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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA 1 2. TERRITÓRIO 3 3. AMBIENTE 4 4. DEMOGRAFIA 6 5. FAMÍLIAS 8 6. CONSTRUÇÃO CIVIL 9 7.

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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA1

(Dados 2008)

José António Girão*

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2 2. TERRITÓRIO 3 3. AMBIENTE 4 4. DEMOGRAFIA 6 5. FAMÍLIAS 8 6. CONSTRUÇÃO CIVIL 9 7. ENERGIA 10 8. COMÉRCIO 11 9. ESTRUTURA EMPRESARIAL 12 10. EMPREGO 13 11. ENSIN0 14 12. FINANÇAS LOCAIS 15 13. IMPOSTOS 16 14. ACTIVIDADE BANCÁRIA 17 15. JUSTIÇA 18 16. SAUDE 18 17. SEGURANÇA SOCIAL 19

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1. INTRODUÇÃO

As considerações que se seguem resultam de uma análise preliminar de um conjunto de dados concelhios disponibilizados, em 2008, pela Marktest, sob a designação de Sales Índex e posteriormente organizados numa base de dados, com vista a servir os objectivos do Observatório de Desenvolvimento Económico e Social da AML.

A primeira observação a reter é a da grande diversidade de períodos a que as variáveis dizem respeito: desde períodos relativamente longos (mais de uma década) até outros bi-anuais, ou até respeitando a um único ano. Também o último ano disponível, mesmo nas sucessões mais recentes, raramente vai além de 2006, havendo muitas que se ficam por 2005, para não falar dos vários casos em que os dados se reportam a dois anos consecutivos ou separados, mas remotos, o que retira interesse à correspondente análise. É o caso, por exemplo, dos recursos humanos nos municípios, cujos dados se reportam a 1990 e 1994. Noutros casos, as variáveis têm uma base de recolha altamente questionável para efeitos de análise. Dois exemplos: os recursos médicos disponíveis têm por base a residência do clínico; o montante dos impostos por concelho têm por base os montantes pagos nas Repartições de Finanças respectivas e não os totais respeitantes aos indivíduos ou empresas do concelho, independentemente da forma como foram pagos (Multibanco, transferência bancária, etc.).

A análise fica, assim, largamente condicionada pela relevância e qualidade dos dados disponibilizados por esta fonte, o que mais uma vez põe em destaque a importância de podermos vir a dispor dos dados do INE, a nível regional e para um período relevante. São igualmente conhecidas as dificuldades em os conseguir facilmente e por forma a ultrapassar outras restrições decorrentes da forma como (não) são disponibilizados (por exemplo, nos casos em que num

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dado concelho existem menos de três observações) para que se imponha, pois, que a AML possa passar a estar representada na Secção Permanente de

Estatísticas de Base Territorial. Importa igualmente aprofundar a possibilidade de desenvolver um modelo de parceria institucional tripartido (INE, AML e AMPorto) com vista a estruturar os trabalhos futuros necessários, ao qual o INE se mostra receptivo.

Por último, de referir que nas “notas de análise” que se apresentam e para efeitos de enquadramento dos concelhos da AML, se recorre igualmente a um conjunto de indicadores contidos na análise sobre a evolução socioeconómica d’ “Os Concelhos Portugueses 1998-2008” disponibilizados pela Marktest.

2. TERRITÓRIO

AML: cerca de 300 mil ha; Grande Lisboa (GL): cerca de 138 mil ha; Península de Setúbal (PS): cerca de 162 mil ha.

Maiores Concelhos: Palmela (46 mil ha); Montijo (34 mil ha); Vila Franca de Xira (32 mil ha); Sintra (32 mil ha); Mafra (29 mil ha).

Menores Concelhos: Amadora (2346 ha); Odivelas (2623 ha); Barreiro (3755 ha), que, aliás, figuram entre os 10 mais pequenos do País.

Solo Urbano: AML cerca de 50 mil ha; GL cerca de 29 mil ha; PS 21 mil ha. Sintra (7352 ha); Lisboa (4222 ha); Cascais (4040 ha); Palmela. Alcochete (530 ha); Moita (1056 ha); Amadora; Odivelas.

