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Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 2549

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Avaliação econômica da adubação verde com Flor-de-seda em diferentes

quantidades e tempo de incorporação no solo na cultura da alface

Falkner Michael de Sousa Santana1; Ygor Henrique Leal¹; Bruno Novaes Menezes Martins¹; Enio Gomes Flôr Souza¹; Edson Ferreira de Lima¹; Aurélio Paes Barros Júnior¹; Lindomar Maria da Silveira²

1UFRPE-UAST – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada. Fazenda Saco,

s/n, 56900-000 Serra Talhada – PE, falkner.agro@hotmail.com, aureliojr02@yahoo.com.br. 2UFERSA - Universidade

Federal Rural do Semiárido, Departamento de Ciências Vegetais. BR 110, Km 47, 59625-190 Mossoró – RN.

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi avaliar economicamente a viabilidade da adubação com Flor-de-seda em diferentes quantidades e tempos de incorporação ao solo na cultura da alface. Os dados foram coletados no período de setembro a novembro de 2011, na área experimental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), município de Serra Talhada–PE, Sertão do Pajeú. O delineamento experimental utilizado foi em blocos completos casualizados, com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 4 x 4 + 2, com três repetições, sendo o primeiro fator constituído por diferentes quantidades de adubo verde (5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 t.ha-1 em base seca), e o segundo fator, por diferentes tempos de incorporação (0, 10, 20, e 30 dias), mais dois tratamentos adicionais, um pela ausência de adubação e o outro pela utilização de 80 t ha-1 de esterco bovino, a cultivar utilizada foi a alface Babá de Verão. Alguns indicadores agroeconômicos tais como: renda bruta e renda líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade, foram utilizadas para verificar a viabilidade econômica. Os indicadores econômicos na quantidade de flor-de-seda de 15,6 t.ha-1 no tempo de 10 dias de sua incorporação ao solo foram superiores em todas as características avaliadas aos obtidos com o uso de 80 t.ha-1 de esterco bovino (testemunha). O cultivo da alface é viável agroeconomicamente com o uso da flor-de-seda como adubo verde. PALAVRAS-CHAVE: Lactuca sativa, Calatropis procera, agricultura orgânica.

ABSTRACT

Economic evaluation of green manure with Flor-de-seda in different amounts and time of incorporation in soil on lettuce.

The aim of this study was to evaluate the economic feasibility of fertilization with Flor-de-seda in different amounts and time of incorporation into the soil on lettuce. Data were collected between September to November 2011, in the Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), municipality of Serra Talhada-PE, Pajeu Hinterland. Of the experimental design randomized complete block with treatments arranged in two 4 x 4 factorial with three replications, with the first factor consisting of different amounts of green manure (5.4, 8.8, 12.2 and 15.6 t.ha-1 on a dry basis), and the second factor, by incorporating different times (0, 10, 20, and 30 days), two additional treatments, by an absence of fertilization and the other by the use of 80 t.ha-1 cattle manure, used to cultivate lettuce was the summer Nanny Agrieconomic indicators such as gross income and net income, rate of return and profitability index, were used to evaluate the economic feasibility. Economic indicators in the amount of Flor-de-seda 15.6 t.ha-1 at the time of 10 days of its incorporation into the soil were higher in all characteristics to those obtained with the use of 80 t.ha-1 cattle manure (control). The cultivation of lettuce agroeconomicamente is feasible with the use of Flor-de-seda as green manure.

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A alface (Lactuca sativa L.) é uma hortaliça tradicionalmente cultivada por pequenos produtores. Pelas características fundiárias dos pólos aliada à alta demanda de mão-de-obra (22% do custo de produção) em seu cultivo (FNP Consultoria e Agroinformativos, 2003) torna-se importante no contexto da sustentabilidade do agricultor familiar.

O cultivo orgânico dessa hortaliça é grande desafio aos agricultores e, ao mesmo tempo, representa uma oportunidade de diferenciar-se no mercado. A produção orgânica vista o equilíbrio biológico nos agroecossistemas e à autonomia dos agricultores, como é o caso do melhoramento dos atributos físicos, químicos e biológicos dos solos através da utilização de diferentes materiais orgânicos produzidos na própria unidade de produção (Padovan, 2006). Fontanétti et al. (2006) observaram que a adubação verde pode complementar a adubação com composto com diferenças na produtividade, o que contribuiria na redução dos custos socioeconômicos e do aporte de nutrientes externos a propriedade.

