• Nenhum resultado encontrado

DIREITO E REGULAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E DA ENERGIA. Modalidade da apresentação: Comunicação oral

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DIREITO E REGULAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E DA ENERGIA. Modalidade da apresentação: Comunicação oral"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

DIREITO E REGULAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E DA ENERGIA

Modalidade da apresentação: Comunicação oral

LICENCIAMENTO PRÉVIO PARA PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO NO RN: ANÁLISE CRÍTICA DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL

Resumo: O Relatório de Controle Ambiental é um dos instrumentos do licenciamento prévio para a perfuração de poço de petróleo no Rio Grande do Norte. Foi realizada análise documental parcial de cinco desses estudos ambientais aprovados, em 2015, para a perfuração de poços nos campos de Baixa do Algodão, Estreito, Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Fazenda Pocinho. A análise dos documentos foi restrita ao Programa de Monitoramento Ambiental a partir do critério de comparação do conteúdo proposto pelo empreendedor com as exigências expressas no Termo de Referência do órgão estadual. Houve ainda a verificação do atendimento do conteúdo por meio de um guia composto por uma lista de verificação de conteúdos previstos no dispositivo legal. A análise revela que o monitoramento ainda é deficiente por não atender as exigências legais do termo de referência. Os programas mencionam a expectativa de implantação do monitoramento em conformidade com o estabelecido pelo órgão ambiental. Há omissão de informações de elementos cruciais do programa, tais como: indicação e justificativa da rede de amostragem; métodos de coleta e análise de amostras; periodicidade de amostragem para cada parâmetro ambiental e os métodos empregados no processamento das informações levantadas. Apesar de destacar cooperação entre empreendedor e instituições de ensino e pesquisa para executar tais ações desde 2005, os resultados obtidos não foram informados nesses estudos ambientais. Assim, a não conformidade do programa de monitoramento com o dispositivo legal norteador possibilita o desenvolvimento da atividade petrolífera no Estado em descompasso com os princípios do desenvolvimento sustentável.

Palavras-chave: Análise crítica. Monitoramento. Perfuração. Petróleo. .

(2)

1 INTRODUÇÃO

A Lei N° 6.938 de 1981 é o marco jurídico na tutela do meio ambiente pelo Estado Brasileiro e dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). O dispositivo reflete as intensas discussões internacionais sobre a temática ambiental e marca a mudança de paradigma no Brasil. O país abandona a postura de um “crescimento a qualquer custo”, sustentado na Conferência de Estocolmo, para promover políticas públicas para harmonizar o desenvolvimento econômico e a preservação dos recursos ambientais consagrado na Conferência Rio-92 (BARBIERI, 2005).

Como reflexo dessa nova postura o funcionamento de atividades poluidoras ou mitigadoras do meio ambiente passou a ser vinculado à apresentação da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) para a liberação de licenças ambientais para seus empreendimentos (Decreto 88.351/1983; CONAMA 1/1996). Além disso, um capítulo da Constituição Federal de 1988 foi dedicado à tutela do bem ambiental (Capítulo VI) estabelecendo o meio ambiente sadio como direito fundamental essencial tanto para as gerações presentes como para as vindouras (Art. 225).

Nesse contexto, o processo de AIA passou a ser vinculado ao licenciamento ambiental cuja competência primária é estadual. No caso do Rio Grande do Norte, o licenciamento prévio para a perfuração de poços de petróleo é competência primária do Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA). Nesse órgão a licença prévia (LPper) é concedida na fase preliminar do projeto de empreendimento (Lei Complementar Nº 272/2004, Art. 46, Inc. I). O Art. 47, Inc.I do citado dispositivo dispõe ainda sobre a exigência da apresentação do Relatório de Controle Ambiental (RCA).

Sánchez (2008) discute o problema da qualidade dos estudos ambientais e aponta várias deficiências no conteúdo dos mesmos. De forma semelhante, análises técnica em RCA’S aprovados pelo IDEMA apresentam problemas no atendimento das exigências legais do órgão ambiental.

