoglicemias, hipoproteinemias,

hipoprotrombinemias e hiperbilirrubinemias.

A

icterícia fisiológica, mais intensa e demorada, é causada pela atividade deficiente

da enzima

hepática encarregada

da

junção

do

glicuronato à

bilirrubina.

Aparelho

Urinário

O

rim apresenta-se pobre

em

capilares; os glomérulos e néfrons estão

em

desenvolvimento, e a função renal ainda é

fimção

tubular, diminuindo a capacidade

de

eliminação

de

sódio, uréia, fósforo, potássio e cloretos, tendendo ao

edema

e

em

parte á acidose.

A

urina é

escassa

em

volume, rica

em

uratos e fortemente ácida.

Sistema

Termorregulador

Apresenta-se imaturo; sendo

que

o

baixo metabolismo basal, a

pequena

atividade

muscular e a

pouca

ingestão de alimentos nos primeiros dias de vida

também

influenciam na

produção

insuficiente de calor.

A

perda calórica está aumentada, devido à

maior

superficie

corporal

em

relação à

massa

muscular e a escassez de tecido adiposo.

Um

superaquecimento

conduz

facilmente à hipertermia e desidratação.

Sistema Nervoso

Os

reflexos estão abolidos

ou

diminuídos devido à mielinização incompleta das sinapses

nervosas.

Funcionam

precariamente os reflexos de sucção, deglutição e tosse,

bem como

os da

(28)

Sistema

de

Equilflirio

Ácido-Básico

O

RNPT

tem

uma

certa tendência à acidose. Processos infecciosos pulmonares

ou

intestinais, alimentação incorreta, falta de líquidos e desenvolvimento incompleto dos rins

podem

alterar sua resen/a alcalina habitualmente baixa e variável.

3.2.5. Mortalidade e viabilidade

Aproximadamente

dois terços de todas as mortes infantis

no

primeiro

mês

de vida estão

relacionados à prematuridade.

Muitas

dessas mortes são causadas principalmente por problemas

respiratórios.

A

taxa

de

mortalidade dos pré-tenno é inversamente proporcional à idade

gestacional e ao peso ao nascer.

Os

nascidos antes

da 28

semana

de gestação apresentam

uma

taxa

de

mortalidade neonatal

que

pode

chegar a até

50%

ou

mais.

A

partir dessa IG,

o

número

regride de maneira considerável, especialmente se a criança consegue desenvolver-se

de

modo

adequado

até o

momento

do

parto.

As

seqüelas pós-neonatais,

especialmente os distúrbios neurológicos,

embora

ainda apresentem

uma

freqüência

relativamente elevada,

diminuíram

consideravelmente desde

o

advento de centros de cuidados

intensivos (Ziegel

&

Cranley, 1986).

Existe

uma

grande dificuldade

em

conceitualizar o termo “viabilidade”, pois este sofre

constantes modificações.

Com

o

passar dos anos,

vão

sobrevivendo cada vez mais

RNs

apresentando

peso

muito baixo

ao

nascer e

também

uma

idade gestacional baixa.

Uma

atenção pré-natal

mais

rigorosa e adequada, a evolução dos centros

de

Terapia

Intensiva

fazem

com

que

estes

RNs

ditos “inviáveis”, sobrevivam e atinjam

IG

cada vez maiores,

podendo

chegar até

um

grau

de

maturidade

que não

nos é

dado

prever

(Ramos

e Leone, 1986).

3.3.

COMPREENDENDO O

RNPT

Segundo

Klaus e

Klaus

(1989), até

poucos

anos atrás, acreditava-se

que o

RN

não

possuía

nenhum

tipo de capacidade,

como

por exemplo, ver

ou

reconhecer vozes.

Era

capaz de

executar

algumas

funções muito simples, tais

como:

comer, mover-se, dormir e chorar.

Em

(29)

hipótese

de que o

cérebro

do

RN

era desenvolvido

além

de

um

nível primitivo.

Trabalhos recentes nos

mostram que

ao contrário

do que

os especialistas pensavam, o

RNPT

é hipersensível, à

mercê

de todas as informações sensoriais e incapaz

de

amortecer

um

estímulo

não

adaptado, muito sofisticado

ou

muito intenso para seu grau de maturação.

Podemos

encontrar

em

inúmeras literaturas, depoimentos relacionando

que

o “simples ato de acariciar

um

bebê

pré-tenno por cinco minutos a cada hora, por cerca de duas semanas, altera a motilidade

intestinal,

o

choro, a atividade e

o

crescimento.”

Ambiente

intra-uterino

Durante

uma

gestação,

onde 0

feto

permanece

sem

enfrentar

nenhuma

intercorrência,

podemos

encontrar

no meio

ambiente uterino, todo

o

suporte fisiológico de

que

este necessita,

como

por exemplo: nutrição, excreção, oxigenação, controle térmico, etc.

O

fato de

o

bebê estar

em

um

ambiente líquido, ausente

de

gravidade e provido de contenção oferecida pelas paredes

uterinas, possibilita a exploração

de

seu corpo e facilita seus movimentos,

bem

como,

possibilita

a percepção de

um

grande

número

de

estímulos.

São

vários os estímulos sensoriais: os auditivos

são bastante filtrados

(podendo

existir

uma

atenuação de até 40dB,

dependendo

da fieqüência

sonora) e os visuais, muito atenuados, sendo estes, os últimos a receberem

o

menor número

de

estímulos durante a gestação

(Manual do Curso

“Atenção

Humanizada

ao

Recém-Nascido

de

Baixo

Peso, 2001).