SAU: Em 1989 a AML tinha cerca de 100 mil ha; GL cerca de 50 mil ha; PS cerca de 48 mil ha. Os concelhos com maior SAU são Mafra (cerca de 16 mil ha); Vila Franca de Xira (cerca de 12 mil ha); Sintra (cerca de 10 mil ha). De 1989 para 1999 a AML perde cerca de 7 mil ha, a GL cerca de 16 mil e a PS

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ganha cerca de 8 mil ha. Em termos de terras aráveis a AML perde cerca de 10 mil ha dos quais 9 mil na GL. No que respeita à área de prados e pastagens, na PS a área aumenta de cerca de 14 mil ha, enquanto o aumento é diminuto

na GL (400 ha). A área de exploração por conta própria aumenta na PS (cerca de 8500 ha), mas diminui de valor idêntico na GL:

- O número de explorações que era de cerca de 20 mil em 89 passa para 12 mil em 99, reduzindo-se de cerca de 4300 na GL e de 3300 na PS.

- O número de trabalhadores assalariados permanentes reduziu-se no período de cerca de 20% (de 4196 para 3383), embora tenha aumentado na PS, para 550) o que faz com que na AML o número de trabalhadores a tempo completo aumente de cerca de 300. A quebra nos eventuais é de cerca de 50% (de 860 mil para 400 mil), repartindo-se quase de forma idêntica em ambas as sub-regiões.

3. AMBIENTE

- O consumo de água (rede pública) apresenta um ligeiro decréscimo (cerca de 5%) na AML no período 2001-2005, embora com crescimento na PS (de 50 para 52 milhões de m3). Por concelhos verifica-se crescimento do consumo em Cascais, Mafra, Vila Franca de Xira, Alcochete, Almada, Barreiro, Montijo, Seixal, Sesimbra e Setúbal. O padrão é idêntico por tipo de uso (residencial, serviços e indústria), só aumentando em todos os concelhos para os outros consumos.

- Também o caudal captado apresenta o mesmo padrão, embora este seja maior que o consumo (mais cerca de 50%). O caudal captado pelas câmaras da AML é de cerca de ¼ do total e praticamente todo na PS; na GL são praticamente outras entidades que procedem à captura. Toda essa captura é de águas subterrâneas, com excepção de pequenas quantidades em Sintra e

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Cascais. Do caudal captado cerca de 75%-80% é tratado e praticamente na totalidade por outras entidades que não as Câmaras.

- A quase totalidade da população da AML é servida por água da rede pública, com excepção de cerca de 2% em Alcochete, 4% no Montijo, 6% em Setúbal e 10% em Palmela.

- No que respeita a drenagem e tratamento de águas residuais, registe-se, no período 2001-2005, a manutenção dos caudais de efluentes na PS e ligeira quebra na GL, embora por concelhos se verifique crescimento significativo em Cascais, Lisboa, Mafra, Almada, Sesimbra e Setúbal. A nível da AML tal é devido à quebra dos resíduos industriais, já que os de origem residencial e serviços crescem ligeiramente, precisamente nos referidos concelhos.

- Na GL praticamente toda a população é servida com sistema de drenagem, à excepção de Mafra (75%); já na PS, apenas Almada cobre 100% da população, chegando a reduzir-se a 70% em Sesimbra. O Seixal (98%) e Setúbal (95%) são os únicos que se aproximam da totalidade.

- Cerca de 80% do total do caudal de águas residuais é tratado, embora essa percentagem seja bastante menor na PS (cerca de 60%); em qualquer dos casos ela tem vindo a subir, atingindo os 100% em 10 concelhos, dos quais 7 na GL; excepção são Mafra e Vila Franca de Xira, onde a percentagem é de cerca de 15%. Na PS apenas 3 concelhos tratam todo o caudal; Moita, Montijo, Seixal e Setúbal não chegam aos 50% do caudal tratado, atingindo o Barreiro a situação limite (0%). Isto faz com que a população totalmente servida com estações de tratamento de águas residuais seja apenas as dos concelhos da Amadora, Cascais e Almada, atingindo 0% no Barreiro, 7% em vila Franca de Xira e 10% na Moita.

