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EM uma Rede de Sensores sem Fio (RSSF) industrial, Protocolos Multicanais para Redes de Sensores sem Fio Industriais

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Academic year: 2021

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Protocolos Multicanais para Redes de Sensores sem

Fio Industriais

Ruan D. Gomes

∗†‡

, Iguatemi E. Fonseca

‡§

e Marcelo S. Alencar

†‡

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Guarabira, PB, Brasil

Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, Brasil

Instituto de Estudos Avançados em Comunicações, Campina Grande, Brasil

§

Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil

E-mail: ruan.gomes@ifpb.edu.br, iguatemi@ci.ufpb.br, malencar@dee.ufcg.edu.br

Resumo—A implantação de Redes de Sensores sem Fio (RSSF) industriais apresenta vantagens em comparação com o uso de redes cabeadas, como a maior flexibilidade e o baixo custo. No entanto, é necessário lidar com problemas típicos de redes sem fio, como interferência e o alto nível de atenuação de pequena e larga escala, devido à existência de muitos objetos móveis e obstáculos no ambiente. Uma forma de contornar as variações na qualidade dos canais em uma RSSF industrial é o uso de protocolos multicanais e estratégias de alocação dinâmica de canal. Isso é justificável pelo fato de os canais serem descorrelacionados em frequência em ambientes que apresentam grande espalhamento de atraso eficaz, como é o caso de diversos ambientes industriais. Por meio do uso de protocolos multicanais, associado à utilização de estratégias de alocação dinâmica de canais, é possível lidar com a variação na qualidade dos canais em diferentes locais da rede e também com as características não estacionárias dos canais em longos períodos de tempo. Neste artigo, algumas características das RSSFs industriais são discutidas e o uso de protocolos multicanais e alocação dinâmica de canais é apresentado como uma possível solução para a melhoria da qualidade de serviço destas redes.

Palavras-chave—Redes de Sensores sem Fio Industriais, Proto-colos Multicanais, Alocação Dinâmica de Canal.

I. INTRODUÇÃO

E

M uma Rede de Sensores sem Fio (RSSF) industrial, sensores são implantados em equipamentos industriais para monitorar parâmetros críticos, como vibração, tempera-tura e pressão [1]. As medidas obtidas pelos sensores são transmitidas sem fio a té u m n ó s orvedouro, q ue p rovê as informações para análise em uma central de monitoramento. Baseado nessas informações, é possível reparar ou substituir equipamentos antes que maiores prejuízos ocorram [2].

Apesar das vantagens apresentadas pelas RSSFs, como o baixo custo e a grande flexibilidade [ 3], e d as possibili-dades de aplicações existentes para esses ambientes, o uso desta tecnologia em ambientes severos, como os industriais, apresenta vários desafios. C omo a s R SSFs u tilizam bandas não licenciadas para comunicação, problemas de interferência com outras tecnologias podem ocorrer. O canal sem fio no ambiente industrial apresenta características não favoráveis à

comunicação sem fio, como alto nível de atenuação em larga e pequena escala e sombreamento.

Muitos ambientes industriais também apresentam caracterís-ticas que tornam o canal sem fio não estacionário em longos períodos de tempo, o que pode provocar mudanças bruscas nas características dos canais no decorrer do tempo. Devido ao perfil de multipercurso em ambientes industriais refletivos, a largura de banda de coerência pode ser pequena, de modo que as características do canal de comunicação podem ser diferentes, mesmo em canais adjacentes.

Uma alternativa para lidar com os problemas da comunica-ção sem fio em ambientes industriais, e com a variacomunica-ção da qua-lidade dos canais no decorrer do tempo, é o desenvolvimento de protocolos que utilizam múltiplos canais. Os protocolos multicanais permitem alcançar uma melhor utilização do canal, aumentando a capacidade de transmissão da rede, por meio da transmissão em simultâneo usando vários canais diferentes. Também é possível atender às variações espaciais de qualidade dos canais [4].

Algumas soluções usam múltiplos canais simultaneamente, com múltiplos transceptores nos nós, ou com a transmissão por diferentes canais em diversos locais da rede [5]. Outras soluções utilizam salto em frequência, como os protocolos Medium Access Control (MAC) dos padrões WirelessHART e ISA100 [6] [7]. Alguns trabalhos focam no uso de mecanismos de alocação dinâmica de canal [8], em que a RSSF troca de canal se problemas devido à presença de fontes de interferên-cia, ou problemas devido à atenuação por multipercursos, são identificados.

Este artigo apresenta uma motivação para o uso de protoco-los multicanais em RSSFs industriais e aspectos de implemen-tação desses protocolos. A Seção II discute o desvanecimento em ambientes industriais. O perfil de atraso de potência e a largura de banda de coerência são apresentados na Seção III. Os protocolos multicanais são introduzidos na Seção IV. A Seção V discorre sobre a estimação da qualidade do canal e a Seção VI apresenta as conclusões e considerações finais.

