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Trabalho e Geração Y: trajetórias de inserção de jovens das camadas populares no mercado de trabalho

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Academic year: 2021

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Relatório Final PIBIC/2017

Trabalho e Geração Y: trajetórias de inserção de jovens das camadas

populares no mercado de trabalho

Aluno: André Luís Regis da Silva Orientadora: Ana Heloísa da Costa Lemos

1. Introdução

O objetivo do presente trabalho foi compreender as expectativas associadas ao trabalho de jovens, procedentes das camadas populares pertencentes à geração Y. Embora este seja o maior contingente de ingressantes no mercado de trabalho, há poucos estudos que buscam compreender o porquê dessa geração encontrar tantos desafios que divergem de suas expectativas. Percebe-se, também, que a maioria dos estudos presentes na literatura brasileira sobre o tema concentra-se em compreender as expectativas dos jovens que possuem condições financeiras mais favorecidas. Esta constatação motivou a presente pesquisa que buscou traçar um comparativo entre as características da geração Y que aparecem na literatura e as expectativas desses novos ingressantes, pertencentes à camada social menos favorecida

A entrada da geração Y faz com que muitas organizações busquem se moldar às suas expectativas e anseios gerando assim, desafios constantes, no que tange à gestão de pessoas. Portanto, seguindo essa tendência, este artigo buscou entender o que esses novos integrantes procuram e esperam, quais os desafios a enfrentar e o que almejam para se sentirem realizados profissionalmente. No que tange o processo de inserção destes jovens no mundo do trabalho, geralmente, iniciada na escolha do curso universitário, no desdobramento da vida social universitária e nas experiências de estágios, acredita-se que é neste caminho que há a consolidação de suas escolhas e expectativas e, que muitas das vezes, há mudanças e incertezas neste processo, uma vez que este processo é dinâmico.

Para conhecer as expectativas destes jovens buscou-se entender, por meio de quinze entrevistas com jovens universitários de uma Instituição de Ensino Superior (IES) Privada, oriundos de estratos sociais menos favorecidos, os motivos que os levaram a escolher o curso de administração e a universidade acrescentando a sua vivência universitária. Esses “Yrs” foram divididos em dois grupos: um composto por aqueles que estudam e já vivenciam o mundo corporativo, indagando a escolha do trabalho e as suas expectativas e, o outro, por aqueles que ainda só estudam.

2. Referencial Teórico

2.1 A Geração Y

Há um grande interesse em compreender as expectativas de jovens no ambiente corporativo, sobretudo por parte das organizações contemporâneas, que são as maiores interessadas em entender esta Geração. Diversos estudos têm se dedicado ao tema,

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destacando a existência de gerações distintas: “Baby Boomers” (Boomers), os nascidos entre a década de 1940 e o início da década de 1960; a Geração X (Xrs), os nascidos entre meados da década de 1960 e o final da década de 1970, e a chamada “geração milênio” ou “geração Y” (Yrs), aqueles nascidos a partir de 1980 (ALSOP, 2008; SMOLA e SUTTON, 2002). É válido ressaltar que não se trata apenas de fazer comparações, já que cada uma destas gerações está inserida em um dado momento ou contexto social e temporal, mas sim de entender as diferenças geracionais que influenciam o ambiente corporativo, a fim de tornar esse ambiente mais propicio e vantajoso tanto para a organização, quanto para os novos ingressantes.

De uma maneira geral, a geração Baby Boomers foi caracterizada por valores tradicionais relacionados ao cumprimento de suas obrigações voltadas à carreira profissional. Já as gerações X e Y tendem a ser mais criteriosas e prudentes, possuindo capacidade de ver e agir, buscando sempre a autorrrealização, satisfação, anseios pessoais, sociais e ambientais. Além disso, tendem a ser mais cooperativas e participativas no trabalho (SMOLA; SUTTON, 2002; ZEMKE; RAINES; FILIPCZAK, 2000).

Vale ressaltar que, no atual contexto globalizado, dinâmico e tecnológico, a visão de mundo do jovem contemporâneo mudou; a palavra “trabalho” não é sinônimo de possuir um emprego fixo em uma organização – como as Gerações Baby Boomers e X almejavam -, mas sim fazer o que se gosta, o que se deseja e o que se faz bem – características da Geração Y. Esta juventude tende a ser mais flexível e experimentar todas as formas possíveis dentro de sua carreira profissional. Portanto, hoje em dia, torna-se raro construir uma carreira profissional em uma única organização. Sendo assim, as organizações contemporâneas possuem um grande interesse em compreender as expectativas desses novos entrantes a fim de ajustarem-se para recebê-los.

