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Fundamentos de Turismo | Editora LT

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Academic year: 2021

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Introdução

Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-da de segunconsidera-da classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejaconsidera-da, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em ati-vidades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?

O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da quali-dade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio. • Maior estabilidade no emprego.

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho. • Facilidade em conciliar trabalho e estudos.

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados.

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se

formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O per-centual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Ensino Profissionalizante no Brasil e

Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a

formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – Ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno. b) Concomitante – Num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino

Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.

c) Subsequente – O aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

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Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo

Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos

Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional. O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 13 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente e Saúde

2. Desenvolvimento Educacional e Social 3. Controle e Processos Industriais 4. Gestão e Negócios

5. Turismo, Hospitalidade e Lazer 6. Informação e Comunicação 7. Infraestrutura

8. Militar

9. Produção Alimentícia 10. Produção Cultural e Design 11. Produção Industrial 12. Recursos Naturais 13. Segurança.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de

temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infra-estrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um

mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indu-tora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais pas-saram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos matriculados em educação profissional passou de 993 mil em 2011 para 1,064 milhões em 2012 – um crescimento de 7,10%. Se considerarmos os cursos técnicos integrados ao ensino médio, esse número sobe para 1,3 millhões. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência a aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.

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Comparação de Matrículas Brasil

Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2011 e 2012.

Etapas/Modalidades de Educação Básica Matrículas / Ano 2011 2012 Diferença 2011-2012 Variação 2011-2012 Educação Básica 62 557 263 62 278 216 –279 047 –0,45 Educação Infantil 6 980 052 7 295 512 315 460 4,52% • Creche 2 298 707 2 540 791 242 084 10,53% • Pré-escola 4 681 345 4 754 721 73 376 1,57% Ensino Fundamental 30 358 640 29 702 498 –656 142 –2,16% Ensino Médio 8 400 689 8 376 852 –23 837 –0,28% Educação Profissional 993 187 1 063 655 70 468 7,10% Educação Especial 752 305 820 433 68 128 9,06% EJA 4 046 169 3 861 877 –184 292 –4,55% • Ensino Fundamental 2 681 776 2 516 013 –165 763 –6,18% • Ensino Médio 1 364 393 1 345 864 –18 529 –1,36%

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta traba-lhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento este que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Podemos observar o crescimento da educação profissional no gráfico a seguir: Educação Profissional Nº de matrículas* 1 362 200 1 250 900 1 140 388 1 036 945 927 978 780 162 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed. * Inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino médio.

As políticas e ações do MEC nos últimos anos visaram o fortalecimento, a expansão e a melhoria da qualidade da educação profissional no Brasil, obtendo, nesse período, um crescimento de 74,6% no número de matrículas, embora esse número tenda a crescer ainda mais, visto que a experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 1,064 milhões de estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos 3 milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

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Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio pro-fissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à for-mação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido refor-ça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

O Que É Educação Profissional?

O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas em ativi-dades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolari-zação é imprescindível nesse processo.

Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo pla-no por muitos apla-nos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um sim-ples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no Ensino Técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

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O Livro Didático Técnico e o Processo

de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar pro-va, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para em-basar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.

A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendiza-gens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o proces-so avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progresproces-sos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assi-milados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de er-ros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de ru-mos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/ aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coi-sas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante.

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Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando à conclusão que este aluno necessita de um processo de ensi-no/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa.

Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/apren-dizagem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

Avaliação e Progressão

Para efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre conside-rar os avanços alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a per-guntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferi-mento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação às suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta pos-sibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.

Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de Avaliação

Existem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um con-junto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envol-vem na sua própria avaliação.

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A avaliação pode incluir:

1. Observação 2. Ensaios 3. Entrevistas

4. Desempenho nas tarefas 5. Exposições e demonstrações 6. Seminários

7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um

alu-no ao longo de um período de tempo.

8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais) 9. Elaboração de projetos 10. Simulações 11. O pré-teste 12. A avaliação objetiva 13. A avaliação subjetiva 14. Autoavaliação

15. Autoavaliação de dedicação e desempenho 16. Avaliações interativas

17. Prática de exames

18. Participação em sala de aula 19. Participação em atividades

20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação

discente pelo grupo de professores.

No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destaca-das poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações se-manais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativida-de em prol criativida-de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/ aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da Obra

Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvi-mento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugin-do da abordagem tradicional de descontextualizafugin-do acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tor-nando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

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Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complemen-tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradá-vel e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto--e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:

• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas.

• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.

• Sugestões para a gestão da sala de aula. • Uso do livro.

• Atividades em grupo. • Laboratório.

• Projetos.

A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apre-sentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas Gerais

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógi-cas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera. net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

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FUNDAMENTOS DE

TURISMO

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Orientações gerais

A atividade turística não deve ser encarada como a única matriz “salvadora” de uma econômica em crise e nem como única ferramenta capaz de preservar a história ou promo-ver o desenvolvimento de uma sociedade. Mas é uma das alternativas, e sim, é uma das mais completas formas de resgate social, histórico e desenvolvimento sustentável de que dispo-mos. Por isso, tem sido tema recorrente de planejamentos governamentais, cursos técnicos e bacharelados.

Muitos cursos se proliferaram pelo país ao final da década de 90 do século passado, e muitas obras científicas foram escritas. Os números do Ministério do Turismo comprovam a importância de se debater, estudar e promover a atividade. Segundo a instituição “[...] o fortalecimento do mercado interno vai permitir que seja gerado 1,7 milhão de empregos nos próximos anos.” E segundo o Governo federal a estimativa que de a atividade turística ultrapasse a marca dos R$ 8 bilhões de reais movimentados anualmente nos próximos anos. Dessa forma, definindo o que é e para que serve a atividade, poderemos com mais tranquilidade e sabedoria desenvolver o estudo de forma qualificada. Sendo assim, o livro toma forma e importância para auxiliar no estudo da questão e seus múltiplos relaciona-mentos.

Antes de qualquer atividade há a necessidade de mão de obra qualificada, além do conhecimento de tipologias, e a interdependência socioambiental x econômica da ativida-de, tudo isso aliado aos múltiplos potenciais, para que o profissional possa desenvolver de forma mais completa o planejamento e o desenvolvimento do turismo.

