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PLANO HIDROLÓGICO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUADIANA (CICLO ) E PLANO DE GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÃO

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Região Hidrográfica do Guadiana

PLANO HIDROLÓGICO DA REGIÃO

HIDROGRÁFICA DO GUADIANA

(CICLO 2015-2021) E PLANO DE GESTÃO

DO RISCO DE INUNDAÇÃO

ESQUEMA PARA O DESENVOLVIMENTO DO

ESTUDO AMBIENTAL ESTRATÉGICO

ANEXO Nº4 – RESUMEM NÃO TÉCNICO-

Dezembro de 2014

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 5 de 53

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 9

1.1 Problemas a resolver ... 10

1.2. Descrição geral da região ... 12

1.3. Descrição de usos, demandas e pressões ... 14

1.4. Prioridades de uso e atribuição de recursos ... 16

1.5. Identificação e mapas das zonas protegidas ... 17

1.6. Programas de seguimento do estado das massas de água ... 18

1.7. Cumprimento dos objectivos ambientais ... 20

1.8. Objectivos ambientais para as massas de água ... 21

1.9. Recuperação dos custes dos serviços da água ... 23

1.10. Planos e Programas relacionados ... 23

1.11. Descrição dos Planos dependentes: Secas e inundações ... 25

1.12. Programas de Medidas ... 26

1.13. Participação Pública ... 27

1.14. Seguimento e revisão do Plano Hidrológico ... 28

1.15. Relação de autoridades competentes designadas ... 28

1.16. Pontos de contacto e procedimentos para obter a informação ... 29

2. AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA 30 2.1. Antecedentes ... 30

2.1.1. Primeiro ciclo planificação 2009-2015 ... 30

2.1.2. Segundo ciclo de planificação ... 30

2.2. Resumem do Estudo Ambiental Estratégico ... 31

2.2.1. Diagnóstico ambiental da Região Hidrográfica ... 32

2.2.2. Princípios de sustentabilidade e objectivos de protecção ambiental ... 32

2.2.3. Selecção de alternativas do PH e do PGRI da Região ... 34

Tabela 15. Orçamento estimado das medidas propostas pela alternativa considerada e novas medidas resultantes da revisão do PHC e da integração do Rascunho do PGRI ... 40

2.2.4. Analise dos possíveis efeitos ambientais das medidas incluídas na alternativa seleccionada do PH e do PGRI da Região ... 40

2.2.5. Medidas para evitar, reduzir e compensar os efeitos ambientais desfavoráveis da alternativa seleccionada do PH e do PGRI da região ... 41

Tabela 16. Medidas preventivas, correctoras ou compensatórias dos efeitos ambientais desfavoráveis da alternativa seleccionada do PH e do PGRI da Região ... 41

2.2.6. Seguimento ambiental do PH e do PGRI da Região ... 42

3. RESUMEM NÃO TÉCNICO DO PLANO DE GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÃO DO LADO ESPANHOL DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUADIANA 43 3.1. Introdução ... 43

3.1.1 Consideração do Câmbio Climático ... 44

3.1.2. Vinculação do PGRI com o PH ... 44

3.1.3. Autoridades competentes ... 45

3.2. Processo de coordenação e participação pública na elaboração e aprovação do Plano ... 45

3.3. Conclusões da Avaliação Preliminar do Risco de inundação ... 46

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 6 de 53

3.5. Objectivos da gestão do risco de inundação ... 48

3.6. Critérios e objectivos ambientais especificados no Plano Hidrológico e Zonas protegidas e Rede Natura 2000 ... 49

3.7. Planos de Protecção Civil existentes ... 49

3.8. Sistemas de predição e alerta hidrológica ... 50

3.9. Resumem do Programa de Medidas ... 51

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 7 de 53 folha 8 de 53 ÍNDICE DE TABLAS

Tabela 1. Grupo e problemas importantes da DH do Guadiana ... 12

Tabela 2. Enquadre administrativo e territorial da Região Hidrográfica do Guadiana ... 13

Tabela 3. Recursos hídricos DHGn ... 14

Tabela 4. Síntese das demandas para a situação actual... 15

Tabela 5. Zonas protegidas da DH do Guadiana ... 18

Tabela 6. Valoração do estado das MASp da DHGn. Resumem de resultados ... 20

Tabela 7. Tabela resumem dos resultados dos estados quantitativo e químico, e estado das MASb ... 20

Tabela 8. Resumem comparativo das massas superficiais com estado bom ou melhor entre o Plano em Vigor e a actualização do PHC ... 21

Tabela 9. Resumem comparativo das massas subterrâneas com estado bom ou melhor entre o Plano em Vigor e a actualização do PHC ... 21

Tabela 10. Resumem de % de Objectivos Ambientais cumpridos e prazos de consecução ... 22

Tabela 11. Vantagens e inconvenientes das alternativas definidas ... 34

Tabela 12. Medidas da alternativa 1 do Programa de Medidas... 36

Tabela 13. Medidas novas na revisão do PM e medidas incorporadas ao PM pela integração do Rascunho do PGRI ... 38

Tabela 14. Relação de grupos de medidas ... 40

ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Singularidades da região e a sua relação com os Temas Importantes ... 11

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 9 de 53 folha 8 de 53

1. INTRODUÇÃO

É redigido este resumem com o objectivo de criar um texto breve, que facilite a primeira aproximação ao extenso conteúdo documental que constitui o rascunho, para consulta pública, da proposta de revisão do Plano Hidrológico do lado espanhol da região hidrográfica do Guadiana, integrado por uma Memória acompanhada de catorze anexos, que ampliam ou desenvolvem o seus conteúdos, um documento de Normativa, que ajunta-se ao rascunho da disposição de aprovação, e pelos documentos gerados fruto do processo de avaliação ambiental estratégica ao qual é submetido a revisão do Plano Hidrológico do Guadiana (documento inicial, documento de alcance, estudo ambiental estratégico e declaração ambiental estratégica). Adicionalmente, os dados de base utilizados como suporte estão armazenados no sistema de informação alfanumérica e espacial: o GEOPORTAL que está disponível no site do Guadiana, administrado pela Confederação Hidrográfica do Guadiana:

http://www.chguadiana.es/Geoportal/

Todos os documentos indicados, e também o acesso ao mencionado sistema de informação do Geoportal, resultam acessíveis por meio do site da Confederação Hidrográfica do Guadiana (www.chguadiana.es), desde onde pode-se consultar o seu conteúdo ou descarregar os arquivos preparados ao efeito.

Esse novo Plano Hidrológico (em adiante PHC), destinado a substituir ao Plano Hidrológico da bacia do Guadiana em vigor aprovado em 2013 (“BOE” num. 121, no 21 de Maio de 2013), é o instrumento chave de implantação da Directiva Enquadre da Água na bacia. A sua realização é uma função explicita atribuída à Confederação Hidrográfica do Guadiana, e por sua vez a aprovação da mesma por meio do real decreto corresponde ao Governo de Espanha.

Os objectivos gerais que persegue podem-se agrupar em três blocos:

a) Evitar a deterioração adicional das águas e alcançar o bom estado; quer dizer; conseguir que se encontrem em uma situação que não se afaste significativamente das suas próprias condições naturais.

b) Atender as necessidades de água na bacia do Guadiana dirigidas a possibilitar os usos socioeconómicos que precisa a nossa sociedade para o seu desenvolvimento eficiente e eficaz.

c) Mitigar os efeitos não desejados das inundações e das secas.

Para todo isso, o processo de planificação hidrológica foi concebido como uma estratégia que trabalha repetindo um ciclo sexenal de melhora continua: planificar, materializar o planificado, comprovar os resultados e, por último, revisar a planificação para iniciar um novo ciclo.

