.lx
UNIVERSIDADE
“FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
1-
CONVERSORES
CA-CC
DE 12KW
COM
ELEVADO FATOR
DE
POTÊNCIA
UTILIZANDO
AUTOTRANSEORMADOR
COM
CONEXÃO
DIFERENCIAL
DE
MÚLTIPLOS
PULSOS
u
Tese submetida à
p
Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos para aobtenção
do
grau deDoutor
em
Engenharia Elétrica.EALCONDES
JOSE
MENDES
DE
SEIXAS
CONVERSORES
CA-CC
DE
12
KW
COM
ELEVADO
FATOR
DE POTÊNCIA
UTILIZANDO
AUTOTRANSFORMADOR
COM
CONEXÃO
DIFERENCIAL
DE
MÚLTIPLOS
PULSOS
H
Falcondes
José
Mendes
de Seixas
/
“Esta
Tese
foi julgada adequada para obtençãodo
Título deDoutor
em
Engenharia Elétri-ca,
Area
de Concentraçãoem
Sistemas de Energia (Eletrônica de Potência), e aprovadaem
suaforma
final peloPrograma
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia Elétricada
UniversidadeFederal de Santa Catarina.”
V A
Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing.
Orientador
W f
lz l
Prof. Eddorilífberto
De
Preri, Dr.Coordenador do Programa de 'P s-Graduação
em
EngenhariaElétrica
Banca
Examinadora:
'
Prof. lvo Barbi, Dr. Ing.
-re`dente /,
\i£
_ .'Il
.V »14:21!
..ñ`Prof. r. Ing. X I sf/I.. ./
Profedro
' a_rcia, Dr.À
minha
esposaHelena
À
minha
filhaAmanda
e aqueleque
estáchegando
A
meus
paisJosé
eDaisy
A
meus
irmãos Elder
Paulo,AGRADECIMENTOS
Ao
Prof. Ivo Barbi, pela orientação sincera, segura e objetiva e peloacompanhamento
concedido durante a realização deste trabalho. Agradeço ainda pelos ensinamentos, pela amizade
cultivada e pela honra de ter recebido sua orientação.
i _
Aos
professores Mauricio Aredes, PedroDonoso
Garcia, Denizar Cruz Martins, EnioValinor Kassick e Ivo Barbi,
membros
da banca examinadora, que muito contribuíram através dascorreções, sugestões e discussões, enriquecendo o conteúdo deste trabalho.
A
todos os professores doINEP
pela amizade e disponibilidade.Aos
técnicos Luis Marcelius Coelho e Antonio Luis Pacheco pela amizade, atenção einestimável ajuda.
Às
secretárias Patricia Shmitt e Dulcemar Borges pelo carinho, atenção e prestezacom
que sempreme
atenderam.Aos
colegas Grover Torrico Bascopé, YalesRômulo
Novaes e José Augusto da MattaGuedes, companheiros de sala,
com quem
sempre compartilhei os mais diversos assuntos e quesempre souberam
me
ouvir.Aos
amigos Grover e René Torrico Bascopé, pela sincera amizade e confiança familiarque se desenvolveu durante o intenso trabalho e
também
nosmomentos
de lazer.A
todos os colegas doINEP
que convivi durante esta árdua, porém empolgante jomada,que
com
certeza contribuíram - e muito - para a vitória de mais esta etapa de minha vida.Um
cari-nho especial aos desportístas do INEP, que souberam tornar muitas tardes mais descontraídas,
mesmo
sem futebolnum
gostoso bate-papo regado a cerveja.À
minha familia, que sempre unida e caminhandoem
harmonia, deu força, incentivo eapoio incondicional. Sobretudo a
meus
pais que forammeus
primeiros mestres.A
meu
irmão Claudiner, grande incentivador e companheiro durante todo o tempo.A
minha querida esposa, companheira de todas as horas, e à minha filhaAmanda,
pelosfins de semana e feriados de renúncia
em
favor deste trabalho. Pelo carinho, pela dedicação, peloincentivo e, principalmente, pelo amor.
Aos colegas do Departamento de Engenharia Elétrica de llha Solteira, pelo incentivo e
confiança que sempre depositaram.
A
administração doINEP
e àUFSC
pelos recursos financeiros que custearam a divulga-çao de vários artigos
em
eventos nacionais e internacionais.À UNESP
e àCAPES
por viabilizarem a realização deste trabalho.Resumo
da Tese apresentada àUFSC
como
parte dos requisitos necessáriospara a obtenção
do
grau de Doutorem
Engenharia Elétrica.CONVERSORES
CA-CC
DE 12KW
COM
ELEVADO
FATOR
DE
POTÊNCIA
UTILIZANDO
AUTOTRANSFORMADOR
COM
CONEXÃO
DIFERENCIAL
DE MÚLTIPLOS PULSOS
Falcondes José
Mendes
de
Seixas
Outubro/2001Orientador: Ivo Barbi, Dr. Ing.
Área de
Concentração: Sistemas de Energia (Eletrônica de Potência).Palavras-chave: autotransfonnador,
conexão
diferencial, fator de potência, distorção har-mônica, múltiplos pulsos, conversor, retificador.
Número
de Páginas: 218.RESUMO:
Este trabalho apresenta o estudo comparativo de diversas topologias de conver-sores
CA-CC
trifásicos de múltiplos pulsos, baseados nas conexões diferenciais de auto-transformadores. Esta técnica de retificação trifásica apresenta as vantagens
do
baixo con-teúdo
harmônico
de correntena
rede edo
reduzido“kVA”
processado pelo autotransfor-mador.
Uma
atenção especial édada
às conexões Y-diferenciais de 12 e de 18 pulsosque
são generalizadas através de
uma
expressão algébrica única que descreve toda a família dosconversores desta natureza, para quaisquer valores de tensão de entrada e de saída. Dentre
estes conversores, a topologia Y-diferencial de 18 pulsos é escolhida para estudo detalhado
da
distorçãoharmônica
de correntena
rede de alimentação,além do
projeto eda
imple-mentação
deum
protótipo de12kW.
Com
o protótipo do estágioCA-CC em
operação, di-versas técnicas de conversores
CC-CC
são analisadas parapromover
a regulaçãoda
tensãode
saída e a conexão de carga única para as três saídas retificadas.Uma
topologianão
iso-lada,
composta
de três conversores boost ecom
circuitos reguladores de corrente, é proje-tada e experimentada para a
mesma
potência del2kW.
Finalmente, para obter o isolamentoem
alta freqüência, muitas topologiasCC-CC,
adicionaisou
em
substituição aos converso-res boost implementados, são analisadas.
A
topologiacomposta
de três conversores full-bridge alimentados
em
tensão é então projetada eimplementada
para garantir o isolamentoelétrico entre a carga e a rede de alimentação.
Além
disso, aconexão
série dos enrolamen-tos secundários dos transformadores garantiu o equilíbrio das correntes retiñcadas,
sem
anecessidade dos reguladores eletrônicos utilizados
no
conversor anterior.Abstract of Thesis presented to
UFSC
as a partial fulfillment of therequirements for the degree of Doctor in Electrical Engineering.
12KW
HIGH
POWER
FACTOR
AC-DC
CONVERTERS
USING
AUTOTRANSFORMER WITH
MULTIPULSE
DIFFERENTIAL
CONNECTION
F
alcondes
José
Mendes
de
Seixas
October/
2001Advisor: Ivo Barbi, Dr. Ing.
