ANÁLISE DO CONHECIMENTO DA
POPULAÇÃO EM RELAÇÃO AO
DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS DE
CELULARES NA CIDADE DE BELO
HORIZONTE MG
ALESSANDRO MARCOS VITOR (FEAMIG)
markestyl@bol.com.br
Mauro Turci (FEAMIG)
sargentoturci@yahoo.com.br
RODRIGO PEIXOTO DA SILVA (FEAMIG)
rodrigo.silva@transaex.com.br
SILVANA DIAS (FEMAIG)
silvanadias_337@hotmail.com
Apesar da publicação da resolução CONAMA 257 de 1999 verifica-se que a sociedade não está dando importância à destinação final de resíduos sólidos perigosos pertencentes à classe I definida na NBR 11174. Porém para que as empresas consigamm certificações junto aos organismos internacionais, devem atender requisitos necessários, dentre eles o de destinação final ambientalmente correto para os resíduos sólidos, potencialmente perigosos, uma vez que a composição química desses resíduos traz sérios riscos e danos à saúde e ao meio ambiente. Hoje esses resíduos são descartados principalmente nos lixos domésticos. Com o intuito de saber qual o nível de conhecimento da população amostrada a cerca da correta destinação final de resíduos perigosos composto por pilhas e baterias de celulares, este estudo prioriza a realização do mapeamento da conscientização popular sobre o tema, a fim de desenvolver uma proposta de gerenciamento e destinação final desses resíduos que atendam aos aspectos legais vigentes. Os procedimentos metodológicos consistiram em realizar uma pesquisa de campo, com aplicação de questionário visando conhecer o perfil da população no que se refere à correta destinação final das pilhas e baterias de celulares, somado à quantificação aproximada do consumo mensal de tais resíduos no município de Belo Horizonte - MG.
Palavras-chaves: Perigosos, Pilhas e Baterias, Lixo Doméstico, Destinação Final.
2 1. Introdução
O Brasil produz 1 bilhão de toneladas de resíduos por ano, segundo o Instituto de Pesquisa Tecnológica. Deste, aproximadamente 1% são compostos de resíduos químicos, tais como chumbo (Pb), cobre (Cu), cádmio (Cd), magnésio (Mg), níquel (Ni) e lítio (Li), provenientes de produtos descartados como lâmpadas fluorescentes, latas de tintas, latas de pesticidas, pilhas e baterias, entres outros. Esses elementos são nocivos à saúde e, além de degradar o meio ambiente, necessita que a população se conscientize da correta destinação final de seus resíduos sólidos.
A preocupação é geral e inclui Organizações Não Governamentais (ONGs), indústrias, comunidade e principalmente governos, procurando um melhor reaproveitamento e destinação final dos resíduos sólidos, em especial às pilhas domésticas e baterias de celulares, fazendo com que a qualidade de vida seja mais saudável e o meio ambiente continue a sua sobrevivência.
Atualmente várias empresas e ONGs têm desenvolvido programas para a coleta e destinação final de resíduos, buscando fazê-lo dentro dos parâmetros legais estabelecidos em nossa legislação e isso tem despertado cada vez mais o assunto entre os ambientalistas.
O meio ambiente vem sendo discutido em todos os segmentos da sociedade, seja no campo político, social ou empresarial, na busca de uma melhor qualidade de vida para a população. Com a conscientização ambiental, as empresas públicas e privadas melhoram sua imagem e seus reflexos perante os clientes e a sociedade em seu entorno.
Mas embora muito se tem falado sobre conscientização ambiental, pouco se sabe acerca do conhecimento da população sobre a correta destinação final de resíduos perigosos como pilhas e baterias de celulares, a contaminação do solo e os danos causados à saude. Por isso, o meio ambiente vai ficando cada vez mais exposto à degradação, mesmo que inconsciente. E os indivíduos continuam descartando seus resíduos perigosos de forma inadequada.
2. Referencial teórico 2.1 Resíduos sólidos
Inserido na natureza, o homem passou milhões de anos sem provocar impactos significativos, mesmo tendo descoberto uma forma de controlar o fogo – sua primeira grande conquista no caminho da independência – ou tendo aprendido a interferir no ambiente natural cultivando alimentos e animais. Esse quadro sofreu interferência com o crescimento desordenado e o ritmo das mudanças na natureza, tendo como fator central a revolução industrial.
