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Portfólio Sugerido Jun/17

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Academic year: 2021

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O mês de maio foi mais um período difícil para o mercado financeiro com um cenário político bastante conturbado, mas que acabou tendo seu efeito neutralizado por outros fatores. Do lado positivo, a divulgação de dados macroeconômicos mostrando queda continua da inflação seguida pela expectativa de avanços na votação das reformas na pauta da Câmara de Deputados e do Senado. Outro fator importante que ajudou a bolsa foi a forte atuação de investidores estrangeiros, que apesar da grave crise política no país, passaram a separar os dois assuntos, enxergando boas oportunidades de investimento com foco no médio prazo.

No mercado internacional um dos destaques foi o noticiário mostrando dados da balança comercial chinesa abaixo do esperado, o que acabou provocando queda nas cotações das commodities metálicas e ainda uma maior volatilidade nos preços do petróleo. Destaque também para a decisão dos países integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir a produção durante os próximos 9 meses, visando controlar os estoques e sustentar os preços do petróleo no mercado internacional.

O principal acontecimento do mês foi à divulgação, no dia 17, da gravação do executivo da JBS Joesley Batista, envolvendo o presidente Michel Temer. No dia 18 a Bovespa marcou queda de 8,80% com um volume negociado de R$ 24,8 bilhões, mas o pânico previsto por uma parte do mercado acabou não acontecendo. Pelo contrário, a Bovespa foi sustentada pela atuação de investidores estrangeiros que enxergaram oportunidades de investimento no momento mais crítico do mercado. Um exemplo disto é que depois de uma retirada mais forte de recursos no dia 17/06, data da denúncia, derrubando o fluxo líquido de capital estrangeiro para R$ 760 milhões, passado o susto, o saldo de estrangeiros chegou a R$ 2,8 bilhões no final do mês (29).

A nossa carteira para o mês de junho segue com um perfil conservador por acreditarmos na possibilidade de mais uma turbulência em razão da agenda política marcada o período, tendo com destaque o inicio do processo de julgamento da chapa Dilma x Temer a partir do dia 06. Outro assunto que poderá mexer com o mercado é o avanço ou não das reformas integrantes da pauta da Câmara e do Congresso. Ontem a taxa básica de juros (Selic) foi reduzida em 1,0 ponto percentual, confirmando a expectativa do mercado, mas é provável que na próxima reunião do Copom marcada para julho a redução seja mais modesta. Acreditamos que o comportamento da bolsa no mês de junho estará refletindo, principalmente, o andamento dos acontecimentos políticos.

Carteira Mensal Planner acumula valorização de 20,2% até maio contra

uma alta de 4,1% do Ibovespa

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Desempenho da Carteira Planner em Maio

A Carteira Mensal Planner registrou queda de 0,90% em maio contra uma desvalorização de 4,12% do Ibovespa. Os melhores desempenhos na Carteira Planner foram Weg, Klabin e Multiplus, nesta ordem. Do lado negativo, pesaram mais Itaúsa, Petrobras e Multiplan.

Portfólio Sugerido para Junho

A nossa carteira para o mês de junho segue com um perfil conservador por acreditarmos que ainda poderemos passar por uma turbulência no cenário político e pela dependência de avanço das medidas fundamentais no campo fiscal e Previdência. Para a carteira deste mês entramos com Lojas Americanas, Odontoprev e Tupy. Acreditamos que estas ações têm potencial de valorização e podem ter desempenho superior ao Ibovespa.

BB Seguridade ON BBSE3 29,10 37,00 27,1 1,89 10,0 58,1 111,6

Itausa PN ITSA4 8,95 12,00 34,1 3,30 10,0 66,4 187,3

Klabin UNIT KLBN11 16,70 19,00 13,8 0,72 10,0 17,8 53,6

Lojas Americanas PN lame4 14,60 17,50 19,9 0,94 10,0 21,9 142,5

Multiplan ON MULT3 64,10 65,00 1,4 0,49 10,0 12,8 64,7

Odontoprev ON ODPV3 12,07 13,00 7,7 0,00 10,0 6,4 15,3

Petrobras PN PETR4 12,96 19,00 46,6 5,21 10,0 174,0 672,9

Taesa UNIT TAEE11 22,70 25,00 10,1 0,00 10,0 9,9 73,0

Telefônica Brasil PN VIVT4 46,80 50,00 6,8 1,83 10,0 73,9 94,8

Tupy ON TUPY3 14,52 21,50 48,1 0,00 10,0 2,1 9,8

Ibovespa IBOV 62.711 68.920 9,90 14,37 100,0 8.687,5

IBRX IBRX 26.052

IBRX50 IBRX50 10.478

Fonte : Planner Corretora e Economatica

Vol. Méd. Neg. / Dia (R$ milhões) Código Bovespa Cot. Fechto R$ / Ação Preço Justo R$ / Ação Valoriz. Potencial (%)

