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FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS UNESP RELAÇÕES INTERNACIONAIS. Henrique Roder Silva

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FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS – UNESP RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Henrique Roder Silva

AS INTERPRETAÇÕES SOBRE CLAUSEWITZ NA ALEMANHA E NA UNIÃO SOVIÉTICA NO CONTEXTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: UM

EXAME DA LITERATURA

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2015 HENRIQUE RODER SILVA

AS INTERPRETAÇÕES SOBRE CLAUSEWITZ NA ALEMANHA E NA UNIÃO SOVIÉTICA NO CONTEXTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: UM EXAME DA LITERATURA

Projeto de Pesquisa submetido à FAPESP sob a orientação do Prof. Dr. Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos

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MARÍLIA 2015 Sumário 1. RESUMO ...,... 03 2. ABSTRACT ... 03 3. INTRODUÇÃO ... 04 4. JUSTIFICATIVA ... 10 5. OBJETIVOS ... 11 6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 13

7. MATERIAL E ANÁLISE DE RESULTADOS ... 14

8. ATIVIDADES E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ... 16

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1- RESUMO

O objetivo deste projeto é propor um estudo sobre a reverberação no contexto da Segunda Guerra Mundial na Alemanha e na União Soviética no tocante ao pensamento de Carl von Clausewitz, influente general e clássico sobre o fenômeno da guerra. Toma-se como ponto de partida a vulgarização do legado teórico clausewitziano da Primeira Guerra Mundial que ignora a análise historicista do fenômeno militar, bem como seu nexo indissolúvel com a política, pontos recorrentes nas apropriações alemã e soviética referentes ao autor. Em resumo, as hipóteses a serem testadas apontam para a deturpação de vários aspectos do pensamento clausewitziano, quando aplicados a diferentes tipos de situações e contextos daquele conflito.

2 – ABSTRACT

The objective of this project is to propose a study on the influence in the context of World War II in Germany and in the Soviet Union regarding the thought of Carl von Clausewitz, an influential general and classical author on the phenomenon of war. It takes as a starting point the vulgarization of Clausewitzian theoretical legacy of World War that ignores the historicist analysis of the military phenomenon and its indissoluble link with politics,

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recurrent points in the German and Soviet appropriations for the author. In summary, the proposed hypotheses point to the distortion of various aspects of Clausewitzian thought when applied to different kinds of situations and contexts concerning that conflict.

3 - INTRODUÇÃO

Carl Phillip Gottfried von Clausewitz (1780-1831) general prussiano e intelectual que desenvolveu reflexões abrangentes sobre a guerra, escreveu um dos livros mais influentes do ocidente chamado Da Guerra (Vom Kriege no original). Esse livro foi um divisor de águas por introduzir a concepção do vínculo inquebrável entre política e guerra, superioridade da defesa frente ao ataque e a teorização da guerra absoluta e da guerra real. Porém, sua obra ao longo dos anos fora tratada erroneamente como um manual destinado ao uso irracional da violência, deturpando dessa maneira boa parte de sua conceituação presente em seus capítulos.

Clausewitz definiu a guerra como sendo a continuação da política por meios violentos , sendo dessa forma, a guerra um meio de alcançar o propósito político. Após fundamentar tal base conceitual sobre a Guerra, Clausewitz avança no raciocínio e indica que a relação político-militar está presente também em seu conceito abstrato. Apenas aparentemente a guerra se separa da política na extremidade lógica da manifestação violenta (CLAUSEWITZ, s.d., p. 92). A rigor, tal separação não existe. No conceito tratado como guerra absoluta pelo autor, a manifestação extrema e instantânea da violência seria

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vista como perfeita, ou seja, os propósitos políticos e militares estão coesos e há destruição do inimigo de modo inapelável. Não obstante, Clausewitz trata também da guerra real, que nada mais é do que que a guerra que efetivamente acontece, aquela com a qual se deve lidar com as fricções, com os imprevistos, os acasos, os infortúnios, no seu desenrolar.

