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1. Principais Atividades em O Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria Atividade de Auditoria em Portugal durante

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Exercício 2014

(2)

ÍNDICE

1.

Principais Atividades em 2014 ... 4

2.

O Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria ... 6

2.1

Atribuições do CNSA ... 6

2.2

Composição do CNSA ... 6

2.3

Recursos humanos, materiais e organizativos ... 7

3.

Atividade de Auditoria em Portugal durante 2014 ... 9

4.

Atividade desenvolvida pelo CNSA em 2014 ... 10

4.1

Supervisão do controlo de qualidade ... 10

4.2

Ações de inspeção e de supervisão ... 14

4.3

Ação sancionatória e processos administrativos ... 14

4.4

Atividade regulatória e cooperação institucional ... 15

(3)

Lista de abreviaturas

ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões AuRC - Audit Regulatory Committee

BdP - Banco de Portugal

CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

CCQ – Comissão de Controlo de Qualidade da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas CNSA - Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria

EAIG - European Audit Inspections Group

EGAOB - European Group of Auditors’ Oversight Bodies EIP - Entidade / Entidades de interesse público

IAASB – International Auditing and Assurance Standards Board IESBA - International Ethics Standards Board for Accountants IFIAR - International Forum of Independent Audit Regulators IGF - Inspecção-Geral de Finanças

OROC - Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

PCAOB - Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos da América) ROC - Revisor Oficial de Contas / Revisores Oficiais de Contas

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1. Principais Atividades em 2014

No ano de 2014 foram desenvolvidos os trabalhos de supervisão do controlo de qualidade do ciclo 2013/2014, tendo sido emitido o relatório de supervisão, divulgado no sítio do Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria (CNSA) na internet , o qual inclui um conjunto de recomendações à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC) e o acompanhamento das recomendações do ano anterior, tendo sido proposto à OROC o agravamento da classificação em 12 processos de controlo de qualidade.

Adicionalmente, o CNSA acompanhou os processos disciplinares instaurados pela OROC relacionados com o controlo de qualidade.

Foi, ainda, efetuado o acompanhamento das listas de dossiês selecionados para controlo de qualidade no ciclo 2014/2015 e de controladores-relatores afetos ao controlo dos revisores oficiais de contas (ROC) e sociedades de revisores oficiais de contas (SROC) de entidades de interesse público, incluindo alterações subsequentes às listas iniciais. Nos termos e para os efeitos do n.º 3 do artigo 3.º do Regulamento n.º 654/2010, de 29 de junho, do CNSA, o Conselho, tendo obtido os esclarecimentos solicitados, deliberou não se opor às propostas apresentadas pela OROC.

O CNSA prosseguiu em 2014 os trâmites judiciais relativos a um processo administrativo desencadeado junto de uma SROC e dos seus dois sócios.

Foi deliberada a aplicação de uma coima, decorrente de um processo de contraordenação a uma SROC, instaurado na sequência de uma ação de inspeção concluída pelo CNSA em 2011, conforme divulgado no sítio do CNSA na internet.

O CNSA apreciou, em 2014, 69 processos relacionados com o apuramento de eventual responsabilidade contraordenacional em relação a factos do conhecimento do CNSA com respeito a ações de controlo de qualidade a ROC e SROC, resultando na aplicação de 5 coimas, 58 admoestações e 6 arquivamentos.

O Conselho deliberou a realização de ações de supervisão e inspeção a um ROC e a três SROC, estando a decorrer a ação de supervisão e tendo sido iniciados os trabalhos preparatórios para as inspeções.

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No plano normativo, o CNSA finalizou em 2014 a análise ao Projeto de Revisão da Diretriz de Revisão/Auditoria 841 – Verificação das Entradas em Espécie para Realização do Capital das Sociedades, resultando na emissão de parecer prévio.

Foi ainda realizado e remetido a sua Excelência a Ministra de Estado e das Finanças, para efeitos de apreciação, um documento de reflexão acerca do modelo de funcionamento do CNSA.

