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Partilha de conhecimento entre docentes do ensino superior: Uma revisão quantitativa da literatura

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Partilha de conhecimento entre docentes do ensino superior: Uma revisão quantitativa da literatura

Knowledge sharing among academics: A quantitative literature review

Nuno Sousa, nunosousa13@gmail.com*, Carlos Peixeira Marques, cmarques@utad.pt*, Carmem Leal, cleal@utad.pt*

* Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Resumo: Neste capítulo analisa-se estudos empíricos de natureza quantitativa sobre a partilha de conhecimento entre académicos, correspondendo à primeira fase de um trabalho que pretende estudar a partilha de conhecimento nas instituições de ensino superior portuguesas. Procedeu-se a uma análise quantitativa das 96 relações entre variáveis publicadas em 25 artigos selecionados em três bases de dados de referências académicas. De modo geral, verifica-se que uma parte significativa dos estudos se enquadra na teoria do comportamento planeado, mas apenas dois estabelecem uma relação entre intenção e comportamento. A teoria da troca social está presente de forma mais difusa. O antecedente de partilha mais frequentemente estudado é o sistema de recompensas, mas os seus efeitos são modestos. Os resultados servirão para identificar lacunas na literatura, à luz de teorias e modelos que vêm sendo invocados para compreender a partilha de conhecimento noutros contextos organizacionais.

Palavras-chave: Partilha de conhecimento, ensino superior, metanálise.

Abstract: This paper analyses quantitative research papers on knowledge sharing among academics, as a first step to study knowledge sharing in Portuguese higher education institutions. Research found 96 relationships between relevant variables, published in 25 papers selected in three academic reference databases. From the quantitative analysis of the 96 relationships, it was found that a substantial part may be framed by the theory of planned behaviour, although only two papers have established a relationship between intention and behaviour. The social exchange theory loosely frames many other studies. Reward system is the most studied antecedent of sharing, but its effects happen to be very modest. Ultimately, the results will help to indicate literature gaps in the light of theories and models that have contributed to understand knowledge sharing in a number of organizational contexts.

Keywords: Knowledge sharing, higher education, meta-analysis. 1. Introdução

A forma como o conhecimento organizacional é reconhecido e estimulado com o propósito de aumentar a competitividade no mercado é designada Gestão do Conhecimento (von Krogh, 1998). Neste contexto, a performance das organizações está diretamente dependente de como os seus gestores são capazes de visualizar, desenvolver, transferir e aplicar todo o conhecimento e competências disponíveis nas suas equipas (Grant, 2002), sendo que esta abordagem que relaciona a gestão do

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conhecimento à performance parece usufruir de um amplo reconhecimento por parte da academia e dos profissionais da área (Andreeva & Kianto, 2012; Buckley, 2012; Ridzuan, Hong & Adanan, 2008).

Tipicamente, a gestão do conhecimento é vista como um conjunto de processos (criação ou aquisição de conhecimento, a sua partilha, transformação, retenção e aplicação), infraestruturas e práticas de gestão capazes de suportar e melhorar esses mesmos processos (Gold, Malhotra & Segars, 2001). Lee e Choi (2003) acrescentam que esses processos, como por exemplo, a partilha de conhecimento (PC) entre as equipas, devem ser vistos como naturais dentro das organizações. Todavia, subsistem algumas organizações que parecem não usufruir dessa naturalidade, nomeadamente nas instituições de ensino superior (IES), onde a PC parece ter pouca adesão por parte dos docentes (Ridzuan et al., 2008). As universidades são responsáveis por criar, investigar, avaliar e transmitir conhecimentos através da lecionação e da investigação. Durante muitos anos foram reconhecidas, mas, acima de tudo, reconheciam-se como detentoras do “monopólio do conhecimento” (Buckley, 2012). No entanto, desde a segunda metade do século passado, esse paradigma viu-se, de certa forma, alterado. A franca expansão da oferta educativa, seja em quantidade, seja em diversidade de oferta, potenciou o desafio de convencer os académicos da importância e dos benefícios fundamentais da PC.