Carteira Mensal: Junho de 2017

Peso na Carteira Ibovespa Proposto Empresa Tipo Valor de Mercado (R$ bi)

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Ações mantidas na Carteira

BB Seguridade (BBSE3): Estamos mantendo suas ações na nossa Carteira para junho. A companhia registrou em 2016 um lucro líquido ajustado de R$ 4,1 bilhões, com aumento de 4,1% em relação a 2015, mesmo com a queda da atividade econômica, seus efeitos sobre as receitas da companhia, e o aumento das alíquotas dos tributos incidentes sobre as vendas das suas controladas e coligadas. Para 2017 as expectativas apontam para um crescimento do lucro líquido ajustado entre 1,0% e 5,0%.

No 1T17 o lucro líquido foi de R$ 992,8 milhões, 3,7% superior ao obtido no mesmo período de 2016, explicado pelo bom desempenho comercial, especialmente nos segmentos rural e de previdência. Some-se a queda da sinistralidade de seguros e o aumento das reservas da área de previdência. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado recuou de 49,9% para 47,3% na mesma base de comparação. No entanto, a queda da taxa Selic e da inflação impactaram o retorno de títulos pós-fixados e atrelados à inflação, o que pesou no resultado financeiro das companhias do grupo. Eventual pedido do IRB Brasil Resseguros (IRB) de registro de companhia aberta e de autorização para a realização da oferta pública de ações (IPO) através de oferta secundária de ações é esperado. A BB Seguridade detém participação no capital do IRB através de sua subsidiária integral, BB Seguros, e pode capturar valor através da operação.

Itaúsa (ITSA4): Mantivemos suas ações em nossa carteira mensal a despeito da queda no mês passado. Para 2017 a revisão de seu portfólio de investimentos, com vistas à diversificação e que agreguem valor, segue como uma das prioridades. Um dos objetivos é reduzir a participação relativa do segmento de serviços financeiros dos atuais 97% para próximo de 90%. Nesse sentido a Itaúsa adquiriu uma participação na Nova Transportadora do Sudeste S.A. – NTS pelo valor de US$ 292,3 milhões e que resultou em uma participação final de 7,65% no capital social da NTS. Em adição, também adquiriu debêntures conversíveis em ações emitidas pela NTS, com vencimento em 10 anos e no valor total de R$ 442,1 milhões. A Itaúsa não espera que a operação acarrete efeitos significativos nos seus resultados em 2017. Klabin (KLBN11): Seguimos com a unit da Klabin em nossa Carteira Mensal por conta principalmente da perspectiva positiva do cenário doméstico, corroborado pelos números da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO). Segundo a ABPO, em abril, as expedições brasileiras de caixas, acessórios e chapas de papelão registraram queda de 4,33% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, a queda não é vista como negativa, dado que houve menos dias úteis em abril frente a abril de 2016. Desse modo, ao olharmos a média diária de produção caixas, acessórios e chapas de papelão houve avanço de 4,34% (M/M) e 3,98 (T/T).

A Klabin encerrou 2016 com aumento de 25% na receita líquida (R$ 7,1 bilhões), ganho de 16% no EBITDA (R$ 2,3 bilhões) tendo sua margem perdido 2 p.p para 32%. No entanto, Impulsionada pelas vendas da unidade Puma, a Klabin encerrou 2016 com lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, em comparação ao prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão em 2015.

Com preço justo de R$ 19,00 por Unit (KLBN11) o potencial de valorização para este ano é de 13,8% sobre a cotação de R$ 16,70 no último fechamento.

Petrobras (PETR4): Mantivemos a ação em nossa carteira porque acreditamos que sua queda em maio se deu devido aos problemas políticos do país, sem nenhuma relação com seus fundamentos. Continuamos vendo com otimismo as perspectivas para a empresa e para a ação.