O CNSA acompanhou os trabalhos desenvolvidos em 2014 ao nível do European Group of Auditors’ Oversight Bodies (EGAOB), do European Audit Inspections Group (EAIG) e do Audit Regulatory Committee (AuRC). Salienta-se a realização da reunião do EAIG, em Lisboa, nos dias 1 e 2 de abril e a participação em workshops organizados pela Comissão Europeia acerca da transposição da Diretiva n.º 2014/56/UE e do Regulamento (UE) n.º 537/2014. No âmbito dos trabalhos de transposição da Diretiva, o CNSA efetuou o acompanhamento da sua tradução.

No âmbito da cooperação com países terceiros, o CNSA acompanhou os trabalhos desenvolvidos no International Forum of Independent Audit Regulators (IFIAR), salientando-se a participação na sessão plenária do IFIAR realizada em abril de 2014, bem como a participação ativa no IFIAR Enforcement Working Group. Adicionalmente, prosseguiu-se a análise detalhada dos projetos de acordo de colaboração e de acordo de proteção de dados remetidos pelo Public Company Accounting Oversight Board dos Estados Unidos da América (PCAOB) e foram recebidas várias solicitações de cooperação.

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2. O Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria 2.1 Atribuições do CNSA

O CNSA foi criado pelo Decreto-Lei n.º 225/2008, de 20 de novembro, que aprova os seus Estatutos, por efeito da transposição para o ordenamento jurídico português da Diretiva n.º 2006/43/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de maio, relativa à revisão legal das contas anuais e consolidadas. Assim foi-lhe atribuída a responsabilidade pela organização do sistema de supervisão pública dos ROC e SROC, competindo-lhe a responsabilidade final pela supervisão do exercício da atividade de auditoria.

Entre as suas atribuições, destacam-se: (i) a emissão de parecer prévio, de natureza vinculativa, relativamente às normas do sistema de controlo de qualidade, deontológicas e de auditoria, (ii) a avaliação do plano anual de controlo de qualidade proposto pela OROC e o acompanhamento da sua execução.

O CNSA assume a responsabilidade final pela supervisão: i) Da aprovação e do registo dos ROC e SROC;

ii) Da adoção das normas em matéria de deontologia profissional, de controlo de qualidade interna das SROC e de procedimentos de auditoria; e

iii) Da formação contínua, do controlo de qualidade e de sistemas de inspeção e disciplinares.

Por último, considerando que a Diretiva acima referida determina a organização de um registo público centralizado, cabe ao CNSA a divulgação dos ROC e SROC registados junto da OROC e de outros auditores registados junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

2.2 Composição do CNSA

Nos termos dos seus Estatutos, o CNSA é constituído por representantes do Banco de Portugal (BdP), CMVM, do Instituto de Seguros de Portugal, atualmente Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC) e da Inspeção-Geral de Finanças (IGF).

Em 2014, o Conselho foi composto por: (i) Prof. Doutora Maria de Nazaré Esparteiro Barroso, vogal do então Conselho Diretivo (atual Conselho de Administração) da ASF, que presidiu, (ii) Dr. José António da Silveira Godinho, substituído a partir de setembro pelo Dr. João José Amaral Tomaz, ambos membros do Conselho de Administração do BdP, (iii) Prof. Doutor Carlos Francisco Ferreira Alves, vogal do então Conselho Diretivo (atual Conselho de Administração) da CMVM, (iv) Prof. Dr. José de Azevedo Rodrigues, Presidente do Conselho Diretivo da OROC, substituído a partir de fevereiro pelo Dr. Vítor

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Manuel Batista Almeida, vogal do Conselho Diretivo da OROC e (v) Dra. Maria Isabel Castelão Silva, Subinspetora Geral da IGF.

