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ANÁLISE DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS ESCOLARES SOB O PONTO DE VISTA DE ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL

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ANÁLISE DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

ESCOLARES SOB O PONTO DE VISTA DE ALUNOS DE ENSINO

FUNDAMENTAL

Mariana Araújo de Matos Novaski (1), Rosária Ono (2)

(1) Graduanda– Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo, Brasil – e-mail: mariana.novaski@gmail.com

(2) Professora Doutora, Departamento Tecnologia da Arquitetura – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo, Brasil – e-mail:

rosaria@usp.br

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados de uma Avaliação Pós-Ocupação (APO) realizada em duas escolas públicas localizadas no município de São Paulo com ênfase no item de desempenho “segurança contra incêndio” dando prosseguimento às atividades da Linha de Pesquisa “Arquitetura e segurança contra incêndio em escolas” da FAUUSP em parceria com pesquisadores do Aichi Institute Tecnology do Japão. A pesquisa envolve, dentre outros instrumentos, a aplicação de questionários aos alunos do ensino fundamental com o objetivo de avaliar o nível de conscientização e conhecimento sobre segurança contra incêndio e sobre os aspectos de segurança relacionados ao edifício. Conclui-se que, apesar da falta de políticas de segurança contra incêndio em escolas (formação e treinamento de brigadas de incêndio, aulas de prevenção contra incêndios, por exemplo), os alunos possuem certa percepção sobre a questão e os riscos envolvidos, que poderia ser aprimorada significativamente contribuindo para a promoção da cidadania e melhoria na qualidade de vida.

Palavras-chave: incêndio, escolas, arquitetura escolar, segurança contra incêndio, avaliação pós-ocupação.

ABSTRACT

This article aims at presenting the results of Post-Occupancy Evaluation (POE) held in two public schools in São Paulo with emphasis on fire safety issues in continuation of the activities of studies on "Architecture and fire safety in schools" of FAUUSP research team in partnership with researchers at the Aichi Institute of Technology, Japan. This research involves, mainly, the application of questionnaires in elementary school students in order to assess the level of awareness and knowledge about fire safety and about the safety aspects related to the building. It is concluded that, despite the lack of policies for fire safety in schools (education and training of fire brigades, fire prevention classes, etc..), students have some awareness about the issue and the risks involved which could be significantly enhanced contributing to the promotion of citizenship and improved quality of life.

(2)

1

INTRODUÇÃO

A segurança contra incêndio é um dos itens de desempenho abordados na Avaliação Pós-Ocupação e que em edifícios escolares, em particular, deve-se dar enfoque especial, devido a vulnerabilidade da grande maioria de seus ocupantes.

Os parâmetros técnicos de projeto adotados pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação da Secretaria de Educação (FDE/SEE) do Estado de São Paulo, no que se referem à segurança contra incêndio, estão amparados na regulamentação estadual de proteção contra incêndio (SÃO PAULO, 2005). Porém, verifica-se a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre esses parâmetros vigentes, uma vez que alguns estudos, como de Valentin (2008) têm revelado que podem não ser suficientes para garantir condições adequadas de segurança dos usuários do edifício escolar.

Adicionalmente, a recente tendência de verticalização e o conseqüente adensamento populacional dos edifícios escolares da FDE/SEE trazem, do ponto de vista da segurança contra incêndio, maior risco à população devido ao tempo maior necessário para o percurso para o abandono do edifício visando a um local seguro, preferencialmente fora da edificação.

2

OBJETIVO

O objetivo deste artigo é discutir a problemática dos incêndios em edifícios escolares por meio da análise das condições de segurança contra incêndio deste tipo de edifício (medidas de proteção passiva e ativa contra incêndio) no seu uso. Além disso, objetiva-se compreender e avaliar o grau de conscientização dos alunos a respeito da segurança contra o incêndio e o seu comportamento em situação de emergência por meio da aplicação de questionários.

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METODOS E TÉCNICAS

A análise das condições de segurança contra incêndio das escolas foi pautada na Regulamentação Estadual de Segurança contra Incêndio (SÃO PAULO, 2005). Para tanto, foram utilizados como método investigativo o levantamento do “as built”, as visitas guiadas e as entrevistas com pessoas-chave.