Area
of Concentration:Energy
Systems(Power
Electronics). -Keywords:
autotransformer,power
transformers, transformer windings,power
factor, har-monic
distortion, rectifiers,power
supplies,power
quality,power
system harmonics.Number
of Pages: 218.ABSTRACT:
Thiswork
presents a comparative study of several multiple pulseAC-DC
three-phase converter topologies, based
on
the differential .connections of autotransformers.This three-phase technique presents the advantages
of
low
harrnonic current in themains
and
the reducedkVA
capability of the autotransfonner. Special attention is given to the 12and
18-pulse differential Y-connections,which
are generalizedby
one algebraic expres-sion. This expression describes the family of these converters for any value
of
inputand
output voltages.
Among
these converters, the 18-pulse Y-connected topology ischosen
fora detailed study
on
the line currentharmonic
distortion, and a 12l<W prototype is designedand
experimented on.With
this prototype inoperation,many
DC-DC
converter techniquesare analyzed in order to regulate the output voltage
and
to connect one load in to the threerectified outputs.
A
non-isolated topology,composed
of three boost convertersand
currentregulators, is designed-.and experimented
on
at thel2kW
of power. Finally, to obtain thehigh-frequency isolation, a variety
of
DC-DC
topologies, toadd
to or replace the imple-mented
boost converters, are analyzed.The
topologycomposed
of three voltage-fed full-bridge converters is then designed
and
experimentedon
to assure the insulationbetween
the load
and
the mains. Furthermore, the series connection of the secondarywindings of
the transformers assures balanced
DC-link
currents, without the need for the current regu-lators
used
in the previous converter.F
alcondes José Mendes de Seixas - 200/ - rSUMARIO
CAPÍTULO
1INTRODUÇÃO
.... ... ... ... ... ... ... .... ... ... ..1 1.1 HISTÓRICO ... ..11.2
REDUÇÃO
DE HARMÔNICOS DE CORRENTE
... ..21.3
UTILIZAÇÃO DE CONVERSORES DE
MULTIPLOS I>ULsOs ... .. ... ..51.3.1 Conversor de 6 pulsos ... ..5
1.3.2 Conversor de 12 pulsos ... ..6
1.3.3 Conversor de 18 pulsos ... ..7
1.3.4 Conversor não-isolado de reduzido
kVA
... _.8 1.4UTILIZAÇÃO DAS CONEXÕES
DIFERENCIAIS ... ..8CAPÍTULO
2 .ANÁLISE
DAS
PRINCIPAISCONEXÕES
DIFERENCIAISDE
AUTOTRANSFORMADORES
.. ... 102.1
INTRODUÇÃO
... _. 10 2.2DELTA
DIFERENCIALDE
12 PULSOS -CONEXÃO
PLANA
... .. ll 2.2.1 Análise dos enrolamentos ... .. 112.2.2 Resultados de simulação ... .. 14
. 2.3
DELTA
DIFERENCIALDE
l2.PULSOS-
CONEXÃO
FECHADA
... .. 16.2.3.1 Análise dos enrolamentos ... .. 16
2.3.2 Resultados de simulação ... .. 18
2.4
DELTA
DIFERENCIALDE
12 PULSOS -CONEXÃO
ABERTA
... ..202.4.1 Análise dos enrolamentos ... ..20
2.4.2 Resultados de simulação ... ..22
2.5
ESTRELA
DIFERENCIALDE
12 PULSOS -CONEXÃO
ABERTA
... ..24'I 2.5.1 Análise dos enrolamentos ... ..24
2.5.2 Resultados de simulação ... ..26
2.6
ESTRELA
DIFERENCIALDE
12 I=ULsOs -CONEXÃO
FECHADA
... ..292.6.1 Análise dos enrolamentos ... ..29
2.6.2 Resultados de simulação ... ..30
F alcondes José Mendes de Seixas ~ 200/
2.7
ESTRELA
DIFERENCIALDE
18 PULSOS- CONEXÃO
ABERTA
... ..2.7.1 Análise dos enrolamentos ... ... ... ._
2.7.2 Resultados de simulação ... ..
2.8
ESTRELA
DIFERENCIAL DE 18 PULSOS-
CONEXÃO
FECHADA
... ..2.8.1 Análise dos enrolamentos ... .. .... ..
2.8.2 Resultados de simulação ... _.
2.9
DELTA
DIFERENCIAL DE 18 PULSOS ... ..2.9.1 Análise dos enrolamentos ... _.
2.9.2 Resultados de simulação ... ..
2.10
ANÁLISE
HARMÔNICA
DAS CORRENTES DE
LINHADE
CADA CONVERSOR
... ..2.10.1 Conversores de 12 Pulsos ... ..
2. 1 0.2 Conversores de 18 Pulsos ... ..
2.1 1
CONCLUSÕES
... ..CAPÍTULO
3GENERALIZACÃO
DAS
CONEXOES
Y-DIFERENCIAISDE
12 EDE
18PULSOS
...3.1
INTRODUÇÃO
... ..3.2
ANÁLISE DAS
TENSOESDos
ENROLAMENTOS
... ..3.2.1 Expressções para Vb¡>0 e V¢3>0 ... ._
3.2.2 Expressções para
VM
>
0 e Vc;<
O ... ..3.2.3 Expressções para
VM
<
0 e Vc;<
O ... ..V 3.2.4 Generalização das expressões
obtidas... ... ..
`
3.2.5 Enrolamento adicional para O conversor de 18 pulsos ... ..
3 .3
RELAÇÕES
DE
ESPIRASENTRE
osENROLAMENTOS
... ..3.3.1 Ábacos para O conversor de .12 pulsos ... ..
3.3.2 Ábacos para o conversor de 18 pulsos ... ..
3.4
CONEXOES
PARTICULARES ... ..3.4.1 Conexão Y-diferencial fechada (abaixador) ... ..
.I
3.4.2 Conexão Y-diferencial aberta (elevador) ... ..
3.5
EXEMPLO
DE
PROJETO ESIMULACÃO
... .. 643.5.1 Dados para projeto ... ..