Em abril, a Petrobras divulgou seus resultados do 1T17 que foram muito bons. Apesar da queda na receita, houve crescimento de margens operacionais, redução da dívida e elevação do lucro líquido. A Petrobras apresentou no 1T17

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um lucro líquido de R$ 4,4 bilhões (R$ 0,34 por ação), revertendo o prejuízo de R$ 1,2 bilhão do mesmo trimestre de 2016. As vendas totais da Petrobras caíram no 1T17 (1,7%), como reflexo da recessão no país e da venda de ativos no exterior. Uma das boas notícias recentes da Petrobras tem sido a diminuição nas despesas operacionais. No 1T17, o volume de despesas com vendas, gerais e administrativas caiu 33,9% em relação ao 1T16. Outras despesas importantes que caíram no trimestre, por exemplo, também foram as Tributárias (46,3%) e pesquisas e desenvolvimento (33,0%). Finalmente, a empresa continuou apresentando redução em sua dívida neste trimestre. A dívida líquida em reais (R$ 301 bilhões) no final do 1T17 teve uma redução de 4,2% no trimestre e 20,8% em doze meses.

Com a manutenção do corte de produção deliberado pela OPEP em sua reunião de maio, esperamos que o petróleo possa se manter próximo a US$ 50 por barril nos próximos meses o que seria benéfico para Petrobras. Considerando nossas projeções, PETR4 está sendo negociada com um indicador Preço/Lucro de 11,1x para 2017 e 8,9x em 2018. O Preço Justo para esta ação é de R$ 19,00 e nossa recomendação é de Compra.

Multiplan (MULT3): A ação da Multiplan teve um desempenho ruim no mês de maio, encerrando o período desvalorização de 5,3%. Contudo, seguimos com a ação na carteira recomendada para junho, considerando que a queda não reflete diretamente seu desempenho econômico e financeiro. No 1T17 a empresa mostrou resultados positivos. A queda divulgada no resultado líquido, passando de R$ 70,1 milhões no 1T16 para R$ 54,3 milhões no 1T17, tem com justificativa o efeito não caixa da remuneração baseada em opções de ações aumenta de 17,7% no resultado financeiro, por conta do crescimento da dívida bruta quando comparada ao 1T16. O resultado refletiu também o aumento de 15,8% na conta de depreciação e amortização, devido a aquisições de participações realizadas pela companhia. Outras contas de resultado mostraram crescimento e acreditamos que os próximos trimestres serão favoráveis à empresa. O setor de shopping centers já mostra alguma melhora e a recuperação da economia, mesmo que lenta, deverá ajudar o setor e a Multiplan.

Taesa (TAEE11): Estamos mantendo a Taesa em nossa carteira considerando as características defensivas de suas ações, sua disciplina financeira e a otimização da gestão do caixa. Nos resultados recentes, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 201,4 milhões no 1T17, com queda de 20,6% em relação ao 1T16, enquanto o EBITDA recuou 26,9% na mesma base de comparação para R$ 267,6 milhões, enquanto a margem Ebitda caiu 9,8 p.p para 80,5%, principalmente explicada pelos índices de inflação que atualizaram a receita de "Correção Monetária do Ativo Financeiro" entre os trimestres. A taxa de disponibilidade das suas linhas de transmissão foi de 99,98% no trimestre. A Taesa segue preparada para oportunidades de crescimento. O processo de desalavancagem permanece com reduções constantes. Ao final do trimestre a relação dívida Líquida/EBITDA era de 1,7x e se compara a 2,0x em dez/16 e 2,3x em dez/15.

Telefônica Brasil (VIVT4): Seguimos com a Telefônica Brasil (VIVT4) na carteira para o mês de junho. A ação vinha de uma alta, mas também pesou no mês de maio, não pelos seus resultados que foram positivos e bastante sólidos no 1T17. A sua posição de liderança no mercado de telecomunicações e as perspectivas de crescimento, sustentam a nossa recomendação para a carteira de junho. Os principais números do 1T17 em relação ao 1T16 mostram aumento de 1,5% na receita líquida que somou R$ 10.6 bilhões, um crescimento de 7,3% no EBITDA que atingiu R$ 3,5 bilhões e um lucro líquido de R$ 996,2 milhões, crescimento de 13,3% em relação ao 1T16.

