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Estágio e Pesquisa: caminhos para a formação inicial do professor pesquisador

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Academic year: 2021

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Estágio e Pesquisa: caminhos para a

formação inicial do professor pesquisador

Maria Candida Muller

Doutora em Educação - Faculdade de Educação da UNICAMP Professora da Faculdade Comunitária de Campinas - Unidade 3

Professora do Centro Universitário Salesiano de São Paulo - Unidade Americana e-mail: mcmuller1958@yahoo.com.br

Resumo

Este estudo discute a articulação entre teoria e prática na formação inicial de professores da Educação Básica, em especial na formação de professores para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Para isso, se adotou como referencial teórico autores que defendem o estágio supervisionado e a pesquisa como eixo curricular para os cursos de formação de professores e como referencial empírico a experiência de estágio realizado por alunos do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo -Unidade de Americana junto ao Parque Ecológico Municipal de Americana (SP). Ao longo da pesquisa de campo se desenvolveu uma proposta alternativa para realização do estágio supervisionado tendo como objetivo a utilização da pesquisa realizada pelos alunos como estratégia de reflexão sobre a prática observada. O estudo de caso foi o delineamento de pesquisa adotado, já que esta perspectiva possibilita entre outras, a descoberta e a representação da realidade, permitindo a compreensão de uma instância singular, tratando esta experiência como algo único. Os resultados obtidos demonstram que o estágio supervisionado visto como geração de conhecimentos teóricos que permitiriam a mudança da prática observada é uma possibilidade para os cursos de formação inicial de professores. A análise dos dados coletados permite que se discuta de forma mais efetiva como a inserção da pesquisa na formação do professor de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental pode ocorrer nos diversos momentos do curso de graduação, na perspectiva de superação da dicotomia teoria e prática.

Palavras-chave: estágio, pesquisa, formação de professores.

Abstract

The main proposal of the present research was to study the relation between theory and practical in the initial formation of teachers of basic education. This study adopted as theoretical referential authors who argues that the supervised period of training and the research are the main curricular axle for the courses of formation of teachers. The research was developed with undergraduates of Education Course and it was developed in 2005 and 2006; the case study was adopted for delineation of research. The results demonstrate that the supervised period of training could be seen as a period of generation of theoretical knowledge. The analysis of the collected data demonstrates that the insertion of educational research in the formation of teachers of basic education can occur at the diverse moments of the course.

Key-words: Qualification of school teachers, educational research, period of training.

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Introdução

Os cursos de Pedagogia têm no Estágio

Supervisionado a componente curricular que propiciará

de forma mais direta a articulação entre teoria e prática durante a formação inicial dos futuros professores. No entanto, como afirma Pimenta e Lima (2004), “o estágio sempre foi identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais, em contraposição à teoria”. Além disso, os currículos de formação apresentam de forma desvinculada a teoria, ou ainda, como são denominados por estas autoras, os saberes disciplinares, do campo de atuação profissional dos futuros formandos (Pimenta e Lima, 2004, p. 33).

Esta realidade apontada acima, no entanto, tem sido questionada por alguns cursos de formação inicial de professores e alternativas são apresentadas para tornar o estágio curricular um espaço para articulação entre teoria e prática, desenvolvendo-o como pesquisa e com pesquisa nas diferentes áreas de conhecimento que abrangem a educação.

No desenvolvimento deste estudo, inicialmente são apresentados teóricos que defendem a perspectiva da utilização do estágio e da pesquisa como eixo do currículo nos cursos de formação de professores. Diversas idéias sobre o estágio concebido como espaço de produção teórica e de reflexão sobre a prática na perspectiva de pesquisa são discutidas.

Na perspectiva de uma pesquisa qualitativa e considerando-se que a análise do processo de pesquisa e desenvolvimento das atividades de estágio com um grupo de alunos é uma experiência única, o estudo de

caso foi a abordagem de pesquisa utilizada para o

desenvolvimento deste trabalho.

A pesquisa de campo foi desenvolvida no período de 2004 a 2006 junto aos alunos do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo que participaram da atividade de Estágio Supervisionado no Parque Ecológico Municipal de Americana.

Os dados foram coletados utilizando-se os seguintes instrumentos: atividades desenvolvidas pelos estagiários a partir de suas observações de campo, relatório das atividades desenvolvidas elaborado pelo supervisor de estágio, avaliações dos alunos sobre o desenvolvimento das atividades e anotações realizadas pelo supervisor durante as reuniões de planejamento e avaliação.

