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CGD PENSÕES Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

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CGD PENSÕES S.G.F.P., S.A.

Relatório e Contas 2011

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ÍNDICE

ÓRGÃOS SOCIAIS E AUDITORES ... 3

ESTRUTURA ACCIONISTA... 3

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ... 4

MERCADO DE CAPITAIS ... 7

MERCADO IMOBILIÁRIO ... 11

MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES ... 13

ACTIVIDADE DA CGD PENSÕES... 14

MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO... 15

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS ... 15

CONSIDERAÇÕES FINAIS... 15

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM NOTAS EXPLICATIVAS ... 17

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE ... 42

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ÓRGÃOS SOCIAIS E AUDITORES

Assembleia Geral

Presidente Caixa Geral de Depósitos representada pelo Dr. Pedro Manuel de Oliveira Cardoso Vice-Presidente Dr. Hernâni da Costa Loureiro

Secretário Dr. Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Conselho de Administração

Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito Faria Vice-Presidente Dr. Henrique Pereira Melo

Administrador Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Administradora Dr.ª Marta Maria Cavadas Correia de Magalhães

Órgão de Fiscalização (Fiscal único)

Efectivo Deloitte & Associados, SROC, SA, representada pelo Dr. João Carlos Henriques Gomes Ferreira

Suplente Dr. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

Comissão de Vencimentos

Membro Dr. Vitor José Lilaia da Silva

Membro Dr. Fernando Manuel Simões Nunes Lourenço

ESTRUTURA ACCIONISTA

A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., através da sua participada Caixa Gestão de Activos, SGPS, SA é detentora da totalidade do capital social da CGD PENSÕES – SGFP, S.A.

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RELATÓRIO DA GESTÃO

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Em 2011 a economia mundial voltou a expandir-se, embora o crescimento económico tenha registado um abrandamento no segundo semestre do ano. Depois de uma primeira metade em que a actividade económica registou um ritmo de crescimento forte, em particular nos países emergentes, o segundo semestre foi caracterizado por uma crescente preocupação com o abrandamento da economia.

Ao contrário do ano anterior, a deterioração dos indicadores económicos em muitas regiões do globo levou a que as estimativas de crescimento para 2011, por parte de instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OCDE, entre outras, fossem sucessivamente revistas em baixa. No World Economic Outlook de Setembro de 2011, o FMI estimava um crescimento para a economia mundial em 2011 de 4.0%, percentagem inferior aos 4.4% previstos no relatório de Abril. O FMI alertou ainda, no final de 2011, para o aumento de diversos riscos, nomeadamente de natureza orçamental e financeira.

Taxas (em %)

PIB Inflação Desemprego

2010 2011 2010 2011 2010 2011 União Europeia(a) 2,0 1,6 2,1 3,1 9,7 9,7

Área do Euro 1,9 1,5 1,6 2,7 10,1 10,0 Alemanha 3,6 3,0 2,2 2,7 7,1 6,1 França 1,5 1,6 1,7 2,3 9,8 9,8 Reino Unido 1,8 0,7 3,3 4,5 7,8 7,9 Espanha -0,1 0,7 2,0 3,1 20,1 20,9 Itália 1,5 0,5 1,6 2,9 8,4 8,1 EUA 3,0 1,5 1,6 3,0 9,6 9,0 Japão 4,0 -0,5 -0,7 -0,4 5,1 4,9 Rússia 4,0 4,3 6,9 8,9 7,5 7,3 China 10,4 9,2 3,3 5,4 4,1 4,0 Índia 10,1 7,8 12,0 10,6 n.d. n.d. Brasil 7,5 3,8 5,0 6,6 6,7 6,7

O ano de 2011 ficou marcado pelo agravamento da crise da dívida soberana na Europa. Numa primeira fase acentuaram-se as preocupações com a situação da Grécia, devido aos receios de uma reestruturação da dívida helénica, e estes propagaram-se à situação das finanças públicas de outros estados da periferia europeia. Durante este período, Portugal recorreu aos mecanismos de ajuda conjunta da União Europeia (UE) e do FMI.

Na segunda metade de 2011 assistiu-se a um agravamento do contágio da crise a Espanha e a Itália, enquanto economias denominadas do centro, como a França, a Bélgica, a Áustria ou mesmo a Holanda e a Finlândia, até aqui não afectadas, sofreram também os impactos desta crise.

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Assistiu-se, em consequência do agravamento da crise da dívida soberana, a um novo aumento da aversão ao risco por parte de diversos participantes nos mercados financeiros, sobretudo durante o segundo semestre. Tal traduziu-se, por um lado, numa nova fase de alargamento dos spreads das obrigações de governo, agora não só de economias periféricas. Por outro lado, o mesmo se verificou nas obrigações de empresas, a par de uma mais acentuada redução de novas emissões de dívida privada em mercado, sendo o sector financeiro o mais penalizado. Neste, o alargamento dos spreads foi particularmente visível, chegando a atingir o valor mais elevado de sempre, superior inclusive ao verificado no seguimento da falência do banco norte-americano Lehman Brothers. A crise da dívida soberana fez-se sentir também nos EUA. Obrigados a subir o limite da dívida pública numa altura em que aumentava a dificuldade de financiamento dos Estados soberanos, os EUA viram a agência de notação de risco S&P reduzir o rating atribuído à dívida pública de AAA para AA+ em Agosto.

Os responsáveis governamentais e os bancos centrais implementaram medidas em 2011 para estabilizar os mercados financeiros e impulsionar a actividade económica.

Na Área Euro, após o BCE ter decretado, por duas vezes, o aumento da taxa directora no primeiro semestre, elevando-a aos 1.50% em Julho, o banco central fez regressar aquela taxa ao nível mínimo de 1.00% no final do ano, com a crise da dívida a intensificar-se e o crescimento a abrandar.

Assistiu-se ao contínuo reforço das medidas não convencionais de política monetária, desde o regresso à compra de obrigações de dívida pública em mercado secundário, à reabertura do programa de compra de obrigações hipotecárias e à reintrodução dos leilões de cedência ilimitada de liquidez por prazos a 6 e 12 meses. Já no final do ano o BCE anunciaria ainda a realização de dois leilões de cedência de liquidez a 3 anos.

Em termos da actuação dos Governos no seio da União Europeia no sentido de debelar os efeitos da crise da dívida, 2011 foi marcado pela realização de diversas Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo, e de Ministros das Finanças, das quais resultaram compromissos no sentido de flexibilizar e aumentar o poder de intervenção dos mecanismos de estabilização financeira, como seja o de adquirir títulos de dívida soberana em mercado e financiar a recapitalização de instituições financeiras, bem como de reforçar a coordenação das políticas económicas e a de fiscalização orçamental.

Fora da Área Euro, a actuação dos restantes principais bancos centrais passou igualmente pela tomada de decisões para estabilizar os mercados financeiros, as quais se traduziram no aumento da dimensão dos programas de compra de activos. O Banco Central do Japão, o Banco Central de Inglaterra e a Reserva Federal mantiveram inalteradas as taxas de referência em níveis mínimos.

