UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE CURSO
GESTÃO
COMI›ETIT1vAz
CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃO PARA
INSTITUIÇÕES
PRESTADORAS
DE SERVIÇOS CONTÁBEIS
SI1\/[ONE
COSTA
FLORIANÓPOLIS
-SC
zooo
CENTRO
sÓc1o-EcoNôM1co
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
coNTÁBE1s
GESTÃO
COMPETITIVA: CRITÉRIOS
DE
AVALIAÇÃO PARA
INSTITUIÇÕES
PRESTADORAS DE
SERVIÇOS CONTÁBEIS
Trabalho de Conclusão de
Curso
submetido aoDepartamento
de Ciências Contábeis,do
CentroSócio-Econômico da
Universidade Federalde
Santa Catarina, para a obtençaodo
grau de Bacharelem
Ciências Contábeis.Acadêmica:
SIMONE
COSTA
Orientador: Prof.
Nivaldo
João
dos Santos- M.Sc
- 1
FLORIANOPOLIS
-SC
2000
GESTÃO
coMI>ETITIvAz
CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃQ PARA
INSTITUIÇÕES
PRESTADQRAS DE
sERvIÇos CONTÁBEIS
Acadêmica:
SIMONE
COSTA
Esta monografia foi apresentada
como
trabalho de conclusãodo Curso
deCiências Contábeis
da
Universidade Federalde
Santa Catarina, obtendo a notamédia de
@,Q., atribuída pela banca constituída pelos professores abaixo mencionados.Florianópolis,
07
dedezembro
de 2000.Prof”.
Maria
Deniz
Hemiqu~rande
-M.Sc
Coordenadora
deMonografia
oDepartamento
de Ciências ContábeisfProfessores
que
compuseram
a banca:Prof.
Niva1~
Sc
Presidente ` kA
P
ro f .L
2 '=:'
ía Ira'\
I.I
-JÉ/
1 ' *-/
Prof. rcosLañin
-M.S
Aos meus
pais, Marcelino e Terezinha, pela educaçãoque
recebi, pelo incentivo econdições necessárias
que
me
proporcionaram para realizarmeus
estudos.Ao
meu
irmão, Renato,que
muitas vezesme
auxiliouno
desenvolvimento de tarefas, principalmentena
utilização de recursos de informáticaonde
possui mais experiência.Aos meus
familiares e amigos,com
os quais deixei de participar de muitosmomentos
especiais, pelo carinho e incentivo para concluir este curso.À
minha
prima, Geani, quecom
paciência e dedicação auxiliou-mena
digitação deste trabalho.Às
chefias as quais estive subordinada neste período, pelacompreensão
eflexibilidade nos horários, principalmente Nilson Garcia Alves, Aderbal dos Santos
Andrade
e CleusaMaria
Donzelli Poletto.Aos
amigos
conquistadosno
decorrerdo
curso, pelocompanheirismo
e amizade,principalmente aos
que
ingressaramem
96/1.Em
especial ao Prof. Nivaldo João dos Santos, pela paciência e dedicaçãona
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO
... ._ 1.1 Ç Considerações Iniciais ... .. 1 .2Tema
... __ 1.3Problema
... ._ 1.4 Objetivos ... _. 1.4.1 Objetivo geral ... _. 1.4.2 Objetivos específicos ... _. 1.5 Justificativa ... .. 1.6 Metodologia de Pesquisa ... ._ 2REVISÃO
BIBLIOGRÁFIÇA
... _. 2. 1 Contabilidade ... __ 2. 1. 1 Conceitos ... __ 2.1.2 Objetivos ... ..2.1.3 Características da informação contábil ... _.
2.1.4 Contabilidade
como
instrumento de decisão ... ._2.2 Instituições Prestadoras de Serviços Contábeis ... _.
2.2.1 Considerações gerais ... _.
2.2.2 Perfil das instituições prestadoras de serviços contábeis
em
F
lorianópolis/SC2.3 Gestão Competitiva ... _. 2.3.1 Considerações gerais ... ._ 2.3.2 Conceitos de gestão ... ._ 2.3.3 Conceitos de competitividade ... __ 2.4 Excelência Empresarial ... ._ 2.4.1 Conceitos de qualidade ... .__
2.4.2 Critérios de Excelência
do Prêmio
Nacionalda
Qualidade -PNQ
... _.3
CRITÉRIOS
DE
AVALIAÇÃO PARA
INSTITUIÇÕES
PRESTADORAS
DE
SERVIÇOS
CONTÁBEIS
... _.3.1 Considerações Gerais ... _.
3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.2.5 3.2.6 3.2.7
4
Planejamento estratégico .... ..Foco no
cliente eno mercado
Informação e análise ... .. Gestão de pessoas ... .. Gestão de processos ... .. Resultadosda
organizaçãocoNcLUsÃo
... ..BIBLIOGRAFIA
... .RESUMO
A
Contabilidade éum
dos instrumentos importantes paraque
os empresários e outros usuáriospossam
estar informados quanto a situação dos negócios etomar
decisõesmais
fundamentadas. _
A
qualidadena
prestação dos serviços contábeis é imprescindível.O
cliente é centro das atenções, deve-se visitá-lo periodicamente e precisa-se consultá-lo quanto satisfação dos serviços prestados.As
instituições prestadoras de serviços contábeisem
Florianópolis/SC,foram
pesquisadas e evidenciou-se quenão
avaliam a qualidade dos serviços prestados aos seus clientes.As
informações contidas nas demonstrações contábeispouco
auxiliamna
tomada
de decisões, não contribuindo paraque
os objetivos da Contabilidade sejam alcançados.Assim, apresentar critérios
de
avaliação para instituições prestadorasde
serviçoscontábeis, a partir
da
adaptação dos Critérios de Excelência1999 do Prêmio
Nacionalda
Qualidade -PNQ,
constitui-secomo
uma
forma
de medir o desempenho. Supõe-seque
a auto-avaliação ajudará a instituição a detectar falhas e
promover
melhorias para atingir seusobjetivos.