II. DESVANECIMENTO EMAMBIENTESINDUSTRIAIS EM

LONGOSPERÍODOS DETEMPO

O canal sem fio pode ser modelado como estacionário no sentido amplo, por um período curto de tempo, apesar das mo-vimentações ao redor do transmissor e do receptor. No entanto,

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Figura 1. Valores de RSSI obtidos durante cerca de trinta minutos.

as propriedades do canal podem se alterar significativamente em um período de poucas horas devido a mudanças ocorridas na topologia do ambiente. O movimento de objetos, metálicos ou não, pode causar modificações aleatórias no canal no decorrer do tempo, que não são levadas em consideração nas distribuições utilizadas para modelar o desvanecimento. Isso pode requerer novo cálculo dos parâmetros das distribuições, uma vez que esses parâmetros podem se tornar obsoletos no decorrer do tempo [9].

A Figura 1 mostra valores de RSSI adquiridos em um experimento realizado pelos autores, com dois rádios IEEE 802.15.4 operando na faixa de 2,4 GHz, em um ambiente industrial. No gráfico são mostrados valores de RSSI para um período de aproximadamente trinta minutos. Pode-se observar que uma modificação brusca nas características do canal ocorre em um determinado momento, o que indica, para um grande intervalo de tempo, que o canal se comporta de maneira não estacionária.

Em [10] uma caracterização do canal em um ambiente industrial foi realizada para avaliar as características do canal em um longo período de tempo (20 horas). Os resultados mostraram que a distribuição de Rice apenas modela a potência recebida em pequenos períodos de tempo, em que o valor médio da potência recebida permanece constante. O movi-mento de uma grande estrutura metálica pode modificar o perfil de multipercurso relacionado ao conjunto de raios que permanecem invariantes por um longo período de tempo, o que modifica o valor médio da potência recebida, embora o trans-missor e o receptor permaneçam estáticos. No experimento, a potência recebida variou ao redor de -55 dBm durante sete horas, e após esse período o valor médio mudou abruptamente para -46 dBm.

Agrawal et al. [9] propuseram o uso de uma distribuição composta para capturar tanto os efeitos de sombreamento, que causam modificações no valor médio de potência recebida no decorrer do tempo, quanto as alterações devido à atenuação por multipercurso. O modelo foi denominado Nakagami-m/Log-normal. O parâmetro da distribuição Nakagami-m define o nível de atenuação e os parâmetros da distribuição Log-normal definem o efeito do sombreamento.

A validação da distribuição foi realizada utilizando valores obtidos por meio de experimentos em ambientes industriais e considerando a função cumulativa de probabilidade das distri-buições de probabilidade de Rice, Raylegh, Nakagami-m, Log-normal e Nakagami-m/Log-Log-normal. A validação foi baseada na cauda inferior, uma vez que essa região é responsável pela maior parte dos erros de transmissão. Verificou-se que as distribuições tradicionais para desvanecimento superestimam em até 10 vezes a ocorrência de desvanecimento profundo. A distribuição para sombreamento Log-normal apresentou maior relação com os valores experimentais, no entanto para essa região a distribuição subestimou em 10 vezes a ocorrência de desvanecimento profundo. A distribuição Nakagami-m/Log-normal, por outro lado, conseguiu capturar os efeitos de desvanecimento e sombreamento para um longo período de tempo.

Wang et al. [11] aplicaram detecção de mudança bayseana para modelar as modificações que ocorrem nas características do canal em um longo período de tempo. A detecção de mudança bayseana identifica o momento em que a distribuição de probabilidade de um processo estocástico muda. Embora o trabalho descrito em [11] não tenha sido desenvolvido para ambientes industriais, ele pode ser aplicado para esse tipo de ambiente.

A distribuição utilizada para modelar o desvanecimento por multipercurso foi a Nakagami-m. Para validação, foi gerada uma sequência de valores com distribuição Nakagami-m e foi realizada uma divisão manual em quatro segmentos. Cada segmento apresentou valores diferentes para o parâmetro da distribuição. Experimentos foram realizados e os segmentos nos valores obtidos foram detectados para o cálculo do parâ-metro da distribuição Nakagami-m em cada segmento.

Embora os trabalhos de [9] e [11] tenham proposto modelos que capturam as modificações nas características dos canais em um longo período de tempo, os modelos são adequados apenas para a avaliação analítica do desempenho de RSSFs, uma vez que ao gerar valores aleatórios seguindo as distri-buições propostas, os valores não correspondem ao observado na prática, embora a Função Cumulativa de Probabilidade (FCP) do modelo apresente boa aderência à estimativa obtida por meio de dados experimentais. Em [12] é descrito um modelo de simulação capaz de capturar as características não estacionárias do canal em longos períodos de tempo. O modelo proposto em [12] foi integrado com o simulador de código aberto Castalia.