No que diz respeito ao crescimento económico, 2011 foi marcado por um diferente desempenho entre as duas maiores economias. Enquanto os EUA revelaram um início de ano fraco e uma aceleração ao longo dos últimos meses, devido sobretudo à retoma do consumo e do investimento, na Área Euro (AE) passou-se o contrário, com os indicadores de confiança a encerrarem o ano em zona recessiva.

De acordo com o FMI, o crescimento na Área Euro em 2011 terá ascendido a 1.5%, ligeiramente inferior aos 1.9% do ano anterior. Esta expansão assentou primordialmente no desempenho da procura doméstica.

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Pela negativa, sublinhe-se o desempenho das economias periféricas da Europa, sobretudo Portugal e Grécia, que terão sido os únicos Estados Membros a averbar crescimentos negativos. Pela positiva, voltou destacar-se a Alemanha com um crescimento de 2.7%, num ano em que o mercado de trabalho continuou em evidência. Em Dezembro, a taxa de desemprego germânica atingiu os 6.8%, o nível mais baixo desde a reunificação. Na Área Euro, pelo contrário, o desemprego voltou a aumentar em 2011, tendo a taxa de desemprego atingido, no final do mesmo, os 10.3%, o nível mais elevado desde a Primavera de 1998.

O nível de inflação na Área Euro, medido pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), registou em 2011 uma taxa de variação média de 2.7%, acima dos 1.6% de 2010, devido maioritariamente ao aumento dos preços energéticos.

O bloco asiático registou, novamente, um desempenho positivo, apesar dos impactos negativos resultantes da catástrofe natural ocorrida no início de 2011 no Japão e consequente crise de risco nuclear, que levaram a que aquela economia permanecesse em contracção durante toda a primeira metade de 2011. Ainda relativamente à Ásia, os indicadores económicos da China mantiveram-se robustos, sobretudo os respeitantes à actividade doméstica, apesar de terem também evidenciado algum abrandamento.

Destaque ainda para o desempenho da actividade económica brasileira, cujo crescimento económico arrefeceu substancialmente durante a segunda metade de 2011, tendo estagnado no 3º trimestre. O Banco Central do Brasil destacou-se no bloco emergente, ao decretar, por três vezes, durante o 2º semestre, reduções da taxa directora, decisão decorrente do impacto negativo que espera que as turbulências internacionais possam ter sobre a economia brasileira. No final do ano o governo brasileiro anunciou um pacote de estímulo ao consumo destinado a acelerar a actividade económica e a garantir um crescimento de 5% em 2012.

INDICADORES DA ECONOMIA PORTUGUESA

(em %)

2009 2010 2011 *

PIB (Taxas de variação real) -2,9 1,4 -1,9

Consumo privado -2,2 2,3 -3,5

Consumo público 4,7 1,3 -5,2

FBCF -8,6 -4,9 -10,6

Exportações -10,9 8,8 6,7

Importações -10,0 5,1 -4,5

Taxa de Inflação (IHPC) -0,8 1,4 3,7

Rácios

Taxa de desemprego 9,5 10,8 12,5

Défice do SPA (em % do PIB) -10,1 -9,8 -5,9

Dívida Pública (em % do PIB) 83,0 93,3 100,3

INE

(*) Orçamento de Estado para 2012 - Outubro de 2011

Em Portugal, 2011 marcou o início do processo de ajustamento da economia, caracterizado por uma redução do défice orçamental, bem como por uma forte desalavancagem do sector privado,

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A actividade económica nos primeiros três trimestres de 2011 decresceu -1.1%, se comparada com o mesmo período de 2010, salientando-se o facto de ter registado variações em cadeia negativas nos três períodos já conhecidos. Este desempenho resultou do contributo negativo do consumo privado, do consumo público e da forte queda do investimento, apesar do bom comportamento das exportações líquidas.

Sublinhe-se o contributo positivo do comércio externo. Por um lado as exportações apresentaram um crescimento de 7.8% e, por outro, as importações diminuíram 2.8%. Este comportamento esteve associado ao aumento da procura vinda do exterior, apesar do abrandamento da economia mundial, tendo-se observado um aumento das novas encomendas provindas do exterior, em termos homólogos, de 22.9% no período em causa. Por seu lado, a redução das importações deveu-se, sobretudo, à queda da procura interna.

Quer o consumo privado, com um decréscimo de 3.0%, quer o consumo público, que contraiu 2.5%, contribuíram para o fraco desempenho económico durante o período em causa. Os desafios de redução do défice orçamental e a consequente aprovação e implementação de medidas de austeridade enquadradas no Programa de Apoio Económico e Financeiro a Portugal induziram um contributo negativo destas componentes para o crescimento económico, tendo se observado um agravamento da confiança dos consumidores ao longo de todo o ano.

Por outro lado, registou-se uma redução de 9.8% da Formação Bruta de Capital Fixo, em parte consequência do nível de actividade económica e das perspectivas para a procura interna, bem como do decréscimo do investimento público. A contracção foi mais evidente no investimento sobretudo em Bens de equipamento e em construção.

Quanto à inflação, o IHPC português registou, nos primeiros 11 meses de 2011, uma taxa de variação média de 3.7%, consequência, sobretudo, do aumento do preço dos bens energéticos e do acréscimo de diversos impostos indirectos, designadamente, o IVA, ficando 1 ponto percentual acima do da Área Euro.

A taxa de desemprego subiu nos primeiros três trimestres de 2011 face ao período homólogo. No terceiro trimestre, esta cifrou-se em 12.5%, sendo a população desempregada de 689,6 mil indivíduos, o que representa um aumento de 24,1% face ao mesmo período de 2010.

MERCADO DE CAPITAIS

Mercado Obrigacionista

O mercado obrigacionista em 2011 foi dominado, à semelhança de 2010, pela crise soberana europeia. Ao longo do primeiro semestre do ano, a crise manteve-se focalizada nos países denominados por ultra-periféricos (Grécia, Irlanda e Portugal); no entanto a deterioração das condições financeiras nos países periféricos acabou por contagiar Itália e Espanha.

Deste modo, assistiu-se a um alargamento generalizado dos spreads, em particular nos governos, o que culminou num efeito de contágio ao sector financeiro.

A natureza mais sistémica da crise soberana, aliada a um ciclo de divulgação de dados económicos negativos, contribuiu para o forte movimento de aversão ao risco, o que se traduziu em novos

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mínimos nas taxas alemãs e americanas, com quedas, no cômputo anual, de 113p.b. e 141p.b., respectivamente, no prazo com maturidade a 10 anos.

O Banco Central Europeu, que durante o primeiro semestre procedeu a duas subidas de 25p.b. da taxa de referência, perante a evidência do perfil ascendente da inflação, com a inversão das expectativas de crescimento económico e o adensar da crise da dívida soberana, acabou por reverter estes movimentos, fixando a taxa de referência em 1.00% no final de 2011. Paralelamente às descidas de taxas directoras, foram adoptadas políticas monetárias de índole não convencional, designadamente a criação de uma linha de financiamento a 3 anos, com alocação ilimitada, de modo a garantir a liquidez no sistema financeiro.