A aplicação de questionários aos alunos das séries pares do ensino fundamental I e II foi o principal instrumento utilizado para avaliar o grau de conscientização dos estudantes a respeito da segurança contra incêndio. O questionário era composto de duas partes, a saber: “Grau de Conscientização dos Alunos” e “Rotas de Saída”. Na primeira parte, o objetivo foi obter a opinião do aluno em relação às condições da sua escola e visava a avaliar também seu conhecimento sobre procedimentos básicos a serem adotados em uma situação de emergência. Na segunda parte do questionário o foco foi avaliar o nível de percepção dos alunos em relação ao espaço escolar e buscou-se descobrir se os alunos saberiam escolher o caminho adequado para fugir de um incêndio. Essa questão envolve a capacidade de leitura e análise do desenho da planta da escola. Este artigo aborda somente os resultados relativos à primeira parte do questionário.

Para aplicação do questionário, buscou-se obter um nível de confiança de 90% e uma margem de erro de 5% na amostragem, mas devido ao alto número de alunos faltantes nas datas de aplicação não foi possível atingir

(3)

tal amostragem. No entanto, a amostra obtida em ambas as escolas correspondeu a mais de 75% da população. Assim, considerando-se que além dos questionários, contou-se também com outros instrumentos de aferição da APO como entrevistas e walkthrough, foi possível prosseguir com a análise dos resultados da pesquisa.

4

ANÁLISE DE RESULTADOS

4.1 – Análise das condições de segurança contra incêndio dos edifícios

Os edifícios escolares da rede estadual de São Paulo são padronizados de acordo com as especificações da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Os ambientes da escola são setorizados de acordo com a função que possuem. São quatro os conjuntos funcionais: direção/administração, pedagógico, vivência e serviços.

Figura 1 – Conjuntos funcionais do edifício escolar (Fonte: www.fde.sp.gov.br.).

As duas edificações escolares analisadas se enquadram na classificação “Escolas em Geral E-I”,

segundo a regulamentação adotada (SÃO PAULO, 2005). A Escola “A” é classificada como baixa

(3,30m) e a Escola “B”, de média altura (9,90m), medidos do nível do piso do pavimento de saída

até o piso do pavimento mais elevado. A Tabela 1 a seguir apresenta as medidas de segurança

contra incêndio exigidas para estes casos:

(4)

Tabela 1 – Medidas exigidas para segurança contra incêndio para escolas.

Medidas de segurança contra incêndio

Classificação quanto à altura (m) H<6 6<H<12 Acesso de viatura na edificação x² x² Segurança estrutural contra incêndio x x Controle de materiais de acabamento x x Saídas de emergência x x Brigada de incêndio x x Iluminação de emergência x x Alarme de incêndio x x Sinalização de emergência x x Extintores x x Hidrantes e Mangotinhos x x ² - Recomendado

Conforme já observado por NAGAMINE (2006) e confirmado nesta pesquisa, construtivamente o edifício escolar é, em geral, adequado sob o ponto de vista da segurança contra incêndio, atendendo a todas as exigências da regulamentação. Porém as visitas às duas escolas mostraram que os riscos são maiores do que os previstos no projeto porque algumas das exigências deixam de ser atendidas ao longo da ocupação e do uso do edifício.

Foto 1: Portão instalado posteriormente, mantido

permanentemente trancado (Escola A).

Foto 2: Abrigo de mangueira depredado e sem mangueiras

(5)

Foto 3: Portões gradeados instalados posteriormente, obstruindo

a saída de emergência (Escola B)

Foto 4: Abrigo de mangueira de sistema de

hidrante completamente depredado (Escola B)

Tanto a Escola “A” quanto a Escola “B” e provavelmente a maioria das escolas públicas sofre com problemas como intrusão, furto e vandalismo. A tentativa de atenuação destes problemas, muitas vezes, compromete a segurança contra o incêndio. Em ambas as escolas, a contenção do incêndio através do uso dos equipamentos de combate, assim como a evacuação segura do edifício, ficaria prejudicada, pois os hidrantes e as mangueiras estavam danificados, os extintores foram retirados dos seus locais, os alarmes de incêndio estavam inoperantes e as saídas de emergência estavam obstruídas ou permaneciam trancadas.