Um estudo voltado a investigar a empregabilidade dos jovens administradores, Lemos, Dubeux e Pinto (2011) realizaram uma pesquisa com formandos, oriundos das diversas classes sociais, de uma universidade situada no Estado do Rio de Janeiro, com vistas a verificar a eventual correlação entre o capital econômico dos alunos e o acesso a oportunidades profissionais. A pesquisa contrapôs a Teoria Disposicionalista de Bourdieu (1988), cujo foco central é a reprodução social à Teoria do Capital Humano (SCHULTZ, 1967), no que tange o investimento em educação na qualificação da população, faz- se elevar as oportunidades e produtividade do ser humano. O resultado encontrado corroborou a tese de Schultz permitindo afirmar que a educação é um fator que equaliza as chances de conseguir um emprego de qualidade

De forma a entender as expectativas, os fatores que influenciam o comportamento, os valores e a vida dos jovens da geração Y, Cavazotte, Lemos e Viana (2012) realizaram um estudo qualitativo com vistas a compreender as expectativas de jovens estudantes de administração com relação a sua inserção profissional futura nas organizações. Comparando os resultados obtidos nas entrevistas com os da literatura sobre os Yrs, os autores observaram que há aspectos relativos à inserção no mercado de trabalho que se assemelham com os das gerações anteriores, tais como recompensas tangíveis e intangíveis. Entretanto, é nítido que os jovens da geração Y esperam realizar tarefas variadas e estimulantes, ter prazer e autonomia na realização das tarefas, aspectos esses que validam observações das literaturas mais recentes.

A literatura, ao citar características dos jovens da geração Y, tende a afirmar que esta juventude contemporânea é homogênea. Sendo assim, faz-se uso da generalização, ignorando, ao menos parcialmente, os aspectos sociais, econômicos, étnicos e culturais, ao abordar a inserção dos jovens no mundo corporativo (LEMOS 2012). No Brasil, especificamente, há um grande número de jovens que não trabalham e com baixas

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perspectivas de conseguir um emprego, não possuindo muitas das características que moldam os jovens dessa “geração milênio”, tais como: ambição, foco em suas carreiras e busca pela qualificação profissional. Portanto, Lemos (2012) destaca que essas diferenças devem ser levadas em consideração, a fim de um maior entendimento das expectativas e aspirações dessa geração ingressante no mercado do trabalho. E, para tal, grande parte das organizações, atualmente, buscam compreender esses anseios e comportamentos desses novos ingressantes pertencentes à geração Y.

3. Aspectos Metodológicos

A presente pesquisa procurou entender o processo de inserção de jovens universitários, oriundos das camadas populares, no mercado de trabalho. A metodologia adotada nesta pesquisa foi de natureza qualitativa, com um roteiro composto por perguntas abertas a fim de investigar, de forma ampla, o processo de inserção dos jovens entrevistados na IES e no mercado de trabalho, possibilitando a compreensão, de forma subjetiva, dos aspectos relacionados pelos entrevistados.

Todas as entrevistas foram gravadas e integralmente transcritas. O contato com os jovens entrevistados foi realizado através de conhecimento pessoal, ou seja, pelo convívio do entrevistador com os entrevistados com o perfil definido na pesquisa.

Foram realizadas entrevistas a partir de um roteiro estruturado com oito perguntas, para os jovens que atualmente só estudam, e dez perguntas, para aqueles que trabalham e estudam.

Foram entrevistados quinze jovens universitários, nascidos entre o ano de 1984 e o ano de 1994, período relativo à Geração Y. O quadro de entrevistados foi composto por sete estudantes que já possuem contato com o mercado de trabalho e oito que ainda não possuem experiência, apenas se dedicam aos seus estudos na universidade.

Quadro 1 – Identificação dos entrevistados

Entrevistados Atuação E1 Estudam E2 Estudam E3 Estudam E4 Estudam E5 Estudam E6 Estudam E7 Estudam E8 Estudam

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E9 Estudam/Trabalham E10 Estudam/Trabalham E11 Estudam/Trabalham E12 Estudam/Trabalham E13 Estudam/Trabalham E14 Estudam/Trabalham E15 Estudam/Trabalham

4. Análise dos Resultados

De acordo com os relatos analisados pode-se identificar os aspectos importantes no percurso de inserção desses jovens universitários das camadas populares, na Universidade e no mercado de trabalho.

Com base nas entrevistas foi possível identificar características descritas pela literatura dos jovens da Geração Y, tais como a busca por um ambiente de trabalho mais dinâmico, onde possam aplicar seus conhecimentos, com o propósito de obter resultados esperados, mostrando assim toda a sua capacidade e dedicação.