Taxas de Juro das Obrigações a 10 anos

2010 2011 EUA 3.29% 1.88% Reino Unido 3.40% 1.98% Japão 1.13% 0.99% Alemanha 2.96% 1.83% França 3.36% 3.15% Espanha 5.45% 5.09% Itália 4.82% 7.11% Irlanda 8.87% 8.43% Grécia 12.47% 34.96%

Valores no final do ano

Adicionalmente, o abrandamento económico global e a expansão da crise da dívida financeira, conduziram à adopção de medidas expansionistas por parte dos principais Bancos Centrais, com intervenção directa em mercado por parte do Banco Central Europeu, Reserva Federal Americana e Banco de Inglaterra.

Por outro lado, o cenário de abrandamento económico global, associado ao nível de endividamento excessivo, contribuiu para a redução da qualidade creditícia, percepcionada pelas agências de rating, de Portugal e Irlanda para High Yield, mantendo um número elevado de países europeus em revisão, para possível futuro downgrade. De forma análoga, os EUA perderam, pela primeira vez, o estatuto de AAA, sendo actualmente considerados AA por uma agência de rating.

Neste sentido, a crescente preocupação com os níveis sustentáveis da dívida levou o mercado a focar-se em países com elevado risco de refinanciamento, nomeadamente Itália, Espanha e mesmo França, o que conduziu os spreads face à Alemanha a atingir máximos históricos, de 670p.b., 500p.b. e 180p.b., respectivamente, no prazo de 5 anos.

O sector financeiro, com forte dependência do mercado de capitais, registou um alargamento muito significativo, em particular nos países periféricos, assim como emitentes com maior exposição a dívida soberana. No sector de empresas não financeiras, o risco de refinanciamento foi menor, dada a situação de liquidez mais elevada, o que contribuiu para um alargamento significativamente inferior.

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Mercado Accionista

Os principais mercados accionistas mantiveram, nos primeiros meses do ano de 2011, a tendência ascendente evidenciada durante o segundo semestre do ano de 2010, em função dos maiores níveis de optimismo no que se refere às expectativas de crescimento económico global. Nos meses que se seguiram, a performance dos mercados accionistas foi afectada por um conjunto de choques, de natureza endógena e exógena, que inverteram a tendência até então patenteada. A ocorrência do desastre natural no Japão, no mês de Março, e a respectiva afectação das cadeias de distribuição de recursos produtivos, a par da turbulência política vivida nos países do Médio Oriente ao longo do primeiro semestre do ano, que culminou num choque de oferta de recursos energéticos como o petróleo e originou um aumento significativo do preço da matéria-prima, contribuíram, de forma peremptória, para a afectação dos índices de confiança dos agentes económicos. Adicionalmente, o ano de 2011 foi ainda marcado pela deterioração das principais economias mundiais e respectivas expectativas de crescimento económico, assim como pela crise da dívida soberana, eventos que viriam a afirmar-se como determinantes para a performance da classe nos restantes meses do ano, despoletando uma vaga de aversão ao risco que culminou numa correcção nos principais mercados accionistas.

Principais Índices Bolsistas

2010 2011

Índice Variação (%)

Índice Variação (%)

Dow Jones (Nova Iorque) 11577 +11% 12218 +6%

Nasdaq (Nova Iorque) 2652 +17% 2605 -2%

FTSE (Londres) 5900 +9% 5572 -6% NIKKEI (Tóquio) 10229 -3% 8455 -17% CAC (Paris) 3805 -3% 3160 -17% DAX (Frankfurt) 6914 +16% 5898 -15% IBEX (Madrid) 9859 -17% 8566 -13% PSI-20 (Lisboa) 7588 -10% 5494 -28%

Valores no final do ano

Efectivamente, a evolução dos factores referidos ao longo do ano, designadamente a deterioração contínua das condições económicas no bloco europeu, e uma recuperação significativa destas nos últimos meses do ano nos EUA, assim como a incorporação de maiores prémios de risco, na sequência da crise da dívida soberana europeia, determinou a performance diferenciada entre os mercados accionistas no cômputo anual. Assim, nos EUA, observou-se uma variação nula do índice S&P500, uma valorização de 6% do índice Dow Jones e uma desvalorização de 2% do índice Nasdaq. Por outro lado, o índice agregado europeu Eurostoxx 600 obteve uma desvalorização de 17% em 2011, com destaques pela negativa para os índices accionistas de Grécia (FTSE/ASE), Portugal (PSI-20) e Itália (FTSE/MIB), a registarem perdas de 60%, 28% e 25%, respectivamente. Na Ásia, o Nikkei registou uma perda de 17%.

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Em 2011, o desempenho dos mercados accionistas emergentes esteve entre os mais penalizados pelo fenómeno de aversão ao risco dos investidores, averbando desvalorizações em média superiores às observadas nas praças accionistas de mercados desenvolvidos. Assim, o índice da Morgan Stanley para os mercados emergentes registou uma queda de 20%, entre os quais foram visíveis variações de -25% do índice accionista da Índia (Sensex), de -22% do índice da China (Shangai) e perdas de 18% do índice brasileiro (Bovespa).

Perspectivas

O fraco desempenho da economia europeia ao longo do segundo semestre de 2011 conduziu a fortes revisões em baixa das expectativas de crescimento económico, fazendo actualmente parte do consenso a convicção de que a Europa irá atravessar um período de estagnação económica em 2012. Por sua vez, após um ciclo de divulgação de dados económicos fracos ao longo dos segundo e terceiro trimestres de 2011, que causaram fortes revisões em baixa das expectativas de crescimento económico nos EUA, a reversão observada nas métricas macroeconómicas ao longo do último trimestre do ano permitiu uma ascensão das expectativas para 2012, facto que deverá constituir algum suporte para as classes de risco oriundas desta região.

No que respeita à actuação dos Bancos Centrais, ao longo do ano de 2012, a Reserva Federal Americana deverá manter as operações de intervenção previstas para o mercado de dívida, com maturidade no final do primeiro semestre de 2012, mantendo as taxas directoras em níveis mínimos históricos. Por sua vez, será expectável que o Banco Central Europeu mantenha as medidas de cedência de liquidez extraordinárias a bancos comerciais, com vista à reposição da estabilidade do sistema financeiro europeu, assim como do programa de compras de dívida soberana europeia. Adicionalmente, em função da contracção das expectativas de inflação e crescimento real para a Zona Euro para 2012, e da evolução da crise da dívida soberana, o BCE deverá manter uma política monetária acomodatícia, convencional e não convencional.

No actual ambiente macroeconómico, os mercados de obrigações deverão registar comportamentos distintos. As yields americanas poderão denunciar um comportamento ascendente, em função da melhoria dos fundamentais económicos observada no último trimestre de 2011, apesar da possibilidade de prevalência do sentimento de aversão ao risco vigente no mercado e da manutenção de taxas directoras até 2013. Inversamente, existe potencial para diminuições adicionais das taxas alemãs, na sequência das fracas expectativas económicas em 2012, possibilidade de adopção de políticas monetárias mais acomodatícias pelo ECB e do sentimento de refúgio associado à crise da dívida soberana. Quanto aos mercados periféricos europeus, deverão continuar a evidenciar uma dinâmica de elevada volatilidade, em especial no primeiro semestre de 2012.

