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MANEJO DE PASTAGENS POR ALTURA

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Academic year: 2021

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1

MANEJO DE PASTAGENS

POR ALTURA

(2)

2

Autores

Janaina Azevedo Martuscello

Otávio Goulart de Almeida

Luana Maria Policário

MANEJO DE

PASTAGENS

POR ALTURA

(3)

3

MARTUSCELLO,

J.A.,

SANTOS,

M.E.R.,

ALVES,

J.R.

2020.

Formação

de

pastagens. São João del-Rei:

UFSJ. E-book.

ISBN:978-65-00-10971-9

MANEJO DE

PASTAGENS

POR ALTURA

Forragicultura e pastagens

(4)

Manejo de pastagens por altura

Plantas não respondem a calendário humano. Essa é a principal

mensagem que gostaríamos de deixar nesse e-book. Isso porque por longa data o

manejo do pastejo foi realizado com dias fixos de período de descanso e

ocupação e vários trabalhos de pesquisa vem nos mostrando que a melhor forma

de manejo de seu pasto é por altura e não por tempo. Sua forrageira não sabe se

hoje é sexta ou segunda ou se no cronograma de ação era para receber o gado. O

que sua forrageira sabe é se houve acúmulo térmico, luz e precipitação

suficientes para permitir uma rebrota vigorosa e a deixasse em condições de

receber seu gado.

Esperamos que esse texto possa te esclarecer sobre a real necessidade de

se manejar por altura e não por dias fixos. E isso, também incluir sistema de

lotação contínua.

Janaina. Otavio e Luana

(5)

Manejo de pastagens

Em muitos locais, os pastos têm passado por

redução avançada em sua capacidade de

produção, resultado dos avançados

processos de degradação que limitam e/ou

inviabilizam a atividade pecuária. Tudo isso é

derivado da falta de manejo que engloba as

falhas no ajuste da taxa de lotação, bem como

à falta de adubação refletindo na

impossibilidade de manutenção da produção

de forragem

(6)

Manejo de pastagens

O manejo do pastejo quando realizado de

maneira assertiva, possibilita produção de

forragem que, consequentemente, influencia

na produção animal e na perenidade das

plantas. Por isso acertar no manejo traz

vantagens.

(7)

Por que manejar

pasto por altura?

(8)

POR QUE MANEJAR

PASTOS POR ALTURA?

• Por muito anos, o manejo de pastagens foi

realizado de maneira simplista e generalista,

tomando como critério a utilização de

calendário juliano (alternando os dias fixos de

ocupação e descanso), não respeitando as

condições fisiológicas da planta. Isso ocorria

pelo fato de não existir um conhecimento

técnico/científico acessível aos produtores

mostrando que as plantas não respeitam esse

calendário, mas sim, condições ótimas para

seu crescimento.

(9)

POR QUE MANEJAR PASTOS POR ALTURA?

9

LUZ

QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES IDEAIS?

ÁGUA

TEMPERATURA

(10)

POR QUE MANEJAR PASTO

POR ALTURA? COMO

SURGIU ESSA IDEIA?

10

No decorrer dos anos pesquisadores da área

de manejo de pastagens investiram esforços

nas pesquisas, nas descobertas e no

conhecimento de como se dava o acúmulo

de forragem, e constataram que seria

necessário entender os aspectos

morfológicos e ecofisiológicos das plantas

forrageiras tropicais (Da Silva & Pedreira,

1997; Da Silva & Nascimento Jr., 2007).

(11)

DE ONDE

SURGIU A

IDEIA?

• Pesquisas estrangeiras com as de Brougham (1955)

estudando azevém perene, trevo branco e vermelho

descreveram a curva sigmoide da dinâmica de crescimento

das plantas durante intervalos entre desfolhações. Assim,

o crescimento do pasto foi dividido em três fases distintas,

descritas por Brougham (1957) (Figura 1):

(12)

POR QUE MANEJAR PASTO POR

ALTURA?

COMO SURGIU A IDEIA

?

12

- Fase 1 (logarítmica): em que a taxa de crescimento aumenta

rapidamente.

- Fase 2 (linear): em que o crescimento está a uma taxa máxima

constante;

- Fase 3 (assintótica): a taxa de crescimento diminui, a princípio,

lentamente, mas depois a uma taxa crescente até que os aumentos

sejam insignificantes, ocorrendo declínio no crescimento.

