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Meios de Pagamento, a nova fronteira da era 4.0 PARTE I

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Meios de Pagamento,

a nova fronteira da

era 4.0 – PARTE I

Inovações posicionam as formas de

pagamento no centro de uma grande

revolução. Selfie, biometria, criptomoedas

e dispositivos vestíveis são apenas o

(2)

Introdução

Tendências globais, mudanças nos modelos de negócios e inovações criam

um cenário inédito no mercado de pagamentos. Novas empresas, como as

fintechs; e tecnologias emergentes, como

blockchain

, são uma oportunidade

sem precedentes para as companhias atuantes do segmento financeiro.

A proposta gira em torno de prover serviços diferenciados, que geram mais

satisfação para o cliente e, consequentemente, mais retorno para a empresa.

Moedas virtuais, pagamento por proximidade, selfies, biometria, dispositivos

vestíveis, coisas que efetuam transações financeiras, carteiras digitais e

pro-gramas de fidelidade que substituem pagamentos em dinheiro são apenas

alguns dos elementos da nova fronteira do pagamento 4.0.

O assunto é tão efervescente e cheio de curiosidades que foi dividido em duas

partes. Esta é a primeira. Veja o que você vai encontrar na PARTE II:

Proximi-dade ganha relevância; Moedas virtuais: é agora ou nunca?; Fintechs chegam

para chacoalhar mercado; e E a segurança? Não perca!

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Índice

Introdução ... 02

CAPÍTULO I

A evolução dos pagamentos com o e-commerce e a experiência sem atrito...

04

Evolução do dinheiro: um olhar pelo tempo

... 07

Glossário dos meios de pagamento

... 09

Métodos inovadores e alternativos de pagamento

... 10

CAPÍTULO II

Mobilidade no front

... 13

De olho no agora e no futuro

... 16

Meios de Pagamento, a nova fronteira da era 4.0 – PARTE I

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Capítulo 1

A evolução dos pagamentos

com o e-commerce e a

experiência sem atrito

A indústria de meios de pagamento é, certamente, uma das mais impactadas pelas mudanças que o consumo digital trouxe ao mun-do. A forma como as pessoas pagam por bens e serviços sempre acompanhou a evolução da humanidade, do escambo ao uso da moeda, do papel ao plástico, mas o crescimento do comércio e do pagamento digital está transformando radicalmente essa indústria. Saiba mais no box Evolução do dinheiro: um olhar pelo tempo.

Essa realidade tem alterado, em particular, a dinâmica de comporta-mento do que chamamos de “pagacomporta-mentos padrão” – ou seja, aque-les feitos com cartão de crédito, dinheiro em papel, cheques e car-tão de débito. Veja mais no box Métodos inovadores e alternativos

de pagamento.

O e-commerce, embora seja responsável hoje por movimen-tar pouco mais de 8% do varejo em todo o mundo, de acordo com a consultoria eMarketer, cresce rapidamente e deverá ge-rar receita de US$ 4,5 trilhões em 2021, ante US$ 1,3 trilhão re-gistrado em 2014, segundo dados da Stratista. O salto do mobi-le commerce é ainda mais impressionante, devendo movimentar US$ 2,05 bilhões até 2020, segundo o instituto de pesquisas Ovum. Esse impulso tem explicação. Estima-se um aumento expressivo no consumo on-line, especialmente efetuado pela população mais jovem, que vive em mercados emergentes.

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Estatísticas indicam que quase 90% das pessoas com menos de 30 anos residem em mercado emergentes, como Brasil, Ín-dia e China. São nesses países, ainda, que 75% dessa população realiza transações on-line. Além disso, a faixa etária entre 15 e 34 anos tem forte apetite por novas tecnologias.

É essa geração tecnológica que tem trans-formado o uso de soluções digitais em bus-ca de conveniência. E esse comportamento está gerando um ponto de inflexão. Nos pró-ximos anos, a classe média global se expan-dirá drasticamente, levando o consumo a um nível elevado e esse será um dos principais impulsionadores do crescimento dos paga-mentos eletrônicos nos mercados emergen-tes, na visão da PwC.