Tendo em conta que as práticas, os catalisadores e as barreiras da PC foram, teórica e empiricamente, amplamente estudadas na realidade empresarial (Ramachandran, Chong & Wong, 2013) surge a necessidade de os analisar no seio das IES. É, portanto, neste enquadramento que este estudo se apresenta, na tentativa de suprir um hiato que tem vindo a ser apontado na literatura (Buckley, 2012; Hassan, Aksel, Nawaz, & Shaukat, 2016). Sendo de natureza exploratória, procura, com recurso a uma revisão quantitativa da literatura através das bases de dados Thomson Reuters Web of Science, Scopus e ProQuest, determinar quais têm sido as variáveis estudadas como antecedentes do processo de PC dentro das IES. Pretende-se assim quantificar em termos de presença, força e direção os antecedentes de intenção e comportamento de partilha de conhecimento nas IES.

Sendo este um trabalho preliminar para uma investigação empírica mais profunda, traduz-se numa ilustração clara e objetiva do conhecimento já produzido nesta área. Assim sendo, está organizado da seguinte forma: começa por caracterizar o conceito de PC num sentido mais generalizado para, de seguida, centrar-se no processo de partilha entre os professores universitários. Seguidamente a literatura acerca dos antecedentes da PC é revista para, posteriormente, serem apresentadas as questões de investigação. Logo depois, é discutida a metodologia utilizada neste artigo, seguida pelos resultados e respetiva discussão. O artigo termina com as conclusões, limitações da investigação e propostas futuras.

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653 2. Enquadramento teórico

2.1. Partilha do conhecimento

Cummings (2004) refere-se à PC apresentando-a como uma forma de colaboração entre indivíduos, na tentativa de resolver problemas, desenvolver novas ideias, implementar políticas ou procedimentos. O conhecimento partilhado entre os vários participantes permite a criação de uma rede capaz de produzir benefícios individuais e organizacionais (Suppiah & Sandhu, 2011). Na sua essência, a PC consiste na captação ou transferência de conhecimento de uma unidade transmissora, para uma unidade recetora, num processo recíproco, que permite a sua reutilização num novo contexto (Bircham-Connolly, Corner & Bowden, 2005). Trata-se de um processo pelo qual o conhecimento detido pelo indivíduo é convertido, de forma a ser compreendido e utilizado pelos outros, criando um fluxo de conhecimento de alguém que o tem, para alguém que o quer (Seonghee & Boryung, 2008).

O ato de partilhar implica a coexistência de duas ações comportamentais, o comportamento de transmissão do conhecimento e a sua recolha, bem como de duas atitudes, nomeadamente, ter vontade e disponibilidade para difundir o conhecimento para outrem (de Vries, van den Hooff & de Ridder, 2006). Deste modo, quando se trata de PC, é importante distinguir dois processos centrais: a transmissão de conhecimento (Knowledge donating), definida como a comunicação aos outros do capital intelectual pessoal; e a recolha de conhecimento (Knowledge collecting), que implica solicitar aos outros que estes partilhem o seu capital intelectual. Esta divisão difere assim de uma visão mais clássica que caracteriza a PC, não pela forma como o conhecimento é trocado entre os indivíduos, mas sim, pelo tipo de conhecimento que é partilhado, se explícito ou tácito (van den Hooff & de Ridder, 2004). Apesar da ampla divulgação dos benefícios da aplicação, gestão e utilização do ativo conhecimento como fator diferenciador entre o sucesso ou o fracasso das organizações (Andreeva & Kianto, 2012; Buckley, 2012; Grant, 2002), existem autores que apontam ainda alguma relutância dentro das organizações públicas (Bock, Zmud, Kim, & Lee, 2005), e em particular nas IES (Buckley, 2012; Ridzuan et al., 2008) em adaptar-se a esta realidade.

2.1.1. PC entre os professores universitários

Pela sua natureza e identidade, parece correto assumir que o core business das IES reside, fundamentalmente, na sua capacidade de gerir o conhecimento. Encarando a criação, preservação, integração, disseminação e a aplicação do conhecimento como principais finalidades dessas instituições torna-se evidente o seu envolvimento e afinidade com os processos da gestão do conhecimento. Para Buckley (2012) sendo as IES as principais criadoras e transmissoras de conhecimento, a forma mais evidente de incrementar a produção desse ativo é promovendo a sua partilha. Para que essa prática seja efetiva, é necessário, sobretudo, que exista PC entre os professores universitários, aumentando a capacidade e qualidade da investigação, levada a cabo por estas instituições. Contudo, Seonghee e Boryung (2008) afirmam que os professores universitários tendem a atribuir maior importância à sua

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realização académica, do que em partilhar visões comuns em relação às metas e objetivos das IES. Os professores universitários são geralmente caracterizados como independentes e individualistas, mantendo uma distância objetiva e deliberada do trabalho dos seus colegas (Koppi et al., 1998) e que, influenciados por instintos de preservação, tendem a inibir a sua disposição para partilhar conhecimento, principalmente quando detêm um conhecimento mais especializado, único e relevante (Davenport & Prusak, 1997).

