Informe de Eventos
Evento Reunião do Conselho Diretor
Local FSC Brasil Data 14 de agosto de 2014
Promoção FSC Brasil
Participantes Câmara Econômica
José Maia – Duratex
Câmara Ambiental
Carlos Gabriel Gonçalves Koury – IDESAM Paulo Bittencourt - IFT
Câmara Social
Manuel Amaral - IEB
Daniel Quadros – STR Telêmaco Borba
FSC Brasil
Alessandra Ferros Fabíola Zerbini Fernanda Rodrigues Flavia Ferros
Destaques e Encaminhamentos
Abertura dos trabalhos
Fabíola apresenta a pauta e aprova a programação do dia com os presentes.
Avaliação do Plano de Ação
Fabíola apresenta as metas prioritárias e uma sinalização do status dos trabalhos de acordo com avaliação rea-lizada por ela.
1. Ter cumprido as metas acordadas com o FSC IC: a avaliação geral é positiva, e os subitens dentro destas grande meta, são apresentados a seguir:
a) Olimpíadas: resaltando a comunicação pelo FSC Brasil dos editais das compras do Comitê Olímpico e do projeto de impactos. Foi ressaltada pelo CD a importância de aproveitar a parceria para difun-dir o conceito FSC via parceria, não só entre os certificados, mas para a sociedade em geral.
b) Padrão único e IGIs: dentro do tema de padrões e IGIs, estamos indo bem e as metas vêm sendo cumpridas;
c) Avaliação Nacional de Risco: foi enviado para aprovação do FSC Internacional esta semana. É um documento muito importante que dá uma medida de risco do setor florestal. Culmina após um tra-balho de dois anos e vindo as sugestões de alteração, serão encaminhadas junto ao Comitê de De-senvolvimento de Padrões para elaboração à versão final. É importante discutir no CD as implica-ções políticas do documento, sendo que está sendo considerada a realização de uma mesa com a imprensa para apresentar o documento uma vez aprovado. Sendo um documento de posicionmento, devemos trabalhar na apresentação das limitações metodológicas. Ressaltar o escopo e a-plicabilidade do documento é fundamental em qualquer comunicação, bem como os mecanismos de revisão do documento. O CD deverá participar do pensar.
d) Resolução de Conflitos: o trabalho está seguindo bem, o relatório está pronto e aprovado pelo nos-so consultor Sérgio Abranches e deve ser enviado para o FSC Internacional nas próximas semanas. É importante comunicar a finalização do projeto, talvez um artigo que reforce o papal do escritório nacional neste campo.
e) Câmara social e ambiental fortalecida: projeto foi revisto e deverá ser planejado com foco possível nos públicos; sindical, indígena/tradicionais e/ou associações/comunidades rurais e universo das ONGs que trabalham com as questões florestais. Foi problematizado que a relação com as comuni-dades vizinhas dos empreendimentos seria de responsabilidade das próprias empresas. Não adian-ta pegar consultoria pequena, para trabalho no contexto macro das questões sociais foi pensando no Pensa/USP, STCP, Fundação Dom Cabral (Cláudio Boechat). A ideia é usar empresa/organização grande, que tem cacife para realizar um estudo desta magnitude, pois é necessário equipe multi-disciplinar. No contexto da câmara social, há algum tempo foi feito estudos e agora a pergunta é como ampliar o orçamento para incluir questões relacionadas à Amazônia, que guarda a memória das organizações que estavam próximas ao FSC no passado. Primeira ação a ser desenvolvida é ela-borar o Termo de Referência e aprovar com o CD.
traduzir.
g) Key Accounts: Algumas parcerias vêm sendo desenvolvidas, como com Teto Brasil, McDonalds, Comitê Olímpico e Akzo. Maia cita Instituto Tecnológico de São Paulo que traz algumas soluções para construção de casas de madeira.
h) TSP: não é prioridade e programa deve ser mais bem implementado no Brasil.
i) Advocacy: o FSC Brasil precisa definir posicionamento nacional frente à ABNT/ISO, onde empresas brasileiras atuam como grandes players no processo internacional. Hoje está havendo uma reunião da ABNT e o FSC Brasil não está lá. Este assunto foi amplamente discutido no âmbito da Ibá, e ge-rou um grande desconforto, pois todas as empresas estruturaram processos e estratégia para o FSC. A certificação FSC que tem apoio de organizações ambientais e sociais é fundamental, e a câ-mara econômica está trabalhando para não haver colapso do sistema FSC, assim, o PCCF está parti-cipando do processo de discussão da norma ISO junto à ABNT.