Uma pouco da história do turismo irá auxiliar o futuro profissional a entender a im-portância dessa atividade para a sociedade. O livro trabalha com esses aspectos e fornece as ferramentas para que o aluno enfrente os desafios de mercado e de toda atividade.

Objetivos do material didático

O livro Fundamentos de turismo não tem a pretensão de esgotar o tema, mas de escla-recer e estimular o debate dos principais aspectos sobre a atividade turística, de forma útil, para o técnico em turismo e para os demais interessados.

Em linhas gerais são três bases:

• Levar até o aluno uma compreensão a respeito da profissão.

• Formação intelectual de profissionais capazes de analisar, criticar e atuar na área. • Sistematização da metodologia do aprendizado da atividade turística em nível

técnico.

Tendo em conta os fatos citados, e a fim de contribuir para o desenvolvimento local e regional do planejamento turístico, são objetivos gerais desse livro: o auxílio na compre-ensão da importância do planejamento turístico, da identificação dos principais pontos com potencialidades turísticas, os principais produtos turísticos já desenvolvidos e os seguimentos do turismo mais indicados para trabalho na região em que o aluno pretende estudar/atuar.

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Princípios pedagógicos

É muito importante que os alunos consigam perceber a importância da ati-vidade turística dentro da sociedade. Por isso, o desenvolvimento do livro se dá de maneira harmônica, aplicando exemplos reais, hipóteses e os fundamentos do estudo da atividade.

Trazendo o embasamento histórico norteando toda a atividade do trade, é possível fazer com que o aluno sinta-se confortável em debater e discutir os diver-sos exemplos de planejamento, de cidade, de atrativos e serviços, ou seja, fazendo com que a realidade do mercado seja tangível ao seu pensamento e a sua prática.

É claro que as especificidades dos alunos devem ser levadas em consideração, porém a sequência dentro de cada capítulo, como a lógica histórica e conceitual, permite ao professor percorrer caminhos diversos na utilização da obra. Não ne-cessariamente linear, mas o mais importante é que os conceitos sejam firmados para que o aluno crie o senso crítico sobre a atividade e vá se aprofundando de acordo com o seu potencial e interesse.

Articulação do conteúdo

“É impossível desenvolver alguma atividade no ambiente sem degradá-lo”. Esta posição é defendida pela grande maioria dos ecologistas. Com efeito, produção e contaminação ambiental são indissociáveis, o esquema está em planejar a ativida-de produtora para minimizar o efeito negativo no ambiente.

“O que se deve levar em consideração é a nossa posição frente aos recursos naturais e aplicarmos uma tecnologia que os considerem como são (que respeite suas características) e não como nós ‘vemos’. Essa posição requer uma atitude revo-lucionária na consciência dos homens, a tal ponto que compreenda a nossa estreita vinculação e integração com o meio ambiente.” (MOLINA, 1998, p. 47).

Na maioria dos projetos turísticos, encontramos descrições das característi-cas paradisíacaracterísti-cas de determinado lugar, como a tranquilidade, o contato com a na-tureza e o ar puro. Mas por trás dessas características muitos projetos turísticos estão fadados ao fracasso. Para entender tal citação, pode-se colocar um exemplo extremo: O turista procura em suas viagens locais diferentes do seu lugar de ori-gem, portanto, locais protegidos e limpos. Já sem o devido cuidado, com a escassez dos recursos e o abuso na capacidade de carga do local turístico, o turista não mais retornará.

O turismo é um forte instrumento para difundir ou provocar a difusão da cul-tura, ou seja, homogeneizar e introduzir elementos a sociedades diversas. Isso pode ocorrer utilizando as redes de cidades já existentes, onde a cidade polo expande seu aculturamento para as outras, por movimentos pendulares, filiais de empresas, demanda turística, produtos e serviços, malhas viárias, entre outros.

Assim sendo, fica evidenciado que o professor poderá articular as diversas disciplinas correlatas, como sociologia, filosofia, economia, matemática e biologia com as atividades do livro e deste manual.

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Atividades complementares

Recomenda-se a feitura de um projeto de diagnóstico de uma localidade ou município, indicando as principais atividades que podem ou não serem desenvolvidas de acordo com a potencialidade do local. Efetuando um pequeno levantamento de infraestrutura básica e de apoio e turístico, bem como os possíveis atrativos e, ainda uma entrevista com pessoas da cidade sobre o que seria mais hospitaleiro para seus cidadãos e para os turistas.

Sugestão de leitura

ABRASP. Disponível em: <http://www.abrasp.com.br.>.

ACERENZA, M. A. Administración del turismo. México: Trilhas, 1999. BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular. Petrópolis: Vozes, 1972.

CARREIRA, F. SÉGUIN, E. Planeta Terra: uma abordagem de direito ambiental. Rio de Janei-ro: Lumen Juris, 2001.

MAMEDE, G. Direito do turismo. São Paulo: Atlas, 2002. TURISMO. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/>.

Sugestão de planejamento

Este manual foi elaborado para dar suporte ao livro Fundamentos de turismo, e ser uti-lizado em sala de aula e atividades supervisionadas. Para tanto, faz-se necessário à inclusão de textos externos e obras de escritores expoentes para ampliar, enriquecer e concretizar o aprendizado.

Semestre 1

Primeiro bimestre

Capítulo 1 – Introdução ao turismo

Capítulo 2 – Conceituação básica

Capítulo 3 – Profissionais do turismo

Objetivos

• Conhecer sobre:

– A história do turismo no Brasil e no mundo. – Definições básicas.

– Termos importantes.

– Tipologia do turismo e turista. – Ciências correlatas.

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Segundo bimestre

Capítulo 4 – Segmentação do mercado turístico

Capítulo 5 – Paisagens do turismo

Capítulo 6 – Sustentabilidade de atividade

Objetivos

• Aprender sobre:

– Turismo de negócio, de eventos, de incentivos; turismo de estudo e intercâmbio; tu-rismo para solteiros; tutu-rismo da diversidade; tutu-rismo cultural e tutu-rismo para lazer. – Paisagem; o lugar e não lugar; a ocidentalização do espaço.

– Sustentabilidade social; econômica, ambiental pelo planejamento turístico e sus-tentabilidade cultural.