Entre os resíduos sólidos existem aqueles considerados perigosos, os quais merecem uma atenção maior por parte do sistema de coleta e rigor na reciclagem, como é o caso de pilhas domésticas e baterias de celulares, que possuem alta capacidade de poluição e toxidade, uma vez que contém substâncias químicas em seus compostos.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas define conforme NBR 10.004, que os resíduos sólidos (RS) são caracterizados como “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional.” (ABNT, 1987)
3 ambiente onde são classificados em três classes: classe I – perigosa classe II – não-inertes e classe III – inertes; e quanto à natureza, sobre a qual se destaca o lixo doméstico, comercial, público, conforme Resolução nº 257 (CONAMA, 1999).
Para gestão de resíduos sólidos são levados em conta algumas características e seu potencial em função da geração, as influências socioeconômicas e seus aproveitamentos. Para isso é necessário classificar e organizar um fluxo, segregando os tipos para reaproveitamento e tratamento. Alguns aspectos devem ser observados, como conhecer a natureza e origem do resíduo, estabelecimento de técnicas e a construção de métodos de trabalho, objetivando o resultado final (PINHEIRO et al., 2008).
Para efetuar uma gestão do Resíduo Sólido – RS – deve-se elaborar um conjunto de interações estabelecidas em normas e um plano de operacionalização, usando critérios na área ambiental, uma vez que isso visa à perfeita coleta, transporte, tratamento e a correta disposição final principalmente de resíduos perigosos, em especial o caso pilhas domésticas e baterias de celulares (D’ALMEIDA e VILHENA, 2000).
Nos modelos de gestão de resíduos sólidos, propostos pelos mesmos autores, levaram em conta alguns aspectos visando uma ação mais eficiente como reutilização e destinação final, onde se deve: efetuar a coleta correta do resíduo; segregar e tratar corretamente, cumprindo a legislação em vigor; conscientizar a população efetuando campanhas de informação (a prevenção é melhor do que a correção) e incentivo à redução dos resíduos, principalmente os perigosos.
2.2 Impactos ambientais das pilhas e baterias
No final dos anos 70 já se observavam os indícios dos perigos que o descarte de pilhas e baterias de celulares causaria para a sociedade e o meio ambiente. O que levou os países europeus a terem uma preocupação maior quanto ao descarte destes resíduos em lixos domiciliares, já que até ao final do ano de 1985, exceto as baterias de lítio, todas as outras eram constituídas de mercúrio metálico, considerado muito tóxico para saúde e meio ambiente, por ser um metal pesado e não biodegradável (REIDLER et al., 2002).
No Brasil, não se sabe se por falta de conhecimento dos riscos que representa à saúde e ao ambiente ou por falta de alternativas de coletas, as pilhas e baterias exauridas são descartadas de forma inadequadas em lixos comuns. Até a década de 1990 não se preocupava com a contaminação ambiental causada pelos metais pesados contidos nestes resíduos sólidos, no entanto, a partir do ano 1999 foram publicadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – as Resoluções de número 257 e 263, de 30/06/99 e 12/11/99, respectivamente, que dispõe sobre pilhas e baterias considerando-as como resíduos perigosos e compostos altamente tóxicos.
Estas resoluções definem regras e parâmetros bastante criteriosos para minimizar os impactos causados pelos metais pesados como mercúrio, cádmio, zinco e chumbo, dentre outros. De acordo com as resoluções citadas, as pilhas e baterias não poderão ser descartadas diretamente no solo, principalmente a céu aberto, como acontece nos lixões e aterros sanitários, também não poderão ser queimadas, devido ao risco de explosões e contaminação do ar, nem depositadas em leitos e bacias hidrográficas, devido aos riscos dos invólucros das pilhas se romperem permitindo o vazamento dos metais pesados contidos em seu interior.