2. Ter cumprido a meta de captação de recursos: não foi definida meta e várias iniciativas vêm sendo de-senvolvidas para captar recursos em projetos.
3. Programa de cursos implantado: o programa foi lançado e o primeiro será realizado na próxima sema-na. É preocupando o número de inscritos até o momento. Não vemos a possibilidade dos cursos não acontecerem. Sugestão de falar com o Robson do Painel Florestal e solicitar espaço na TV, mas não pa-ra agopa-ra, pois pode ser precipitado. Também podemos conseguir espaço no Canal Rupa-ral, Biofílica tem rede boa também. Evento em Botucatu da Engenharia Florestal, podemos entrar em contato para di-vulgação. Reforçar com as empresas filiadas, fazer corpo a corpo. Acionar BNDES e Banco do Brasil, fo-cando em pessoas tomadoras de decisão. É importante também fazer registros dos comentários e di-vulgar para os demais cursos e tentar monitorar os impactos dos cursos, tentar monitorar os ganhos. 4. Projeto de fomento à certificação SLIMF plantadas e nativas iniciado: projeto finalizado e primeiras
re-uniões agendadas.
5. Ter realizado acordo com o TCU sobre processo envolvendo o FSC Brasil: processo ganho pelo FSC Bra-sil.
Controle / Previsão Orçamentária 2014
Foi apresentada planilha com valores atualizados para apreciação do Conselho Diretor, ressaltando algumas linhas mais relevantes para informe. Tem-se R$700.000 à captar, mas considerando o valor a receber via
Coo-peration Agreement este valor já está coberto. Sendo o previsto realizado até o fim do ano, teremos um
supe-rávit de cerca de R$ 174.000, que serão levadas para 2015.
O valor economizado no contexto do projeto de padrões e IGI será direcionado às atividades previstas para 2015, bem como o saldo do projeto de resolução de conflitos. No caso do projeto Brand positioning será repla-nejado para traduzir os materiais elaborados pelo FSC Internacional.
Fabíola discorreu acerca do Seminário de Construção Civil previsto para ser realizado durante o segundo se-mestre, provavelmente outubro. Quanto ao local, ainda não está definido, mas se pretende usar a estrutura do Comitê Olímpico ou Sebrae. Dentre as articulações que vem sendo realizadas ressalta-se que através de articu-lação com o FSC Brasil, a Cirela se comprometeu a usar madeira tropical certificada no clube de golfe, porém não quis firmar parceria. Dentre as organizações que devem estar presentes ressalta-se a Prefeitura do Rio de Janeiro, Caixa Econômica Federal, BNDES e FSC Internacional. Quanto às espécies, se apresenta tanto a madeira nativa quanto madeira de plantações, ressaltando a importância do uso de madeira tropical como símbolo de Brasil. Dentre outras remanejamentos, está também a maior destinação de verbas para viagens institucionais. Como medida preventiva sugere-se que sejam reinseridos os números estimados como receitas (associação, curso e captação com empresas) na planilha de controle orçamentário. A auditoria de 2014 está sendo finaliza-da e está transcorrendo sem problemas.
O Conselho Diretor se mostrou favorável aos números apresentados.
Planejamento estratégico 2015/2018
Foi realizada reunião dia 12 de agosto de 2014, com a presença de dois membros do Comitê de Planejamento Estratégico e Manuel e Carlos do Conselho Diretor. A reunião foi um momento de análise de conjuntura, onde se vê a necessidade de aumentar a abrangência para discussão dos membros. Chegou-se a uma proposta de encaminhamentos, que deve iniciar-se com uma análise de conjuntura considerando o ambiente político, de mercado, das decisões do FSC Internacional derivadas Assembleia Geral e reunião de planejamento estratégico do FSC Internacional e a avaliação do último planejamento quadrienal do FSC Brasil.