Capacidades

fetais

O

efeito deste

meio

ambiente

no

desenvolvimento fetal

pode

ser avaliado pela

demonstração

das diferentes capacidades fetais:

Audição

Reflexo

de

piscar presente

de forma

consistente a partir de 28 semanas, existindo já

evidências de respostas a sons de mais alta intensidade e

dependendo da

freqüência, desde a 24”

semana de

gestação.

Às

35 semanas

de gestação,

o

feto, consegue discriminar sílabas simples

como

Bi

e Ba,

próximo ao

termo, discrimina sons silábicos

como

Babi e Biba.

Têm

preferência por músicas escutadas, freqüentemente durante a gestação e pela

voz

matema

em

relação a outras vozes femininas.

(30)

Olfato

Fetos expostos a alho,

na

dieta

matema

durante a gestação,

não

apresentavam aversão ao

odor

desse vegetal, vinte horas após

o

parto.

Gustação

A

deglutição está presente desde a 12” semana, permitindo

com

30

semanas, a percepção

do

sabor

do

líquido amniótico,

que

terá

algumas

semelhanças

com

o do

leite materno.

Habituação

Habituação é

o fenômeno

de diminuição de respostas sucessivas frente a

um

estímulo

que

seja idêntico e repetitivo.

Envolve

algum

grau de

memória

e funciona

como

um

“filtro” pelo

qual

o organismo

elimina respostas supérfluas

ou

redundantes, ante a estímulos biologicamente

irrelevantes. Está presente inicialmente para estímulos táteis

em

tomo

de 13 a 14

semanas

de

gestação, posteriormente

com

22

a 23

semanas

para estímulos auditivos e

próximo

ao termo,

~

existe habituaçao para os estímulos visuais.

Condicionamento

Estudos

mostram

que

a partir

de 32 semanas

de idade gestacional já é possível

o

condicionamento e pequenas aprendizagens

do

bebê.

Ritmos

Circadianos

Fetos

com

20

a

22 semanas

apresentam

movimentos

fetais diurnos,

não

estando,

necessariamente,

em

sincronia

com

o

ritmo

matemo.

No

último trimestre já existem ritmos

circadianos

em

termos

de movimentos

corporais, respiratórios e freqüência cardíaca, impostos

pelo

meio

ambiente uterino

(Manual do Curso “Atenção

Humanizada

ao Recém-Nascido

de

Baixo

Peso, 2001).

Desenvolvimento

do

SNC

do

feto

O

nascimento pré-termo ocorre

em uma

época,

em

que

as estruturas nervosas encontram-se

em

um

estágio de “sensibilidade”

do

seu desenvolvimento. Durante

o

período

em

que

o

RNPT

passa

na

UTIN,

estará ocorrendo

um

grande crescimento cerebral.

Esse

crescimento

se dará principalmente pela multiplicação

de

células gliais e pelo estabelecimento de inúmeras conexões neurais,

uma

vez que,

com

20

semanas, já ocorreu a maior parte

do

processo de

(31)

proliferação e migração neuronal, e a maior parte dos neurônios já se encontram

em

seu local

definitivo

no

córtex cerebral.

O

nosso desenvolvimento estrutural e funcional engloba diversos

sub-sistemas,

que

intercalados entre si e

com

o meio,

fonnam

um

único sistema (sistema

nervoso), tais

como:

0 sub-sistema

autônomo

-

compreende

as funções neurovegetativas

-

funções vitais

(respiração, ritmo cardíaco, dor e aspecto

da

pele);

0 sub-sistema

motor

-

compreende o

tônus muscular, a postura e os

movimentos

voluntários e involuntários.

0 sub-sistema

de

organização

dos

estados

de

vigília-sono

-

compreende

os estados de

consciência

obsewáveis

no

indivíduo.

0 sub-sistema

de

atenção e interação social

-

sistema de

comunicação

com

o olhar e

o

sorriso.

Caracteriza-se pela capacidade

do

organismo

permanecer

em

um

estado de alerta para receber

informações cognitivas, sociais e emocionais (Grenet, 1988).

Cada

RNPT

tem

seus próprios

mecanismos

e estratégias de auto regulação, de evitação e

defesa,

que

emprega de

maneira ativa para manter

o

equilíbrio (evitação voluntária

do

olhar, sono

“refúgio”); isto apenas

pode

se produzir se

o

ambiente e os estímulos recebidos se adaptarem

em

intensidade, duração e complexidade aos limites de sensibilidade da criança (Grenet, 1988).

3.3.1. Tipos de

comportamentos

apresentados pelo

RNPT

Para Grenet (1988), todos os sinais

que

são transmitidos pelo

RNPT,

são indicativos de

conforto

ou

de desconforto.

Cabe

ressaltar

que

os principais tipos de

comportamentos

observados

nos

RNPT

são de equilíbrio

ou de

stress, tais

como:

Comportamentos

de

auto-regulação e equilíbrio

Esse

tipo

de comportamento

ocorre

quando o

RN

possui maturidade suficiente para gerir

um

ambiente

que

por muitas vezes se

toma

hostil.

Esses

comportamentos

observáveis

no

sub-sistema

autônomo,

são:

0 respiração calma;

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