Um estudo realizado pela Forrester Reseach, a pedido do Google, apontou que as vendas na internet no Brasil dobrarão até 2021, lide-radas, especialmente, pelo crescimento no uso de smartphones. Segundo a empresa, o segmento registrará expansão média de 12,4% ao ano e atingirá um total de R$ 85 bi-lhões em vendas. Com isso, o e-commerce passará de 5,4% em participação no varejo hoje para 9,5%, isso sem incluir vendas de alimentos e bebidas.

Somente no primeiro semestre de 2017,

se-gundo a pesquisa 36º Webshoppers, da Ebit, o e-commerce faturou R$ 21 bilhões e re-gistrou crescimento nominal de 7,5% ante o mesmo período de 2016. O número de pe-didos também aumentou, de 48,5 milhões para 50,3 milhões, assim como o ticket mé-dio, que passou de R$ 403,00 para R$ 418,00. O comércio virtual exigirá pagamentos mais simplificados, permitindo que consumidores tenham uma experiência de compra sem atri-tos e mais conveniente. Métodos populares de pagamento, como cartão de crédito e bo-leto (no Brasil), dividirão e lentamente darão lugar a novas formas. Pense no Uber e nos aplicativos de táxi. Você nem se dá conta de

Residem em mercado emergentes, como Brasil, Índia e China.

Realiza transações on-line.

90%

PESSOAS MENOS DE 30 ANOS

DA POPULAÇÃO

75%

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que está efetuando um pagamento, porque simplesmente não precisa tomar nenhuma ação. É a experiência sem atrito, que se tor-nou ouro nessa nova era.

A necessidade de serviços de pagamento inovadores e de valor agregado acontece, ainda, em razão do surgimento de uma sé-rie de negócios não tradicionais e modelos operacionais para permitir pagamentos. Os bancos estão enfrentando crescente pres-são para revisar seus modelos e se concen-trarem em uma abordagem que seja mais voltada ao cliente.

A chave para a centralização do cliente é uma compreensão abrangente de suas necessi-dades, combinada com ofertas de mercado, que permitem às empresas atualizar conti-nuamente a experiência do cliente. Isso con-trasta com a abordagem baseada em produ-tos tradicionalmente usada. A centralização do cliente será o principal motor de diferen-ciação no setor de pagamentos e players. A indústria deve aplicar esse pensamento para que seus negócios prosperem.

Na nova era, as experiências dos clientes

são mais importantes do que nunca. Experi-ências que estão em linha não apenas com a forma como as pessoas pagam, mas com momentos de suas vidas.

Por enquanto, os bancos têm o monopó-lio dos dados de que precisam para forne-cer resultados significativos em torno da experiência do cliente. Mas, a pesquisa

Accenture 2017 North America Consumer Payments Pulse Survey mostra que mais da

metade dos consumidores das gerações Millennials e Z está disposta a compartilhar seus gastos com terceiros, caso haja algum benefício associado à prática. O comporta-mento é parecido em solo nacional.

Nesse cenário, revela o estudo, as experi-ências de pagamentos devem ir além das transações para fazer conexões emocio-nais com os consumidores. E isso requer compreensão na forma como as pessoas pensam o dinheiro.

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Evolução do dinheiro: um olhar

pelo tempo

Saiba a história do dinheiro e sua relação

com os novos modelos de pagamento

Quando surgiu o conceito de mercadoria e a demanda por ela em dife-rentes grupos, praticava-se o escambo, ou a simples troca de coisas, como sal, gado açúcar e pau-brasil, sem equivalência de valor. Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às tran-sações comerciais em função da oscilação de valor pelo fato de não serem fracionáveis e facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas.

Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fa-bricar utensílios e armas anteriormente feitos de pedra. Por apresen-tar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal foi eleito como o principal padrão de valor. Assim, ele passou a ser objeto de troca.

Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com caracte-rísticas das atuais. Eram pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial. Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. Logo elas ganharam valores, gravados no material.

Com o advento do papel-moeda, a cunhagem de moedas metálicas fi-cou restrita a valores inferiores, necessários para troco. Nessa nova fun-ção, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à moeda.

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Na Idade Média, surgiu o costume de se guardar os valores com um ourives. Este, por garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulan-do de mão em mão e dancirculan-do origem à moeda em papel.

No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu va-lor preenchido à mão, tal qual os cheques.

Em 1950, o Diners Club criou o primeiro cartão de crédito moderno. Era aceito inicialmente em 27 restaurantes nos Estados Unidos e usado por importantes homens de negócios, como uma maneira prática de pagar suas despesas de viagens a trabalho e de lazer. Confeccionado em papel cartão, trazia o nome do associado de um lado e dos esta-belecimentos filiados em outro. Somente em 1955, o Diners passou a usar o plástico em sua fabricação.

A partir daí, o quadro que se desenhou foi de diversas inovações no setor, na história mais recente, com o e-commerce, transações via in-ternet banking, carteiras digitais, como o PayPal, pagamento por pro-ximidade até chegar aos vestíveis, como relógios, que efetuam paga-mentos. Já é possível, inclusive, fazer transações por meio de selfies e enviar pagamentos por redes sociais e sistemas de mensagem ins-tantânea, como já acontece na China.

Fonte: Banco Central do Brasil

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Glossário dos Meios de Pagamento

Fique por dentro dos termos mais usados no segmento

Adquirente

Empresa responsável por capturar, transmitir, processar e liquidar transações financeiras, realizadas por meio de cartões de débito ou crédito, junto à rede de estabelecimentos

comerciais por ela credenciados.

Credenciadoras

São empresas que habilitam estabelecimentos fornecedores de bens e/ou prestadores de serviços para aceitarem cartões.

Emissores

Os cartões podem ser emitidos por instituições financeiras, como bancos, ou administradoras e empresas não-financeiras – neste último caso, empresas que

administram cartões próprios ou de terceiros, mas não financiam diretamente os seus clientes.

Processadoras

São empresas que prestam serviços operacionais relacionados à administração de cartões, como: emissão de fatura, processamento de transações, atendimento aos

portadores, entre outros. Alguns emissores também são processadores de seus cartões.

Bandeiras

São instituições que autorizam o uso de sua marca e de sua tecnologia por emissores e credenciadoras de estabelecimentos. Essas marcas aparecem nos cartões e nos estabelecimentos credenciados.

Nier Field Communication (NFC)

É uma tecnologia que perm ite a realização de transações de compra entre dispositivos sem a necessidade de cabos ou fios (wireless), sendo necessária apenas a aproximação física do instrumento de pagamento.

Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (ABECS)

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Métodos inovadores e alternativos de pagamento

Saiba quais são as promessas do setor e acompanhe de

perto a evolução

Carteiras móveis

Em mercados emergentes, o crescimento do uso do celular gerou enorme impacto na inclusão financeira, com pessoas, até então, desbancarizadas, gerando pagamentos por meio de um smartphone. Como a maioria da população vive em mercados emergen-tes, essas economias estarão na vanguarda da inovação e da adoção de dispositivos mó-veis como tecnologia para pagamentos.

Pagamento via redes sociais

Considerando que a população nacional é composta em sua maioria por jovens, usuá-rios massivos de redes sociais, esses canais tornam-se locais para transações financei-ras. Na China, restaurantes, lojas e até nas

caixinhas dos artistas de rua, a opção de pa-gamento predominante são celular e redes sociais. Os dois meios de pagamento digi-tais dominantes são o Alipay e o WeChat, das empresas Alibaba e Tencent, donas de 90% do mercado.

