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AMPHIBIOS
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DApenínsula
ibérica
ESPECIALMENTE DE
PORTUGAL
REPTIS
E AMPHIBIOS
DApenínsula
ibérica
ESPECIALMENTE
DE PORTUGAL
PORM.
Paulino
d'01iveira
Lentocatlicdraticode Zoolnu-ia edirectordoJliiseu zooloçicodaUniversidade de Coimbra
COIMBRA
IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
1896
SdgcísI fn^-ríToríf
MU3.
COMP.
ZOOL
LIBRARY
MAR
8
flse
HARVARD
INDICAÇÕES
GERAES
RELATIVAS Á
NATUREZA
E
FINSD'ESTE
TRABALHO
São
já muitas as publicações feitas sobre osnossos reptis e amphibios eque
em
lista especialindicamos.Alem
dostrabalhosdeVandelli, Linck, etc, ahiconsignados,especialisamosaqui,
como
mais importantes emodernos, os seguintes:O
catalogoque
em
1863 publicou o nosso particularamigo
o Sr.Conse-lheiroJ.V. Barboza
du
Bocage,que
foi,em
nossaopinião,quem
inaugurou ostrabalhos regulares dos últimos quarenta annos, relativos aos animaes da
nossafauna, pertencentes ás duasclasses de que nos occupamos.
Ulteriormente publicou
também
o Sr.Barboza
du
Bocage,em
1864, adescripçãode
uma
espécienova
paraasciencia, que descobrimos no Bussaco, equeérepresentanted'um
género novo. Depoisd'istotem-se ellededicadoaoestudo dos nossospeixes e especialmenteao dos
mammiféros,
aves, reptis eamphibios das nossas possessõesafricanas. Entreogrande
numero
das suaspublicações
merecem
especialmenção
duas obrascom
estampas coloridas,intituladas
Omithologie
d'Angola
e Herjietologie d'Angola
etdu
Congo.Rivalisamellas
com
asmelhores dosoutros paizes erepresentaminquestiona-velmente os dois trabalhos zoológicos de
maior merecimento
publicadosno
nossopaiz.
Apraz-nos fazer estadeclaração, que
pouco pôde
lisongear onosso amigo,visto a nossa pouca competência para apreciar estes seus trabalhos. Mas,
fazendo-a,
cumprimos
conscienciosamenteum
devergratoesignificamosegual-mente
que nãodesconhecemos
osimportantes serviços que o Sr. Barbozadu
Bocage
tem
prestadoá zoologia,nem
menosprezamos
a antiga affeição,nunca
desmentida,
com
queellenostem
distinguido, apesar de ser director deum
estabelecimentoanálogo aoque nos está confiado, o que, paraoutro caracter
que
não fosse egualmente nobre, podia termotivado
menos
dedicação para comnosco.pu-6
REPTIS
E
AMPHIBIOS
blicou
um
catalogo herpetologico sobre osnossosreptise amphibios,princi-palmente interessante pelas observações que regista relativamente á
distri-buição geographicaepor muitas minuciosidades nãoindicadas até então
com
regularidade.
O
Sr.Dr. A.X.Lopes
Vieira,nossoparticular amigo, collegaecompanheiro nostrabalhos doMuseu
zoológicoda Universidade de Coimbra, publicou,em
1887,
um
catalogo dosreptis e amphibios então existentes nascollecções domesmo
Museu, e ahi indicou, para muitas espécies, proveniência até entãonãoconhecida.
Desde
essaepochaatéhojetem
elletrabalhadoincessantementeno
engrandecimento e preparação das collecções dos nossos vertebrados, eultimamente
também
dosinvertebrados; eem
todas as classes de que setem
occupado existem no
Museu
preparações, anossover,perfeitíssimas.Tudo
istoé devido ao seu zelo eactividade excepcionaes, só própriosd'uma
organisaçãoprivilegiada
como
a sua.Não
hesitamosem
exprimir francamentea nossaopinião relativamente ásmodernas
collecções do Museu,embora
os elogios serefiram aum
estabele-cimento que está sob a nossa direcção; e
com
amesma
franquezacom
quereferimos os valiosos serviços do Sr. Dr.
Lopes
Vieira,expomos
egualmente a nossacoadjuvação, ainda que pequena, por effeitosódefaltade saúdeenão defaltade vontade;poisnão sepôde
presumirestaem
quem
ha muitos annos fez dosestudos zoológicoscomo
queum
elemento indispensável daprópriavida.
Reconhecemos
porém
que, ultimamente,devemos
mais á vontade, doqueás poucas forças de que dispomos; e se nãofora o poderoso auxilio que
estávamoscertos de encontrar n'aquelle nosso amigo, não haveríamos
accei-tado a direcção do Gabinete de Zoologia; ou se
impensadamente
a tivéssemosacceitado, procuraríamosresignal-a, esperandoqueoutro
com
maisactividade,que não
com
mais vontade,a tomasse a seu cuidado.Tenciona agora o Sr. Dr.