Há alguns temas que devem ser debatidos para serem criadas posições, mas eles não devem entrar diretamen-te no condiretamen-texto do planejamento. O debadiretamen-te gira em torno da necessidade da construção de posicionamentos e estrutura institucional para enfrentar o ambiente externo. Entende-se que no momento do planejamento es-tratégia não é necessário construir posicionamentos, mas entender os diferentes contextos e a forma como o FSC pode se fortalecer para enfrentar esses desafios. Foi ressaltado o ambiente legal, cada vez mais rigoroso sendo que o FSC se apresenta como uma ferramenta importante de gestão, em especial o índice DowJones, que reconhece de forma especial a certificação FSC. Várias perguntas devem ser feitas, em especial quais são as ameaças e como o FSC enfrentará os desafios.
Quanto ao modus operandi do processo de planejamento, tem-se duas opções: o processo acontecer antes da Assembleia do FSC Brasil ou durante a Assembleia do FSC Brasil, finalizando o processo no início de 2015. Fo-ram ponderadas as agendas cheias de final de ano e a necessidade da contratação de consultores para apoia-rem o processo de construção do planejamento estratégico. O planejamento será realizado para o período de quatro anos. Durante a Assembleia do FSC Brasil, uma ideia é trabalhar momento de avaliação de contexto. A equipe do FSC Brasil se manifestou tendendo a preferir o processo mais tranquilo, a ser finalizado até fevereiro de 2015, iniciando a contratação de consultor para apoio ainda este ano.
Sugestão de chamar os responsáveis pela agenda ambiental dos candidatos à presidência para conversar com o FSC Brasil sobre as questões ambientais, climáticas e a garantia de proteção de florestas nativas e produção de madeira.
A composição de planejamento deve ser revista, assegurando a participação de membros da câmara social.
OGM’s e certificação ISO de cadeia de custódia/manejo florestal: contexto nacional, mundial e posiciona-mento FSC Brasil
O tema OGM deverá estar presente na próxima AG, e é um tema chave para membros do FSC em todo o mun-do. O Board do FSC Internacional está discutindo a questão da solicitação de autorização para plantio comerci-al de euccomerci-alipto transgênico atucomerci-almente em avcomerci-aliação pelo CTNBio. Sendo autorizado o plantio comercicomerci-al, a Suzano deverá ser automaticamente desassociada.
Há hoje um clone com perspectiva de mercado, e custa muito caro. É interessante olhar no mercado e pensar quem no mercado vai usar transgênicos no País. Suzano e Fíbria tem testes de transgênicos no CTNBio. Qual seria o impacto no sistema da saída de duas empresas? Deve ser visto onde há pontos de fortalecimento na cadeia de custódia.
O PEFC também é contrário ao tema OGM. No Brasil esta discussão foi trabalhada pelo Cerflor na década de 90. Organizações como WWF, através da iniciativa New Generation Plantation e Diálogo Florestal. Uma pondera-ção sobre o tema é a concentrapondera-ção social da tecnologia.
Foi sugerida a discussão do tema no Brasil, liderado pelo FSC, sendo evidente a necessidade de se embasar tecnicamente sobre o tema, incluindo as diferentes visões. Todavia é importante ponderar o papel política do FSC Brasil frente à posição clara e definida do FSC Internacional. A contribuição do FSC Brasil é na colaboração da formação dos membros brasileiros sobre o tema, apesar de não ter nenhuma voz política.
O posicionamento que deve se adotado hoje é o posicionamento resultado da discussão de três câmaras, resul-tando na proibição do uso comercial de transgênicos. É importante que as pessoas entendam quem é o FSC, e a organização não deixa de debater o assunto.
Na Assembleia Geral do FSC na Espanha, haverá um side meeting sobre o tema. No Brasil, haverá audiência pública do CTNBio para discutir a questão de eucalipto transgênico dia 4 de setembro. Audiência pública todo mundo é convidado, assim é muito importante a presença do FSC Brasil. O FSC Brasil deve reproduzir o convite para a audiência do CTNBio.