3.5.2 Simulação ... ..
3.6
CONCLUSÕES
... ..F
alcondes ./osié Mendes de Seixas - 200/CAPÍTULO
4ANÁLISE, PROJETO
EIMPLEMENTAÇÃO DO
AUTOTRANSPORMADOR
COM
cONExÃO
V-DIFERENCIAL DE
18PULSOS
... ... ...684.1
INTRODUÇÃO
... .. 684.2 SISTEMAS DE
TENSÃO OERADOS
... .. 694.3
ANÁLISE
DASCORRENTES DOS SECUNDÁRIOS
... _. 70 4.3.1 Enrolamentos secundáriosem
fasecom
a rede (lan, lb., e lcn) ... .. 714.3.2 Enrolamentos secundários
em
avanço de 20° (131, Im e ld) ... ..734.3.3 Enrolamentos secundários
em
atraso de 20° (laz, Ibz e lcz) ... .. 744.4
ANÁLISE DAS CORRENTES
DO
PRIMÁRIO (Ia, Ib e IC) ... .. 764.5
ANÁLISE DAS CORRENTES
DA
REDE
(La, In, e Im) ... .. 784.5.1 Obtenção das formas de onda ... _. 78 4.5.2 Distorção harmônica e fator de potência ... .. 80
4.5.3 Conteúdo harmônico ... .. 80
4.5.4 Dimensionamento do autotransformador ... .. 81
4.6
PROJETO
DO AUTOTRANSFORMADOR
... .. 834.6.1 Escolha do núcleo ... .. 83
4.6.2 Escolha dos enrolamentos ... .. 84
4.7
RESULTADOS
EXPERIMENTAIS ... .. 86- 4.8
CONCLUSÕES
... ..89CAPÍTULO
5 _ .UTILIZAÇÃO
DO
CONVERSOR Boosr
COM
IMPOSIÇÃO
DA CORRENTE
DE
ENTRADA
ETENSÃO
DE
SAÍDA REGULADA... . . . ... 905.1
INTRODUÇÃO
.... .. ... .. 905.2
CONVERSOR
BOOST
SEM CONTROLE DE TENSÃO
OU
DE CORRENTE
... .. 925.2.1 Conexão paralela ... ..92
5.2.2 Resultados de simulação ... ..93
5.3
CONVERSOR
Boosr
COMCONTROLE
POR
IIISTERESECONSTANTE
... .. 965.3.1 Dimensionamento ... ._ 96 5.3.2 Resultados de simulação. ... .. 101
5.4
CONVERSOR
BOOST
COM
CONTROLE POR VALORES
MEDIOS DISTANTÁNEOS ... .. 1045.4.1 Estratégia de
comando
... .. 1045.4.2 Projeto do conversor boost ... .. 106 xi
F
alcondes Jose' Mendes de Seixas - 200/5.4.3 Resultados de simulação ... _. 1 13
5.5
CONTROLE
DECORRENTE SEM MULTIPLICADOR
... .. 1225.5.1 Estratégia de comando ... _. 122 5.5.2 Resultados de simulação ... .. 122
5.6
CONCLUSÕES
... 126CAPÍTULO 6
IMPLEMENTAÇÃO
DO
PROTÓTTPO
NÃO
isoLADo
EREsULTADOs
EXPERTMENTAIS
128 6.1INTRODUÇÃO
... .. 1286.2
ESCOLHA
DOS COMPONENTES
... .. 1296.2.1 Componentes do circuito de potência ... _. 129 6.2.2 Componentes do circuito de
comando
... ._ 134 6.3RESULTADOS
EXPERIMENTAIS ... .. 1386.4
CONCLUSÕES
... .. 146CAPÍTULO
7ESTUDO
DO
EsTÁGio
DE
isoLAMENTo
EM
ALTA
1=REQüÊNciA... 1487.1
INTRODUÇÃO
... .Ç ... .. 1487.2
REGULADORES
BOOST DE CORRENTE
E ESTÁGIOF
ULL-BRIDGE ÚNICODE
lSOLAMENTO... 1497.2.1 Parâmetros do circuito simulado ... .. 150
7.2.2 Resultados de simulação ... .. 151
7.3
CONVERSORESFULL-BRIDGE PARA
REGULAÇÃO
DE CORRENTE
EISOLAMENTO
... ... .... .. 153' 7.3.1 Parâmetros do circuito simulado ... .. 154
7.3.2 Resultados de simulação ... .. 154
7.4
CONVERSORES F
U_LL-BRIDGECOM
ALIMENTAÇÃO
EM
CORRENTE
E SECUNDÁRIOSCONECTADOS
EM
SÉRIE ... .. 1587.4.1 Parâmetros do circuito simulado ... .. 159
7.4.2 Resultados de simulação ... .. 160
7.5
CONVERSORES
PUSH-PUL\‹`LCOM.ALlMENTAÇÃO
EM
CORRENTE
E SECUNDÁRlOScONEcTADos
EM
sER1E. ... .. 1627.5.1 Parâmetros do circuito simulado ... .. 162
7.5.2 Resultados de simulação ... .. 163
7.6
CONVERSORES
F
ULL-BRIDGECOM
ALIMENTAÇÃO
EM
TENSÃO
E SECUNDÁRIOScONEcTADOs EM
sEmE
... .. 165F
alcondes José Mendes de Seixas - 200/7.6.1 Parâmetros do circuito simulado ... ..
7.6.2 Resultados de simulação ... ..
7.7
CONCLUSÕES
... ..CAPÍTULO
8 ~PROJETO
EIMPLEMENTAÇÃO DO CONVERSOR
ISOLADO
... ..8.1
INTRODUÇÃO
... ..3.2
PROJETO
DO
CONVERSOR
ISOLADO ... ..8.2.1 Dados para O projeto completo ... ..
8.2.2 Resultados do projeto do estágio retificador de l8 pulsos (Capítulo 4) 8.2.3 Descrição do estágio
CC-CC
isolado ... ..8.2.4 Transformadores de alta freqüência ... ..
8.2.5 lndutor de saida ... ..
8.2.6 Conversor ƒúll-bridge
-
circuito de potência ... ..8.2.7 Conversor ƒiill-bridge
-
circuito decomando
... ..8 .3
RESULTADOS
EXPERIMENTAIS ... ..8.4
CONCLUSÕES
... ..CONCLUSÕES
GERAIS
... ... ... ... .. .198
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ... ..CAPÍTULO
1INTRODUÇÃO
1.1
HISTÓRICO
Durante muitos anos, as cargas conectadas aos sistemas elétricos constituíam-se
basicamente de elementos
com
características lineares, sendo a corrente resultantena
maioria dos casos atrasada
em
relação à tensão devido à predominância de elementosde
natureza indutivano
sistema elétrico,como
porexemplo
motores, transformadores ereatores.
Como
conseqüência, O fator de potência (ou simplesmente fator de deslocamento)resultante é baixo
mas
pode
ser conduzido amn
valorpróximo da
unidade atravésda
instalação de bancos de capacitores
em
paralelocom
as cargas. íNos
últimos anos,com
a utilização dos conversores estáticos nasmais
diversasaplicações, a injeção de elevado conteúdo harmônico de corrente
no
sistema elétricopassou
a serum
fator preocupante, pois o fator de potência da instalação passou a serreduzido
também
pela distorçãoda forma
deonda da
corrente. Esta injeção deharmônicos
se
deve
principalmente à natureza não linear das cargas conectadas ao sistema,como
porexemplo
os equipamentos eletrônicos industriais que utilizam retificadores a diodosou
atiristores, monofásicos
ou
trifásicos..Devido à crescente preocupação
com
a eficiência dos equipamentos e àdisponibilidade de dispositivos semicondutores de altas velocidades e potências, as fontes
de alimentação chaveadas estão sendo cada vez mais
empregadas
em
sistemas industriais,comerciais e
também
nas residências.A
tendência para os próximos anos é deque
a quasetotalidade
da
energia fornecida pelas concessionárias seja processada eletronicamente.Como
se observa atualmente, até as simples lâmpadas incandescentesvêm
sendosubstituídas por lâmpadas fluorescentes compactas
(com
reator eletrônico,embora
aindasemdispositivos pré-reguladores de fator de potência).
O
baixo fator de potênciada
instalação, caracterizado principalmente pelo elevadoconteúdo
harmônico da
corrente, é responsável poruma
série de problemas causadosno
sistema elétrico,
como
porexemplo
maior dissipação de calor nos condutores, errosintroduzidos nos equipamentos de medição, problemas
em
outrosequipamentos
F
alcondes José Mendes de .S`eL\'as Tese - Capítulo I 2conectados à.
mesma
rede devido à distorçãoda
tensãodo
barramento, interferênciaeletromagnética, etc.
Esta influência negativa
que
as fontes de alimentaçãoexercem
sobre a rede elétricapassa a preocupar o setor de energia elétrica. Por parte das empresas
que
gerenciam osetor, a
medição do
fator de potência éum
instrumento valioso já queum
elevado valorda
Taxa
de DistorçãoHarmônica
(THD
- TotalHarmonia
Distortion) é sinônimo de baixofator de potência.
Decorrente disto,
surgem
normas
reguladoras intemacionaisno
sentido de limitar osníveis
de
distorçãoharmônica da
corrente injetada à rede e reduzir o nível de interferênciaeletromagnética.