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- No que respeita a resíduos sólidos, com a excepção de Mafra (98%), a restante população da AML é servida pela recolha de resíduos, embora, em 2001 (ano para o qual há dados), apenas cerca de 4% fosse recolha selectiva.

- Na AML as receitas com a protecção do ambiente cobrem em menos de 50% as despesas. Esta percentagem é bastante inferior na PS. A maioria destas despesas é com resíduos sólidos, seguidas das com águas residuais. Em contrapartida, a maioria das receitas provém da gestão de águas residuais.

4. DEMOGRAFIA

- De acordo com os Censos populacionais e no período 1981-2001, verificam-se alterações significativas na posição relativa dos municípios. Em 2001, entre os 10 primeiros, cinco pertencem à AML: Lisboa, Sintra, Loures, Amadora e Cascais; mas só o Porto e V.N. de Gaia se intercalam entre Lisboa e Sintra e os restantes. No entanto, em 1981, Oeiras estava também entre os 10 primeiros, posição que se estima que ocupe de novo actualmente, e Sintra ocupava, então, a 4ª. Posição. No que respeita a taxas de crescimento médio anual, Sesimbra e Alcochete (com valores de 5%) e Mafra e Sintra (com taxas de 4%) figuram entre os 10 Mais em termos de ritmo de crescimento populacional.

- Na AML, entre 1991 e 2007 a população total cresce de 2.5 milhões para 2.8 milhões (cerca de 10%); sensivelmente ¼ encontrava-se na PS, mas agora é um pouco mais, dado que a população cresceu nesta sub-região um pouco mais fortemente (da ordem de 22%). Amadora, Lisboa e Barreiro perdem população; ganham os restantes concelhos, nomeadamente Sintra, Vila Franca de Xira, Cascais Mafra, Oeiras e todos os restantes da PS.

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- Por escalões de idade, entre 1996 e 2007, na AML a população até aos 14 anos cresce de 10% (com um padrão sensivelmente igual ao do total), mas decresce de cerca de 25% no escalão dos 15-24 anos, crescendo apenas ligeiramente em Mafra, Sintra, Alcochete e Sesimbra. Entre os 25 e 64 anos cresce também cerca de 10% (escalão etário mais numeroso), embora decresça entre 96 e 2007 na Amadora, Lisboa e Barreiro. Cresce também a

população com mais de 65 anos, cerca de 1/3, sobretudo na PS (50%) e em todos os concelhos, excepto Lisboa. Na AML o número de homens é ligeiramente menor que o de mulheres. No entanto, entre os 0-14 anos há ligeiramente mais homens; o mesmo acontece entre os 15-24 e 25-65 anos (mais acentuadamente), mas menos acima dos 65 (de forma significativa).

- Quanto ao estado civil, entre 1992 e 2006, o número de casamentos na AML decresce cerca de 25%, embora só diminua de 10% na PS. No entanto, esta é a sub-região com maior acréscimo populacional. Entretanto, o número de divórcios cresce de mais de 40% na AML, mais que duplicando na PS.

- O número de nascimentos cresce de cerca de 10% na AML e mais fortemente, também, na PS (mais de 20%). Os nascimentos por sexo estão de acordo com a regra: mais homens que mulheres.

- O número de óbitos diminui de cerca de 10%, embora cresça na sub-região PS, em consequência do acréscimo populacional. A mortalidade infantil decresce significativamente, reduzindo-se o número de óbitos a menos de metade.