A análise dos dados coletados foi realizada posteriormente tendo como fundamentação teórica principal as idéias desenvolvidas por Pimenta e Lima (2004) sobre as diferentes concepções de estágio, além

dos trabalhos de André (2001) sobre a utilização da pesquisa nos cursos de formação de professores.

Este artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 apresenta autores que discutem a formação inicial de professores para a educação básica e que defendem a idéia do estágio como espaço de reflexão sobre a práxis pedagógica, além de apresentar a perspectiva da pesquisa como um dos eixos de desenvolvimento das disciplinas dos cursos de formação de professores.

A seção 3 apresenta a proposta de estágio desenvolvida segundo a perspectiva de estágio como pesquisa na área de educação, assim como os principais resultados obtidos por esta experiência. A título de considerações finais, aspectos relevantes relacionados à formação inicial do professor de educação básica e aos resultados obtidos na experiência relatada são novamente destacados.

Formação de professores, Estágio e Pesquisa

Os estudos sobre a formação de professores estão centrados hoje em dia, segundo Marcelo (1998), no amplo descritor “aprender a ensinar”. Segundo este autor, a pesquisa segundo este foco está “enraizada no que se denominou o paradigma do pensamento do

professor, a pesquisa sobre aprender a ensinar evoluiu

na direção da indagação sobre os processos pelos quais os professores geram conhecimentos, além de sobre quais tipos de conhecimentos adquirem” (MARCELO, 1998, p. 51).

A partir de pesquisas a respeito do conhecimento didático de conteúdo dos professores, este autor categorizou três linhas de pesquisa relacionados à formação de professores.

De acordo com Marcelo (1998), a primeira linha está relacionada aos estudos sobre o processamento de informações e comparação entre especialistas e principiantes, focando especialmente os processos mentais que os professores desenvolvem quando identificam um problema relacionado ao ambiente da sala, ao plano de ensino, às decisões e avaliações.

A segunda linha de pesquisa está centrada nos estudos sobre o conhecimento prático do professor “se refere, de forma ampla, ao conhecimento que os professores possuem sobre as situações de classe, os dilemas práticos que se apresentam para levar a cabo metas educativas nessas situações” (CARTER, 1990, apud MARCELO, 1998, p. 52). A pesquisa aqui relatada pode ser classificada nesta segunda linha de pesquisa sobre formação de professores, já que uma

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das características do trabalho desenvolvido utiliza os conceitos relacionados à epistemologia da prática, que estão fundamentados na concepção do professor como profissional reflexivo e na reflexão-na-ação como estratégia de ensino e aprendizagem do futuro professor. A terceira linha de pesquisa se relaciona com o “conhecimento didático do conteúdo” que analisa “especificamente o conhecimento que os professores possuem a respeito do conteúdo que ensinam, bem como, a forma pela qual os professores transpõem esse conhecimento a um tipo de ensino que produza compreensão nos alunos” (MARCELO, 1998, p.53).

Para Mello (2000), a situação de formação profissional do professor é “inversamente simétrica à situação de seu exercício profissional. Quando se prepara para ser professor, ele vive o papel de aluno. O mesmo papel, com as devidas diferenças etárias, que seu aluno viverá tendo-o como professor” (MELLO, 2000, p. 102).

Segundo esta autora, a formação do professor deve ter como ponto de referência esta simetria invertida, buscando tornar coerente a formação do professor com esta simetria entre a formação e o futuro exercício da profissão. Para Mello (2000),

É preciso que a formação docente propicie aos alunos a oportunidade de refazer o percurso de aprendizagem que não foi satisfatoriamente realizado na educação básica para transformá-los em bons professores, que no futuro contribuirão para a melhoria da qualidade da educação básica (MELLO, 2000, p. 102).

Nesta perspectiva, para Mello (2000), a educação inicial de professores deve se tornar uma experiência isomorfa à experiência de aprendizagem que ele deve propiciar a seus futuros alunos. Por conta disso, a aprendizagem nos cursos de formação inicial de professores deve ser contextualizada e não compartimentalizada em disciplinas estanques, para que o futuro professor aprenda a fazer diferentes conexões entre os diversos campos de conhecimento.

Esta autora destaca que esta concepção para cursos de formação de professores tem duas conseqüências importantes: a dupla relação entre teoria e prática e o papel da pesquisa nesses cursos.

Para que o futuro professor possa relacionar teoria e prática no exercício da sua profissão, é necessário que, enquanto aluno, viva esta experiência durante o seu curso de formação. Característica que, segundo esta autora, não se encontra na maioria dos cursos de formação de professores para as séries iniciais que estão

sendo desenvolvidos atualmente.