Todo o processo está condicionado por um extenso e complexo enquadre normativo que inclui disposições da União Europeia, acordos internacionais, normas espanholas quer de âmbito estatal quer das comunidades autónomas e normas de âmbito local. Em esse contexto, um ciclo de planificação de seis anos organiza-se arredor de quatro linhas de acção principais: o plano hidrológico propriamente dito, a avaliação ambiental estratégica a qual deve

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submeter-PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 10 de 53 folha 8 de 53

se, a consulta pública e a participação que devem acompanhar todo o procedimento e os programas de medidas que as autoridades competentes devem desenvolver para que se possam alcançar os objectivos que o próprio Plano concretiza.

Não deve ser ignorado que todo este trabalho deve oferecer os resultados esperados, de maneira concretizada e tangível em beneficio de todos e que, além, devemos ser conscientes de que Espanha deve dar conta dos seus resultados à Comissão Europeia que episodicamente examina o cumprimento dos requisitos formais e da consecução dos objectivos, podendo chegar a exercer a potestade sancionadora se identifica a existência de algum incumprimento. O conteúdo dos planos hidrológicos de bacia estabelece-se na Lei das Águas, que enumera cada um dos temas que obrigatoriamente devem ser considerados. Dispõe-se adicionalmente de um regulamento e de uma instrução de planificação hidrológica que detalham o alcance com que devem ser tratados os diferentes aspectos. A Memória do PHC dedica um capitulo a cada um dos conteúdos obrigatórios indicados na Lei, que são os que vão ser apresentados nas secções seguintes.

Este resumem incorpora também uma referencia ao processo de avaliação ambiental estratégica, analisando as determinações ambientais previstas no primeiro ciclo de planificação e incorporadas no Estudo Ambiental Estratégico realizado conjuntamente entre a Confederação Hidrográfica do Guadiana e a DG de Qualidade e Avaliação Ambiental e Meio Natural do Ministério de Agricultura, Alimentação e Ambiente.

1.1 Problemas a resolver

Em uma fase intermédia do actual processo de planificação adoptou-se o denominado

Esquema de Temas Importantes. O objectivo de esse documento é descrever e avaliar os

principais problemas da bacia relacionados com a água, actuais e previsíveis, e analisar as possíveis alternativas de actuação para a sua resolução, de acordo com os programas de medidas que corresponde realizar às autoridades competentes, essencialmente as da Administração Geral do Estado, entre as que se encontram o organismo de bacia, as das Comunidades Autónomas e as Administrações locais.

O processo seguido para a identificação e selecção dos Temas Importantes em esse segundo ciclo de planificação consistiu na consideração dos Temas Importantes do primeiro ciclo e no analise de determinados documentos que viram a luz com posterioridade à realização do PHC. Em resumem dos Temas que se trataram como Importantes no ciclo 2009-2015, e de maneira muito geral, a seguinte figura amostra quais são os aspectos mais característicos e, em consequência, mais significativos, para a planificação na região do Guadiana:

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 11 de 53 folha 8 de 53

Figura 1. Singularidades da região e a sua relação com os Temas Importantes

Como pode ver-se na figura, intimamente inter-relacionados entre si, podemos destacar os seguintes 6 aspectos como os Temas Importantes mais singulares da região.

T.I. 01 Poluição localizada T.I. 02 Poluição difusa

T.I. 03 Sobreexploração de massas de água subterrânea T.I. 04 Proliferação de espécies alóctones invasoras

T.I.05 Alterações hidromorfológicas das massas de água superficiais

T.I.15 Necessidade de maior coordenação com autoridades competentes nacionais e internacionais e com as politicas sectoriais europeias.

Além disso, em esse segundo ciclo de planificação foram consideradas os seguintes aspectos:

 Previsões de redução de atribuições naturais devidas ao câmbio climático

 Resultados do seguimento do PHC Sobreexploração de massas de água subterránea (alto Guadiana) Proliferação de espécies alóctones invasoras Poluição difusa (especialmente nitratos) Coordenação com Portugal para uso e

conservação do estuário

Alterações hidromorfológicas das massas de água superficiais e efeitos nos ecosistemas

Regulação das águas superficiais (Guadiana medio). Alterações morfológicas

e de régimen de caudal

SINGULARIDADES DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUADIANA

FRONTERIÇA E COSTERA INTENSO USO AGRÍCOLA DE IRRIGAÇÃO

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 12 de 53 folha 8 de 53

Considerações incluídas no documento Plano para a Salvaguarda dos Recursos

Hídricos de Europa (Blueprint).

 Considerações da Estratégia Europeia Comum de Implantação (CIS)

 Determinações ambientais da Memória Ambiental do PHC

Identificaram-se 15 temas (6 de eles especialmente significativos) agrupados em quatro grandes classes: 1) cumprimento de objectivos ambientais, 2) atenção às demandas e racionalidade do uso, 3) segurança frente a fenómenos meteorológicos extremos e 4) problemas de governação. Todos eles enumeram-se na seguinte tabela.

Tabela 1. Grupo e problemas importantes da DH do Guadiana

Classe Problema importante (nome y código)

Cumprimento de Objectivos Ambientais

Poluição localizada (T.I. 01)

Poluição difusa de origem agrário e da mineração abandonada que afecta à zona sul da bacia (Faixa Pirítica de Espanha e Portugal) (T.I. 02)

Sobreexploração de massas de água subterrânea (T.I. 03) Proliferação de espécies alóctones invasoras (T.I. 04)

Alteração hidromorfológica das massas de água superficiais (T.I. 05) Dificuldades na definição, implantação e seguimento das bacias ambientais (T.I. 06)

Necessidade de melhora e actualização do conhecimento para conseguir os objectivos ambientais (T.I. 07)

Necessidade de proposta de medidas adicionais para conseguir os objectivos ambientais (T.I. 08)

Atenção as demandas e racionalidade do uso

Dificuldades para a atenção às demandas (T.I. 09)

Necessidade de consideração de novos critérios na actualização de demandas (T.I. 10)

Necessidade de melhora do conhecimento para racionalidade do uso (T.I. 11)

Dificuldades na implantação de medidas de gestão para racionalidade do uso (T.I. 12)

Segurança frente a fenómenos meteorológicos extremos

Afecção de secas sobre a consecução dos objectivos ambientais e a atenção às demandas (T.I. 13)

Afecção de inundações sobre a consecução dos objectivos ambientais e a segurança de pessoas e bens (T.I. 14)

Governação Necessidade de maior coordenação com autoridades competentes

nacionais e internacionais e com as políticas sectoriais europeias (T.I. 15)

1.2. Descrição geral da região

O âmbito territorial da região hidrográfica do Guadiana está determinado no Real Decreto 125/2007, de 2 de Fevereiro:

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 13 de 53 folha 8 de 53

As características mais destacadas de esse enquadre administrativo e territorial resumem-se na seguinte tabela:

Tabela 2. Enquadre administrativo e territorial da Região Hidrográfica do Guadiana

ENQUADRE ADMINISTRATIVO REGIÃO GUADIANA

Bacia:

A Região Hidrográfica do Guadiana abrange o território da bacia hidrográfica do rio Guadiana, e também as águas de transição e as costeiras associadas. A Região é partilhada com Portugal e o âmbito territorial do Plano Hidrológico, ao qual se refere este documento, corresponde ao lado espanhol, fixado no Real Decreto 125/2007, de 2 de Fevereiro. O âmbito espanhol estende-se dentro das

Comunidades Autónomas de Castela-La Mancha, Extremadura e Andaluzia, em 8 províncias: Albacete, Cuenca, Cidade Real, Toledo, Córdoba, Badajoz, Cáceres e Huelva. As províncias de Cidade Real e Badajoz supõem o 75% da extensão total da parte espanhola da bacia.