Em 2014, o Secretariado Permanente foi composto por: (i) Dr. Pedro Pereira, indicado pelo BdP, e designado Secretário-Geral em 20 de dezembro de 2011 para um mandato de três anos; (ii) Dra. Andreia Carvalho, substituída pela Dra. Ana Ascensão no período entre junho e novembro, ambas indicadas pela CMVM; (iii) Dr. Tiago Mateus, substituído pelo Dr. David Teles Pereira no período entre janeiro e março, ambos indicados pela ASF; (iv) Dra. Cristina Doutor, indicada pela OROC; e (v) Dr. Luís Marçal, indicado pela IGF.

2.3 Recursos humanos, materiais e organizativos

Os recursos humanos afetos ao CNSA provêm das instituições que o compõem, sendo constituídas equipas com objetivos específicos, nomeadamente para a realização de ações de inspeção e supervisão e para a instrução de processos de contraordenação. O Conselho realizou 12 reuniões durante o ano de 2014, sendo secretariado pelo Secretário-Geral. O Secretariado Permanente realizou 38 reuniões durante o mesmo período.

A partir de abril de 2014, estiveram alocados, em regime de exclusividade, dois colaboradores do BdP para apoio técnico às atividades do CNSA. O CNSA contou ainda com um apoio administrativo composto por uma técnica do BdP afeta em exclusividade, bem como outra colaboração administrativa. O CNSA contou igualmente com apoio informático fornecido pela CMVM para efeitos da manutenção das infraestruturas e da atualização e manutenção do respetivo sítio na Internet.

Em termos globais e tomando em consideração um indicador de dias de trabalho úteis despendidos nos diferentes projetos, assinala-se que, para o desenvolvimento das atividades do CNSA foram despendidos 2351 dias de trabalho, o que representa o equivalente ao trabalho efetuado por cerca de dez pessoas afetas a tempo inteiro (nove pessoas em 2013).

2014 2013

CNSA - Reuniões do Conselho 74 79

Secretariado Permanente 269 306

Inspeções 292 -

Ação Sancionatória 601 477

Equipas e grupos de trabalho afetos a

diversos projetos incluindo apoio jurídico 213 515

Cooperação internacional 95 186

Apoio Técnico 349 -

Apoio administrativo e informático 458 459 2.351 2.022 RECURSOS HUMANOS AFETOS AO CNSA

Número de dias

Como se pode verificar pelos dados do quadro anterior, globalmente, o número de dias afetos às áreas identificadas registou um acréscimo de 329 dias, sendo de salientar o incremento do número de dias referentes: (i) ao “Apoio Técnico” considerando a

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afetação, a partir de abril de 2014, a tempo inteiro de dois Técnicos do Banco de Portugal; (ii) a “Inspeções”, em consequência de não ter havido nenhuma no ano anterior; e (iii) a “ação sancionatória”, resultantes da instauração de processos de contraordenação. Estes aumentos foram compensadas por uma diminuição em: (i) “Equipas e grupos de trabalho afetos a diversos projetos incluindo apoio jurídico”; e (ii) “Cooperação internacional”

No que respeita a recursos materiais, é de realçar que o CNSA se encontra sedeado no terceiro piso do n.º 7 da Rua do Crucifixo, em Lisboa, cuja utilização exclusiva foi cedida pelo Banco de Portugal.

Considerando todo o equipamento instalado, bem como o valor correspondente a uma renda praticada na zona, os valores de infraestrutura ascendem a 58 milhares de Euros (semelhante ao ano anterior), totalmente suportados pelo BdP a título de contribuição em espécie.