1.1 Considerações Iniciais
A
ciência contábil é oramo da
ciênciaque
estudao
patrimônio e suas variações, tendocomo
objetivo informar seus usuários intemos (diretores, administradores,empregados
e outros) e
extemos
(governo, acionistas, investidores, credores e outros).A
contabilidade éum
dos instrumentos importantes paraque
os empresários e outros usuáriospossam
estar informados quanto a situação dos negócios etomar
decisões mais fiindamentadas.Devido
à competição existente entre instituições e profissionais da área contábil, aatualização técnica é
uma
necessidade, pois são crescentes as inovações tecnológicas e asmudanças
culturais, requerendo a busca constantedo
conhecimento.Além
de competircom
profissionais da própria área, o contador, hoje, disputa e, muitas vezes, perde espaço para
profissionais de outras áreas,
como
administração e direito por exemplo.Atualmente,
o mercado
de trabalho procura profissionaisque
tenham
mais a oferecer para resolução de problemas.É
crescente os investimentos despendidos pelas empresasno
treinamento e aperfeiçoamento de seus empregados, melhorando,com
isso, a qualidade deseus serviços e
buscando
uma
maior clientela,que
éo
centro dos negócios.A
contabilidade éum
dos principais sistemas de controle e informação das empresas.Através
do
exame
dasDemonstrações
Financeiraspode
ser verificada a situaçãoda empresa
sob os mais variados enfoques.Sua
função está muitoalém
de atendersomente
às exigências fiscais.Para destacar-se
0
Contador precisa especializar-se, atualizar-se,buscando
capacitaçãona
área gerencial, participandodo
processo administrativo e decisório,além
deexercer suas funções tradicionais.
O
mercado
procura profissionaiscom
capacidade inovadora na gestão de negócios e informações de valor para o processo decisório.2 1.2
Tema
Para
promover
um
estudo mais aprofundado sobre estas questões, esta pesquisatem
como
tema
a gestão das instituições prestadoras de serviços contábeis.1.3
Problema
A
problemática deste estudo é a auto-avaliação,no
sentido da gestão competitiva, ~das instituiçoes prestadoras de serviços contábeis.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
`
O
objetivo geral desta pesquisa é apresentar critérios parauma
proposta de auto-avaliação de gestão competitiva para ser usado pelas instituições prestadoras de serviços
contábeis.
1.4.2 Objetivos específicos
Os
objetivos específicos,que
se pretende alcançarcom
o
presente estudo, são: 0 Conceituar gestão competitiva;0 Identificar o perfil das instituições prestadoras de serviços contábeis
em
Florianópolis/SC, a partir dos dados disponíveisem
pesquisas já realizadas; e0 Apresentar critérios de avaliação para instituições prestadoras de serviços
contábeis,
com
base nos Critérios de Excelência 1999do Prêmio
Nacionalda
Qualidade -PNQ.
1.5 Justificativa
As
instituições prestadoras de serviços contábeis estão passando por modificações, pois a concorrência estáem
buscar qualidade nos serviços contábeis.~
A
partirdo
momento
que
o contador passa a serum
parceirona
tomada
de decisoesdos negócios, os empresários despertam para a contabilidade.
Muitas empresas, para reduzir custos, estão terceirizando os serviços contábeis,
o que
exigirá maior capacitação das instituições prestadoras de serviços contábeis.
É
necessárioque
o
enfoque gerencialda
organização contábil esteja voltado para a qualidade, contandocom
a participação de todos os colaboradores,com
o
objetivo de alcançar a lucratividade atravésda
satisfação
do
cliente.Para melhorar a eficiência dos processos e a eficácia dos serviços prestados,_pode-se
aplicar o planejamento estratégico
que
envolve: estrutura organizacionalda
empresa, os procedimentos adotados, os recursos disponíveis, ações planejadas e sistemáticas aserem
implantadas para proporcionarconfiança
e satisfaçãodo
cliente.São
quesitos básicos para alcançar qualidade na prestação dos serviços: engajamentototal
da
administração, obsessão pela excelência, constância de propósitos, organizaçãoorientada para o cliente, relação de parceria
com
clientes e fomecedores, fortalecimento eenvolvimento dos colaboradores, reconhecimento, incentivo, metodologia, disciplina e
aprendizado contínuo.
É
preciso tratarbem
os colaboradores, administrar as resistências às mudanças, investirem
tecnologia e equipamentos, inspirar a equipe enão
apenas ensiná-la, definir claramente as metas e os prazos, reconhecer as metas conquistadas ecomemorar
as vitórias.Conquista-se
uma
boa
equipe de trabalho proporcionando treinamentosmotivacionais, reciclagem, acreditando na equipe e fazendo
com
queformem
um
“time”.A
instituição de contabilidadedeve
dispor de qualidade técnica, pessoal selecionado, treinado e motivado para prestar serviços excelentes e entreguesno
prazo.A
qualidadena
prestação dos serviços exige personalização e padronização das tarefas.
O
cliente é o centro das atenções, deve-se visitá-lo periodicamente e precisa-se consulta-lo quanto a satisfação dosserviços prestados.
Para atender ao cliente o profissional
de
contabilidade deve ser atencioso, ágil,flexível e superar as expectativas.
O
contador precisa definiro segmento no
qual irá atuar.A
tendência é escolher segmentosonde
setem
maior conhecimento técnico e a possibilidadede
um
número
maior de clientes.O
Código
de Ética Profissionaldo
Contabilista preconiza que o contador deverecusar
um
serviçoquando
reconhecerque
não esta capacitado parabem
desempenhar o
encargo.
4
Para avaliar a satisfação dos clientes pode-se aplicar pesquisas periódicas paraidentificar e atender plenamente suas necessidades.
Conquistar a
confiança
e a lealdadedo
cliente,não
deixandocom
que ele se sintacomo
“maisum”,
são fonnas de mantê-lo. ' 1.6 Metodologia de PesquisaA
metodologia científica orientao
trabalho acadêmico, através das técnicas emétodos
relativos à pesquisa, dando-lhe estrutura..Seu
objetivo é melhorar a qualidade dostrabalhos elaborados, através
do
despertardo
aluno,que
deve desenvolver seu senso crítico ecriativo. `
A
longo prazo, a metodologia científica proporcionauma
elevaçãodo
nívelde
aproveitamento nos estudos.Método
científico éum
conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pelaciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva
do
conhecimento, deuma
maneira sistemática.Aliado ao
emprego do
método, é necessárioque
haja inteligência e a reflexão paraque
se descubra a realidade dos fatos,ou
seja, deve haveruma
pesquisa sobreo que
detenninado assunto a ser estudado é, e não sobre aquilo
que
se pensa ser.Segundo
CERVO
eBERVIAN
(1983, p. 6), conhecer é"uma
relaçãoque
seestabelece entre
o
sujeitoque
conhece e o objeto conhecido.No
processo de conhecimentoo
sujeito cognoscente se apropn`a, de certo
modo, do
objeto conhecido."MARCON1
eLAKATOS
(1989, p. 44)entendem
que:"A
pesquisapode
serconsiderada
um
procedimento fonnalcom
método
depensamento
reflexivo que requerum
trabalho científico e se constituino caminho
para se conhecer 'a realidadeou
para descobrirverdades parciais."
Segundo
GIL
(1993, p. 19), "Pode-se definir pesquisacomo
o
procedimento racional e sistemáticoque
tem
como
objetivo proporcionar respostas aos problemasque
são propostos."p
FACHIN
(1993, p. 101)afirma
que: "Pesquisa éum
procedimento intelectual para adquirir conhecimentos, atravésda
investigaçãoda
realidade e busca de novas verdades sobreum
fato (objeto, problema).Com
baseem
métodos
adequados e técnicas apropriadas,o
Para
GIL
(1993, p. 19),"A
pesquisa é desenvolvida medianteo
concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outrosprocedimentos científicos.