A partir destas idéias, é importante se discutir a relação teoria e prática presente atualmente, no âmbito dos cursos de formação de professores. Pimenta e Lima (2004) argumentam que:

Essa contraposição entre teoria e prática não é meramente semântica, pois se traduz em espaços desiguais de poder na estrutura curricular, atribuindo-se menor importância à carga horária denominada “prática”. (PIMENTA e LIMA, 2004, p.34)

Observam também que “os currículos de formação têm-se constituído em um aglomerado de disciplinas isoladas entre si, sem qualquer explicitação de seus nexos com a realidade que lhes deu origem” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.33).

Assim, a desvinculação entre o campo de atuação do futuro profissional e os saberes teóricos estudados no curso é predominante. O estágio fica associado apenas à prática da profissão e o estagiário muitas vezes o desenvolve como uma imitação de modelo de algum professor ou ainda como uma técnica ou conjunto de técnicas a serem aprendidas e utilizadas em todas as situações apresentadas no cotidiano da escola.

A separação entre teoria e prática que ocorre nos cursos de formação é exposta de forma clara nestas perspectivas, quais sejam de imitação e ou aprendizado de técnicas de ensino, e que são adotadas em diversos cursos de formação de professores para o desenvolvimento do Estágio Supervisionado. De acordo com as idéias de Pimenta e Lima (2004), o estágio é

teoria e prática, enfatizando-se assim a indissolubilidade

destes dois aspectos no desenvolvimento das atividades relacionadas ao trabalho do professor.

A ação pedagógica, segundo as autoras, compreende as atividades que os professores realizam no coletivo escolar, orientadas e estruturadas para a efetivação do processo de ensino e aprendizagem. Este processo compreende, além dos conteúdos educativos, habilidades e posturas científicas, sociais e afetivas que são desenvolvidas através de mediações pedagógicas específicas.

No entanto, nem sempre o professor tem consciência dos objetivos das ações envolvidas neste processo. Assim, é necessário que aconteça uma reflexão sobre “os saberes de referência de sua ação pedagógica” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.43). O papel das teorias é, segundo estas autoras, oferecer instrumentos para análise dessas ações do sujeito e também das práticas institucionalizadas no ambiente educativo.

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Esta concepção de estágio, visto como teoria e prática indissociáveis, só é possível se, como afirmam as autoras, todas as disciplinas, tanto as de fundamentos quanto as didáticas, contribuírem para a formação de professores a partir da análise, da crítica e da proposição de novas maneiras de fazer educação. Isto significa que o estágio passa a ser um eixo para todas as disciplinas do curso.

Nesta perspectiva o estágio pode ser visto como uma possibilidade de superação da separação entre teoria e prática. O estágio possibilitando a pesquisa é uma estratégia, segundo as autoras:

O estágio, ao contrário do que se propugnava, não é atividade prática, mas teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendia esta como atividade de transformação da realidade. Nesse sentido, o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade (PIMENTA e LIMA, 2004, p.45).

Pimenta e Lima (2004) apresentam em seu texto a concepção de estágio como pesquisa e a pesquisa

no estágio. A pesquisa no estágio, segundo as autoras,

se considerado “como método de formação de futuros professores, se traduz na mobilização de pesquisas que permitam a ampliação e a análise dos contextos onde os estágios se realizam” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.46), além de possibilitar que os estagiários desenvolvam uma postura de pesquisador a partir das situações encontradas no estágio, elaborando projetos que permitam a compreensão e problematização da prática (PIMENTA e LIMA, 2004, p.46).

André (2001) observa que há “um consenso na literatura educacional de que a pesquisa é um elemento essencial na formação profissional do professor”. O movimento que destaca o papel da pesquisa na formação dos futuros professores é bastante recente, pode-se afirmar que os anos 90 apresentam uma maior produção científica que defende esta concepção. Diversos autores apresentam perspectivas onde a pesquisa ocupa papel de destaque

Demo (1994) defende a pesquisa como princípio científico e educativo; Lüdke (1993) argumenta em favor da combinação de pesquisa e prática no trabalho e na formação de professores; André (1994) discute o papel didático que pode ter a pesquisa na articulação entre saber e prática docente; Geraldi, Fiorentini e Pereira (1998) enfatizam a importância da pesquisa como

instrumento de reflexão coletiva sobre a prática (ANDRÉ, 2001, p. 56)

Em termos internacionais, este tema também suscita várias linhas de pesquisa, como por exemplo, as citadas por André (2001): no âmbito norte-americano, pesquisas que valorizam a colaboração da universidade com os profissionais da escola com o objetivo de desenvolver uma investigação sobre a prática; no Reino Unido, os trabalhos de Stenhouse (1984) que na perspectiva de reformas curriculares concebe o professor como investigador de sua prática, entre outras.