2.2. Antecedentes da PC

Na literatura foram identificados diversos antecedentes do comportamento de PC. Alguns estudos procuram explicar a PC com recurso a teorias estabelecidas, ocorrendo com maior frequência o enquadramento na teoria do comportamento planeado e na teoria da troca social. Fora do âmbito destas teorias, há muitos estudos empíricos que avaliam de que forma os comportamentos de PC dependem de fatores intrínsecos dos indivíduos e/ou das suas perceções sobre facetas da organização e características do trabalho.

2.2.1. Teorias de intenção e comportamento

A teoria da ação racional (TRA) e a teoria do comportamento planeado (TPB) partem do princípio de que as pessoas desenvolvem intenções de realizar um comportamento como resultado lógico das crenças sobre as consequências desse comportamento (Fishbein and Ajzen, 2009). De acordo com a TRA, essas crenças referem-se à avaliação positiva ou negativa que a pessoa tem sobre a realização do comportamento (atitude) e ao facto de outras pessoas realizarem esse comportamento ou aprovarem ou reprovarem o dito comportamento (norma subjetiva). A TPB acrescentou as crenças sobre os fatores que podem favorecer ou dificultar a realização do comportamento (controlo comportamental percebido) (Fishbein & Ajzen, 2009).

Vários modelos baseados nestas teorias têm sido utilizados para explicar intenções e comportamentos organizacionais, incluindo a PC, quer seguindo à risca a teoria, conceptualizando a intenção como mediadora entre as crenças e o comportamento, quer desviando da teoria, ao permitir relações diretas entre as crenças e o comportamento. Na sequência destas teorias sobre o comportamento planeado, foi desenvolvido o modelo do comportamento orientado para metas (MGB), o qual procura incorporar o papel da motivação, do afeto e do hábito (Perugini & Conner, 2000). No entanto, de acordo com a revisão efetuada, este modelo ainda não foi aplicado à PC.

2.2.2. Teorias da troca social

A designada teoria da troca social (SET) é na realidade uma família de modelos conceptuais sobre as transações (ou trocas) entre dois ou mais agentes sociais, segundo uma lógica de reciprocidade (Cropanzano, Anthony, Daniels, & Hall, 2017). Estes modelos podem basear-se numa pluralidade de disciplinas, nomeadamente: sociologia (modelos de reciprocidade, regulação e poder das relações de troca);

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economia (escolha racional e maximização dos benefícios em relação aos custos); e psicologia (reforço dos comportamentos de troca em função da perceção positiva dos resultados da troca). A aplicação da SET à PC assenta na ideia de que o indivíduo que partilha parte do capital acumulado de conhecimento o faz porque espera obter benefícios em troca. Para além da conceptualização da relação de troca propriamente dita, os modelos da SET aplicados a PC tendem a considerar fatores individuais, como a motivação e as atitudes face ao contexto de trabalho, fatores interpessoais, como a confiança nos outros, e fatores organizacionais, como a coesão, o apoio organizacional e os sistemas de recompensa (Liu, Liang, Rajagopalan, Sambamurthy, & Wu, 2011).

A Teoria Afetiva da Troca Social (ATSE) (Lawler, 2001) pode ser considerada um ramo da SET baseado na psicologia, o qual enfatiza as emoções resultantes da troca em contexto social, as quais são a base não apenas do reforço dos comportamentos, mas também dos laços sociais, nomeadamente nas equipas de trabalho e nas organizações (Price & Collett, 2012). A ATSE começa a ser aplicada à PC, nomeadamente na tentativa de compreender como a perceção dos agentes relativamente ao nível de reciprocidade e de envolvimento nas relações de troca afeta as atitudes face à PC e a intenção de partilhar conhecimento (Serenko & Bontis, 2016). Tendo em consideração os resultados da aplicação desta teoria ao contexto organizacional, em particular sobre o comprometimento afetivo (Lawler, Thye & Yoon, 2008; Price & Collett, 2012), existe espaço para o aparecimento de estudos sobre o impacto da PC nas ligações afetivas à organização.