Durante o ano 2014, os custos comuns a repartir, em partes iguais, pelas entidades representadas no CNSA e que foram integrados no seu orçamento operacional, ascenderam a 79 milhares de Euros (51 milhares de Euros em 2013), com o seguinte detalhe:

2014 2013 Segurança e outros encargos com as instalações 10.129 11.119 Trabalhos especializados (honorários) 48.585 22.140 Comunicações, eletricidade e água 6.361 7.094 Outros serviços (quota IFIAR e reunião EAIG) 13.633 9.000 Despesas processuais 306 1.147

79.014

50.500

Total em Euros

CUSTOS COMUNS A REPARTIR

Ponderando os custos com recursos humanos (considerando o efeito das medidas de contenção salarial) e materiais, que são suportados nos orçamentos de cada uma das entidades que compõem o CNSA, mas que foram afetos à sua atividade, a estimativa de custos do CNSA, ascendeu a um total de 763 milhares de Euros (526 milhares de Euros em 2013).

Os custos inerentes ao controlo de qualidade desenvolvido pela OROC em 2014 ascenderam a 260 milhares de Euros.

Assim, pode afirmar-se que, de forma consolidada, os custos de supervisão da atividade de auditoria, em 2014, ascenderam a 1.023 milhares de Euros (734 milhares de Euros em 2013).

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3. Atividade de Auditoria em Portugal durante 2014

No que se refere às alterações ocorridas ao nível do número de ROC, conforme o quadro abaixo, em 31 de dezembro de 2014, encontravam-se inscritos 1.339, dos quais 920 estavam em exercício, 292 estavam sem atividade e 127 estavam com atividade suspensa.

Dos ROC em atividade, cerca de 78% estão inseridos em SROC, como sócios ou sob contrato de prestação de serviços.

Neste âmbito, encontram-se registadas 229 SROC, correspondendo a um aumento de 2% face ao ano anterior. Em termos médios, estas sociedades apresentam um número de sócios inferior a três, revelando um exercício de atividade assente em pequenas sociedades, algumas delas unipessoais.

R O C

01.01.2014 A dmissõ es Levantamento de suspensão

A lteraçõ es

de regime Suspensõ es Falecido s Cancelamento s 31.12.2014 Reviso res em atividade

210 - - -9 - - - 201 113 -1 - - - 112 585 1 2 31 -5 -3 -4 607 Reviso res suspenso s 119 2 -4 -5 15 - - 127

Reviso res sem atividade 284 47 2 -16 -10 -6 -9 292

T O T A L 1.3 11 5 0 - - - - 9 - 13 1.3 3 9 01.01.2014 31.12.2014 S R O C 225 229 F o nt e : OROC Co nstituiçõ es 8 M O V IM E N T O N O R E G IS T O D E R O C E D E S R O C Em regime individual Co ntratado s Só cio s de SROC Liquidaçõ es 4 A lteraçõ es em 2014 A lteraçõ es em 2014

O volume de atividade dos ROC e SROC, em funções de interesse público, foi de aproximadamente 237 milhões de Euros em 2013 (últimos valores disponíveis). Deste montante cerca de 4% foi faturado por ROC que exercem a atividade individualmente e o restante por SROC.

O exercício da atividade de auditoria em Portugal assenta numa estrutura de pequenas entidades de auditoria, cujo universo não é muito extenso, refletindo modelo similar ao que caracteriza o tecido empresarial nacional, de pequenas e médias empresas.

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4. Atividade desenvolvida pelo CNSA em 2014 4.1 Supervisão do controlo de qualidade

A realização regular de ações de controlo de qualidade constitui um meio eficaz para assegurar um nível elevado de qualidade dos serviços de auditoria. Desta forma, e por imperativo legal, os ROC e SROC de EIP são submetidos a um controlo mais frequente, com uma periodicidade máxima de três anos, período alargado para seis anos para os restantes revisores. Os ROC e SROC objeto de controlo são selecionados por sorteio público.

O controlo de qualidade efetuado pela OROC compreende a avaliação global da atividade de cada ROC e SROC (controlo horizontal) e a verificação dos dossiês de trabalho que suportam aos pareceres emitidos, nomeadamente a sua conformidade com o previsto nas normas de auditoria em vigor (controlo vertical).