A adubação verde promove vários benefícios, já que, além da adição de N ao sistema, ela melhora as características químicas, físicas e biológicas dos solos, assim como contribui para o aumento da diversidade biológica do solo (Espindola et al., 2004). No entanto, os efeitos da adubação verde são bastante variáveis, dependendo da espécie utilizada, do manejo dado à biomassa, da época de plantio e corte do adubo verde, do tempo de permanência dos resíduos no solo, das condições edafoclimáticas e da interação entre esses fatores (Alcântara et al., 2000).

O consenso de sustentabilidade no aspecto ambiental, com base no qual se desenvolve a agricultura orgânica, já se encontra consolidado; atualmente, a agricultura orgânica enviesa por uma outra vertente, a do aspecto sócio-econômica, abrangendo, com isso, mais duas dimensões do conceito de sustentabilidade (social, econômico, ambiental, política e cultural); esse intuito implica na busca por menores custos de produção, maior uso de mão-de-obra e diminuição das externalidades, custos não embutidos nos produtos, mas gerados pelo processo de produção convencional, como gastos com saúde pública e com programas ambientais, e que não são determinados pelo mercado ou são de forma ineficiente (Eaton & Eaton, 1999).

Por depender pouco dos insumos externos e sintéticos, o cultivo de hortaliças de orgânicas, possui um custo de produção de 21% menor e receita 70,02% maior que o modelo convencional com uso de agroquímicos (Souza, 2005).

Nos sistemas orgânicos de produção não é permitida a adição de adubos químicos sintéticos de alta solubilidade, como os fertilizantes nitrogenados. No futuro, a utilização de estercos, pela exigência da produção deste insumo, pode vir a ser limitada. Além disso, o uso de estercos pode gerar dependência de fontes externas e aumentar o custo de produção na propriedade. A utilização de

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insumos alternativos, como a adubação verde, pode permitir uma diminuição das doses de esterco aplicadas e contribuir para reposição das reservas de N no solo (Castro et al., 2004).

No nordeste brasileiro, pesquisas preliminares estão sendo realizadas visando avaliar plantas nativas da Caatinga, com possível uso para a adubação verde. Dentre elas a jitirana (Merremia aegyptia), que já tem demonstrado certa viabilidade de uso como adubo verde para algumas hortaliças (alface, coentro e pimenta). A Caatinga nordestina apresenta uma grande diversidade de espécies, sendo que algumas, tais como jitirana (Merremia aegyptia), o matapasto peludo (Senna uniflora L.) e a flor-de-seda (Calatropis procera) podem constituir-se em alternativa para uso como adubo verde, devido maior disponibilidade e facilidade de obtenção.

Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar economicamente a viabilidade da adubação com Flor-de-seda em diferentes quantidades e tempos de incorporação ao solo na cultura da alface. MATERIAL E MÉTODOS

A produtividade e os coeficientes técnicos da cultura da alface foram obtidos em experimento conduzido em campo, no período de setembro a novembro de 2011, na área experimental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), município de Serra Talhada–PE, Sertão do Pajeú. Foi coletada uma amostra de solo em 20 cm, cujo o resultado da análise foi: pH = 7,2; P = 14,0 mg.dm-3; K = 0,55 cmolc.dm-3; Al3+ = 0,0; Ca2+ = 3,90 cmolc.dm-3; Mg = 1,20 cmolc.dm-3; porosidade total 47,58%; densidade 1,29 g cm-1; argila 11,60% e areia 78,36% e teores de matéria orgânica de 12,8 g.dm-3.

Empregou-se o delineamento experimental em blocos completos casualizados, com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 4 x 4 + 2, com três repetições, sendo o primeiro fator constituído por diferentes quantidades de adubo verde incorporadas ao solo (5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 t.ha-1 em base seca), e o segundo fator, por diferentes tempos de incorporação deste adubo no solo (0, 10, 20, e 30 dias), mais dois tratamentos adicionais, um pela ausência de adubação e o outro pela utilização de 80 t.ha-1 de esterco bovino (tratamento tradicional no cultivo dessa hortaliça).

A área total de cada parcela experimental foi de 1,44 m² e a área útil foi de 0,64 m². A cultivar utilizada foi a alface Babá de Verão, recomendada para as condições do semiárido nordestino, no espaçamento de 0,20 m x 0,20 m.