III. PERFIL DEATRASO DEPOTÊNCIA ELARGURA DE

BANDA DECOERÊNCIA

Alguns trabalhos foram realizados para verificar o espa-lhamento de atraso eficaz e o atraso máximo de excesso em ambientes industriais. Stenumgaard et al. e Ferrer-Coll et al. [13] [14] observaram as características de três tipos de ambientes industriais: ambientes muito refletivos, ambientes absortivos e ambientes que se enquadram entre refletivos e absortivos. Os resultados mostraram que ambientes refletivos apresentam muito mais componentes de multipercurso e apre-sentam espalhamento de atraso eficaz maiores em todas as

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faixas estudadas. Por exemplo, na faixa de 2,4 GHz, observou-se uma atraso máximo de excesso de 860 ns no ambiente refletivo e 42 ns no ambiente com características absortivas. O espalhamento de atraso eficaz foi de 294,19 ns e 28,9 ns, respectivamente.

A largura de banda de coerência de um canal é o intervalo de frequência (∆f ) em que um canal é correlacionado. Dois si-nais transmitidos em frequências que possuem separação maior que ∆f são afetados de maneira diferente pelo canal [15]. A largura de banda de coerência pode ser definida como [16],

∆f ≈ 1 ατrms

, (1)

em que τrms é o espalhamento de atraso eficaz (RMS delay

spread), dado em segundos, e α é um fator que pode variar de acordo com a forma do perfil de atraso de potência (power delay profile) [16].

O valor de α pode ser igual a 50, quando a correlação entre frequências é maior que 90% ou igual a 5 quando a correlação entre frequências é maior que 50% [17]. Conside-rando τrms = 294, 19 ns para um ambiente industrial [13] e

considerando α = 5, ∆f ≈ 5×294.19109 ≈ 680 kHz. O padrão IEEE 802.15.4 define 16 canais na banda de 2,4 GHz, com largura de 2 MHz e espaçamento entre canais de 5 MHz. Para esse cenário, os canais são descorrelacionados em frequência. Experimentos descritos em [18] mostraram que trocar o canal de comunicação pode levar a uma diferença de até 30 dB na potência recebida, com os nós posicionados em locais fixos e em um ambiente de escritório. Essa diferença pode ser ainda maior em ambientes com muitos multipercursos.

A Figura 2 mostra valores de RSSI obtidos em um rimento realizado pelos autores do presente artigo. O expe-rimento foi realizado em um ambiente industrial, com dois nós sensores (um transmissor e um receptor) posicionados em locais fixos, a 30 metros de distância. O ambiente não permitia visada direta entre os nós e haviam muitos objetos metálicos e obstruções.

Figura 2. Valores de RSSI obtidos em experimentos utilizando canais diferentes em um ambiente industrial.

Pelo gráfico é possível perceber as diferenças nas

caracterís-ticas dos canais considerados (Canal 11 e Canal 19). Quando os nós sensores estavam utilizando o Canal 11 uma Taxa de Recepção de Pacote (TRP) de cerca de 91 % foi observada, en-quanto que quando os nós sensores estavam utilizando o Canal 19, a TRP foi de cerca de 51 %. Portanto, mesmo considerando um cenário em que não há fontes de interferência, realizar a troca de canal pode melhorar a qualidade de comunicação, devido ao fato de os canais serem influenciados de maneira diferente pelo perfil de multipercurso do ambiente.

IV. PROTOCOLOSMULTICANAIS PARARSSF A. Arquiteturas de RSSFs Multicanais

Os protocolos multicanais são dependentes da arquitetura da RSSF considerada. A arquitetura mais simples que pode ser utilizada para a implementação de protocolos multicanais é baseada em uma rede com topologia em estrela, em que os nós finais são agrupados em clusters [19]. Cada cluster pode operar em um canal diferente. A Figura 3 mostra um exemplo dessa arquitetura, considerando a existência de três clusters.

Figura 3. Arquitetura baseada em topologia estrela.

Caso o nó sorvedouro possua apenas um transceptor, é necessário algum mecanismo de sincronização para permitir que o nó sorvedouro esteja no canal correto no momento de receber dados a partir dos nós de cada cluster. Essa abordagem permite que a rede se adapte à variação espacial na qualidade dos canais, no entanto não permite que transmissões em simultâneo em canais diferentes ocorram. Se o nó sorvedouro for equipado com múltiplos transceptores, os nós de clusters diferentes podem transmitir em simultâneo. Caso seja feita uma alocação inteligente dos canais para cada cluster, não haverá interferência entre nós finais de clusters diferentes, mas poderá haver interferência entre nós de um mesmo cluster. Para tornar a rede mais robusta, pode-se empregar comunicação por múltiplos saltos dentro de cada cluster [19].