Em termos de obrigações de risco de crédito, o sector de empresas deverá permanecer susceptível à elevada volatilidade implícita no mercado e forte correlação com a evolução da crise da dívida soberana, não sendo expectável, como tal, um forte estreitamento de spreads, a partir dos níveis actuais, num horizonte de curto prazo. Ainda assim, a classe deverá continuar a beneficiar de uma rendibilidade potencial atractiva face às obrigações do tesouro de referência. No que respeita ao segmento das obrigações financeiras, o respectivo potencial poderá ser menor, dada a exposição ao risco de países periféricos europeus, necessidades de recapitalização e os maiores níveis de regulação a que serão sujeitas.

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No que respeita aos mercados accionistas, num cenário de manutenção da actual divergência de expectativas de crescimento económico entre EUA e Europa e de incertezas relativamente à evolução da crise da dívida soberana, será expectável a permanência de uma performance diferenciada da classe entre os dois blocos, favorável aos EUA, à semelhança do observado nos anos de 2010 e 2011. É expectável que se mantenha o actual regime de forte volatilidade de mercado, numa conjuntura de elevados índices de aversão ao risco.

Assim, em 2012, a performance das classes de activos deverá permanecer fortemente correlacionada com a evolução da crise da dívida soberana europeia e o cenário macroeconómico vivenciado, que com grande grau de probabilidade será mais frágil na Zona Euro, apesar dos níveis de valorização atractivos apresentados pelas diferentes classes. Consequentemente, poderá existir potencial no estabelecimento de estratégias diferenciadoras de índices norte-americanos e europeus, sendo expectável uma performance atractiva das classes de risco num cenário de recuperação dos índices de aversão ao risco dos agentes económicos.

MERCADO IMOBILIÁRIO

Internacional

O último ano foi severamente marcado por um contexto económico-financeiro decorrente da crise da dívida soberana na Europa. A persistencia de desequilíbrios orçamentais de estados-membros da União Europeia, para além dos chamados países periféricos e a inexistência de uma posição concertada, contribuíram para um permanente estado de turbulência económica.

O sector imobiliário, pela relevância que tem na actividade económica, não foi alheio ao enquadramento macroeconómico. A confrontação com um ambiente de crédito mais restritivo, com maior exigência no aporte de capitais próprios, reduziu a apetência de assumpção de risco no investimento imobiliário. Não obstante, esta classe de activos manteve-se atractiva em comparação com outras classes, nomeadamente as acções e as obrigações.

Os três principais mercados mundiais — Europa, Estados Unidos e Ásia Pacifico — evoluíram a diferentes velocidades face ao impacto da crise financeira.

Na Europa registaram-se volumes de investimento reduzidos, originados pela relutância dos investidores em assumirem investimentos de maior risco, bem como pela escassez de oferta de activos prime. O Reino Unido continuou a ser o maior mercado, totalizando cerca de 30% da actividade total.

Nos Estados Unidos verificou-se um aumento da actividade que teve por base a recuperação do mercado de arrendamento e uma maior disponibilidade de acesso ao crédito, contribuindo para uma ligeira compressão das taxas de capitalização.

A região Ásia Pacifico tem vindo a recuperar moderadamente da crise financeira mundial, sendo de destacar a China Continental cujo crescimento no sector financeiro demonstra resiliência e robustez.

As perspectivas a médio prazo não são animadoras, com a evolução da economia e seus problemas estruturais, em especial na zona Euro, a terem, seguramente consequências directas no sector. Ainda assim, a existência de um fluxo crescente de capital, oriundo de economias do novo mundo, assume-se como potencialmente interessante para o mercado imobiliário, no sentido de

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aproveitar a correlação entre subida das yields e deflação dos preços, bem como a oportunidade gerada pela necessidade de desalavancagem financeira de alguns sectores da economia.

Nacional

A economia nacional viveu, no último ano, num cenário de redução efectiva do PIB tendo grande parte dos indicadores económicos confirmado o prolongamento de uma conjuntura recessiva, situação à qual o mercado imobiliário não foi alheio. Para além das características intrínsecas de cada segmento, das localizações e das especificidades dos activos, os resultados deste sector estão estruturalmente dependentes do desempenho macroeconómico, que assenta hoje muito para além da zona euro.

Se por um lado, esta conjuntura tem vindo a reflectir-se em todos as áreas de actividade, conduzindo a uma política restritiva de concessão de crédito com repercussões no mercado imobiliário nacional e a consecutiva subida das yields em todos os segmentos de mercado, por outro, o impacto do referido contexto económico na actividade dos ocupantes, bem como a falta de alternativas para a substituição dos mesmos, têm imposto a renegociação de rendas, com o consequente ajustamento das mesmas.

No mercado de arrendamento de escritórios, apesar das rendas prime não terem sofrido grandes variações, a área absorvida foi a mais baixa da última década e a taxa de disponibilidade apresentou uma tendência crescente.

O sector de retalho sofreu grandes dificuldades devido à retracção do consumo privado. Apesar deste enquadramento há a destacar o comércio de rua, segmento que registou um razoável dinamismo conseguindo manter os valores de mercado. Já os valores praticados nos centros comerciais e em especial nos formatos de retail parks, foram alvo de uma pressão considerável. O segmento industrial e logístico, fortemente dependente da evolução da economia e do nível de consumo, com o natural reflexo nas importações e exportações, ficou marcado por uma quebra efectiva dos valores de mercado, resultado de um acentuado enfraquecimento da procura.

Ao nível da aquisição de habitação permanente ou para segunda habitação, registou-se um forte abrandamento da procura. Este abrandamento resulta, fundamentalmente, da subida das taxas de juro, escassa liquidez e consequente restrição do acesso ao crédito. Neste segmento registou-se um aumento significativo na actividade de arrendamento, sendo este um mercado que demonstra um interesse crescente.

O mercado de investimento registou um dos valores mais baixos dos últimos 10 anos, verificando-se uma descida superior a 60% face ao volume verificado no ano anterior. Na origem do decréscimo esteve a adopção de uma política de concessão de crédito mais restritiva, assim como o afastamento de investidores estrangeiros institucionais que, dependendo do perfil, preferiram optar por mercados seguros ou pelos emergentes.

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MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES

Em 31 de Dezembro de 2011 o valor sob gestão dos fundos de pensões ascendia a 13.253 milhões de euros (M€), o que traduz um decréscimo de 32,8% face ao final de 2010.

O comportamento dos fundos de pensões foi, por um lado, fortemente influenciado pela transmissão parcial para o Estado da titularidade do património dos fundos de pensões cuja responsabilidade das pensões em pagamento em 31 de Dezembro de 2011 se encontrava prevista no regime substitutivo da regulamentação colectiva de trabalho vigente no sector bancário (Decreto-Lei n.º 127/2011 de 31 de Dezembro) e, por outro, pelo comportamento negativo de quase todas as classes de activos a partir do mês de Agosto. O referido diploma, para além de justificar em grande medida a quebra verificada no montante total dos fundos de pensões sob gestão, influenciou o posicionamento no ranking das principais entidades gestoras.