A atividade desenvolvida pelo CNSA, no âmbito das suas competências de supervisão do controlo de qualidade, atendeu às seguintes considerações:

• A identificação de deficiências na organização do ROC ou SROC ou nos trabalhos desenvolvidos, impulsiona frequentemente, face à sua natureza preventiva, a emissão de recomendações no sentido de as referidas deficiências serem superadas;

• Apesar do caráter tendencialmente preventivo destas verificações, o controlo de qualidade pode, contudo, dar igualmente origem ao exercício de competências sancionatórias, quer de cariz disciplinar, quando exercidas pela OROC, quer de cariz contraordenacional, quando exercidas pelo CNSA;

 A análise dos resultados do controlo de qualidade visa, em última instância, impulsionar a definição conjunta de alguns objetivos gerais que apontem para uma evolução positiva no quadro das deficiências detetadas e, bem assim, uma reflexão relativa às ações desenvolvidas como consequência do controlo de qualidade realizado e respetivo acompanhamento.

O controlo de qualidade programado, que foi supervisionado pelo CNSA, abrangeu o ciclo 2013/2014 (período entre 6 de junho de 2013 e 5 de junho de 2014), e repartiu-se entre ROC e SROC de EIP, SROC de outras entidades e ROC de outras entidades.

O CNSA definiu os seguintes objetivos principais para a análise a efetuar:

 Avaliar a execução do plano anual de controlo de qualidade definido pela OROC e respetivo orçamento, quanto à adequação dos meios disponibilizados para o efeito, traduzido no acompanhamento e verificação do processo de seleção dos controladores-relatores e do processo de seleção dos ROC/SROC a submeter a controlo. Este procedimento incluiu o acompanhamento do sorteio de controlo de qualidade e a verificação da sua adequação aos regulamentos em vigor bem como o acompanhamento

(11)

do processo de seleção dos dossiês para controlo de qualidade e da respetiva afetação de controladores-relatores;

 Verificar a conformidade legal e técnica dos processos de controlo de qualidade [cfr. alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º dos Estatutos do CNSA] (incluindo processos de acompanhamento) e a adequação dos graus de relevância atribuídos às deficiências detetadas pelos controladores-relatores e pela Comissão de Controlo de Qualidade da OROC (CCQ).

O sorteio público e a posterior seleção de dossiês determinaram a seguinte amostra:

Número de dossiês Número de

entidades EIP

Outras

entidades Total ROC /SROC de EIP 32 62 38 100 SROC de outras entidades 35 - 62 62 ROC de outras entidades 42 - 42 42

109

62 142 204 Fonte: OROC

CONTROLO DE QUALIDADE 2013/2014

Em resultado dos controlos de qualidade realizados, a CCQ apresentou conclusões de acordo com as seguintes categorias:

• Sem nada de especial a referir – O controlo não revelou a necessidade de serem efetuados quaisquer reparos e a documentação técnica observada pelo controlador-relator foi considerada adequada para suportar a opinião emitida;

• Com observações e recomendações de menor relevância – Existem algumas observações de menor relevância, que o ROC/SROC deverá tomar em consideração; • Com observações e recomendações de relevância – Existem observações de relevância que requerem imediata intervenção do ROC/SROC no sentido de serem superadas as deficiências detetadas;

• Com resultado insatisfatório – A documentação observada pelo controlador-relator revela deficiências e insuficiências de tal forma que foi considerada insuficiente para suportar a opinião emitida;

• Anulados – Em situações de comprovada ausência de atividade, morte ou cancelamento da atividade;

• Não concluídos – Não homologados pelo Conselho Diretivo da OROC até 5 de junho de 2014.