(3)

Diante do exposto, indaga-se sobre de que maneira as deficiências de conteúdo de estudos ambientais aprovado no licenciamento prévio para a perfuração de poços de petróleo no RN podem inviabilizar o alcance do desenvolvimento sustentável?

Estudos pioneiros revelaram deficiências de conteúdo nesses estudos (COTOVICZ JR; SILVA, 2009; COSTA et al., 2009a). No caso específico do Programa de Monitoramento Ambiental tanto a análise técnica do estudo como a implementação pelo empreendedor revelaram significativas diferenças em relação ao Termo de Referência (TR) do IDEMA e as ações adotadas na locação do poço (MARTINS; SILVEIRA, 2009). Tais deficiências comprometem acompanhamento dos impactos ambientais relacionados ao empreendimento e consequentemente dificulta o atendimento dos princípios do desenvolvimento sustentável.

Esse trabalho consiste na análise crítica do PMA em RCA’s aprovados pelo IDEMA, no ano de 2015, para a liberação de LPper para a perfuração de poços de petróleo em cinco campos petrolíferos da Bacia Potiguar. O objetivo geral é discutir a adequação do conteúdo proposto no PMA com os itens exigidos no TR do IDEMA para discutir se a proposta de monitoramento da atividade atende as expectativas de desenvolvimento com sustentabilidade.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa é uma análise documental parcial de cinco RCA’s aprovados pelo IDEMA no licenciamento prévio de poços de petróleo perfurados nos campos de Alto do Rodrigues, Baixa do Algodão, Canto do Amaro, Estreito e Fazenda Pocinho localizados na Bacia Potiguar no RN (Figura 1). O documento não foi analisado na sua totalidade haja vista foco da pesquisa estar restrito ao Programa de Monitoramento Ambiental apresentado no item 8 dos estudos.

(4)

Análise foi restrita ao PMA por (1) constituir, juntamente com as medidas mitigadoras, a parte principal e essencial na avaliação critica de RCA (ALMEIDA et al., 2014) e (2) essa variável ter sido objeto de estudo in loco por parte da primeira autora desse trabalho (MARTINS; SILVEIRA, 2009). Os estudos ambientais foram cedidos pelo IDEMA.

FIGURA 1 – Campos petrolíferos com RCA’s aprovados pelo IDEMA

Fonte: PETROBRAS (2017), com modificações.

A metodologia da avaliação consistiu da verificação da contemplação ou não de diversos itens exigidos no monitoramento de acordo com o guia proposto por Costa et al. (2009b) para RCA’s aprovados no licenciamento prévio da perfuração de poços de petróleo. O guia contempla os itens exigidos no item 8 do TR do IDEMA que trata do PMA e é uma adaptação da lista de verificação de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado em Sánchez (2008).

3 PERFURAÇÃO DE POÇOS E O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A perfuração de um poço é a maneira de se obter dados diretos sobre a presença de petróleo na rocha reservatório, comumente encontrada em

(5)

sub-superfície, realizada através de uma sonda que perfura as rochas pela ação da rotação e peso aplicados a uma broca existente na extremidade de uma coluna de perfuração (CORRÊA, 2003; FARIA JR, 2005; THOMAS, 2001).

As rochas atravessadas são fragmentadas gerando cascalhos que são trazidos à superfície pela ação de fluidos ou lama de perfuração que, dentre outras finalidades, são responsáveis pelo equilíbrio das pressões no interior do poço, evitando riscos de desmoronamentos.

As atividades da indústria petrolífera estão no rol das modificadoras do meio ambiente que, para funcionar, dependem da elaboração de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) por serem causadoras de impacto ambiental (CONAMA 1/1986, Arts. 1º e 2º).