Área região (km2): 55.527,57

Povoação ano 2013 (hab): 1.468.384

Densidade ano 2013 (hab/km2): 26

Principais cidades: Badajoz e Cidade Real

Comunidades Autónomas: Castela-La Mancha (48%), Extremadura (42%) e Andaluzia (10%),

Nº municípios: 399

Países: Espanha e Portugal

O lado espanhol da região do Guadiana limita com as regiões do Tejo ao Norte, Jucar ao Este, e Guadalquivir e âmbitos dos rios Tinto, Odiel e Piedras al Sur. Ao Oeste continua a bacia do Guadiana em Portugal (11.620,1 km2) junto das bacias do rio Sado e o Mira, e ao Sul com as bacias do Algarve.

Em ela foi identificada e caracterizada 336 massas de água, atribuídas a diferentes categorias (tabela 3.2. da Memória do EsAE).

Desde o ponto de vista fluvial, a rede hidrográfica da Região Hidrográfica do Guadiana está constituída pela bacia do rio principal Guadiana, e o conjunto dos seus afluentes. O resto de bacias da rede hidrográfica, está constituída fundamentalmente por rios de carácter efémero e de resposta hidrológica irregular e torrencial, em ocasiões. Também encontramos nas zonas de cabeceira grande quantidade de pequenos regatos de pouco caudal circulante e de carácter intermitente.

O rio Guadiana nasce nas Lagunas de Ruidera na província de Cidade Real, recorre atravessando as províncias de Cidade Real e Badajoz, faz fronteira com Portugal e entra em território Português na província de Badajoz para, mas adiante, voltar a fazer fronteira entre Portugal e Espanha na província de Huelva até a sua foz no Oceano Atlântico. Tem um comprimento estimado de 852 km.

Por outra parte, não todas os escoamentos recorrem para a rede fluvial. No trechos de pouca pendente na planície da Mancha, as drenagens do aquífero dão lugar a amplias zonas

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 14 de 53 folha 8 de 53

encharcadas, onde destacam as Tablas de Daimiel, que experimentaram um forte retrocesso nos últimos 35 anos. Também são muito abundantes as lagunas e complexos lagunares como as Lagunas das Yeguas e Villafranca, Laguna da Vega, Laguna do Alcahozo, Laguna do Prado, Laguna do Taray, Laguna do Hito, Laguna de Manjavacas, etc., a maior parte de elas alimentadas por escoamento e outras também por águas subterrâneas. Todo este sistema de zonas húmidas, de pouca profundidade e grande extensão, é muito vulnerável às variações climáticas quer estacionais quer anuais.

Os recursos hídricos totais no lado espanhol da DHGn totalizou 5.026 hm3/ano, incluídas a restrição ambiental correspondente às bacias ecológicas e as demais restrições exteriores comentadas anteriormente. Como pode ver-se, a maior parte dos recursos hídricos da bacia, estão constituídos pelos recursos hídricos naturais.

Tabela 3. Recursos hídricos DHGn

Recursos hídricos D. H. Guadiana hm3

Recursos naturais superficiais 4.394,8 Recursos naturais subterrâneos 568,8 Transferências desde D. H. Tejo 58,48 Transferências desde D. H. Guadalquivir 3,88

TOTAL 5.026,0

Fonte: Elaboração própria

Em quanto ao recurso disponível, podemos dividi-lho conforme a sua origem em superficial e subterrâneo. O recurso disponível de origem subterrâneo na bacia totalizou 564 hm3/ano (não se contabilizam uns 40 hm3/ano que pelo efeito das extracções actuais transferem-se à Bacia do Jucar por meio da MASb Mancha Oriental). O recurso disponível superficial coincide com a capacidade de regulação da bacia, estudo que desenvolve-se nos balances do Anexo 7 de Atribuição e Reserva de Recursos da Memória do PH.

1.3. Descrição de usos, demandas e pressões

A bacia espanhola do Guadiana, que abrange aproximadamente 11% de Espanha, está povoada por 1.468.384 habitantes (3,1% da povoação espanhola), com uma tendência ligeiramente decrescente nas últimas décadas, além regista um forte envelhecimento e um deslocamento da povoação para os núcleos urbanos mais grandes em retrocesso do meio rural.

No ano 2012 as actividades económicas contribuíram na região do Guadiana arredor de 21.619 milhões de euros (ano base 2012) de valor aditado bruto e aproximadamente 470.000 pessoas empregadas; isso representa 2,3 % da produção nacional e 2,6 % do emprego nacional. Em términos reais, no período 2000-2012 a economia de dito âmbito cresceu a um ritmo um pouco inferior à economia espanhola (1,3% frente a 1,5% nacional). As tabelas 1 e 2 do anexo 4 Usos e Demandas resumem os principais indicadores da economia da região e a economia nacional no período 2000-2012.

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 15 de 53 folha 8 de 53

Os usos da água quantitativamente mais importante na bacia são os regadios e usos agrários e usos industriais. A seguinte tabela resume as demandas brutas calculadas para a situação actual (horizonte 2012), que totaliza 2.098,68 hm3/ano.

Tabela 4. Síntese das demandas para a situação actual

Sistema de Gestão Uso Urbano Uso Industrial Uso Agrícola Uso Pecuário Total Demanda (hm3/ano) Demanda (hm3/ano) Demanda (hm3/ano) Demanda (hm3/ano) Demanda (hm3/ano) Sistema Oriental

(Subs. Alto Guadiana) 40,91 11,48 395,28 0,02 447,70 Sistema Oriental (Subs. Tirteafuera) 0,13 0,00 1,22 0,53 1,89 Sistema Oriental (Subs. Bullaque) 1,09 0,06 60,16 0,12 61,42 Sistema Central 60,09 14,64 1.279,58 18,71 1.373,01 Sistema Ardila 5,88 4,32 12,87 5,18 28,26 Sistema Sul 38,40 19,90 113,96 1,59 173,84 Fora da DHGn 12,56 0 0 0 12,56 Total 159,06 50,40 1.863,07 26,15 2.098,68

Fonte: Elaboração própria

A demanda de água para rego, supõe mais do 85% das demandas consumptivas totais, é a mais relevante e sobre a qual pode-se enfocar as acções de melhora mais importantes.

O regadio é variado, porque extensa e variada é a bacia, mas há um claro predomínio dos cultivos de cereais, vinhas e de cultivos industriais (ver tabela 9 do Anexo 4 Usos e Demandas do PH). Geralmente, as produções em regadio, apresentam dotações unitárias brutas médias próximas aos 5.300 m3/ha.ano.

O regadio é a única classe de uso na qual prevêem-se incrementos significativos durante os cenários futuros que estuda o PHC, que passa de uma superfície na ordem das 400.000 ha actuais a 409.500 no ano 2015, para continuar a aumentar no futuro (Tabela 43 do Anexo 4 Usos e Demandas do PH). Os diferentes aproveitamentos agrupam-se em função do uso, da sua localização e do ponto de fornecimento, em unidades de demanda, o PHC define 100 unidades de demanda para abastecimento, 69 para rego e outras menos numerosas para agrupar a outros usos. Todas elas englobam a totalidade das demandas a efeitos da sua incorporação nos balances hídricos que realiza o plano para atribuir os recursos e estabelecer as reservas.

Esses usos da água pressionam no meio natural, quer por meio de focos de poluição pontual quer de poluição difusa. Supõem também uma pressão importante as extracções de água, quer as que se fazem desde a rede fluvial quer as que realizam desde os aquíferos, e especialmente, as alterações hidromorfológicas que implicam. Os impactos que derivam-se de essas pressões são, em geral, muito claros, são evidentes no diagnóstico do estado actual das massas de água que amostram-se adiante.

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 16 de 53 folha 8 de 53

1.4. Prioridades de uso e atribuição de recursos

O PHC atribui os recursos disponíveis dos usos actuais e previsíveis da água nos cenários estabelecidos para os anos 2015, 2021 e 2033. Para isso, identifica em primeiro lugar a parte de recurso que não pode ser utilizada por constituir os regimes de bacias ecológicas necessários para manter a vida piscícola e a vegetação de ribeira. Essas bacias ecológicas amostram-se no Plano igual que os valores de bacia continuo para cada um dos doze meses do ano e cada massa de água, quer para situação hidrológica normal quer para situação conjuntural de seca, que devem ser respeitados sempre que a disponibilidade natural o permita.