Em
1975 anorma
européiaEN50006
foi apresentada pelaCENELEC
(Commission
Européan pour
la Normalisacion Eléctríque) e substituídaem
1982 pelaIEC
(International Electrotechnical
Commission)
denúmero
555 e revisadaem
1991.Hoje, os principais padrões são o europeu IEC-61000-3-4 e o americano
IEEE-519
que
estão aindamais
rígidos quanto aos níveis deTHD
e de interferência eletromagnética[O1, 02].
1.2
REDUÇÃO
DE
HARMôNlcos DE CORRENTE
_A
fim
de
reduzir o nívelde harmônicos na
corrente da rede de alimentação, técnicasde
correção ativa e passiva, tanto para sistemas monofásicoscomo
para sistemas trifásicos,têm
sido largamente exploradas. ' ' 1 ' ' ' "Os
sistemas monofásicos apresentamcomo
solução passiva para a redução deharmônicos provocados
pelos retificadoresem
ponte completa e dobradores de tensão, ainstalação de filtros L,
LC
ou
LCD.
-As soluções ativas apresentam as técnicas que utilizamprincipalmente as topologias básicas boost [03, 04] e buck-boost [05, 06].
Os
conversores trifásicos,que
são objetos deste trabalho,também
são beneficiados.\ _
por
muitas técnicas dereduçãode
harmônicos
na linha que são utilizadas nos sistemasmonofásicos,
porém,
novas técnicasque
aproveitam as características próprias dos sistemas trifásicos (ângulos de l20° entre as fases)têm
sido cada vezmais
exploradas.O
circuito retificador trifásico básicocom
seis diodos (ponte de Graetz) e filtrocapacitivo de saída [O7],
mostrado na
Fig. 1.1, apresenta taxa de distorção harmônica queF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 1 3TGHSÓO
5
Corrente
Fig. 1.1 - Retificador trifásico
em
ponte de Graetz.Uma
solução passiva para reduzir a distorção harmônicada
corrente de linha éatravés
da
introdução de indutoresem
sériecom
as linhas de alimentaçãodo
circuito [08],como
mostra a Fig. 1.2.Além
do
significativoaumento do
fator de potência,_os indutoresatuam no
sentido de limitar a correnteno
caso de eventuais curtos-circuitos.TGNÓO
A A A
OÍYGTIÍB
ooo
Fig. 1.2 - Retificador trifásico comiifiltroiindutivo no ladoWCÃ.” _" _
Como
resultado, a TI-IDñca
em
tomo
de20%
e o fator de potênciaem
tomo
de 0,9,devido principalmente ao elevado deslocamento de fase entre os
componentes
fundamentais de tensão e de corrente.
`
i l
Outra solução passiva que utiliza filtro indutivo é através da conexão de
um
indutorna
saídado
retificador [08],como
mostra a Fig. 1.3.O
indutor de filtragem é bastantevolumoso
para ter que suportar amáxima
corrente de carga,sem
que
haja a saturaçãodo
núcleo. '_
' . Iensóo Corrente _ V ÍFalcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo I ‹ 4
Neste
caso, aTHD
éno
mínimo
de30%
e o fator de potênciapode
chegar a 0,95,devido à simetria angular entre os
componentes
fundamentais de tensão e de correntena
rede de alimentação.'
Uma
técnica ativa de correção de fator de potência para retificadores trifásicosque
utiliza apenas
um
interruptor [09], está representada na Fig. 1.4.O
conversorempregado
édo
tipo boost e operano
modo
decondução
descontínua.Na
saída do retificador sãoconectados os interruptores
do
conversor boost e oarmazenamento
de energia é feito portrês indutores conectados
na
entradada
ponte.~
li
Fig. 1.4 Retificador trifasico
com
conversor boost acoplado.Como
resultado, o fator de potência épróximo da
unidade devido ao deslocamento nulo entre oscomponentes
fundamentais de tensão e de corrente, porém,além
doscomponentes harmônicos
de alta freqüência que são facilmente filtrados,aparecem
também
componentes
de 55-'ordem
na
corrente quereduzem
o fator de potência.Apesar do
bom
resultado visto pela rede de alimentação, muitos pontos negativos,derivados
dos
elevados picos de correntes nos elementosdo
conversor, própriosdo
modo
de
condução
descontínua, são verificados.Esta proposta é muito interessante,
mesmo
com
os problemas apresentados, pois abrea possibilidade de utilização de outras topologias de conversores
CC-CC,
inclusivepossibilitando o isolamento de alta freqüência entre a carga e a rede de alimentação [l0].
Em
potências elevadas, as perdasque ocorrem
nos elementosdo
conversorCC-CC
sãofatores
dominantes
na
escolhada
topologia mais adequada.H
Diversas técnicas de correção ativa de fator de potência trifásico
têm
sido propostas,seja pela
comutação
em
baixa freqüência de interruptores ligados ao neutroda
rede [1 1]ou
Fa/condes José Mendes de Seixas Tese ‹ Capítulo I 5
baixo custo, seja através de técnicas de comutação suave e
com
isolamento da carga [13]ou
através de conversores de três níveis [l4].Outras técnicas trifásicas utilizam a associação de três conversores monofásicos
que
realizam a tarefa da correção
do
fator de potênciacom
as saídas conectadas juntas [l5].~
Nas
aplicaçoes queexigem
o isolamento galvânico entre a carga e a rede de alimentação,cada
um
destes conversorespode
ser seguidos de três conversoresCC-CC
isolados [16-l8],
ou
simplesmente utilizar três conversores isolados que já realizam a correçãodo
fatorde potência [19, 20].
1.3
UTILIZAÇÃO DE
CoNvERsoREs
DE MÚLTIPLOS PULsos
Além
das várias técnicas passivas e ativas de correçãodo
fator de potência aplicadasaos conversores
CA-CC
trifásicos, muitas outras técnicas de redução de harmônicosda
corrente
da
rede quetambém
elevam
0 fatorde
potênciatêm
se destacadona
recenteliteratura.
Estas
técnicas aproveitam as características próprias de cada topologiaem
benefício da qualidade
da
corrente da rede. São técnicas estritamente passivasou
acomposição
de técnicas passivas e ativascom
uso de conversores estáticos.A
motivação deste trabalho originou-se a partirdo
estudo e análise destas técnicasque incorporam conhecimentos' de conversores
que
operam
em
alta freqüência ede
elementos magnéticoscomo
transformadores e autotransformadores. '' A
Como
é conhecidoda
literatura técnica básica [21-25], o espectroharmônico da
corrente
da
rede de alimentação de retificadores trifásicoscom
cargas indutivas (baixaondulação
da
correnteno
ladoCC
do
retificador),também
denominados
de conversores de6 pulsos, é
formado
pelocomponente
fundamental de corrente e peloscomponentes
harmônicos
de
ordens l<.6il (p/ k=l,2,3...). Assim, devido à simetria daforma de
onda,todos os
harmônicos
pares de corrente e os múltiplos de 3 são eliminados naturalmente,desde
que
a carga seja consideradacomo
uma
fonte de corrente constante. -1.3.1
Conversor
de
6 pulsos _O
conversor de 6 pulsos é obtido pela conexão diretado
retificador à rede trifásica de alimentação ou, deforma
isolada, geralmente através de transformador naconexão
A/Y,F
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 1 6como
mostra
a Fig. 1.5.É
possíveltambém
obter conversores de 6 pulsos a partirda
conexão A/Z
(A/Ziguezague).Fig. 1.5 - Conversor de 6 pulsos isolado por transformador A/Y.