2.2.3. Fatores individuais e organizacionais

Para além destas principais teorias referidas, a literatura elenca um conjunto de fatores facilitadores e inibidores de PC, sendo uns de cariz individual e outros de ordem organizacional. Dentre os fatores de natureza individual, poderemos destacar: traços de personalidade (Matzler, Renzl, Müller, Herting, & Mooradian, 2008); motivação (Lin, 2007); valores e orientações (Matzler & Mueller, 2011; Swift, Balkin & Matusik, 2010). Quanto aos fatores organizacionais, têm sido muito estudados os incentivos à partilha, quer diretamente através de sistemas de recompensa (Bartol & Srivastava, 2002), quer indiretamente através de políticas e práticas de gestão de recursos humanos (Cabrera & Cabrera, 2005), como, por exemplo, os estilos de liderança (Yang, 2007). Há ainda vasta literatura sobre a influência de facetas da cultura organizacional na PC (McDermott & O’Dell, 2001).

Em suma, a propensão individual para a partilha de conhecimento pode depender de características sociopsicológicas dos membros da organização e das suas perceções sobre as interações com os colegas e os contextos de trabalho (Liu et al., 2011). Feito este enquadramento, este artigo tratará de analisar os resultados obtidos na literatura disponível sobre partilha de conhecimento entre docentes do ensino superior, nomeadamente verificando as variáveis mais utilizadas e os efeitos mais importantes. Antes, na secção seguinte, será exposta a metodologia que orientou esse trabalho.

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656 3. Metodologia

Numa primeira fase procedeu-se a uma revisão sistemática da literatura, incluindo artigos de cariz teórico e aplicado, de modo a procurar uma visão mais abrangente do tema. Recorrendo às bases de dados Thomson Reuters Web of Science, Scopus e ProQuest foram obtidos 228 artigos. Numa segunda fase, para efeitos de quantificação da revisão, a análise centrou-se nos 25 artigos que fazem uma aplicação empírica ao universo estudado, apresentando coeficientes de regressão em modelos onde a variável dependente pode ser o comportamento de partilha de conhecimento e/ou a atitude relativa a esse comportamento (Figura 1).

Figura 1: Seleção de artigos para revisão

Foi feita uma inventariação de todos os coeficientes de regressão estatisticamente significativos (p <0,05) publicados nestes 25 artigos, incluindo todas as relações entre variáveis exógenas, mediadores e variáveis dependentes, tendo-se calculado a média dos coeficientes, ponderada pelo tamanho da amostra de cada relação em cada estudo empírico. Não foram considerados os efeitos indiretos. Serão apresentados em detalhe os principais efeitos sobre as variáveis dependentes: comportamento e intenção. 4. Resultados

Há uma concentração temporal dos artigos, já que 52,0% foram publicados em apenas três anos, de 2014 a 2016 (Tabela 1). Verifica-se também uma concentração geográfica na Ásia, com 84,0% das publicações, com destaque para a Malásia, de onde são originários cerca de metade. Não foram encontrados artigos com origem nas Américas e há apenas dois europeus.

WoS Scopus ProQuest

127 artigos 54 artigos 47 artigos

Critérios de inclusão: aplicação empírica com publicação dos coeficientes de regressão

Variável dependente: atitude e/ou comportamento

25 artigos

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Tabela 1: Artigos objeto de revisão quantitativa Ano Nº de

artigos Referências

2006 1 (Liao, 2006)

2008 1 (Seonghee & Boryung, 2008) 2009 1 (Cheng, Ho & Lau, 2009)

2011 4 (Li, Hou & Hu, 2011; Mogotsi, Boon & Fletcher, 2011; Teh, Yong, Chong, & Yew, 2011; Zawawi et al., 2011)

2013 3 (Abdul Hamid & Sulaiman, 2013; Goh & Sandhu, 2013; Ramayah, Yeap & Ignatius, 2013)