Devido às variações nas características dos canais que ocorrem em longos períodos de tempo, como discutido na Seção II, para que a rede continue operando com certo nível de qualidade de serviço durante longos períodos de tempo, pode ser necessário empregar estratégias para alocação dinâmica de canal para os clusters. A alocação deve levar em consideração a topologia da rede, de modo a evitar que clusters vizinhos utilizem o mesmo canal ou canais adjacentes. Deve também

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existir algum mecanismo para estimar a qualidade dos canais em cada cluster, uma vez que pode haver variação espacial na qualidade dos canais.

A arquitetura ilustrada na Figura 3 é simples, mas apresenta pouca flexibilidade e não permite que ocorram transmissões em simultâneo dentro de um mesmo cluster, o que pode inviabili-zar aplicações que requerem altas taxas de transferência [19]. Uma alternativa mais flexível é a utilização de uma arquite-tura em três camadas, em que cada cluster se comunica com um nó intermediário, denominado agregador (ou Cluster Head – CH). Com essa arquitetura é possível que haja comunicação em simultâneo em diferentes clusters e o CH de cada cluster fica responsável por agregar os pacotes dos nós finais para encaminhar para o nó sorvedouro. Para aumentar a capacidade da rede, o CH pode ser equipado com múltiplos transceptores, de modo que cada cluster pode ser subdividido. Nesse cenário, que é ilustrado pela Figura 4, os nós finais de cada cluster podem transmitir em simultâneo utilizando canais diferentes e os nós CH também podem transmitir em simultâneo para o nó sorvedouro, caso ele também possua múltiplos transceptores.

Figura 4. Arquitetura em três camadas.

Nas Figuras 3 e 4 cada cor e traçado diferente representa um canal diferente. Pode-se observar na Figura 4 que um mesmo canal pode ser utilizado em diferentes clusters. Isso se deve à limitação na quantidade de canais disponíveis. No entanto, o mecanismo de alocação de canais deve tentar reutilizar canais ao mesmo tempo em que minimiza a interferência entre os nós.

Uma possível evolução da arquitetura em três camadas é o uso de uma rede em malha entre os nós CH. Esse tipo de arquitetura pode ser empregada para redes que abrangem uma grande área geográfica [19]. A melhor arquitetura a ser utili-zada depende dos requisitos da aplicação sendo considerada. Como as RSSFs industriais podem ser implantadas de maneira planejada, deve-se analisar as características das aplicações e as restrições existentes antes de definir a arquitetura a ser utilizada.

B. Classificação de Protocolos Multicanais

Os protocolos multicanais podem ser divididos em estáticos, dinâmicos e semi-dinâmicos [4]. Essa classificação considera

RSSFs em que os nós sensores possuem apenas um trancesptor, com exceção do nó sorvedouro ou dos nós CH em alguns casos. Esse cenário é o mais comum em RSSFs, uma vez que os nós sensores precisam ter baixo custo. A classificação possui relação com a frequência em que ocorre troca de canais na rede.

1) Protocolos Estáticos: As abordagens estáticas são as mais simples de implementar, uma vez que não é necessário nenhum mecanismo de sincronização para garantir a comuni-cação entre os nós durante o funcionamento da rede. Além disso, nesses mecanismos não existe sobrecarga relacionada à troca de canais. Embora esses protocolos permitam otimizar a rede no momento da sua implantação, alocando canais de forma inteligente em diferentes partes da rede, eles não pos-suem a capacidade de se adaptar a variações nas características dos canais no decorrer do tempo, uma vez que a alocação dos canais é feita apenas no momento da configuração inicial da rede.

O Tree-Based Multi-Channel Protocol (TMCP) [20] é um exemplo de protocolo multicanal estático. No artigo são apre-sentados resultados experimentais que mostram que o uso de protocolos multicanais dinâmicos e síncronos podem ser inviáveis para RSSFs, devido à sobrecarga necessária para manter sincronia de relógio entre os nós e à sobrecarga para trocas frequentes de canais. Para manter um bom desempenho se faz necessário executar algoritmos para ressincronização da rede de forma constante, o que é muito custoso para os nós sensores, que possuem poucos recursos computacionais, e também pode atrapalhar o funcionamento de aplicações que requerem altas taxas de transmissão de dados. O primeiro passo do protocolo TMCP é a divisão da RSSF em sub-árvores disjuntas (ou clusters), possuindo o nó sorvedouro como raiz. Para construir as sub-árvores foi utilizado o algoritmo de busca em largura. Após isso, canais ortogonais são alocados para cada sub-árvore.