Também constituem uma restrição aos usos da água no lado espanhol da bacia os regimes de bacias que devem chegar a Portugal conforme ao estabelecido no Convénio hispano português de Albufeira e as atribuições previamente estabelecidas no Plano Hidrológico Nacional referidas a aquíferos partilhados com a vizinha bacia do Jucar.

Antes de calcular as novas atribuições de recursos, o PHC define os sistemas de exploração nos que fundamentalmente agrupam-se os elementos naturais e artificiais que permitem relacionar a oferta de recursos com a demanda. São os indicados e descritos na secção 4 da Memória, já tradicionalmente considerados como tais na bacia do Guadiana. Também corresponde ao PHC, previamente ao cálculo de balances e à configuração das distribuições, estabelecer as ordens de prioridade entre os diversos usos. Propõe-se manter para todos os sistemas de exploração a ordem de prioridade em vigor, adoptado com o Plano Hidrológico em vigor.

Finalmente, para calcular as novas atribuições configura-se um cenário de demandas no ano 2021. Para isso foram utilizadas ferramentas de simulação que permitem relacionar os diferentes componentes dos sistemas de exploração e alguns indicadores relevantes do cumprimento dos objectivos ambientais, foi realizado o balance entre os recursos disponíveis e as demandas, calculando os volumes e bacias que atribuem-se a cada unidade de demanda. Deve pôr-se em destaque o caso especial das atribuições do sistema sul com origem no bombeio de Bocachanza, as quais estão pendentes da coordenação com as autoridades competentes portuguesas sobre as possíveis bacias de bombeio. Em essa coordenação se pretenderá acordar a autorização da toma de Bocachanza e os possíveis volumes de escoamento em Alqueva para chegar aos volumes requeridos em Bocachanza. Por isso, considera-se esta futura coordenação com Portugal como uma medida mais. Deverá de haver outras demandas de abastecimento e regadio que, mesmo que dependam do bombeio de Bocachanza e de esta medida, não sofrerão deficit devido à preferência do abastecimento urbano e à preferência da bacia cedente (no caso da demanda agrícola de Chanza e diversos

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 17 de 53 folha 8 de 53

municípios da bacia do Guadiana), além da disponibilidade de recurso suficiente para elas no sistema Chanza-Andévalo.

O Plano Hidrológico do ciclo 2009-2015 de planificação indicava que no primeiro horizonte (2015), considerando medidas estruturais, o deficit seria de 615,35 hm3/ano sem aplicação das medidas de limitação das demandas e de 22,28 hm3/ano com aplicação de essas medidas. A revisão do Plano Hidrológico, prevê que para o horizonte 2021, aplicando as medidas estruturais do novo Plano Hidrológico e, sem aplicar medidas de limitação de demandas, dar-se-á um deficit de 593,07 hm3/ano, e só aplicando as medidas extraordinárias de limitação das demandas, o deficit diminuiria rapidamente até cero.

Por isso, deve pôr-se em destaque que em toda a bacia, e depois de aplicar as medidas estruturais mas sem aplicar medidas de limitação de demandas, existe um deficit no ano 2021 de 593,07 hm3/ano não solucionável internamente com recursos da bacia excepto a aplicação de limitações.

No processo de alegações da consulta pública do Plano Hidrológico em vigor, manifesta-se que perante essa situação de deficit, se fosse trasladado ao Plano Hidrológico Nacional a reconsideração por parte de este de que a sua posição seja solucionada só com medidas de limitação de demandas por meio de um Plano especial como já indicou no ano 2001 (Lei 10/2001 de 5 de Julho), e estima-se a possibilidade de contribuições externas a bacia.

Os resultados obtidos para cada um dos usos identificados no âmbito da Região Hidrográfica do Guadiana sintetizam-se no Anexo 7 Atribuições e reservas de recursos do PH.

1.5. Identificação e mapas das zonas protegidas

Na bacia do Guadiana existem diferentes tipos de zonas protegidas, com diferentes finalidades e ao abrigo da normativa de diversa natureza. No PHC contempla-se um resumem do “Registo das Zonas Protegidas” do lado espanhol na bacia do Guadiana suportado pelo sistema de informação do Geoportal da CH do Guadiana, que inclui a identificação e mapas dos tipos de zonas protegidas que indicam-se no seguinte quadro.

O PHC assume os objectivos particulares de protecção de essas zonas protegidas, objectivos estabelecidos conforme à finalidade com que se protege cada tipo de zona.

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 18 de 53 folha 8 de 53

Tabela 5. Zonas protegidas da DH do Guadiana

Tipo de zona

protegida Nº de zonas (Resumem)

Zonas de captação para abastecimento

Na região existem actualmente 112 captações superficiais para abastecimento. Além de 456 perímetros de protecção e 228 zonas de salvaguarda para o total de 636 captações subterrâneas.

Futuras captações para abastecimento

Para fazer frente à futura demanda de água para abastecimento na região, prevê-se a abertura de 12 novas captações de água, situadas fundamentalmente na parte de castela- la mancha da região .

Zonas de protecção ou de Melhora da Vida

Piscícola

foram declaradas 20 zonas ciprinícolas em rios com uma longitude de 471,7 km e 3 reservatórios ciprinícolas com uma superfície de 153,16 km2

Produção de

Moluscos Na região há 6 zonas de produção de moluscos e outros invertebrados marinhos. Uso recreativo

Na região existem 22 zonas de banho em águas continentais, situadas principalmente na parte de castela – la mancha. Igualmente há 6 praias declaradas como zona de banho, com um total de 14 pontos de obtenção de amostras.

Zonas Vulneráveis

Existem 10 zonas vulneráveis que afectam a 117 massas de água superficiais com uma longitude de 1608,18 km e 85 km2 afectados por nitratos e a 13 massas subterrâneas

Zonas Sensíveis Há 37 zonas sensíveis em águas continentais e nenhuma em águas marinhas. Protecção de

habitats ou espécies

Na região hidrográfica há 43 Zonas de Especial Protecção para as Aves (ZEPAs) que afecta no total de 167 massas de água superficial, 62 Lugares de Importância Comunitária (LICs) que afectam a 197 massas de água superficial.. A superfície conjunta de estas zonas de protecção é de 12.014,21 km2. Na actualidade se está a desenvolver o processo

de designação de Zonas de Especial Conservação em Castela - La Mancha, em Extremadura e em Andaluzia. Aguas minerais e

termais Na região hidrográfica existem 9 zonas de protecção de águas minerais e 6 de águas termais. Reservas

Naturais Fluviais

Existe uma PROPOSTA. Na revisão do PHC foi proposto 1 Reserva Natural Fluvial. Actualmente se está a trabalhar na ampliação da declaração de novas reservas naturais fluviais.

Zonas de protecção

especial

Não foram designadas zonas de protecção especial. Zonas Húmidas

(Ramsar e Inventario Nacional)

Foram declaradas 160 zonas húmidas na Região, das quais 9 são zonas húmidas Ramsar Reservas da

Biosfera Foram identificadas 2 Reservas da Biosfera na Região com uma superfície de 490.742 Ha dentro da Região

1.6. Programas de seguimento do estado das massas de água

Com o propósito de diagnosticar o estado em que encontram-se as massas de água em cada momento, conhecer a sua evolução temporal e, particularmente, determinar o efeito que é derivado do desenvolvimento dos programas de medidas que inclui o PHC, foram-se estabelecendo diversos programas de seguimento do estado, que vão-se ajustando e completando progressivamente conforme vão-se consolidando os diversos indicadores a utilizar, as suas cadencias de registo e as marcas de classe que permitem determinar o estado conforme a natureza, categoria e tipo de massa de água de que se trata.