É importante observar que essas propostas “valorizam a articulação entre teoria e prática na formação docente” (ANDRÉ, 2001, p. 57). E estas concepções têm encontrado eco no nosso país e atualmente fazem parte das bibliografias e conteúdos dos cursos de formação de professores e de concursos públicos para a carreira docente em seus diferentes níveis. No entanto, ainda falta se discutir de forma mais efetiva como a inserção da pesquisa na formação inicial do professor pode ocorrer nos diversos momentos do curso de graduação. Evidentemente, seria interessante que o tema pesquisa fosse recorrente em todas as disciplinas da grade curricular, no entanto, sabe-se que isto não ocorre, ficando a discussão sobre pesquisa apenas restrita ao trabalho de conclusão de curso ou à disciplina de pesquisa quanto esta existe no currículo.

Este estudo procurou demonstrar a possibilidade de ampliar a perspectiva da utilização da pesquisa como uma estratégia de formação de professores utilizando-a no âmbito do estágio.

Além disso, as atividades desenvolvidas estavam diretamente relacionadas à disciplina Metodologia e

Prática do Ensino de Ciências e Matemática nas Séries Iniciais, o que possibilitou que os alunos

pudessem refletir sobre a teoria estudada em aula nos diferentes momentos de atividades realizadas durante o estágio, fazendo com que este também fosse um momento de reflexão teórica, imprescindível para a pesquisa.

Proposta de estágio como campo de pesquisa para os futuros educadores

Na perspectiva deste estudo procurou-se colocar em discussão a relação Estágio Supervisionado e Pesquisa na concepção apresentada por Pimenta e Lima (2004): “o estágio realizado com pesquisa e como pesquisa contribui para uma formação de melhor qualidade de professores e pedagogos”. Isto é, o estágio

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tendo como eixo central a pesquisa, e esta desempenhando um papel fundamental na formação dos futuros professores.

Os resultados desta pesquisa foram coletados junto aos alunos do curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, unidade de Americana, durante a realização de estágio supervisionado no Núcleo de Educação Ambiental do Parque Ecológico Municipal de Americana (NEA).

O Parque Ecológico Municipal de Americana, “Engenheiro Cid Almeida Franco”, tem como uma de suas finalidades a utilização de animais mantidos em cativeiro nos trabalhos de Educação Ambiental desenvolvidos através do Núcleo de Educação Ambiental. O NEA foi criado em 1997 e vem desenvolvendo um trabalho educacional especialmente com as escolas de educação básica que visitam o parque. As atividades pedagógicas desenvolvidas pelo Núcleo estão sob responsabilidade de uma bióloga que também é professora de ciências e biologia. Esta profissional foi responsável pela apresentação do Parque aos alunos do curso de Pedagogia bem como pelo desenvolvimento das atividades de capacitação específica, além de acompanhar os estagiários, juntamente com a supervisora de estágio nas discussões que ocorreram durante o desenvolvimento dos trabalhos ao longo de três anos.

O objetivo deste estágio foi oferecer um novo campo de atuação para o pedagogo, em especial o professor, buscando capacitar o aluno-professor em um tipo de intervenção pedagógica relacionada com a prática de sala de aula, tendo como base os dados coletados em suas observações a respeito das diferentes propostas de trabalho apresentadas pelos professores das escolas que visitavam o parque no período de realização do estágio.

Segundo o Manual de Estágio Supervisionado

- 2006 do curso de Pedagogia do Centro Universitário

Salesiano de São Paulo, unidade de Americana, o estágio do 3º ano tem por objetivo a aproximação entre o curso e o exercício da profissão, articulando a disciplina de pesquisa às demais disciplinas do currículo e à prática de estágio nos ambientes educativos. No caso específico do Parque Ecológico, como já observado, o estágio foi desenvolvido com a perspectiva de pesquisa de campo, a partir da qual as atividades de intervenção junto às escolas foram propostas e realizadas.

A proposta de estágio junto ao Núcleo de Educação Ambiental foi elaborada inicialmente, pelo supervisor de estágio e a bióloga responsável pelo NEA. Ao longo dos três anos sugestões dos alunos e situações

observadas foram incluídas na proposta original e contribuíram para que no ano de 2006 tivesse as características abaixo descritas.