Visto que todos esses aspectos são importantes para o seu bem estar e a sua felicidade, o jovem desta Geração não está muito preocupado com os fatores higiênicos, tais como o salário, prêmios de produção e benefícios, mas sim com as oportunidades que lhes são oferecidas, com o reconhecimento pelo seu trabalho e com o desenvolvimento em suas funções. Além disso, por serem multifuncionais e desejarem um ambiente amplo e diverso, os “Yrs” não se sentem bem em um ambiente monótono, fonte de frustração, conforme destacado em algumas entrevistas.

Em relação à vida pessoal, percebeu-se que esses novos ingressantes procuram conciliá-la com sua vida profissional, almejando horários flexíveis e que não interfiram no seu ambiente social, familiar ou pessoal.

Outro ponto destacado pelos entrevistados, que já se atuam no ambiente corporativo, é fato de estarem, neste momento, frustrados com as atividades desempenhadas em seus trabalhos, pois este ambiente, segundo eles, encontra-se monótono e muitas das vezes, mecanizado. Essa constatação corrobora o aspecto levantado pela literatura sobre os Yrs, que afirma que estes estão sempre mudando de emprego.

4.1 A escolha do curso superior e do curso de administração

É possível observar que a escolha do curso de administração, pelos entrevistados, deu-se em busca de oportunidades de mudança de vida em contraste com a realidade vivida. Os entrevistados possuíam uma expectativa salarial alta, ou seja, o desejo de obter crescimento financeiro, como forma de tentar superar a barreira de desigualdade social.

“Então, fazer um curso superior foi uma maneira que vi de tentar mudar a minha realidade e da minha família.” (E11)

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gostasse de organizar, planejar, tomar conta da situação e resolve-la... de tanto ouvir as pessoas dizerem que administração seria um caminho mais fácil para eu crescer, eu comecei a refletir.” (E2)

“Minha mãe é orientadora pedagógica, então sempre tive na cabeça que eu tinha que fazer faculdade. Alguma coisa que me desse renda, para poder ter dinheiro para empreender.” (E4)

“Olha querer mudar de vida, querer dar uma vida melhor para minha mãe e não

ter que viver com meus pais trabalhando para viver, ter uma situação melhor, é exatamente isso.” (E7)

Percebeu-se, também, que alguns tinham dúvidas quanto ao curso escolhido:

“Fiz um teste vocacional” (E1)

“Eu pesquisei antes, eu fiz introdução a administração aqui na PUC por um semestre e daí eu gostei e fiquei me identifiquei com o meu perfil das matérias da escola e as matérias que a gente ia ver aqui em administração” (E7)

Mas outros estavam bem seguros de sua escolha pelo curso de Administração, em alguns casos por influência de pessoas próximas:

“Acho que foi um caminho natural, sempre onde eu estudei os meus colegas sempre tiveram a ambição de terminar o colégio e procurar faculdade e meus pais sempre me incentivaram a não ficar estagnada e terminar o colégio e sair para o mercado.” (E10)

“Cara, foi a paixão por números, pois sempre fui bom em matemática, sempre gostei de números, sempre gostei de pessoas também e de planejamento, de organizar as coisas, de ter noção do que vai acontecer amanhã, seja na parte do dinheiro, seja na parte do planejamento do dia, logística, tudo mais. Aí fui procurando uma faculdade que estivesse isso tudo, ai quando vi a grade de administração pensei que iria me identificar bastante, atirando certo, certeiro.” (E11)

“Acho que o curso é muito completo por juntar tudo isso. Dentro de empresa, a gente aprende a parte financeira, a gerir as pessoas, sobre marketing, o negócio da empresa em si, é isso que acho fascinante em administração os ramos que ela te dá para trabalhar e como atuam em sinergia. Foi isso que me deixou fascinado na faculdade.”

(E11)

“Escolhi administração porque eu quero abrir minha própria empresa, sempre tive isso na minha cabeça.” (E12)

“Fui altamente influenciada pelo meu namorado, que já começou fazendo administração, eu comecei fazendo engenharia de produção, eu sabia que eu queria mexer tanto com números quanto com pessoas e ai eu fiquei em dúvida entre esses dois cursos, fui para engenharia me dei mal com algumas matérias que a engenharia tem

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como física, e ai como meu namorado já estava fazendo administração ele meio que me puxou para esse curso e eu acabei indo, sendo que eu gosto muito to super me identificação e assim, é meio clássico falar isso mas assim, tem um leque muito amplo, posso fazer muita coisa e assim é um curso legal.” (E9)

4.2 Por que a PUC?

A escolha da PUC foi motivada, de forma quase unânime, pela qualidade da instituição, por seu reconhecimento e reputação tanto nacional quanto internacional. A vontade de pertencimento que a universidade gera nos estudantes por serem “Filhos da PUC” foi um grande motivador desta escolha, além da atratividade do campus que proporciona integração e acolhimento entre todos os estudantes:

“Diploma da PUC tem um peso!” (E1)