Na
realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo deum
processoque
envolve inúmeras fases, desde aadequada
formulaçãodo problema
até a satisfatória apresentação dos resultados."Toda
pesquisa objetiva descobrir respostas para dúvidasou
problemas.Assim
a pesquisa responderá às necessidadesdo
problema aqui proposto.A
busca pelaconfirmação ou
de novas descobertas pormeio
da pesquisa, requer procedimentos que caracterizamo
método
científico.Assim
a elaboração deuma
monografia
se constitui
num
conjunto de elementosque
priorizam ométodo
cientifico.Segundo
SALOMON
(1977, p. 219),monografia
éo
"tratamento escritode
um
tema
específico que resulte de investigação científicacom
o escopo de apresentaruma
contribuição relevanteou
original e pessoal à ciência."De
acordocom
aUFPR
(2000, p. 2):Monografia
é a exposição exaustiva deum
problema
ou
assunto específico, investigado cientificamente.
O
trabalho depesquisa
pode
serdenominado
monografia
quando
é apresentadocomo
requisito parcial para a obtenção'do
títulode especialista,
ou pode
serdenominado
trabalho de conclusão de curso,quando
é apresentadocomo
requisito parcial para a conclusão de curso.Esta
monografia,
visando atingir os objetivos propostos, fará uso dométodo
de Pesquisa Bibliográfica, utilizandotambém
dados coletados pelaacadêmica
IdaliceMachado
da
Silva,em
seu Trabalho de Conclusão de Cursoda
UFSC
em
1999.-GIL
(1993, p. 48)afirma
que:"A
pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.Embora
em
quase todos os estudos seja exigido
algum
tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas."p
Segundo
FACHIN
(1993, p. 102),"A
pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimentoshumanos
reunidos nas obras.Tem
como
base fundamental conduziro
leitor a determinado assunto e à produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e2
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
2.1 Contabilidade2.1.1 Conceitos
Segundo
GOUVEIA
(1993, p. 1), "Contabilidade éum
sistema muitobem
idealizadoque
permite registrar as transações deuma
entidadeque possam
ser expressasem
termosmonetários, e informar os reflexos dessas transações
na
situação econômico-financeira dessaentidade
em uma
determinada data."De
acordocom
oIBRACON,
CFC
eIASC
(1994, p. 21),"A
Contabilidade é,objetivamente,
um
sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuárioscom
demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, fisica e de produtividade,
com
relação à entidade objeto de contabilização."Para
SÁ
eSÁ
(1995, p. 103);Contabilidade Gerencial
-
Ramo
da
Contabilidade que, servindo-se dos próprios instrumentos de levantamento e interpretação dos dados quantitativos da empresa,pode
informar, orientar e guiar a administração para
que
possa efetuar as altemativas de gestão e tomar as decisões demodo
mais conveniente.Os
seus objetivos são essencialmente dois:V
a) preparar e interpretar as informações destinadas à
administração
da empresa
e orientar as futuras altemativas e decisões (planificação), b) proporcionar à administraçãouma
visão exatada
gestão eum
controle assíduodo
seudesenvolvimento
com
base nas decisõestomadas
2.1.2 Objetivos
segundo
IUDÍCIBUS
(1997, p. 28);O
objetivo principalda
Contabilidade (e dos relatórios delaemanados)
éfomecer
informaçãoeconômica
relevante paraque
cada usuário possatomar
suas decisões e realizar seusjulgamentos
com
segurança. Isto exigeum
conhecimento do
modelo
decisóriodo
usuário e, defonna
mais simples, épreciso perguntar ao
mesmo
qual a informaçãoque
julga relevanteou
as metasque
deseja maximizar, afim
de delinearmos o conjunto de informações pertinentes.A
Resoluçãodo
Conselho Federal de Contabilidade -CFC
N°
774, de 16 dedezembro
de 1994 (Publicadano
DOU,
de 18/01/95),em
seu inciso 1.4 define os objetivosda
Contabilidade:
O
objetivo científicoda
Contabilidade manifesta-se na correta apresentaçãodo
Patrimônio e na apreensão e análisedas causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a
aplicação da Contabilidade a
uma
Entidade particularizada, busca prover os usuárioscom
informações sobre aspectos denatureza econômica, financeira e fisica
do
Patrimônioda
Entidade e suas mutações, oque
compreende
registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob aforma
de relatos, pareceres, tabelas, planilhas outros meios.Para o
IBRACON,
CFC
eIASC
(1994, p 22):O
objetivo principalda
Contabilidade, portanto, éo
de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliaçãoda
situação
econômica
e financeirada
entidade,num
sentido estático,bem como
fazer inferências sobre suas tendênciasfuturas.
Em
ambas
as avaliações, todavia, as demonstraçõescontábeis constituirão elemento necessário,
mas
não
suficiente.Sob
o ponto de vistado
usuário extemo, quanto mais a utilização das demonstrações contábeis se referir àexploração de tendências futuras, mais tenderá a diminuir
o
grau de segurança das estimativas envolvidas.Quanto
mais aanálise se detiver na constatação
do
passado edo
presente, mais acrescerá e avolumará a importância da demonstração contábil.8
De
acordocom IUDÍCIBUS
(1997, p. 19):...o estabelecimento dos objetivos
da
Contabilidadepode
serfeito
na
base de duas abordagens distintas:ou
consideramosque
o
objetivo da Contabilidade éfomecer
aos usuários, independentemente de sua natureza,um
conjunto básico de informações que, presumivelmente, deveria atenderigualmente
bem
a todos os tiposde
usuários,ou
aContabilidade deveria ser capaz e responsável pela apresentação de cadastros de informações totalmente
diferenciados, para cada tipo de usuário. 2.1.3 Características da informaçao contábil
De
acordocom
o
IBRACON,
CFC
eIASC
(1994, p. 21):Compreende-se
por sistemade
informaçãoum
conjunto articulado de dados, técnicas de acumulação, ajustes eeditagens de relatórios
que
permite:a) tratar as informações de natureza repetitiva
com
o
máximo
possível de relevância e omínimo
de custo;b) dar condições para, através
da
utilização de informaçõesprimárias constantes
do
arquivo básico, juntamentecom
técnicas derivadas da própria Contabilidade e/ou outras
disciplinas,
fomecer
relatórios de exceção para finalidades específicas,em
oportunidades definidasou
não.A
Resoluçãodo
Conselho Federal de ContabilidadeCFC
N°
785, de 28 de julho de 1995 (Publicadano
DOU,
de 01/08/95),em
seu inciso 1.1.2define o
conteúdo das informações contábeis:"As
informações geradas pela Contabilidadedevem
propiciar aos seus usuários base segura às suas decisões, pelacompreensão do
estadoem
que
se encontra a Entidade, seudesempenho,
sua evolução, riscos e oportunidadesque
oferece."Em
seu inciso 1.1.3 amesma
Resolução define:"A
informação contábil se expressa por diferentes meios,como
demonstrações contábeis, escrituraçãoou
registros pennanentes esistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas
ou
quaisquer outros utilizadosno
exercício profissionalou
previstosem
legislação."-A
mesma
Resoluçãoem
seu inciso 1.3.1define
os atributosda
informação contábil:"A
informação contábil deve ser,em
geral e antes de tudo, veraz e eqüitativa,de forma
a satisfazer as necessidadescomuns
aum
grandenúmero
de diferentes usuários,não podendo
privilegiar deliberadamente anenhum
deles, consideradoo
fato de que os interesses destesnem
sempre
são coincidentes."Em
seu inciso 1.3.2 amesma
Resolução define:A
informação contábil,em
especial aquela contida nas demonstrações contábeis, notadamente as previstasem
legislação, deve propiciar revelação suficiente sobre aEntidade, de
modo
a facilitar a concretização dos propósitosdo
usuário, revestindo-se de atributos entre os quais são indispensáveis os seguintes:- confiabilidade; - tempestividade; - compreensibilidade; e - comparabilidade.