Para a sua apresentação podem-se considerar três grandes grupos de programas, conforme estejam dirigidos a massas de água superficial, a massas de água subterrânea ou a zonas protegidas. Por sua vez, conforme a sua finalidade, também diferenciam-se três tipos de programas: vigilância, operativo e investigação.

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 19 de 53 folha 8 de 53

Os programas de vigilância tem por objectivo principal a obtenção de uma visão geral e completa do estado das massas de água. O seu desenvolvimento deve permitir conceber eficazmente programas de controle futuros e avaliar os câmbios a largo prazo no estado das massas de água, câmbios devidos a variações nas condições naturais ou ao resultado de uma actividade antropogénica estendida, também estimar a carga poluente que atravessa um Estado membro e a qual é transmitida ao meio marinho.

O programa de controle operativo tem por objecto determinar o estado das massas de água em risco de não cumprir os objectivos ambientais, também avaliar os câmbios que se produzam no estado de ditas massas como resultado dos programas de medidas. Se realizará sobre todas as massas de água identificadas em risco de não cumprir os objectivos ambientais, e sobre as que sejam depositadas substancias em quantidades significativas incluídas nos anexos IV, V e VI do projecto de RD.

O programa de controle de investigação aplicar-se-á, se foram desconhecidos os origens do incumprimento dos objectivos ambientais; se o controle de vigilância indicar a improbabilidade de que se alcancem os objectivos e não se tenha posto em marcha um controle operativo com o fim de determinar as causas pela quais não se pôde alcançar; e para determinar a magnitude e o impacto de uma poluição acidental.

No caso das massas de água subterrâneas estabelece-se também um programa de vigilância e outro operativo, dirigidos ao seguimento do seu estado químico. Adicionalmente, estabelece-se um programa de estabelece-seguimento do estado quantitativo.

As zonas protegidas, incluídas no Registo de Zonas Protegidas, contam com diversos subprogramas de seguimento que pretendem controlar o cumprimento dos seus requisitos adicionais de protecção específicos conforme o tipo de zona protegida de que se trate.

A definição de cada um dos subprogramas referidos às massas de água superficiais ou de os programas referidos ás massas de água subterrâneas implica a identificação das estações de controle e das métricas que no lugar se calculam para avaliar os indicadores dos correspondentes elementos de qualidade, conforme com o tipo, categoria e natureza da massa de água a investigar; cada elemento de qualidade conta, ou deve contar, com umas especificas marcas de classe que permitem identificar o estado final que se diagnostica. A Memória do PHC, no seu capítulo 6 (Programas de controle e estado das massas de água), contempla todo o detalhe de essa informação.

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Tabela 6. Valoração do estado das MASp da DHGn. Resumem de resultados

Categoria Natureza Estado final

Bom ou Melhor Pior que Bom Sem dado

Rios 251 Natural 192 61 131 0 Muita modificada 59 15 42 2 Lago 59 Artificial 14 4 1 9 Natural 44 17 27 0 Muita modificada 1 0 1 0 Transição 4 Natural 3 1 2 0 Muita modificada 1 0 1 0 Costeira 2 Natural 2 0 2 0 TOTAL 316 98 207 11

NOTA: Valoração do estado no 2011

Detalha-se na seguinte tabela a valoração de estado determinada para todas as massas de água subterrânea da DHGn.

Tabela 7. Tabela resumem dos resultados dos estados quantitativo e químico, e estado das MASb

Nome Estado quantitativo (*) Estado químico (**) ESTADO

SIERRA DE ALTOMIRA Mau Mau Mau

LA OBISPALÍA Bom Bom Bom

LILLO-QUINTANAR Mau Mau Mau CONSUEGRA -

VILLACAÑAS Mau Mau Mau

RUS-VALDELOBOS Mau Mau Mau MANCHA OCIDENTAL II Mau Mau Mau MANCHA OCIDENTAL I Mau Mau Mau

BULLAQUE Bom Bom Bom

CAMPO DE CALATRAVA Mau Bom Mau CAMPO DE MONTIEL Mau Mau Mau ALUVIAL DEL JABALÓN Mau Mau Mau ALUVIAL DEL AZUER Mau Mau Mau

LOS PEDROCHES Bom Mau Mau

CABECERA DEL GÉVORA Bom Bom Bom

VEGAS BAJAS Bom Mau Mau

VEGAS ALTAS Bom Mau Mau

TIERRA DE BARROS Mau Mau Mau ZAFRA-OLIVENZA Bom Mau Mau

AROCHE-JABUGO Bom Bom Bom

AYAMONTE Bom Mau Mau

TOTAL Mau 11 16 16

Bom 9 4 4

(*): Valoração do estado no 2012 (**): Valoração do estado no 2011

Fonte: Elaboração própria a partir do GIS corporativo da CHGn

1.7. Cumprimento dos objectivos ambientais

O PHC inclui uma determinação do estado das massas de água do PH em vigor. Essa valoração de estado foi efectuada com os dados dos programas de seguimento estabelecidos. Os resultados obtidos amostram-se no Anexo 9, valoração do Estado/Potencial das massas de água, da Memória do PH.

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A comparativa entre a situação das massas de água superficial do Plano em vigor e a revisão é a seguinte:

Tabela 8. Resumem comparativo das massas superficiais com estado bom ou melhor entre o Plano em Vigor e a actualização do PHC Tipo de massa de água nº de massas (PHC em vigor) Situação de referência(*) nº de massas (revisão PHC) Situação actualizada (**) Estado bom ou melhor % Estado bom ou melhor % Rio 249 68 27,31% 251 76 30,28% Lago 58 14 24,14% 59 21 35,59% Transição 4 3 75% 4 1 25% Costeiras 2 2 100% 2 0 0% TOTAL 313 87 27,79% 316 98 31,01%

* A valoração do estado realizou-se com a informação disponível dos anos 2004 a 2007. ** Devido a circunstancias de restrição orçamental, não existem dados anuais derivados da exploração para todas as estações da Rede de Controle pelo que, em cada estação, foi tomada a informação existente mais recente. Consequentemente, o resultado aqui apresentado é a valoração disponível mais actualizada do período 2008-2011. Em relação às águas de transição e costeiras, também dispôs-se da informação para o ano 2011 procedente da Junta de Andaluzia.

A comparativa entre a situação das massas de águas subterrâneas do Plano em vigor e a actualização é a seguinte:

Tabela 9. Resumem comparativo das massas subterrâneas com estado bom ou melhor entre o Plano em Vigor e a actualização do PHC Tipo de massa de água nº de massas (PHC em vigor) Situação de referência (*) nº de massas (revisão PHC) Situação actualizada (**) Estado bom ou melhor % Estado bom ou melhor % Subterrâneas 20 5 25% 20 4 20%

* A valoração do estado realizou-se com a informação disponível dos anos 2004 a 2007.

** Unicamente para a avaliação do estado quantitativo das massas de água subterrânea, dispôs-se de informação actualizada no ano 2012; para o estado químico foi utilizada a informação mais actualizada do período 2008-2011.

1.8. Objectivos ambientais para as massas de água

Os objectivos ambientais de carácter geral requeridos pela Directiva Enquadre da água aparecem previstos no artigo 92. bis do texto refundido da Lei de Águas, os prazos para alcançar os objectivos ficam indicados na disposição adicional décimo-primeiro do mesmo texto normativo. De maneira muito simplificada os objectivos podem-se resumir em que antes de finalizar o ano 2015 todas as massas de água deveram encontrar-se, pelo menos, em bom estado ou situações equivalentes. Em determinadas situações excepcionais, devidamente justificadas conforme ao previsto na Directiva Enquadre da Água e no nosso ordenamento

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jurídico, o objectivo do bom estado pode prorrogar-se até dois ciclos de planificação e incluso podem-se estabelecer objectivos menos rigorosos. Esse adiamento de objectivos não resulta aceitável nas zonas protegidas.