Semestre 2

Primeiro bimestre

Capítulo 7 – Principais destinos

Capítulo 8 – Hospitalidade

Objetivos

• Saber sobre:

– Destinos nacionais e globais. – Saturação.

– Hotelaria; agenciamento; transportes e planejamento.

Atividades

O professor poderá sugerir trabalhos-pesquisas com base nos subtítulos dos capítulos, e como e quais são os polos receptivos. Isso irá auxiliar no desenvolvimento de técnicas de venda para quem for atuar como agente de viagens, e ou utilizar técnicas de benchmarking para trabalhar no desenvolvimento de novos destinos ou planejar e adequar destinos já existentes.

Segundo bimestre

Capítulo 9 – Lazer e recreação

Capítulo 10 – Eventos e o turismo

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Objetivos

• Abordar sobre: – Histórico do lazer.

– A importância da atividade recreacionista para o mundo comercial. – Lazer e turismo.

– Histórico de eventos no Brasil. – Fatores econômicos e sociais.

Orientações didáticas e respostas das

atividades

Capítulo 1

Orientações

A sequência de cada capítulo permite que o professor percorra caminhos diversos na utilização da obra. Não necessariamente uma sequência contínua, mas que a abstração seja firmada para que o aluno crie senso crítico e vá se aprofundando de acordo com seu inte-resse e potencial.

Professor, para cada capítulo estudado é interessante uma pesquisa ou um

“bate--papo” para que os alunos absorvam mais o conteúdo.

Respostas – página 27

1) Os homens mesmo possuindo alimentos, queria conhecer novos locais ou aumentar suas posses, isto é, mesmo podendo permanecer em um mesmo local, passou a se des-locar para realização de suas vontades e não mais pela necessidade. Assim, passaram a viver em sociedade. Essa mudança aconteceu em várias épocas da linha do tempo. 2) O desenvolvimento das indústrias televisivas e automotivas, uma criando desejos e

vontades, a outra possibilitando o deslocamento de forma mais rápida barata e indivi-dual. Já outros dois acontecimentos mais direcionados também foram importantes, o incentivo do poder público ao turismo buscando novas fontes de renda, e os aumentos de eventos corporativos.

3) Sugestão de resposta:

Muitos destinos que possuíam interesse divulgavam seus atrativos e serviços por meio de programas, filmes, novelas e comerciais televisivos. Como a televisão passou a fazer parte integrante da vida das pessoas, passou a influenciar nas decisões e nas vontades. Além disso, a abrangência da informação passada era enorme, atingindo muitas pessoas ao mesmo tempo. Podemos verificar isso nas novelas brasileiras, isto é, sempre que temos algum país ou região sendo abordado como tema, as viagens para esses destinos aumentam. Outro aliado como ferramentas de propaganda são os

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4) Sugestão de resposta:

As pessoas preferem viajar para locais que são tidos como seguros. Todo destino com fama de inseguro ou violento tende a ter queda de turistas. Mas não só o destino deve ser seguro, ou seja, todo o deslocamento tam-bém deve ser.

• Somente quando as estradas passaram a ser mais seguras, ou seja, quan-do passaram a ser sinalizadas, ter pontes, menos buracos as pessoas se sentiram mais encorajadas a viajar.

• Alguns hotéis fazem propaganda da segurança e tranquilidade de se hos-pedar no local.

• A segurança não se resume somente a um lugar não violento, as empre-sas aéreas fazem propaganda de como é seguro viajar de avião. Portanto, quanto mais seguro e confortável o deslocamento mais fácil é a decisão de viajar.

5) Algumas pessoas têm como principal motivação de viagens a busca por quali-dade de vida, a ascensão social e a busca por status. Algumas buscam satisfação viajando, pois consumindo serviços e produtos, sentem-se mais realizadas. E as viagens proporcionam isso, além de uma sensação de ascensão, mesmo que momentânea. Fora isso, viajar para locais da moda ou exóticos, geram assun-tos e histórias para contar e debater com amigos, colegas e familiares.

6) Sim. A concentração de voos e do mercado em poucas companhias aéreas, a monopolização de rotas, a contínua falência de empresas, e a compra de pequenas companhias aéreas por empresas maiores são fatores comuns da década de 1960 até os dias atuais. O fechamento do espaço aéreo nacional para operação de companhias internacionais (perfazerem as rotas nacio-nais), gera pouca competitividade. Além disso, a deficiência de aeroportos e a má administração de empresas provocam incertezas no mercado, o que pode gerar pouco investimento no setor. Os períodos também são parecidos, ambas as décadas se destacam pelo crescimento econômico, e a falta de uma indústria aérea consolidada que possa atender o mercado interno de forma satisfatória continua sendo um problema.

7) A Varig foi a empresa responsável por passar a imagem de que o Brasil era um país unido, e agora mais ainda, pois possui voos para todos estados e muitas cidades. Além disso, o Brasil também estava ligado com diversas cidades e países do mundo, inclusive o Japão. Foi ela também uma das responsáveis pelo aumento da valorização da cultura e da mão de obra local, uma vez que levava a marca brasileira para diversas cidades do mun-do. Os profissionais da Varig eram sempre muito respeitados. Já a TAM foi responsável por modificar a imagem do turismo, algo mais rápido, moderno e principalmente mais confortável e cortez. Por meio do serviço telefônico “fale com o presidente” e dos tapetes vermelhos em aeroportos e aeronaves a TAM fez com o que os moldes de hospitalidade, antes restritos a algumas classes sociais, fossem aplicados a todos os turistas que pudessem viajar com ela.

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8) De diversas formas, sendo as principais:

• As enormes distâncias a serem percorridas devido ao tamanho continental do país demoram muito por vias rodoviárias.

• As condições de preservação das vias nem sempre são as melhores. • O alto custo das viagens tanto para o turista quanto para o estado. • O grande número de acidentes.

• Os constantes congestionamentos.

• A falta de ligação entre os diversos modais.

