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DIREITO AMBIENTAL - AULA 3 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO-AMBIENTE QUESTÕES COMENTADAS

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1 ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO

DIREITO AMBIENTAL - AULA 3

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO-AMBIENTE

QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz) O Conselho Nacional do Meio Ambiente –

CONAMA é órgão encarregado de

a) reunir em um sistema único os órgãos da administração ambiental

federal, estadual e municipal, promovendo reuniões trimestrais entre eles

para tornar efetiva a proteção do meio ambiente.

b) gerir o Fundo Nacional do Meio Ambiente e a distribuição de recursos

para projetos ambientais.

c) estudar e propor diretrizes de políticas governamentais para o meio

ambiente e executar a política nacional do meio ambiente, podendo agir

administrativa ou judicialmente.

d) estudar e propor diretrizes de políticas governamentais para o meio

ambiente e deliberar, no âmbito de sua competências, sobre normas e

padrões compatíveis com a proteção do meio ambiente.

e) expedir Resoluções para a manutenção da qualidade do meio ambiente

no âmbito federal.

COMENTÁRIOS: RESPOSTA LETRA D

Art. 6º, inciso, II, da Lei nº 6.938/81: “Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: (...)

II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;”

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2. (FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz) Os municípios brasileiros, face ao

ordenamento constitucional e legal, no que se refere ao licenciamento

ambiental,

a) podem emitir licença ambiental exclusivamente nos casos que envolvam

o patrimônio histórico local.

b) podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento seja de

interesse apenas local e não afete o meio ambiente em nível regional ou

nacional.

c) não podem emitir licença ambiental em hipótese nenhuma.

d) não podem emitir licença ambiental em hipótese nenhuma exceto se

receberem, para tanto, delegação expressa do IBAMA.

e) podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento se situe e

abranja área de região metropolitana reconhecida por lei.

COMENTÁRIOS: RESPOSTA LETRA B

“É competência comum da união, dos Estados, do distrito Federal e dos Municípios: proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer das suas formas (art. 23, VI, da CF). o art. 23 trata, entre outras matérias, da função administrativa da pessoa jurídica de Direito Público que compõe a República Federativa do Brasil. A competência é, ao mesmo tempo, direito e dever dos entes federados. O licenciamento ambiental é uma das formas de exercer a competência comum.” (MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 19ª ed – rev., atual. ampl - São Paulo: Malheiros Editores, 2011, p. 295-296)

De acordo com o art. 10 da Lei nº 6.938/81, “a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental.”

Por sua vez, a Resolução do CONAMA nº 237/1997, estabelecendo critérios para ao exercício da competência para o licenciamento, disciplina em seu art. 6º que:

Art. 6º: “Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.”

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3 Nesse sentido, é inconteste a competência dos entes municipais para emitir licença ambiental, desde que o empreendimento seja de interesse apenas local e não afete o meio ambiente em nível regional ou nacional.

3. (FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador) De acordo com a Lei Federal no

6.938/81, a política nacional do meio ambiente tem como objetivos

a) promover a adoção de práticas adequadas de conservação e uso racional

dos combustíveis e de preservação do meio ambiente.

b) assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de

água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.

c) a utilização racional e adequada dos recursos hídricos, incluindo o

transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável.

d) a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem

natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

e) a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua

utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a

manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.

COMENTÁRIOS: RESPOSTA LETRA E

Art. 4º da Lei nº 6.938/81: “A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;

III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

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4 VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.”

4. (FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial - Direito) A Construtora

RS possui como projeto a construção de um estabelecimento que, para o seu

funcionamento, precisará utilizar recursos ambientais capazes de causar

degradação ambiental. Dessa forma, de acordo com a Lei no 6.938/81, referida

construção

a) não dependerá de prévio licenciamento ambiental, pois este somente é

necessário se a atividade for potencialmente poluidora.

b) dependerá de prévio licenciamento ambiental, já que utilizará recursos

ambientais capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.

c) não dependerá de prévio licenciamento ambiental, pois trata-se de

construção e o licenciamento ambiental somente é necessário quando há a

ampliação de estabelecimentos que causar degradação ambiental.

d) dependerá de prévio licenciamento ambiental apenas se a atividade for

efetivamente poluidora.

e) dependerá de prévio licenciamento ambiental apenas se o proprietário

limitar o uso de toda a sua propriedade para preservar os recursos

ambientais.