A consecução dos objectivos depende da natureza dos problemas que dificultam o consegui-lho, das características do meio sobre o que há que actuar para resolver-lhos e do grau de desenvolvimento que pode alcançar o programa de medidas orientado, basicamente, a eliminar ou reduzir as pressões.

Na bacia espanhola do Guadiana os problemas de poluição das águas mais significativos são os ocasionados pelos efluentes de águas residuais urbanas e pela poluição difusa de fonte agropecuárias. O primeiro caso pretende-se abordar por meio do fortalecimento do sistema depurador e o segundo por meio da aplicação de códigos de boas práticas nas zonas mais problemáticas; contudo, quando o problema afectou claramente às águas subterrâneas existem limitações físicas à viabilidade de corrigir esses problemas no tempo requerido, pelas próprias características do meio poroso e a entidade dos aquíferos da bacia.

Por outra parte , outros problemas muito significativos vem ligados à grave deterioração hidromorfológica dos nossos sistemas fluviais. Essa deterioração implica a manifesta perda de habitat e a ocupação dos nossos rios por espécies oportunistas ou invasoras, com uma grave perda de diversidade. Não entanto, a impossibilidade de que por agora tenham-se podido utilizar indicadores de estado ecológico que, como a fauna ictiológica, sejam sensíveis a estas pressões, faz que este problema fique parcialmente disfarçado já que os indicadores estritamente hidromorfológicos tem um escasso peso na hora de classificar o estado.

Com tudo isso, foram simulados os objectivos que poderiam alcançar-se em horizontes futuros sob distintas hipóteses de redução de pressões. Os resultados obtidos na solução que foi considerada a mais realista oferecem-se no Anexo 12 de Objectivos Ambientais da Memória do PH.

A seguir amostra-se os resultados obtidos para cada um dos horizontes:

Tabela 10. Resumem de % de Objectivos Ambientais cumpridos e prazos de consecução

2011 2015 2021 2027 > 2027 Nº massas Massas de água Superficiais 76 88 141 87 0 316 Massas de água Subterrâneas 4 7 1 9 3 20 24% 28,3% 70,5% 99,1% 100% 336

De esta maneira, de acordo com as estimações realizadas, no ano 2021 alcançar-se-á o bom estado no 70,5% das massas de água na bacia do Guadiana. Não entanto, na determinação do prazo para a consecução dos objectivos, deve ter-se em destaque, que foi suposto a aplicação imediata (no ano 1) de todas as actuações atribuídas a cada horizonte temporal do Programa

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de Medidas, o que significa que as estimações do cumprimento dos objectivos ambientais pode carecer do prazo necessário para que as medidas estejam realmente terminadas. Também há que ressaltar que, para que as medidas sejam totalmente eficazes, é preciso um tempo de resposta dependente de cada tipologia de massas de água que ainda não se teve em conta.

O detalhe dos resultados pode-se consultar nas tabelas 42 e 43 do Anexo 12 de Objectivos Ambientais da Memória do PH.

1.9. Recuperação dos custes dos serviços da água

Um dos requisitos do PHC é a valoração do nível de recuperação dos custes dos serviços da água. O principio de recuperação de custes é um meio que deve ser utilizado para conseguir um uso eficiente do recurso e uma adequada participação dos usos ao custe dos serviços, com o objectivo básico de proteger o ambiente, e em última instância, de favorecer o bem estar social. Essa visão está na linha da Directiva Enquadre da Água que determina que, para o ano 2010, os Estados membros deveram assegurar que os preços da água incorporam incentivos para conseguir um uso eficiente da água e uma contribuição adequada dos diferentes usos ao custe dos serviços que requerem e condicionam.

O custe total dos serviços da água na bacia espanhola do Guadiana no ano 2010 foi valorado em 474 milhões de euros (actualizado a euros do ano base 2012), que incluem 30 milhões de euros de custes ambientais.

Os ingressos pelos serviços foram estimados em 277 milhões de euros anuais, que procedem dos usuários finais em forma de impostos e do custe dos auto serviços que os próprios usuários prestam e que, logicamente, suportam.

Com tudo isso, obtêm-se um nível de recuperação na ordem de 74% dos custes totais, valor que ascende até o 80% se não se considera os custes ambientais.

1.10. Planos e Programas relacionados

Existem numerosas planificações sectoriais planejadas por diversas Administrações públicas com competência concorrentes sobre o território do lado espanhol da bacia. Quer no próprio Plano Hidrológico quer no Estudo Ambiental Estratégico que lhe acompanha analisa-se a relação entre os diferentes planos e programas, com a finalidade de estabelecer sinergias nas acções que se programam para favorecer o cumprimento dos objectivos do PHC. Entre os planos ou programas mais relevantes pela sua relação com o PHC deve-se destacar o Plano Nacional de Adaptação ao Câmbio Climático, o II Plano Nacional de Qualidade das Águas: Saneamento e Depuração, a Estratégia Nacional de Restauração de Rios, o Plano de Choque tolerância zero de Efluentes, o Plano Estratégico Espanhol para a Conservação e Uso Racional das Zonas Húmidas, o Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural, a Estratégia

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Nacional para a Modernização Sustentável dos Regadios (horizonte 2015), a Planificação dos Sectores da Electricidade e o Gás (2008-2016) e o Programa Alverca e de Registo de Águas. Por outra parte , também foram analisados outros planos específicos relacionados com o PHC e o PGRI que são os que enumeram-se a seguir:

DH Guadiana

Estratégia de Mitigação e Adaptação frente ao Câmbio Climático 2010-2012-2020 Plano Especial de Seca da Bacia do Guadiana

Convénio de Albufeira, sobre cooperação para protecção e aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas hispano-portuguesas

CA Castela – La Mancha

Estratégia de Mitigação e Adaptação frente ao Câmbio Climático 2010-2012-2020 Programa de Desenvolvimento Rural de Castela-La Mancha - 2007-2013

Planos de Protecção Civil perante o Risco de Inundações (PRICAM, 2007) Plano de conservação de zonas húmidas de Castela-La Mancha (2002)

CA Extremadura

Estratégia de Câmbio Climático para Extremadura 2009-2012

Programa de Desenvolvimento Rural de Extremadura FEADER - 2007-2013 Planos de Protecção Civil perante o Risco de Inundações (INUNCAEX, 2007)

CA Andaluzia

Estratégia Autonómica perante o Câmbio Climático (2002) Programa de Desenvolvimento Rural de Andaluzia - 2007-2013 Planos de Protecção Civil perante o Risco de Inundações (2004) Plano andaluz de zonas húmidas (2002)

Plano de Ordenação do território do Litoral Ocidental de Huelva (2006)

Entre estes últimos, foram destacados pela sua relevância o Plano de Conservação de zonas húmidas de Castela-La Mancha 2002, e o Plano de Ordenação do território do Litoral Ocidental de Huelva.

Durante o processo de estabelecimento dos objectivos ambientais em cada uma das massas de água foi prestada especial atenção aos Planos de Ordenação de Recursos Naturais e Planos Reitores de Uso e Gestão dos Espaços Naturais Protegidos e zonas húmidas situadas dentro do âmbito de estudo, também às iniciativas da Agenda 21.

Trata-se de procurar sinergias entre as diferentes actuações que se realizam nos diferentes âmbitos e de comprovar que os objectivos da planificação hidrológica e os de outras planificações não resultam incompatíveis.

A coordenação dos diferentes Planos e Programas enumerados realiza-se por meio dos Comité de Autoridades Competentes, no que estão representados junto ao organismo de bacia, os

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diferentes Ministérios da Administração Geral do Estado, os Governos Autonómicos com território na Região, e também como representantes de Juntas de Freguesias e Entidades Locais.

