É antiga a inquietação com que a humanidade tem tentado desfrutar da sexualidade. O Concílio de Latrão em 1215, ao regulamentar o sacramento da penitência com ulterior desenvolvi-mento das técnicas da confissão, demar-cava uma prática sexual oculta, desvia-da e que precisava ser confessadesvia-da. Mas, muito antes, pelo que nos ensina a an-tropologia, o homem se debateu entre formas permitidas e proibidas de ex-pressão sexual.
Foucaut, na sua História da Sexua-lidade, considera que até o século XVI existia certa franqueza com as práticas sexuais, exercidas e faladas de modo aberto e espontâneo. Sem dúvida, esta observação que diz respeito principal-mente às sociedades ocidentais nos ser-ve também como interessante ponto de partida.
É no século XVII que se inicia uma época de repressão declarada, decorren-te das transformações pela ascensão da burguesia e a afirmação da família con-jugal como núcleo primordial. Seria
esta família a confiscadora da sexuali-dade que fica comprometida inteira-mente com a função de reproduzir. O casal legítimo e procriador dita a lei. Em torno do sexo se cala. Impõe-se como modelo, faz reinar a norma, de-tém a verdade, guarda o direito de fa-lar, reservando-se o princípio do segre-do.
Embora Freud tenha sido bastante explícito sobre as origens da culpabili-dade e da repressão sexual em todos os tempos, Foucaut, seguindo uma vertente histórica, lembra que seria le-gítimo perguntar por que durante tan-to tempo associou-se o sexo ao peca-do. Suas considerações histórico-teóri-cas e histórico-polítihistórico-teóri-cas não chegam a trazer novas luzes sobre o tema, mas têm efeito provocante para o psicana-lista. Temos nossa referência teórica fundada no conhecimento do incons-ciente, mas a verificação da persistên-cia dos mecanismos de repressão e cul-pa, atuando por tantos séculos e de modo universal, extrapola o nosso
con-Perversão: Trajetória de um Conceito
Carlos Pinto Corrêa
Psicanalista. Fundador e membro do Círculo Psicanalítico da Bahia CPBA.
Palavras-Chave: Perversão Sexualidade Culpa Modernidade.
Resumo: O texto revisa o caminho histórico do conceito de perversão desde o Concílio de Latrão até os nossos dias, começando com Cabanis, Esquirol e outros autores pioneiros na pesquisa da sexualidade humana. O autor faz uma revisão da literatura psicanalítica com Freud, Lacan e Serge André.
sultório. Ainda mais quando pensamos sobre a perversão como um conceito anterior a Freud, que expressava uma condenação social contra qualquer for-ma de ser sexual.
A sexualidade chega ao século XVIII como uma questão de costume e, conseqüentemente, passa a ser regu-lamentada por um código externo ao sujeito. Na verdade, as práticas sexuais estavam reguladas por três grandes có-digos: o Direito Canônico, a Pastoral Cristã e a Lei Civil.
É óbvio que os códigos não visa-vam privilegiar alguma forma de pra-zer, mas a regulagem dos pecados gra-ves como o estupro, o adultério, o rap-to, o incesto espiritual e carnal e tam-bém a sodomia ou carícia recíproca. A sexualidade desvinculada do prazer é tomada por sua finalidade essencial: a reprodução da espécie. Todo desvio deste objetivo é considerado como uma aberração, ligada a uma degenerescên-cia do instinto sexual natural. Valas (1990).
A lei aqui ultrapassa o fantasma do pai que interdita e antecede ao sujeito nas suas possíveis fantasias, pois sendo fundamentalmente jurídica, preestabe-lece a pena, antepondo o temor ao de-sejo.
Oscilando entre uma sexualidade restrita e tida como natural por aten-der à finalidade da procriação e de uma outra condenável por seus desvios, che-gamos ao século XIX. É a partir do seu meado que a ciência começa a ensaiar teorias sobre a sexualidade humana. As primeiras intervenções ainda estão li-gadas à medicina legal e visam forne-cer suporte ao julgamento do sujeito que infringe as boas normas.