COMENTÁRIOS: RESPOSTA LETRA B

Art. 10 da Lei nº 6.938/81: “A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental.”

Importa destacar a definição de licenciamento ambiental dada pela Resolução do CONAMA nº 237/1997, em seu art. 1º, inciso I:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.”

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5. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Meio

Ambiente) Com base na Resolução Conama 001/1986, qual documento

relacionado à avaliação de impacto ambiental possui linguagem simplificada de

forma a facilitar a compreensão das questões envolvidas pelos diferentes

segmentos da sociedade?

a) Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

b) Relatório de Controle Ambiental (RCA).

c) Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).

d) Plano de Controle Ambiental (PCA).

e) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA C

“Evidenciada a sua existência no princípio da prevenção do dano ambiental, o EIA/RIMA constitui um dos mais importante instrumentos de proteção do meio ambiente. A sua essência é preventiva e pode compor uma das etapas do licenciamento ambiental. (...)

“A existência de um relatório de impacto ambiental tem por finalidade tornar compreensível para o público o conteúdo do EIA, porquanto este é elaborado segundo critérios técnicos. Assim, em respeito ao princípio da informação ambiental, o RIMA deve ser claro e acessível, retratando fielmente o conteúdo do estudo, de modo compreensível e menos técnico. O relatório de impacto ambiental e seu correspondente estudo deverão ser encaminhados para o órgão ambiental competente para que se procedam a análise sobre o licenciamento ou não da atividade.” (FIORILLO, Celso A. Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro – 11ª ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2010, p. 210-213). A Resolução do CONAMA nº 001/1986, disciplinando a matéria, dispõe que:

Artigo 9º: “O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo:

I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;

II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;

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6 III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto;

IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;

V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;

VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;

VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).

Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqüências ambientais de sua implementação.”

6. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) A sujeição de

determinadas atividades ao licenciamento ambiental é tida como manifestação

do poder de polícia voltada à proteção do meio ambiente porque

a) a outorga de licença é ato de império da Administração, de caráter

discricionário e não sujeito a controle jurisdicional.

b) a ausência do licenciamento, quando devido, implica a prática de crime

ambiental, passível de persecução por órgãos policiais.

c) existe, no curso do licenciamento, a possibilidade de negociação e

concertação entre o interesse público e o particular, de modo que em certos

casos possa haver o afastamento da supremacia do primeiro.

d) se trata do condicionamento do exercício de direitos individuais por

razões de interesse público, o que corresponde à definição do poder de

polícia administrativa.

e) é instituto disciplinado pela Constituição e pelas leis estaduais, voltado à

atividade da Administração Pública.

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7 COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA D

a) “Podemos afirmar que a licença ambiental – enquanto licença – deixa de ser um ato vinculado para ser um ato com discricionariedade sui generis. Isso porque deve ser salientado, como sustenta com razão Érika Bechara, que „a não vinculatividade do Poder público deve-se ao ato de que o EIA não oferece uma resposta objetiva e simples acerca da dos prejuízos ambientais que uma determinada obra ou atividade possa causar. É um estudo amplo que merece interpretação, em virtude de elencar os convenientes e inconvenientes do empreendimento, bem como ofertar as medidas cabíveis à mitigação dos impactos ambientais negativos e também medidas compensatórias. Não se trata de formalismo simplório, sem teor ou com conteúdo interpretativo‟.

“Com isso, será possível a outorga da licença ambiental ainda que o estudo de impacto ambiental seja desfavorável. (...) Sendo o EIA/RIMA desfavorável, o equilíbrio entre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e o desenvolvimento econômico será objeto de estudo da Administração para a concessão ou não da licença ambiental.” (FIORILLO, Celso A. Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro – 11ª ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2010, p. 206-207).

Entretanto, isso não quer dizer que o ato administrativo de outorga de licença ambiental não possa ser submetido ao controle do Poder Judiciário. em caso de ilegalidade, é cabível o controle judicial do ato administrativo ambiental ainda que de natureza discricionária. b) Art. 60 da Lei nº 9.605/98: “Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.” Embora se trate de crime ambiental, por ser crime de menor potencial ofensivo, não se sujeita, a priori, a persecução por órgão policial.

c) O interesse público é inegociável, devendo, no curso do licenciamento, sempre prevalecer sobre o interesse particular.

d) “Poder de polícia ambiental é a atividade da Administração Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato em razão do interesse público concernente à saúde da população, à conservação do dos ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas ou de outras atividades dependentes de concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza.” (MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 19ª ed – rev., atual. ampl - São Paulo: Malheiros Editores, 2011, p. 350)

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8 e) O licenciamento ambiental não se encontra disciplinado na Constituição Federal. Ademais, não se volta somente à Administração pública, mas todas as pessoas que desenvolverem atividades que causem alguma degradação ambiental.

