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autor: Gordiano

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

UNIDADE: Crítica Social / Portugal

SITUAÇÃO DE USO

Reflexão sobre um poema de crítica social.

EXPETATIVAS DE APRENDIZAGEM

- Aplicar noções estudadas/intuitivas na análise e leitura de poemas;

- Organizar informação;

- Ler expressivamente em grupo.

ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO

autor: Gordiano

http://olhares.sapo.pt/luisa-sobe-sobe-a-calcada-foto4353848.html

1. O que lhe sugere a imagem? Considere:

 Idade

 Nível social

 Mensagem não verbal emitida

 Época/século

 Situação do quotidiano

BLOCO DE ATIVIDADES

1. Ouça o seguinte poema, de autoria de Antonio Gedeão, e divida-o por forma a que cada parte corresponda a um momento da vida diária de Luísa.

Calçada de Carriche

Luísa sobe,

sobe a calçada,

sobe e não pode

que vai cansada.

(2)

sobe a calçada.

Saiu de casa

de madrugada;

regressa a casa

é já noite fechada.

Na mão grosseira,

de pele queimada,

leva a lancheira

desengonçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Luísa é nova,

desenxovalhada,

tem perna gorda,

bem torneada.

Ferve-lhe o sangue

de afogueada;

saltam-lhe os peitos

na caminhada.

Anda, Luísa.

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Passam magalas,

rapaziada,

palpam-lhe as coxas

não dá por nada.

(3)

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Chegou a casa

não disse nada.

Pegou na filha,

deu-lhe a mamada;

bebeu a sopa

numa golada;

lavou a loiça,

varreu a escada;

deu jeito à casa

desarranjada;

coseu a roupa

já remendada;

despiu-se à pressa,

desinteressada;

caiu na cama

de uma assentada;

chegou o homem,

viu-a deitada;

serviu-se dela,

não deu por nada.

Anda, Luísa.

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Na manhã débil,

sem alvorada,

salta da cama,

desembestada;

puxa da filha,

dá-lhe a mamada;

(4)

desaustinada;

range o soalho

a cada passada,

salta para a rua,

corre açodada,

galga o passeio,

desce o passeio,

desce a calçada,

chega à oficina

à hora marcada,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga;

toca a sineta

na hora aprazada,

corre à cantina,

volta à toada,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga.

Regressa a casa

é já noite fechada.

Luísa arqueja

pela calçada.

(5)

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada,

sobe que sobe,

sobe a calçada,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Poesias Completas (1956-1967)

http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/antonio_gedeao/carriche.html

2. Pesquise sobre o título do poema “Calçada de Carriche” e relacione a informação encontrada com o poema.

3. Em pequenos grupos, encontre uma explicação para:

a) a alternância entre pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo, relacionando com o comprimento dos versos, das estrofes e do poema;

b) a oposição de elementos temporais: madrugada/ noite;

c) a extensa enumeração de ações no presente “salta”, ; “puxa”…

d) a repetição dos versos “puxa que puxa,/ larga que larga,”, sem serem parte de refrão;

e) a utilização de adjetivos com sentido negativo (“grosseira”, “desengonçada”…);

f) a utilização do refrão, com verbos no modo imperativo; g) utilização recorrente de vírgulas e de alguns pontos finais; h) Intenção comunicativa.

4. Com base na análise efetuada, registe algumas observações que facilitarão a leitura expressiva do texto:

a) tom da leitura; b) ritmo da leitura.

5. Compare a sua ideia inicial sobre a imagem com este poema, indicando, por tópicos, semelhanças e diferenças. Apresente a informação em quadro.

(6)

 as condições de vida da altura;

 imagens da época para documentar o texto.

2. Selecione e resuma as informações pertinentes e organize um panfleto com os elementos pesquisados em 1 para distribuir pelas comunidades educativa e local.

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO

1. Treinar a leitura expressiva/ dramatizada do poema, testando várias forma de ler, como, por exemplo:

 1 verso, 1 aluno (todo o poema – todos os alunos leem 1 ou 2x);

 1 estrofe, 1 aluno (a casa estrofe, corresponde um aluno diferente);

 1 estrofe, 1 aluno; 1 refrão, 1 aluno (o aluno do refrão pode ser sempre o mesmo ou sempre diferente)

 alunos leem o poema, enquanto outros fazem os movimentos correspondentes às ações de Luísa.

2. Escolher, em grande grupo, a forma de ler considerada a mais interessante e apresentá-la em atividades escolares.

Referências

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