9) Não é um fenômeno novo, pois assim como em outras épocas essas duas cidades es-tão em evidência nacional e internacional, apresentando um aumento na demanda de turistas. Sempre que existe uma alta procura, a tendência é que o valor do produto ou serviço também aumente. Foi isso que aconteceu com a vinda da família real ao Rio de Janeiro a falta de hospedagens na nova capital, fazendo os preços dispararem. Os megae-ventos, como Jogos Militares, Jogos Pan-Americanos, Copa do Mundo e Olimpíadas alia-dos ao bom momento econômico, faz com que o interesse por essas cidades aumente, provocando inflação nos preços e alta taxa de ocupação das unidades habitacionais. 10) Sim, ganhou muito. Pois aumentou tanto a qualidade quanto a quantidade de serviços,

transportes, vias, alimentação de hospedagens. A mão de obra ficou mais qualificada e abundante e o aumento na segurança nos deslocamentos também ocorreu. A etiqueta e os protocolos na prestação de serviços vieram acompanhados com a normatização e regularização dos serviços. Além disso, novas formas de diversão foram incorporadas criando novos nichos de trabalho e oportunidades.

Capítulo 2

Orientações

Professor, dependendo da disponibilidade e do avanço dos alunos, sugerir uma

pes-quisa mais elaborada para enriquecer o conhecimento e a observação.

Respostas – página 42

1) Professor, a resposta deve conter parte fundamental da teoria que diz: “Atividade humana capaz de intervir positivamente nos aspectos social, cultural e econômico de um local” – ou ainda, as diretrizes da OMT. O aluno também pode abordar os tipos de turismo (da sua localização/região).

2) O relacionamento se dá quando existe a demanda. A oferta turística é composta por serviços, equipamentos e produtos operacionalizados por moradores e entidades lo-cais, ou seja, os autóctones. Esta se caracteriza como a forma ideal de realização do turismo. Por vezes a oferta não é realizada por moradores locais, e isso tende a ser ruim, visto que os benefícios da atração da demanda podem tardar ou não chegar aos moradores (aos autóctones).

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3) Tempo, fator financeiro, fator social e geografia.

Tempo As pessoas devem possuir tempo disponível para viagens, férias, folgas, finais de semana, etc. Fator financeiro As pessoas devem ter recursos para pagar pelos serviços e produtos turísticos.

Fator social As pessoas devem possuir interesse e motivação em viajar. Alguns nichos ou grupos podem apresentar maior ou menor vontade de viajar de acordo com o meio em que vivem.

Geografia Pessoas que vivem em cidades possuem características e interesses diferentes das que vivem em zonas rurais, a idade, o gênero, as distâncias dos destinos são fatores que influenciam na escolha de destinos, por exemplo.

4) Equipamentos turísticos são todas as instalações sem as quais a atividade não existiria, como exemplo, os locais de alimentos e bebidas, as lojas, os locais de vendas de pacotes e produtos, hotelaria, entre outros. Os servi-ços turísticos são os serviservi-ços voltados diretamente à atividade turística. Por exemplo, os guias de turismo não existiriam em um local se não hou-vesse demanda de turistas, e os serviços de recepção de aeroporto não existiriam se não tivéssemos os turistas viajando de avião.

5) Sim, o turismo aventura pode ser realizado em diversos locais. A ideia desse tipo de turismo é aventura envolvendo esportes, adrenalina, risco (controlado), emoções. Essas atividades podem ser realizadas no meio ur-bano por meio de rapel, tirolesa, caminhadas, corridas, escalada e diver-sos outros esportes. Importante dizer que, normalmente, essa atividade está associada a esportes e natureza, mas não limitado por elas.

6) A Organização Mundial do Turismo (OMT) classifica três tipos de tu-rismo primários: doméstico, receptivo e emissivo, dos quais vão se de-senvolvendo todos os demais tipos que conhecemos. Basicamente, são caracterizados pela movimentação ou pela localização da realização da atividade turística (país, estados, cidade ou região). Por isso depende-mos das definições de lugar, região e território para identificar qual é a tipologia adequada.

7) Geografia, administração e estátistica. A primeira pode contribuir com teorias ambientais mais elaboradas, com técnicas de desenvolvimento e preservação, além de auxiliar nos âmbitos sociais e econômicos. Pode também, aliado à estatística auxiliar e a explicar o fluxo populacional ana-lisando e planificando para que profissionais da administração possam aplicar seus conhecimentos e suas teorias na melhor forma de estruturar a atividade.

Algumas ciências são comuns ao estudo de outras atividades, mas para o turismo são de grande relevância e merecem ser destacadas: o direito, o

marketing, a contabilidade, a informática e a psicologia.

8) Professor, aqui o aluno deverá elencar algumas das demandas e apro-ximar a explicação (da demanda de seu local) teórica. Devido ao vasto número de tipologias que podem ser criadas e das combinações das ti-pologias, ficar atento ao regionalismos e aos tipos de turismo praticados no local.

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Tipo – Consequências

Aventura: de alto valor cultural, ambiental e social positivos, tanto para o turista quanto para o destino. O turista ideal para locais protegidos ou pequenos polos.

Alta classe: os turistas dessa tipologia procuram destinos de alto valor cultural, não se importam com impactos ambientais e sociais se eles forem para benefícios (dos turistas) e não sejam visualizados no decorrer da viagem.

Massa: comum entre as classes economicamente média e baixa , preferem destinos da moda, e viagens em grupos. Altamente impactante, tanto pelo estilo quanto pela quantidade. De uma forma geral dão pouco valor à cultura local.

Excursionista: com interesses específicos e pouco gasto no local receptor. Comum para eventos e turismo religioso.

Comum: turista que não planeja a viagem, possui pouca aceitação da cultura local, gastos relativamente altos. Não costumam guardar e repassar boas impressões dos locais visitados, pois como não tinham conhecimento prévio, deixam passar aspectos importantes que podem ser fator diferencial na imagem gerada do destino.

9) Sim, é capaz de receber vários tipos de turistas, ou seja, o estímulo a viagem não fica restrito a classes sociais e/ou tipos de atividades. Além disso, a localidade pode pos-suir diversos atrativos, como um município do litoral pode atrair turistas de massa, e praticantes de espotes radicais. Ou ainda grandes eventos podem atrair excursio-nistas de várias faixas etárias e classes sociais. Por isso, a diversidade de atrativos e a motivação são fundamentais para atração de turistas.

10) • Secretarias municipais de turismo, cultura educação, entre outras. • Procon, Ibama, Mtur, Ministérios federais, entre outras.