Lopes
Vieira publicarum
novo
catalogo dosnossosreptis eamphibios, onde serão incluídasnão
menos
de quatroespécies de amphibios, duas dereptiseoutrasduas dechelonios,adquiridas peloMuseu
posteriormenteápublicaçãodoseuprimeirocatalogo, contendo
também
novasindicações relativas á descripção geographica das espécies que já então
existiam.
Posteriormenteás publicações indicadas, o Sr. Dr. J.de Bedriaga,
um
dos principaes herioetologistas da actualidade, inseriu no Instituto deCoimbra
differentes artigos descriptivos da maioria dos reptis e amphibios do nosso
paiz, osquaeslheforam enviadospeloSr.
Adolpho
Frederico Moller, inspectordo Jardim
Botânicoda nossaUniversidade, que,embora
cultiveespecialmenteos estudos botânicos,
tem
comtudo
concorrido poderosamente, pelas suas explorações, para odesenvolvimento das nossascollecções zoológicas.Algunsd'estes artigos,
também
publicadosem
tiragem separada doInstituto,REPTIS E
AMPHIBIOS
7
Portugal e contêcm egualmente dados geograpliicos e bibliographicosmuito
importantes.
Finalmente, entre as mais valiosas publicações que ultimamente se
têem
feito sobre a herpetologia portugueza,
merecem
ainda particularmenção
asdo
Sr. J. Bettencourt Ferreira, doMuseu
nacionalde Lisboa.Compreliendem
catologos relativos ás espéciesdo
Museu
de Lisboa,com
numerosas
indi-cações geographicas e dados bibliographicos muito desenvolvidos; e
bem
assim estudosespeciaeseminuciosos sobredifferentesgéneros, cujas espécies
dedifficildeterminaçãoelle estudou
com
um
escrúpuloque nunca pôde
espe-rar-se do trabalho obrigatório,mas
só deum
amor
dedicadopela sciencia.Com
relação áfaunaherpetologicadeHespanha
ha muitase valiosas publi-cações;esão especialmente importantes, entre asmaisrecentes,asdosdistinctosherpetologistas Srs. Ediíardo Boscae Victor
Lopez
Seoane.Todas
estas publicações e outras que citamosem
lista especialdizemres-peito á distribuição geographica, á bibliographia, á descripção geral ou a
trabalhos especiaes relativos ás nossas espécies. Todavia, julgamos ainda assim
que
o presente trabalho, tendofins differentesd'aquellesque acabamos
de indicar, poderá ser
também
dealguma
importância para a herpetologiaportugueza,
embora
o estudo dos nossos reptis e ami^hibios não tenhasidoaquelle a
que mais
especialmente noshavemos
dedicado,nem
a saúde nos tenha permittidoemprehender, acerca d'elles, aturadoseminuciososestudos.Por
este motivo,não
descendo a discussões herpetologicas, limiíamo-nos aindicar,
em
tabeliãs dichotomicas, alguns caracteres que, serão,em
geral,sufficientes para a determinação
não
só das espécies portuguezas jaconhe-cidas,
mas também
dasque
com
alguma
probabilidadepodem
encontrar-seentre nós, ou
têem
sido citadascomo
pertencentes áfauna peninsular;pondo
departe, na maioria doscasos, os caracteresdas variedades queespecialmente
interessam a estudos minuciosos, e limitando-nos a citar
algumas
vezes osnomes
dasvariedades; e,em
notaespecialpara cadaesjíecie,damos
indicaçõesmuito geraes relativas á sua distribuição geographica, frequência,
nomes
vulgares portuguezes, etc.
Poderão
estas tabeliãsfacilitar o conhecimento dos nossosreptis eamphi-bios aos estudantesde zoologiae,
em
geral, a todos osque quizereminiciar-sen'estes estudos.
Quando
distribuídasaosnossoscorrespondentes, ellasdeverãoegualmente
promover
o engrandecimento da collecçãodo Museu;
poiscom
o auxilio d'estas qualquer poderá, nagrande maioria dos casos, habilitar-sea
verificar o que nos
convém,
eevitar assimtrabalho edespesascom
remessasinúteis,para aproveitarem simplesmente o que nos seja útil.