Com relação à ISO, é entendido que o FSC Brasil não tem força para alterar qualquer posicionamento, visto que a proposta inicial sai do Brasil. É importante observar que dentro da ABNT pode ocorrer limitação de participa-ção de produtos com o selo FSC. É importante o FSC estar presente nas reuniões internacionais, mas nas
reuni-ões nacionais, não seria obrigada a presença do escritório nacional, porém sem assumir representatividade. Ibá se posicionou em defesa do sistema FSC, considerando todo o diálogo já construído. O PCCF, braço técnico da câmara econômica estará acompanhando as discussões.
Resolução de Conflitos: Caso Jari
O caso Jari se concentra na questão fundiária com a entrada do Ministério Público na discussão. Hoje há 104 processos jurídicos sobre o tema. Neste contexto, a certificação é questionada devido à suposta sobreposição das áreas da Jari em terras públicas. O Instituto de Terras está envolvido analisando as solicitações de reconhe-cimento de posse.
Com a publicação do Relatório da Certificadora SCS (que engloba cerca de 715.000 ha) com análises das denun-cias feitas pela Rede Comunitária de Almeirim (e demais comunitários), o Ministério Público do Pará ficou cho-cado com a afirmação que não há nenhum processo de disputa de terras. Há uma afirmação que não há comu-nidades indígenas e quilombolas, assim não há comucomu-nidades tradicionais, sendo que o conflito vigente é nega-do ao longo nega-do nega-documento. O MP vai oficiar a certificanega-dora para entender como a certificanega-dora chegou a algu-mas conclusões do relatório e vai enviar carta à certificadora com cópia ao FSC Brasil.
Há 15 dias aconteceu reunião do MP, ITERMA e SEMA para analisar os mapas e identificar se há ou não sobre-posição das áreas da empresa com terras públicas. Foi apresentado o dado que em torna de 1 milhão de ha 650 mil englobam as 104 ações, 100 mil destinado para posseiros e 250 mil foi o que se conseguiu comprovar como área da empresa (área de pretensão da empresa).
Foi reconhecido que há comunidades assentadas através de um mapa de ITERMA, sendo que o MP solicitou à Jari a revisão do Plano de Manejo.
O FSC Brasil através do Comitê de Resolução de Conflitos entendeu que o caso deveria ser enviado diretamente ao FSC Internacional e à ASI. Sugestão de reporte em forma de cronograma, data da recertificação e fatos pos-teriores à emissão do relatório da certificadora. Tendo o relatório e a carta da promotora, o FSC Brasil pode encaminhar o assunto, que justifica o encaminhamento do tema ao FSC Internacional e à ASI.
Hoje a situação mudou e se intensificou muito negativamente. Neste sentido, a sugestão é rediscutir o assunto e o FSC Brasil repensar a postura frente ao caso. As comunidades não se sentiram ouvidas e a imagem reputa-cional do sistema FSC está em jogo, tendo como sugestão de encaminhamento remeter o caso novamente ao Comitê de Resolução de Conflitos. Além disso, o FSC Brasil deve estar presente na região, visando mudar a ima-gem do sistema na região.
Manuel tem reunião com a Rede Intercomunitária Almeirim em Ação – RICA no dia 05 de setembro, que tem como pauta ação de fortalecimento estratégico. Ele vai falar com eles antes sobre o caso Jari e a possibilidade de encaminhar denúncia à ASI, e no dia 05 Fabíola participa à distância. RICA aceitando o convite de encami-nhar denúncia à ASI, FSC Brasil ajuda no preenchimento e orienta no processo de submissão à ASI.
Com relação ao projeto de resolução de conflitos, nós vamos enviar ao Conselho Diretor assim que finalizado.
Projeto de derrogação dos químicos
Apresentação da demanda feita pela câmara econômica para o FSC Brasil construir e aprovar um projeto de “nacionalização” dos processos de derrogação de químicos, ainda em 2014 – e da resposta da equipe em ter-mos de Plano de Ação, com uma leitura de risco e oportunidade.
Debate e decisão sobre esse campo.
Datas das próximas reuniões do CD
Este assunto deve ser encaminhado junto ao Conselho Diretor pela Fabíola.
Data: 02/05/2014 Relatora: Fernanda Rodrigues, revisado e aprovado por
Fabíola Zerbini.