• OAB, CRC, CRM ou outra entidade representativa. • Conselhos municipais, sindicatos, associações.

Capítulo 3

Orientações

Professor, tendo como base a tabela 3.1 da página 44 (do livro do aluno), propor aos

alunos uma atividade sobre a importância do marketing pessoal.

Respostas – página 51

Dicas e sugestões para a atividade da página 51.

Dicas:

• Mesmo não apresentando experiência na área, atividades correlatas são importan-tes.

• Habilidades e características pessoais sempre contam pontos.

• Conhecimentos de atualidades são fundamentais para algumas profissões.

Sugestão:

• Busca de perfis para contratação em cargos específicos (os iniciais) e discussão entre o grupo do perfil ideal.

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Capítulo 4

Orientações

Professor, recomenda-se a feitura de um segmento de eventos, como

exemplo o quadro 4.1 da página 53 (do livro do aluno).

Respostas – página 73

Professor, aluno deverá apontar:

• Qual o tipo de turismo mais praticado e/ou por qual segmento o local é mais conhecido. O aluno deve citar também os demais segmentos secundários, potenciais ou reais.

Sugestões:

• Por vezes a região pode apresentar um enorme potencial pesqueiro, ou de aventura e ainda não ser explorado. Através de conhecimento, comparação com outros destinos e ou debates em sala o aluno pode-rá identificar possíveis nichos.

• No Cadastur, devem constar todos hotéis com autorização de funcio-namento pela Embratur. Por meio do conhecimento local o aluno pode encontrar outros estabelecimentos que prestam serviços de hospe-dagens, mas ainda não estão cadastrados.

• Indicar a existência e os respectivos nomes de estradas, rodovias, hi-drovias, aeroportos e ou portos. Ex.: Br 101, Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, Porto do Recife S. A. Além de empresas operadoras, como Viação Cometa, TAM, MSC Cruzeiros.

• Esse parecer pode ser baseado em notícias da mídia ou do próprio

site da Infraero ou outros oficiais, o importante aqui é o aluno perceber

qual a importância e a situação do aeroporto. Por isso, pode ser pessoal esse parecer, é claro que baseado em algum ponto pesquisado.

• Novamente será um texto de conclusões pessoais. Aqui o professor deverá analisar se houve pesquisa, se os dados são corretos e, princi-palmente a coerência com a realidade local.

Capítulo 5

Orientações

Professor, sugerir aos alunos montar um painel de (algumas) paisagens

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Respostas – página 86

1) Temos a certeza de que a paisagem é cultural, visto que as transformações provocadas pelo homem devem ser superiores aos aspectos naturais. Mesmo que a cidade seja rural as áreas de plantio já apresentam mais características culturais do que naturais. Entretanto, algumas cidades podem apresentar um entorno próximo ainda muito li-gado à natureza, como matas, riachos, bosques preservados. Quando o entorno for caracterizado mais por ambientes naturais poderá ser uma paisagem natural.

2) O cheiro se enquadra nas características que não se pode tocar, mas se percebe e, tam-bém que se aprecia, ou seja, pode-se guardar na memória, e mesmo após muitos anos, pode nos remeter ao passado. Por exemplo, para muitos, o cheiro de feijão com folha de louro remete àquele feijão da vovó, isto é, o aroma do feijão os remete às vivências junto à avó. Da mesma forma, as músicas, as letras e melodias são em grandes partes atrativas e, afetam muitas pessoas, ao ponto de remetê-las a lembranças, fatos ou épo-cas, pois fazem parte da paisagem mental dessas pessoas.

Assim, podemos dizer que o planejador pode utilizar os aromas de alimentos, ou de objetos naturais como ferramenta de marketing.

3) As convenções sociais do local de origem, preocupações e, principalmente, compro-missos devem ser posto à parte. Isso não quer dizer que os turistas devem esquecer aquilo que sabe, mas sim estarem prontos para aceitar o novo. Embora, nem sempre isso aconteça. Então, conhecendo previamente a demanda por meio de pesquisas de mercado, é possível direcionar a criação de uma “imagem gerada” para próximo do ideal desejado. Ex.: em destinos litorâneos ou de interior que apresentem atrativos aquáticos a qualidade da água deve ser sempre boa, e o local deve fazer propaganda sobre o assunto. Se os pontos fortes do destino forem compatíveis com as expectati-vas, maior é chance de satisfação do turista.

4) Tudo aquilo que pode ser, de algum jeito, explorado e aproveitado para o turismo for-ma ufor-ma paisagem turística. Por vezes as paisagens se forfor-mam previamente, ou seja, antes da viagem, via expectativas dos turistas e informações colhidas em pesquisas por eles efetuadas. Muitos turistas são capazes de imaginar todo um cenário, sua pai-sagem, inclusive com cores, cheiros e sabores.

Paisagens turísticas podem ser formadas posteriormente às viagens por meio de um somatório da paisagem imaginada, ou seja, com a percepção dela ao longo da viagem, e com a lembrança e a reflexão. Por isso, para fins econômicos a paisagem é um dos principais fatores de sucesso de um destino, pois é dela que surgem os comentários sobre destinos e/ou viagens.

5) As paisagens positivas são formadas quando a expectativa do turista está de acordo com a paisagem encontrada. Somente dessa forma o ciclo do turismo formado pela (demanda e oferta, compra, deslocamento, prestação de serviços, retornos financei-ros, social, cultural e ambiental, e publicidade dita ‘boca a boca’ se completa adequa-damente). As pessoas tendem a confiar nas informações de amigos e conhecidos que viajaram a um destino ou que ouviram dizer sobre. A confiança depositada na relação de amizade é transferida para as informações, o que muitas vezes contribui para gerar uma imagem prévia do destino.

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6) Podemos dizer que lugar não lugar guarda a fronteira entre o novo e os espaços roti-neiros. O habitual e o social. Os cruzeiros são os maiores exemplos desse questiona-mento, pois basicamente todos são iguais, não importa o país onde se estiver, o idioma usado é o inglês; não importa a região do mundo, dentro das instalações o ambiente é climatizado; não importa a cultura local, o consumismo, o consumo de bebidas alcoó-licas, a decoração e as cores são padrões internacionais. Em qualquer praia, porto, ou região que se desloquem, não faz diferença, nesse caso, o atrativo é exatamente isso, estar em qualquer lugar e em lugar nenhum. Todos ambientes são iguais, mesmo sen-do diferente sen-dos locais que eles estão.