Esses estudos condicionam a liberação das licenças ambientais mediante processo de licenciamento que envolve diferentes órgãos da administração pública (Figura 2). O órgão superior que trata das questões ambientais no Brasil é o Conselho de Governo ao qual está subordinado o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que trata da matéria de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e que tem como órgão executor o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), completando as ações relacionadas à esfera federal

O órgão superior que trata das questões ambientais no Brasil é o Conselho de Governo ao qual está subordinado o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que trata da matéria de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e que tem como órgão executor o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Órgãos setoriais, estaduais e municipais completam a estrutura do poder público responsável pelo licenciamento.

(6)

FIGURA 2 - Órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental no Brasil.

Fonte: Lopes, 2008

As diretrizes do licenciamento ambiental da atividade denominada Exploração, Perfuração e Produção de Petróleo e Gás Natural (EXPROPER) são definidas na resolução nº 23/94 do CONAMA, que determina diversos tipos de licenças, correspondentes a diferentes fases da atividade petrolífera, liberadas mediante estudos ambientais de acordo com a finalidade do empreendimento acrescidos de documentação específica.

3.1 Licenciamento ambiental para a perfuração de poços de petróleo no RN No Rio Grande do Norte, o processo de licenciamento ambiental acontece por meio de ações executadas pelo empreendedor e o órgão ambiental, sendo o mesmo descrito em Pegado et al. (2007) e Pegado et al. (2008). A autora apresenta os procedimentos do licenciamento no Estado, aqui resumidos em sete ações (Figura 3) como forma de simplificar o entendimento geral de como se obter uma licença ambiental. Vale ressaltar que audiência pública (ação 4* da figura 3) não é exigida no licenciamento para concessão da LPper, que é tratada nesse trabalho.

(7)

FIGURA 3 – Ações desenvolvidas no processo de licenciamento ambiental no RN. A audiência pública (ação 4*) é dispensada no processo de concessão da LPper.

Fonte: Pegado et al. (2007)

4 ANÁLISE CRITICA DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL Os cinco programas analisados apresentam textos idênticos cujo conteúdo perfaz três laudas. Inicialmente, o texto versa sobre o objetivo principal do programa (coleta sistemática e periódica de dados representativos e previamente selecionados) e as fases contempladas pelo programa (implantação, operação e desativação).

Informa que o estabelecimento de valores de referência para os solos e água subterrânea, primeiro estágio do programa, está sendo executado pelo Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio de um projeto de pesquisa, financiado pela própria empresa petrolífera, iniciado em 2005.

Menciona que a conclusão dos valores de referência culminará com a implantação do programa de monitoramento da porção emersa da Bacia Potiguar com as seguintes ações:

(8)

a. Seleção dos componentes ambientais (água, solo) a serem monitorados.

b. Seleção dos parâmetros a serem monitorados. c. Proposição de rede de amostragem a ser utilizada.

d. Proposição de peridiocidade de amostragem a ser adotada. e. Proposição de procedimentos de amostragem.

f. Proposição de procedimentos analíticos a serem utilizados. g. Proposição de metodologias a serem utilizadas para

processamentos dos dados obtidos.

h. Elaboração de Relatórios de Monitoramento Ambiental, caracterizando a qualidade ambiental das áreas de atuação da empresa, na porção emersa da Bacia Potiguar.

Quanto à recuperação ecológica das áreas degradadas na Caatinga o texto em análise menciona o termo de cooperação técnica com outras instituições para identificar espécies nativas da Caatinga com capacidade de se desenvolver em solos pobres em matéria orgânica. Tais solos sofrem impacto da atividade devido à remoção do horizonte superficial para a extração mineral de piçarra e areia.

Os resultados do projeto apresentado acima foram trabalhados para a confecção de um documento intitulado “Manual para Recuperação de Áreas Degradadas por Extração de Piçarra na Caatinga”. Finalmente destaca a relevância de estudos adicionais para o aperfeiçoamento das tecnologias, seleção de novas espécies, etc, para servir de balizador das ações de promoção da recuperação ecológica das áreas dos empreendimentos da empresa na etapa de desativação.