Os Fundos Fechados registaram uma descida de 16.897 M€ para 12.094 M€, continuando a dominar este mercado com uma quota de 91,3% do total de fundos de pensões. Durante o ano extinguiram-se cinco fundos de pensões fechados por transferência para adesões individuais e colectivas a fundos de pensões abertos já existentes. Assistiu-se ainda à liquidação de três fundos, um PPR, um fechado e um fundo aberto que não PPR ou PPA. O montante dos Fundos de Pensões Abertos (incluindo PPR e PPA) diminuiu 1% para 1.159 M€.

MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES PORTUGUÊS

0 M€ 5.000 M€ 10.000 M€ 15.000 M€ 20.000 M€ 25.000 M€ 2007 2008 2009 2010 2011

Fundos Fechados Fundos Abertos Fonte: ISP – Instituto de Seguros de Portugal

No final de 2011, o mercado estava representado por 229 fundos, 156 dos quais fechados, administrados por 11 sociedades gestoras de fundos de pensões e por 12 empresas de seguros. As quatro maiores sociedades gestoras foram responsáveis por 68,4% do mercado de Fundos de Pensões e a quota da CGD Pensões situava-se em 15,7%, ocupando o segundo lugar no ranking por montante.

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ACTIVIDADE DA CGD PENSÕES

EVOLUÇÃO COMERCIAL

A CGD Pensões terminou o ano de 2011 mantendo sob gestão dezasseis fundos de pensões fechados e quatro fundos de pensões abertos. Não obstante a transferência da gestão do Fundo de Pensões Finibanco provocada pela OPA do Montepio Geral sobre o referido banco, a CGD Pensões conseguiu obter o mandato para a gestão do Fundo de Pensões ICP-Anacom. O valor patrimonial dos fundos geridos ascendia a 2.115,4 M€, representando um decréscimo de 3,1 % face aos 2.183 M€ geridos no final de 2010.

Devido à conjuntura de crise que marcou a economia mundial durante o ano, os reembolsos de unidades de participação dos fundos de pensões abertos, realizados na sua larga maioria por participantes com direito a pensão de reforma, ascenderam a 17,2 M€, tendo-se igualmente verificado transferências de 3,4 M€ entre os três fundos de pensões abertos. Não obstante, durante o ano, registaram-se 299 novas adesões individuais, num total de novas subscrições no valor de 1,9 M€, das quais 124 resultaram de transferências. Verificou-se ainda 1 nova adesão colectiva aos fundos de pensões abertos Caixa Reforma Activa e Caixa Reforma Valor, cujo montante total subscrito correspondeu a 0,07 M€.

Para alcançar os objectivos a que se propôs, a Sociedade continuou a contar com a colaboração imprescindível da rede comercial da CGD e da área comercial da Caixa Gestão de Activos.

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

Não obstante ter conseguido manter o mesmo número de fundos sob gestão ao longo de 2011, a CGD Pensões registou uma quebra nos montantes sob gestão, nomeadamente ao nível dos fundos de pensões abertos por via de reembolsos por parte de participantes em condições de acesso aos benefícios, tendo registada, em 31 de Dezembro, em Prestações de Serviços, um valor de 2,96 M€, ou seja, um decréscimo de 7,24% face ao período homólogo de 2010.

Quanto aos Fornecimentos e Serviços Externos e aos Gastos com Pessoal registaram, respectivamente, uma redução de 2,1% e um aumento de 30,2%, face ao período homólogo do ano anterior, ascendendo, respectivamente, a 1,5 M€ e a 0,4M€.

Assim o Resultado Líquido do Exercício de 2011, no valor de 793.963 euros, regista um decréscimo de 21,9% face ao do ano anterior.

(Milhares de Euros)

2010 2011 Variação

Activo líquido 5 640 5 402 - 4%

Capitais próprios 4 827 4706 - 3%

Distribuição de Dividendos e Reservas 2 332 915 - 61%

Resultado líquido 1 017 794 - 22%

Capital social 3 000 3 000

(15)

A CGD Pensões deu integral cumprimento às orientações transmitidas pelo accionista no sentido de implementar um rigoroso controlo de custos operativos, tanto em custos com os recursos humanos como em termos de fornecimentos de terceiros. Os valores apurados estão contudo influenciados pela transferência dos custos com um administrador, quadro da CGD, anteriormente contabilizado em pessoal cedido e pela nova metodologia de contabilização do custo com o contrato de gestão financeira assinado com a Caixagest.

MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO

A CGD Pensões considera fundamental que os Fundos que administra possuam um sistema de controlo interno e de gestão de riscos adequado e eficaz que assegure:

 o efectivo cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que se encontra sujeita;

 um desempenho eficiente e rentável da actividade através de uma utilização eficaz dos activos e recursos e que assegure a estabilidade financeira da instituição;

 que a gestão dos activos é efectuada de forma diligente, sã e prudente tendo sempre como base os interesses dos clientes institucionais e particulares.

Neste sentido, a CGD Pensões tem vindo a fomentar uma cultura e um ambiente de controlo através da Direcção de Supervisão e Controlo da Caixa Gestão de Activos, nomeadamente, através da consolidação do projecto de Risco Operacional e Controlo Interno (ROCI) e do Plano de Continuidade de Negócio (PCN):

Ao longo do ano de 2011 a CGD Pensões em colaboração com duas direcções da Caixa Geral de Depósitos implementou os principais mecanismos conducentes à monitorização e controle dos riscos descritos na norma 8/2009-R, bem como subcontratou à CGD a função de auditoria interna.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

O Resultado Líquido do Exercício de 2011 da CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., foi de 793.969,90 Euros (setecentos e noventa e três mil, novecentos e sessenta e nove euros e noventa cêntimos), para o qual o Conselho de Administração, nos termos dos artigos 12.º e 26.º dos Estatutos da Sociedade e observando o estabelecido no art. 97.º do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro e no art.º 42.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de Abril, propõe a seguinte aplicação:

− 79.396,27 Euros, para reforço da Reserva Legal;

− 714.566,45 Euros, seja submetido à Assembleia-geral para que a mesma delibere sobre a sua aplicação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir o seu relatório, o Conselho de Administração considera ser seu dever exprimir o reconhecimento às seguintes entidades, pela contribuição que prestaram à actividade da Sociedade no decorrer do ano de 2011:

(16)

 Aos órgãos de fiscalização - Fiscal Único da Sociedade Gestora e Revisor Oficial de Contas dos Fundos e aos membros da Mesa da Assembleia Geral, pelo acompanhamento e colaboração prestados;

 Aos intermediários dos vários mercados, pelo bom relacionamento mantido;

 À rede de distribuição da Caixa Geral de Depósitos, pelo apoio dado à comercialização;  A todos os clientes dos Fundos e carteiras geridos pela Sociedade pela confiança manifestada;  Aos colaboradores da empresa, pela grande dedicação e espírito de serviço que foram factores

decisivos para os bons resultados alcançados.