7) Como exemplos de lugares não lugares, que são praticamente os mesmos mundo afo-ra, ou seja, não importa onde se esteja, citam-se estradas, aeroportos, rodoviárias, in-teriores de ônibus, barcos, trens.

8) Ocidentalização do espaço. Esses espaços surgem por dois principais motivos: con-venção e facilidade e, estilos de vida. O primeiro diz respeito à prática arquitetôni-ca que normalmente busarquitetôni-ca preços baixos para construções e, consequentemente, faz com que construções e edificações sejam muito parecidas e com pouca criatividade. E ainda, repetem-se e/ou copiam-se padrões de funcionalidade previamente testados e, comprovados pelo sucesso em outros locais.

O segundo motivo faz referência ao estilo de vida ocidental que privilegia a supervalo-rização da estética, a baixa individualização dos espaços e a massificação de produtos, serviços e locais. Isso caracteriza uma tentativa de tornar lugares em lugares globais, onde pessoas consigam se sentir como se estivessem em casa, mesmo estando longe dela.

Após a revolução francesa até os dias de hoje, países tentam apagar traços de orien-talismo, devido a uma ideia de superioridade artística cultural e social. Não que seja verdade, mas de fato houve uma sobreposição cultural. Ao longo dos anos essa modi-ficação cultural, passou a influenciar inclusive países orientais, como a China, a Índia e o Japão. Considerado como modernidade e desenvolvimento somente quando ocorria nos moldes da França, Inglaterra ou Estados Unidos da América. A influência cultural atingiu todos os aspectos, a economia, os sistemas políticos, a arquitetura e, princi-palmente o estilo de vida. Por isso, as atividades econômicas, entre elas o turismo, ficaram imergidas em regras padronizadas que atendessem às vontades e anseios de pequenos grupos de empresários e alguns países ocidentais.

9) Não. Isso apenas pode ser indício de que o estilo de vender ou de expor produtos e destinos é viciado em estilos preconcebidos sem levar em consideração aspectos locais, mas não necessariamente apresentar um grau maior de importância.

10) • Expectativas elevadas: informações de outros turistas que já visitaram o local criam expectativas, porém, normalmente, às pessoas têm visões de mundo diferenciadas. Assim, as informações podem gerar falsas expectativas sobre um destino. A falta de pesquisa prévia sobre destinos, falta de experiência em viajar, a não realização de sonhos, valores pagos elevados e propaganda excessiva do destino, entre outros fatos, são os principais causadores de alta expectativa.

• Informações erradas: também pode ser causada pelos mesmos motivos da anterior, porém com um agravante, pode gerar problemas financeiros durante a viagem.

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• Falta de planejamento da viagem: quando não se efetua o correto planejamento, idealiza-se uma viagem que muito provavelmente não corresponda à expectativa. Ainda, é muito comum, turistas chegarem a locais sem mesmo ter um hotel reser-vado, ou sem ter fechado um roteiro do destino. Isso pode fazer com que turistas deixem de conhecer produtos que contribuiriam na construção de uma imagem positivo do destino.

• Prestadores dos serviços turísticos: grande parte dos problemas causados para os turistas e que geram imagens negativas são advindos da má prestação dos serviços, por parte de profissionais que se espera serem mais bem preparados. Infelizmente, ainda vale no turismo, quando ele é tido como puramente gerador de lucros, aquela máxima que diz: lucrar mais em menos tempo. Isso faz com que haja pouco inves-timento em treinamento profissional, bem como baixo invesinves-timento em infraestru-tura. A contratação de prestadores temporários também prejudica o atendimento e devido a isto, por exemplo, é muito comum turista sulista reclamarem da pouca velocidade dos serviços prestados no nordeste, enquanto que turistas nordestinos, por sua vez, reclamam de má vontade por parte de profissionais de turismo sulis-tas, e ambos constroem imagens negativas dos destinos em questão.

• Serviços auxiliares: taxistas que, involuntariamente, ou não, erram caminhos, ônibus que freiam bruscamente, bilheterias com horários errados, restaurantes com comida ruim, atrativos mal cuidados ou exploratório, estão entre as princi-pais reclamações.

• Setor público ineficiente: qualidade do calçamento, segurança, serviços, hospita-lares, informações turísticas e muitos outros serviços são de obrigação do poder público, e sua ineficiência com certeza gera lembranças negativas de paisagens. • Fontes naturais: chuva ou calor em excesso, ventos, nuvens, mar com muitas ou

poucas ondas, entre diversas outras prejudicam a paisagem de um local. Embora, pouco se possa fazer quanto aos fenômenos e condições naturais. É muito comum es-cutar turistas se manifestando com reclamações do tipo: “ai que calor insuportável” ou “sempre chove, que chato”.

Capítulo 6

Orientações

Professor, depois de os alunos terem transpassado por todo corpo histórico

cientí-fico, bem como pelo mercado profissional da atividade turística, é hora de conhecerem o estudo dos impactos do turismo, sobre a pessoa, a sociedade e indivíduo enquanto agente modificador. Por isso, a união dos fatores paisagens do turismo (Capítulo 5), sustentabilida-de (Capítulo 6) e lazer (Capítulo 9) se faz necessária.

Respostas – página 97

1) Desenvolvimento social e valorização cultural. Que por meio da organização do terri-tório, da melhoraria da prestação de serviços públicos, de planos de conservação do meio ambiente (como um todo, natureza, sociedade e cultura) em uma tentativa de

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2) • Planejamento:

– Estruturar o destino para desenvolver a atividade de forma ordenada e controlada. – Otimizando as potencialidades e revertendo quadros de insucesso.

• Educação:

– Formação educacional das comunidades.

– Implantação de programas de educação ambiental. – Valorização cultural.

• Serviços públicos de qualidade:

– Transporte, preservação ambiental, integração urbana, geração de emprego e renda.

– Promover a qualidade de vida de todos os envolvidos.

– Integração do turista tanto com a biodiversidade quanto com as múltiplas culturas. – Atração de investidores privados.