De acordo com o art. 10 da Lei nº 6.938/81, “a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental.”

7. (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal) A Política

Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei Federal n° 6.938/81,

NÃO

a) adota instrumentos econômicos, como a concessão florestal, a servidão

ambiental, o seguro ambiental, entre outros.

b) tem por objetivo geral a preservação, melhoria e recuperação da

qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições

ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e

à proteção da dignidade da vida humana.

c) define que poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou

privado, apenas diretamente responsável por atividade causadora de

degradação ambiental.

d) define poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante de

atividades que, direta ou indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança

e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais

e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições

estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em

desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

e) adota instrumentos de comando e controle como, por exemplo, a

avaliação de impacto ambiental, o zoneamento e o licenciamento.

COMENTÁRIOS: RESPOSTA LETRA C

a) e e) Art. 9º da Lei nº 6.938/81: “São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental;

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9 III - a avaliação de impactos ambientais;

IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;

VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.

X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;

XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.

XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.”

b) Art. 2º, caput, da Lei nº 6.938/81: “A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:”

c) Art. 2º, inciso IV, da Lei nº 6.938/81: “poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;”

d) Art. 2º, inciso IV, da Lei nº 6.938/81: Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: (...) III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota;

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10 d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;”

8. (FCC - 2009 - TJ-MS - Juiz) O tipo de licença ambiental, expedida na fase

preliminar do planejamento do empreendimento, destinada, entre outras

finalidades, a atestar a sua viabilidade ambiental e a estabelecer as condições

para a sua instalação denomina- se

a) auditoria ambiental.

b) licença prévia.

c) relatório ambiental preliminar.

d) licença de instalação.

e) estudo prévio de impacto ambiental.

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA B

“O licenciamento ambiental é feito em três etapas distintas e insuprimíveis: a) outorga de licença prévia; b) outorga de licença de instalação; e c) outorga de licença de operação. Ressalte-se que entre ma etapa e outra podem-se fazer necessários o EIA/RIMA e a audiência pública.

“A licença prévia vem enunciada no art. 8, I, da Resolução do Conoma n. 237/97 como aquela concedida na fase preliminar do planejamento da atividade ou empreendimento, aprovando a sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de implementação.

“A licença de instalação, obrigatoriamente precedida de licença prévia, é aquela que „autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante‟, conforme preceitua o art. 8º, II, da Resolução Conama n. 237/97. assim como a prévia, a licença de instalação também possui prazo de validade, que não poderá superior seis anos, conforme dispõe o art. 18, II, da resolução.

“A licença de operação, também chamada de licença de funcionamento, sucede a de instalação e tem por finalidade autorizar a „operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as

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11 medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação‟, conforme dispõe o art. 8º, III, da Resolução Conama n. 237/97.” (FIORILLO, Celso A. Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro – 11ª ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2010, p. 208-209).

9. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) A Lei da Política Nacional do

Meio Ambiente (Lei no 6.938/81), após seus 30 anos de vigência, cumpre, de

certa forma, o papel de Código Ambiental Brasileiro, assegurando

normativamente:

a) a exigência de licença ambiental e de estudo de impacto de vizinhança

para atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.

b) a consagração da responsabilidade penal da pessoa jurídica.

c) o reconhecimento da legitimidade do Ministério Público para propor ação

de responsabilidade civil e criminal em decorrência de danos causados ao

ambiente.

d) a consagração expressa do princípio da precaução.

e) a caracterização da responsabilidade subjetiva do poluidor pela reparação

ou indenização do dano ecológico causado.

COMENTÁRIOS: RESPOSTA LETRA C

a) O estudo de impacto de vizinhança não encontra previsão na Lei nº 6.938/81, e sim no Estatuto das Cidades – Lei 10.257/2001.

b) A consagração legal da responsabilidade penal da pessoa jurídica se deu com a Lei nº 9.605/98.

c) Art. 14, § 1º, da Lei nº 6.938/81: ”Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”

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12 d) Não há a consagração expressa do princípio da precaução na Lei nº 6.938/81.

e) Art. 14, § 1º, da Lei nº 6.938/81: ”Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”

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