A
Resoluçãodo
Conselho Federalde
ContabilidadeCFC
N°
774, de 16de
dezembro
de 1994 (Publicadano
DOU,
de 18/O1/95),no
seu inciso 1.5define
as informações geradaspela Contabilidade:
As
informações quantitativasque
a Contabilidade produz,quando
aplicada auma
Entidade,devem
possibilitar aousuário avaliar a situação e as tendências desta,
com
0
menor
grau de dificuldade possível.Devem,
pois, permitir ao usuário,como
participedo
mundo
econômico:- observar e avaliar
o
comportamento;-
comparar
seus resultadoscom
os de outros períodosou
Entidades; _
- avaliar seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos; - projetar seu futuro nos
marcos
políticos, sociais eeconômicos
em
que
se insere.2.1.4 Contabilidade
como
instrumento de decisãoSegundo
MARION
(1995, p. 29),"A
Contabilidade éo
grande instrumentoque
auxilia a administração a tomar decisões.
Na
verdade, ela coleta todos os dados econômicos,mensurando-os
monetariamente, registrando-os e sumarizando-osem
forma
de relatóriosou
de comunicados,que
contribuem sobremaneira para atomada
de decisões."_ 10
De
acordocom
CAMPIGLIA
eCAMPIGLIA
(1994, p. 397):Considerando
que
a contabilidade oficial (fiscal/societária) é rígida,não
permitindo fugir dos princípios e convenções contábeis, eque
para administrarum
negócioou empresa
são necessárias informações consonantescom
as necessidades dequem
vaitomar
decisões gerenciais, diferentes de negócio para negócio, deempresa
para empresa, deuma
época
para outra, então é necessário criaruma
sistemática de tratamentodas informações e
um
conjunto de relatórios que facilitam agestão dos negócios: são os
RELATÓRIOS
GERENCIAS.
A
qualidadeda
informação irá determinar a qualidadeda
decisão a ser tomada.Existem
certos parâmetros,no
caso específico das informações de caráter gerencial,que
tomam
essas informações qualitativas.Para
GOUVEIA
(1993, p. 3),"Os
relatórios econômico-financeiros representamum
instrumento básico para
que
os financiadoresdecidam
sobre a conveniênciaou não de
conceder empréstimos, vistoque
sua análise éuma
ótima fonte de informações sobre a capacidade dacompanhia
em
liquidar dívidas."Segundo
MARION
'(1995, p. 30),"A
função básicado
Contador é produzirinformações úteis aos usuários
da
Contabilidade para atomada
de decisões. Ressalte-se, entretanto, que,em
nosso país,em
alguns segmentos da nossa economia, principalmentena
pequena
empresa, a funçãodo
contador foi distorcida (infelizmente), estando voltadaexclusivamente para satisfazer às exigências
do
fisco."A
informação de caráter gerencial deve ser:0 confiável: os dados utilizados
devem
ser aceitos por todos dentroda
organização;0 fornecida
em
tempo
hábil: a informação gerencial só se justifica se permitiruma
tomada
de decisão, e isso só é viável dentro de prazos aceitáveis;0 relevante: fatos e detalhes irrelevantes
podem
ser suprimidosquando o
usoda
informaçãonão
depende deles; e0 comparável: -possibilitar a
comparação
de resultados reaiscom
previstos,ou
ainda, resultados deum
períodocom
outros,tomando
mais seguras as decisões.2.2 Instituições Prestadoras de Serviços Contábeis
2.2.1 Considerações gerais
As
organizações,em
geral, precisamde
uma
boa
assessoria contábil. Para tanto, as instituições prestadoras de serviços contábeis precisam estar atualizadas quanto a legislação,dando
total segurança nas informações prestadas aos clientes, dando-lhes oportunidade para ampliar seus negócios.A
Resoluçãodo Concelho
Federal de ContabilidadeCFC
N°
496, de O5 de outubro de 1979,em
seu Capítulo I dispõe sobreo
exercícioda
profissão eda
exploração de atividadecontábil.
O
artigo primeiro define:Somente
poderá exercer a profissãoou
explorar, sob qualquerforma, serviço
ou
atividade técnico-contábil: I-
O
contabilista registrado;II-
A
organização contábil, assim considerando:a)
o
Escritório individualde
Contabilidade;b) a sociedade destinada à prestação de serviços profissionais integrada:
1) exclusivamente por contabilistas registrados;
2)
também
por outros profissionais considerados afins peloCFC,
desde que,em
se tratando de profissão regulamentada,estejam registrados nos respectivos órgãos de fiscalização.
O
parágrafo primeirodo
inciso II dispõe: "Pelomenos
um
Contador
deverá ser sócio,na
posição de responsável técnico, quando,no
objeto da sociedade, figurar a prestação deserviço
que
lhe é privativo." AO
parágrafo segundodo
inciso II dispõe:"Na
sociedade previstano
inciso II, letra 'b',n° 1, todos os sócios terão responsabilidade técnica, independente de qualquer previsão
em
dispositivo contratual."O
parágrafo terceirodo
inciso II dispõe:A
sociedade mista deque
se tratao
n° 2,da
alínea 'b',do
inciso II:
I-
somente será admitida a registro seno
respectivo contratosocial constar a discriminação das atribuições técnicas de cada
um
dos sócios;12
II
-
somente poderá ter por objeto principal a atividadecontábil
ou
adotarfirma,
razão socialou denominação que
evidencie essa circunstância
quando
o(s) sócio(s) contabilista(s) for(em) detentor(es)da
maioriado
capitalsocial.