O legado de Clausewitz, como já explicitado, fora difamado por ser vinculado a uma violência irracional e por ser associado às diretrizes dos Estados beligerantes na Primeira Guerra Mundial em termos da superioridade do ataque sobre a defesa sem manobra, o assalto frontal às trincheiras e o derramamento de sangue1. Porém, em toda sua obra, Clausewitz demonstra

dentre outras ideias que a concretização da violência em termos de um derramamento de sangue não é automaticamente a maneira como se conduz a guerra. Apresenta, por exemplo, que a defesa é uma forma de combate mais vigorosa do que o ataque , como visto em:

“Estou convencido de que a superioridade da defesa (se corretamente compreendida) é muito grande, muito maior do que parece ser à primeira vista. É isto que explica sem qualquer incoerência a maioria dos períodos de inação que ocorrem na guerra. Quanto mais frágeis forem as razões para a ação, mais serão elas encobertas e neutralizadas por esta disparidade existente entre o ataque e a defesa, e mais frequentemente a ação será

1 Excelentes análises sobre tal perspectiva podem ser encontradas nos estudos de Raymond

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suspensa - como mostra de fato a experiência." (CLAUSEWITZ, s.d., p.87).

Posto que, demonstra também que a guerra não necessariamente possui um objetivo de destruição total do inimigo, afirma ser um ato de força para obrigar o nosso inimigo a fazer a nossa vontade (CLAUSEWITZ, s.d.: p. 75), podendo ser de qualquer nível de importância e de intensidade, possibilitando desde uma observação armada até uma guerra de extermínio. Ou seja, a guerra sem o derramamento de sangue, sem o combate é uma possibilidade prevista por Clausewitz, reafirmando a formulação da guerra ser “um verdadeiro camaleão” (s.d.: p. 92). Por outras palavras, a guerra não possui uma fórmula única e imutável na medida em que se adequa às diferentes possibilidades e conjunturas históricas.

Tal visão distorcida influenciou e repercutiu por inúmeras academias militares europeias, havendo ressonância nas operações da Primeira Guerra Mundial. Posteriormente, a demonização de Clausewitz no sentido de apresentá-lo como uma espécie de “pai intelectual” da mortandade e destruição da I Guerra Mundial teve como principal locutor o ex-capitão do exército britânico, Basil Henry Liddell-Hart (1992). Responsável por deturpar toda a teorização militar/estratégica contida em Da Guerra, enfatizando a preferência ao choque frontal e violento frente a defesa e vinculando Clausewitz ao pensamento militar alemão da época. O autor de Strategy acusa Clausewitz por sua escrita evoluir para uma teorização mais filosófica, podendo dessa forma gerar diversas interpretações. Em outras palavras, conforme a análise de

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Eric Alterman (1987, p. 27), Liddell Hart admite que Clausewitz realmente não disse todas as acusações sobre violência que ele mesmo (no caso, o próprio Liddell Hart) lhe dirigiu, mas também que o general prussiano alertou explicitamente sobre os diversos equívocos interpretativos de suas anotações desorganizadas e não decodificadas. Este legado minimizou o impacto da aplicação e influência de Clausewitz na Segunda Guerra Mundial, o que não evitou que neste conflito também houvesse uma apropriação discutível do seu pensamento.

Liddell Hart não foi o único a difamar a obra de Clausewitz. Os seus pensamentos vieram a influenciar algumas das ações da II Guerra Mundial, essencialmente dentro do exercito Alemão e Soviético por meio de generais e lideres políticos. É evidente a forte influência do general prussiano sobre Adolf Hitler, líder do partido nazista alemão. De acordo com o trabalho feito por Timothy W. Rybac na reconstrução do itinerário dos livros lidos do Führer na obra A biblioteca esquecida de Hitler, o autor afirma minuciosamente que há fortes indícios de que Hitler teve contanto com o livro Da Guerra (RYBACK, 2009: p. 212).