“Caramba, a PUC! Uma das melhores universidades!” (E2)

“Eu me sinto em casa. Quando eu penso que venho para PUC, eu venho feliz!” (E3)

“A vontade de pertencer! A PUC oferece professores excepcionais, você ter salas boas, não ter o risco da greve...” (E4)

“Não sei... acho que tem uma aura em cima da PUC, é como se fosse uma

entidade, só sai profissional, parece que você entra na PUC e sabe que a sua vida vai dar certo, se eu falar que eu me formei na PUC o cara vai me contratar com certeza.” (E7)

“Cara, foi a qualidade de ensino! Poderia ter ido para a faculdade pública, mas

quando vi a estrutura da PUC e conhecia uma galera que já estudava aqui e falou bem, mais próximo da minha casa também e acabou tudo casando. (E11)

“A bolsa, porque eu sabia que a PUC dava bolsa e a faculdade também é do lado

da minha casa” (E12)

“A PUC tem um nome tem história, daqui saem os melhores, então assim é realmente a universidade, ter um nome PUC no currículo é outra coisa.” (E9)

4.3 Expectativas relativas ao curso escolhido

Como forma de entender o que esses jovens esperavam, antes de começar a estudar, foi possível observar expectativas de um curso de qualidade:

“Eu tinha expectativas muito altas em relação aos professores.” (E5)

“Eu acho que é um curso que vai me agregar muito como profissional, por tudo que eu já falei anteriormente, pela versatilidade que o curso te dá, pela diversidade de conhecimento que a gente tem ao longo da faculdade, de várias áreas” (E11)

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“Bom em relação ao curso eu esperava que seria um curso sensacional a PUC é uma entidade então, qualquer coisa que eu fizesse na PUC seria bom, mas assim curso de administração que meu namorado sempre dizia que era muito bom, que aqui tinha uma estrutura sensacional, você tem as melhores salas, os melhores professores, o melhor conteúdo, então assim eu não esperava nada diferente do que é, ta superando as expectativas.” (E9)

Mas muitos entrevistados também esperavam encontrar um curso muito elitizado, no qual não se sentiriam facilmente incluídos:

“... só tem gente rica lá! Eu achava que seria a única da periferia. [...] Vai chegar todo mundo de BMW me chamando para umas festas de R$300,00 e eu vou falar ‘tô dura’!”” (E1)

“Eu esperava que fosse menos inclusiva.” (E10)

“Eu cheguei com uma visão pre-construída e, conforme eu fui avançando, eu fui desconstruindo essa visão. Cheguei com medo de não adaptar.” (E5)

“Eu não sabia que era um curso tão difícil! Vou admitir, é bem puxado! Achei que não fosse me sentir bem aqui dentro, porque a classe é bem diferente...” (E3)

4.4 A vivência universitária

Como forma de entender se essas expectativas foram confirmadas ou não, os jovens foram indagados acerca da confirmação dessas expectativas iniciais. Muitos relatarem que se sentiram muito mais incluídos do que esperavam:

“É uma universidade que te abraça em muitos sentidos. Tem um campus belíssimo que consigo relaxar. Além de promover a meditação, há o ‘Intervalo Cultural’ o qual promove integração com outras pessoas de outros cursos. Através de intercambio, eu mantenho contato com outras nacionalidades, com outra visão de mundo, gera empatia e comunicação, que são coisas primordiais no mercado de trabalho.” (E1)

“A gente cria laços de amizades muito fortes aqui na faculdade. É tudo muito intenso!” (E2)

“A PUC me acolheu e me ajudou a me manter aqui. Não só me deu bolsa, mas me ajuda a me manter aqui.” (E5)

“Hoje eu vejo completamente diferente, eu vejo um campus muito inclusivo e

pelo menos as pessoas com que eu tive experiência que eu tive contato sempre tentando ajudar uma a outra, sem querer ser melhor em cima do outro ou tipo qualquer outra coisa.” (E10)

“Pelo fato de eu ser bolsista a PUC tem várias coisas que ajudam os bolsistas como o FESP, por exemplo, eu vou daqui para o estágio então eu tenho a oportunidade de almoçar na PUC, eu tenho a oportunidade de conseguir livros na PUC, eu tenho

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impressões de graça aqui na PUC, o FESP também dá xerox de graça, então assim tá sendo superada por que eu não tinha expectativa que os bolsistas tinham tantos incentivos.” (E9)

“O que mudou de expectativa foi o preconceito que todo mundo tem antes de entrar aqui, que você pensa que a faculdade funciona de um jeito, funciona para quem paga mensalidade, mas na realidade não é assim. Então, quebrou a expectativa, mas de forma bem positiva. Meu ciclo social aumentou mudando para um patamar de pessoas que não tinha acesso antes, pessoas de classe alta, né? Você começa ter acesso ao aniversário dessas pessoas e eu acho isso muito engraçado, porque você vai, frequenta a casa dessas pessoas e vê que é outro mundo, um mundo diferente e pros jovens da sua pesquisa são quase inatingíveis e estudando aqui você tem acesso a isso” (E11)