O
parágrafo quartodo
inciso II dispõe:"A
pessoa jurídica poderá participar dassociedades referidas nos n°s 1 e 2, da alínea 'b',
do
inciso II, desdeque
constituídacom
observância das condições nas
mesmas
estabelecidas."O
parágrafo quintodo
inciso II dispõe:"A
sociedade prevista na alínea 'b',do
incisoII, que incluir atividade privativa de Contador,
em
seu objetoou
em
sua firma, razão socialou
denominação, nesta só poderá mencionar,nome
de sócio dessa categoria profissional."O
parágrafo sextodo
inciso II dispõe: "Considera-se organização contábil, sob aforma
de Escritório Individualde
Contabilidade, todoo
Contabilistaque
tenha instalado escritório para aquele efeito, independentemente de local edo
número
de
empresasou
serviços sob sua responsabilidade técnica."
2.2.2 Perfil das instituições prestadoras de serviços contábeis
em
Florianópolis/SCA
partir da pesquisa realizada pela acadêmicapldaliceMachado
da Silvaem
1999,será traçado
o
perfil das instituições prestadoras de serviços contábeisem
Florianópolis/SC.0 Coleta de dados
Segundo
SILVA
(1999), a coleta de dados foi obtida mediante a aplicação dequestionários de pesquisas.
As
instituiçõesforam
selecionadas aleatoriamenteconforme
uma
relação fornecida pelo
Concelho
Regional de Contabilidade/ SC.Pretendia-se aplicar 50 (cinqüenta) questionários aos profissionais de contabilidade e
100 (cem) questionários aos respectivos clientes.
Face
ao reduzidonúmero
de endereços fomecidos pelas instituições contábeis,tomou-se
impossível aplicar a quantidade desejada.Após
a distribuição dos questionáriosforam
obtidosum
total de 33 (trinta e três) questionários respondidos por profissionaisde
contabilidade eum
total de 21 (vinte eum)
questionários respondidos por clientes destas instituições.0 Questionário aplicado
De
acordocom
SILVA
(1999), o questionário foi elaboradocom
a intenção de obter"informações sobre a geração das informações contábeis, sobre a possibilidade de utilização
~
dessas informaçoes na
tomada
de decisões e sobre as práticasem
prol da melhoriada
qualidade dos serviços prestados."
Os
questionários aplicadosforam
divididosem
blocos de perguntasconfonne
segue: 0 Informações sociaisOs
resultados obtidos indicaramque
a maioria dos responsáveis pelas instituiçõesprestadoras de serviços contábeis
tem
entre30
e50
anos.Dos
profissionais de contabilidade pesquisados29
sãodo
sexo masculino.Dentre os pesquisados 19
eram
técnicosem
contabilidade e 14 contadores.Em
relação à satisfação dos profissionais de contabilidadecom
sua profissão,82%
dos entrevistados responderam
que
se sentem satisfeitos e6%
estão insatisfeitos.A
maioria dos clientes entrevistadostem
de30
a40
anos, e sãodo
sexo masculino.Quanto
ao nível de escolaridade, 10possuem
o 2° grau completo e 11possuem o
3° grau completoou
incompleto.H
Dentre os empresários pesquisados, 8
possuem
micro empresas, 3 empresas depequeno
porte e 10 empresas demédio
porte queatuam
no
ramo
de comércio e prestação de serviço.0 Informações sobre
desempenho
Segundo
SILVA
(1999),como
objetivos da contabilidade a grande maioria dosprofissionais mencionaram: "prestar informação aos clientes; espelhar a realidade
da
empresa;fomecer
instrumentos de controle gerencial; demonstrar a situação patrimonial da empresa."Um
escritório fez `a seguinte observação: 'com as grandes dificuldadesque
0
comércio passa 0 empresário só deseja cumprir as tarefas mínimas,como
IR,ICMS
ePrevidência'.
A
maioria dos profissionais classificou o relacionamentocom
os clientescomo
bom,
14
Poucos
relatórios são emitidos parafins
detomada
de decisão e os profissionaisnormalmente confiindem
guias de recolhimento de tributos e cadastroscom
os relatórios contábeis.Em
relação a freqüênciacom
que
são emitidos os relatórios poruma
mesma
instituição, percebe-se
que
nãohá
um
tratamento igual a todos os clientes. Para ospequenos
clientes emite-se relatórios
com
menos
freqüência.u
Dos
profissionais entrevistados,61%
aconselham seus clientes atomarem
decisõescom
base nos relatórios emitidos e30%
não
o fazem.Os
profissionaistem
consciênciade que
os relatórios emitidos nãoespelham
arealidade das empresas, face a omissão
de
informações haja vista a preocupaçãosomente
com
o
fisco. Desta forma, as informações contábeisnão
têm
muita utilidade para fins detomada
de decisão, pois são incompletas. -_.
De
acordocom
SILVA
(1999), "Sobre os tipos de decisões eem
qual áreapodem
sertomadas
decisões,foram
citados: investimentos, propaganda, controle de contas e despesas, controlede
custos, controle defluxos
de caixa, controle de cobrança/recebimentos, preçode
venda
ponto de equilíbrio, área de vendas, controle de entradas e saídas de mercadorias,análise de crédito,
mutações
patrimoniais, etc.0 Práticas
em
prol damedição
eda
melhoriada
qualidadeQuanto
à participação dos profissionaisem
cursos de atualização, a pesquisa revelou resultados positivos, pois91%
dos entrevistados participam de cursos.A
maioria dos contadores faz visitas periódicas aos seus clientes, cerca de91%,
não
ficando
especificado se isso acontececom
todos os clientes.Apenas
30%
dos entrevistadosfazem
pesquisa sobre a satisfação dos seus clientes.Segundo
SILVA
( 1999),A
maioria dos profissionais(58%) tem
oferecidonovos
produtos aos seus clientescomo
informatização, consultoria,advocacia, automação, auditoria, projeções de contrato de
financiamentos
e investimentos, atualizaçãoem
legislação, planejamento tributário, treinamento de pessoalna
áreaadministrativa, relatórios gerenciais, artes gráficas, assistência total
na
abertura da empresa, consultoriaem
RecursosHumanos,
revisão de processos de parcelamento,Segundo
José Carlos Marion,"Não
basta terum
diploma.É
preciso conhecer informática,dominar
outra língua, ser criativo, saber trabalharem
equipe, ter equilíbrio emocional, aprender a liderar, motivar, navegarna
Intemet, terboa
comunicação, pensarem
pós-graduação, ler muito..."(RBC
-
Revista Brasileira de Contabilidade, 1999, p. 97)0 Percepção e necessidade
da
ContabilidadeSILVA
(1999) constatou que:A
maioria dos empresários entrevistados 'vêem
a contabilidadecomo
prestadora de informações para auxiliar atomada
de decisões.Porém
há alguns quepensam
que o
objetivo
da
Contabilidade é manter a empresaem
diacom
os~
órgaos fiscais,
manter
aempresa
organizada, dar informaçõessobre lucros
ou
prejuízos e atender as exigênciasda
legislação fiscal, calcular guias, fazer folha de
pagamento,
controlar as entradas e saídas de valores da empresa, ver qual a melhor
forma
de se pagar impo_stos,...Para alguns desses empresários o objetivo da contabilidade é apurar os impostos e deixar a
empresa
em
diacom
o
govemo
ecom
os órgãosda
qual se enquadram.0
Medição
de satisfaçãoDos
empresários entrevistados,62%
não
recebem
visitas periódicasdo
seuprofissional de contabilidade.