(12)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Sem nada de especial a referir 52 50% 28 34% 13 47% 10 30% 17 49% 4 21% 22 52% 14 47%

Com observações e recomendações de menor

relevância 34 32% 31 38% 11 42% 13 40% 13 37% 12 63% 10 24% 6 20%

Com observações e

recomendações de relevância 10 10% 16 20% 2 7% 9 27% 4 11% 3 16% 4 10% 4 13%

Com resultado insatisfatório 4 4% 2 2% - - - - 1 3% - - 3 (5) 7% 2 (4) 7%

Anulados(3) 3 3% 4 5% - - - - - - - - 3 7% 4 13%

Não concluídos(2) 1 1% 1 0 1 4% 1 0 - - - - - - - -

Total de entidades 104 100% 82 100% 27 100% 33 100% 35 100% 19 100% 42 100% 30 100%

(2) Processo concluído após o final do ciclo (3) Situações de cancelamento voluntário

(4) Inlui um processo por recusa ao controlo que foi enviado para o Conselho Disciplinar da OROC (5) Inclui um processo para o qual não existiam dossiês de suporte ao trabalho realizado

(1) Exclui cinco SROC de EIP sorteadas que, de acordo com os critérios seguidos, nos últimos dois anos foram alvo de controlo horizontal com a conclusão de "sem nada de especial a referir"

Fonte : OROC, mas refletindo também as reclassificações apresentadas pelo CNSA.

SÍNTESE DAS CONCLUSÕES DO CONTROLO HORIZONTAL 2013/2014

SROC de outras entidades

2013/2014 2012/2013

ROC de outras entidades

2013/2014 2012/2013 2013/2014(1) 2012/2013(1)

TOTAL ROC/SROC de EIP

2013/2014 2012/2013

No que se refere às conclusões do controlo horizontal no ciclo 2013/2014, em termos gerais, verificou-se uma subida de situações em que nada de especial existe a referir (34% para 50%), compensada por uma descida nos casos com observações e recomendações de relevância (20% para 10%) e nos casos com observações e recomendações de menor relevância (38% para 32%). De salientar ainda a quebra das situações “com observações e recomendações de relevância” no caso de ROC/SROC de EIP e nas situações “com observações e recomendações de menor relevância” no caso de SROC de outras entidades.

As principais situações detetadas no controlo horizontal respeitam à não adequação do sistema interno de controlo de qualidade (43%), à desadequação dos recursos humanos utilizados (24%) e a questões relativas a ética, deontologia e independência (11%).

(13)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Sem nada de especial a referir 92 46% 102 47% 62 62% 80 53% 20 32% 14 33% 10 23% 8 27% Com observações e

recomendações de menor

relevância 64 31% 67 31% 22 22% 39 27% 24 39% 19 45% 18 43% 9 30% Com observações e

recomendações de relevância 29 14% 32 15% 9 9% 21 14% 13 21% 6 14% 7 17% 5 17% Com resultado insatisfatório 10 5% 11 5% 2 2% 4 3% 4 6% 3 7% 4 (2) 10% 4 (3) 13% Anulados (4) 6 3% 4 2% 2 2% - 1 2% - 3 7% 4 13% Não concluídos (1)

3

1% 3 1% 3 3% 3 0 - - - -

Total de dossiês 204 100% 219 100% 100 100% 147 100% 62 100% 42 100% 42 100% 30 87%

(1) Correspondem aos dossiês do processo de controlo horizontal concluído após o final do ciclo (2) Inclui um processo para o qual não existiam dossiês de suporte ao trabalho realizado (3) Inclui um dossiê por recusa ao controlo que foi enviado para o Conselho Disciplinar da OROC

(4) Situações de cancelamento voluntário, em que foi emitida uma declaração de impossibilidade de certificação e o ROC já havia sido controlado noutro dossiê, ou em que a SROC não efetuou revisão/auditoria exigida por lei.

SÍNTESE DAS CONCLUSÕES DO CONTROLO VERTICAL 2013/2014

TOTAL ROC/SROC de EIP SROC de outras entidades ROC de outras entidades

2012/2013 2013/2014 2012/2013

Fonte: OROC, mas refletindo também as reclassificações apresentadas pelo CNSA.