O adubo verde (flor-de-seda) foi coletado da vegetação nativa, depois triturado, seco ao ar livre, até atingir o ponto de feno (10% de umidade), quantificado, distribuído e incorporado manualmente na camada de 0-20 cm do solo em cada parcela experimental, de acordo com a quantidade e o tempo de decomposição. Foram feitas análises químicas do adubo verde, cujos resultados foram: N = 23,8;

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No dia 20 de setembro de 2011, foi procedida a semeadura da alface em bandejas de 128 células de poliestireno expandido, utilizando o substrato comercial Plantmax HT®. Foi realizado um desbaste aos nove dias após a semeadura (DAS). O transplantio das mudas foi feito no dia 16 de outubro de 2011 (26 DAS). A irrigação foi realizada duas vezes ao dia, no período da manhã e da tarde, com microaspersores, e durante todo o experimento procedeu-se o controle de plantas daninhas através de capinas manuais. A colheita da alface foi executada no dia 18 de novembro de 2011, estimando-se sua produtividade (t ha-1) a partir do peso da matéria fresca da parte aérea das plantas da área útil. Os indicadores agroeconômicos utilizados foram: renda bruta, obtida multiplicando-se a produtividade da cultura de cada tratamento pelo valor do produto pago ao produtor no mês de dezembro de 2011, que foi de R$ 1,50 por quilo de alface; a renda líquida foi calculada pela diferença entre a renda bruta e os custos de produção, provenientes de insumos mais serviços; a taxa de retorno por real investido em cada tratamento foi determinada por meio da relação entre a renda bruta e o custo de produção; o índice de lucratividade foi resultado da relação entre a renda líquida e a renda bruta, sendo expresso em porcentagem (Oliveira et al., 2004).

Os custos de produção baseados nos coeficientes de custos variáveis, como insumo e mão-de-obra, para um hectare de alface adubada com diferentes quantidades e tempos de decomposição da flor-de-seda foi adaptada de (Linhares, 2009). Foram considerados os preços vigentes no mês de novembro de 2011, na cidade de Serra Talhada-PE.

Dentre os custos fixos, a depreciação dos equipamentos foi calculada através da relação entre o seu valor de mercado e sua vida útil, sendo o resultado multiplicado pelo tempo de utilização do mesmo durante o período de cultivo (Lima, 2008). Os impostos e taxas, bem como a mão-de-obra fixa, foram determinados pelo valor utilizado nos meses correntes à produção da cultura.

Na elaboração dos custos de oportunidade, considerou-se a remuneração da terra (arrendamento) a partir do preço praticado na região do Sertão do Pajeú. Já a remuneração do capital fixo, que leva em conta as benfeitorias já existentes na propriedade (estimada em R$ 20.000,00), conforme valores de mercado da região, sendo essa multiplicada pela taxa de amortização de 6% ao ano (0,5% ao mês) e pelo período de cultivo (Silva, 2010).

O custo de 1 tonelada do adubo verde flor-de-seda foi estimado em R$ 200,00, no qual para esse cálculo foi considerada a mão-de-obra exigida para o corte, transporte, trituração e secagem do material, além do gasto de energia durante o processo de trituração, no mês de cultivo. Dessa forma, o custo final de cada tratamento foi determinado de acordo com as diferentes quantidades incorporadas, o tempo gasto para incorporação (variável em função da quantidade) e os demais custos de produção. Ressalta-se ainda, que os tratamentos correspondentes aos períodos de

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incorporação (0, 10, 20 e 30 dias) não influenciam nos custos de produção, contudo estes participam da combinação do fatorial para a determinação da melhor produtividade da alface.

Em relação às testemunhas, ausência de adubação e esterco bovino, desconsiderou-se os gastos com o manuseio da flor-de-seda, porém se adicionou a testemunha com esterco o preço vigente do adubo orgânico (R$ 120,00 t-1).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O custo total de produção de 1 ha de alface utilizando Flor-de-seda como adubo verde foi estimado para cada quantidade incorporada ao solo, sendo observado os seguintes valores: R$ 13.285,00; R$ 14.145,00; R$ 14.995,00 e R$ 15.825,00 para as quantidades de 5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 t.ha-1, respectivamente. O custo de utilização de 80 t.ha-1 esterco bovino por hectare no cultivo da alface

foi da ordem de R$ 22.045,00 (Tabela 1).

As maiores rendas e eficiências monetárias foram observadas na maior quantidade de Flor-de-seda incorporada de 15,6 t.ha-1 e no tempo de 10 dias após a semeadura, com valores estimados de renda bruta de R$ 58.455,00, de renda líquida de R$ 42.630,00, taxa de retorno de R$ 3,69 e índice de lucratividade de 72,93%. Por outro lado, as menores rendas eficiências monetárias foram observadas para a quantidade de 8,8 t.ha-1 para o tempo de 30 dias de incorporação da Flor-de-seda antes do transplantio da alface, registrando renda bruta de R$ 15.105,00, renda líquida de R$ 960,00, taxa de retorno de R$ 1,07 e índice de lucratividade de 6,36%. Comparativamente ao uso do esterco bovino que também apresentou resultados inferiores para taxa de retorno de R$ 2,49 e índice de lucratividade de 59,77%.