'
1.3.2
Conversor
de 12 pulsosCom
o objetivo de eliminarnovos
harmônicos de corrente etomar
o fatorde
potência
mais
alto, utiliza-seuma
estrutura de 12 pulsos. Neste caso, apenas osharmônicos
de
ordens k.l2i1aparecem na
correnteda
rede.O
conversor de 12 pulsos é obtido a partirde
2 conjuntosde
6 pulsos, defasados entre side 30°.A
P P
ró riaconexão
A/Y
defasa o sistema de tensãoem
30°, P orém, Para a rela Ç ãode
espiras unitária, a tensão é
modificada
em
«/š vezes. Assim,um
conversor de 12 pulsossem
isolamento é obtidocom uma
das pontes ligada diretamentena
rede e a outra, atravésde
um
transformadorA/Y
com
relação unitária entre as tensões de linha. Para a topologiaisolada, utiliza-se a
conexão A/A-Y,
ou
seja, o primário é conectadoem A
eum
dossecundários
que
alimenta»uma
das pontes retificadoras é `conectado 'em'
A
e o outrosecundário,
que
alimenta a outra ponte, conectadoem
Y.É
importante que as tensõesde
linha
dos
secundáriostenham
amesma
amplitude.A
Fig. 1.6 mostra oesquema
básicodestes dois conversores de 12 pulsos. `
* O +30.
_
o
Y
1...
o
|
g-II
näí
A
-II
r.-I
. r .›.III
0. -“I
ii
~ii
I!
_.0
. .A
_
Q
Nâo isolado ' ^ ' Isolado
Fig. 1.6 - Conversores de 12 pulsos
A/Y
e A/A-Y.Outros conversores de 12 pulsos isolados
podem também
ser obtidos através dasconexões A/Z-Z
ou
A/P-P
(P=
Polígono) [25, 261. Nestes dois casos,um
dos secundáriosFalcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo I 7
conectado
em
ziguezague (ouem
polígono) é projetado para produzirum
atrasoda
tensãode 15°
em
relação à rede.O
outro secundário produz tensão adiantada de 15°em
relação àrede. Desta forma, para
ambos
os conversores, os secundários apresentamdefasagem
de30° entre si,
como
mostram
as duas topologiasda
Fig. 1.7.~
ii..
ii..
rzí
A
I-I
nãí
-I-^
°
ii
iil
Z
:_
e
í..
e
1-:
1:»
Fig. 1.7 - Conversores de 12 pulsos A/Z-Z e A/P-P.
1.3.3
Conversor
de
18 pulsosUm
conversor de 18 pulsos apresenta apenas oscomponentes
harmônicosde
ordens k.18i1.Muitos
conversores de 18 pulsos utilizam três pontes trifásicasde
6 pulsos,análogo aos conversores de 12 pulsos. Neste caso, três sistemas de tensão trifásicos
defasados
de
20° entre si,devem
alimentar as pontes retificadoras.Como
exemplo
de conversores isolados de 18 pulsos, duas conexões são mostradasna
Fig. 1.8.A
conexãoA/Z-Y-Z
apresenta o secundário conectadoem
Y
adiantado de 30°,que
é típicoda conexão
A/Y
e os dois secundários conectadosem
ziguezague,um
éadiantado de 50° (30°+20°) e o outro adiantado de 10° (30°-20°),
em
relação ao primário.A
conexão
A/P-A-P apresentaum
secundário conectadoem A
em
fasecom
o primário e osoutros dois, conectados
em
polígono,com
ângulos de+20°
e -20°,em
relação ao primário.Z
+50° Q)P
+20°@
+30°Av
@
AA”
@
+1o° -20°z
@
P
~@
Fig. 1.8 - Conversores de 18 pulsos A/Z-Y-Z e A/P-A-P.
Apesar da
grande robustez destes conversores e pelo isolamento galvânico entre a carga e a rede de alimentação, suas aplicaçõesficam
prejudicadas pelo elevado peso eF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo I 8volume
finaisdo
conversor, vistoque
o transformador processa toda a potênciada
cargana
freqüênciada
tensãoda
rede.Além
disso, a tensão retificada não é regulada.1.3.4
Conversor
não-isoladode reduzido
kVA
Com
o objetivode
reduzir o peso e ovolume
dos elementos magnéticos etomar
asaplicações dos conversores de múltiplos pulsos mais atrativas,
surgem
os conversoresque
apresentam
efeitos similares aos apresentados,porém
não isolados.Um
destes conversoresnão
isolados de baixos peso evolume
é 0 conversorLIT
(Line Inlerphase Transformer),
com
topologia para operarem
12ou
em
18 pulsos [27].O
conversor
LIT
éformado
pormn
transformador trifásico, especialmente enrolado,um
conjunto de indutores
de
filtragem e as pontes retificadoras.A
potência processada peloLIT
éem
tornode
13%
da
potência totalda
carga, o quetoma
os valores finaisdo
peso edo
volume
do
conversor muito reduzidos. 'A
utilizaçãodo
LIT
associado aum
conversorCC-CC,
aproveita a característica deentrada
em
correntecomo
estágio de entradada
topologia de alta freqüência escolhida [28, 29].Além
do
LIT, outrasconexões
de transformadores,também
sem
isolamento, têm-semostrado
atrativas pela robustez e simplicidade apresentadas. Estas topologias,na
maioriados
casos, utilizam autotransformadorescom
conexões diferenciais.1.4
UTruzAÇÃo
DAS
coNExöEs
DIFERENCIAIS
As
conexões
A-diferenciais de 12 e de 18 pulsos utilizam autotransformadoresreduzidos
que processam
apenas20%
da
potência total da carga [30]. Para a conexão de 12pulsos, 6 enrolamentos secundários e
4
indutores (IPT - Inter-Phase Transformer)conectados
no
ladoCC
são necessários.A
conexão de 18 pulsos necessita de 12enrolamentos secundários e de 6 IPTs.
A
substituiçãodo
IPTs porum
reator ativo, ao qual é injetadauma
correntetriangular, reduz a distorção
harmônica
da corrente de entrada amenos
de1%
[3 1].A
partirda conexão
de 12 pulsos, isoladaou
não, pode-se obterum
conversor de24
pulsos através depequenas
modificaçõesno
funcionamento dos IPTs [32].A
utilizaçãodo
Falcondes Jose' Mendes de Seixas Tese - Capítulo I 9
transformador eletrônico, que opera
em
alta freqüência, ajuda a tornar estes conversoresmais compactos
[33, 341.A
proposta deste trabalhocompreende
o estudo das conexões diferenciais deautotransformadores, algumas delas encontradas
na
literatura técnica e outras inéditas.Neste
estudo, as principais topologias de 12 e de 18 pulsos são analisadas por simulação eos resultados comparativos apresentados.
Uma
técnica para gerar toda a família das conexões Y-diferenciais de 12 e de 18pulsos, descrita por
uma
única expressão matemática e representada por ábacos, éapresentada e
comprovada
por simulação [35, 36].Uma
das topologias de 18 pulsos estudadas éimplementada no
laboratório [37] eutilizada
como
estágio de entrada de conversoresCC-CC
que operam
em
alta freqüência.Estes conversores serão cuidadosamente analisados e escolhidos de forma a
manter o
princípio de operação
em
múltiplos pulsosdo
autotransfonnador, que exige correntecom
baixa ondulação nas saídas dos retificadores, e a permitir o controle da tensão de saída.
O
primeiro conversorCC-CC
de alta freqüência, proposto eimplementado
paraoperar
em
conjuntocom
o autotransformador, éuma
topologia não-isolada baseadaem
conversores boost [38, 39].