Nier Field Communication (NFC)

A tecnologia NFC vem ganhando populari-dade nos mercados emergentes em razão da segurança, versatilidade e conveniência. Ela fornece um modo seguro de transação porque requer um personal identification

number (PIN) e não permite acesso físico

às informações do cartão de crédito dos usuários.

Embora a tecnologia seja usada principal-mente para pagamentos móveis sem con-tato, também está sendo adaptada para os cartões. NFC é cada vez mais prevalente em países como Índia, Nigéria, África do Sul e China, embora as taxas de adoção tenham sido mais lentas principalmente em fun-ção da infraestrutura necessária para sua evolução.

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a conexão via internet de dispositivos com-putacionais inseridos em objetos de uso co-tidiano, permitindo que eles recebam, enviem e interajam com informações. As “coisas” po-dem realizar compras e, consequentemente, pagamentos.

A Visa já oferece às montadoras a possi-bilidade de embarcar em seus carros apli-cativos que permitem pagamentos via Bluetooth e QR Codes (Visa Token Service). A Honda adotou a ideia e já está testando a funcionalidade em alguns dos seus modelos nos EUA. A intenção é que o veículo venha com um aplicativo que, entre outras funções, informa a necessidade de abastecer, indica o posto mais próximo e realiza o pagamento sem que o usuário precise sair do carro, algo como já acontece no Brasil, fruto da parceria do Sem Parar e o Posto Ipiranga.

A Mastercard lançou, em parceria com a Samsung, uma geladeira conectada à web. O eletrodoméstico vem com o aplicativo “Groceries by Mastercard” instalado e, a par-tir de uma tela, os usuários podem fazer as compras e pagar por elas sem sair de casa.

Apps

-

com

-

geolocalização

Não faz muito tempo, varejistas come-çaram a usar a tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE) em shopping centers para que o cliente recebesse ofertas na loja por meio do Bluetooth do smartphone. Contu-do, havia o desafio da bateria do celular, que acaba rapidamente ao ter a funcionalidade Bluetooth ligada. Agora emergem aplica-ções com geolocalização, que usam push para que o cliente tenha acesso a ofertas exclusivas.

Blockchain

A tecnologia Blockchain promete transfor-mar o ecossistema de pagamentos, melho-rando a eficiência das transações financei-ras ao redor do mundo. Com o Blockchain, o registro da transação passa a ser distribu-ído e não mais centralizado no banco, como acontece hoje.

Bancos e outras instituições financeiras po-dem implementar blockchain para melhorar a eficiência de seus sistemas legados. Eles podem, por exemplo, melhorar a eficiência operacional em tempo real para transações entre países.

Coisas que efetuam pagamentos

Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) é

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Da voz, às transações

Com o crescimento dos assistentes pesso-ais, como Alexa, da Amazon, e Siri, da Apple, no dia a dia, uma das formas interessantes de pagamento é por meio da voz. No Brasil, um exemplo de empresa que já explora o re-curso é o Banco Original. O banco, totalmen-te digital, permitotalmen-te em seu app transações por

comando de voz.

Cartão de crédito virtual

Compras por meio da web ganharam corpo e trouxeram preocupações de segurança para alguns usuários mais céticos em relação ao modelo. Para esse público bancos como Itaú, Santander, Original e Banco do Brasil lança-ram o cartão de crédito virtual.

Trata-se de um número de um cartão gerado para uso apenas na internet, limitado a um valor ou para um único uso. O uso do cartão de crédito virtual geralmente envolve a ins-talação de um aplicativo no celular, muitas vezes o do próprio banco, para gerenciar o valor do limite do cartão, validade e a quan-tidade de utilizações possíveis. Encerrado o limite, o cartão automaticamente é cancela-do e um novo número deve ser geracancela-do para futuras compras.

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Capítulo 2

Mobilidade

no front

De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a tele-fonia móvel no Brasil registrou 241.062.955 li-nhas em operação em setembro de 2017. Até o final do ano, segundo projeções da 28ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fun-dação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o País terá um smartphone em uso por habitante. É a massificação do uso de aparelhos móveis que veio para ficar.