Segundo (Beltrão et al., 1984), a renda líquida expressa melhor o valor econômico que a renda bruta, porque nelas se encontram deduzidos os custos de produção.

Desta forma, utilizando a Flor-de-seda como adubo verde incorporada ao solo aos 10 dias na quantidade de 15,6 t.ha-1, os resultados foram superiores aos obtidos com os tratamentos sob ausência de adubação e uso de 80 t.ha-1 de esterco bovino (testemunha). O cultivo da alface é viável agroeconomicamente com o uso da flor-de-seda como adubo verde.

AGRADECIMENTOS

À Fundação de Amparo à Pesquisa de Pernambuco (FACEPE), pelo financiamento do projeto de pesquisa, ao CNPq pela bolsa de Iniciação Cientifica.

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REFERÊNCIAS

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BELTRÃO NEM; NÓBREGA LB; AZEVEDO DMP; VIEIRA DJ. 1984. Comparação entre indicadores agroeconômicos de avaliação de agroecossistemas consorciados e solteiros envolvendo algodão upland e feijão “caupi”. Campina Grande: CNPA, 21p. (Boletim de Pesquisa, 15).

CASTRO CM; ALVES BJR; ALMEIDA DL; RIBEIRO RLD. 2004. Adubação verde como fonte de nitrogênio para a cultura da berinjela em sistema orgânico. Pesquisa Agropecuária Brasileira 39: 779-785.

EATON BC; EATON DF. 1999. Microeconomia. São Paulo: Saraiva. FRISINA VA; ESCOBEDO JF. 1999. Balanço de radiação e energia da cultura de alface em estufa de polietileno. Pesquisa Agropecuária Brasileira 34: 1775-1786.

ESPINDOLA JAA; ALMEIDA DL; GUERRA JGM. 2004. Estratégias para utilização de

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FNP CONSULTORIA & AGROINFORMATIVOS. 2003. Anuário Estatístico da Agricultura Brasileira. São Paulo: FNP. 190-192.

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PADOVAN MP. 2006. Conversão de sistemas de produção convencionais para agroecológicos: novos rumos à agricultura familiar. Dourados-MS: Edição do Autor. 119p.

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SOUZA JL. 2005. Agricultura orgânica: tecnologia para produção de alimentos saudáveis. Vitória, ES: Incaper. 257p.

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Tabela 1: Coeficientes de custos de produção de 1 ha de alface, utilizando diferentes quantidades e tempos de incorporação de flor-de-seda como adubo verde, mais os tratamentos adicionais (Coefficients of production costs for 1 ha lettuce, using different amounts and times of incorporation of green manures with fleur-de-Silk, plus the additional treatments). Serra Talhada-PE, UFRPE-UAST, 2012.

COMPONENTES UNIDADE QUANTIDADE TOTAL (R$)

CUSTOS VARIÁVEIS 9.365,00

I – Insumos 4.290,00

Sementes: Alface cultivar Babá de Verão Kg 2,5 300,00

Substrato comercial Plantmax HT® Saco 25 kg 170 3.570,00

Água para irrigação + energia Mm 210 420,00

II – Mão-de-obra 5.075,00

Confecção de canteiros d h-1* 40 1.000,00

Enchimento das bandejas d h-1 20 500,00

Semeadura da alface d h-1 30 750,00 Desbaste da alface d h-1 20 500,00 Transplantio da alface d h-1 30 750,00 Capina manual d h-1 5 125,00 Irrigação d h-1 15 375,00 Colheita da alface d h-1 40 1.000,00 Transporte da alface d h-1 3 75,00 CUSTOS FIXOS 2.180,00 III - Depreciação 1.026,00 Bomba de irrigação mês** 2 115,00 Tubos de irrigação mês 2 7,00 Conexões mês 2 26,00