- Oeiras, Lisboa e Cascais são os concelhos com maior percentagem de classe alta e média (41.8, 38.7 e 35.8 respectivamente). V. Franca de Xira (16.9%) e Mafra (16.8%) são os que têm menor percentagem na GL. Almada (26.3%) e Setúbal (21%) são os que têm maior percentagem destas classes na PS; as restantes têm percentagens inferiores. A percentagem de indivíduos da

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classe média (C1) é da ordem dos 30% em todos os concelhos (variando entre 25% e 35% para Lisboa e Alcochete vs. Sintra Amadora). A classe média baixa (C2) apresenta maiores variações: na ordem de mais de 30% na PS, excepto Almada (23.8%), e os 17% (Lisboa), Oeiras (16%), mas 32% em V. Franca de Xira e Mafra. Oeiras e Cascais são os concelhos com menor classe baixa (da ordem de 13%) e Sintra (14%), andando os demais pelos 18-20% na GL, mas atingindo os 26% na PS (Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Sesimbra).

- Em termos de densidade populacional, de 6 concelhos entre os 10 Mais em 1991, (Lisboa, Amadora, Oeiras, Barreiro, Almada e Loures) a AML passou para 7 em 2001, com a entrada de Cascais (1903 hab/km2), tendo Odivelas (5651 hab/km2) substituído Loures (1167 hab/km2) e a Amadora (7338 hab/km2) passado para 1ª posição, à frente de Lisboa (6015 hab/km2). Os de menor densidade são Montijo (117), Alcochete (126), Palmela (130), Mafra (228) e Sesimbra (247).

- Registe-se, ainda, a significativa percentagem de nados-vivos fora do casamento, que é de 30% em Alcochete mas atinge os 53% na Amadora, sendo que na maioria dos concelhos é superior a 40%. A surpresa é tanto maior quanto à excepção de Mafra (28%), os demais concelhos apresentam uma percentagem de casamentos católicos acima de 1/3, com 50% em Loures e perto disso em Oeiras.

5. FAMÌLIAS

- De 1981 para 2001 (último Censo) o número de famílias na AML cresceu 25% no total, mas mais acentuadamente na PS; decresce no entanto no concelho de Lisboa (20%). A esmagadora maioria das famílias têm entre 1 e 4 pessoas, predominando as com duas, logo seguida das com três.

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- Segundo o tipo, cerca de 1/3 são casais “de direito” com filhos, logo seguidos dos sem núcleo familiar e dos casais “de direito” sem filhos. Cerca de 8% são de “mãe com filhos” e cerca de 5% casais “de facto” com filhos. 80% das famílias têm núcleo familiar.

- Do total das famílias cerca de 60% têm representante empregado e cerca de 30% reformado. Um pouco mais de 3% tinha representante desempregado.

6. CONSTRUÇÃO CIVIL

- O número de licenças concedidas aumentou de cerca de 10% de 1990 para 2006 (cerca de 60% na GL e 40% na PS). No início do sec. XXI e particularmente em 2002-2003, assiste-se a um “boom” no número de licenças, nomeadamente nos concelhos de Cascais, Mafra, Sintra e Vila Franca de Xira (na GL) e Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal (na PS). A esmagadora maioria é para novas construções. O número de licenças para fins industriais é diminuto (na ordem das dezenas) e decrescente.

- O número de edifícios concluídos também aumenta de cerca de 2/3 na AML, com acréscimos de 25% na GL e 50% na PS: Cascais e Mafra são os concelhos onde se verifica o maior número de edifícios construídos, bem como em Sintra. Toda a PS mostra grande dinamismo, incluindo Alcochete e Barreiro.

- Já o número de fogos construídos cresce até 2000 (cerca de 60%) duplicando na PS até 2002, mas decresce a partir daí, cerca de 1/3 no total, atingindo em 2006 um número sensivelmente ao nível de 1990 na PS e e reduzindo-se de 1/3 na GL. Exceptuam-se os concelhos de Mafra (na GL) e os da PS (à excepção de Almada e Moita) que continuam a subir.

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- Quanto às transacções de prédios, decrescem ligeiramente (cerca de 5%) entre 2002-2005, sobretudo na PS, aumentando na Amadora, Lisboa, Loures, Alcochete e Sesimbra. Se considerarmos só os urbanos, embora sejam a esmagadora maioria, mas porque os rústicos são da ordem de 5%, o quadro altera-se ligeiramente: as transacções estagnam na GL e diminuem na PS. Concelhos com transações crescentes são Lisboa, Loures, Odivelas e Oeiras na GL e Alcochete, Palmela e Sesimbra na PS; os restantes vêm o número de transacções diminuir.