P.M. Baldwin nos apresenta a ideia de que Hitler, juntamente com o exercito alemão, absorveu uma interpretação única sobre Clausewitz, usando - o como uma fonte de justificação de seus pensamentos em um senso fundamentalmente diferente do seu sentido real. Os nazistas transformaram a fórmula contida no Da Guerra, modificando-a para um tratamento da política como sendo a continuação da guerra e apagando a distinção entre guerra e

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paz. Esse posicionamento forneceu um distanciamento da diplomacia tradicional e da política externa, causando desse modo uma militarização dos mesmos (BALDWIN, 1981: p.11). É possível afirmar que Hitler, ao reverter a formula clássica clausewitziana, minimizou a política frente a guerra, deixando-a sujeitdeixando-a deixando-aos interesses militdeixando-ares. A “novdeixando-a políticdeixando-a” teve cdeixando-aráter mdeixando-ais selvdeixando-agem e brutal, considerando a destruição total do inimigo como única medida (BALDWIN, 1981: p.12).

Foi Raymond Aron (1986b: p.80-81) quem apontou também a condução dos rumos da guerra por Hitler contrariamente aos seus objetivos políticos, particularmente na campanha contra a União Soviética. A sua orientação de travar uma guerra “racista” subestimou as fontes do poder soviético, as qualidades do exército vermelho e o impacto causado no inimigo com a orientação de execução generalizada de civis, soldados e comissários políticos das forças armadas soviéticas. Tudo isto contribuiu para a posterior vitória de Stalin.

Registrem-se também menções não muito aprofundadas sobre o mesmo tema, dando notícia de que Clausewitz e seu mote sobre a violência como um instrumento da política era conhecido da oficialidade germânica, mas era escamoteado pelos motes de vitória sobre os inimigos, além de sua destruição (JOHNSON, 2012: p. 14).

Todavia, também em termos bastante superficiais, registre-se que importante membro da oficialidade germânica, o general Beck, era

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reconhecidamente marcado como alguém impactado pela formulação clausewitziana de que o dever de um soldado é evitar o mal uso técnico do instrumento militar (PAXTON, 1981, p. 364).

Em termos mais rigorosos e fiéis à formulação clausewitziana, em resumo, a maioria de tais perspectivas escamoteou a abordagem estratégica, ou seja, a discussão referente aos objetivos políticos a serem alcançados em vista da mobilização de determinados recursos para tal. Na ótica de Clausewitz, a guerra e a destruição não são fins em si próprios e sim meios para a consecução de certos objetivos políticos.

De acordo com Sumida (2011) e Honig (2007) há alguns indícios de que o texto original clausewtziano suscitava algumas imprecisões interpretativas em Da Guerra. Somado a isto, o fato de não haver uma tradução que eliminasse dúvidas e vaguezas - como Honig e Sumida sustentaram ser o mérito da tradução para o inglês de Paret e Howard, inclusive para os próprios falantes nativos da língua alemã - e toda a vulgarização e ausência de estudo mais aprofundado de Clausewitz também poderiam ter, em parte, contribuído para uma percepção equivocada de alguns aspectos de seu pensamento pelos soviéticos contemporâneos da Segunda Guerra Mundial.

Um argumento bastante elucidativo no sentido desta incompreensão é a consideração de Stalin sobre Clausewitz, na qual entende ser o general prussiano um teórico da guerra adequado ao período pré-industrial, sendo antiquada a sua aplicação ao momento capitalista industrial contemporâneo,

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devendo-se apenas se concentrar “nos especialistas nos assuntos militares e nos clássicos marxistas” (STALIN, 1979, p. 105). Stalin ignora a formulação metafórica clausewitziana de que a guerra seria comparável a um camaleão e, portanto, sujeita a uma enorme variabilidade de caráter histórico. Stalin critica Da Guerra, afirmando que há em sua escrita demasiada filosofia e princípios abstratos, exibindo uma carência no aspecto cientifico militar. O líder da União Soviética aponta também que a obra carece de aspectos referentes à “contraofensiva” (1979: p. 106). Não obstante, Stalin via em Clausewitz todos os preconceitos tipicamente contrários a um alemão no contexto das hostilidades da Segunda Grande Guerra.