Na
seqüência,um
grande esforço é feito no sentidode
encontrar topologias isoladas de conversores
CC-CC
quetambém
operam
em
altafreqüência e
em
sintoniacom
o autotransfonnador [40-44].Das
várias topologiasanalisadas, é escolhida
uma
configuração baseadaem
conversores full-bridge alimentadosem
tensão [45-47],com
os enrolamentos especialmente conectados [48] para aCAPÍTULO
2ANÁLISE
DAS
PRINCIPAIS
CONEXÕES
DIFERENCIAIS
DE
AUTOTRANSFORMADORES
2.1
INTRODUÇÃO
A
conexão
diferencial dos enrolamentos deum
autotransformador trifásico permitegerar subsistemas trifásicos, equilibrados e
adequadamente
defasados entre si, a partir demn
sistemade
alimentação trifásicoque
é conectado ao enrolamento primáriodo
autotransformadorem
Y
ou
A.Por
tratar-sede
um
autotransfonnador, é conhecido pela literatura técnica quenem
toda a potência entregue à carga é processada pelo núcleo
do
autotransformador [25, 27].Em
outras palavras pode-se dizer queuma
parcela da energia é apenas “conduzida” pelosenrolamentos primário e secundário,
sem
a transformação eletromagnética, vistoque não
há
isolamento galvânico entre os enrolamentos. .~
O
usodo
autotransformador, apesardo
nao-isolamento entre a entrada e as saídas,para certas aplicações e conexões,
pode
reduzir a potência aparente processada pelo sistemamagnético
em
até80%
com
relação ao sistema convencional isolado.O
grandebenefício
de
imediato é a redução drásticado
peso e dovolume do
conversor.Um
conversorCA-CC
trifásicoem
ponte completa, convencional, éum
clássicoconversor
de
6 pulsos.Os
conversores.com
maiornúmero
de pulsos geralmente sãoobtidos a partir de dois
ou
mais
conversores de 6 pulsos,com
defasagens específicas entreos sistemas
de
alimentação de cada bloco de 6 pulsos ecom
conexões série, paralelaou
com
cargas independentes e idênticas nas saídas retificadas.Os
conversores resultantesapresentam
entãonúmero
de pulsos múltiplo de 6.Os
maiscomuns
são os de 12 e de 18pulsos,
que
sãocompostos
por 2 e 3 conversores de 6 pulsos, respectivamente.Neste
capítulo são mostrados os conversores trifásicos de 12 e de 18 pulsos,utilizando autotransformador
com
conexão
diferencial.A
análise qualitativa para obtençãodas defasagens entre as tensões, através de diagramas de fase,
também
está apresentada.Para
verificar o princípio de operação de cada topologia, elas são testadas através deF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 1 1Os
resultados de simulaçãopermitem
obter os valoresmédios
e eficazes de tensão ede corrente
em
vários pontos de cada circuito sob teste, calcular as potências ativa eaparente, as relações entre tensões sobre os enrolamentos, o fator de potência de entrada e
até a análise
harmônica
(THD)
da
corrente de entrada.Os
conversores de 12 pulsospodem
ser obtidos a partir de dois sistemas trifásicos,defasados entre si de 30°.
Cada
sistema trifásico alimentauma
ponte trifásica de 6 pulsos.Para gerar os dois sistemas trifásicos,
com
defasagem
de 30°, várias 'conexõesdiferenciais de autotransformador
podem
ser utilizadas. .Algumas soluçõescom
primárioconectado
em
Y
e outrascom
primário conectadoem
A, são apresentadas.Os
conversores de 18 pulsos são formados por três sistemas de tensões trifásicas,de
mesmas
amplitudes,com
defasagens de 20°.Cada
saída trifásica é conectada auma
pontetrifásica de 6 pulsos. Para
manter
uma
certa simetria entre os enrolamentos secundários,mn
dos enrolamentos é posicionadoem
fasecom
a tensãode
faseda
redede
alimentação e,os outros dois, defasados de
+20°
e de -20°em
relação a este primeiro.Para validar as equações apresentadas e visualizar as formas de
onda
de tensãoede
corrente nos principais pontos e elementos dos conversores, cada conversor é submetido e
analisado por simulação.
Os
resultados de simulaçãopermitem
verificar os valores eficazesde corrente através dos enrolamentos e calcular a potência aparente
do
autotransformadorem
relação à potência ativa entregue à carga.`
Todos
os testes de simulação são paraum
sistema trifásico de alimentaçãode
220/380V
e cargas de25A
(isentas de ondulações)na
saída de cada ponte retificadoratrifásica (12 pulsos=I<,/2 e 18 pulsos=Io/3).
2.2
DELTA
DIFERENCIAL DE
12PULsos
-coNExÃo
PLANA
2.2.1 Análise dos
enrolamentos
A
conexão
A-diferencial plana de 12 pulsos [25, 30] está representadana
Fig. 2.1.Nesta
conexão, os enrolamentos secundáriosmontados
nos vértices dos triângulos sãoF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 12Os
enrolamentosdo
autotransformador são representados por indutores acoplados edenominados
por:Lee, Lee e Lee: enrolamentos do primário
Leel, Leel e Leal: enrolamentos do secundáriol Lebz, Lee; e Leez: enrolamentos do secundário2
Os
enrolamentoscom
índices ab, ab] eab2
estãomontados
sobre amesma
pernado
núcleo.
Assim,
as tensões sobre estes enrolamentos estão rigorosamenteem
fase e ossentidos dos enrolamentos são
definidos
pelas marcas de polaridade.O
mesmo
acontececom
o conjuntode
enrolamentos bc, bcl e bc2 etambém
com
o conjunto ca, ca] e ca2.Ó \ /
í~
_ I 'ib2 i Lab| \\ /' Labz ' .i. . r L 2 V' \ /'ll°
I ) L/L
< . . .Lb|
. . . ç W) Lca2 u \`= `É
.Ci
Io/2 . z \ )I
0
,°
1I
°
/L
cal Íb i ' ¬ bl ' / Lab\
8. I bc c Leal `Fig. 2.1 -
Conexão
A-diferencial plana de 12 pulsos.Os
enrolamentosdo
primário são alimentados pelas tensões deñnidas por:t
Veb, Vee e Vea: ç tensões de linha I
V1,
Vz
e V3: tensões de fase -A
relação entre tensões de fase e de linha é dada pela equação (2.1).H '
Va.,
=V,
-~/Ê¡ (2.1)
As
tensões entre os terminais de cada enrolamento secundário são definidas por:Vem,
Vee¡ e Vee¡: secundáriolA
Veez, Veez e Veez: secundário2 r
Cada
um
dos sistemas trifásicos é gerado a partirdo
sistemada
rede de alimentação,tomando
como
referência angular as tensões de fase (V¡,V2
e V3),ou
seja,com
relação aoneutro
da
redeou
ao neutro fictício (pontoN)
que, tratando-se deum
sistema simétrico eequilibrado, estão
no
mesmo
potencial. Para obterum
sistemaem
avanço de 15° e outroF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 13de subtração entre as tensões,
dependendo
da polaridade dos enrolamentos.É
maissimples, porém, efetuar esta operação através
da
representação fasorialou
simplesmenteatravés de relações trigonométricas.
O
valordo
ângulo dedefasagem
está diretamente relacionado aomódulo da
tensãoaplicada sobre cada enrolamento secundário. Assim, busca-se o valor desta tensão,
que
porsua vez relaciona-se
com
a tensãodo
primário (ou de referência).A
relação de espirasentre primário e secundário resulta então
em
um
número
deñnido pelo ângulo dedefasagem
escolhido.Os
módulos
das tensões de saídado
autotransformador(Vm,
VR2, V5¡, V52,Vn
eVTz),
com
relação ao pontoN,
nãodevem
ser alterados pela relação de espiras (pois esta éresponsável pelo ângulo de
defasagem
entre os sistemas), apenas pela variaçãoda
tensãode alimentação.