Cabanis em 1843 foi pioneiro, ao tomar a sexualidade não apenas ao ní-vel das funções ontogenéticas, mas como determinante para o
estabeleci-mento de relações interpessoais. O grande peso de se tentar compreender a sexualidade sempre debaixo de juízos morais não deixa grandes alternativas aos primeiros pesquisadores, como até em nossos dias exerce forte influência. Há sempre a questão da norma que res-tringe uma forma de sexualidade acei-tável e o repúdio às que não se enqua-dram nos cânones. Quando a ciência toma a temática da sexualidade, vai cair na mesma dicotomia: o que não está na norma é doença. A proliferação de rótulos é acompanhada de uma adjeti-vação suspeita. Fala-se de ninfomania, satiríase e também de sujeitos que co-metem atos monstruosos como a ne-crofilia, pedofilia e assassinatos sádicos. Esquirol fala de monomanias instintu-ais e Morel (1857) vai enquadrá-las nas loucuras hereditárias, as perver-sões de instintos genésicos.
Em 1877, Lasègue descreve pela primeira vez o exibicionismo, conside-rando-o como um ato impulsivo. Qua-se cinqüenta anos depois, Magnan (1935) retoma a questão das perversões sexuais como ligada a síndromes im-pulsivas e obsessivas. Ulrichs toma a homossexualidade como uma tendên-cia natural denominada uranismo. Wesphall (1870) cunha a expressão inversão sexual, que, como as neu-roses, seria uma patologia hereditária. Binet (1887) apresenta um trabalho intitulado Fétichisme dans lamour, no qual reconhece o fator hereditário como essencial à constituição das per-versões.
É fácil observar o embaraço dos autores dessa época diante das chama-das anomalias da sexualidade e princi-palmente sua perplexidade para, den-tro de um raciocínio médico, descre-verem a etiologia de tais problemas. Sem uma teoria válida sobre os fatores psicogênicos, a explicação mais
adequa-da para tais desvios adequa-da norma recaía na questão hereditária. Até nossos dias prevalece vulgarmente a questão da tara como um peso capaz de desviar inexo-ravelmente o indivíduo da norma.
Mas foi sem dúvida Krafft-Ebing (1879) quem mais influenciou o estu-do da sexualidade no final estu-do século passado. O seu livro Psicopatia Sexual teve sucessivas edições, tornando-se uma referência obrigatória. Ele dividiu as anomalias do instinto sexual em qua-tro classes: anestesia, hiperestesia, pa-radoxia e parestesia. Assim, resumiu de maneira didática todas as alterações instintivas possíveis. No plano etioló-gico, deixou a teoria da hereditarieda-de e tomou as perversões como sendo de natureza congênita ou derivada de processos degenerativos cerebrais, em oposição às perversões adquiridas. No mesmo plano, passam as neuroses, a paranóia e os distúrbios de caráter. Ele considerou o canibalismo como uma forma primitiva da sexualidade, que explicaria o sadismo e o masoquismo, tomados não como formas opostas de expressão da sexualidade, mas de uma relação complementar dentro de um mesmo indivíduo. Também a homos-sexualidade é apresentada como deri-vada de uma bissexualidade originária. A heterossexualidade se desenvolveria pela repressão e involução da tendên-cia alternativa.
Assim chegamos a Ellis, que publi-cando seus Estudos de Psicologia Sexual (1897-1910), alcançou nossos dias. Citado, acatado e influenciado por Freud, ele retoma as idéias de Moll e as perversões como se fossem provocadas por uma interrupção nas etapas de de-senvolvimento. Além de valorizar as condições do meio como favorecedo-ras ao surgimento das perversões, trata da questão da sedução de crianças pe-los adultos, introduz a noção de
auto-erotismo em relação às funções uretrais, anais e orais.
Historicamente Freud encontrou a temática da sexualidade em voga no meio psiquiátrico. Em princípio, ado-tou a postura clássica do estabelecimen-to da norma. No manuscriestabelecimen-to N de sua carta para Fliess de 31 de maio de 1897 aceita a dicotomia entre uma sanidade relacionada com o espírito de sacrifício pela comunidade em oposição à liber-dade perversa. Mais ainda, em Estudos sobre a Histeria (1893-95) vai antepor o cérebro dos degenerados e desequi-librados ao cérebro sadio das histéri-cas.
Não há porque estranhar que Freud tenha tomado de início concepções tão valorativas que dominavam a opinião de escritores, médicos e juristas da épo-ca. Ele parte da observação fenomeno-lógica dos usos e costumes, notando que a sexualidade humana situava-se entre as concepções religiosas, com o julgamento dentro de rigores de uma ética asceta e por outro lado a punição aos infratores pretendida pelos legisla-dores.