Apenas a distância física de suas moradias parece comprometer, um pouco, esta integração:

“Só não consigo aproveitar tudo, porque tenho horário para chegar em casa, porque tenho que acordar cedo no dia seguinte.” (E3)

“No inicio era meio difícil, porque morava em Campo Grande, então para mim, era muito cansativo. Mas, ao decorrer, eu encontrei pessoas com essa mesma dificuldade e acabamos nos juntando e morando aqui perto. Aí, melhorou muito a minha qualidade de vida.” (E5)

O apoio dos professores e funcionários também foi apontado como fundamental para este sentimento de pertencimento:

“Funcionários, professores e coordenadores estão sempre dispostos a ajudar. Nunca fui mal atendida.” (E1)

“Eu tenho apoio dos professores. Eu me sinto em casa, só falta a geladeira e o sofá.” (E3)

“Nunca tive problema com os professores, todos eles são muito solícitos na hora de tirar duvida da materia ou se você quiser perguntar alguma coisa sobre a vida, eles te ajudam bastante...” (E11)

A estrutura da universidade e a qualidade do ensino também foram valorizadas, nos relatos:

“Acho a estrutura daqui muito boa, assim de verdade, sem comparação, tenho vários colegas que estudam em pública e é outra coisa...” (E10)

“Eu tenho que correr atrás, e eu me sinto sempre superando os meus limites, eu tenho que manter um CR, eu tenho que manter uma nota, eu tenho que passar, então assim, me faz aprender mais, me faz eu correr atrás, me faz uma pessoa melhor.” (E9)

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4.5 Expectativas relativas ao trabalho

Por último, como forma de entender o que é importante para a escolha do emprego, observou-se que os entrevistados que já trabalham almejam, principalmente, por oportunidades de crescimento, um bom ambiente de trabalho e, preferencialmente, próximo de sua residência.

4.5.1 Oportunidade de crescimento

Uma das características da geração Y, segundo a literatura consultada, é o fato desses jovens buscarem a inovação e, portanto, a autonomia para que se sintam bem em seu ambiente de trabalho (SMOLA; SUTTON, 2002; ZEMKE; RAINES; FILIPCZAK, 2000). Para tal, as organizações precisam se moldar e fazer uma gestão de pessoas a fim de captar os anseios dessa geração, oferecendo um plano de carreira, um nível hierárquico estruturado e uma comunicação que possibilite um bom entendimento entre todos. Essa literatura também postula que esses jovens necessitam de feedback constante, um reconhecimento por seus trabalhos para que se sintam uma engrenagem importante na organização, ou seja, a meritocracia é uma característica muito almejada pelos “Yrs”.Estes aspectos, descritos na literatura sobre os Yrs, também foram destacados pelos entrevistados:

“Não quero ter status, mas ser uma engrenagem importante” (E2) “Um ambiente onde eu possa expor as minhas ideias” (E8)

“Eu conheço uma menina que trabalha na mesma empresa que eu, que o chefe dela, ele não valoriza quem está na equipe dela. [...] Se a pessoa não vir que eu estou me forçando para subir, eu vou ficar irritado e vou sair” (E15)

“Eu quero crescer dentro da empresa, quero ser visto como importante, que valorize a mulher, o negro...” (E1)

“Uma empresa para ter a mim como funcionária, ela tem que olhar para o profissional como o profissional que ele é, pelo conhecimento que ele tem, pela bagagem que ele adquiriu durante toda a sua trajetória pessoal e profissional. Então, a partir disso, escolher um profissional e não por orientação de gênero, cor ou orientação sexual ou religiosa. [...] Eu quero crescer dentro da empresa, quero ser visto como importante, que valorize a mulher, o negro.” (E1)

“Quando eu ficar mais independente, quando eu precisar ser mais independente, acho que dinheiro é uma coisa que vai acabar contando, mas acho que no início da carreira, aprendizado.” (E10)

4.5.2 Um bom ambiente de trabalho

Segundo Lipikin e Perrymore (2010), os jovens não buscam mais a figura do chefe, mas sim a do líder, com o qual podem trabalhar juntos, trocando ideias e ajudando uns aos outros. Assim como ressaltado na literatura, estes jovens não almejam serem vistos apenas como funcionários, não desejam só ter um chefe, mas um mentor.