2013/2014 2012/2013 2013/2014 2012/2013 2013/2014

No controlo vertical, foram detetadas dez dossiês com resultado insatisfatório e vinte e nove dossiês com observações e recomendações de relevância que exigem acompanhamento subsequente.

As principais situações detetadas resultaram de insuficiências na execução de trabalho em áreas chave (35%), de deficiências no relato de reservas e ênfases e outras (27%) e de planeamento do trabalho inexistente ou insatisfatório (16%).

Em resultado da análise substantiva efetuada por parte do CNSA, foram detetadas algumas situações que carecem de melhoria, identificadas no “Relatório sobre os resultados do controlo de qualidade e respetiva supervisão do ciclo 2013/2014”1 , que

deram lugar a um conjunto de recomendações.

Posteriormente a este relatório foram propostas pelo CNSA alterações de classificação em 6 processos (controlo horizontal) e 14 dossiês (controlo vertical). A OROC confirmou a adequação das classificações que havia atribuído, tendo deliberado (i) comunicar aos controlados e controladores-relatores a alteração de classificação proposta pelo CNSA, (ii) realizar acompanhamento dos processos em que foi proposta a alteração de classificação para “com observações e recomendações de relevância” e (iii) manter o acompanhamento dos processos em que foi proposta a alteração de classificação para “com resultados insatisfatórios”.

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Por outro lado, refira-se que os processos de controlo de qualidade classificados pela CCQ como insatisfatórios são remetidos pelo Conselho Diretivo da OROC para o seu Conselho Disciplinar para procedimento disciplinar, bem como os processos de acompanhamento cujas recomendações não tenham sido implementadas num prazo razoável.

A atividade disciplinar decorrente do controlo de qualidade em 2014 pode resumir-se como segue (considerando os processos que se encontram encerrados):

Saldo Processos Processos Saldo Ciclo de controlo de qualidade inicial instaurados encerrados final

2010/11 e anteriores 1 - 1 -2011/12 2 - 2 -2012/13 3 7 7 3 2013/14 - 2 - 2 6 9 10 5 Fonte: OROC

EVOLUÇÃO EM 2014 DOS PROCESSOS DISCIPLINARES DECORRENTES DO CONTROLO DE QUALIDADE

No que se refere às decisões proferidas em 2014, estas segregam-se da seguinte forma (considerando todos os processos disciplinares, incluindo os decorrentes do controlo de qualidade):

Qualidade do trabalho

Ética e

deontologia Incompa-tibilidades Total Advertência - 6 - 6 Advertência registada 1 2 1 4 Multa de 1.000€ a 2.499€ 1 4 - 5 Multa de 2.500€ a 4.999€ 3 - - 3 Multa de 5.000€ a 10.000€ 3 2 - 5 8 14 1 23 Fonte: OROC

DECISÕES PROFERIDAS PELO CONSELHO DISCIPLINAR DA OROC EM 2014

4.2 Ações de inspeção e de supervisão

Em 2014, nos termos dos artigos 4.º e 5.º dos seus Estatutos, o CNSA decidiu a realização de ações de supervisão e inspeção a um ROC e a três SROC, tendo-se iniciado os trabalhos numa delas encontrando-se as restantes em fase preparatória.

4.3 Ação sancionatória e processos administrativos

No âmbito das atribuições previstas na alínea e) do n.º 1 do artigo 3.º dos seus Estatutos, o CNSA tem vindo a apurar a eventual responsabilidade contraordenacional em relação a factos de que toma conhecimento através da supervisão de ações de controlo de qualidade a ROC/SROC. Em 2014, foram apreciados 69 processos de contraordenação que culminaram na aplicação de 5 coimas, 58 admoestações e 6 arquivamentos.

(15)

Foi também dada continuidade a um processo administrativo transitado do ano anterior, desencadeado junto de uma sociedade de ROC e de dois dos seus sócios, na sequência de uma ação de inspeção realizada pelo CNSA, o qual culminou com o envio do relatório e decisão aos visados no final de 2012.