Em sua origem, a palavra perver-são está carregada de juízo de valor. O substantivo perverso já nomeia adjeti-vando, pois este Verso é de verter, ver-ter para o caminho errado. Sair do que é direito e bom. Literalmente, o per-verso é contrário aos padrões aceitos, ou, o que é ainda mais forte, contrário à direção do juízo, ou à lei.
O tema é atraente e aparece de al-gum modo nos Estudos sobre a Histeria (1895) e nos Três Ensaios sobre a Teo-ria da Sexualidade (1905). Valas (1990) fala do pouco interesse inicial do mes-tre sobre o assunto. Mas, precisamos acompanhar Freud na sua pesquisa so-bre a etiologia das neuroses. Na verda-de, até chegar à Interpretação dos So-nhos, Freud dispõe de genialidade e de
uma metodologia que utiliza com ma-estria, mas falta-lhe o essencial que se-ria a noção de inconsciente. Estudan-do seus próprios sonhos e os de seus cli-entes é que sua concepção de normali-dade psíquica toma nova forma.
A antiga concepção médica de oposição entre saúde e doença, ou de normal e perverso, dividindo os homens em dois grupos distintos, é desfeita à medida que o inconsciente se revela. Nos sonhos ele encontra a perversão dos não perversos, o crime do inocen-te, a confissão do inconfessável. Tira-da a máscara Tira-da resistência, a sexuali-dade angelical se revela mais tributária à condenação do que parecia salva.
É um longo e intrincado caminho de buscas e revisões que Freud percor-reu, para estudar as perversões. Os Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905) é um trabalho didático, onde uma série de conceitos é ordenada e reordenada nos sucessivos acréscimos e notas.
É fundamental sua consideração de que a pulsão sexual existe independen-te de seu objeto, já que no estudo da homossexualidade ele nos mostra que distúrbios internos modificam a pulsão, que por sua vez há de promover substi-tuições na escolha do objeto.
Se o objeto é secundário e a pulsão é primordial, a questão da perversão passa para a troca de objeto ou sua par-cialização. Isto fica claro no caso do fetichismo quando o objeto do investi-mento libidinal é claramente substituí-do. Mas, no que tange ao sadismo e ao masoquismo a pulsão teria uma exces-siva carga do seu componente agressi-vo. No masoquismo haveria um retor-no do sadismo sobre o sujeito que toma o lugar do objeto sexual.
Quanto à economia psíquica, exis-tiria uma idealização no próprio núcleo da pulsão, ou seja, a idealização
incidi-ria sobre a própincidi-ria pulsão e não sobre o objeto. Essa idealização da pulsão na perversão fala por si de uma sexualida-de simbólica (não real), o que torna inválida a idéia de uma satisfação ime-diata da pulsão.
A questão da clivagem reaparece de forma mais definida em Fetichismo, quando Freud (1927) descreve seus ca-minhos e mostra ser ela realizada quan-do existem duas representações incon-ciliáveis entre si. A existência da cli-vagem do Eu já aparecia como condi-ção essencial na psicose. Agora Freud mostra como a recusa da castração no fetichismo não esgota a questão. Per-manece de um lado a castração pela descoberta do não falo da mãe (falta) e de outro a proposta de um pênis substi-tuto. Assim, o perverso não consegue liberar totalmente o seu eu da realida-de exterior, persistindo as duas repre-sentações psíquicas concomitantes e conflitantes.
Aceita a clivagem, Freud nos ensi-na que a pulsão sexual é formada por diversos componentes que se dissociam nos quadros das perversões. Esta alte-ração pulsional leva Freud a estabele-cer uma distinção entre a perversão e a neurose. Encontraremos sempre na neurose um componente recalcado que se mantém afastado da consciência. Nas perversões não achamos o elemento recalcado, mas uma recusa da realida-de. É por isso que Freud, na fórmula já expressa no caso Dora, afirma que a neurose é, por assim dizer, o negativo da perversão.
Na verdade, os sintomas perversos não se desenvolvem em detrimento da pulsão sexual normal, até porque os sin-tomas são formados em parte a expen-sas da sexualidade normal. Freud fala de uma conversão das pulsões que po-deria ser chamada de perversa. Essa conversão se dá por expressão no ato
imaginário ou real. Para os neuróticos os desvios da sexualidade estão também presentes, mas em representações in-conciliáveis entre o Eu e o Isso.