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uma comunicação mais informal com essa nova geração. Pode-se identificar, nas entrevistas, como pontos considerados importantes, o fato deles conseguirem desenvolver e progredir em um lugar divertido e descontraído, sempre buscando conhecimento através de trocas e contatos com as pessoas

“Um bom ambiente de trabalho seria interagir com as pessoas de uma forma saudável, fazer parte de um objetivo, atingir uma meta” (E2)

“Um ambiente descontraído, eu acredito que eu me adaptaria melhor, porque eu acredito no meu potencial criativo e no ambiente serio eu não conseguiria exercer isso, por causa das leis, das normas e dos regulamentos” (E8)

“Ambiente competitivo [...] Desafios que gosto de tentar ultrapassá-los” (E14)

4.5.3 Local de trabalho mais próximo de sua residência

Todos os jovens entrevistados citaram como sendo muito importante um emprego mais próximo de sua casa. Atualmente, com acesso mais fácil às informações e desejo por qualidade de vida, os jovens buscam mais conforto em sua vida, e o fato de dispenderem muitas horas no trânsito caótico compromete o convívio com a família e amigos, por este motivo, os entrevistados preferem um local de trabalho mais próximo de sua residência, mesmo que tenham que abdicar de salários mais altos. Para eles, a qualidade de vida torna-se mais importante, característica esta que os afasta das outras gerações que preferem desempenhar suas atividades mais estruturadas que, muitas vezes, possam acabar interferindo na vida pessoal e, consequentemente, desenvolvendo um nível de estresse alto.

“Se um dia eu conseguir um trabalho mais perto de casa, mesmo que não seja um grande salário, mas que tenha atividades mais interessantes, eu acho que eu vou ser mais feliz” (E15)

“Acho que eu vou considerar muito a proximidade da minha casa” (E7)

4.5.4 Realização pessoal

Mas os entrevistados não deixarem de citar a valorização e a realização pessoal como características imprescindíveis, na escolha do trabalho:

“Acho que o principal é a realização pessoal, é ir feliz para o trabalho, um pouco também do salário, mas ir feliz,é claro que vem depois outros fatores como a proximidade de casa, pessoas legais.” (E9)

“Para min, no começo, seria a experiência a remuneração, eu sempre busquei independência financeira, até agora não consegui.” (E12)

“Que eu consiga me sentir bem e que me sinto realizada.” (E3)

“Quanto mais liberdade você der para uma pessoa, mais ela pode se desenvolver.” (E6)

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4.6 A escolha do trabalho

Nas entrevistas buscou-se, também, entender o processo de escolha do emprego atual. Em alguns casos a proximidade da moradia foi um critério decisivo, na escolha:

“Quando esse apareceu... eu julguei por ser próximo a minha casa, em Botafogo também e, por ter um horário flexível” (E11)

Em outros, o desejo de ter uma primeira experiência de trabalho, principalmente quando ligada à área de interesse contribui para a escolha:

“Eu gosto muito de esporte, e é uma empresa esportiva, então, estar em contato com o mundo de esporte, que é o que eu mais gosto, me chamou muito atenção, então foi por isso que eu resolvi trabalhar lá.” (E11)

“A oportunidade de estágio estava difícil, esse estágio foi a minha tia que conseguiu para min, contato mesmo, indicação, ai quando eu fui lá como estava difícil de arrumar um estágio eu aceitei, até a parte financeira não era tão alta, mas mesmo assim eu aceitei para pegar experiência.” (E12)

4.7 Experiências de trabalho

Partindo do pressuposto que as experiências são um conjunto de conhecimentos adquiridos ao longo de um determinado tempo, no exercício de uma atividade profissional, que permite ao trabalhador exercer suas funções de forma satisfatória e de acordo com o que espera o seu empregador atual, investigamos, através das entrevistas, como esses novos ingressantes vivenciam as experiências iniciais de trabalho, destacando os aspectos positivos e negativos. Neste caso, é valido ressaltar que, inicialmente, a única bagagem que os entrevistados possuiam era o conhecimento teórico das atividades que desempenham da profissão, adquiridas do âmbito universitário.

“Chega lá, você vê que, claro, que você não vai usar tudo, mas você consegue ver que a sua função tá relaciona com aquilo que você aprendeu em tal aula.” (E1)

Percebeu-se, que há um impacto causado pela inexperiência de saber de comportar neste novo ambiente de trabalho:

“Foram absurdamente diferentes do que eu pensava, para você trabalhar, você tem que ter um comportamento diferente, você tem que ter sempre muita calma para falar com as pessoas, você tem que saber até o tom de voz que você fala, certas brincadeiras não se pode fazer, então assim, você tem que adotar um perfil para você estar no mercado de trabalho.” (E9)

Há, também, a expectativa associada ao cuidado, à atenção que o superior demonstra ao jovem inexperiente:

“Olha, um aspecto que eu acho muito positivo é que, pelo menos, o meu gestor, ele sempre procura ensinar as coisas. No início, ele sentava muito comigo pra ‘aprende a fazer isso, entendeu? tá com dúvida nisso? Vai, lá, me pergunta’. Isso é uma coisa que, quando ele fica meio atarefado, ele fica meio bolado na hora, mas depois ele vem

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falar comigo, ‘eu gosto que você vai lá me perguntar antes de fazer besteira’.’’ (E10)

Mas também, há a construção da relação interpessoal com os primeiros clientes internos da empresa e a sua cultura organizacional:

“Olha, de positivo são os contatos com as pessoas, fornecedores etc. E, de negativo, eu estou tendo que fazer uns trabalhos de apoio, talvez, eu não tivesse fazendo se a empresa fosse um pouquinho mais organizada nos setores, nas atribuições de tarefas. [...] A gente vê como as pessoas se portam no trabalho, como as empresas se relacionam entre si. Como funciona um sistema de uma grande empresa” (E11)

4.8 O problema da frustração

Neste último tópico, destaca-se a frustração apontada pelos jovens entrevistados. Por meio dos relatos foi possível observar que expectativas em relação à carreira ou atividades desempenhadas não estão sendo atingidas, pois elas esbarram num ambiente que não conseguem enxergar perspectivas de crescimento e desafios alcançáveis que possibilitam experiências práticas e realização pessoal. Essas experiências entrem em chouqe com a ideia construída, pelos entrevistados, de conseguirem colocar em prática os conhecimentos absorvidos no mundo acadêmico.

Pode-se inferir que as dificuldades enfrentadas, por essa geração, possam ser resquícios das características das gerações anteriores. Os “Yrs” também querem prosperidade econômica, assim como as outras gerações, porém eles querem também se sentir realizados em suas carreiras e, para isso, buscam sempre novos desafios. Portanto, enquanto o ambiente organizacional se encontrar monótono, esses jovens estarão infelizes e frustrados.

“Gostaria de um trabalho mais dinâmico. [...] O meu trabalho, hoje em dia, é muito monótono, é uma rotina... todo dia eu chego e faço aquilo. E eu não quero isso!” (E13)

“Quando você vai para o mercado de trabalho, eu não sei se é uma questão só de ser estagiário, mas eu vejo isso até de pessoas de altos níveis, que o que eles fazem é Excel o dia inteiro. São umas análises meio toscas, umas coisas meio superficiais, umas coisas que parecem só para entregar, sabe? E isso me deixa meio frustrado. Parece que é tudo muito padronizado. [...] Quando me candidato a uma vaga, eu olho muito o perfil da vaga, se traz dinamismo” (E15)

Portanto, concluímos, através da análise das entrevistas, mais semelhanças do que disparidades entre os posicionamentos dos jovens entrevistados e o perfil apresentado na literatura que retrata a Geração Y (SMOLA; SUTTON, 2002; ZEMKE; RAINES; FILIPCZAK, 2000). Estes jovens são ousados, determinados, buscam conhecimentos, oportunidades para evoluir, aprimorar na profissão em um bom ambiente de trabalho, interagindo com as pessoas de uma forma saudável, superando suas dificuldades. Prezam pela meritocracia e por um trabalho mais próximo de sua residência, por um plano de crescimento para que possam ser reconhecidos, fazer algo que tenha valor e ser uma engrenagem importante no mercado de trabalho

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oportunidade de crescimento, um bom ambiente de trabalho, frustração de suas atividades empenhadas, local de trabalho mais próximo de sua residência e a realização pessoal. Foram estes os pontos mais levantados pelos jovens entrevistados.

5. Considerações Finais

O interesse em conhecer os principais condicionantes da inserção de jovens universitários, oriundos de camadas populares, em uma Instituição de Ensino Superior Privada (IES), bem como suas expectativas com relação à inserção no mercado de trabalho, motivou a realização deste presente trabalho. Para tal fim, foram entrevistados jovens nascidos entre os anos de 1984 e 1994, que se encontram no processo de inserção universitária e profissional.

No que tange à escolha do curso superior, especificamente à escolha da PUC, observou-se a busca da mudança de vida por meio das oportunidades tais como o acesso à educação de qualidade, excelência e uma infraestrutura moderna. A reputação positiva da universidade reconhecida também foi um aspecto valorizado. Além da assistência permanente encontrada na IES, que proporciona o direito a uma refeição diária, livros, cem impressões renovadas a cada período estudado, acesso a qualquer tipo de apoio psicológico, professores renomados e de excelência acadêmica, com vasta experiência de mercado e, também, de pesquisa cientifica. E, por último, mas não menos importante, um campus acolhedor que integra a diversidade da instituição.

Concluímos, através da análise das entrevistas, mais semelhanças do que disparidades entre os posicionamentos dos jovens entrevistados e o perfil apresentado na literatura que retrata a Geração Y, embora a literatura generalize todos os jovens, sem distinção de poder aquisitivo.