Somente
20%
dos entrevistadosrecebem
seus relatórios contábeis fora dos prazos.Em
relação à satisfaçãocom
os relatórios contábeisque
recebem,87%
dos empresários estão satisfeitos e apenas13%
insatisfeitos.A
respeitoda
consulta sobre a satisfação dos clientes,86%
dos empresários responderamque
os escritórios nãofazem
pesquisas.Os mesmos
empresários responderamque não
recebem
oferta denovos
produtos das16 ~
0 Consideraçoes finais
De
acordocom
SILVA
(1999), a grande maioria dos contabilistas e empresários pesquisadosconhecem
os objetivos da contabilidade.Porém,
a maioria dos empresáriosparecem
desconhecer a utilidade dos relatórioscomo
instrumentos de apoio para a tcíiada de decisões.Os
contadores revelaramque
a emissão e a freqüência dos relatórios contábeisdependem
do
porteda
empresa.As
decisõestomadas
pelos empresários a partirdos relatórios são no sentido depagarem
menos
impostos.Desse
modo
a contabilidade efetivada para as micro, pequenas emédias
empresas nãotem
razão de existir anão
ser para atender às exigências legais.A
pesquisa revelouque
a maioria dos profissionais de contabilidade não avaliam aqualidade de seus serviços prestados.
'De acordo
com
os resultados obtidos na pesquisa os serviços contábeis prestados àsmicro, pequenas e médias empresas, estão distantes das práticas
em
prol da qualidade.As
informações contidas nas demonstrações contábeispouco
auxiliamna
tomada
de decisão edessa
forma não
contribuem para Contabilidade atingir seus objetivos.2.3 Gestão Competitiva
2.3.1 Considerações gerais
~
Num
mundo
em
que
amudança
é a única certeza, as organizaçõesnao
podem
estagnar. Elas precisam estar
sempre
na vanguarda, gerando idéias originaisque
se incorporem continuamente à sua gestão e aos seus processos e produtos.A
capacidade de resposta rápida e flexívelno
atendimento aos clientes constitui hojeum
requisito crucial na gestão das organizações.Todos
osmembros
da
alta direção precisamtomar
partena
criação de estratégias,sistemas e
métodos
para alcançar a excelência e desenvolver a capacitaçãoda
organização.Essas estratégias e valores
devem
orientar todas as atividades e decisõesda
organização.Para garantir sua continuidade, a instituição deverá cumprir sua missão.
Todos
os integrantesda
empresa precisam estar envolvidos,com
os objetivos e metas estabelecidos,A
busca da liderança demercado
requeruma
forte orientação voltada para o futuro e a disposição de assumircompromissos
de longo prazocom
todas as partes interessadas:clientes, força de trabalho, acionistas, fornecedores,
comunidade
e a sociedade.2.3.2 Conceitos de gestão
De
acordocom
PEREZ
JUNIOR,
PESTANA
eFRANCO
(1997, p. 12),“O Termo
gestão deriva
do
latim gestione e significa gerir, gerência, administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo.”Segundo
CAMPIGLIA
eCAMPIGLIA
(1994, p. ll):O
Controleda
Gestão
deve ser entendidocomo
o
conjunto de informações e de ações cujo objetivo é mantero
curso das operações dentro deum
rumo
desejado.Os
desviosde
rumo,
quando
ocorrem, precisam ser: - rapidamente detectados;- medidos;
° investigados para a identificação de suas causas; e
° corrigidos, através de ações eficazes.
Os
modelos
de gestão representam princípios. básicos das instituições eservem
para orientar os administradores nos processosde
planejamento,tomada de
decisões e controle.As
instituições nãotem
como
finalidadesomente maximizar
seus resultados,mas
diversas finalidades,
como:
melhoria da produtividade, satisfação de seus clientes, responsabilidade pública, desenvolvimento de recursoshumanos
etc.Para
CROSBY
(1984, p. 38),"GERÊNCIA
é a função responsável pelo estabelecimento da finalidade deuma
operação, pela determinação de objetivos mensuráveis e pelaadoção
dasmedidas
necessárias à realização de tais objetivos.Embora
a gerência estejanormalmente
ligada 'às empresasou
organizações licenciadas,também
operaem
outroscampos."
Segundo
CHIAVENATO
(1982, p. 204):O
planejamento estratégico éum
conjunto detomada
deliberativa e sistemática de decisões
envolvendo
empreendimentos que
afetamou
deveriam afetar toda aempresa
por longos periodos de tempo.É
um
planejamentoque
envolve prazos mais longos de tempo, é mais abrangente e é desenvolvido nos níveis hierárquicos mais elevadosda
18
empresa, isto é,
no
nível institucional.É
um
processocontínuo de
tomada
de decisões estratégicas.Não
se preocupaem
antecipar decisões a seremtomadas no
futuro,
mas
sim de considerar as implicações futuras dedecisões que
devem
sertomadas no
presente.O
planejamento dependeda
cultura predominante na organização e principalmentedo
nivelde
percepçãode
futuro dos gestores das organizações.É
do choque
de idéias decomo
se constrói o futuro que
pode
brotar estratégias importantes.2.3`.3 Conceitos de competitividade
PEREZ
JUNIOR,
PESTANA
eFRANCO
(1997, p. 11)afirmam
que:"A
atual competitividade dos negócios e as constantesmudanças
nos diversosambientes das empresas
exigem
amaximização do desempenho
edo
controle empresarial.Neste sentido, a Controladoria exerce papel preponderante na empresa, apoiando os gestores
no
planejamento e controle de gestão, através damanutenção
deum
sistema de informações que pennita integrar as várias funções -e especialidades."Utilizar ferramentas
como:
autoconscientização, autopercepção, auto-aceitação, percepção apurada e habilidade de resolver problemas,tomam-se
diferenciais competitivos estratégicos eformam
as bases das disciplinas das instituições. Estar atento ao crescimentopessoal e a superação das adversidades de interação são imposições para a construção de
um
perfil profissional dentro dessas novas competências.