Devido ao exposto, a resolução 237/2004 define que nas embalagens dos produtos, as empresas deverão informar de maneira clara as advertências sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente e como proceder após a utilização do produto, mas essa ainda é uma parcela muito
4 pequena de contribuição para a conscientização da população e a minimização dos impactos, uma vez que as pilhas e baterias são geralmente vendidas no comércio varejista e a população que adquire tais produtos não os leva em suas embalagens originais.
Atualmente a cidade de Belo Horizonte (MG) não possui um sistema de gerenciamento do descarte de pilhas domésticas e baterias de celulares, sendo que tais resíduos são descartados pela sociedade junto aos resíduos domésticos comuns e acabam sendo depositados de forma irregular e incorreta nos lixões e aterros sanitários da cidade, e seus componentes acabam por contaminar o meio ambiente e a própria população (SLU-PBH/MG, 2010).
O cádmio, o chumbo, o mercúrio e o lítio são os principais componentes das pilhas e baterias, sendo que entre eles o cádmio é um dos metais mais perigosos e tóxicos desses resíduos, pois é absorvido facilmente pelas vias aéreas. A exposição mesmo que por pouco tempo pode causar intoxicações, que se complicam e levam ao óbito. Já o chumbo é classificado como uma toxina crônica, seus efeitos são percebidos após uma exposição grande, porém de níveis baixos. O mercúrio, após entrar na corrente sanguínea é distribuído pelos tecidos e concentra-se nos rins, fígado, medula ósconcentra-sea, parede intestinal, parte superior do aparelho respiratório, mucosa bucal, glândulas salivares, cérebro, ossos e pulmões. O Lítio absorvido pelo organismo pode causar disfunções renais e respiratórias e além de causar danos ao embrião ou ao feto durante a gestação (CFETEQ, 2000).
O Quadro 1 apresenta as principais doenças causadas ao ser humano devido ao contato com os componentes das pilhas domésticas e baterias de celulares.
Principais Efeitos à Saúde Principais Efeitos à Saúde
Cd (*)
Câncer
Disfunções digestivas
Problemas pulmonares e no Sistema Respiratório
Mn Disfunção cerebral e do Sistema Neurológico
Disfunções renais, hepáticas e respiratórias
Teratogênico
Pb (*)
Anemia
Disfunção renal
Dores abdominais (cólica, espasmo, rigidez)
Encefalopatia (sonolência, distúrbios mentais, convulsão, coma)
Neurite periférica (paralisia)
Problemas pulmonares
Teratogênico
Hg (*)
Congestão, inapetência, indigestão
Dermatite
Distúrbios gastrintestinais (com hemorragia)
Elevação da pressão arterial
Inflamações na boca e lesões no aparelho digestivo
Lesões renais
Distúrbios neurológicos e lesões cerebrais
Teratogênico, mutagênico e possível carcinogênico
5
Co Lesões pulmonares e no Sistema Respiratório
Distúrbios hematológicos
Possível carcinogênico humano
Lesões e irritações na pele
Distúrbios gastrintestinais
Efeitos cardíacos
Ni Câncer
Lesões no Sistema Respiratório
Distúrbios gastrintestinais
Teratogênico, genotóxico e mutagênico
Dermatites
Alterações no Sistema Imunológico
Argíria (descoloração da pele e outros tecidos)
Cr (*)
Lesões do aparelho respiratório
Câncer do aparelho respiratório
Lesões nasais e perfuração do septo e na pele
Distúrbios no fígado e rins, podendo ser letal
Distúrbios gastrintestinais
Ag Dores estomacais e distúrbios digestivos
Problemas no Sistema Respiratório
Necrose da medula óssea, fígado, rins e lesões oculares
Li Disfunções renais e respiratórias
Disfunções do Sistema Neurológico
Cáustico sobre a pele e mucosas
Teratogênico
Zn Alterações hematológicas
Lesões pulmonares e no Sistema Respiratório
Distúrbios gastrintestinais
Lesões no pâncreas
Fonte: ASTDR (2002); TOXNET (2002); U.S.EPA (2002); WHO (2001), apud REIDLER (2002). Quadro 1 - Deletérios à saúde advindos dos componentes das pilhas e baterias de celulares
3. Metodologia
Trata-se de uma pesquisa exploratória, conforme Gil (2006), pois requer coleta de dados em campo. Os procedimentos metodológicos adotados para a execução deste estudo consistiram na aplicação de um questionário para verificar, entre outros pontos, o conhecimento da população amostrada sobre a legislação e dos procedimentos executados durante o descarte das pilhas e baterias.