Lisboa, 23 de Fevereiro de 2012

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

____________________________________________ João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Presidente

____________________________________________ Henrique Pereira Melo

Vice-Presidente

____________________________________________ Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Administrador

____________________________________________ Marta Maria Cavadas Correia de Magalhães

(17)
(18)

ACTIVO Notas 2011 2010 ACTIVO NÃO CORRENTE:

Activos fixos tangíveis 5 5.365 7.566

Activos intangíveis 6 12.660 65.951

Outros activos financeiros 7 2.703.937 2.619.157

Total do activo não corrente 2.721.962 2.692.674

ACTIVO CORRENTE:

Clientes 9 150.053 112.699

Outras contas a receber 10 690.220 828.016

Diferimentos 11 14.687 287

Outros activos financeiros 7 1.534.179 1.649.027

Caixa e depósitos bancários 4 290.422 356.943

Total do activo corrente 2.679.561 2.946.972

Total do activo 5.401.523 5.639.646

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO:

Capital realizado 12 3.000.000 3.000.000

Reservas legais 12 638.463 536.745

Resultados transitados 12 273.081 273.081

Resultado líquido do exercício 12 793.963 1.017.170

Total do capital próprio 4.705.507 4.826.996

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Passivos por impostos diferidos 8 12.220 16.293

Total do passivo não corrente 12.220 16.293

PASSIVO CORRENTE:

Fornecedores 13 32.528 158.543

Estado e outros entes públicos 8 90.924 137.404

Outras contas a pagar 14 560.344 500.410

Total do passivo corrente 683.796 796.357

Total do passivo 696.016 812.650

Total do capital próprio e do passivo 5.401.523 5.639.646

CGD PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(19)

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS Notas 2011 2010

Serviços prestados 15 2.964.640 3.195.875

Fornecimentos e serviços externos 16 (1.534.654) (1.567.567)

Gastos com o pessoal 17 (402.922) (309.552)

Aumentos / (reduções) de justo valor 7 79.728 22.631

Outros rendimentos e ganhos 18 10.359 11.023

Outros gastos e perdas 19 (38.886) (23.895)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 1.078.265 1.328.515

Gastos de depreciação e de amortização 5 e 6 (58.481) (20.908)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 1.019.784 1.307.607

Juros e rendimentos similares obtidos 20 60.820 76.302

Juros e gastos similares suportados 21 (13) (19)

Resultado antes de impostos 1.080.591 1.383.890

Imposto sobre o rendimento do exercício 8 (286.628) (366.720)

Resultado líquido do exercício 793.963 1.017.170

Resultado por acção 24 1,32 1,70

CGD PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.

CGD PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

Resultado Total do Reservas Outras Resultados líquido do capital Capital legais reservas transitados exercício próprio

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 3.000.000 463.163 1.669.562 229.230 779.672 6.141.627 Aplicação dos resultados do exercício anterior:

Distribuição de dividendos - - - - (662.239) (662.239)

Transferência para reservas legais e resultados transitados - 73.582 - 43.851 (117.433)

-Distribuição de reservas livres - (1.669.562) - - (1.669.562)

Resultado líquido do exercício - - - - 1.017.170 1.017.170

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 3.000.000 536.745 - 273.081 1.017.170 4.826.996 Aplicação dos resultados do exercício anterior:

Distribuição de dividendos - - - - (915.452) (915.452)

Transferência para reservas legais - 101.718 - - (101.718)

-Resultado líquido do exercício - - - - 793.963 793.963

(20)

2011 2010

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 3.078.963 3.381.420

Pagamentos a fornecedores (619.671) (655.678)

Pagamentos de comissões de assessoria financeira (432.237) (240.500)

Pagamentos de comissões de comercialização (481.045) (502.485)

Pagamentos ao pessoal (320.649) (319.504)

Caixa gerada pelas operações 1.225.361 1.663.253

Pagamento do imposto sobre o rendimento (386.068) (303.015)

Outros pagamentos (138.442) (612.783)

Fluxos das actividades operacionais [1] 700.851 747.455

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Pagamentos respeitantes a:

Activos fixos tangíveis - (12.026)

Activos intangíveis (11.160) -

Investimentos financeiros (236.055) (247.215) (4.679.851) (4.691.877)

Recebimentos provenientes de:

Activos fixos tangíveis 45 9.917

Investimentos financeiros 350.168 6.270.563

Juros e rendimentos similares 45.254 395.467 140.147 6.420.627

Fluxos das actividades de investimento [2] 148.252 1.728.750

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (159) (10.065)

Juros e gastos similares (13) (19)

Dividendos (915.452) (915.624) (2.331.801) (2.341.885)

Fluxos das actividades de financiamento [3] (915.624) (2.341.885)

Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] (66.521) 134.320

Efeito das diferenças de câmbio - -

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 356.943 222.623

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 290.422 356.943

(Montantes expressos em Euros)

CGD PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.

(21)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Montantes expressos em Euros

1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

A CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (adiante igualmente designada por “CGD Pensões” ou “Sociedade”) foi constituída em 14 de Maio de 1992. A Sociedade tem como principal actividade a administração, gestão e representação de fundos de pensões (Fundos), sendo responsável em 31 de Dezembro de 2011 pela gestão dos Fundos fechados das seguintes entidades (Associados):

Data de Data de início

Denominação constituição da gestão

Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Fundo CGD) 31-12-1991 30-09-1992

18,75% do Fundo de Pensões Gestnave (Fundo Gestnave) 01-10-1998 01-10-1998

Fundo de Pensões da Euronext Lisbon (Fundo Euronext Lisbon) 15-01-2000 15-01-2000

Fundo de Pensões da Interbolsa (Fundo Interbolsa) 27-12-2001 27-12-2001

Fundo de Pensões da Companhia Portuguesa de Resseguros (Fundo CPR) 31-12-1998 01-12-2002

Fundo de Pensões da Galp Energia (Fundo Galp Energia) 02-01-2003 02-01-2003

Fundo de Pensões Sojornal e Associadas (Fundo Sojornal e Associadas) 31-12-1987 01-01-2004

Fundo de Pensões do Instituto Nacional de Estatística (Fundo INE) 21-12-1999 01-04-2004

Fundo de Pensões CMVM (Fundo CMVM) 29-09-2000 01-01-2005

Fundo de Pensões Império – Bonança (Fundo Império - Bonança) 28-12-2005 30-12-2005

Fundo de Pensões da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (Fundo SCML) 22-02-2008 22-02-2008

Fundo de Pensões Fidelidade (Fundo Fidelidade) 30-04-1999 01-01-2008

Fundo de Pensões do Pessoal da Mundial - Confiança (Fundo Mundial - Confiança) 31-12-1997 01-01-2008

Fundo de Pensões Petrogal (Fundo Petrogal) 29-12-1988 23-04-2009

Fundo de Pensões S.T.E.T. (Fundo STET) 05-09-2003 01-01-2010

Fundo de Pensões ICP - Anacom (Fundo ICP - Anacom) 18-12-2003 01-07-2011

O Fundo SCML é gerido em co-gestão pela CGD Pensões, Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. e SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., sendo a CGD Pensões a Sociedade Gestora líder.

Adicionalmente, na mesma data a Sociedade é responsável pela gestão dos seguintes Fundos abertos:

Data de

Denominação constituição

Fundo de Pensões Aberto “Caixa Reforma Activa” (Fundo Caixa Reforma Activa) 13-12-2001 Fundo de Pensões Aberto “Caixa Reforma Valor” (Fundo Caixa Reforma Valor) 02-12-2005 Fundo de Pensões Aberto “Caixa Reforma Garantida 2022” (Fundo Caixa Reforma Garantida 2022) 19-03-2007 Fundo de Pensões Aberto “Caixa Reforma Prudente” (Fundo Caixa Reforma Prudente) 15-07-2008

Conforme indicado na Nota 12, a Sociedade é detida integralmente pela Caixa – Gestão de Activos, SGPS, S.A. (Grupo CGD). Os principais saldos e transacções com empresas do Grupo CGD encontram-se detalhados na Nota 25.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 8 de Março de 2012. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

O Conselho de Administração entende que as demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade, bem como a sua posição e desempenho financeiros e os seus fluxos de caixa.