4.1 Estabelecimento dos valores de referência

Apesar de representar a etapa inicial do PMA com início da coleta de dados há dez anos (2005) nenhum valor de referência é apresentado no estudo. Nesse caso, o responsável pela análise do documento não dispõe de parâmetro para analisar o nível de desempenho ambiental das atividades realizadas e as respectivas medidas mitigadoras cabíveis.

O PMA destaca as peculiaridades geológicas, pedológicas e climáticas reinantes na porção emersa da Bacia Potiguar e que as listas de referências

(9)

disponíveis (ex: Lista Holandesa e Lista da CETESB/SP) representam contextos diferentes da realidade em que foram perfurados os poços em questão.

Nota-se que o empreendedor informa que as ações de monitoramento estão condicionadas ao estabelecimento desses valores de referência, ou seja, a inexistência desses valores possibilita a não execução de um monitoramento em conformidade com o estabelecido no arcabouço jurídico.

A coleta de dados e as medições periódicas são ações inerentes ao programa de monitoramento. Looijen (2004) refere-se ao monitoramento ambiental como a “coleta sistemática de dados ambientais através de repetidas medições, sendo um mecanismo para garantir que as medidas mitigadoras tenham sido implementadas com eficácia”.

Sánchez (2008) destaca a compatibilidade do monitoramento com os impactos previstos e apresenta 4 itens que devem constar no seu conteúdo mínimo: 1) os parâmetros a serem monitorados; 2) a localização das estações de coleta; 3) a periodicidade das amostragens e 4) as técnicas de coleta, preservação e análise das amostras.

os programas detalhados de acompanhamento da evolução dos impactos ambientais positivos e negativos causados pelo empreendimento, considerando-se as fases de implantação, operação e desativação (se for o caso), bem como situações de acidentes”. (IDEMA, 2009, p.4).

4.2 Ações de monitoramento

É explícito no texto que a execução das ações previstas no PMA estão condicionadas à definição dos valores de referência. Assim, as ações de monitoramento, apresentadas na página anterior, são previsões condicionadas a valores de referência não disponibilizados no documento ambiental apesar de sua execução ter iniciado em 2005.

(10)

Tais ações são condizentes com o estabelecido no TR do IDEMA que estabelece a apresentação dos seguintes itens:

Indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para avaliação dos impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados; Indicação e justificativa da rede de amostragem incluindo seu dimensionamento e distribuição espacial;

Indicação e justificativa dos métodos de coleta e análise de amostras; Indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cada parâmetro, segundo os diversos fatores ambientais;

Indicação e justificativa dos métodos empregados no processamento das informações levantadas, visando a retratar o quadro da evolução dos impactos ambientais causados pelo empreendimento. (RIO GRANDE DO NORTE, 2009).

Ressalte-se que implementação do PMA não condizente com o dispositivo jurídico foi apresentado por Martins e Silveira (2009) que apresentaram a implementação prática do PMA e confrontaram as ações com o conteúdo previsto no TR do IDEMA. As autoras destacam que tanto a proposta Programa no RCA como a sua execução prática se referem à implantação de medidas mitigadoras como forma de acompanhamento dos prováveis impactos. Nesse caso, esses tipos de ações não constituem conteúdo de programa de monitoramento. Além disso, o próprio TR apresenta um item próprio para o registro das medidas mitigadoras.

4.3 Desenvolvimento de tecnologia para recuperação ecológica

A celebração de cooperação técnica com instituições como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e a Fundação Guimarães Duque (FGD) concretizam o comprometimento do empreendedor com a recuperação ecológica de áreas degradadas.

O documento esclarece que os resultados trabalhados foram utilizados na confecção de um manual cuja finalidade é disseminar para a sociedade

(11)

conhecimento cientificamente embasado. Reconhece a extrema necessidade desse conhecimento e a sua pequena disponibilidade.