Durante um período de 20 de dezembro de 2009 a 20 de março de 2010, foi realizada a pesquisa para quantificar o percentual da população que possui conhecimentos acerca da correta destinação de pilhas domésticas e baterias de celulares.
Os dados foram compilados e a partir do diagnóstico observado podendo ser proposto uma forma de manejo para estes resíduos, sugerindo uma melhoria no programa de conscientização e sensibilização da população.
4. Caracterização da região de estudo
A cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, está localizada na região Sudeste, a aproximadamente 850 metros acima do nível do mar, abrangendo uma área de 330,23 km2 e abrigando uma população de 2.412.937 habitantes, performando uma densidade
6 demográfica de 7.292 habitantes por km2, com uma renda percapita de R$16.636/ano (PBH, 2010) e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000), Belo Horizonte é hoje a 6ª cidade mais populosa do Brasil (3ª se considerada a sua região metropolitana).
5. Resultados
Foi realizado uma pesquisa com 588 questionários aos habitantes da cidade de Belo Horizonte/MG, escolhidos de forma aleatória detectando que 62% da população utiliza de 1 a 3 pilhas por mês. Conforme apresentado no Gráfico 1, foi detectado que 82% (oitenta e dois por cento), com margem de erro de 10.6 pontos percentuais para mais ou para menos, que a população descarta suas pilhas no lixo doméstico e, no caso da baterias de celulares, esse percentual cai para 43% (quarenta e três por cento). Outro dado importante obtido na pesquisa foi o desconhecimento da população em relação ao dano causado à saúde em decorrência do descarte de pilhas e baterias de celulares no lixo doméstico que chega a 58% (cinqüenta e oito por cento) dos entrevistados.
Fonte: Os Autores
Gráfico 1- Destino das pilhas
O problema do descarte indevido atinge está em todas as classes sociais e faixas etárias, não ficando concentrado somente nas classes menos favorecidas como se esperava. Levando em consideração que 75% (setenta e cinco por cento) dos entrevistados fazem parte de grupos de indivíduos que possuem ensino médio completo, e/ou são formados em curso superior (ou estão cursando), tal situação pode ser devida a uma carência do poder público em fornecer informações e infra-estrutura adequada ao processo de coleta seletiva.
Os resultados obtidos geram uma preocupação muito grande, pois constatou-se que existe uma extrema necessidade de conscientizar da população sobre os riscos e danos que as pilhas e baterias celulares, descartadas de forma incorreta, podem vir a causar ao meio ambiente e consequentemente ao homem.
A pesquisa efetuada demonstra a tendência da população em continuar descartando, inadequadamente, suas pilhas e baterias celulares, (resíduos perigosos), conseqüentemente causando poluição, contaminação do meio ambiente e danos a saúde. A população não tem noção dos resíduos perigosos que são descartados todos os dias nos lixos domésticos, depositados em lixões e aterros sanitários comuns, podendo atingir águas subterrâneas através da percolação de seus componentes químicos ou até mesmo atingir diretamente aquela população que constantemente busca, nos lixões, sua forma de sobrevivência.
7 As informações obtidas junto à prefeitura municipal de Belo Horizonte/MG, detectou que a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), órgão responsável pela coleta dos resíduos, não possui uma política em relação ao gerenciamento das pilhas e baterias de celulares, sendo que para a prefeitura o gerenciamento deve ser realizado pela própria empresa geradora do resíduo, pois são classificados como resíduos perigosos.
6. Considerações finais
É necessário que a prefeitura local tome providências que vão desde campanhas educativas, disponibilização de locais de coleta, armazenagem e destinação final das pilhas e baterias, incentivando também os usuários a entregar seus resíduos nos pontos de venda, conforme determinado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), os estabelecimentos que comercializam tais produtos devem ser os responsáveis pela coleta e destinação final dos mesmos, até a solicitação de ajuda dos fabricantes de pilhas e baterias, uma vez que esses são os principais responsáveis pela geração dos resíduos e devem prover a sociedade de recursos de fácil acesso e distribuídos em locais públicos para coleta e destinação final dos mesmos, para assim garantir uma melhor qualidade de vida à população e ao meio ambiente.