(13)

POR QUE

MANEJAR PASTO

POR ALTURA?

• O mesmo padrão de crescimento

foi descrito por Hodgson (1990),

também pesquisador estrangeiro,

sendo que na primeira fase o

crescimento é mais lento, seguida

pela segunda fase em que o

incremento é acelerado e, por fim,

uma terceira fase na qual há declínio

de produção à medida que o dossel

se aproxima do rendimento teto

(Figura 2).

(14)

POR QUE

MANEJAR

PASTO POR

ALTURA?

14

Massa de forragem acumulada (a) taxa de fluxo

dos processos de crescimento, senescência e

acúmulo líquido (b) durante o processo de

rebrotação

em

pastos

de

azevém

perene

(Adaptado de Hodgson, 1990)

(15)

POR QUE MANEJAR PASTO POR

ALTURA?

COMO SURGIU A IDEIA

?

15

Pesquisas com forrageiras tropicais apontaram o mesmo padrão

Esquema do acúmulo de forragem durante o período de

rebrotação em pastos de capim Mombaça submetidos a

estratégias de manejo aos 95% de IL e IL máxima (Adaptado de

Carnevalli, 2003)

(16)

POR QUE MANEJAR PASTO POR

ALTURA?

COMO SURGIU A IDEIA

?

16

Pesquisas com forrageiras tropicais apontaram o mesmo padrão

Esquema do acúmulo de forragem durante o período de

rebrotação em pastos de capim Tanzânia submetidos a

estratégias de manejo aos 90, 95 e 100% de IL (Adaptado de

Barbosa, 2004)

(17)

Então, para forrageiras tropicais, o

comportamento era o mesmo: ou seja, o

melhor momento para interromper a

rebrotação seria quando o pasto atingisse

95% de interceptação luminosa.

POR QUE MANEJAR PASTOS POR ALTURA? DE ONDE SURGIU A IDEIA?

17

Entretanto, a interceptação luminosa não é

uma forma muito prática de medida, uma

vez que os aparelhos utilizados são de alto

(18)

Assim, convencionou-se usar altura como

critério para interrupção da rebrotação,

devido a sua alta correlação com a

intercepção luminosa.

POR QUE MANEJAR PASTOS POR ALTURA? DE ONDE SURGIU A IDEIA?

18

A partir de uma série de estudos realizados

em diversas partes do Brasil, fizemos uma

tabela resumindo esses dados de altura de

(19)

19

Tabela 1. Alturas de manejo em

lotação contínua para diferentes

(20)

20

Tabela 2. Alturas de manejo em

lotação rotativa para diferentes

cultivares de Panicum maximum

(21)

21

Tabela 3. Alturas de manejo em

lotação rotativa para diferentes

(22)

22

Tabela 3. Alturas de manejo em

lotação rotativa para diferentes

cultivares de Pennisetum e

(23)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por muito tempo, acreditou-se que o manejo por dias fixos determinando os dias de

descanso e de ocupação fosse o ideal. Com a dúvida de que esse seria a melhor opção,

pesquisadores descobriram que as plantas não seguem o calendário juliano e, a partir de

diversos estudos concluíram que o manejo ideal seria por luz, no qual existe uma correlação

entre interceptação luminosa e altura de dossel. Essa descoberta revolucionou o manejo das

gramíneas tropicais, visto que elas respondem de maneira similar as gramíneas de clima

temperado. Avançando um pouco mais, percebeu-se que o manejo dos 95% de IL não era

mais o limite inferior e sim o limite superior (limite máximo), antes do momento em que as

plantas iniciam o alongamento exacerbado de colmo e aumentam a senescência em

detrimento de folhas de maior qualidade. Assim, o avançar das descobertas do manejo do

pastejo é muito dinâmico e desafiador, para isso, as pesquisas vêm na busca de aprimorar

cada vez mais o manejo objetivando alcançar maior eficiência do uso dos sistemas de

produção baseados em pastagens.

(24)

24

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Barbosa, P.L. Canopy characteristics and tillering in 'Zuri' guineagrass pastures in response to grazing frequency and severity. 2020. Tese (Doutorado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2020.