1.11. Descrição dos Planos dependentes: Secas e inundações

Tratam-se aqui as planificações dependentes referidas à gestão de situações conjunturais de seca e de risco de inundação. No primeiro caso, dispõe-se de um Plano Especial para as bacias espanhola do Guadiana aprovada em Março de 2007; no segundo caso, o Plano de Avaliação e Gestão do Risco de inundação deverá ser adoptado antes de finalizar o ano 2015.

O Plano Especial de Actuação em Situações de Alerta e Eventual Seca do lado espanhol da região hidrográfica do Guadiana tem por objectivo minimizar os impactos ambientais, económicos e sociais, gerados em situações de eventual seca. Esse Plano estabelece um sistema de indicadores que permitem diagnosticar a ocorrência da seca nas subzonas em que foi dividida a bacia e determinar a sua penetração e gravidade. Em função do resultado amostrado pelos indicadores adoptam-se diversos tipos de medidas estratégicas, tácticas ou de emergência. A proposta do PHC inclui uma revisão do Plano Especial original, abordando a actualização e melhora do sistema de indicadores e a actualização dos diferentes tipos de medidas, particularmente considerando a nova definição de caudais ecológicos e as atribuições e regras de operação que adopta o próprio PHC. Igualmente, em essa secção definem-se as situações em que pode resultar admissível a deterioração temporal do estado de uma massa de água afectada pela seca.

O plano de Avaliação e Gestão do Risco de Inundação responde aos requisitos estabelecidos no RD 903/2010, de 9 de Julho, pelo que se transpõe ao ordenamento jurídico espanhol a directiva 2007/60/CE, que propõe uma actuação em três fases: 1ª) de avaliação preliminar do Risco potencial de inundação, que deverá completar-se antes do fim do ano 2011, 2ª) de realização de mapas de perigosidade e de risco de inundação, a completar antes do fim do 2013, e por último 3ª) de elaboração dos planos de gestão do risco de inundação, que deve-se completar antes do fim do ano 2015.

A determinação das ARPSI foi o objectivo fundamental da Avaliação Preliminar do Risco de Inundação (EPRI). As áreas seleccionadas identificaram-se sobre a rede de drenagem e são objecto do desenvolvimento dos Mapas de perigosidade e de risco e dos Planos de Gestão de risco por inundação previstos no Real Decreto 903/2010.

Dentro de todo o lado espanhol da DHGn, identificaram-se no total 45 ARPSI, 40 fluviais com uma longitude de 860 km, e 5 ARPSIs costeiras ou de transição. No seguinte enlace pode-se consultar a relação completa das ARPSI da Região.

http://www.chguadiana.es/?url=la+cuenca+hidrogr%E1fica+evaluaci%F3n+y+gesti%F3n+del+ri esgo+de+inundaci%F3n++plan+de+gesti%F3n+del+riesgo+de+inundaci%F3n&corp=chguadiana &lang=es&mode=view

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 26 de 53 folha 8 de 53

Completada a primeira fase com a identificação das áreas de risco (ARPSI), a CHGn trabalha na definição de linhas de inundação nas zonas previamente identificadas para atender os requerimentos da segunda fase (realização do PGRI). Os resultados vão-se integrar progressivamente no Sistema Nacional de Cartografia de Zonas Inundáveis, depois da sua primeira consolidação no Sistema de Informação da bacia do Guadiana até a aprovação do PGRI da Região.

1.12. Programas de Medidas

Como já se viu anteriormente, no ano 2015 cumprem-se os objectivos ambientais no 28% das massas de água do lado espanhol da região do Guadiana; espera-se que no ano 2021 a percentagem de massas de água que alcancem os objectivos ambientais fixados no PHC seja do 70%. Para passar de um a outro cenário é necessário adoptar os instrumentos gerais e materializar as actuações especificas que prevêem os diferentes programas de medidas que se resumem no PHC e que devem acometer as diversas autoridades competentes.

As disposições normativas que adoptam-se para dirigir a gestão das águas para consecução dos objectivos da planificação são instrumentos gerais. Concretamente, aquelas acções sobre utilização e protecção do Domínio Público Hidráulico que adoptam-se com o próprio PHC e que destacam-se no documento de normativa que acompanha ao actual rascunho do real decreto de aprovação, tudo isso conforme ao previsto no artigo 81 do Regulamento da Planificação Hidrológica. Entre esses instrumentos também incluem-se os que se dirigem a consecução dos objectivos da correcta atenção das necessidades de água, concretizados no capítulo diferenciado dentro da Normativa, que regula: os regimes de caudais ecológicos que ficam estabelecidos no Plano, os critérios sobre prioridade e compatibilidade de usos e atribuição e reserva de recurso; quer dizer, um capitulo normativo que ordena as distribuições da água disponível.

Por outra parte , os programas de medidas incluem actuações especificas, imprescindíveis para alcançar os objectivos da planificação. Essas actuações foram associadas em medidas e foram organizadas em sete grupos de medidas: 1) Minimização da poluição localizada, 2) Minimização da poluição difusa, 3) Controle e redução de extracções, 4) Restauração ambiental, 5) Fenómenos meteorológicos, 6) Atenção às demandas. O PHC 2016-2017 contem e descreve umas 595 actuações, das quais 299 deveriam materializar-se na temporada 2016-2021.

O custe económico da versão preliminar de este programa de medidas resumido na Proposta de Projecto do PHC, totaliza 695 milhões de euros na temporada 2016-2021. Quantia que soma até superar ligeiramente os 1.308 milhões de euros na temporada 2016-2027. Uma parte muito importante de esse orçamento, uns 680 milhões de euros, requerem-se para adequar o actual sistema de depuração às exigências da Directiva 91/271, sobre o tratamento de águas residuais urbanas.

Evidentemente, o programa de medidas que agora é considerado foi afectado pela actual crise económica. A progressiva redução dos investimentos possíveis até 2027 implicou novos

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cálculos de atribuições de recursos e de objectivos ambientais, todo isso estimando por meio de novas simulações para os novos cenários que correspondem aos horizontes futuros.

Quando a CHGn remeta a proposta de PHC ao Ministério de Agricultura, Alimentação e Ambiente, deverá fazer-lho com a conformidade do Comité de Autoridades Competentes. Dita conformidade supõe que as Administrações públicas implicadas comprometem-se com o desenvolvimento do programa de medidas.

1.13. Participação Pública

Junto com o destacado interesse pela consecução dos objectivos ambientais concretos, transparência e os fortes mecanismos de consulta e participação pública, são as principais novidades de essa nova etapa de planificação hidrológica tutelada pela União Europeia.

No âmbito da participação pública foram diferenciados três níveis de actuação: 1) fornecimento de informação, 2) consulta pública e 3) participação activa. A CHGn formulou, entre os documentos iniciais do PHC que ficaram formalizados em Março de 2008, um Projecto de Participação Pública onde detalha-se a organização e procedimento a seguir para fazer efectiva a participação pública no processo de planificação; dito documento encontra-se disponível no site do organismo da bacia.

As acções de fornecimento de informação relacionadas com o processo de planificação e, em especial, no que respeita aos próprios conteúdos do PHC e a informação de suporte utilizada, foi canalizada preferentemente por meio do site da CHGn (www.chguadiana.es) e do site do sistema de informação do Geoportal Guadiana (http://www.chguadiana.es/Geoportal/). Além, dos principais objectivos do processo terem sido destacados nos meios de comunicação com maior implantação na bacia, foram realizados diversos folhetos explicativos e celebrado diferentes actos públicos com o propósito de cativar o interesse no maior número de pessoas que possam resultar afectadas.