As
tensões sobre todos os enrolamentosbem
como
os dois sistemasde
tensõestrifásicas gerados para a
conexão
A-diferencial plana estão representados nos diagramasde
fase
da
Fig. 2.2.Lab! Lab2 vam \/“bz
_ .í
V
A 3 I VR2 LbcLW
I . _ . _ _ 5 t . _ 15° VT2í í í
... ...L
°a2âL
beiš'
' ,..3o°"'N
\`3¿> Vs.Y
L
Y
t _ Lczi ab u iLW
V VT1SVS2
Fig. 2.2 -
Diagramas
de fase para a conexão A-diferencial plana de 12 pulsos.O
sistema de tensões Rl, S1 e T1forma
um
sistema trifásicoque
está adiantadode
15°
em
relação ao sistema de tensões de fase da rede de alimentação (referência), enquantoque
o sistema Rz, S2 eT2
está atrasado de 15°em
relação àmesma
referência. Portanto, adefasagem
entre os dois sistemas é de 30°.H
Com
auxílio do triângulo retângulo destacadona
Fig. 2.2,formado
pelas tensões V|,Vabz e VRz,
ñca
fácil obter o valor de Vabz atravésda
expressão (2.2),uma
vezque
o ânguloF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 14VM
=
V, -tg(l 5°)=
0,268-V,(22)
A
relaçãode
espiras (K0) entre o primário e o secundário é calculada pela expressão(2.3).
V
×/Ê-V
×/5Ko
=íab=____¡.=_--io-:6,464
Vzuz Vzbz
ÍQU5
)Todos
os enrolamentos secundários Law, Labz,LW,
Lbcz,LW
e Lcaz são idênticos,portanto,
têm
omesmo
número
de espiras e estão submetidos aomesmo
valor eficaz detensão. Observa-se
que
onúmero
de espiras de cada enrolamento secundário é 6,464 vezesmenor
do que
onúmero
de espiras deum
enrolamento primário. -2.2.2
Resultados de simulação
A
Fig. 2.3 e a Fig. 2.4mostram
as formas deonda
das tensões nas saídas dosretificadores e das tensões de
uma
fase de cada sistema trifásico obtido (V¡¿¡ e Vgz),com
relação à tensão
de
referência V¡.580V 550V. 500V nov . z V I ms I91ms 194m: l96|ns |98ms 200m: n V(D3x:Z.D6x:l) 0 V(lo:+.D6:l) Time JSOV 90
Fig. 2.3 - Tensões nas saídas dos retificadores. A
As
formas de onda
das correntesque
circulam através dos enrolamentos deuma
perna
do
núcleo eda
tensão eda
correntena
rede de alimentação, estão mostradasna
Fig.2.5 e
na
Fig. 2.6.`
.
Observa-se
que
as correntesque
circulam através dos enrolamentos secundáriostêm
a
mesma
forma
e elesconduzem
a corrente de carga (Io/2= 25A)
durante 2/3do
períododa
F
alcondes José Mendes de Seixas Tese -C
apítulo 2 15 J00\Ã-'-ía
__ _._š i ~m‹›\¿ ~ ~1501115 l(›(Ims l7l)ms Ilwms I')0ms 200m5
u V(Lbc2:2) - V(Lbcl:|) v V(V:|:+)
Fig. 2.4 - Defasagens entre os sistemas.
z tmb) -$,(!A 40A Ilnbl ›40Aj c l( MIA1 Labl) Ilnbl -40A~ . .
l50nu 160m: l70ms l80nu |90m: 200In¡
a l(I.ab2) _
Time
Fig. 2.5 - Correntes nos enrolamentos de
uma
pernado
núcleo (ab).400V vi . zoov KV' )_3 OV . . . . . . . . . . . . . . . . ._ -200V .\-\ -400\ - ~ I$0m¡ l(›0m¡ I70|n¡ lB0|n| 190m1 200m: I V(Vn:+)- - l(Vn)'3 `
Fig. 2.6 - Tensão e corrente na rede de alimentação.
O
cálculoda
potência aparentedo
autotransformador, a partir dos resultadosde
F
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 16potência
média
da
carga é calculada pelos valoresmédios
de tensão e de corrente das duassaídas.
Primário: Vef
= 380V
I¢f=2,24A
Secundários: Vcf
= 59V
lef=
20,4A
Carga:
V0
= 531V
Io=
2-25A
A
potência aparentedo
primário é calculada pela expressão (2.4).Sp
=
3-2,24-380=
2.554VA
(2.4)A
potência aparente dos sectmdários é calculada pela expressão (2.5).S5
=
6-20,4-59=
7.222VA
. (2.5)A
potência aparente total é amédia
entre as potências aparentes calculadas para o primário e para os secundários,como
mostra a expressão (2.6).Sp
+SS
S=T=4.888VA
(2.6)A
potência ativada
carga é calculada pela expressão (2.7).P0
=
2-25-531=
26.550W
(2.7)A
relação entre as potências ativada
carga e aparentedo
autotransformador .émostrada
pela expressão (2.8).S
=
18,4%
de P0 (2.8)2.3
DELTA
DIFERENCIAL
DE
12PULSOS
-
CONEXÃO
FECHADA
'2.3.1 Análise
dos enrolamentos
Na
conexão
A-diferencial fechada de 12 pulsos, ainda não divulgadana
literaturatécnica, os enrolamentos secundários são colocados nos vértices
do
triângulo eem
paraleloaos lados adjacentes, por isso o
nome
deconexão
fechada. Estaconexão
está representadana
F
ig. 2.7.E
Nesta
conexão, as tensões de saídado
autotransformador são reduzidasem
relação àconexão
plana e portanto,menores do que
a tensão de referênciada
fase.A
defasagem
deF alcondes Jose' Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 17 LÍJÇI . Lçaz ° › ` I.,/2 V' °
1”
iIii”
Q
Lbc A Lea LJ- Ibc2 . . .W
. Iab2Q
.Q
Í-bzz. . 2. Lca¡ › L/ o Íbcl _ . _Fig. 2.7 -
Conexão
A-diferencial fechada de 12 pulsos.i
As
tensões sobre todos os enrolamentos,bem
como
os dois sistemasde
tensõestrifásicas gerados para a
conexão
A-diferencial fechada, estão representadosno diagrama
de fases
da
Fig. 2.8. ›`
. Í \¿a2
I_“*>° Lea . ,' Viu..
_ ssss 15° ~ Lbcz Lcal Ó-/_,_,.._. ' \`J\/'~.`_`v`-.N-"
V
L
2 T1 sz ~›Lam
°*'Law
Fig. 2.8 -
Diagrama
de fases parada conexão A'-diferencial fechada de 12 pulsos.`
O
sistema de tensões R¡, S1 e T¡ está adiantado de 15°em
relação ao sistemade
referência, enquanto
que
o sistema R2, Sz e T2 está atrasado de 15°em
relação aomesmo
sistema
de
referência.Com
auxíliodo
triângulo destacadona
Fig. 2.8,formado
pelosmódulos
das tensõesVl, Vcaz e Vgz, obtém-se o Valor de Vcaz através
da
expressão (2.9), conhecendo-se osângulos de 15° e de l35° e o
modulo
da tensãoV¡ da
rede.V
=v----Se“(15°)=o,3óó-V
“Z 'sen(135°) '
(29)
Falcondes Jose' Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 18
V
~/š-VK =-°§-=i'=4,732
°V
0,366 (210)
Todos
os enrolamentos secundários Labl, Labz, Lbci, Lbcz,LW
e Lcaz são idênticos,ca2
portanto
têm
omesmo
número
de espiras e estão submetidos aomesmo
valoreñcaz
detensão. Observa-se
que
onúmero
de espiras de cada enrolamento secundário é 4,732 vezesmenor
do que
onúmero
de espiras deum
enrolamento primário.2.3.2
Resultados de
simulação
.