(22)

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a Estrutura Conceptual, Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e respectivas Normas Interpretativas que constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”), aplicáveis ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

3.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Sociedade, mantidos de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro e respectivas normas interpretativas em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.

3.2 Activos e passivos correntes e não correntes

Um activo é classificado como “corrente” quando satisfaz um dos seguintes critérios:

 Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido, no decurso normal do ciclo operacional da Sociedade;

 Seja detido essencialmente com a finalidade de ser negociado;

 Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço; ou  É caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca ou uso para liquidar

um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Todos os outros activos são classificados como não correntes.

Um passivo é classificado como “corrente” quando satisfaz um dos seguintes critérios:  Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da Sociedade;  Exista essencialmente para a finalidade de ser negociado;

 Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou

 A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Todos os outros passivos são classificados como não correntes. 3.3 Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis para colocar os activos na localização e condição necessárias para os mesmos serem capazes de funcionar da forma pretendida), deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável.

As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período

(23)

de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização praticadas traduzem-se nas traduzem-seguintes vidas úteis estimadas dos activos:

Anos

Equipamento administrativo 3 a 10

Equipamento de transporte 4

As vidas úteis e o método de amortização dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados de forma prospectiva.

As despesas de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso que não sejam susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros adicionais são registadas como gastos do exercício na rubrica “Fornecimentos e serviços externos”.

O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre o justo valor do montante recebido ou a receber na transacção e a quantia escriturada do activo, sendo reconhecido em resultados no exercício em que ocorre a alienação ou o abate.

3.4 Activos intangíveis

Os activos intangíveis da Sociedade respeitam a software e encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido de amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas. A Sociedade estima a vida útil do software em três anos.

3.5 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis

Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis da Sociedade com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade. 3.6 Activos e passivos financeiros

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Sociedade se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros:

(i) Outros activos financeiros

Os outros activos financeiros dizem integralmente respeito a unidades de participação em fundos de investimento e são mensurados ao justo valor, sendo as variações registadas na rubrica “Aumentos /(reduções) de justo valor”, da demonstração dos resultados. As mais e menos-valias realizadas resultantes do resgate de unidades de participação são determinadas face ao valor de balanço no início do ano ou face ao custo de

aquisição, no caso de terem sido subscritos durante o exercício, por aplicação do critério de custeio FIFO. Neste sentido, os “Aumentos/(reduções) de justo valor correspondem à diferença entre o valor da unidade de participação à data de relato e o valor de balanço no final do ano anterior corrigido pelas subscrições ocorridas no ano, por aplicação do critério de custeio FIFO.

(ii) Clientes e outras contas a receber

Os saldos de clientes e de outras contas a receber são registados no activo pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade. As perdas por imparidade

correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, as quais são reconhecidas na demonstração dos resultados do exercício em que são determinadas.

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Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminuir esta é revertida por resultados. A reversão é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados na mesma rubrica.

(iii) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores em caixa, depósitos à ordem e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria com vencimento a menos de 3 meses e para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.

A caixa e equivalentes de caixa encontram-se registados no activo pelo seu valor nominal. (iv) Fornecedores e outras contas a pagar

Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são registados no passivo pelo seu valor nominal.

(v) Desreconhecimento de activos e passivos financeiros

A Sociedade desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram por cobrança, ou quando transfere para outra entidade o controlo desses activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos.

A Sociedade desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.7 Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento do serviço à data de relato, desde que todas as seguintes condições estejam satisfeitas:

 O montante do rédito possa ser mensurado com fiabilidade;

 É provável que benefícios económicos futuros associados à prestação fluam para a Sociedade;

 Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção possam ser mensurados com fiabilidade; e

 A fase de acabamento do serviço à data de relato possa ser mensurada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método da taxa de juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Sociedade e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

O rédito proveniente de dividendos é reconhecido quando se estabelece o direito da Sociedade a receber esse montante.

Remuneração de gestão

Como remuneração pela sua actividade, a Sociedade cobra aos Fundos geridos comissões de gestão financeira e comissões de gestão técnica e administrativa, calculadas sobre o valor dos Fundos e sobre as contribuições dos Associados para os mesmos, respectivamente, com o seguinte detalhe:

(25)

- Fundos Fechados:

Comissão de gestão financeira Comissão

Percentagem Base de sobre as

Fundo anual Periodicidade incidência contribuições

Fundo CGD 0,025% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo

-Valor de mercado da carteira do Fundo

0,200% < Eur 9.975.958

0,180% de Eur 9.975.958 a Eur 19.951.916

0,160% > Eur 19.951.916

Fundo Euronext Lisbon 0,200% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 0,30%

Fundo Interbolsa 0,200% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 0,30%

Fundo CPR 0,150% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 5,00%

Fundo Galp Energia 0,300% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 0,30%/0,40%

Fundo Sojornal e Associadas 0,450% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 0,30%

Fundo INE 0,500% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 0,50%

Fundo CMVM 0,125% Trimestral Valor de mercado dos activos do Fundo Taxa ISP

Fundo Império – Bonança 0,150% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo Dobro da taxa ISP

Fundo SCML 0,150% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo 0,15%

Fundo Fidelidade 0,150% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo Dobro da taxa ISP

Fundo Mundial - Confiança 0,150% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo Dobro da taxa ISP

Fundo Petrogal - Trimestral 100.000 Euros por ano

-Fundo STET 0,500% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo Taxa ISP

Fundo ICP - Anacom 0,350% Trimestral Valor de mercado da carteira do Fundo Taxa ISP

Fundo Gestnave Trimestral

- Fundos Abertos:

Base de Comissão de Comissão de

Fundo Percentagem Periodicidade incidência Observações subscrição resgate

Fundo Caixa Reforma Activa Máximo 3% ao ano Mensal Valor líquido do Fundo

Taxa cobrada nos exercícios de 2011 e 2010

ascendeu a 1,25% Máximo 5% ao ano Máximo 5% ao ano Fundo Caixa Reforma Valor Máximo 3% ao ano Mensal Valor líquido do Fundo

Taxa cobrada nos exercícios de 2011 e 2010

ascendeu a 1,25% Máximo 5% ao ano Máximo 5% ao ano

Fundo Caixa Reforma Garantida 2022 Máximo 3% ao ano Mensal Valor líquido do Fundo

Taxa cobrada no exercício de 2011 ascendeu a 0,77% durante o primeiro semestre e a 0,68% durante o segundo semestre. A taxa cobrada no exercício de

2010 ascendeu a 0,77% Máximo 10% ao ano Máximo 10% ao ano Fundo Caixa Reforma Prudente Máximo 1% ao ano Mensal Valor líquido do Fundo

Taxa cobrada nos exercícios de 2011 e 2010

ascendeu a 0,5% Máximo 1% ao ano Máximo 2% ao ano Comissão de gestão financeira

Pela função de comercialização das unidades de participação dos Fundos de pensões abertos “Fundo Caixa Reforma Activa”, “Fundo Caixa Reforma Valor” e Fundo Caixa Reforma

Prudente”, a Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD) cobra uma comissão de comercialização equivalente a 55% da comissão de gestão cobrada pela CGD Pensões a estes Fundos, deduzida das comissões cobradas às adesões colectivas. Esta comissão é registada na rubrica “Fornecimentos e serviços externos” (Nota 16).