As acções de consulta conduzem a um nível de participação mais elevado que o facto de fornecimento de informação, posto que espera-se uma resposta por parte do interessado em forma de alegações ou sugestões que permitam melhorar o documento de analise. As consultas realizaram-se para os documentos iniciais, para o esquema de Temas Importantes e, no Documento de Alcance do EAE, finalmente, realizar-se-á, para o rascunho da proposta de PHC e o seu Estudo Ambiental Estratégico integrado com o PGRI. Cada episodio de consultas foi prolongado durante um período não inferior a seis meses.

Em último lugar, a participação activa, que não é um mecanismo de participação obrigado mais sim recomendado, supõe o maior grau participativo. Em esse caso procura-se a implicação directa dos agentes interessados na preparação, ajuste e consolidação dos documentos; em especial, a procura de explicação e realizar um encaixe adequado às observações planejadas por meio dos documentos de alegações.

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PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 28 de 53 folha 8 de 53

Todas as participações recebidas aos documentos iniciais, ao esquema de Temas Importantes e ao Documentos de Alcance do EAE, foram valoradas e respondidas para cada uma das fases de consulta. Esses documentos estão disponíveis no site da CHGn:

http://www.chguadiana.es/?url=participaci%F3n+participaci%F3n+activa&corp=planhidrologic o2015&lang=es&mode=view

Quando acabe a fase de consulta pública do documento rascunho do PHC e do EAE que lhe acompanha procederá também fazer o correspondente analise das contribuições recebidas cujos resultados integraram-se no PHC e estarão a disposição do público.

Como complemento a tudo o exposto, referido à livre intervenção das partes interessadas e do público em geral, requer-se a intervenção de determinados órgãos colegiados, onde estão representados os diferentes níveis da Administração, os usuários e diversos agentes económicos e sociais. Essa intervenção deve-se materializar na emissão de informes sobre o processo e na expressão de conformidade prévia com o projecto do PHC antes de iniciar o seu trâmite final de aprovação.

1.14. Seguimento e revisão do Plano Hidrológico

A normativa prevê a realização de um seguimento do Plano Hidrológico dando conta anualmente ao Conselho da Água da Região do Guadiana dos resultados dos mesmos. O mencionado seguimento deve atender, particularmente, à evolução do estado das massas de água, ao avance do programa de medidas, à evolução dos recursos e das demandas e ao grau de cumprimento dos regimes de caudais ecológicos.

Quando os dados de seguimento evidenciem um desvio significativo respeito aos cenários com os que se calculou o Plano Hidrológico, o Conselho da Água pode acordar a revisão do mesmo que, em qualquer dos caso, deverá ser realizado no 2015 (corresponde à revisão do Plano objecto de este informe) e, periodicamente, cada 6 anos.

Para acabar as sucessivas revisões com objecto de uma melhora progressiva do PHC, a Conferencia Hidrográfica do Guadiana faz um seguimento do Plano que permite diagnosticar o Plano e identificar aqueles aspectos onde resultará mais eficaz focalizar as acções de melhora.

1.15. Relação de autoridades competentes designadas

São autoridades competentes todas as Administrações públicas com competência sobre a bacia espanhola do Guadiana, nos três níveis que estabelece a Constituição Espanhola: Geral do Estado, das Comunidades Autónomas e Local. Por isso, a sua identificação exaustiva pode incluir a mais de dois mil pessoas.

Para estabelecer um enquadre favorável de cooperação entre todas elas criou-se o Comité de Autoridades Competentes do lado espanhol da região hidrográfica do Guadiana (RD 126/2007,

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de 2 de Fevereiro) que constitui-se no 29 de Outubro de 2008 com a nomeação dos seus membros e a celebração posterior da sua primeira reunião. O Comité está presidido pelo Presidente da Confederação Hidrográfica do Guadiana, em representação da Administração Geral do Estado, Um vocal do Ministério de Agricultura, Alimentação e Ambiente, e um vocal representando aos restantes departamentos ministeriais. Em representação das comunidades autónomas, um vocal para cada uma das comunidades citadas a continuação: Andaluzia, Castela-La Mancha e Extremadura. Em representação das Entidades Locais, um vocal.

1.16. Pontos de contacto e procedimentos para obter a informação

Para qualquer questão relacionada com a obtenção de informação ou a contribuição de comentários ou sugestões sobre a revisão do Plano Hidrológico do lado espanhol da região hidrográfica do Guadiana, o ponto de contacto está situado na Oficina de Planificação Hidrológica da Confederação Hidrográfica do Guadiana, tendo a possibilidade de fazer uso do

email (oficinaplanificacion@chguadiana.es) e dos sites do organismo da bacia

(www.chguadiana.es) e do sistema de informação da bacia espanhola do Guadiana (Geoportal) (http://www.chguadiana.es/Geoportal/) e por meio do site habilitado para o processo:

http://www.chguadiana.es/?corp=planhidrologico2015

.

Com a intenção de facilitar esse fornecimento de informação foram utilizados diferentes ferramentas, abrangendo de esta maneira todas as possíveis tipologias dos agentes interessados:

 Correio electrónico de contacto para recolher qualquer duvida ou sugestão proveniente dos agentes interessados: oficinaplanificacion@chguadiana.es

 Edição e distribuição de folhetos dos documentos mais importantes

 Realização de jornadas explicativas

 Edição em papel de um número variável de cópias dos documentos que em cada

etapa ponham-se em consulta pública e envio dos mesmos aos Órgãos de governo, participação e planificação, e cooperação da Confederação Hidrográfica e também cópia de essas nas diferentes sede da Confederação.

(30)

PH e PGRI da Região Hidrográfica do Guadiana Folha. 30 de 53 folha 8 de 53

2. AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

2.1. Antecedentes

Em esta secção desenvolvem-se os antecedentes da Avaliação Ambiental Estratégica realizada, quer no primeiro ciclo de planificação hidrológica quer no segundo, de maneira que permita valorar os resultados obtidos no ciclo anterior e que podem servir para retroalimentar o seguinte ciclo de planificação.

2.1.1. Primeiro ciclo planificação 2009-2015

O Plano Hidrológico 2009-2015, que agora revisa-se, submeteu-se no seu momento ao procedimento de EAE. Como documento final de esse processo elaborou-se a Memória Ambiental do Plano, que foi adoptada por resolução da Secretária do Estado do Ambiente na data 29 de Novembro de 2012 e que pode consultar-se no seguinte site:

http://planhidrologico2009.chguadiana.es/?url=62

A Memória Ambiental estabeleceu uma serie de determinações que devem ser agora consideradas em este ciclo de revisão do Plano. Ditas determinações juntam-se no Anexo N1 do EsAE, Grau de cumprimento das determinações ambientais do primeiro ciclo de planificação, onde além é analisado o seu grau de cumprimento e como foram incorporadas na revisão do PH.

2.1.2. Segundo ciclo de planificação

Com a aprovação da Lei 21/2013, de 9 de Dezembro, de avaliação ambiental, ficou derrogada a Lei 9/2006, de 28 de Abril, sobre avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente, de aplicação durante o primeiro ciclo de planificação.

Tendo em conta, também, que o plano hidrológico do segundo ciclo e o plano de gestão do risco de inundação do primeiro ciclo, referem-se ao mesmo período de tempo (entre os anos 2015 e 2021), tem o mesmo âmbito geográfico de aplicação (a região hidrográfica do lado espanhol do Guadiana) e grande número de objectivos e medidas coincidentes, decidiram-se a sua avaliação ambiental conjunta.

De essa maneira, o procedimento regulado de avaliação ambiental para o ciclo de planificação 2015-2021 iniciou-se por parte do órgão substantivo, ou seja, da administração pública competente para a sua adopção ou aprovação, a instâncias do promotor do plano. Para isso, a Confederação Hidrográfica do Guadiana, como órgão promotor, enviou na data 11 de Junho de 2014 um Documento inicial estratégico do Plano Hidrológico e do Plano de Gestão do Risco de Inundação da Região, à administração que actua como órgão ambiental, em esse caso a

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