O algoritmo permite aumentar a taxa de transferência da rede por meio da transmissão em simultâneo nas diferentes sub-árvores, mas não é capaz de eliminar a interferência entre nós de uma mesma sub-árvore. Uma limitação do trabalho é que as variações dinâmicas na qualidade dos canais não são levadas em consideração. Em ambientes dinâmicos, como ambientes industriais, as características dos canais podem mu-dar drasticamente no decorrer do tempo, o que pode implicar mudanças de topologia, devido à perda de conectividade entre nós. Além disso, os canais podem apresentar baixa qualidade em certos períodos de tempo, o que inviabilizaria a utilização desses canais em alguns momentos. O protocolo TMCP não prevê o uso de blacklist, como ocorre nos padrões Wireles-sHART e ISA100, por exemplo. Em [21] também é utilizada uma abordagem estática para alocação de canal baseado em sub-árvores disjuntas, visando minimizar o atraso da rede.

2) Protocolos Dinâmicos: Os protocolos multicanais dinâ-micos permitem o uso de múltiplos canais em simultâneo, visando diminuir colisões por meio de estratégias de escalona-mento que evitem que um mesmo canal seja utilizado em um mesmo slot de tempo por nós que podem causar interferência entre si. Esses protocolos necessitam de um mecanismo de sincronização para garantir que o transmissor e o receptor

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estejam no mesmo canal no momento da comunicação. Além da necessidade de sincronização, alguns problemas podem aparecer nessas abordagens, como problemas para transmissão de pacotes em broadcast e problemas para inclu-são de novos nós na rede [4]. Em protocolos dinâmicos um rádio pode utilizar diferentes canais para realizar diferentes transmissões, de modo que é possível lidar com variações na qualidade do canal. Usualmente o canal é escolhido antes de cada transmissão. No entanto, para melhorar o desempenho da rede é necessário algum mecanismo de estimação de qualidade dos canais e um correto gerenciamento da lista de canais que não devem ser utilizados em cada período de tempo [19].

Devido à sobrecarga relativa às frequentes trocas de canal em protocolos dinâmicos, essa abordagem apenas é adequada para aplicações que não possuam requisitos muito críticos de atraso [19]. Por exemplo, experimentos realizados com rádios que seguem o padrão WirelessHART, que utiliza uma abordagem dinâmica, mostraram que o atraso pode chegar a 2,7 segundos em alguns casos [22] .

Ansari et al. [23] propuseram um protocolo multicanal dinâmico, implementado na camada MAC, em que o canal a ser utilizado é definido antes da transmissão. Quando os nós não estão transmitindo, medições são feitas para verificar se os canais estão ociosos. Com base nessas medições os canais recebem pesos, e apenas canais com peso acima de um certo limiar são considerados na busca antes das transmissões. Uma vantagem dessa abordagem é que uma mesma RSSF pode operar com diferentes canais em diferentes localidades, respeitando a variação espacial na qualidade do canal, mas o protocolo não garante convergência. Por exemplo, ao tentar transmitir, o transmissor pode escolher um canal que não está no grupo de canais aceitáveis do receptor.

Uma alternativa ao uso de mecanismos de sincronização nos nós para protocolos multicanais dinâmicos é a aborda-gem assíncrona, com a utilização de um canal de controle. Nesse caso, broadcast também pode ser suportado por meio do canal de controle [4]. Essa estratégia possui a vantagem de não necessitar de sincronização de relógio entre os nós sensores, mas apresenta uma limitação devido à sobrecarga do processo de negociação no canal de controle, uma vez que periodicamente os nós precisam passar a escutar o canal de controle à espera de uma mensagem que indique o início de um framepara troca de dados. Quando os nós estão esperando as mensagens de controle, os outros canais permanecem ociosos. Outra desvantagem é o gargalo com relação ao canal de controle, que pode passar a apresentar baixa qualidade em determinados momentos, principalmente em ambientes com variações dinâmicas na qualidade dos canais.

Os padrões para RSSFs industriais WirelessHART e ISA100 também utilizam uma abordagem dinâmica para comunicação, por meio da utilização de salto em frequência, que tem como objetivo tornar a rede mais imune a interferências.

3) Protocolos Semi-Dinâmicos: Protocolos semi-dinâmicos apresentam um meio termo entre estático e dinâmico, per-mitindo troca de canais e transmissão em simultâneo em canais diferentes, mas as trocas de canal ocorrem menos frequentemente [19]. A troca de canais nesse tipo de protocolo pode ocorrer periodicamente ou responder a certos eventos.