Foi deliberada a aplicação de uma coima, decorrente de um processo de contraordenação a uma SROC, instaurado na sequência de uma ação de inspeção concluída pelo CNSA em 2011, conforme divulgado no sítio na internet do CNSA.

4.4 Atividade regulatória e cooperação institucional

Conforme dispõe a alínea c) do n.º 1 do artigo 11.º dos seus Estatutos, compete ao CNSA emitir parecer prévio relativamente às normas do sistema de controlo de qualidade, deontológicas e de auditoria.

No exercício dessas competências, o CNSA concluiu a análise do projeto de Revisão da Diretriz de Revisão/Auditoria 841 – Verificação das Entradas em Espécie para Realização do Capital das Sociedades, ocorrendo a emissão de parecer prévio.

O CNSA procedeu ainda à análise e envio de comentários à consulta pública sobre o projeto de Regulamento da CMVM, relativo ao registo dos auditores e seus deveres, e proposta de alteração do artigo 9º do Código dos Valores Mobiliários (CVM), tendo neste âmbito emitido parecer, para o Ministério das Finanças, sobre o Anteprojeto do Decreto-Lei que altera o artigo 9º e adita o artigo 9º-A ao CVM.

Adicionalmente, foi elaborado um documento de reflexão sobre o modelo de funcionamento do CNSA, o qual foi remetido a sua Excelência, a Ministra de Estado e das Finanças, para apreciação.

No que concerne à cooperação no âmbito da União Europeia, foram acompanhados os trabalhos desenvolvidos ao nível do European Group of Auditors’ Oversight Bodies (EGAOB), do European Audit Inspections Group (EAIG), onde se destacam a colaboração nos trabalhos relativos à definição de uma metodologia europeia de supervisão de auditores e no processo de subscrição pelo CNSA das cartas de comentários do EAIG sobre os projetos submetidos a consulta pública neste período pelo International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA) e pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB), do Audit Regulatory Committee (AuRC) em colaboração com o Ministério das Finanças. Salientam-se a realização da reunião do EAIG, em Lisboa, nos dias 1 e 2 de abril, bem como a presença em duas reuniões do EGAOB (1 de julho e 9 de setembro).

No que se refere à Diretiva n.º 2014/56/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014, que altera a Diretiva n.º 2006/43/CE relativa à revisão legal das contas anuais e consolidadas e Regulamento (EU) n.º 537/2014 de 16 de abril de 2014, relativo

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aos requisitos específicos para a revisão legal de contas das entidades de interesse público, é de destacar a participação em workshops organizados pela Comissão Europeia acerca da transposição da mesma e o acompanhamento da sua tradução.

No que diz respeito à cooperação com países terceiros, o CNSA acompanhou os trabalhos desenvolvidos no International Forum of Independent Audit Regulators (IFIAR), salientando-se a participação na sessão plenária do IFIAR realizada em abril de 2014, bem como a participação ativa no IFIAR Enforcement Working Group. Foi também dada continuidade à análise detalhada dos projetos de acordo de colaboração e de acordo de proteção de dados remetidos pelo PCAOB.

A nível nacional, refira-se a participação da Presidente do CNSA, a convite da OROC, na sessão do Sorteio Público de Controlo de Qualidade referente ao ciclo 2014/2015, realizado em 3 de julho de 2014.

4.5 Divulgações

O CNSA procedeu à divulgação, pública e centralizada, dos registos de ROC e SROC mantendo-se, contudo, as competências para esse registo cometidas à OROC e à CMVM. Durante o ano de 2014, o CNSA procedeu ainda à divulgação do seu Plano de atividades para esse mesmo ano, das principais atividades desenvolvidas em cada semestre, bem como do relatório sobre os resultados do controlo de qualidade e respetiva supervisão do ciclo 2013/2014.

Referências

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