A
Fig. 2.9 e a Fig. 2.10mostram
as fonnas deonda
das tensões nas saídas dosretiñcadores e das tensões de
uma
fase de cada sistema trifásico obtido (VR1 e Vkz),com
relação à tensão de referência V1.
` -movl Í 360V 320V 300V ~ 190m; I92ms l94ms l96|ns l98ms 200m: I V(D3x:2,D6x:l) v V(|o:+,D6: I) › _ _ A Time
Fig. 2.9 - Tensões nas saídas dos retíficadores.
400V ¬ zoov m 1 vu .. .. ...,..,.,..,...›.... ..r›› . ....›...;...4...,,...4 W.. . ,,,...,_. ... ... ... .... ›..--z..-..›...m. .--...N ..., .¬..›.‹.. .i \Vl V i
)
‹š
\)
(
/Í
\)
‹/
200V 400V. ‹ Y ~ l50m; I60ms l70m¡ lB0m¡ - l9llms 200m1 I V(Lca2:l) ~› V(Lnbl:2) v V(Vn:'‹) TimeF
alcondes José Mendes de Sebras Tese ~ Capítulo 2 19As
formas deonda
das correntesque
circulam através dos enrolamentos deuma
pema
do
núcleo eda
tensão eda
correntena
rede de alimentação, estão mostradasna
Fig.2.11 e
na
Fig. 2.12.Observa-se que as correntes que circulam através dos enrolamentos secundários
têm
amesma
forma
e elesconduzem
a corrente de carga (Io/2=
25A)
durante 2/3do
períododa
rede.
A
correntedo
primário é reduzidacom
valor de pico de 10A,porém
maiordo que na
conexão
plana. _ UA I É -|§Á I U l(Lah) 40A -40A IOA1 iiiiiiii iiiiiiiJo¿_L'\__¡
i___|
\_r"¬l
Omi Ióflnu l70nu lllflml I90ms Z00m|
n I(Lab2)
Timo .
Fig. 2.11 - Correntes nos enrolamentos de
uma
pernado
núcleo (ab).400V
V
zoov I(\{ ).3 uv ... ._ -ZO0V- -400V. -I50|ns I60m| I70m| l80m| 190m: 200m1 I V(Va:+) 0 - I(Va)'3
- Time ›
Fig. 2.12 -\_Tensão e corrente na rede de alimentação.
- \
O
cálculoda
potência aparente do autotransformador, a partir dos resultadosde
simulação, utiliza os valores eficazes de tensão e de corrente
em
todos os enrolamentos.A
potência
média da
carga é calculada pelos valoresmédios
de tensão e de corrente dasduas
saídas.
`
F
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capítulo 2 20Secundários: Vef
=
80,5V
Ief=
20,4A
Carga:
V0
=
362V
IO=
2-25A
A
potência aparente do primário é calculada pela expressão (2.l1).Sp
=
3-6,1-380= 6.955VA
(2..l1)A
potência aparente dos secundários é calculada pela expressão (2.l2).S5
=
6-20,4-80.5=
9.853VA
(2.l2)A
potência aparente total é amédia
entre as potências aparentes calculadas para o primário e para os secundários,como
mostra a expressão (2.l3). -Sp
+SS
_ .S
=
-¿-
=
s.4o4vA
(2.13)A
potência ativada
carga é calculada pela expressão (2.14).. Po
=
2-25-362=18.l00W
'
(2.14)
A
relação entre as potências ativa da carga e aparentedo
autotransformador émostrada
pela expressão (2.15).A
r
S
=
46,5%
de P0 (2.15)2.4
DELTA
DIFERENCIAL DE
12PULsos
-CONEXÃO ABERTA
.2.4.1
Análise
dosenrolamentos
Na
conexão
A-diferencial aberta de 12 pulsos,também
inédita, os enrolamentos secundários são colocados nos vérticesdo
triânguloem
paralelocom
os lados adjacentes,porém, no
prolongamento' dos respectivos lados. Por isso onome
de conexão aberta. Estaconexão
está representadana
Fig. 2.13. -Nesta
conexão, as tensões de saídado
autotransformador são aumentadasem
relaçãoà
conexão
plana, e ainda, maioresdo
que a tensão de referência de fase.A
defasagem de
30° entre os sistemas continua preservada. "
,_ _
As
tensões sobre todos os enrolamentosbem como
os dois sistemas de tensõestrifásicas gerados para a
conexão
A-diferencial aberta, estão representadosno
diagrama deF
alcondes José Mendes de Seiva: Tese - Capítulo 2 21 Leal. . 'I-fbc2@V'
iiz,
° 1 C _”. t®V2
Lbc Lea b 2 Iabz lca2v
_ _ o o ~ [bel ÍzblQ
Labz - Lab . . I-fabl ICM Lhe V azFig. 2.13 -
Conexão
A-diferencial aberta de 12 pulsos.V
= .~V
5° Leal Q Lbcl R] ,-'III R2 Vbc2 I ' 0 IV
VR2 Izz Ê' ` C I-'ca ' I 5 15° . Óë
de ... ._ N VT2, f '
10°/N
\\`30°V
' ,- simfik
'''''''''''' _ 'W
k
Í
7.» ' p\
`-"~._vLam O Lab 0 . O Lam
\
¬z
`
'. .-' `\
I-bel . Leal 'tiV
\
VT, sz3
Fig. 2.14 -
Diagrama
de fases para a conexão A-diferencial aberta de 12 pulsos.O
sistema de tensões R1, Sl e T1 está adiantado de 15°em
relação ao sistemade
tensões
de
faseda
rede de alimentação, enquanto que o sistema Rz, Sz e Tz está atrasado de15°
em
relação àmesma
referência.Com
auxíliodo
triângulo destacadona
Fig. 2.14,formado
pelosmódulos
das tensõesV1, Vbcz e Vgz, obtém-se o valor de Vbcz através
da
expressão (2.16), conhecendo-seo
ângulo de 15° e o
módulo
da
tensão Vj da rede.\
sen(15°)
Vaz =V1°;;d*5<,_)=V1
'(2.16)
A
relação de espiras entre primário e secundário, é calculada pela expressão (2.17).v
Jš-v
iK
O=_'>°-=-_'=
3=1,732
VM
VlF
alcondes José Mendes de Seixas Tese - Capitulo 2 22Todos
os enrolamentos secundários Lam, Labz,LW,
Lbcz, Lc;,| eLmz
são idênticos,portanto
têm
omesmo
número
de espiras e estão submetidos aomesmo
valoreficaz
detensão. Observa-se
que
onúmero
de espiras de cada enrolamento secundário é «/5 vezesmenor
do que
onúmero
de espiras deum
enrolamento primário. Desta forma, omódulo
da
tensão sobreum
enrolamento secundário é igual aomódulo
da
tensão de faseda
rede.\
2.4.2
Resultados de simulação
A
Fig. 2.15 e a Fig. 2.16mostram
as formas deonda
das tensões nas saídas dosretiñcadores e das tensões de
umafase
de cada sistema trifásico obtido(Vm
e Vgz),com
relaçao a tensão
de
referência V1.Na
conexão
aberta, as tensões retificadas (e nos sistemasgerados) são
bem
maioresdo
que
a tensão de referência.l.lK\' l .OIOÍ 0.9K\' 0.8KV - - l90m¡ l92ms l94ms l96ms l98ms 200m: u V(D3:‹:2,D6x: I) V(lo;+,D6: I) Time
Fig. 2.15 - Tensões nas saídas dos retificadores.
800\f
2
-800V ~ -
150m: |60nu I70ms I80ms › l')0nu 200m;
~ V(Lca2:Z) › V(Lubl : I)v V(Vn:+)
Time