3) Pensando apenas no lado comercial, toda atividade deve ser sustentável, manter sua matéria-prima, para que não se extinga e cesse a atividade, manter seu consumidor de uma forma que ele sempre tenha potencial para consumir, manter a prática de sua atividade para que ela não caia em desuso e fique ultrapassada. É claro que existem diversas vertentes para o turismo, mas é inegável que o apelo mais forte é o econômi-co, por isso, aqui se utiliza como exemplo, o fator comercial, pois a atividade deixa de existir se for explorada de forma equivocada. Se o meio ambiente do local ou do entor-no for agredido em demasia pode ser que impeça ou inviabilize a atividade turística. Por isso, um correto planejamento, principalmente da capacidade de carga, levando em consideração mão de obra, meio ambiente natural e cultural, e políticas públicas podem auxiliar no bom andamento do desenvolvimento da atividade.

4) Resposta pessoal.

Professor, a resposta será de cunho pessoal, mas é importante que contenha dados

ou fatos comparativos da região (do aluno), pois é possível que localmente existam exemplos de sucesso.

Observação: se o fato fosse totalmente verdadeiro, deveríamos ter uma atividade

tu-rística muito bem desenvolvida e com pouco impacto e muito retorno.

5) Por vezes o setor do turismo de uma região (ou país) pode passar por dificuldades, os motivos podem ser diversos, como crise financeira, imagem negativa, diferenças cam-biais, problemas sociais, etc. Essas dificuldades podem tanto ser internas (dentro do destino turístico), quanto externas (ocorrendo nos centros emissores). Se o turismo for a única fonte de renda, a população ficará à mercê dessa crise, estando os autócto-nes, empresários e prestadores de serviços completamente vulneráveis. Assim como aconteceu (historicamente) com economias baseadas na monocultura do café ou da cana. A monocultura do turismo pode ser prejudicial, pois gera um perigoso ciclo de interdependência. Além disso, ainda, pode-se incorrer no erro da modificação cultural (estilo de vida e tradições) baseada em uma única fonte econômica que pode não ser duradoura, e a reversão do quadro final pode ser muito difícil e custosa.

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6) Sempre que uma única empresa controla a indústria do turismo é prejudicial, por isso essa prática deve ser sempre combatida. Por vezes, porém, poucas pes-soas têm interesse em explorar a atividade no local e, por necessidade, um único empresário acaba oferecendo toda a rede de turismo de um local.

• Positivo:

– Fornecimento de serviços – Um hoteleiro já instalado em um destino per-cebe que para ter crescimento necessita oferecer alimentos e bebidas, transporte, serviços de lazer que podem estar deficientes, mas não há in-teressados em suprir essas deficiências, assim ele mesmo acaba tendo que prover. Nesse caso, se não fosse esse empresário (ou grupo) os serviços não seriam fornecidos.

• Negativos:

– Controle econômico da atividade tende a gerar concentração de renda. – Falta de competitividade.

– Queda na qualidade.

– Controle de valores e serviços. – Alto indicie de exploração social.

7) Professor, aqui deverá ser avaliado se o aluno compreende que meio ambiente não é apenas a parte natural, mas que o social e cultural também fazem parte do arcabouço de discussão.

Sim. Existe predominância da paisagem natural, as formas de exploração são sustentáveis até o momento, e os recursos naturais explorados são de fontes renováveis. Além disso, existe a valorização da cultura, o estilo de vida e as tra-dições de minha região. Existe desenvolvimento e mudanças, mas elas estão se dando de forma positiva e agregando valores não suprimindo.

Não. Justo o oposto.

8) Os aspectos culturais e sociais, visto que o meio ambiente é formado, resumi-damente, de um local, de sua natureza, das pessoas e da forma de vida dessas pessoas.

9) Além de poder ser o próprio atrativo, a cultura também pode ser base para o desenvolvimento da atividade de várias formas:

• A gastronomia, a arquitetura, as artes, etc. podem provocar interesse de visi-tação, sendo considerados atrativos turísticos.

• O estilo de vida, uma comunidade tida como culta, organizada, com boas con-dições de vida, além de ser ponto motivacional, pode ser ainda base de desen-volvimento bem efetuado.

• Se o destino apresenta bem desenvolvido setores educacionais, profissionais, econômicos e diversos outros, podemos dizer que apresenta culturalmente bases prósperas e, com certeza, irá auxiliar no planejamento e desenvolvi-mento do local.

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Observação: fica claro que toda e qualquer atividade turística deve ser o elo entre

o turismo e a população local, alimentando ambos os lados sem exclusão. Todos devem ganhar cultura e aprender sobre, mas de forma alguma, sobrepujar a cultu-ra do terceiro.

10) O turista deve visitar o local já predisposto a aprender, deve estar livre de precon-ceitos, e ciente de que o seu “correto” pode não ser o correto do destino visitado, que isso pode chocar, mas que pode servir como uma lição de aprendizado de va-lores. É claro que para isso o turista deve estar preparado, deve ter se planejado previamente, pesquisado sobre o destino, sobre as pessoas, sobre os atrativos para que não ocorram desentendimentos culturais que levem ao bloqueio do aprendi-zado. Por outro lado, o turista somente irá valorizar a cultura local, se o próprio destino o fizer. Locais preservados, planejados e com a população envolvida na ati-vidade tendem a ser mais apreciadas. Facilitando o acesso às informações, serviços e produtos a tendência é que o turista absorva mais facilmente aspectos culturais.

Capítulo 7

Respostas – páginas 112-113

1) É claro que um dos critérios é a data da fundação, ou do nascimento das cidades. Porém, a data que a cidade passou a configurar no cenário turístico mundial é fator fundamental. Mesmo algumas cidades sendo muito antigas cronologicamente, não são consideradas antigas no turismo, pois não apresentavam demanda turística. 2) Poucos anos atrás, dificilmente essas cidades estariam no imaginário de algum

turista e, há poucas décadas, muitos nem sabiam de suas existências. Hoje, entre-tanto, são potencias mundiais, e por vezes ditam regras culturais, econômicas e artísticas.