Apesar da relevância dos resultados obtidos nesses projetos o empreendedor não os fornece ao órgão ambiental. Dessa forma, o estudo apresenta deficiência de conteúdo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É parte do objetivo da Política Nacional do Meio Ambiente “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida” (LEI 6.938/1981). Nesse contexto os instrumentos de implantação dessa política, como é o caso dos estudos ambientais, devem contemplar uma visão que atenda as necessidades atuais sem comprometer as das gerações futuras.

É vital que o conteúdo dos estudos ambientais atendam as diretrizes dos dispositivos legais do arcabouço jurídico ambiental. No entanto, análises técnicas de estudos aprovados em licenciamentos de diferentes atividades ainda mostram deficiências que podem comprometer o acompanhamento das mudanças ao meio ambiente provocadas por atividades de exploração de recursos naturais.

No caso do licenciamento prévio para a perfuração de poços de petróleo no RN, a análise crítica do PMA aprovado no licenciamento prévio para a perfuração de poços de petróleo confirma esse quadro. O conteúdo apresentado não atende ao estabelecido no TR do IDEMA.

No caso dos estudos analisados principais impactos ambientais são contemplados no plano, considerando-se as fases de implantação, operação e desativação. Em contrapartida o documento omite os seguintes conteúdos: (1) frequência de amostragem; (2) indicação e justificativa da rede de amostragem; (3) indicação dos métodos de analise dos dados; (4) periodicidade da amostragem para cada parâmetro segundo os diversos fatores ambientais; (5) indicação e justificativa dos métodos empregados nos processamentos das informações levantadas;

(12)

Nesse contexto, percebe-se que o se comparar os roteiros que estruturam o PMA no TR do IDEMA com o proposto em Loojigen (2004) e Sánchez (2006), percebe-se a coerência em relação aos conteúdos que devem constar no programa. Já quando a comparação é feita com o PMA apresentado no RCA há um significativo deslocamento de conteúdos, evidenciando que há diferenças no que é estabelecido no dispositivo legal e o que é realizado na prática.

Nos documentos analisados nesse trabalho é evidente que o empreendedor não estabelece as ações de monitoramento em conformidade com o estabelecido nos dispositivos jurídicos norteadores.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.R.R.; ALVARENGA, M.I.N.; CESPEDES, J.G. Avaliação da qualidade de estudos ambientais em processos de licenciamento. In: Geociências. São

Paulo:UNESP, v. 33, n. 1, p: 106-118. 2014.

BARBIERI, J.C. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. 7ª ed. Ver. Atual. Petrópolis:Vozes, 2005.

COSTA, M.H.N. et al. Análise técnica de estudos ambientais da atividade petrolífera onshore no Rio Grande do Norte. In: CONNEPI, IV. Anais eletrônicos... SEMTEC:IFPA, 2009a. CD-ROM.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Belém, PA: CEJUP, 1988. 143p.

BRASIL. Lei nº 6.938. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/ L6938.htm>.

BRASIL. Decreto nº 88.351/1983. Disponível em:< http://www2.camara.leg.br/legin /fed/decret/1980-1987/decreto-88351-1-junho-1983-438446-publicacao Original -1-pe.html>

CONAMA, Resolução nº 1/1986. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/ conama/res/res86/res0186.html>

(13)

CONAMA. Resolução nº 23/1994. Estabelece critérios para licenciamento ambiental da atividade EXPROPER. Disponível em <

https://www.google.com.br/#q=RESOLU%C3%87%C3%83O+CONAMA+23&*> CONAMA Resolução nº 237/1997. Disponível em: http://www.google.com.br/#hl =ptBR&q=Conama+237%2F97&meta=&fp=57687b67342fd1b9

CORRÊA, O. L. S. Petróleo: noções sobre exploração, perfuração, produção e microbiologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.

COSTA, M.H.N. et al. Relatório de Controle Ambiental para perfuração de poços petrolíferos exploratório: proposta de guia para análise técnica. In: CONNEPI, IV. Anais eletrônicos... SEMTEC:IFPA, 2009b. CD-ROM.