2014 5 (Chalak, Ziaei & Nafei, 2014; Goh & Sandhu, 2014; Jolaee, Md Nor, Khani, & Md Yusoff, 2014; Selmer, Jonasson & Lauring, 2014; Tan & Ramayah, 2014)

2015 4 (Abdullah, Ismail & Idrus, 2015; Abdur-Rafiu & Opesade, 2015; Mansor and Saparudin, 2015; Pham, Nguyen & Nguyen, 2015)

2016 4 (Hashemi and Kohestani, 2016; Hassan, et al., 2016; Tahir, Musah, Abdullah, Musta’amal, & Abdullah, 2016; Tan, 2016)

2017 2 (Hormiga, de Saá-Pérez, Díaz-Díaz, Ballesteros-Rodríguez, & Aguiar-Diaz, 2017; Yasir, Majid & Yasir, 2017)

A grande maioria (84,0%) dos artigos objeto de revisão quantitativa analisaram efeitos sobre o comportamento de partilha e quase um terço (32,0%) sobre a intenção (Tabela 2). Dos 96 coeficientes significativos inventariados, quase dois terços (61) são efeitos diretos sobre o comportamento de partilha e 15 são efeitos sobre a intenção de partilha (Tabela 2). Os restantes são efeitos sobre antecedentes próximos destas duas variáveis, com destaque para antecedentes de atitude, com 11 relações significativas reportadas.

Tabela 2: Principais relações

Variável dependente Nº de relações Nº de artigos Comportamento de partilha 61 21

Intenção de partilha 15 8

Atitude face à partilha 11 4

Outra 9 5

Total 96 25

A Figura 2 representa as relações mais frequentemente reportadas para explicar o comportamento e a intenção de partilha. Esta última é estudada no quadro da teoria do comportamento planeado em sete de oito artigos. Dos três antecedentes de intenção definidos pela TPB, a atitude tem efeito significativo em maior número de casos e apresenta um coeficiente médio superior (λ = 0,374, n = 1450). O compromisso afetivo apresenta um efeito sobre a intenção (λ = 0,25) ligeiramente superior à norma subjetiva (λ = 0,231) e ao controlo comportamental (λ = 0,177). No que respeita aos efeitos diretos sobre o comportamento de partilha, a variável mais vezes referenciada é o sistema de recompensas, com efeito significativo em sete estudos. No entanto, o efeito mais forte parece ser o da intenção (λ = 0,604, n = 490), de acordo com dois artigos enquadrados na TPB (Abdur-Rafiu & Opesade, 2015; Teh et al., 2011). Há três artigos considerando efeitos diretos de atitude, norma subjetiva

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e controlo comportamental sobre o comportamento. Esses efeitos são mais fracos e, num dos casos (Hassan, et al., 2016), o efeito da norma subjetiva não é significativo. Fora do quadro da TPB, além do já referido sistema de recompensas, a autoeficácia (λ = 0,405, n = 433), a perceção de benefícios recíprocos (λ = 0,372, n = 433) e a confiança (λ = 0,326, n = 744) apresentam os efeitos de maior magnitude. Convém, no entanto, referir que houve estudos em que o efeito destas variáveis não foi significativo (Abdul Hamid & Sulaiman, 2013; Goh & Sandhu, 2013; Li et al., 2011; Seonghee & Boryung, 2008; Tan, 2016; Zawawi et al., 2011).

Figura 2: Principais antecedentes de intenção e comportamento de PC

Legenda: Coeficientes (média ponderada)/Frequência das Relações/N (total)

Uma imagem mais detalhada do comportamento dos coeficientes relativos aos efeitos dos principais antecedentes de intenção está patente na Figura 3. Note-se a tendência para a atitude evidenciar efeito mais forte do que a norma subjetiva e o controlo comportamental percebido. Quanto ao compromisso afetivo, tem um efeito bastante reduzido num dos estudos (Goh and Sandhu, 2013) e moderado, entre 0,3 e 0,4, nos outros dois (Abdul Hamid & Sulaiman, 2013; Selmer et al., 2014).