Para
CAMPOS
(1992, p. 8), "Esta necessidade de conhecimento irá inevitavelmenteconduzir as empresas a
uma
elevaçãodo
nível de qualificaçãoda
mão-de-obracomo
meio de
aumentar a sua competitividade."Segundo
PORTER
(1991, p. 63), "Antes de discutircomponente
da análiseda
concorrência, é importante definir quais concorrentes deverão ser examinados.
Todos
osconcorrentes importantes já existentes
devem
ser analisados. Entretanto,pode
sertambém
importante analisar os concorrentes potenciais
que
podem
entrarem
cena."As
fonnas arcaicas de gestão,com
o
adventoda
informática e tecnologia decomunicação
gerandoo
processo de globalização, foram liquidadas.As
mudanças
atualmentesao mais rápidas, intensas e
pouco
previsíveis.As
transaçoes comerciaisganharam
amplitude global, ocasionandoum
aumento
da competição entre as empresas.Segundo
PORTER
(1991, p. 299),"A
expansão da capacidade éuma
das decisõesestratégicas mais significativas enfrentadas pelas empresas, quer seja
medida
em
termos de montante de capital envolvidoou
em
tennos da complexidadedo problema
detomada
de decisão. (...)Dois
tipos de expectativas são cruciais: aquelas sobre ademanda
filtura e assobre
o comportamento
da concorrência.""Ser competitivo é ter a maior produtividade entre todos os seus concorrentes..."
(CAMPOS,
1992, p. 2)2.4 Excelência Empresarial
2.4.1 Conceitos de qualidade _
Para a
empresa
atingiro
seu objetivoque
é a satisfaçãodo
cliente, ela devemedir
osresultados para verificar se os objetivos
foram
alcançados.Deve
medir a qualidadedo
produtoou
serviço, onúmero
de reclamações dos clientes, o custodo
produtoou
serviço, entre outros.A
qualidade é inerenteao
produto,mas
julgada pelo cliente. Assim, a qualidadedeve
levar
em
conta todas as características básicas e relevantes dos produtosque
adicionam valor para o cliente, intensificam sua satisfação edeterminam
sua preferência.GARVIN
(1992) prefere,em
vez deum
conceito, adotar diversas dimensõesda
qualidade. Identificou, então, oito categorias:
Desempenho,
Características, Confiabilidade, Conformidade, Durabilidade, Atendimento, Estética e Qualidade Percebida.Afirma que
cada categoria é estanque e distinta, poisum
produtoou sewiço pode
serbem
cotadoem
uma
dimensão,mas
não
em
outra, estandoem
muitos casos inter-relacionadas. Frisatambém
que,como
conceito, a qualidade existe há tempos, porém, apenas recentemente passou a ser utilizadacomo
uma
forma
de gestão. zPara
CAMPOS
(1992, p. 2),"O
verdadeiro critérioda boa
qualidade é a preferênciado
consumidor.É
istoque
garantirá a sobrevivência de sua empresa: a preferênciado
consumidor
pelo seu produtoem
relação ao seu concorrente, hoje eno
futuro."Já.
MOLLER
(1992), concebe a qualidade pormeio
de dois fatores: a Qualidade Técnica e a QualidadeHumana.
Entende por qualidade técnica 'lucros', pois esta visa a satisfazer as exigências e expectativas concretas,como
tempo, qualidade, finanças, taxa de defeitos,fimção,
durabilidade, segurança e garantia, por exemplo.A
qualidadehumana
está20
comprometimento,
consistência, comportamento, credibilidade, atitudes, atenção. Ressaltaque
os dois conceitos são complementares.Segundo
FEIGENBAUM
(1994), qualidade é determinaçãodo
cliente, enão
adeterminação
da
engenharianem
de
marketing enem
da
alta administração.A
qualidadedeve
estar baseada
na
experiênciado
clientecom
o
produto eo
serviço,medidos
pormeio
dasnecessidades percebidas
que
representemuma
meta
num
mercado
competitivo. Qualidadede
~
produto e serviços
pode
ser definida, entao,como
acombinação
de características de produtos e serviços referentes a marketing, engenharia, produção e manutenção, mediante as quais~
produtos e» serviços
em
uso corresponderao à expectativado
cliente.De
acordocom
CAMPOS
(1992, p. 2), "...um produtoou
serviço de qualidade éaquele
que
atende perfeitamente, deforma
confiável, deforma
acessível, deforma
segura eno
tempo
certo às necessidadesdo
cliente."Qualidade centrada
no
cliente _é, pois,um
conceito estratégico, voltado para a~
retençao de clientes e a conquista de novas fatias
do
mercado,demandando
sensibilidadeconstante
em
relação às novas exigências dos clientes edo
mercado, e a identificaçãode
fatores
que
promovam
a satisfação e a retenção dos clientes. Exige,também,
resposta rápida e flexível aos requisitos dos clientes edo
mercado, sensibilidade quanto ao desenvolvimentoda
tecnologia e às ofertas dos concorrentes.
Do
aoordooom
SÁ
osÁ
(1995, p. 372);QUALIDADE
DEMONSTRATIVA
-
Capacidadeque
deve ter a demonstração contábil de evidenciar todos os fatos
importantes ocorridos, estribada
em
segurançaou
confiabilidadedo
informe.Atribui-se
como
'qualidade' oque
se demonstracom
sinceridade, abrangendo todas as ocorrênciasda
vida patrimonial,mesmo
asque
poderão vir a ocorrer (potências),mas
que
tendem
a influir significativamente (aindaque não
consumadas). Tal qualidadetambém
tem
sido referidacomo
de 'Materialidadedo
informe',ou
seja,o
'relevante' e 'confiável'.A
qualidade, complementarmente, exige a clareza, por esta entendendo-se aforma
expositivaque
enseja entendimentofácil.
Demonstrações
excessivamente prolixas,embora
oferecendo muitos dados,podem,
sob certas circunstâncias, prejudicar a qualidade.Para
CROSBY
(1984, p. 40), "...a gerência da qualidadetomou-se
importantedemais
para ser deixada ao acaso. Nesta época de pesada carga tributária, de
métodos
misteriososde
contabilidade,
de
inflação desenfreada e de política instável, é possívelque
a qualidade seja a nossa última chance de tornar controláveis os lucros."No
passado,o
homem
estavaem
primeiro lugar,no
futuro,o
sistema terá a primazia. Isso, entretanto,não
significa, que oshomens
competentesnão
sejam necessários. Pelo contrário,o
maior objetivoduma
boa
organização é o aperfeiçoamento de seushomens
de
primeira ordem. 1
`
2.4.2 Critérios de Excelência
do Prêmio
Nacionalda
Qualidade -PNQ
O
primeiro processo de premiaçãodo Prêmio
Nacionalda
Qualidade -PNQ
realizou- seem
1992,onde
adotou-se integralmente os critériosdo Prêmio
Malcolm
Baldrige oriundo dos Estados Unidos.A
aproximação de outras administradoras internacionaisde
prêmios, possibilitou amelhoria dos critérios
do
PNQ.