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Ações incluídas na Carteira

Lojas Americanas (LAME4): Entramos com a Lojas Americanas na carteira deste mês acreditando que a cotação de fechamento de maio, com queda de 13,3% no mês já reflete o fraco desempenho da empresa no 1T17. Assim, acreditamos que existe uma boa oportunidade na ação neste momento. A empresa apresentou resultados muito fracos no 1T17 no comparativo com o 1T16. A receita líquida somou R$ 3,57 bilhões contra R$ 3,93 bilhões no 1T16 (-9,2%), mas a margem bruta subiu de 27,7% para 29,2% no mesmo comparativo. O EBITDA ajustado também foi mais fraco, ficando em R$ 449,4 milhões contra R$ 509,3 milhões no 1T16. Por fim, o resultado líquido foi negativo em R$ 132,9

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milhões no 1T17 ante uma perda de R$ 23,9 milhões. Segundo a empresa o fato de a Páscoa ter acontecido no dia 16 de abril, as vendas relativas ao evento ficaram concentradas no segundo trimestre, influenciando as comparações.

Considerando os números de 4 meses, ajustando o efeito Páscoa, a companhia já mostrou crescimento na receita e no EBITDA ajustado. Isto nos leva a crer que o comparativo semestral terá um perfil muito diferente. Além disso, a Lojas Americanas possui um ticket baixo e uma ampla gama de itens comercializados o que a favorece quando da retomada do poder de consumo da população.

Outro ponto importante é que no 1T17 a empresa registrou aumento na despesa financeira líquida que não reflete o aumento de capital no valor de R$ 2,4 bilhões, ocorrida na metade de março. Ou seja, os números do 1º semestre deverão ser bem melhores.

Odontoprev (ODPV3): Incluímos a Odontoprev na carteira para junho acreditando que ainda há um espaço para valorização da ação, embora sua cotação não tenha sofrido o impacto da chacoalhada na bolsa no dia 18/05. Ou seja, enquanto muitas ações se desvalorizaram a ODPV3 sustentou seu preço. Trata-se de uma companhia com um histórico de bons resultados operacionais e financeiros em um setor que poderá seguir mostrando crescimento orgânico e permitindo uma expansão do número de beneficiários.

No 1T17, a receita líquida consolidada cresceu 6,6%. Destaque para os segmentos massificados, com PME expandindo 15,5% e planos individuais acelerando 34,0%. O tíquete médio, 8,3% superior ao 1T16, subiu em todos os segmentos de negócio. Houve perda líquida de 54 mil vidas na comparação trimestral. O segmento massificado apresentou 120 mil adições líquidas nos últimos doze meses.

A sinistralidade foi de 45,0%, por menor utilização do benefício odontológico, abaixo dos 45,2% do 1T16 e dos 49,7% no 4T16. A provisão para perdas sobre créditos foi de 4,6%, inferior aos 5,0% do 4T16 e acima dos 4,1% do 1T16. O Ebitda ajustado atingiu R$ 90 milhões, maior 2,9% em relação ao 1T16, com margem Ebitda ajustado de 25,7% no trimestre. O lucro líquido foi de R$ 69 milhões, semelhante ao observado no 1T16. A distribuição de dividendos 1T17 de R$ 43 milhões, somada aos R$ 13 milhões em juros sobre capital próprio pagos totaliza 80% de remuneração aos acionistas do resultado trimestral. A OdontoPrev registrou no 1T17 caixa líquido de R$ 523 milhões, sem dívida.

Tupy (TUPY3): Estamos incluindo esta ação em nossa Carteira em função de acreditarmos que se trata de uma excelente empresa, bem capitalizada, boa pagadora de proventos e com potencial de crescimento dos lucros.

A recuperação nas vendas de veículos pesados no mercado norte-americano e brasileiro em 2017, que já está ocorrendo, é um sinal de bons resultados para a empresa. Esta ação foi negativamente impactada no início do ano pelo receio de medidas protecionistas que poderiam ser editadas pelo novo governo dos EUA, prejudicando as exportações da Tupy a partir do México, mas a cada dia que passa esta possibilidade parece mais distante.