4 – JUSTIFICATIVA

Ao considerar os estudos referentes a Clausewitz e sua obra como um todo na inserção da II Guerra Mundial, pode-se notar que não existem pesquisas mais sistemáticas e aprofundadas sobre o assunto referido. Em boa medida, porque a interpretação vulgarizada de Clausewitz na Primeira Guerra Mundial o associou a um teórico da destruição, da superioridade do ataque sobre a defesa, do choque frontal sem manobra e do derramamento de sangue, pontos opostos ao seu pensamento. Assim, não somente Clausewitz pouco chamou a atenção dos elaboradores das doutrinas dos Estados beligerantes, como também teve o interesse sobre o impacto e a recepção de suas ideias relegadas a um plano bastante inferior.

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Uma exceção estaria numa explicação mais detida e tardia (dos estudos clausewitzianos dos anos 1970) a um tema da Segunda Guerra: a explosão da bomba nuclear como a materialização do conceito (originariamente abstrato) da guerra absoluta (ARON, 1986a: p. 72; HOWARD, 1983: p. 70-71). Nesse caso, os estudos clausewitzianos mais conhecidos enfatizam, no caso da Segunda Guerra Mundial, os aspectos relacionados a bomba atômica. A partir desta constatação, justifica-se a presente proposta em face da ausência de um estudo mais meticuloso que demonstre de maneira mais ampla a difusa relação e nexos das ideias de Clausewitz com aspectos da Segunda Guerra Mundial no que se refere à literatura pertinente aos casos soviético e alemão.

5 – OBJETIVOS

São objetivos desse projeto responder as seguintes questões:

a) Dentro do escopo já referido de repercussão da formulação de Clausewitz, como classificar e explicar os principais nexos e relações do pensamento de Clausewitz com a literatura a ele referente que trate também da Segunda Guerra Mundial no tocante à Alemanha e à União Soviética?

b) Ainda conforme a delimitação da repercussão referida, como avaliar no exame da literatura mencionada o impacto do pensamento de Clausewitz sobre aspectos importantes destes países daquele conflito mundial?

São também objetivos testar as seguintes hipóteses para responder aos problemas mencionados:

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i) A vulgarização do pensamento clausewitziano até a I Guerra Mundial proporcionou um legado de interpretação de suas ideias que escamoteia o entendimento a respeito da violência e da guerra como instrumentos políticos e não como fins em si próprios. Neste sentido, a apropriação alemã das ideias do general prussiano perdeu de vista o horizonte político a ser vislumbrado pela guerra em vários momentos. A título de exemplificação, Hitler sustentou a política como continuação da guerra por outros meios e elegeu, em vários momentos, a centralidade da destruição em favor de suas ideias da superioridade racial ariana, perdendo de vista a perspectiva política mais concreta. Conforme outros indícios já anteriormente apontados, o mote da vitória e destruição incondicional difusos na oficialidade germânica distanciariam sua orientação de um perfil rigorosamente clausewitziano. Portanto, classificar-se-ia a partir de tal literatura uma apropriação de Clausewitz contrária a seus preceitos interpretados de maneira mais rigorosa. No lado soviético, a despeito das diferenças com a Alemanha no sentido de não haver o elemento racial, o quadro não seria substantivamente distinto da avaliação preliminar do caso alemão.

ii) Não se observa na II Guerra Mundial desdobramentos de uma aplicação do pensamento de Clausewitz nas doutrinas militares tão pouco nas estratégias mais globais dos lados em luta. A leitura descontextualizada de Clausewitz por Stalin (tratada anteriormente) e a assunção de diretrizes vagas pelos aliados ocidentais (como por exemplo, a doutrina ocidental da rendição incondicional, que por vezes, parece encontrar eco não em todas, mas em algumas posturas

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da União Soviética) exemplifica a má compreensão ou a ausência de uma aplicação do pensamento clausewitziano voltada para questões referentes a clareza dos objetivos políticos e a consecução de uma estratégia bem definida. Sublinha-se que estratégia é a que usada em seu sentido clausewitziano, qual seja, o direcionamento de recursos, esforços e engajamento nas batalhas com vistas a um objetivo central claramente delineado.