Na esteira da mobilidade, em todo o mundo, es-timativas apontam que, atualmente, mais de 440 milhões de pessoas já realizam pagamento mó-vel para efetuar compras ou adquirir serviços, e já deixam de lado seus cartões de bancos e o dinheiro em cédulas em casa método cada vez menos utilizado.

O aumento da convergência e a integração entre o comércio eletrônico e a tecnologia móvel mu-dará radicalmente o mercado de pagamentos. Com o desenvolvimento contínuo de ferramen-tas de compra on-line e a crescente aceitação do

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consumidor por esse modelo, os mercados emergentes verão saltar o comércio eletrô-nico.

Um dos principais impulsionadores desse movimento, como mostram os números citados acima, tem sido a proliferação de smartphones e tablets e o acesso à internet/ celular, que serve como um depósito segu-ro para a transação financeira sem cartão e está ajudando a promover a inclusão finan-ceira.

O cenário indica que, de fato, o dinheiro vivo deve dar cada vez mais lugar às soluções em dispositivos móveis em alguns anos, segun-do pesquisa com entusiastas da tecnologia feita pelo Instituto de Engenheiros Eletricis-tas e Eletrônicos (IEEE).

Fazem parte da modalidade os pagamentos realizados por aplicativos ou sites, via Near Field Communication (NFC) ou sem conta-to (contactless) – tecnologia que permite a transação quando há a aproximação do ce-lular de um leitor móvel ou máquina de car-tão, ou mesmo de outro celular.

Apesar de ser uma boa alternativa a notas e a moedas, o levantamento indica também que muitas pessoas ainda sentem receio em utilizar o dinheiro digital. Para 46%, a maior preocupação é que um cibercriminoso tenha acesso às informações, enquanto 33% des-confiam da ocorrência de pagamentos não autorizados por um fornecedor de pagamen-to móvel.

As compras por dispositivos móveis em apli-cativos ou lojas virtuais, contudo, têm cres-cido. Segundo dados recentes do relatório Webshoppers, da Ebit, a participação des-ses aparelhos nas compras virtuais saltou. A expansão registrada no primeiro semestre de 2017 foi de 35,9% – nove vezes maior do que o volume de pedidos do mercado – registrando um shre de 24,6% de todas as vendas do mercado.

Até dezembro de 2017, de acordo com o le-vantamento da Ebit, 30% das vendas devem ser realizas por meio do mobile, mas, levan-do em consideração o cenário no exterior, há potencial para se chegar a 35% nos próximos

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dois anos. O cenário que se desenha é o de que a mobilidade estará no front das opera-ções virtuais.

A China, de longe, é o país mais à frente no quesito. Para se ter uma ideia, de acordo com a iResearch, em 2016 a China movimentou US$ 5,5 trilhões em pagamentos móveis. No mesmo período, nos Estados Unidos, o vo-lume ficou em US$ 112 bilhões, ou 50 vezes menos do que o mercado chinês.

Com a adoção rápida de smartphones como o primeiro acesso à internet, consumidores estão ávidos por uma variedade de opções de pagamentos móveis.

Assim, cada vez mais, as empresas estão criando aplicativos para smartphones que não só reduzem significativamente a depen-dência do pagamento tradicional, mas tam-bém fornecem uma experiência única do cliente ao aumentar o engajamento e suavi-zar os pontos de fricção tradicionais do co-mércio.

Nesse contexto, surgem as carteiras móveis. Pesquisa recente da Accenture mos-tra que, somente nos Estados Unidos, 64% dos consumidores planejam usar uma car-teira móvel em 2020, acima dos 46% de hoje. No Brasil, a Samsung já lançou sua mo-bile wallet,com o Samsung Pay, em Julho de 2016. Estão no forno o Android Pay e o

Apple Pay, que prometem concentrar os cartões no celular. Tanto o serviço da Apple quanto o da Samsung dependem da impres-são digital do usuário para autenticar com-pras, e nenhuma das empresas têm permis-são para acessar os dados dos usuários, bem como o que eles compraram ou quanto pagaram por um produto.