A Sociedade cobra ainda aos Fundos Galp Energia e ICP – Anacom comissões anuais de 80 Euros e 5 Euros, respectivamente, por cada participante.

3.8 Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e benefícios associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, de modo a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação.

(26)

3.9 Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício registado na demonstração dos resultados

corresponde à soma dos impostos correntes e diferidos. Os impostos correntes e diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionem com itens registados directamente no capital próprio, caso em que são também registados no capital próprio.

O imposto corrente a pagar é calculado com base no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em outros exercícios, bem como gastos e

rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera que venham a estar em vigor à data da reversão das

correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas no final de cada exercício económico.

Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. Os activos por impostos diferidos são registados para as diferenças temporárias dedutíveis relativamente às quais existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos, ou diferenças temporárias tributáveis que se revertam no mesmo período de reversão das diferenças temporárias

dedutíveis. Em cada data de relato é efectuada uma revisão dos activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. A compensação entre activos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a Sociedade tenha um direito legal de proceder à compensação entre tais activos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais activos e passivos se relacionam com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a Sociedade tenha a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação.

Nos termos do Decreto-Lei nº 171/87, de 20 de Abril, sobre as contribuições dos Associados para os respectivos Fundos incide uma taxa do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a qual constitui encargo de cada Fundo. Não obstante, no que se refere aos Fundos Caixa Reforma Activa, Caixa Reforma Valor, Império - Bonança, CMVM, Galp Energia, Caixa Reforma Garantida 2022, Fidelidade, Mundial - Confiança e Caixa Reforma Prudente, esta taxa é suportada pela Sociedade, sendo registada na rubrica de “Outros gastos e perdas - Impostos” (Nota 19).

3.10 Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando a Sociedade tenha uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante dessa obrigação possa ser

razoavelmente estimado.

O montante das provisões registadas consiste na melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados a cada obrigação.

As provisões são revistas em cada data de relato financeiro sendo ajustadas de modo a reflectirem a melhor estimativa a essa data.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. 3.11 Especialização de exercícios

(27)

A Sociedade regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo os mesmos reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados são registados nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

3.12 Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas

demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

3.13 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos por parte do Conselho de Administração da Sociedade, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes

divulgados.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados por referência à data de relato com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram

consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação destas demonstrações financeiras foram os seguintes:

(i) Especialização de comissões a receber e a pagar

Os montantes relativos às especializações das comissões a receber e a pagar

correspondem à melhor estimativa do Conselho de Administração em 31 de Dezembro de 2011 sobre o montante a receber e a pagar em 2012, respectivamente.

(ii) Impostos sobre os lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Sociedade com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva, originando a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Sociedade sobre o correcto

enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

(28)

4. CAIXA E EQUIVALENTES

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses). A caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 têm o seguinte detalhe:

2011 2010

Numerário 200 300

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 290.222 356.643

--- ---

290.422 356.943

======= ======

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os depósitos bancários imediatamente mobilizáveis dizem integralmente respeito a depósitos à ordem junto da Caixa Geral de Depósitos, os quais eram remunerados às taxas de juro anuais de 2,07% e 2,64%, respectivamente.

5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Valor Amortizações Valor Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas líquido bruto acumuladas do exercício bruto acumuladas líquido

Equipamento administrativo 30.720 (23.154) 7.566 (310) 156 (2.047) 30.410 (25.045) 5.365

Valor Amortizações Valor Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas líquido bruto acumuladas do exercício bruto acumuladas líquido

Equipamento administrativo 30.720 (21.069) 9.651 - - (2.085) 30.720 (23.154) 7.566

Equipamento de transporte 50.000 (40.000) 10.000 (50.000) 40.000 - - -

-80.720 (61.069) 19.651 (50.000) 40.000 (2.085) 30.720 (23.154) 7.566

2011

2010

Saldos no início Alienações / abates Saldos no final

Alienações / abates Saldos no final

Saldos no início

6. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Valor Amortizações Valor Amortizações Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas líquido Aquisições do exercício bruto acumuladas líquido

Equipamento informático (software) 248.914 (182.963) 65.951 3.143 (56.434) 252.057 (239.397) 12.660

Valor Amortizações Valor Amortizações Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas líquido Aquisições do exercício bruto acumuladas líquido

Equipamento informático (software) 217.223 (164.140) 53.083 31.691 (18.823) 248.914 (182.963) 65.951

2011

Saldos no início Saldos no final

2010

(29)

7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica decompunha-se como segue:

Títulos Valor inicial

Valor de mercado

Variações do justo valor no

exercício Activos não correntes

Unidades de participação em fundos de investimento imobiliários:

. Fundimo 1.415.257 1.404.713 (10.544)

. Logística e Distribuição 680.080 716.463 36.383

. Maxirent 287.815 292.905 5.090

. Caixagest Imobiliário 149.931 153.726 3.795

. Tishman Esof Sfeeder 109.913 125.455 15.542

. Lusimovest (Santander) 12.217 10.675 (1.542)

2.655.213 2.703.937 48.724

Activos correntes

Unidades de participação em fundos de investimento mobiliários:

. Caixa Fundo Monetário 1.503.175 1.534.179 31.004

4.158.388 4.238.116 79.728

Títulos Valor inicial

Valor de mercado

Variações do justo valor no

exercício Activos não correntes

Unidades de participação em fundos de investimento imobiliários:

. Fundimo 1.378.974 1.379.201 227

. Logística e Distribuição 679.514 680.080 566

. Maxirent 280.265 287.815 7.550

. Caixagest Imobiliário 145.147 149.931 4.784

. Tishman Esof Sfeeder 108.807 109.913 1.106

. Lusimovest (Santander) 12.159 12.217 58

2.604.866 2.619.157 14.291

Activos correntes

Unidades de participação em fundos de investimento mobiliários:

. Caixa Fundo Monetário 1.640.687 1.649.027 8.340

4.245.553 4.268.184 22.631

2011

2010

O valor inicial dos fundos corresponde ao seu custo de aquisição, no caso de terem sido comprados ao longo do ano, ou ao seu valor de balanço em 31 de Dezembro do ano anterior, no que se refere aos títulos adquiridos em exercícios anteriores.

Nos exercícios de 2011 e 2010, a Sociedade realizou mais-valias na alienação de investimentos financeiros nos montantes de 4.317 Euros e 10.042 Euros, respectivamente (Nota 18). Em 2011 e 2010, foram ainda recebidos rendimentos de unidades de participação nos montantes de 54.109 Euros e 73.647 Euros, respectivamente (Nota 20).

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