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QUANTITATIVO DE ALUNOS INGRESSANTES E EVADIDOS NOS CURSOS DE ZOOTECNIA DO RIO GRANDE DO NORTE

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QUANTITATIVO DE ALUNOS INGRESSANTES E EVADIDOS NOS CURSOS DE ZOOTECNIA DO RIO GRANDE DO NORTE

QUANTITATIVE OF INGRESSANTS AND EVASIONS STUDENTS IN THE ANIMAL SCIENCE COURSES OF RIO GRANDE DO NORTE

Apresentação: Pôster

Elanne de Paiva Fonseca ; Valdi de Lima Júnior 1 2

DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00649

Introdução

A educação superior no Brasil, principalmente nas Universidades Federais, apresenta um cenário de mudanças nesses últimos anos, devido ao novo mecanismo de seleção para admissão ao ensino superior público: o Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Esse sistema foi proposto tendo como objetivos a redução dos gastos com a realização de exames de seleção descentralizados; a diminuição das ineficiências observadas na ocupação das vagas (acúmulo de vagas ociosas); a democratização do acesso à educação superior e a ampliação da mobilidade geográfica estudantil (ARIOVALDO e NOGUEIRA, 2017). Até então, o acesso ao ensino superior público se dava por meio do vestibular tradicional, processo seletivo descentralizado, formulado e aplicado pelas instituições isoladamente ou, no máximo, por um conjunto de instituições parceiras. Desde sua implantação, o SiSU apresentou uma crescente adesão por parte das instituições de educação superior, as quais passaram a utilizá-lo no lugar do tradicional vestibular.

Nogueira et al. (2017), destacam três supostas vantagens do SiSU em relação ao vestibular tradicional: 1) há perspectiva de ganhos operacionais e de custo para as instituições, através de um processo seletivo mais barato e eficiente e promoção também de maior eficiência na ocupação das vagas, disponibilizando-as para estudantes de todo país; 2) o SiSU

1 Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido,

elannefonseca2@gmail.com

2 Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

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teria a vantagem de propiciar maior mobilidade geográfica aos estudantes, ampliando trocas acadêmicas e culturais e a própria integração do país; 3) com sua articulação com a Lei de Cotas, este mecanismo traria maior inclusão de alunos pertencentes a grupos sub-representados no ensino superior brasileiro.

Entretanto, a evasão nos cursos superiores ainda é um agravante, acarretando a não conclusão do curso e em consequência, o desperdício do investimento empregado, fazendo com que a eficiência da qualidade do gasto público seja reduzida. No momento em que a evasão no ensino superior é alta tem-se um grande problema em questão, pois o desempenho do curso acaba sendo comprometido.

Por ser um problema constante na educação do Brasil e atingindo em grande escala o nível superior, o ingresso e a evasão são temas muito importantes e bastante discutidos de várias formas, buscando amenizar as desistências (SOUZA, 2016). Portanto, o objetivo do presente trabalho é quantificar os alunos que ingressaram e evadiram os cursos de Zootecnia ofertados no estado do Rio Grande do Norte.

Fundamentação Teórica

Biurrum e Nunes (2010), definem a evasão em um curso de ensino superior como a diferença entre o número de ingressantes e o número de concluintes naquele curso, ou seja, é analisado o período de formação, que é desde a data de entrada até a data de saída. Já para a Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras, a evasão é definida como a saída definitiva do aluno de seu curso de origem, sem concluí-lo.

De acordo com Kotler e Fox (1994), a manutenção dos alunos é crucial para as instituições de ensino, pois os alunos são a razão de “ser” dessas instituições. Sem alunos as escolas fechariam suas portas. Garantir que os alunos mantenham suas matrículas é tão importante quanto matricular novos alunos. E, complementando a ideia deles, é essencial que os alunos continuem, pois o investimento feito para um aluno é completo e engloba todo o período de formação, ou seja, se algum aluno evadir vão ter prejuízos financeiros, educacionais e estruturais, pois se uma sala comporta 50 alunos e tem apenas 25 alunos, 50% do espaço físico foi inutilizado da mesma forma que o dinheiro empregado para que a sala estivesse totalmente completa de alunos e o conhecimento que poderia ter sido adquirido

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pelos demais estudantes que evadiram (SOUZA, 2016).

Almeida (2001) declara que um dos maiores desafios é “produzir a melhoria da qualidade do aprendizado que, afinal, é o que qualquer governo deve almejar como resultado da oferta dos serviços públicos educacionais para a população”. Desta forma, observamos o quanto é importante que não haja evasão, a fim de que os objetivos do governo sejam alcançados e o investimento seja eficaz.

Os alunos ingressantes no curso de Zootecnia têm mudado de perfil. Antes a maioria era oriunda do meio rural, mas agora a maior parte dos estudantes são de áreas urbanas, tendo pouco contato com o campo, o que acaba dificultando a sua adaptação a área e levando a uma desistência precoce (HERBSTER et al., 2017). Buscando meios para reverter a situação, muitas instituições de ensino superior desenvolvem projetos de recepção e incentivos aos discentes, para que tenham conhecimento acerca da temática que possua maior afinidade e base para o mercado de trabalho.

