Fases e etapas para construção de
um projeto de pesquisa:
Objetivo
• Uma vez caracterizado o problema de pesquisa, cabe aos objetivos
esclarecer o que realmente pretendemos com a pesquisa
• Indica um resultado a alcançar, uma resposta ao problema
proposto;
• Devem iniciar com verbos no infinitivo, que sugiram uma ação
específica, para chegar à possível solução do problema.
• O objetivo geral ou final define o que pretendemos alcançar com a
execução da pesquisa, para quê ela se destina?;
• Os objetivos específicos ou intermediário, que têm função
intermediária e instrumental, devem responder para quem?,
permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar
estes a situações particulares do problema.
Objetivos
• Constituem-se em declarações claras e explicitas do
“para que se deseja estudar o fenômeno ou assunto”, ou
seja, o que se pretende alcançar com a realização da
pesquisa.
• Assim os objetivos devem ser iniciados com verbos
que exprimam ação, tais como, verificar, analisar,
Exemplos
• Problema: A escassa contratação de seguros saúde privados, por parte das
pessoas na Argentina, é consequência da oferta inadequada ou do baixo
nível de consumo dos setores majoritários da população, em comparação
com a realidade internacional?
• Objetivo geral: Identificar os determinantes do nível de associação aos
seguros de saúde privados na Argentina
• Objetivos específicos:
• Medir o nível de filiação – ou cobertura populacional – aos seguros de saúde
privados na Argentina
• Analisar a morfologia do mercado de empresa de seguros de saúde privados
• Descrever oferta de serviços de seguro de saúde privados
• Comparar a oferta de serviços de seguros de saúde privados com a de outros países
• Analisar o poder aquisitivo da população beneficiária de seguros de saúde privados
• Estimar o potencial de filiação das empresas de seguros de saúde privados
Formulação de objetivos
Formulação de objetivos
Formulação de objetivos
Hipóteses
• Entende-se como uma declaração que antecipa a relação entre duas
ou mais variáveis.
• Problema, pesquisa e hipóteses estão intimamente ligados.
• A hipótese é uma resposta antecipada do pesquisador, que a
deduziu da revisão bibliográfica.
• Nos estudos quantitativos pode ser colocada à prova para
determinar sua validade.
• A hipótese conduz a uma verificação empírica e tornar-se
importante para que a pesquisa apresente resultados úteis.
• A formulação de hipóteses deriva necessariamente do problema de
pesquisa.
Hipóteses...
• É enunciada sob a forma de uma afirmação, ainda provisória,
que o autor do trabalho esta enunciando um conhecimento.
• Hipótese é uma aposta que o pesquisador faz sobre os
resultados prováveis de pesquisa.
• A elaboração do problema de pesquisa e o enunciado de
hipótese parecem próximos, mas a hipótese se caracteriza por
apresentar uma força explicativa provisória, que será verificada
no trabalho de campo.
Hipóteses...
• Quando se tratar de estudos quantitativos, o pesquisador
deve formular hipóteses a serem comprovadas via de testes
estatísticos.
• Nos estudos qualitativos, a explicação da hipótese, segundo a
compreensão de alguns autores, não é obrigatória. Contudo,
uma hipótese de pesquisa pode orientar a estruturar o
Exemplo:
APLICA ¸CAO DOS MODELOS DE COX E POISSON PARA OBTER ˜ MEDIDAS DE EFEITO EM UM ESTUDO DE COORTE Autor: LUCIANE DE SOUZA VELASQUE Orientador: Dr. CLAUDIO JOSE STRUCHINER ´ Co-Orientadora: Dra. PAULA MENDES LUZ
RESUMO Taxa e risco s˜ao conceitos epidemiol´ogicos ”t˜ao b´asicos” que, muitas vezes, s˜ao utilizados sem o necess´ario rigor conceitual. O resultado ´e uma falta de precis˜ao na terminologia empregada na literatura, o que culmina com incorretas interpreta¸c˜oes dos resultados. De maneira geral, os modelos de Cox e Poisson s˜ao empregados em estudos de coorte, sendo que a medida de efeito estimada ´e a raz˜ao de hazard ou raz˜ao de taxas de incidˆencia. Embora essas sejam as aplica¸c˜oes para as quais tais modelos foram desenvolvidos, alguns autores os utilizam para estimar raz˜ao de prevalˆencia em estudos transversais e o risco relativo em estudos de coorte. Este trabalho se prop˜oe a apresentar conceitos epidemiol´ogicos b´asicos como a defini¸c˜ao de taxa e risco e suas medidas de efeito (raz˜ao de taxa e raz˜ao de risco/risco relativo). Tamb´em foram explorados os modelos estat´ısticos que podem ser usados para estimar essas medidas e em que condi¸c˜oes tais modelos est˜ao estimando uma ou outra medida de efeito espec´ıfica. Para exemplificar essas situa¸c˜oes, trabalharemos com dados x reais provenientes de coorte de pacientes acompanhados no Instituto de Pesquisa Cl´ınica Evandro Chagas, Fiocruz e com dados simulados. Apresentaremos tamb´em os comandos necess´arios para a es=ma¸c˜ao desses modelos no programa estat´ıstico R. Os resultados obtidos mostram que o uso dos modelos de Cox e Poisson s˜ao equivalentes quando o interesse ´e estimar o risco relativo. No entanto, quando o interesse est´a na es=ma¸c˜ao da raz˜ao da taxa de incidˆencia , os dois modelos somente convergem para o mesmo valor estimado quando a taxa de incidˆencia puder ser considerada constante. Caso contr´ario, o modelo de Poisson estima a taxa de incidˆencia m´edia, enquanto que o modelo de Cox estima a taxa de incidˆencia instantˆanea. Considerar um m´etodo robusto de ajuste de variˆancia, ou usar o modelo quase-Poisson, foi essencial para construir intervalos de confian¸ca mais adequados em situa¸c˜oes onde as premissas fundamentais para aplica¸c˜ao dos modelos considerados n˜ao se mostraram v´alidas. Palavras chaves: Estudo de coorte, Risco relativo, Raz˜ao da taxa de incidˆencia, Modelo de Cox, Modelo de Poisson