Bandejas de 128 células poliestireno expandido mês 2 798,00

Microaspersores mês 2 80,00

IV – Impostos e taxas 10,00

Imposto territorial Rural ha 1 10,00

V – Mão-de-obra fixa 1.144,00

Aux. administrativo salário 2 1.144,00

CUSTOS DE OPORTUNIDADE 400,00

VI – Remuneração da terra 200,00

Arrendamento ha 1 200,00

VII – Remuneração do capital fixo (0,5% ao mês) 200,00

Infra-estrutura e equipamentos R$ 100,00.mês-1*** 2 200,00

CUSTO DE PRODUÇÃO DOS TRATAMENTOS

1 – 5,4 t ha-1 de flor de seda 13.285,00

1.1 - Adubo verde: Flor-de-seda t 5,4 1.080,00

1.2 - Distribuição e incorporação dos adubos d h-1 10,8 260,00

1.3 - Custos variáveis, fixos e de oportunidade 11.945,00

2 – 8,8 t ha-1 de flor de seda 14.145,00

2.1 - Adubo verde: Flor-de-seda t 8,8 1.760,00

2.2 - Distribuição e incorporação dos adubos d h-1 17,6 440,00

2.3 - Custos variáveis, fixos e de oportunidade 11.945,00

3 – 12,2 t ha-1 de flor de seda 14.995,00

3.1 - Adubo verde: Flor-de-seda t 12,2 2.440,00

3.2 - Distribuição e incorporação dos adubos d h-1 24,4 610,00

3.3 - Custos variáveis, fixos e de oportunidade 11.945,00

4 – 15,6 t ha-1 de flor de seda 15.825,00

4.1 - Adubo verde: Flor-de-seda t 15,6 3.120,00

4.2 - Distribuição e incorporação dos adubos d h-1 31,2 780,00

4.3 - Custos variáveis, fixos e de oportunidade 11.945,00

5 – 80 t ha-1 de esterco bovino 22.045,00

5.1 – Adubo orgânico: Esterco t 80,00 9.600,00

5.2 - Distribuição e incorporação do esterco d h-1 20,00 500,00

5.3 - Custos variáveis, fixos e de oportunidade 11.945,00

6 – Ausência de adubação 11.945,00

6.1 - Custos variáveis, fixos e de oportunidade 11.945,00

*d h-1 – dias de trabalho por homem; **A depreciação do equipamento foi calculada através da relação entre o seu valor de mercado e sua vida útil, sendo o resultado multiplicado pelo tempo de utilização; ***Obtida a partir do valor do capital fixo (R$ 20.000,00) multiplicado pela sua remuneração ao longo do cultivo (*d h-1 - working days per man; **The equipment depreciation was calculated as the ratio between their market value and its life, the result being multiplied by the time of use; ***Obtained from the value of fixed capital (R$ 20,000.00) multiplied by their pay during the growing).

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Tabela 2: Indicadores econômicos de renda bruta (RB), custo de produção (CP), renda líquida (RL), taxa de retorno

(TR) e índice de lucratividade (IL) para o cultivo de 1 ha de alface sob diferentes quantidades e tempos de decomposição da flor-de-seda, mais os tratamentos adicionais. Serra Talhada-PE, UFRPE-UAST, 2012.

Tratamentos Indicadores econômicos¹

Quant. Temp. Prod. Preço RB CP RL TR IL

(t.ha-1) (dias) (t.ha-1) (R$ kg-1) (R$ ha-1) (R$ ha-1) (R$ ha-1) (R$ ha-1) (%) 5,4 0 19,51 1,50 29.265,00 13.285,00 15.980,00 2,20 54,60 5,4 10 14,41 1,50 21.615,00 13.285,00 8.330,00 1,63 38,54 5,4 20 22,40 1,50 33.600,00 13.285,00 20.315,00 2,53 60,46 5,4 30 12,63 1,50 18.945,00 13.285,00 5.660,00 1,43 29,88 8,8 0 21,37 1,50 32.055,00 14.145,00 17.910,00 2,27 55,87 8,8 10 25,24 1,50 37.860,00 14.145,00 23.715,00 2,68 62,64 8,8 20 26,91 1,50 40.365,00 14.145,00 26.220,00 2,85 64,96 8,8 30 10,07 1,50 15.105,00 14.145,00 960,00 1,07 6,36 12,2 0 24,03 1,50 36.045,00 14.995,00 21.050,00 2,40 58,40 12,2 10 33,04 1,50 49.560,00 14.995,00 34.565,00 3,31 69,74 12,2 20 28,38 1,50 42.570,00 14.995,00 27.575,00 2,84 64,78 12,2 30 17,50 1,50 26.250,00 14.995,00 11.255,00 1,75 42,88 15,6 0 29,21 1,50 43.815,00 15.825,00 27.990,00 2,77 63,88 15,6 10 38,97 1,50 58.455,00 15.825,00 42.630,00 3,69 72,93 15,6 20 32,89 1,50 49.335,00 15.825,00 33.510,00 3,12 67,92 15,6 30 11,98 1,50 17.970,00 15.825,00 2.145,00 1,14 11,94 Sem adubação 8,01 1,50 12.015,00 11.945,00 70,00 1,01 0,58 Esterco 36,53 1,50 54.795,00 22.045,00 32.750,00 2,49 59,77

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