6 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este item irá tratar de dois aspectos: as técnicas de pesquisa e as consequências teóricas relevantes para o objeto em pauta.

No que se refere as técnicas de pesquisa, será realizado um estudo detalhado de obras, artigos científicos e trabalhos acerca dos debates que tratem da abordagem referida, com foco mais específico sobre Da Guerra, com especial atenção para o capitulo um do livro um, pois seria o único trecho pronto e revisado de todo o livro e que serviria de parâmetro para a reformulação de todo o tratado (CLAUSEWITZ, s.d.: p. 72). Já existe um levantamento prévio de trabalhos voltados (como será tratado também no próximo tema) para o objeto específico desta pesquisa, levando a uma conclusão preliminar – conforme já foi reiterado acima – de que não há muitos trabalhos sobre o tema.

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No tocante aos aspectos teórico-metodológicos, referentes a consequências teóricas para o objeto e para a linha de análise, tomam-se por base dois pontos fundamentais presentes na formulação original clausewitziana: a historicidade da análise da guerra e o nexo indissolúvel entre guerra, paz e política.

Em outras palavras, fazer jus ao legado originário clausewitziano implica em analisar de modo crítico aquelas interpretações sobre Clausewitz que tomaram seu pensamento de modo mecânico, ignorando assim sua própria assunção de que a guerra deveria ser analisada em função das transformações históricas. Conforme visto acima, tal premissa é de fundamental importância metodológica para distinguir de modo adequado o que é rigorosamente ou não adequado ao modo como se recepcionou Clausewitz na Alemanha e na União Soviética por ocasião da Segunda Guerra Mundial. O outro aspecto dá conta do nexo orgânico entre ações militares e diplomáticas com a política. Parafraseando Henri Lefebvre (1975: p. 270-271), não há uma continuidade ou descontinuidade absoluta entre guerra e paz no pensamento de Clausewitz. Profundamente antagônicas, mas profundamente entrelaçadas entre si pela intersecção da política, o objetivo político no uso da guerra e da paz se sobrepõe a qualquer percepção vulgarizada do pensamento clausewitziano identificada incondicionalmente com a violência, a ofensiva e o derramamento de sangue como motes incondicionais. Reter este aspecto é também fundamental para avaliar de maneira rigorosa qualquer associação indevida com o pensamento do general prussiano.

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7 – MATERIAL E ANÁLISE DE RESULTADOS

Além das tarefas e estudo e análise dos materiais acima mencionados, tomar-se-á como base a tradução feita por Michael Howard e Peter Paret como base para estudo de Clausewitz. Há uma tradução para o português que tomo tal versão como base que também será consultada (CLAUSEWITZ, s.d.).

Sublinha-se que os resultados de pesquisa serão objeto de interlocução individual com o orientador, Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos, além da discussão coletiva do Grupo de Estudos sobre Clausewitz e Relações Internacionais da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp de Marília, coordenado pelo docente mencionado.

No que concerne à particularidade dos materiais específicos ao objeto desta pesquisa, sublinha-se que além de ser composto por poucos títulos, possui difícil acesso. No decorrer da pesquisa, pretende recorrer através da internet a autores de textos não disponíveis neste momento na base de assinaturas de periódicos eletrônicos da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho”, ou ainda, avaliar a possibilidade de uso da reserva técnica da Bolsa de Iniciação Científica da Fapesp para compra do acesso a estes mesmos textos. Refere-se particularmente às contribuições de Wallach (1986), Biddle (1995), Murray (1986), Cole (1941) e Trythall (1978), embora não se descarte a possibilidade de obter referências de outros textos pertinentes ao objeto específico.

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8 - ATIVIDADES E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Atividades

1º/2º mês 3º/4º mês 5º/6º mês 7º/8º mês 9º/10º mês 11º/12º mês Levantamento e leitura da bibliografia relevante ao tema proposto pelo projeto X X Averiguação do pensamento clausewtziano alemão X X Encontros periódicos com o orientador afim de que a pesquisa e os relatórios sejam avaliados X X X X X X

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Elaboração de relatório parcial X Averiguação do pensamento clausewtziano soviético X X Averiguação das hipóteses indicadas no projeto X X Elaboração do relatório final X X 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações, Brasília: Universidade de Brasília, 2002.