4.2 - Análise das Respostas ao Questionário

A análise apresentada neste artigo se refere ao questionário aplicado nos alunos de 4ª, 6ª e 8ª séries das Escolas “A” e “B”. A primeira parte do questionário, cujo objetivo principal era obter a opinião do aluno sobre as condições de segurança da escola, era formada de questões do tipo múltipla escolha divididas em três grandes blocos, a saber: “Percepção do espaço e confiança no edifício escolar”, “Avaliação do conhecimento dos alunos sobre o assunto” e “Reação dos alunos frente a uma situação de emergência”. Os resultados são apresentados a seguir:

4.2.1 Percepção do espaço e confiança no edifício escolar.

Em relação à percepção do risco ao incêndio do edifício escolar é possível verificar, pelas respostas dos alunos das duas escolas na Figura 2 que, intuitivamente, os alunos associam este risco a áreas onde há instalação de gás e equipamentos eletrônicos. Assim, a maior parte dos alunos escolheu a opção “Cozinha/Refeitório”. A segunda alternativa mais escolhida pelos alunos da escola “A” foi “Sala de computadores”. O reduzido número de respostas “Sala de computadores” pelos alunos da escola “B” pode ser explicado pelo seu desconhecimento deste espaço na escola, que permanecia desativado.

(6)

Figura 2 – Respostas à questão: “Se houvesse um incêndio em sua escola, onde seria?

possíveis”.

A grande maioria dos alunos de ambas as escolas respondeu que de vista da segurança contra incêndio.

3.

Figura 3 – Respostas à questão: “Por que o

0% 10% 20% 30% 40% 50%

4ªMASC 4ªFEM 6ªMASC

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 0% 10% 20% 30% 40% 50%

4ªMASC 4ªFEM 6ªMASC

Respostas à questão: “Se houvesse um incêndio em sua escola, onde seria?”

A grande maioria dos alunos de ambas as escolas respondeu que seu edifício escolar era seguro

de vista da segurança contra incêndio. As razões para tal resposta na Escola “A”são apresentadas na Figura

Respostas à questão: “Por que o prédio de sua escola é seguro contra incêndios?”-6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC 8ªFEM

Escola A

Sua sala de aula Sala dos professores Coz/Refeitório Sala de computadores Sala de uso múltiplo Centro de leitura Outro

Escola B

Sua sala de aula Sala dos professores Coz/Refeitório Sala de computadores

Sala de uso múltiplo/centro de leitura Outro

6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC 8ªFEM

Porque o prédio é simples e fácil de entender

Porque o prédio dificulta o crescimento do incêndio

Porque o prédio não é muito alto

Porque existem vários corredores para sair

Porque o prédio tem hidrantes e extintores para combater o incêndio

”. Marque todos os locais

seu edifício escolar era seguro sob o ponto As razões para tal resposta na Escola “A”são apresentadas na Figura

- Escola “A” Sua sala de aula Sala dos professores Coz/Refeitório Sala de computadores Sala de uso múltiplo Centro de leitura Outro

Sua sala de aula Sala dos professores Coz/Refeitório Sala de computadores

Sala de uso múltiplo/centro de leitura Outro

Porque o prédio é simples e fácil de

Porque o prédio dificulta o crescimento do incêndio

Porque o prédio não é muito alto

Porque existem vários corredores

Porque o prédio tem hidrantes e extintores para combater o incêndio

(7)

Pode-se afirmar que as justificativas variam bastante em função do gênero e do

o que surpreende é a constatação de que os alunos acreditam na efetividade de hidrantes e extintores para combate ao fogo, quando, como já foi verificado, estes equipamentos não estavam disponíveis ou em condições de uso no edifício.

4.2.2 Avaliação do conhecimento sobre o assunto

Na resposta à pergunta “Num incêndio, qual seria a maneira fato de 100% dos meninos das 4ª séries da E

contaminação de informação entre os alunos da mesma turma e, muito menos, entre as diferentes turmas. todas as séries, o nível de acerto foi bastante

foi elevado (acima de 70%).