7. ENERGIA

- Na AML o número de consumidores de electricidade aumentou de cerca de 30% (124 mil para 162 mil), com acréscimos de 25% na GL e de 50% na PS. Esta sub-região, que incluía cerca de ¼ dos consumidores em 1981, passou a representar 36% em 2006. O acréscimo é superior a 50% nos concelhos de Sintra, V. Franca de Xira, Alcochete, Palmela (cerca de 100%) e Sesimbra. Percentagens elevadas verificam-se também no Montijo, Setúbal, Oeiras e Cascais. Como seria de esperar, a esmagadora percentagem de consumidores são de baixa tensão, embora, no período, os de média e alta tensão cresçam de 25%; mais significativamente na PS (cerca de 50%), contra 15% na GL.

- Já o consumo total de electricidade cresce de 90%, mais que duplicando na PS, que representa cerca de 1/3 do total da AML (contra pouco mais de ¼ em 91). A dinâmica do consumo é, pois, muito mais forte, havendo concelhos que triplicam o consumo (Mafra, Odivelas, Palmela, Seixal), mas com vários a duplicar (Oeiras, Sintra, V. Franca, Alcochete, Moita, Sesimbra) ou quase (Montijo).

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- Em termos de tipo de consumo, este reparte-se quase igualmente entre baixa e média/alta tensão, embora o da baixa ultrapasse o da alta em 2006, ao contrário do que sucedia em 91. No entanto, em 91, a GL consumia mais baixa tensão do que alta e a PS mais alta que baixa; identicamente em 2003, embora a discrepância se agrave, fruto da prática duplicação do consumo de baixa tensão nas duas sub-regiões. O consumo de alta tensão na GL apenas cresce 5%.

-Por fins, o consumo reparte-se de forma sensivelmente igual pelos usos industriais (o maior), a iluminação e os usos não-domésticos e a iluminação e usos domésticos (da ordem dos 4 biliões de Kwh). A tracção, a iluminação pública e os usos agrícolas (sobretudo) são quase residuais (pouco mais de 10%).

8. COMÉRCIO

- Grossista – Na AML o total de pessoas ao serviço nos estabelecimentos grossistas,entre 1993 e 2007, manteve-se praticamente estável: cerca de 83 mil pessoas, com ligeiro decréscimo na GL (Lisboa e Loures) e acréscimo na PS (15%).

- Retalhista – Entre 1991 e 2007 o número de estabelecimentos de comércio a retalho aumentou de cerca de 50% na AML, com acréscimos da mesma ordem em todos os concelhos. Cerca de 2/3 estão na GL e 1/3 na PS. A grande maioria (cerca de 1/3) é de alimentação e bebidas e 10% de têxteis, vestuário e calçado. A área média dos estabelecimentos situa-se entre 100 e 200 m2 (Cascais) na maioria dos concelhos, embora em Mafra (86m2) e na PS as áreas sejam inferiores, à excepção do Barreiro, Palmela e Setúbal. O número total de pessoas empregadas por estes retalhistas cresceu de cerca de 1/3, entre 1993 e 2007, de forma sensivelmente idêntica nos diferentes concelhos. O pessoal ao serviço nestes estabelecimentos era de cerca de 152

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mil em 2007, na AML, repartindo-se em cerca de ¼ na PS e ¾ na GL. Em 2007 havia na AML 543 grandes superfícies retalhistas, das quais 170 na PS e as restantes na GL. Isto significa que no espaço de dez anos o número de grandes superfícies mais do que duplicou, tendo triplicado na PS.

- Parque Automóvel – Entre 1990 e 2000 o parque automóvel mais do que duplicou (Cerca de 120%), sobretudo devido ao crescimento dos ligeiros de passageiros. A idade média é de 10 anos. O total dos pesados representa apenas cerca de 2% do total. A idade média dos pesados (incluindo passageiros) é no entanto superior (cerca de 15 anos).