COTOVICZ JR.; SILVA, V.P. Licenciamento ambiental onshore no Rio Grande do Norte: uma análise do descarte da água produzida em relatórios de controles

ambientais. In: PEGADO, E.A.C.; SILVA, V. P. Licenciamento Ambiental Onshore: limites e otimização. Natal: Editora IFRN, 2009, p: 89-114.

FARIA JR. A. S. Perfuração e completação de poço offshore visando aumento de produção. 2005. 58p. Monografia (Graduação em Engenharia do Petróleo)– Universidade Estadual Fluminense, Macaé, 2005.

IDEMA. Termo de referência: elaboração de RCA referente ao licenciamento prévio para a perfuração de poços petrolíferos. Disponível em<http://www.idema.rn.gov.br>. LOOIJEN, J.M. Enviromental Impact Assessment: lecture notes. In: WORKSHOP ENVIROMENTAL IMPACT ASSESSMENT USING GIS AND MCE. RESEARCH CENTER OF ECO. 2004, EUA. Anais… USA: ITC, 2004. 65p.

LOPES, M.M.D. O Gerenciamento Ambiental como Instrumento Preventivo de Defesa do Meio Ambiente. 2008. 191f. Dissertação (Mestrado em Direito)-Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2008.

MARTINS, R.A.; SILVEIRA, I. M. Implementação do Programa de Monitoramento Ambiental na fase de perfuração: o caso de Governador Dix Sept Rosado-RN. In: PEGADO, E.A.C.; SILVA, V. P. Licenciamento Ambiental Onshore: limites e otimização. Natal: Editora IFRN, 2009, p: 115-130.

PEGADO, E.A.C; ARAÚJO, M.C.C & SALVADOR, D.S.C.O. Manual de Licenciamento Ambiental para a Atividade Petrolífera onshore. 2007. 49p.

(14)

PEGADO, E. C; SILVA, R. G.; SILVA, V. P. Licenciamento ambiental como instrumento de gestão socioambiental: breves aportes. In: ENCONTRO NACIONAL DE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE, 10., 2008, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 2008. 1 CD-ROM.

PETROBRAS. Bacia Potiguar. Disponível em:< https://pt.slideshare.net/Cacau Melchiades/bacia-potiguar-8207322 >.

RIO GRANDE DO NORTE. Lei complementar nº 272. Disponível em: http://www.gabinetecivil.rn.gov.br/acess/pdf/leicom272.pdf.

SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impactos ambientais: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

THOMAS, José Eduardo. Fundamentos de engenharia de petróleo. Rio de janeiro: Interciência: PETROBRAS, 2001.

Referências

Documentos relacionados

Considera que é importante que os professores tenham experiência prática para poderem passar essa vivência aos alunos; os alunos também devem ter contacto com a prática durante

ed è una delle cause della permanente ostilità contro il potere da parte dell’opinione pubblica. 2) Oggi non basta più il semplice decentramento amministrativo.

Face à lacuna de dados empíricos sobre estas problemáticas, nomeadamente no contexto português, este estudo pretende ser um modesto contributo para compreender os

The objectives of this article are as follows: (1) to describe the assessment protocol used to outline people with probable dementia in Primary Health Care; (2) to show the

Through the high resolution imaging of colonized surfaces, it is possible to conclude that SEM is a valuable tool to study in detail the effect of antimicrobial agents on the

A motivação para a elaboração de representações sociais não é, pois, uma procura por um acordo entre nossas ideias e a realidade de uma ordem introduzida no

Dentre eles, vale mencionar i o artigo 7º, parágrafo 2º, que dispõe que o administrador judicial fará publicar edital contendo a relação de credores, indicando o local, o horário e

A partir dos objetivos propostos neste estudo, constatou-se a prevalência do diagnóstico de enfermagem constipação e de sete de seus indicadores