Metodologia

O levantamento dos dados foi realizado por meio de pesquisa no Sistema acadêmico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), ambas instituições fornecem o curso de Bacharelado em Zootecnia no estado do Rio Grande do Norte. Para coleta de dados, houve auxílio das coordenações dos cursos e das Prós-Reitorias de Graduação (PROGRAD), no que diz respeito ao número de alunos matriculados e evadidos dos cursos entre os anos de 2012 e 2017. Os dados foram explanados em valores absolutos e descritivos.

Resultados e Discussões

Na tentativa de entender os elevados índices de evasão nos cursos de Zootecnia do Rio Grande do Norte, realizou-se primeiramente o levantamento de dados sobre o curso, junto ao Sistema Acadêmico das Universidades.

Nos gráficos 1 e 2, destaca-se o número de alunos ingressantes e evadidos a cada ano. A evasão decrescente é também encontrada por Piacentini (2012), no qual, os principais motivos encontrados para desistência são: dificuldades em algumas disciplinas, mudança de

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residência/cidade e incompatibilidade entre trabalho e faculdade. É importante aprofundar os estudos acerca do abandono devido a reprovação nas disciplinas, podendo ser causado por uma deficiência oriunda desde o ensino básico ou pela metodologia empregada pelos docentes, que devem buscar relacionar o conteúdo com a atuação do profissional zootecnista.

Gráfico 1. Número de alunos ingressantes e evadidos no curso de Zootecnia da UFRN de 2012 a 2017. Fonte: Própria

Gráfico 2. Número de alunos ingressantes e evadidos no curso de Zootecnia da UFERSA de 2012 a 2017. Fonte: Própria

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A porcentagem de alunos evadidos no curso de Zootecnia pela UFRN é menor que na UFERSA, como mostrado na Tabela 1. A maioria dos alunos desistentes de ambas as instituições, cursaram apenas os primeiros períodos do curso, e, com isso, destaca-se a importância desse levantamento e a preocupação em aprimorar esse estudo, buscando os reais motivos para tal abandono, visto que a área das ciências agrárias é uma das mais promissoras do país. Um dos motivos pode ser o mercado de trabalho do estado, que não consiga abraçar todos os graduados do curso.

Tabela 1. Instituições de Ensino Superior (IES) do estado do Rio Grande do Norte que oferecem o curso de Zootecnia e a porcentagem de evasão dos discentes entre os anos de 2012 e 2017. Fonte: Própria

IES Ano Média de Evasão (%) 2012 2013 2014 2015 2016 2017 UFRN 71% 72% 58% 28% 18% 29% 46% UFERSA 88% 86% 80% 51% 19% 10% 56% Conclusões

Conclui-se que o número de alunos evadidos do curso de Zootecnia no estado do RN é maior na UFERSA do que na UFRN, entretanto, os dois mostram um quantitativo de

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abandono maior nos primeiros períodos do curso, o que se torna preocupante. São necessários maiores estudos acerca da temática acadêmica e um detalhamento em busca do real motivo para essa desistência, visando melhorias para manter os futuros profissionais da área.

Referências  

ARIOVALDO, T. C. C; NOGUEIRA, C. M. M. Nova forma de acesso ao ensino superior público: um estado do conhecimento sobre o sistema de seleção unificada – SiSU. ​Revista Internacional de Educação Superior, v. 4, n. 1, p. 152-174, 2017.

HERBSTER, C. J. L.; CIPRIANO, J. A.; ANDRADE, D. R.; PINHEIRO, J. S.; CARDOSO, S. C.; CAMPOS, A. C. N. AJUDANDO A DIMINUIR A EVASÃO ESTUDANTIL DE RECÉM-INGRESSOS NO CURSO DE ZOOTECNIA POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE PRÁTICAS DE MANEJO.​VII Encontro de Bolsistas de Apoio a Projetos da Graduação​ , Encontros Universitários da UFC, 2017.

NOGUEIRA, C. M. M.; NONATO, B.; RIBEIRO, G. M.; FLONTINO, S. D. Promessas e Limites: o SiSU e sua implementação na Universidade Federal de Minas Gerais. ​Belo Horizonte: Educação em Revista [online], v. 33, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/edur/v33/1982-6621-edur-33- e161036.pdf >. Acesso em: 06 de novembro de 2018.

PIACENTINI, C. C. ​Reprovação, abandono e evasão: um estudo de caso no curso de bacharelado em Zootecnia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos. Dissertação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola, Instituto de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2012.

SOUZA, M. C. M. Análise da qualidade do gasto na educação superior levando em consideração a evasão: casos de alguns cursos da UFRN com ingresso em 2009. Trabalho apresentado no ​VII Congreso de la Asociación LatinoAmericana de Población e XX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Foz do Iguaçu/PR – Brasil, 2016.

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