Essa abordagem é útil para aplicações que requerem uma alta taxa de transferência e também aplicações sensíveis ao atraso. Em algumas abordagens semi-dinâmicas, receptores são associados a canais fixos, enquanto que transmissores mudam para o canal de cada receptor quando deseja transmitir para ele [4]. Nesse caso, um mecanismo de sincronização também pode ser necessário, caso haja possibilidade de os canais dos receptores mudarem com o tempo.

Ko et al. [24] propuseram um mecanismo para utilizar múltiplos canais em RSSF, para minimizar o atraso fim a fim. Eles consideraram a existência de um backbone no ambiente, que oferece múltiplos caminhos até o nó sorvedouro, utilizando múltiplos canais. Antes de entrar na rede os nós realizam uma leitura de canal, de modo a descobrir o caminho até o sorvedouro que oferece menor atraso. Os nós também realizam medições periódicas para se manterem em um bom canal. Uma limitação desse trabalho é a suposição da existência de um backbone previamente implantado no ambiente que permite comunicação entre o nó final e o sorvedouro por múltiplos canais, o que pode tornar a implantação da rede muito custosa, principalmente se a rede abranger uma grande área. Além disso, é feita apenas uma avaliação periódica da conexão de um salto entre o nó final e o backbone. Para avaliar a qualidade da conexão de um salto foi utilizado o LQI. Essa abordagem de estimação de qualidade do canal é limitada, como discutido na Seção V.

Nos experimentos descritos em [24] o tempo para escanear e trocar o canal foi medido. O atraso no pior caso (quando os 16 canais são escaneados), considerando o tempo para a troca de canal, foi menor que 400 ms, o que é aceitável para muitas aplicações. Um monitoramento contínuo e o uso de classificação de canais pode otimizar o processo de troca de canal.

Saifullah et al. [25] propuseram três abordagens para alo-cação de canais de modo a minimizar os conflitos entre transmissões simultâneas. A primeira abordagem é baseada no receptor, em que os canais são alocados para os receptores da rede. A segunda abordagem é baseada nas conexões entre os nós, em que os canais são alocados para cada link entre dois nós, de modo que um mesmo nó pode receber pacotes por canais diferentes, a partir de transmissores diferentes. Essas duas primeiras abordagens visavam tornar a rede livre de conflito de canais, sem interferência devido a transmissões simultâneas em um mesmo canal na rede. Nos dois casos a rede foi modelada como um grafo e foi criado um auxiliar denominado grafo de conflitos, em que as arestas representam nós que interferem entre si. Após a modelagem do grafo de interferência, um algoritmo de coloração de grafos pode ser utilizado para minimizar a quantidade de canais sendo utilizados, em que os canais são modelados como as cores no algoritmo.

Devido à limitação na quantidade de canais disponíveis, um terceiro mecanismo, denominado MinMax, foi proposto. Esse mecanismo visa minimizar a quantidade máxima de interfe-rência nos nós. Essa abordagem também utiliza um grafo de interferência. Os algoritmos são distribuídos e executados de forma iterativa. Como essa última abordagem não é capaz de deixar a rede totalmente livre de colisões, também foi

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implementada uma fase de escalonamento no tempo para evitar colisões. A estratégia proposta em [25] realiza primeiro uma fase estática e distribuída de alocação de canais de modo a diminuir colisões. Após essa fase o protocolo pode funcionar de forma dinâmica, quando é utilizada uma abordagem baseada na conexão, uma vez que um nó pode precisar trocar de canal para receber pacotes de nós transmissores diferentes. Uma desvantagem do algoritmo é que ele foca apenas na mitigação de problemas de colisões entre os nós da rede, mas não provê algoritmos e mecanismos para adaptação a variações dinâmicas na rede. Outra desvantagem é a alta latência e a necessidade de sincronia entre os nós, o que pode ser um problema para implementações práticas, como discutido em [20].

Yigit et al. [26] realizaram uma avaliação de estratégias de roteamento baseadas em árvores para aplicações convergecast utilizando um protocolo multicanal, levando em consideração as características do canal em ambientes representativos para aplicações de smart grid. Os ambientes considerados no estudo apresentam características de ambientes industriais, com obs-truções e efeitos de multipercurso. Em aplicações convergecast os nós finais transmitem informações que convergem até um nó sorvedouro central. Para avaliar as estratégias de rotea-mento foi considerado o algoritmo Received-Based Channel Assignment (RBCA), que foi proposto em [27] e consiste em um mecanismo de alocação de canais, em que canais são atribuídos aos receptores, de modo que os transmissores trocam de canal antes das transmissões para se adaptar aos canais dos receptores. O mecanismo associa a atribuição de múltiplos canais com escalonamento no tempo (TDMA) para evitar colisões e aumentar a capacidade da rede.