Compromisso

Afetivo Intenção Comportamento

Norma Subjetiva

Atitude

Controlo Comportamental Autoeficácia

Sistema de Recompensas Confiança Benefícios Recíprocos Cultura Organizacional .374/5/1450 .231/3/960 .177/3/940 .250/ 3/1269 .184/4/1242 .175/3/1227 .214/2/992 .326/2/744 .405/2/433 .604/2/490 .270/7/1132 .372/2/433 .186/2/633 .153/2/820

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Figura 3: Efeito direto sobre a intenção de partilha de conhecimento

Legenda: A: Atitude; SN: Norma Subjetiva; PBC: Controlo Comportamental; AFFC: Compromisso Afetivo

No que respeita aos efeitos diretos sobre o comportamento, a Figura 4 mostra que o poder explicativo é maior nos dois artigos que propõem a intenção como mediadora dos efeitos de atitude, norma subjetiva e controlo comportamental (Abdur-Rafiu & Opesade, 2015; Teh et al., 2011), com coeficientes entre 0,46 e 0,74. Já os estudos que propõem efeitos diretos destas três variáveis sobre o comportamento apresentam coeficientes bastantes fracos, próximos de 0,2 (Chalak et al., 2014; Goh & Sandhu, 2014; Hassan et al., 2016; Ramayah et al., 2013). Como já foi referido, o sistema de recompensas é o antecedente de comportamento mais estudado, apresentando efeitos moderados, na ordem de 0,4, em três estudos (Cheng et al., 2009; Tahir et al., 2016; Zawawi et al., 2011) e mais fracos nos restantes (Liao, 2006; Mansor & Saparudin, 2015; Seonghee & Boryung, 2008; Tan, 2016).

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

A SN PBC AFFC Efeitos diretos sobre intenção de PC

Hassan (2016) Goh (2013) Teh (2011) Tan (2014) Jolaee (2014) Abdur-R. (2015) Selmer (2014)

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Figura 4: Efeito direto sobre o comportamento de partilha de conhecimento

Legenda: I: Intenção; RW: Sistema de Recompensas; A: Atitude; PBC: Controlo Comportamental; SN: Norma Subjetiva

De um modo geral, os resultados da revisão quantitativa mostram que a intenção de partilha de conhecimento entre académicos nas IES é estudada no quadro da TPB, demonstrando que a intenção depende sobretudo de uma atitude positiva face à partilha. Por sua vez, a intenção tem um forte efeito sobre o comportamento, mas esta relação é fundamentada em apenas dois estudos, com uma amostra combinada de 490 respondentes. As relações diretas entre os antecedentes de intenção e o comportamento são de pequena importância. Vários estudos avaliam os efeitos de diversas variáveis não consideradas na TPB. Dentre estas variáveis, destaca-se o sistema de recompensas da partilha, com sete estudos e uma amostra total de 1132, mas com resultados bastante fracos em quatro dos sete estudos. Exemplo de variáveis menos estudadas, mas com efeitos mais relevantes são a autoeficácia, a perceção de benefícios recíprocos da troca de conhecimentos e a confiança nos colegas e na organização.

5. Conclusões

O trabalho que acaba de se expor é uma análise de estudos empíricos de natureza

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 I RW A PBC SN

Efeitos diretos sobre intenção de PC

Cheng (2009) Hassan (2016) Goh (2013) Teh (2011) Tan (2014) Chalak (2014) Abdur-R. (2015) Ramayah (2013) Mansor (2015) Zawawi (2011) Seonghee (2008) Liao (2006) Tahir (2016)

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quantitativa sobre a partilha de conhecimento entre académicos, correspondendo à primeira fase de um trabalho que pretende estudar a PC dentro das IES portuguesas. Nesse contexto, os resultados expostos servirão não apenas para identificar as principais variáveis que têm sido utilizadas para explicar atitudes e práticas relativas à partilha de conhecimento nas IES, mas também as lacunas, à luz de teorias e modelos que vêm sendo invocados para compreender a PC noutros contextos organizacionais.

As IES são organizações de conhecimento intensivo e a sua competitividade, bem como a seu valor para a sociedade, são extremamente dependentes da capacidade de desenvolver, mobilizar e transferir conhecimentos atualizados, num processo permanente de reconstrução. É evidente o papel crucial da PC num contexto destes. No entanto, vários fatores, como a cultura individualista que predomina em muitas universidades (Fullwood, Rowley & Delbridge, 2013), funcionam como barreiras à PC, limitando o papel fundamental das instituições académicas no desenvolvimento de conhecimento com valor económico e social. É, por isso, necessário aumentar o conhecimento sobre a PC nas IES.

