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IMPLEMENTAÇÃO DE GRUPOS SEMI-AUTÔNOMOS: FASES E CUIDADOS CRÍTICOS

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Academic year: 2021

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(1)

MANUFATURA CELULAR E FLEXIBILIDADE

PRODUTIVA

IMPLEMENTAÇÃO DE GRUPOS

SEMI-AUTÔNOMOS:

FASES E CUIDADOS CRÍTICOS

Prof. Kairo de Barros Guimarães

Adaptado de:

Prof. Ricardo Souza Siviero

(2)

DESENVOLVIMENTO DE UMA “VISÃO”

DO QUE SE ALMEJA

START-UP: Posicionamento da alta cúpula da organização

•Definir grandes metas;

•Comandar a formação do Comitê de Coordenação.

RESPONSABILIDADES DO COMITÊ DE COORDENAÇÃO

•Dirigir o processo desde o início;

•Buscar compromisso comum sobre como o projeto será

desenvolvido na empresa (não deve ser decisão unilateral da

alta cúpula);

•Decidir sobre a continuidade do projeto (viabilidade técnica e

organizacional).

(3)

OBTENDO UM RETRATO DA SITUAÇÃO

ATUAL E DETALHAMENTO DA MUDANÇA

ELABORAÇÃO CONJUNTA DE UM DIAGNÓSTICO

MAIS DETALHADO DA ORGANIZAÇÃO

Discutir as diferentes visões sobre os problemas;

Abordar

aspectos

críticos

do

desempenho

organizacional:

Variabilidades do processo produtivo;

Interfaces Fábrica x Áreas de Apoio;

Estrutura e dinâmica organizacional;

Aspectos comportamentais

(4)

OBTENDO UM RETRATO DA SITUAÇÃO

ATUAL E DETALHAMENTO DA MUDANÇA

FORMAÇÃO DO “GRUPO DE PROJETO”

Responsável

pelo

detalhamento

do

projeto

organizacional;

Formado por representantes de áreas chaves como:

Produção;

Manutenção;

Finanças;

Recursos Humanos;

Qualidade;

Sistemas de Informação.

(5)

QUESTÕES A SEREM TRATADAS PELO

GRUPO DE PROJETO

•Consideração dos princípios de gestão por processos;

•Mudanças no processo produtivo;

•Layout

•Aquisição de equipamentos

•Dispositivos que facilitem a autonomia dos grupos

•Definição de áreas pilotos;

•Selecionar áreas com mais chance de sucesso

•Evitar riscos excessivos que comprometam nova tentativa

•Processo de seleção dos componentes;

•Programa de treinamento (técnico, comportamental);

•Autonomia dos grupos (o que pode ou não fazer);

•Discussão dos níveis hierárquicos, novos papéis e responsabilidades;

•Sistemas de apoio (avaliação, remuneração, comunicação etc.);

(6)

CRITÉRIOS SOCIOTÉCNICOS PARA A

CONCEPÇÃO DA NOVA ORGANIZAÇÃO

1. GESTÃO POR PROCESSOS

Horizontalização dos fluxos e quebra dos silos funcionais

Estruturação da empresa em processos

2. PARALELIZAÇÃO

 Projeto organizacional para reduzir as variabilidades de

entrada

 Iniciativas como: famílias de peças, arranjo celular, minilinhas

de montagem (Volvo/Kalmar) 3. SEGMENTAÇÃO

Minimiza variabilidades internas por meio de redução de interfaces com áreas externas

Define conhecimentos e formas de intervenção do grupo sobre: manutenção, qualidade, planejamento e programação da produção e desenvolvimento de novos produtos

(7)

CRITÉRIOS SOCIOTÉCNICOS PARA A

CONCEPÇÃO DA NOVA ORGANIZAÇÃO

4. SISTEMAS DE CONTROLE/ESTRUTURA DE PRODUÇÃO

Princípios para viabilizar a controlabilidade das operações por grupos semi-autônomos

1º PRINCÍPIO: projetar primeiro a estrutura da produção (layout, fronteiras organizacionais, mix de produtos) e depois planejar a estrutura de controle.

2º PRINCÍPIO: projetar a estrutura de produção segundo o enfoque top-down (do geral para o particular; do estratégico para o organizacional).

3º PRINCÍPIO: o projeto da estrutura de produção precede o da tecnologia de processo (equipamentos).

4º PRINCÍPIO: projetar a estrutura de controle de forma

bottom-up.

Estes princípios visam principalmente:

Definir as mínimas especificações técnicas (aquelas que merecem controle)

Evitar a aquisição de equipamentos e sistemas informáticos não compatíveis com a estrutura de produção almejada.