Figura 4 – Resposta à questão: “Num incêndio, qual seria a maneira de se proteger? Escolha

Quanto às respostas à pergunta “Por que é preciso tomar cuidado com a fumaça na hora de escapar de um incêndio?” (Figura 5), em todas as séries de ambas as escolas, as mais escolhidas foram “porque morremos se respirarmos a fumaça” e “porque com muita fumaça é difícil ver o caminho para escapar”. Ambas as repostas estão corretas.

Figura 5 – Resposta à questão: “Por que é preciso tomar cuidado com a fumaça na hora de escapar de um incêndio?

Escolha uma ou mais respostas corretas

4.2.3 Reação frente a uma situação de emergência

No caso das respostas à questão: ” faria?” variam em função da série, gênero

0%0% 6%6% 9%3%

100%

87% 88%

4ªMASC 4ªFEM 6ªMASC

0% 10% 20% 30% 40% 50%

4ªMASC 4ªFEM 6ªMASC

se afirmar que as justificativas variam bastante em função do gênero e do grau escolar dos alunos, mas o que surpreende é a constatação de que os alunos acreditam na efetividade de hidrantes e extintores para combate ao fogo, quando, como já foi verificado, estes equipamentos não estavam disponíveis ou em

4.2.2 Avaliação do conhecimento sobre o assunto

Num incêndio, qual seria a maneira correta de se proteger?”, c meninos das 4ª séries da Escola “A” marcarem a opção correta

entre os alunos da mesma turma e, muito menos, entre as diferentes turmas. foi bastante alto (acima de 80%). Na Escola “B”, o nível de acerto também

Num incêndio, qual seria a maneira de se proteger? Escolha

Por que é preciso tomar cuidado com a fumaça na hora de escapar de um m todas as séries de ambas as escolas, as mais escolhidas foram “porque morremos se respirarmos a fumaça” e “porque com muita fumaça é difícil ver o caminho para escapar”. Ambas as

Por que é preciso tomar cuidado com a fumaça na hora de escapar de um incêndio? ” – Escola “B”.

4.2.3 Reação frente a uma situação de emergência

”Se um incêndio ocorresse na hora do intervalo (recreio), o que você gênero e da escola, como pode ser visto na Figura 6.

13% 12%

4%

3% 6% 12%

84% 82% 85%

6ªFEM 8ªMASC 8ªFEM

Cobrindo o rosto por causa do calor

Protegendo a cabeça para não queimar os cabelos

Cobrindo o nariz e a boca para não respirar fumaça

6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC 8ªFEM

Porque o rosto fica preto com a fumaça

Porque morremos se respirarmos a fumaça

Porque se há muita fumaça, o fogo pode crescer

Porque com muita fumaça é difícil apagar o fogo

Porque com muita fumaça é difícil ver o caminho para escapar

grau escolar dos alunos, mas o que surpreende é a constatação de que os alunos acreditam na efetividade de hidrantes e extintores para o combate ao fogo, quando, como já foi verificado, estes equipamentos não estavam disponíveis ou em

de se proteger?”, chamou a atenção o marcarem a opção correta, sendo que não houve entre os alunos da mesma turma e, muito menos, entre as diferentes turmas. Em , o nível de acerto também

Num incêndio, qual seria a maneira de se proteger? Escolha uma resposta”- Escola A.

Por que é preciso tomar cuidado com a fumaça na hora de escapar de um m todas as séries de ambas as escolas, as mais escolhidas foram “porque morremos se respirarmos a fumaça” e “porque com muita fumaça é difícil ver o caminho para escapar”. Ambas as

Por que é preciso tomar cuidado com a fumaça na hora de escapar de um incêndio?

intervalo (recreio), o que você como pode ser visto na Figura 6.

Cobrindo o rosto por causa do calor

Protegendo a cabeça para não queimar os cabelos

Cobrindo o nariz e a boca para não respirar fumaça

Porque o rosto fica preto com a

Porque morremos se respirarmos a

Porque se há muita fumaça, o fogo

Porque com muita fumaça é difícil

Porque com muita fumaça é difícil ver o caminho para escapar

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As duas alternativas mais freqüentes e divergentes

amigos”. Os alunos mais velhos do sexo masculino mostraram um comportamento mais individualista. maioria das alunas demonstra ser mais solidária

Figura 6 – Resposta à questão: ”Se um incêndio ocorresse

apenas uma resposta”.