Os resultados acima expostos mostram que, apesar de haver muitos estudos publicados em revistas científicas que, de alguma forma, abordem a PC associada a académicos ou ao corpo docente do ensino superior, é reduzido o número daqueles que fazem uma análise empírica quantitativa com recursos à família de modelos de regressão. Mais reduzida é a diversidade geográfica das aplicações empíricas, com grande escassez de estudos nas áreas geográficas de maior tradição académica, como Europa e América do Norte, e uma concentração na Ásia, com especial incidência na Malásia. Ainda assim, é possível dividir as publicações analisadas em dois grupos: as que se orientam pela TPB, considerando assim que os académicos tenderão a partilhar conhecimento quando têm crenças positivas relativamente aos resultados dessa partilha, relativamente às perceções dos outros sobre o comportamento de partilha, e relativamente aos mecanismos que poderão favorecer ou dificultar a realização do comportamento; e as que procuram explicar os comportamentos de partilha recorrendo a um conjunto de variáveis individuais e organizacionais, onde se destaca, pelo número de ocorrências, o sistema de recompensas organizacionais para a PC. Alguns destes artigos empregam variáveis e relações previstas nas teorias de troca social, sem, no entanto, conceptualizarem explicitamente essa filiação teórica.

Destes resultados, retira-se a ideia de que se poderá aumentar o conhecimento sobre a PC nas IES por duas vias: recorrendo a modelos que vieram complementar a TPB, nomeadamente considerando os desejos, o hábito e, sobretudo, a componente afetiva das expetativas sobre os resultados do comportamento, como é o caso do modelo do comportamento orientado para metas; considerando a importância das ligações afetivas com colegas, com equipas, departamentos, faculdades, centros de investigação, etc. que se desenvolvem na sequência de relações de troca e de partilha, mecanismos que posem ser estudados no quadro da SET e mais propriamente da ATSE. Esta abordagem é da maior relevância para a compreensão

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do fenómeno de PC nas IES devido a, pelo menos, duas ordens de fatores: há pelo menos um estudo que demonstra que os professores universitários se sentem bastante mais afiliados à área disciplinar do que à universidade onde trabalham (Fullwood et al., 2013), sendo, por isso, lógico estudar em que medida partilha e afiliação se relacionam nas IES; mecanismos mais tangíveis e mais diretos de troca, como um sistema de recompensas de PC, têm efeitos bastante modestos sobre o comportamento, como ficou demonstrado na análise que acima foi feita.

No que concerne às limitações deste estudo, deve admitir-se a possibilidade de as palavras-chave utilizadas na pesquisa e recuperação da informação e/ou que as bases selecionadas não terem sido as mais eficazes para o objetivo do estudo. Apesar de as bases de dados Thomson Reuters Web of Science, Scopus e ProQuest serem reconhecidas no meio académico, verificou-se que a larga maioria (89%) dos artigos sinalizados não corresponderam aos critérios definidos para a elaboração da revisão quantitativa. Por outro lado, os 25 analisados têm pouca representatividade geográfica e cultural, como já foi assinalado. No entanto, estas limitações não comprometem o objetivo e a utilidade deste trabalho, uma vez que estão identificadas as vias de progressão do conhecimento nesta área, como descritas no parágrafo anterior.

Agradecimento

Este trabalho é parcialmente financiado por: Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, na sua componente FEDER, através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) [Projeto nº 006971 (UID/SOC/04011); Referência do Financiamento: POCI-01-0145-FEDER-006971]; e por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UID/SOC/04011/2013.

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Como citar este capítulo:

Sousa, N., Marques, C. P. & Leal, C. (2017). Partilha de conhecimento entre docentes do ensino superior. Uma revisão quantitativa da literatura. In: F. Matias, José António C. Santos, C. Afonso, C. Baptista, C. M. Q. Ramos, & M. C. Santos (Eds.), Estudos de Gestão e Empreendedorismo (pp. 651-666). Faro: Universidade do Algarve.

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Figura 1: Seleção de artigos para revisão
Tabela 1: Artigos objeto de revisão quantitativa
Figura 2: Principais antecedentes de intenção e comportamento de PC
Figura 3: Efeito direto sobre a intenção de partilha de conhecimento
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