(8)

FASES DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO:

O LADO COMPORTAMENTAL

Processo longo com contínuo investimento em três tipos de

habilidades de seus componentes:

•HABILIDADES TÉCNICAS – para possibilitar o conhecimento

cada vez maior dos processos sob responsabilidade do grupo

•HABILIDADES

ADMINISTRATIVAS

para

assumir

gradativamente

responsabilidades

de

supervisores

e

chefias

(elaboração

de

relatórios,

monitoramento

e

avaliação

dos

processos, programação da produção, etc.)

•HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL – para

que os problemas do dia-a-dia da produção possam ser resolvidos

pelos integrantes do grupo

(9)

FASES DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO:

O LADO COMPORTAMENTAL

•FASE 1 – INÍCIO

Escolher os membros dos grupos, treiná-los e definir suas

fronteiras de atuação.

•FASE 2 – ESTÁGIO DE CONFUSÃO

Surgem as dificuldades mais graves de entendimento intra e

intergrupos;

Fase crítica também para os antigos supervisores,

chamados para apoiar os grupos, em vez de controlá-los.

•FASE 3 – GRUPOS CENTRADOS NO LÍDER

Os sinais positivos começam a aparecer (em até um ano);

As diferenças entre horistas e mensalistas começam a ficar cada

vez menos nítidas;

O líder nato se torna uma base de sustentação para o restante do

grupo.

(10)

FASES DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO:

O LADO COMPORTAMENTAL

•FASE 4 – GRUPOS FECHADOS EM SI MESMOS

O grupo tende a considerar-se por demais auto-suficiente;

Desvincula-se do compromisso de contribuir e interagir com o

restante da organização;

Tendência de esconder do resto da organização os problemas

ocorridos.

•FASE 5 – ESTÁGIO DE MATURIDADE

Chega-se a uma relativa estabilidade nas relações internas e

externas de cada grupo;

Entendem e influenciam cada vez mais a necessidade de

modificações nas funções fronteiras e composição do grupo.

(11)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

DEFINIÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO DOS GRUPOS

Questões relevantes a serem respondidas:

Que indicadores foram escolhidos e com que abrangência;Até que ponto os resultados obtidos devem-se aos próprios

grupos;

Como esses indicadores devem ser avaliados e discutidos.Recomendações para a definição de indicadores:

Devem refletir as prioridades e estratégias do negócio;

Devem garantir que o grupo possa interferir nos fatores

que levam a seu atingimento;

Devem ser exequíveis;

O grupo deve influenciar na escolha de indicadores para

uso gerencial;

(12)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

NOVAS FORMAS DE REMUNERAÇÃO E AVALIAÇÃO

Devem ser necessariamente revistos:

Ênfase na produtividade individual;Ênfase em promoções verticais;

Ênfase em promoção devida à senioridade. Devem ser enfatizados:

Desenvolvimento

de

novas

habilidades

(ou

competências);

Comprometimento

com

o

trabalho

e

com

os

respectivos resultados obtidos.

A remuneração por competência premia o que os trabalhadores sabem e não necessariamente o que eles fazem no cotidiano.

O cargo não é definido por um conjunto de tarefas específicas, mas por um conjunto de habilidades exigidas para executá-las.

(13)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

REDEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DA SUPERVISÃO E REDUÇÃO DOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS

Supervisores tendem a exercer um papel de intermediação entre gerência e produção;

Preservar o conhecimento técnico que os supervisores detêm;

Gerentes passam a aproximar-se mais da operação e se voltam para o ambiente externo (oportunidades e estratégias);

Redefinir os responsáveis pelas atribuições das chefias médias (hierárquicas, técnicas e de coordenação);

Supervisores passam a exercer as seguintes funções :

Consultoria Técnica: informações sobre produtos e

processos;

Facilitação:

atuação

centrada

na

melhoria

dos

processos de comunicação intra e intergrupos e destes

com área de apoio e ambiente externo.

(14)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

SERVIÇOS DE APOIO À PRODUÇÃO

Maneiras de realocar os serviços de apoio Recursos Humanos; Qualidade; Manutenção; Sistemas de Informação; Engenharia do Produto e de Processo; Marketing; Finanças e Contabilidade:

1. Manter as áreas de suporte quase da mesma forma, enfatizando seu trabalho como de um grupo orientado para o cliente;

(15)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

CONDUÇÃO DE PROGRAMAS DE TREINAMENTO

Os programas de treinamento são essenciais.

Indicadores que evidenciam a disposição de mudança:  Recursos gastos com treinamento;

Maior nível hierárquico envolvido com o programa.Um programa deve envolver:

Sensibilização (toda a empresa)

Sequência de treinamentos ministrada pelo nível

hierárquico imediatamente superior;

Transição (gerentes e supervisores)

Ampliar sua capacidade de adaptação;

Operação (grupos)

Sensibilização – Técnicas de Produção e Operação –

Habilidades Interpessoais – Metodologia de Solução de

Problemas – Procedimentos Administrativos

(16)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

ENVOLVIMENTO DOS SINDICATOS

Posturas dos Sindicatos frente aos Grupos de Trabalho:

1. Estratégia empresarial que se baseia no aumento da exploração e dominação capitalista;

2. Possibilidade de aumentar autonomia, qualificação, treinamento e remuneração dos trabalhadores envolvidos.Nesses processos é importante a negociação com os sindicatos

(sempre que eles forem interlocutores presentes em um caso de implantação):

A iniciativa de se iniciar por áreas-piloto facilita o

envolvimento sindical com o programa.