Esta proposta tinha como uma de suas metas desenvolver materiais e intervenções didático-pedagógicas a partir da observação das escolas que utilizam o espaço do Parque Ecológico para o desenvolvimento de atividades pedagógicas. Além disso, procurou-se possibilitar ao aluno-estagiário, estabelecer relações entre a teoria estudada em sala de aula e as observações coletadas.

Os alunos que participaram deste Programa de Estágio junto ao NEA, além da coleta de dados específicos relacionadas às escolas visitantes, realizaram diversas atividades como: cursos de capacitação para conhecer as possibilidades de intervenção junto aos alunos utilizando os equipamentos do Parque; orientação para elaboração de materiais didáticos para serem utilizados durante estas intervenções; estudo individual ou em grupo de assuntos relacionados aos dados coletados previamente junto às escolas; planejamento e organização de intervenções mais específicas quando previamente solicitadas; participação de atividades pedagógicas agendadas previamente pelas escolas, respeitando a habilitação, ou seja, atendimento a alunos de 1a. a 4a. Séries do Ensino Fundamental e Educação Infantil.

No estágio os alunos e alunas trabalharam em duplas ou trios, em dias alternados e após o curso de capacitação e a ambientação com as atividades rotineiras do Parque passaram a desenvolver suas atividades de pesquisa e acompanhamento às escolas que visitavam o Parque Ecológico e que não conseguiram agendar atendimento específico junto ao NEA.

Durante a realização destas atividades os alunos procuraram relacionar teoria e prática planejando atividades e desenvolvendo projetos interdisciplinares que envolveram os diversos conteúdos das séries iniciais. Como trabalho final de conclusão os alunos apresentaram de forma sistemática através de relatórios, as observações realizadas durante os trabalhos desenvolvidos junto às escolas e as atividades propostas durante sua intervenção.

Além disso, cada dupla de estagiários apresentou uma proposta de um projeto escolar interdisciplinar para ser desenvolvido junto à Educação Infantil ou séries iniciais do Ensino Fundamental, tendo como uma das fontes de coleta de dados os diversos setores do Parque Ecológico.

Esta experiência de estágio como objeto de pesquisa foi desenvolvido entre 2004 e 2006, sendo que

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trinta e um alunos das Habilitações Magistério das Séries Iniciais e Educação Infantil participaram destas atividades. Com exceção dos seis primeiros participantes, que desenvolveram uma proposta mais próxima à dinâmica de trabalho desenvolvida pelos funcionários do Parque, todos os demais alunos-estagiários desenvolveram suas atividades a partir dos dados coletados nas observações iniciais que eram realizadas durante as primeiras semanas do período de estágio, seguindo uma proposta integradora dos objetivos do Curso e do Parque Ecológico.

Em 2005, além de folhetos sintetizando o estudo das duplas ou trios de alunos sobre diferentes grupos de animais, escolhidos após as observações de diversas escolas visitantes, os estagiários produziram um material específico com sugestões de atividades pedagógicas, destinadas aos professores das séries iniciais. Estas orientações foram elaboradas a partir dos dados coletados no início do estágio e das conversas com os professores que visitaram o Parque neste período. Este material apresenta o estudo do meio como uma estratégia de trabalho pedagógico que pode ser desenvolvida durante a visitação ao Parque. Pode-se afirmar que o folheto desenvolvido pelos estagiários faz uma síntese de suas observações (pesquisa) e reflexões teóricas (teoria) sobre as possibilidades de desenvolvimento de um trabalho pedagógico (prática) neste espaço, demonstrando que a relação pesquisa-teoria-prática é possível.

O trabalho desenvolvido por um dos grupos de estagiários foi apresentado na sessão de comunicações de Projetos de Pesquisa de Iniciação Científica da Semana de Educação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo - Unidade de Americana, demonstrando por parte da instituição o reconhecimento do status de pesquisa a esta experiência de estágio.

O estágio no ano de 2006 seguiu os moldes do ano anterior. O novo grupo foi composto por quinze alunos estagiários que desenvolveram pesquisas sobre os seguintes grupos de animais: micos leões; primatas grandes; sucuri; lobo guará; papagaios e tucano toco.