Barbosa, R.A. Características morfofisiológicas e acúmulo de forragem em capim-Tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia) submetido a frequências e

intensidades de pastejo. 2004. Tese (Doutorado em Zootecnia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2004.

Barbosa, R.A.; Nascimento Jr., D.; Euclides, V.P.B.; Da Silva, S.C.; Zimmer, A.H.; Torres Jr., R.A.A. Capim-tanzânia submetido a combinações entre intensidade e frequência de pastejo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 42, p. 329-340, 2007.

Barbosa, R.A.; Nascimento Jr., D.; Vilela, H.H.; Da Silva, S.C.; Euclides, V.P.E.; Sbrissia, A.F.; Sousa, B.M.L. Morphogenic and structural characteristics of guinea grass pastures submitted to three frequencies and two defoliation severities. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 5, p. 947-954, 2011.

Braga, G.J.; Mello, A.C.L.; Pedreira, C.G.S., Medeiros, H.R. Fotossíntese e taxa diária de produção de forragem em pastagens de capim-tanzânia sob lotação intermitente.

Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 44, p. 84-91, 2009.

Brougham, R.W. A study in rate of pasture growth. Australian Journal of Agricultural Research, v. 6, p. 804-812, 1955.

Brougham, R.W. Effect of intensity of defoliation on regrowth of pasture. Australian Journal of Agricultural Research, v. 7, p. 377-387, 1956.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Carnevalli, R.A. Dinâmica da rebrotação de pastos de capim-Mombaça submetidos a regimes de desfolhação intermitente. 2003. Tese (Doutorado em Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003.

Carnevalli, R.A.; Da Silva, S.C. Bueno, A.A.O.; Uebele, M.C.; Bueno, F.O.; Hodgson, J.; Silva, G.N.; Morais, J.P.G. Herbage production and grazing losses in Panicum maximum cv. Mombaça under four grazing managements. Tropical Grasslands, v. 40, p. 165-176, 2006.

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Da Silva, S.C. & Nascimento Jr., D. Avanços na pesquisa com plantas forrageiras tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, p. 122-138, 2007.

Da Silva, S.C.; Bueno, A.A.O.; Carnevalli, R.A.; Uebele, M.C.; Bueno, F.O.; Hodgson, J.; Matthew, C.; Arnold, G.C.; Morais, J.P.G. Sward structural characteristics and herbage accumulation of Panicum maximum cv. Mombaça subjected to rotational stocking managements. Scentia Agricola, v. 66, p. 8.19, 2009.

Da Silva, S.C.; Bueno, A.A.O.; Carnevalli, R.A.; Silva, G.P.; Chiavegato, M.B. Nutritive value and morphological characteristics of Mombaça grass managed with different rotational grazing strategies. The Journal of Agricultural Science, v. 157, p. 592-598, 2020.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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Hodgson, J.; Clark, D.A.; Mitchell, R.J. Foraging behavior in grazing animals and its impact on plant communities. In: Fahey, G.C. (Ed.). Forage quality and utilization. Lincoln: American Society of Agronomy, 1994. p. 796-827.

Sbrissia, A.F.; Da Silva, S.C.; Nascimento Jr., D.; Pereira, L.E.T. Crescimento da planta forrageira: aspectos relativos ao consumo e valor nutritivo da forragem. In: Simpósio Sobre Manejo da Pastagem, 25., 2009, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FEALQ, 2009. p.37-59.

Souza, J.S. Estratégia de manejo de capim-massai pastejado por ovinos sob lotação intermitente. 2016. Dissertação (Mestre em Produção Animal) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, Rio Grande do Norte, 2016.

Tesk, C.R.; Cavalli, J.; Pina, D.S.; Pereira, D. H.; Pedreira, C.G.S.; Jank, L.; Sollenberger, L.E, Pedreira, B.C. Herbage responses of Tamani and Quênia guineagrasses to grazing intensity. Agronomy Journal, v.112, p. 2081-2091, 2020.

Valle, C.B.; Simeão, R.M.; Barrios, S.C.L. Seleção e melhoramento de plantas forrageiras. In: Reais, R.A.; Bernardes, T.F.; Siqueira, G.R. (Ed.) Forragicultura: Ciência, Tecnologia e Gestão dos Recursos Forrageiros. 1ª ed. Jaboticabal: Gráfica Multipress, 2013, v. 1, p. 349-366.

Referências

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