O estudo Global Payments Report 2017 da Worldpay, que mapeou 36 países, incluindo o Brasil, identificou que a popularidade das e-wallets deve dobrar nos próximos cinco anos, aumento dos atuais 15% para 31% em 2021.

As carteiras digitais (e-wallets) são um dos meios de pagamento mais importantes e têm contribuído para o aumento do e-commerce no País, com previsão de atingir o equivalen-te a US$ 23,7 bilhões até 2021. Além disso, o eCommerce é um fenômeno que não ocor-re só no Brasil, mas em toda a América La-tina. Enquanto entre os brasileiros o comér-cio eletrônico tem se tornado gradualmente consolidado, países como México e Argenti-na possuem grande oportunidade de incre-mento nesse setor, com previsão de alta de 17% e 24% nos próximos cinco anos, respec-tivamente.

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De olho no agora

e no futuro

Diversas empresas em todo o

mundo aceleram seus passos

rumo a novos modelos de

pagamento. Veja alguns casos

Sacar dinheiro por meio da impressão digital e pagar por aplicativos já são situações reais no Brasil. Mas outras iniciativas extremamen-te inovadoras ao redor do mundo provam que há ainda muita esextremamen-teira para novas formas de pagamento. Quer um exemplo?

Uma tecnologia pioneira desenvolvida no Brasil pretende levar agili-dade e segurança a quem precisar transferir recursos para a conta bancária de terceiros. O Banco do Brasil (BB) lançou na metade de 2017 uma ferramenta de envio de dados bancários por meio de QR Codes e de redes sociais, facilitando a divisão de contas em bares e restaurantes.

O Reino Unido se tornou o primeiro país do mundo a ter um su-permercado onde é permitido que os clientes paguem as com-pras a partir da tecnologia da impressão digital.

A novidade funciona para os clientes da loja Costcutter, no cam-pus da Universidade Brunel de Londres. Um sistema infraver-melho escaneia as veias dos dedos da pessoa e vincula o mapa biométrico às contas bancárias de cada cliente, efetuando o pa-gamento.

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Já a rede norte-americana de fast-food KFC lançou recentemente na China um sistema de pagamento via reconhecimento facial, coincidindo com o uso crescente da tecno-logia no país. O terminal de pedidos funciona comparando os rostos dos clientes com as fotos que têm em sua conta do Alipay para validar o pagamento.

A Visa, por sua vez, apresentou no primeiro trimestre de 2017 uns óculos que efetuam pagamentos. Eles têm uma tecnologia cha-mada NFC (que permite comunicação por proximidade). Assim, basta encostar o obje-to para realizar um pagamenobje-to.

A rede de farmácias Walgreens é um exem-plo de pagamento físico via dispositivo mó-vel no POS (ponto de venda). O telefone e o POS são compatíveis e se comunicam para permitir o pagamento juntamente com re-cursos de marketing adicionais, como visu-alização de ofertas do dia, reconhecimento do número fidelidade e outros.

O Amazon Go é uma loja na qual o cliente não precisa passar por filas para pagar por seus produtos – ele apenas escolhe os produtos e tudo é transferido para seu smartphone. A fatura chega posteriormente para pagamen-to digital. Nela, a experiência do cliente sem atritos impera.

O conceito utiliza sensores, que detectam a entrada do consumidor no supermercado e, com inteligência artificial, identifica os pro-dutos que o cliente coloca na sacola de com-pras. A plataforma identifica até se o cliente desistiu de um produto e devolveu às prate-leiras. O processo é semelhante ao utilizado por carros autônomos, com visão computa-cional e reconhecimento via sensores.

Para complementar e enriquecer o seu co-nhecimento no tema, acesse o e-Book Vare-jo digital, a revolução do deseVare-jo

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