As cidades estão na rota mundial de atração de intercambistas, por muitos os mo-tivos, sendo os principais os custos de vida relativamente mais baixos que outros centros, suas multiculturalidades, o fato de serem consideradas como destinos exóticos e, segurança e qualidade de vida. Além disso, são centros econômicos e fi-nanceiros, estão próximos a grandes emissores de turistas. Alguns países asiáticos há anos encontram-se entre os mais prósperos e populosos do mundo, isso facilita a emissão de turistas para cidades e países próximos.

3) Basicamente são três motivos: publicidade, serviços (atrativos) e tradição. Alguns destinos nacionais são preteridos por grandes operadoras e companhias aéreas, pois não possuem a estrutura necessária e/ou não são adeptos das mesmas estra-tégias. Algumas cidades possuem tradição na atração turística internacional, e ain-da investem muito em propaganain-da e publiciain-dade. Algumas outras são vistas como cartões postais do Brasil e mesmo com pouca propaganda são capazes de efetuar forte atração. Algumas capitais apresentam grande malha de serviços, como hote-laria, voos, lazer, gastronomia e torna-se passagem “obrigatória” ou destino final, realmente.

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4) Londres, Bangkok, Paris, Singapura, Nova Iorque, Dubai, Roma, Seul e Barcelona. • Baixa proximidade de centros emissores: algumas dessas cidades estão bem

pró-ximas a grandes centros emissores, já as cidades brasileiras excluindo as próprias cidades nacionais estão mais afastadas de grandes centros, como Ásia, Europa e América do Norte.

• Alto custo: de passagens aéreas e hospedagens, comparando-se com outros desti-nos, esses serviços no Brasil apresentam valores bem altos.

• Pouca oferta de serviços: baixa quantidade de opções de hotelaria, poucas compa-nhias aéreas, são algumas das barreiras.

• Mão de obra desqualificada: uma reclamação constante dos turistas é a sensação de ser enganado, e a baixa qualificação.

• Violência urbana e rural: ainda um problema grave e muito noticiado internacio-nalmente.

• Imagem negativa: em muitos locais o Brasil ainda é tido como destino exótico, com mão de obra desqualificada, com muitos problemas sociais e pouca informação sobre os atrativos, deslocamentos, reservas, etc.

• Destino de turismo sexual: nossos principais destinos nordestinos são tidos como locais de prática de turismo sexual o que pode ser um motivo que afasta a visitação de famílias.

5) • Devido à proximidade de grandes centros emissores.

• Por serem conhecidas localmente ou regionalmente e não em âmbito nacional. • Porque grande parte dos deslocamentos internos é feito por via terrestre

• Porque grande parte dos deslocamentos é efetuada por meio de veículo particular terrestre.

• Devido a muitas ocorrências de grandes eventos em pequenas cidades

• Devido ser muito comum à existência de segunda residência para lazer, em áreas litorâneas ou de campo.

6) Resposta pessoal.

Professor, a resposta é pessoal, sendo sim ou não deve ser baseada em textos atuais

divulgados na mídia comparados com as definições de destinos saturados e sustenta-bilidade da atividade.

7) Resposta pessoal.

Professor, deve-se perceber o nível de conhecimento de seus alunos, bem como a

veracidade motivacional.

8) Sim, talvez a cidade de Olímpia seja uma das cidades mais antigas e tradicionais para o turismo. Dela surgiram diversos eventos e tradições. Alguns costumes iniciados nes-sa cidade estão presentes em muitas outras. Suas ruínas são muito visitadas e a cada quatro anos recebem uma atenção especial, pois ali se ascende a tocha olímpica antes de a mesma se dirigir a próxima sede das olimpíadas. Daí advém a ligação com a cidade

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9) Respostas é pessoal.

Professor, a resposta deve conter um dos itens:

• monocultura do turismo, baseado fortemente em um atrativo; • baixa quantidade de atrativos, baixa quantidade de serviços; • imagem negativa gerada;

• com a mudança de tipologia do turismo, passaram a enfrentar maiores concorrentes; • mão de obra, serviços e atrativos voltados para o turismo de jogos, com dificuldade

de modificação de paradigmas para novo nicho.

10) Alguns destinos são importantes, mas não apresentam importância nacional quando vistos de forma isolada. Por isso, muitos planejadores e empresários formam os cha-mados circuitos de turismo. São forcha-mados, por diversos destinos, atrativos e serviços ofertados e encontrados em locais diferentes. Podendo ser em municípios distintos, ou até em estados distintos. Essa união é importante por diversos motivos, mas dois são os principais: não concorrência e complementação. Por meio dos circuitos, os destinos conseguem se unir e deixam de ser concorrentes na atração, e passam a ser parceiros, pois um local pode complementar falha de outros destinos. Isso é muito co-mum em regiões metropolitanas, onde os municípios menores não podem concorrer com os destinos principais, por isso, torna-se destino complementar. Também foi uma forma encontrada para motivar a atração em destinos longes de grandes centros, pois, às vezes, as cidades vizinhas apresentavam apenas um destino, que era incapaz de por si só atrair uma demanda efetiva, mas com a união de diversos atrativos em cidades próximas se tornou um circuito.

Capítulo 8

Respostas – página 131

1) Estudos comprovam que as maiorias dos turistas não pesquisam sobre o destino antes de viajar. Isso faz com que necessite de mais auxílio e alguns serviços especí-ficos. Caso isso não aconteça o turista pode deixar de conhecer pontos positivos do destino visitado, pode ficar com imagem errada, gastar mais do que o necessário, ou gastar e permanecer menos do que poderia. Isso é ruim para o destino que deixa de aproveitar todo potencial do turista e do turista que gasta tempo e dinheiro muitas vezes de forma equivocada.

2) Alguns serviços de hospitalidade podem fazer toda diferença na qualidade da atividade, e na imagem gerada pelo destino. Ou seja, a hospitalidade é a prática de acolher o visitante, proporcionando o bem-estar a quem está chegando. Todos devem fazer a sua parte. Os governantes da cidade ou região, por exemplo, devem oferecer equipa-mentos e serviços públicos condizentes com a legislação, como segurança, provendo redes de circulação e ambiente saudável. O setor turístico, por sua vez, deve oferecer serviços e atividades que façam com que o visitante se sinta bem e tenha uma estadia segura, planejada e com infraestrutura adequada e, assim por diante. E isso somente acontece se o planejamento for efetuado de forma correta e coerente.

Referências

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