O estudo sobre estes animais possibilitou a elaboração de folhetos com as informações focadas no interesse e dúvidas observados durante a coleta de dados junto às escolas visitantes. O material produzido pelos grupos foi reproduzido através de cópias e distribuídos às escolas que visitaram o Parque no período subseqüente. Estes temas também foram utilizados para a confecção de cartazes e painéis para intervenção junto às escolas. Neste segundo momento, os estagiários puderam perceber como é necessária a utilização de

algum material específico (painéis, cartazes, animais taxidermizados, couro de cobra, entre outros) não apenas para chamar a atenção da criança como para possibilitar um melhor entendimento sobre o animal em estudo. Observou um estagiário no seu relatório de avaliação:

Durante as intervenções junto às escolas dois momentos devem ser destacados, o primeiro sendo, realizado apenas com os folhetos, a maioria dos professores não nos dava a menor atenção, quando pegavam o folheto não estavam abertos a uma possível explicação do conteúdo e nem levavam os alunos para visitar os recintos. Já em um segundo momento, após a elaboração dos cartazes e com o animal em exposição o interesse dos professores foi maior, todos que foram abordados nesta ocasião visitaram os recintos permitindo uma explicação sobre o animal. (ESTAG13, RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 2006).

Em 2006 o trabalho de pesquisa dos estagiários foi apresentado na II Semana do Meio Ambiente de Americana e privilegiou a intervenção desenvolvida durante o estágio com distribuição dos folhetos e apresentação dos cartazes e materiais confeccionados e exibidos às escolas durante a semana no Parque. Assim, a proposta de transformar o estágio supervisionado em um momento de pesquisa para o aluno-estagiário, possibilitando uma reflexão sobre a teoria estudada durante o curso e a prática observada e vivenciada nas atividades, teve mais um espaço para divulgação.

Ao final das atividades de estágio ao longo dos anos de 2005 e 2006 os alunos-estagiários fizeram avaliações sobre as atividades desenvolvidas. Considerando estes relatos destacam-se os seguintes aspectos que apareceram de forma comum nos dois anos em que foi realizada esta atividade.

Em primeiro lugar, a grande maioria dos estagiários apontou como aspecto significativo a possibilidade de vivenciar uma proposta alternativa de aprendizagem mais significativa para eles, enquanto alunos e estagiários, onde se procurou não apenas imitar modelos ou replicar técnicas, mas realizar um trabalho baseado na pesquisa.

Observar a rotina do parque, visualizar como as escolas se comportam, e principalmente olhar a postura do docente em relação a sua sala neste ambiente, nos fez crescer como pessoa e como profissional. E importante ressaltarmos que em momento algum estamos tecendo criticas aos nossos colegas de profissão, estamos apenas

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apontando que a possibilidade do estágio nos proporcionou uma abertura para que pudéssemos observar as posturas dos mesmos e relacioná-las com os pressupostos teóricos que estudamos na faculdade. (ESTAG12, RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 2006).

Com relação ao Parque Ecológico, a experiência possibilitou “ver com outros olhos” este espaço que não apenas o de lazer. Durante o estágio-pesquisa os estagiários puderam vivenciar aspectos importantes relacionados à Educação Ambiental, como a preservação, conservação e reprodução das espécies. Segundo um aluno-estagiário observou em sua avaliação:

O estágio desenvolvido no Parque ecológico trouxe uma experiência complementar para a minha formação como professor. Foi através do trabalho proposto que podemos relacionar a educação escolar com o meio ambiente, podendo assim trazer um novo olhar para os visitantes do parque principalmente para os educadores que muitas vezes trazem seus alunos apenas para o passeio, nós intervimos de forma divertida propondo uma conscientização nas ações de alunos e professores. (ESTAG11, RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 2006).

Outro aspecto importante destacado foi a intervenção junto aos alunos e professores visitantes através de material elaborado a partir de observações e pesquisas dos grupos. Este material possibilitou a conexão entre a teoria estudada e a realidade observada de forma clara e adequada, especialmente àquela ligada à metodologia de ensino das diferentes disciplinas.

Cientes da nossa responsabilidade como estagiárias e preparadas para a intervenção, iniciamos nosso estágio observando as crianças que chegavam para visitar o parque. No trajeto do parque junto com a professora pudemos anotar várias perguntas e curiosidades das crianças para que depois pudéssemos estar interagindo com as próximas excursões que haveriam de visitar o parque. Nos outros dias colhemos informações para elaborar um material escrito “tipo folheto”, com informações como: tipo de animal e algumas curiosidades, o cuidado que os visitantes teriam que ter ao chegarem no parque. O grupo de animal escolhido foi o dos felinos. Na intervenção pudemos ficar mais próximos das crianças e de seus coordenadores, pois neste contato passamos informações muito importantes tanto referentes aos animais quanto à estrutura que o parque oferece para estes.

(ESTAG5, ESTAG6, RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 2005).