Conforme apresentado no item de análise, esses jovens entrevistados apresentam características descritas na literatura da Geração Y, tais como o reconhecimento por fazer algo que tenha valor, prezando pela realização pessoal, motivados pelo desafio constante de múltiplas tarefas. Além disso, prezam por qualidade de vida ao buscar um ambiente de trabalho informal, descontraído e dinâmico, no qual possam interagir de uma forma saudável, fazendo parte de um objetivo maior. Eles desejam, se possível, trabalhar próximo ao local onde residem, evitando assim o tempo gasto com mobilidade urbana. De mesmo modo, esperam que este ambiente seja flexível, onde possam usar autonomia e criatividade. Porém, observou-se que alguns jovens entrevistados encontram-se frustrados com as atividades desempenhadas. Essa constatação, por mais que não seja muito presente na literatura, é um aspecto a ser pesquisado, pois parece que essa Geração tem expectativas muito elevadas com relação à inserção no mundo do trabalho.

É válido ressaltar, finalmente, que esta nova geração vem buscando suas próprias características e anseios pessoais. Esta geração acredita que é possível trabalhar de forma eficaz, ganhando bem, de forma criativa e dinâmica, com horários flexíveis, sem nenhuma preocupação com vestuário, agregando ideias e conhecimentos de forma mais natural.

É notável reiterar que, mais do que pensar em um plano de carreira, os “Yrs” pensam em adquirir conhecimento e networking. E, por fim, eles almejam por autonomia e desafios, ou seja, querem ser testados ao desempenharem suas atividades.

Acredito que as organizações contemporâneas já estão se moldando às características dessa geração e percebendo que este caminho pode ser muito vantajoso para ambos: se o gestor conseguir captar a mensagem que a Geração Y envia, a empresa e o “Y” trabalharão mais engajados e de forma muito mais eficaz.

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Portanto, acho válido e extremamente importante finalizar este projeto tão enriquecedor para minha formação profissional, como um estudante de administração, pertencente a este grupo de jovens, com um trecho da entrevista de um “Y”:

“Uma empresa para ter a mim como funcionária, ela tem que olhar para o profissional como o profissional que ele é, pelo conhecimento que ele tem, pela bagagem que ele adquiriu durante toda a sua trajetória pessoal e profissional. Então, a partir disso, escolher um profissional e, não por orientação de gênero, cor ou orientação sexual ou religiosa.” (E1)

6. Referências

ALSOP, R. The trophy kids grow up: how the millennial generation is shaking up the workplace. São Francisco: Jossey-Bass, 2008.

SÁ, P.F.; LEMOS, A.H.C.; CAVAZOTTE, F.S.C.N. Expectativas de Carreira na Contemporaneidade: O que Querem os Jovens Profissionais? Revista ADM.MADE, v. 18, n. 2, p. 8-27, maio/agosto. 2014.

CAVAZOTTE, F.S.C.N.; LEMOS, A.H.C.; VIANA, M.D.A. Novas gerações no mercado de trabalho: expectativas renovadas ou antigos ideais? Cadernos EBAPE.BR, v. 10, n. 1, p. 162-180, mar. 2012.

CAVAZOTTE, F. S.C.N.; LEMOS, A. H.C, VIANA, M. D.A. Relações de trabalho contemporâneas e as novas gerações produtivas: Expectativas renovadas ou antigos ideais? XXXIV Encontro da Anpad. Rio e Janeiro: Anpad, 2010

ERICKSON, T. Plugged in: the generation Y guide to thriving at work. Boston. Harvard Business Press, 2008.

LEMOS, A.H.C. Juventude, Gerações e Trabalho: Ampliando o Debate.O&S, v. 19, n. 63, p. 739-743, outubro/dezembro. 2012.

OLIVEIRA, S.O; PICCININI, V.P; BITENCOURT, B.M. Juventude, Gerações e Trabalho: É Possível Falar em Geração Y no Brasil?O&S, v. 19, n. 62, p. 551-558, julho/setembro. 2012.

LEMOS, A.H,C. Empregabilidade e individualização da Conquista do emprego, in: COSTA, Isabel de Sá Affonso da. BALASSIANO, Moisés. Gestão de Carreiras: Dilemas e Perspectivas. Editora Atlas. São Paulo, 2006

SMOLA, K.; W.; SUTTON, C.D. Generational differences: revisiting generational work values for the new millennium. Journal of Organizational Behavior, v. 23, n. 4, 2002.

ZEMKE, R.; RAINES, C.; FILIPCZAK, B. Generations at work:

Managing the clash of veterans, boomers, xers, and nexters in your workplace. Nova York: AMACOM, 2000

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