_____________ Pensar a Guerra Clausewitz, a era europeia, Brasília: Universidade de Brasília, 1986a.

_____________ Pensar a Guerra Clausewitz, a era planetária, Brasília: Universidade de Brasília, 1986b.

ALTERMAN, E. The Uses and Abuses of Clausewitz, In: Parameters, v. 17, n. 2, p. 18-32, 1987.

BALDWIN, Peter M. Clausewitz in Nazi Germany. In: Journal of Contemporary History, p. 5-26, 1981.

BIDDLE, Tami Davis. British and American approaches to strategic bombing: Their origins and implementation in the World War II combined bomber offensive. In: The Journal of Strategic Studies, v. 18, n. 1, p. 91-144, 1995.

COLE, D. M. The Politico-Military Strategy of the Nazis. The RUSI Journal, v. 86, n. 543, p. 423-429, 1941.

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CLAUSEWITZ, Carl von. Da Guerra. Rio de Janeiro: Escola de Guerra Naval, s.d.

____________________On War, Princeton: Princeton University, 1984.

HONIG, Jan Willem. Clausewitz’s On War: Problems of Text and Translation In: STRACHAN, Hew; HERBERG-ROTHE, Andreas (Ed.) Clausewitz in the twenty-first century, Oxford: Oxford University, 2007, p. 57-74.

HOWARD, Michael. A Influência de Clausewitz in: Clausewitz, Carl von: Da Guerra, Rio de Janeiro : Escola de Guerra Naval, s.d.:, p. 27-46.

________________ Clausewitz. Oxford: Oxford University, 1983.

JOHNSON, Ian Ona. The Secret School of War: The Soviet-German Tank Academy at Kama, Columbus, originalmente apresentada como tese para obtenção do título de Master of Arts à State University of Ohio, 2012.

LENIN, V. Obras póstumas del general Carl Von Clausewitz acerca de la conduccion de la guerra. Clausewitz en el pensamiento marxista, In: Cuadernos del pasado y presente, 1979, p. 69-98.

LIDDELL HART, Basil Henri. Strategy, New York: Meridian, 1997.

MURRAY, Williamson. Clausewitz: Some thoughts on what the Germans got right. In: The Journal of Strategic Studies, v. 9, n. 2-3, p. 267-286, 1986. PARET, Peter. Clausewitz and the State – the man, his theories, and his times, Princeton: Princeton University, 1985.

PASSOS, Rodrigo Duarte Fernandes dos. Clausewitz e a Política, uma leitura da obra “Da Guerra”, Ijuí: Unijuí, 2014.

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____________________________________ Clausewitz e a dialética guerra e paz, Campinas: 2015, mimeo.

PAXTON, Robert O. The German Opposition to Hitler: A Non-Germanist's View. In: Central European History, v. 14, n. 04, p. 362-368, 1981.

RYBACK, T. A biblioteca esquecida de Hitler: os livros que moldaram a vida do Führer, São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

STRACHAN, H. Carl Von Clausewitz’s On War (A Biography), Atlantic books, 2007.

STALIN, J. Respuesta del Mariscal Stalin, In: Cuadernos del Pasado y Presente, n. 75, 1979, p. 103-106.

SUMIDA, J. BookTV: Jon Sumida, “Decoding Clausewitz”, 19 de dezembro de 2011. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=P2hCBmIzEaw>. Acesso em 3 de Março de 2015.

TRYTHALL, Anthony. Hitler and His Generals—The German General Staff and Blitzkrieg Reappraised. The RUSI Journal, v. 123, n. 4, p. 74-75, 1978. WALLACH, Jehuda L. Misperceptions of Clausewitz’on war by the German military. In: The Journal of Strategic Studies, v. 9, n. 2-3, p. 213-239, 1986.

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