Outro relato a respeito deste aspecto ressalta a importância do estudo do meio como estratégia pedagógica:

E muito importante que o professor vivencie o estudo do meio, não relacionando a uma simples excursão de entretenimento ou a obtenção de informações fora de sala de aula. O estudo do meio é um recurso pedagógico privilegiado na construção de um olhar indagador sobre o mundo e favorece a compreensão da realidade. Partindo deste ponto preparamos uma aula aonde a interdisciplinaridade possa estar presente. Faixa etária escolhida 2° série. (ESTAG3, ESTAG4, RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 2005).

Para concluir esta exposição das avaliações dos alunos-estagiários sobre a experiência realizada, tem-se o seguinte relato que resume os demais depoimentos colhidos por esta pesquisa.

A experiência sendo um movimento interno e próprio de cada ser humano, permite uma pluralidade de maneiras de encarar e construir a própria vida e a vida dos outros. Neste sentido, avaliar o estágio no Parque ecológico torna-se uma experiência bastante significativa e gratificante, pois, conseguimos perceber no primeiro momento as nossas dificuldades diante dos alunos e dos professores, “já experientes” nas intervenções realizadas. Percebemos também que tais professores também possuem dificuldades em relação ao próprio conteúdo que se estabelece ao realizar o estudo do meio como também as diversas possibilidades oferecidas pelo espaço do Parque. Diante dessa experiência, conseguimos sair da sala de aula com uma proposta alternativa de proporcionar uma aprendizagem mais significativa para nossos alunos como também para a nossa própria formação que se dá a cada dia diante das diversas possibilidades que a área educacional apresenta e que muitas vezes passam pelos educadores sem serem percebidas. (ESTAG1, ESTAG2, RELATÓRIO DE ATIVIDADES, 2005).

Considerações Finais

Para concluir este trabalho serão retomadas algumas idéias que podem ser consideradas como fundamentais para a formação inicial de professores da educação básica.

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Primeiramente, a relação entre teoria e prática a ser desenvolvida durante o curso de formação. Segundo Mello (2000), a relação teoria e prática deve ocorrer em pelo menos dois níveis. Um nível deve ocorrer na área dos conhecimentos específicos, que devem ser contextualizados para promover a construção de significados desses conhecimentos com relação à sua aplicação em situações reais. Um outro nível é específico da formação do professor e se relaciona à aprendizagem da transposição didática do conteúdo. Dessa forma, a organização curricular dos cursos de formação de professores deve permitir também a transposição didática do conteúdo aprendido além de contextualizar o que está sendo aprendido na realidade da educação básica.

Mello (2000) aponta que esta dupla relação entre teoria e prática resulta em dois significados para o papel da pesquisa na formação do professor, sendo que apenas um destes é importante para a área, ou seja, a pesquisa relacionada à especialidade (ciências, matemática, língua portuguesa, história, etc) aplicada ao ensino, onde o futuro professor possa refletir sobre a atividade de ensinar e formular alternativas para o aperfeiçoamento do futuro professor. Mello ressalta que “os objetos da pesquisa nos cursos de formação docente são o ensino e aprendizagem do conteúdo dos componentes curriculares da educação básica” (MELLO, 2000, p. 103). Este segundo significado de pesquisa apontado por Mello foi desenvolvido neste trabalho com os estagiários durante as atividades desenvolvidas junto ao Parque Ecológico de Americano.

A partir dos dados coletados junto aos estagiários durante o desenvolvimento desta experiência de estágio

como e através da pesquisa foi possível observar o que

afirma Navarro (2000, apud Pimenta e Lima, 2004),

Considerando que nem sempre os professores têm clareza sobre os objetivos que orientam suas ações no contexto escolar e no meio social onde se inserem, sobre os meios existentes para realizá-los, sobre os caminhos e procedimentos a seguir, ou seja, sobre os saberes de referência de sua ação pedagógica, faz sentido investir nos processos de reflexão nas e das ações pedagógicas realizadas nos contextos escolares.

Além disso, a epistemologia da prática proposta por Schön, que, segundo Pimenta e Lima (2004) valoriza a prática profissional como momento de construção de conhecimento por meio de reflexão, análise e problematização dessa prática, possibilita a inserção da pesquisa na ação dos profissionais, colocando, de acordo

com as autoras, “as bases para o que se convencionou denominar professor pesquisador de sua prática” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.48).