Esta questão será melhor abordada em Esboço da Psicanálise (1939) quan-do Freud restabelece a diferença entre a neurose e a perversão como uma ques-tão de ordem tópica estrutural. Na neurose, estamos no seio de uma tópi-ca intersistêmitópi-ca, já que as representa-ções inconciliáveis situam-se entre o Eu e o Isso. Com o fetichismo, ou demais perversões, situamo-nos em uma tópi-ca intra-sistêmitópi-ca, já que as represen-tações inconciliáveis coabitam no in-terior de um mesmo sistema. No primei-ro caso, o pprimei-rocesso de defesa em opera-ção é portanto o recalcamento. No se-gundo, trata-se da recusa. Tanto em um caso como no outro, somos levados à estratégia do Eu sei... mas assim mes-mo, tão sutilmente analisada por Oc-tave Mannoni em Chaves para o Imaginário ou a Outra Cena. Dor (1987).
Saber e recusar o que já é consci-ente são uma forma de preparação ao ato. O neurótico pelo ato tenta susten-tar o desejo enfraquecido, enquanto que o perverso finge, encena para rea-lizar o desejo previamente determina-do, obtendo assim um gozo inconfessá-vel.
A questão da castração está no cer-ne de toda problemática da perversão e só poderá ser compreendida a partir de uma lógica fálica. A identificação pré-genital é essencialmente fálica, na medida em que a criança está identifi-cada como objeto do gozo da mãe. Em outras palavras, a criança é dependen-te do universo semântico da mãe, já que sua vida segue os ditames do dese-jo dela. A mãe é onipotente na medi-da em que a submissão medi-da criança é absoluta, o que a torna sujeita ao
dese-jo do outro. Negando este desedese-jo do outro a criança passa à convicção ilu-sória de ser ela mesma o objeto que pode preencher esta falta. Freud acre-ditava que tal mecanismo seria decor-rente da descoberta feita pela criança da falta do pênis da mãe, ocorrida pela descoberta das diferenças anatômicas.
A recusa da percepção da falta fá-lica na mulher remete a criança ao SIM-NÃO, que produz a clivagem do eu. Em Freud esta antinomia nos leva à ques-tão edipiana. Com Lacan esta quesques-tão da castração se torna um fator estrutu-rante. Assim, a idéia de denegação (Verneignung) de Freud é substituída por desmentido (Dementi). Na verda-de, a castração corresponde à incapa-cidade do sujeito de obter do Outro a garantia do gozo e constitui, portanto, a representação simbólica de uma emas-culação que incide sobre um objeto imaginário: o falo absoluto e onipotente do pai. Lacan (1972) completará a questão lógica da castração no seminá-rio Mais, ainda, tratando da inviabi-lidade da relação sexual. Serge André (1993), dando continuidade ao estudo das perversões, vai retirá-las da condi-ção de entidade clínica. A perversão seria um modo de pensar, uma forma de relação com a fantasia e com a lei. Sua diferença da neurose se faria segun-do a incorporação segun-do campo privasegun-do. À vergonha do neurótico diante de sua fantasia se opõe a fantasia do perverso como cena pública, daí sua passagem ao ato.
Hoje, aos olhos do psicanalista, a posição do perverso perdeu seu rótulo de patologia e conseqüentemente o es-paço como indicação clínica. É que a perversão é algo totalmente diferente de uma entidade clínica: ela é um cer-to modo de pensar André (1993). A perversão ficou liberta de uma conde-nação social e legal, tornando-se um
estilo objeto do desejo, tema para lite-ratura e cinema, vista até como opção. Decorrente das exigências cada vez mais desumanas do discurso das ciên-cias e da globalização, mercê da permis-sividade pós-moderna é regulada por uma nova ética, chamada por ANDRÉ de Ética Perversa. Resumindo, uma tra-jetória que vai da execração até o de-sejo.
Keywords:
Perversion Sexuality Guilt - Moder-nity
Abstract:
The text establishes a historic way of the perversion concept. It explores from the Latrão Council to present days, begining with Cabanis, Esquirol and others sexual researchers pioneers. The author makes a revision inside the psychoanalytical lite-rature with Freud, Lacan and Serge An-dré.
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