-Telefones Fixos – Entre 1993 e 2006 o número total de telefones fixos na AML cresceu de cerca de 1/3 (de 9042 para 12601), com um acréscimo de 70% na PS, representando hoje cerca de ¼ do total (2899). Mais de ½ do parque está em Lisboa.

9. ESTRUTURA EMPRESARIAL

- No período 1995-2005, o número total de estabelecimentos de empresas na AML aumentou de cerca de 50% e de 20% na PS. No entanto, em certos concelhos o crescimento foi superior: Mafra (mais de 100%), Oeiras, Sintra, V. Franca, Alcochete, Moita, Palmela, Seixal e Sesimbra: nestes concelhos o número de empresas duplicou ou quase. Os cerca de 100 mil estabelecimentos correspondiam a cerca de 85 mil empresas, ou seja cerca de 20% mais do que as existentes em 2000. De novo este crescimento é mais acentuado nos concelhos da PS.

- Do total de empresas, cerca de 2/3 têm menos de 4 trabalhadores, menos de 20% têm entre 5 e 9 trabalhadores e menos de 10% entre 10 e 19.

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Apenas cerca de 100 empresas tinham em 2005 mais de 1000 trabalhadores e pouco mais de 1000 (1130) entre 100 e 1000 trabalhadores.

- De 1996 a 2005 o total de estabelecimentos da Administração Pública, Educação, Saúde e Outros na AML cresceu cerca de 75%, atingindo cerca de 12500, cerca de ¼ na PS. No entanto, o crescimento foi de 100% nos concelhos (ou quase, em Cascais e Setúbal) de Mafra, Oeiras, Sintra, V. Franca, Moita, Montijo, Seixal, Sesimbra e de mais de 300% em Alcochete e Palmela. Cerca de metade destes estabelecimentos são actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais, outros que de educação, saúde e acção social, sendo que os de educação representam cerca de 10%.

- A taxa de constituição de sociedades situa-se tipicamente entre os 6-8%, sendo o de dissolução da ordem de 2-3%.

10. EMPREGO

- Entre 1995 e 2005 o número total de pessoal ao serviço de estabelecimentos com trabalhadores por conta de outrem, na AML, aumentou de cerca de 15%, mas menos na GL do que na PS, o que fez com que esta sub-região passasse a representar cerca de 17% do emprego; em 1995 representava cerca de 12%.No período apenas Lisboa perde emprego- todos os outros aumentam – embora Lisboa continue a deter, de longe, o maior número de empregados (cerca de 44%). Vários concelhos, quer na GL que na PS, vêm a população empregada mais do que duplicar: Mafra, V. Franca, Alcochete, Palmela, ou quase: Oeiras, Sintra, Almada, Barreiro, Montijo e Sesimbra.

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- Destes trabalhadores por conta de outrem cerca de 50% não têm o ensino secundário, contra cerca de 25% com este grau de habilitação e cerca de 20% com bacharelato ou licenciatura. (logicamente mais de metade em Lisboa).

- O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, em 2005, variava entre os cerca de 750 € (Mafra, Odivelas, Moita, Montijo e Sesimbra) e os 1400-1500 € (Lisboa-Oeiras), situando-se os restantes na GL na ordem de 1000 € e os da PS na ordem de 900 € (excepto Setúbal com 1000 €). No entanto, para os trabalhadores com escolaridade inferior ao 1º. Ciclo era da ordem de 600 €, enquanto que os detentores de licenciatura auferiam entre os 1400-2500 €. Destes, exceptuando os concelhos de Mafra, Odivelas, Almada, Moita, Montijo Seixal e Sesimbra, nos restantes onze a remuneração média era superior a 2000 €. Quanto aos com habilitações do ensino básico e secundário,

a sua remuneração média estava nos intervalos referidos, aumentando, obviamente, com o grau de ensino possuído.