Em
1997, aFundação
para oPrêmio
Nacional da Qualidade foi convidada a participar, deforma
inédita,da
reunião anual de melhoriado Prêmio
Malcolm
Baldrige.Com
base nas melhorias implementadas aoPrêmio
americano, foram introduzidasum
conjunto de alterações aos critérios de 1998.A
missãoda Fundação
para oPrêmio
Nacionalda
Qualidade é:"Promover
a conscientização para a qualidade e produtividade das empresasprodutoras de bens e serviços e facilitar a transmissão de informações e conceitos relativos às práticas e técnicas modernas, e bem-sucedidas,
da
gestão da qualidade, inclusivecom
relação aosÓrgãos da
Administração Pública, atravésdo Prêmio
Nacional da Qualidade."PREMIADAS
De
1992
a 2000, foi entregue o troféudo
PNQ
às seguintes organizações:1992
IBM
Unidade
de
Sumaré
1993
Xerox
do
Brasilna categoria "Manuƒaturas"
1994
Citibank Global
Consumer
Bank
na categoria "Prestadoras de Serviços"1995
SERASA
Centralizaçãode
Serviços dosBancos
na categoria "Prestadoras de Servz`ços"
1996 A
'
Alcoa
Unidade
Poços de Caldas
na
categoria "Manufaturas"1997
Citibank
Corporate
Banking
na categoria "Prestadoras de Serviços"
Copesul
Companhia
Petroquímica
do
Sulna
categon`a "Manuƒaturas"Weg
Motores
Ltda.na
categoria "Manufaturas"1998
Siemens
DivisãoTelecomunicações
na categoria "Manufaturas"1999
Caterpillar Brasil Ltda. na categoria "Manufaturas"
Cetrel S.A. -
Empresa
de
ProteçãoAmbiental
2000
SERASA
Centralizaçãode
Serviços dosBancos
na categoria
"Grandes Empresas"
Os
critérios de excelênciado Prêmio
Nacionalda
Qualidadetêm
por objetivospromover
e disseminaro amplo
entendimento dos requisitos necessários à alcançar aexcelência
no
desempenho
e consequentemente auxiliar a melhoria das práticas de gestão,do
desempenho
eda
capacitação das organizações, facilitar acomunicação
eo comportamento
das melhores práticas entre todos os tipos de organizações, servir
como
modelo
de referência~ ~
para melhorar
o
entendimento e a aplicaçao das práticas de gestao.Os
critériosforam
construídos a partir deum
conjunto de valores e conceitos. Essesvalores e conceitos são os fundamentos para a integração dos requisitos principais
da
organização dentro de
uma
estrutura de gestão orientada para resultados.Os
critériosdo
PNQ
são:u
0
Liderança
_"...examina
o
envolvimento pessoal e a liderança da alta direçãono
desenvolvimento e namanutenção
deum
sistema de liderançaque
promova
a excelênciado desempenho,
integrando os valores da organização
com
as necessidades dos clientes,do mercado
ede
outras partes interessadas.
É
também
examinado
como
os aspectos de responsabilidade pública e de cidadania são abordados pela organização."0
Planejamento
estratégico -,, . . _ , .
...examina
como
aorgamzaçao define
suas estrategias e as desdobraem
planosde
ação que aconduzam
aum
sistemaeficaz
de gestãodo desempenho,
enfatizando os planosrelativos à gestão das pessoas."
0
Foco no
cliente eno
mercado
"...examina
como
a organização identifica, entende e se antecipa às necessidades dos clientes e dos mercados.Também
sãoexaminados
as fonnascomo
a organização estreita seu24
0
Informação
e análise"...examina a gestão e a eficácia
da
utilização das informaçõesda
organização e das informações comparativas, para apoiar os principais processos e a gestãodo desempenho
daorganização."
0
Gestão de
pessoas"...examina
como
as pessoas engajadas na força de trabalho são capacitadas para desenvolver e utilizar seu pleno potencial,em
alinhamentocom
as estratégias da organização.São
também
examinados
os esforços para criar e manterum
ambiente queconduza
à excelênciado desempenho,
à plena participação e ao crescimento pessoal eda
organização."0
Gestão de
processos,, . . . . , . . .
« ...examina os pnncipais aspectos dessa gestao, incluindo
o
projetodo
produtocom
focono
cliente, a produção, os processos de apoio e relativos aos fornecedores e parceiros.A
gestão de processos deve ocorrer
em
todos os setores e unidades.Examina
como
os principais processos são projetados, gerenciadoseficazmente
e aperfeiçoados para obtermelhor
desempenho
e melhor atender às necessidades dos clientes."0 Resultados
da
organização"...examina o
desempenho
e a melhoriaem
áreas críticas para a organização, taiscomo:
satisfação dos clientes edo
mercado, finanças, pessoas, fornecedores e parceiros, produtos e processos organizacionais.São
também
examinados
os níveis dedesempenho
em
relação aos concorrentes, aos referenciais de excelência e/ou a outros referenciais
3
CRITÉRIOS
DE
AVALIAÇÃO PARA
INSTITUIÇÕES
PRESTADORAS DE
sERv1Ços
coNTÁBEIs
3.1 Considerações Gerais
Os
profissionais da contabilidade necessitam conscientizar-seda
importânciaem
auto-avaliar a qualidade na prestação de seus serviços.Vive-se
uma
fase de transiçãoonde o
planejamento estratégico, as tecnologias de informação, a gestãoda
qualidadee
os indicadoresde
desempenho
são fatores fundamentais na busca de competitividade e excelência empresarial.Numa
economia
globalizada, a Contabilidade deve estar preparada para auxiliar a alta administração 'da empresa natomada
de decisões.Para exercer essa atividade, o profissional contábil deve atualizar-se constantemente
em
novos
sistemas de gestão.Os
clientes estão a procura deum
fator diferencial e as instituições precisam estarpreparadas para este
novo
mercado.É
fundamentalque
as instituições prestadoras de serviços contábeistenham
uma
forma
de avaliar o quanto estão preparadas para responder a esses desafios.Supõe-se
que
a auto-avaliação ajudará a instituição a medir seudesempenho,
uma
vezque
os principais processos e resultados relacionados às partes interessadas (clientes,empregados, fomecedores e a sociedade) são examinados.
3.2 Critérios de Avaliação
Os
critérios de avaliação para instituições prestadoras de serviços contábeisforam
elaborados a partir da adaptação dos Critérios de Excelência 1999, criados