Em seus resultados do 1T17, a Tupy apresentou aumento do volume vendido, mas quedas nos preços e margens, comparados ao mesmo período de 2016. Porém, o lucro líquido cresceu em função de ganhos tributários advindos das unidades sediadas no México. A Tupy teve no 1T17 um lucro líquido de R$ 47 milhões (R$ 0,33 por ação), que foi 172,6% maior que no 1T16 e reverteu o prejuízo de R$ 179 milhões do trimestre anterior. No 1T17, as vendas no mercado interno para o setor automotivo continuaram em queda (4,0%), mas as vendas de hidráulica cresceram 2,4%, o que é uma boa notícia já que a construção civil no Brasil ainda continua deprimida. No mercado externo a Tupy teve crescimentos expressivos no volume vendido tanto no segmento automotivo (17,5%) quanto na hidráulica (7,9%).

A Tupy tem uma tradição de boa pagadora de proventos. Para este ano, a diretoria já anunciou que deve distribuir R$ 200 milhões (R$ 1,39 por ação) em quatro parcelas trimestrais. Este total representa 229,2% do lucro que projetamos para Tupy no ano. Nossa recomendação para TUPY3 é Compra com Preço Justo de R$ 21,50 por ação. Segundo nossas projeções, TUPY3 está sendo negociada com indicadores Preço/Lucro de 28,6x para 2017 e 12,7x em 2018.

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Ações retiradas da Carteira

Kroton (KROT3): Retiramos a ação de nossa Carteira principalmente em função do noticiário envolvendo a fusão com a Estácio e a baixa aderência ao Fies. O jornal Estadão do último dia 30 informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem como intenção a imposição de remédios mais “duros” para a efetivação da conclusão entre a Kroton e a Estácio, no intuito de preservar seus concorrentes de um possível monopólio.

Além disso, o Ministério da Cultura (MEC) divulgou que, das 150 mil vagas do Financiamento Estudantil (FIES) que foram ofertadas nesse primeiro semestre, 115 mil delas foram preenchidas, ou seja, uma ociosidade de 20%. No mesmo período de 2016, a taxa de ociosidade ficou em 40%.

A Kroton encerrou o 1T17 com uma base total de 1,015 milhão de alunos, dos quais 56% eram do segmento de Ensino a Distância e 44% do segmento presencial. O número de alunos com Fies foi de 171.310 alunos, representando 39,5% da graduação presencial e 17,5% da base total de graduação.

Com preço justo de R$ 16,00 por ação a Kroton tem um potencial de alta de 10,3% sobre a última cotação de fechamento (R$ 14,50).

Multiplus (MPLU3): A companhia registrou bom desempenho na carteira recomendada para o mês de maio com valorização de 4,2% ante uma queda de 4,12% do Ibovespa. Desta forma, optamos pela realização de lucro na ação, fazendo uma troca por outra que acreditamos tem boa chance de valorização neste mês e junho. A Multiplus vem apresentando resultados bastante sólidos e possui boa politica de dividendos (trimestrais), com bom histórico de retorno para seus acionistas.

Weg (WEGE3): Estamos retirando a ação de nossa Carteira após um excelente desempenho em maio. No mês, até o dia 30, WEGE3 teve uma alta de 10,4%, enquanto o Ibovespa caiu 2,2%.

A Weg divulgou seus resultados do 1T17 na última semana de abril, mostrando reduções de vendas e no lucro líquido. As principais razões para a diminuição do lucro foram a queda de receita no mercado externo, devido principalmente à valorização do real, e a redução no resultado financeiro positivo. O lucro da Weg no 1T17 somou R$ 258 milhões (R$ 0,16 por ação), número que ficou 8,7% abaixo daquele obtido no 1T16 e 20,3% menor que no trimestre anterior.

As ações da Weg estão sendo negociadas com indicador Preço/Lucro de 25,2x para 2017 e 22,4x em 2018, considerando as projeções do mercado organizadas pela Bloomberg, cujo Preço Justo médio é de R$ 18,32/ação, indicando um potencial de baixa em 6%.

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Página | 7 Mario Roberto Mariante, CNPI*

mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI

lcaetano@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br

DISCLAIMER

EQUIPE

Parâmetros do Rating da Ação

Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido

pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação

do analista. Dessa forma teremos:

Compra:

Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do

Índice Bovespa, mais o prêmio.

Neutro:

Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do

Índice Bovespa, mais o prêmio.

Venda:

Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice

Bovespa, mais o prêmio.

Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores.

(*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise.

Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483

O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483

A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório.

Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Karoline Sartin Borges

Referências

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