A experiência de estágio desenvolvida junto ao NEA mostrou que é possível utilizar a “atividade de pesquisa através da análise e problematização das ações e das práticas, confrontando com explicações teóricas sobre estas” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.49) e gerando intervenções sobre a realidade pesquisada. Com isto, a realização deste estágio possibilitou aos alunos-estagiários a operacionalização da idéia que está por trás dos conceitos de professor reflexivo e professor

pesquisador.

Hoje em dia, o paradigma do professor reflexivo, segundo Nóvoa (2001), é dominante na área de formação de professores. No entanto, alerta que a idéia do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática é de certa forma um tanto retórico, já que é impossível se pensar que antes deste termo ser utilizado, o professor não refletia sobre seu trabalho. Nóvoa (2001) indica que o caminho para o desenvolvimento deste profissional reflexivo passa pela identificação dessas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente – e na construção das condições para que elas possam se desenvolver.

Nóvoa (2001) afirma que “o professor pesquisador e o professor reflexivo, no fundo, correspondem a correntes diferentes para dizer a mesma coisa. São nomes distintos, maneiras diferentes dos teóricos da literatura pedagógica abordarem uma mesma realidade” (NÓVOA, 2001).

Segundo este autor, estas duas concepções fazem parte “de um mesmo movimento de preocupação com um professor que é um professor indagador, que é um professor que assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa, como objeto de reflexão, com objeto de análise”. (NÒVOA, 2001). Alerta também que a experiência por si só não é formadora. Segundo este autor, o que forma é a reflexão sobre a prática, ou ainda a pesquisa sobre a prática docente.

Segundo Pimenta e Lima, “tirar do papel e tentar operacionalizar a idéia de professor reflexivo e pesquisador é o grande desafio das propostas dos cursos de magistério e dos planos de ensino dos professores formadores” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.51).

A possibilidade de realização e estágio nesta perspectiva cria uma nova cultura nos cursos de formação inicial de professores, onde o estágio passa a ser não apenas um apêndice ou “lugar” para se observar a prática, mas um momento de geração de conhecimentos teóricos para o curso de formação. O estágio poderá,

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segundo as autoras citadas, permear todas as disciplinas do currículo, além de ser “espaço específico de análise e síntese ao final do curso” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.55).

Além disso, como o estágio é realizado em escolas ou outros ambientes educativos, estará diretamente relacionado às práticas pedagógicas desenvolvidas e vivenciado nestes espaços. Logo, a reflexão sobre estas práticas, observadas enquanto dados de pesquisa envolvem todas as disciplinas do currículo, possibilitando o rompimento da dicotomia teoria - prática ainda presente na maioria dos cursos de formação.

Encerra-se este trabalho com outra idéia apresentada por Nóvoa (2001) sobre a experiência na formação de professores e que se considera como um importante alerta para o desenvolvimento do estágio na perspectiva apresentada:

A experiência é muito importante, mas a experiência de cada um só se transforma em conhecimento através desta análise sistemática das práticas. Uma análise que é análise individual, mas que é também coletiva, ou seja, feita com os colegas, nas escolas e em situações de formação. (NÒVOA, 2001).

Referências Bibliográficas

ANDRÉ, Marli. Pesquisa, formação e prática docente. In: ANDRÈ, M. (org.). O papel da pesquisa na

formação e na prática dos professores.Campinas:

Papirus, 2001.

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO. Manual de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia, 2006. mimeo.

MARCELO, Carlos. Pesquisa sobre a formação de professores o conhecimento sobre aprender a ensinar. In:

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MELLO, Guiomar Namo de. Formação Inicial de Professores para a Educação Básica uma (re)visão radical. In: São Paulo em Perspectiva. São Paulo, 14(1), 2000.

MULLER, Maria Candida; MACHADO, Sílvia Maria de Campos. A formação do professor de Ciências para

as séries iniciais: relato de uma experiência de parceria.

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MULLER, Maria Candida. Relatório das atividades

realizadas no estágio junto ao Parque Ecológico Municipal de Americana. 2005. 5p. Anexos. mimeo.

MULLER, Maria Candida. Relatório das atividades

realizadas no estágio junto ao Parque Ecológico Municipal de Americana. 2006. 5p. Anexos . mimeo.

NÓVOA, Antonio. O professor pesquisador e reflexivo. Entrevista para TV-Escola, Programa Salto Para o Futuro, em 13 de setembro de 2001. http://www.tvebrasil.com.br/ salto/. Arquivo recuperado em 04 de maio de 2007. PIMENTA, Selma Garrido, LIMA, Maria Socorro Lucena.

Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004. p. 33-57.

Recebido em 23 de maio de 2007 e aprovado em 12 de julho de 2007.

Referências

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