Sugere-se que sejam colocados coletores nos locais que comercializam os produtos que geram tais resíduos, bem como nos locais de grande circulação de pessoas e que o município crie uma política de recolhimento desses resíduos dando a eles a destinação final correta.
Aos fabricantes, cabe investir em formas alternativas ou mais duradouras de pilhas e baterias, a um custo acessível, como as recarregáveis, por exemplo, que podem reduzir muito a utilização dos tipos comuns, minimizando assim os impactos causados no meio ambiente e na vida do ser humano.
Ao Poder Público cabe inserir matérias como educação ambiental, ecologia e hábitos saudáveis nas grades curriculares de instituições de ensino infanto-juvenil, fazendo-se cumprir seu conteúdo, a fim de formar nos indivíduos, ainda jovens, uma consciência de preservação da vida e do meio ambiente, o que pode ser a chave para um futuro melhor, onde todos tenham ciência, desde crianças, o que fazer com seus resíduos sólidos, principalmente os perigosos.
Diante de tantos problemas que os componentes químicos presentes nas pilhas e baterias podem causar ao ser humano, é extremamente necessário que seja enfatizado junto ao poder público um plano de ação para a gestão de resíduos sólidos perigosos.
O trabalho apresentado poderá servir de base para futuras pesquisas, pois traz a tona questão referente ao descarte e destinação final de resíduos perigosos, nesse caso especifico as pilhas e bateria de celulares, levando a crer que o problema não ocorre apenas na cidade de Belo Horizonte/MG e sim em todo o Brasil ou em boa parte. No Brasil a cada dia produz mais e mais pilhas e baterias de celulares, em virtude do crescimento tecnológico.
O trabalho desenvolvido desperta para questões ambientais e do desenvolvimento sustentável, em que deriva para os empreendedores e nesse contexto será que os produtores estão preocupados com o meio ambiente, se estão dando destinação final ao produto produzido conforme preceitua a legislação brasileira.
Independente da responsabilidade ser do poder público, dos fabricantes, dos comerciantes ou dos consumidores, o fato é que algo tem ser feito em relação ao gerenciamento do descarte dos resíduos perigosos, em especial as pilhas e baterias de celulares, pois todos devem conscientizar que o problema é sério, principalmente por existir no país legislação que trata do
8 assunto, visando preservar o meio ambiente para as gerações futuras.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 1004: Resíduos sólidos. Rio de Janeiro:
ABNT, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS ELÉTRICAS E ELETRÔNICAS. A evolução da
dústria de pilhas no Brasil. São Paulo: ABINEE, 1994.
CENTRO FEDERAL DE ESCOLAS TÉCNICAS – ESCOLA DE QUÍMICA. Pilhas e baterias. Rio de
Janeiro: Arquivo CFETEQ, 2000.
CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução 257, de 30.06.99: dispõe sobre o descarte e o
gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização reciclagem, tratamento, ou disposição final. Brasília:Diário Oficial da União, 1999.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução 263, de 12.11.99: dispõe sobre a inclusão, na
Resolução CONAMA 257/99, das pilhas miniatura e botão, estabelecendo limites do teor de mercúrio por elemento. Brasília:Diário Oficial da União, 1999.
D’ALMEIDA, M.L.O.; VILHENA, A. Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. 2. ed. São Paulo:
IPT/CEMPRE, 2000.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Título. Belo Horizonte: IBGE, 2000.
Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm>. Acessado em 29 de abril de 2010.
PINHEIRO, E.L.; MONTEIRO, M.A.; FRANCO, R.G.F. PGIRBL: Plano de Gestão Integrado dos Resíduos
de Pilhas, Baterias e Lâmpadas. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2008.
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Estatísticas e Mapas. Disponível em: <http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do/evento>. Acesso em: 26 abr. 2010.