(17)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

BUSCA DE UM NOVO COMPROMISSO AO REPENSAR A QUALIDADE DOS FLUXOS INFORMACIONAIS

Objetivo:

Fluxo de informação mais rápido, eficiente e voltado

para resultados empresariais que o ambiente exige.

Recursos:

Diminuição de níveis hierárquicos;Novos papéis para a supervisão;Uso da informática;

Trabalho em grupo;Gestão por processo;Gestão à Vista.

(18)

INICIATIVAS FUNDAMENTAIS

PARA APOIAR A MUDANÇA

BUSCA DE UM NOVO COMPROMISSO AO REPENSAR A QUALIDADE DOS FLUXOS INFORMACIONAIS (continuação)

Condições Necessárias:

Transparência dos critérios de avaliação dos grupos;

Feedback sobre resultados de desempenho empresarial e dos

indivíduos.

Mecanismos para garantir a permanência dos resultados em ambientes cada vez mais instáveis e imprevisíveis:

Criar e formalizar-se um ambiente de discussão e

negociação de resultados e dinâmicas de trabalho e

comportamento em que a gerência, coordenação e

trabalhadores possam estar continuamente revendo-se

e planejando as melhorias que levem ao desempenho

do negócio.

(19)

PONTOS CRÍTICOS NO PROCESSO DE

PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE

GRUPOS SEMI-AUTÔNOMOS

EVITE

PREFIRA

• Iniciar a implantação de

grupos semi-autônomos sem

que os resultados esperados

do ponto de vista do

“negócio”

sejam

discutidos

e

compromissados pela direção

da

empresa

e

pelos

funcionários

envolvidos.

Nenhuma

mudança

organizacional é recomendável

por si mesma.

• Desenvolver um processo de

discussão

em

que

os

benefícios,

investimentos

e

riscos para a direção, gerência

e

funcionários

possam

ser

continuamente objeto de um

compromisso

claro

e

negociado. Nesse sentido, é

importante que se questione a

necessidade e viabilidade de

grupos

semi-autônomos

em

(20)

EVITE

PREFIRA

Precipitar-se

na

implementação

de

decisões

que não tenham sido resultado

de instâncias representativas

da organização, formadas com

objetivo

de

projetar

e

acompanhar a evolução dos

grupos semi-autônomos.

• Trabalhar em grupo desde o

início do processo de mudança

organizacional, por meio da

criação

de

Grupos

de

Coordenação e de Projeto.

• Conduzir mudanças sem que

seus

responsáveis

desenvolvam um diagnóstico

compartilhado

de

seus

problemas.

Iniciar

o

processo

de

mudança com base em um

conhecimento

profundo,

detalhado e compartilhado da

organização tal como ela se

apresenta no momento.

(21)

EVITE

PREFIRA

• Dar importância exagerada ao

princípio de que o aspecto mais importante a ser trabalhado é o lado cultural/comportamental das pessoas envolvidas.

• Considerar de maneira integrada e balanceada os aspectos de projeto organizacional que envolvam também o (re)projeto de estrutura produtiva,

layout, fronteiras organizacionais,

fluxo de informação e dispositivos técnicos que viabilizem o exercício da autonomia.

• Levantar expectativa de que os resultados da implantação de grupos semi-autônomos serão observados rapidamente e de que sua aplicação se restringe somente ao chão de fábrica. Se tais considerações forem imprescindíveis, levante seriamente a hipótese de que talvez não seja esta

a melhor opção de mudança

organizacional para o seu caso.

• Considerar a implantação e seus resultados como um processo de médio a longo prazos, no qual exista espaço para a aprendizagem e contínuo aprimoramento da estrutura e dinâmica de funcionamento de toda organização.

(22)

EVITE

PREFIRA

• Deixar de dedicar tempo considerável à definição dos indicadores de desempenho dos grupos semi-autônomos, bem como às questões que dizem respeito à sua apuração, divulgação, discussão e eventual modificação.

• Considerar os indicadores como ferramenta fundamental para a gestão autônoma nas organizações. Os indicadores representam formalmente o compromisso assumido entre gerência e fábrica na busca de melhores resultados via autonomia e aumento das competências.

• Deixar para um segundo plano a consideração de que é necessário remunerar e avaliar de forma diferente uma nova forma de se organizar o trabalho.

• Investir na mudança dos modelos de estruturação de cargos e salários, de forma a um só tempo sinalizar o compromisso da empresa com a mudança e estimular formalmente um comportamento e postura que se espera dos funcionários.

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