Os resultados descritos em [26] mostraram que a melhor estratégia para definições das sub-árvores da rede é utilizando um algoritmo de árvore geradora mínima capacitada, levando em consideração a taxa de recepção de pacote dos links entre os nós. Nessa abordagem são definidos limites para a construção das sub-árvores, de modo que todas ofereçam certo nível de capacidade de transmissão para os nós. Após as definições das sub-árvores, os canais são atribuídos de acordo com o protocolo RBCA.

Uma limitação desse trabalho é a utilização de TDMA, que necessita de sincronização entre os nós. Outra limitação é que foram levados em consideração valores de medições previa-mente realizadas para obter a perda no caminho de acordo com o modelo de sombreamento Log-normal. No entanto, não foram consideradas as características não estacionárias do canal e nem os efeitos de atenuação por multipercurso. Mesmo se medições forem realizadas no momento da implantação da rede para estimação da qualidade das conexões entre todos os nós, a configuração da rede se tornará obsoleta com o tempo devido às variações que ocorrem em longos períodos de tempo, como observado em [10], [9] e [11]. Além disso, para a construção do modelo, foram levadas em consideração medições de RSSI. No entanto, valores brutos de RSSI ou a média de poucos valores podem não ser suficientes para estimar corretamente a qualidade dos canais em ambientes industriais, como discutido em [8].

V. ESTIMAÇÃO DEQUALIDADE DECANAL

No contexto de RSSF, os estimadores de qualidade de canal (Link Quality Estimators, LQE) devem levar em consideração as restrições de recurso dos nós sensores. Assim, algumas técnicas clássicas aplicadas a redes cognitivas podem não ser aplicáveis em RSSFs [23]. Além disso, os estimadores devem ter boa reatividade a mudanças e boa estabilidade, o que forma uma relação de compromisso [28].

Alguns LQE são baseados em métricas de camada física (como, LQI e RSSI) e outros em métricas de camada de rede (por exemplo, taxa de entrega de informações e número de retransmissões) [28]. Os estimadores baseados em métricas de camada física não demandam muitos recursos computacionais dos nós sensores, uma vez que os valores das métricas são providas pelo transceptor. Estimadores baseados em métricas de camada de rede podem requerer a transmissão de paco-tes de diagnóstico (estimadores ativos) ou a condução de processamento extra para estimar a qualidade do canal. No entanto, utilizar apenas as informações providas pelo transcep-tor diretamente pode não ser suficiente, de modo que algum processamento deve ser realizado para extrair informações mais úteis dos valores providos pelo transceptor.

Todos os pacotes recebidos por rádios IEEE 802.15.4 pos-suem valores de RSSI e LQI associados a eles. No entanto, o RSSI pode ser obtido independente da recepção de um pacote. O transceptor realiza uma leitura do nível de energia no canal, independente da fonte. Assim, qualquer dispositivo que gera interferência na faixa de frequências do canal pode influenciar o valor do RSSI. O LQI pode apenas ser medido durante a recepção de pacotes, uma vez que a medida é baseada na análise dos símbolos iniciais dos pacotes recebidos.

A métrica LQI pode ser utilizada para identificar problemas de interferência. No entanto, na presença de fontes de inter-ferência que geram ruído impulsivo, alguns pacotes podem ser recebidos com qualidade enquanto outros não podem ser decodificados pelo receptor durante rajadas de ruído. Como não se pode obter o LQI de pacotes perdidos, nesse cenário pode-se concluir erroneamente que o canal apresenta alta qualidade. Dessa forma, pode ser difícil identificar fontes que geram ruído impulsivo quando apenas LQI é utilizado, como em [29] e [24]. Além disso, a implementação do LQI depende do fabricante. Por exemplo, em [30] [28] o LQI apresentou grande variância nos experimentos, utilizando o transceptor CC2420 da Texas Instruments, e em [31] [32] os valores de LQI variaram muito pouco utilizando o transceptor MRF24J40 da Microchip, mesmo para cenários muito diferentes.

Quando nenhuma interferência está presente, a análise de valores brutos de RSSI pode concluir que o canal apresenta alta qualidade, mas problemas podem surgir sem serem notados pela análise de valores individuais ou média de um conjunto pequeno de valores de RSSI. O trabalho descrito em [33] utiliza RSSI em conjunto com LQI para mitigar esse problema, mas a análise é limitada, uma vez que o método utiliza apenas valores brutos de RSSI e LQI obtidos de pacotes recebidos para estimar a qualidade do canal e não realiza uma análise detalhada de várias amostras.