A resposta correta à questão: “Ao fugir com sua turma, qual seria a maneira certa pelo corredor em duas filas”. Essa m

edifício, porém, exige, dentre outras coisas, concretizar. Em ambas as escolas, a alternativa

justamente por não existir a prática do abandono ordenado das classes em situação de emergência.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 4ªMASC 4ªFEM 0% 10% 20% 30% 40% 4ªMASC 4ªFEM Fugiria sozinho

Seguiria os outros para fugir

Voltaria para a classe para encontrar todos para fugirmos juntos Esperaria uma orientação dos professores

Avisaria os professores e amigos Iria apagar o fogo

Outro

freqüentes e divergentes foram “fugiria sozinho” e “avisaria os professores e alunos mais velhos do sexo masculino mostraram um comportamento mais individualista.

demonstra ser mais solidária. Os alunos mais novos parecem depender de atos co

Se um incêndio ocorresse na hora do intervalo (recreio), o que você faria? Escolha

Ao fugir com sua turma, qual seria a maneira certa?”

pelo corredor em duas filas”. Essa maneira é a mais indicada porque evita acidentes durante o abandono do , dentre outras coisas, treinamento e orientação por parte dos

Em ambas as escolas, a alternativa mais frequente foi “sairia correndo pelo corredor”, a prática do abandono ordenado das classes em situação de emergência.

6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC

Escola A

6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC

Escola B

Fugiria sozinho

Seguiria os outros para fugir

Voltaria para a classe para encontrar todos para fugirmos juntos Esperaria uma orientação dos professores

Avisaria os professores e amigos Iria apagar o fogo

foram “fugiria sozinho” e “avisaria os professores e alunos mais velhos do sexo masculino mostraram um comportamento mais individualista. A Os alunos mais novos parecem depender de atos coletivos.

na hora do intervalo (recreio), o que você faria? Escolha

?” é “andaria calmamente evita acidentes durante o abandono do por parte dos professores para se foi “sairia correndo pelo corredor”, a prática do abandono ordenado das classes em situação de emergência.

8ªFEM

(9)

Figura 7 – Resposta à questão: “Ao fugir com sua turma, qual seria a maneira certa? Escolha

5

CONCLUSÕES

A vulnerabilidade de grande parte da

e pode ser confirmada em trabalhos anteriores realizados por

Ono; Tatebe (2004). A falta de poder de decisão aumenta em faixas et

compreensão do espaço arquitetônico também é proporcionalmente menor. Além disso, no caso das escolas públicas estudadas pelos autores acima citados, verificou

básicos de emergência tanto por parte dos estudantes como dos professores, assim como a ausência da prática de exercícios de abandono nos edifícios escolares.

O uso de questionário na investigação do grau de conhecimento dos alunos sobre incêndio foi considerado importante e

formação / informação das crianças sobre o assunto básicos sobre a questão, mas estes poderiam ser aprimora

edifícios como parte do conteúdo curricular das escolas. Os alunos contra incêndios porque entendem

Verifica-se que, intuitivamente ou

0% 20% 40% 60% 80%

4ªMASC 4ªFEM 6ªMASC

Escola A 0% 20% 40% 60% 80%

4ªMASC 4ªFEM 6ªMASC

Escola B

Ultrapassaria os mais lentos Sairia correndo pelo corredor

Andaria calmamente pelo corredor em duas filas

Ao fugir com sua turma, qual seria a maneira certa? Escolha

grande parte da população de edifícios escolares às situações de emergência é evidente e pode ser confirmada em trabalhos anteriores realizados por Nagamine (2006), Nagamine; Ono (2006) e Ono; Tatebe (2004). A falta de poder de decisão aumenta em faixas etárias mais baixas

compreensão do espaço arquitetônico também é proporcionalmente menor. Além disso, no caso das escolas públicas estudadas pelos autores acima citados, verificou-se a falta de conhecimento sobre procedimentos mergência tanto por parte dos estudantes como dos professores, assim como a ausência da prática de exercícios de abandono nos edifícios escolares.