Para
maiorcommodidade
dosalumnos
do curso philosoi)hicodaUniversi-dade, seguimos quanto nos foipossível a
ordem
e designações adoptadasno
Précisdezoologiemédicale de G. Carlet,
que
actualmente servede textopara aslicçõesdo
referido curso.8
REPTIS
E
AMPHIBIOS
Para
que todos osnossos correspondentes, alguns dos quaes não sãover-sados
em
estudos herpetologicos,possam
utilisar-se d'este trabalho, torna-seaindaindispensável indicar a significação de vários termos
empregados
nastabeliãs, por meio de desenhose explicações. Mas, além d'isto,
damos
ainda aexplicação de outrostermos vulgares
em
herpetologia,no
intuito defacilitaro estudo dos
que
sepropozerem
consultar outras publicações.Por
egualmotivo apresentamostambém
uma
listadepublicações referentes á herpetologia peninsular ed'um pequeno
numero
de obras de herpetologiaeuropeia, que serão sufficientes para
quem
não quizerespecialisar-se n'estesestudos; pois nãoéevidentemente paraosespecialistas, raros entre nós, que
escrevemos.
O
fim especial que temosem
vistaleva-nos ainda:—
1.° a apontar apenasos caracteres de mais fácil apreciação paraa distincçãodasespécies;
embora
estesnão sejam
sempre
tão precisoscomo
outrosquesócom
maisdifficuldadepodem
verificar-se, os quaestodaviaindicamostambém
algumas
vezes, para serviremem
casos especiaes:—
2.° a preferir, para os differentes grupos deque nos occupamos, caracteres differenciaes de mais fácil verificação, que
podem
não existirem
animaes extranhos á nossa península,embora
estespertençamaos
mesmos
grupos.Finalmente, aindaparaauxilio dos que se
empenharem
em
organisarcol-lecções publicas ou particulares,
damos
breves esclarecimentos relativos ácaptura, transportee conservação dos reptis e amphibios.
Em
harmonia
com
o exposto dividimos o presente trabalho nas seguintessecções:
I
—
Lista dealgumas
obras relativas á herpetologia europeia eparticu-larmente depublicaçõesque mais interessamáherpetologia
penin-sular.
II
—
Explicação de alguns termosempregados
nas descripçõesherpeto-logicas.
III
—
Processos para a captura, remessa, conservaçãoem
aquários epre-paração dos reptis e amphibios.
rV
—
Tabeliãsparaadeterminação dosreptis eamphibios que setem
sup-posto existirem na Península Ibérica,com
observações diversasíndice
59
Pag.
2.a
Fam.
Psammophidae
35Gen. Coelopeltis,
Wag
3819. C. monspessulamis,
Herm
383.a
Fam.
Colubridae 351.° Gen. Periops,
WagI
3820
P. hippocrepis,Merr
392.» Gen. Tropidonotus, Bóie 38
21 T. viperinus, Bóie 40
22T. natrix,
L
40T.tesselatus,
Laur
403." Gen. Zamenis,
Wagl
38Z. viridiãavtis, Lat 40
4." Gen. Elapliis, Aldrov .- 38
E. cervone, Aldr 40
5."Gen. Coronella,
Laur
3923 C. austríaca,
Daud
41 24 C. girondica,Daud
41 25 C. cucutalla, Geoff 416." Gen. Rhinechis,
Michah
:5926 R. scalaris. Bóie 41
7."Gen. Callopeltis,
Bonap
39G. gtiadrilineatus, Fali 42
G. aesculapii,Aldr 42
CLASSE
AMPHIBIA
421.*
ORD.
ANTJRA
." 421.=»
Fam.
Hylidae 42Gen. Hyla,
Laur
4327
H.
arbórea,L
432.a
Fam.
Ranidae , 431." Gen. Rana, Lin 43
28
R. esculenta,L
4529
R. ibérica, Boul 4530 R. fiisea,
Roes
45 2." Gen. Pelobates,Wagl
4631 P. caltripes,
Cuv
46P. fiiscus,
Laur
463.°Gen. Bombinator,
Merr
44B. igneus,
Laur
464.» Gen. Pelodytes, Fitz 44
í"»f> índice
Pag.
5.»Gen. Alytes,
Wagl
44dS
A.obstetricans,Laur
4734
A. Gisternasii, Bosc 476.°Gen. Discoglossus, Otth 44
35 D.pictus, Otth 47
3.»
Fam.
Bufonidae 43Gen. Bufo,
Laur
4736
B. vulga?'is,Laur
4737
J5. calamita,Laur
48B. viridis,
Laur
482.a
ORD.
URODELA
,.. 49 l.aFam.
Plethodontidae 49Gen. Spelerpes, Raf 49
S. fuscus,
Bon
492.»
Fam.
Chioglossidae 49Gen. Chioglossa,
Boc
5038 C. Itisitanica,
Boc
503.^
Fam.
Salamandridae 49Gen. Salamandra,
Laur
5039
iS". maeulosa,Laur
504.»