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A. Trabalhos Relacionados

Node et al. [34] propuseram duas métricas para estimar a qualidade do canal baseadas em vacâncias no canal. A métrica que leva em consideração a duração das vacâncias mostrou uma melhor correlação com a TPP, mas com grande variância. Embora essa métrica possa identificar canais que sofrem menos com ruído impulsivo, ela pode apresentar problemas para estimar o melhor canal na presença de atenuação por multipercurso.

Jindong et al. [33] propuseram métricas para estimar a qualidade do canal utilizando RSSI e LQI. Os valores de RSSI e LQI são combinados calculando-se a raiz quadrada da soma dos quadrados de RSSI e LQI. Essa métrica mostrou boa cor-relação com a TPP nos experimentos e pequena variância em comparação com o uso de apenas RSSI ou LQI. Na presença de fontes de interferência essa abordagem pode prover resultados errôneos, uma vez que altos valores de RSSI indicam um bom canal nessa métrica. No entanto, a combinação com LQI mitiga esse problema. Além disso, o RSSI e LQI de pacotes perdidos não são levados em consideração na estimação.

Eskola et al. [35] propuseram uma técnica para identificar a qualidade do canal baseado na análise de histogramas do nível de energia recebido pelo nó. Foi realizada uma comparação entre os quatro momentos da distribuição obtida por meio dos valores de RSSI e os momentos obtidos a partir de distribuições que modelam cada caso possível (multipercurso Rayleigh, multipercurso Rice, com fontes de interferência e sem fontes de interferência). Os momentos de referência foram obtidos por simulação.

Bildea et al. [29] conduziram estudos para verificar a corre-lação entre RSSI, LQI e a Taxa de Recepção de Pacote (TRP) em três cenários: canais com baixa qualidade (TRP < 20%), canais intermediários (20% ≤ T RP < 80%), e canais com alta qualidade (TRP ≥ 80%). Distribuições de probabilidade descrevendo a relação entre RSSI, LQI e TRP em cada cenário foram encontradas. O RSSI não apresentou uma estimação muito acurada da TRP nos experimentos. Dessa forma, todo o trabalho focou na utilização de LQI. No entanto, utilizar apenas LQI pode superestimar a qualidade do canal, devido à não consideração do LQI de pacotes perdidos.

Zacharias et al. [36] propuseram um algoritmo para identifi-car a presença de redes WiFi, Bluetooth ou fornos microondas no ambiente, utilizando amostras de RSSI. A análise é ba-seada na periodicidade das fontes de interferência. Em [37] os autores descreveram a implementação do algoritmo em um nó sensor, mas nenhuma consideração sobre a latência de processamento foi feita. A desvantagem do algoritmo é que RSSI é utilizado apenas para identificar problemas de interferência, e não é capaz de detectar problemas de atenuação por multipercurso. Os experimentos foram realizados em am-bientes pouco refletivos e com poucas fontes de interferência. Em [8] foi proposto o uso de nós dedicados para monitorar qualidade de canal. Experimentos mostraram que por meio da utilização de um nó dedicado é possível analisar grandes amostras de RSSI para identificar fontes de interferência e problemas de atenuação por multipercurso em ambientes industriais.

VI. CONSIDERAÇÕESFINAIS

Este artigo discutiu o uso de protocolos multicanais em RSSFs industriais. Como os nós sensores são capazes de utilizar diferentes canais, é possível explorar o uso de múltiplos canais para aumentar a capacidade da rede, ou mitigar os efeitos dos problemas que afetam a qualidade dos canais.

Foram discutidas as arquiteturas utilizadas por protocolos multicanais e as características de protocolos estáticos, di-nâmicos e semi-didi-nâmicos. Os protocolos estáticos são mais simples, mas menos flexíveis, uma vez que não são capazes de se adaptar a variações na qualidade dos canais. Os protocolos dinâmicos permitem a utilização de múltiplos canais em si-multâneo e permite lidar melhor com a variação na qualidade dos canais e com problemas de interferência, no entanto esses mecanismos apresentam elevada latência, devido à troca constante de canais e também pode apresentar sobrecarga para sincronização. Os protocolos semi-dinâmicos aparecem como um meio termo, para conciliar a flexibilidade dos protocolos dinâmicos e os requisitos de alta taxa de transferência e baixa latência de muitas aplicações industriais.

Independente da abordagem utilizada, para que a RSSF permaneça operando com qualidade no decorrer do tempo, pode-se utilizar a alocação dinâmica de canais, na qual os canais sendo utilizados pela RSSF são trocados caso passem a apresentar um baixo nível de qualidade. O primeiro passo para realizar alocação dinâmica de canal é realizar a estimação da qualidade dos canais. Neste artigo também foram apresentados alguns conceitos sobre estimação de qualidade de canal e foram apresentados alguns trabalhos relacionados.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem às seguintes instituições: Instituto de Estudos Avançados em Comunicações (Iecom), Conselho Na-cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

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