uso de questionário na investigação do grau de conhecimento dos alunos sobre

i considerado importante e efetivo na compreensão dos problemas e das lacunas existentes na formação / informação das crianças sobre o assunto. Pode-se concluir que a maioria possui conhecimentos estes poderiam ser aprimorados com a inserção de exercícios de abandono dos como parte do conteúdo curricular das escolas. Os alunos acreditam que o edifício escolar é seguro entendem que a probabilidade de ocorrência de um incêndio não é muito alta se que, intuitivamente ou no bom senso, boa parte dos alunos apresentou

6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC 8ªFEM

Escola A

6ªMASC 6ªFEM 8ªMASC 8ªFEM

Escola B

Ultrapassaria os mais lentos Sairia correndo pelo corredor

Andaria calmamente pelo corredor em duas filas

Ao fugir com sua turma, qual seria a maneira certa? Escolha apenas uma resposta”.

às situações de emergência é evidente Nagamine; Ono (2006) e árias mais baixas e a capacidade de compreensão do espaço arquitetônico também é proporcionalmente menor. Além disso, no caso das escolas se a falta de conhecimento sobre procedimentos mergência tanto por parte dos estudantes como dos professores, assim como a ausência da

uso de questionário na investigação do grau de conhecimento dos alunos sobre a segurança contra na compreensão dos problemas e das lacunas existentes na se concluir que a maioria possui conhecimentos a inserção de exercícios de abandono dos acreditam que o edifício escolar é seguro que a probabilidade de ocorrência de um incêndio não é muito alta. ou respostas acertadas às

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questões levantadas, no entanto, também se verificou a necessidade de reforçar alguns conceitos para que ações adequadas sejam tomadas tanto no âmbito da prevenção contra incêndio, como no caso de situações de emergência.

Uma das questões preocupantes, detectada na análise dos edifícios e que não se refletiu adequadamente nas respostas dos alunos, está no baixo nível de prioridade dado à segurança contra incêndio no edifício escolar ao longo de seu uso. Este problema está fortemente vinculado às preocupações maiores da administração com a segurança patrimonial (evitar intrusões que levam a furtos, atos de vandalismo, violência contra alunos, etc.). Em função desta realidade, verifica-se a depredação e a falta de manutenção dos equipamentos de proteção contra incêndio (extintores, hidrantes, alarmes, iluminação de emergência, etc.) que podem dificultar o eventual combate ao fogo, assim como a instalação de grades e portões que passam a ser obstáculos para o seguro e rápido abandono do edifício em situação de emergência.

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AGRADECIMENTOS

As autoras agradecem ao apoio do CNPq e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para a realização da pesquisa. Este trabalho também contou com a importante parceria e apoio da Profª Drª Sheila Walbe Ornstein (FAUUSP), da arquiteta Dra. Nanci Moreira Saraiva (FDE), da mestranda Ana Judite G. Limongi França e da aluna de graduação Thaís Molon Grotti, que realizou, paralelamente, a pesquisa de Iniciação Científica intitulada “Aferição de Instrumentos para Avaliação Pós-Ocupação: o caso das escolas de Ensino Fundamental e a satisfação dos alunos de menor faixa etária” sob orientação de Profª Drª Sheila Walbe Ornstein.

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REFERÊNCIAS

NAGAMINE, A.T. Arquitetura e Segurança Contra Incêndio em Escolas do Ensino Fundamental. Relatório Científico Final (Pesquisa de Iniciação Científica), FAUUSP, 2006, São Paulo.

NAGAMINE, A.T.; ONO, R. Arquitetura e Segurança Contra Incêndio em Escolas do Ensino Fundamental da cidade de São Paulo – Um estudo de caso. In: Seminário Internacional NUTAU, São Paulo, 2006.

Anais... São Paulo: NUTAU, 2006, p.11-20.

ONO, R.; TATEBE, K. A study on school children’s attitude towards firesafety and evacuation

behaviour in Brazil and the comparaison with data from Japanese children. In: 3rd

international symposium on Human Behaviour in Fire, 2004, Belfast, UK.

SÃO PAULO (Estado). Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco: Decreto Estadual No. 46.076/01. São Paulo: Corpo de Bombeiros, 2005.

VALENTIN, M. V. Saídas de emergência em edifícios escolares. Dissertação (mestrado), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

Referências

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