11. ENSINO

- O número de alunos na pré-primária na AML praticamente triplicou entre 1993 e 2005, tendo triplicado de 93 a 97; entre 97 e2005 aumentou quase 50%. A maioria destes alunos está no ensino particular. No que respeita ao 1º. Ciclo o aumento é de 70%, sendo o grande aumento de 93 para 94.

Em contrapartida o número de alunos do 2º. Ciclo diminui de mais de10%, apenas aumentando ligeiramente em Sintra, Alcochete, Montijo, Palmela e Sesimbra. Comportamento idêntico se regista no número dos do 3º ciclo, embora a quebra seja mais acentuada (20%). Apenas Mafra (ligeiramente) e Alcochete, Montijo (ligeiramente), Palmela e Sesimbra vêm o número aumentar. O ensino secundário apresenta também quebra (10%) a nível da

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AML. Apenas concelhos da PS – Alcochete, Montijo, Palmela, e Sesimbra – vêm um aumento na frequência do secundário. Por seu turno o número de alunos em cursos superiores aumenta cerca de 25%, embora este aumento diga respeito às instituições sediadas na AML e não necessariamente aos alunos originários da AML.

- No que respeita ao número de educadores de infância, entre 94 e 2005 aumentaram de cerca de 50%, i.e., em correspondência com o crescimento dos alunos. Também no que se refere aos professores do 1º ciclo se regista aumento, embora este seja menor (20%). Quanto ao número de professores no 2º ciclo ele praticamente estagnou e no que respeita ao número dos de 3º ciclo e ensino secundário o aumento é de cerca de 10%. Já no que respeita ao ensino superior o número de professores cresce de 40%, concentrados esmagadoramente em Lisboa (80%), mas também em Almada (10%) e Setúbal (5%). Oeiras, Sintra e Cascais apresentam números residuais.

- Quanto ao número total de estabelecimentos de ensino, em 2005, rondavam os 3 mil na AML, tendo crescido 60% desde 97. Cerca de 1/3 são estabelecimentos de pré-primária. De notar que entre 93 e 2004 o número de estabelecimentos de ensino profissional decresce (de 45 para 36) na AML; apenas se registando 6 na PS. Entretanto os de ensino superior crescem no mesmo período (de 88 para 108) dos quais 12 na PS.

12. FINANÇAS LOCAIS

- Na AML as receitas correntes passaram de 245 milhões de euros em 1988 para 1,402 biliões em 2005 (valores nominais), cerca de ¼ respeitantes à PS. Por sua vez as receitas de capital passaram de 63 milhões para 409 milhões; menos de 20% respeitam à PS. A maioria das receitas (cerca de 2/3) provém dos impostos directos, seguidos das transferências correntes (15%) e

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dos impostos indirectos. No entanto é de notar o significativo decréscimo das transferências em 2007 e 2008, que regressaram ao nível de 1990-91, e dos impostos indirectos. Idêntica redução se verifica com as transferências de capital e com o Fundo de Equilíbrio Financeiro. Já no que respeita a estas transferências para as freguesias, estagnam após crescerem até 2004.

- No que diz respeito às despesas correntes, na AML elas aumentam de 178 milhões de euros para 1,132 biliões em 2005 (valores nominais), das quais cerca de ¼ respeitam à PS. As despesas de capital passam de 114 milhões para 647 milhões, no mesmo período, das quais 20% respeitam à PS. Cerca de 2/3 das despesas de capital constituem investimento municipal. Neste, as despesas com habitação, conjuntamente com as com instalações desportivas, recreativas e escolas, são as mais importantes. Seguem-se as com viadutos, arruamentos e outras obras e as com maquinaria e equipamento. Outras rubricas significativas são as despesas com captação, tratamento e distribuição de água, equipamento social e material de transporte. Por último registe-se uma variabilidade temporal significativa em quase todas as rubricas do

investimento municipal, bem como uma acentuada quebra nos seus montantes em 2004-2005.

13. IMPOSTOS

- Na AML o total dos impostos arrecadados entre 1992 e 2006 passaram de 2,78 biliões de euros para 8,6 biliões (valores nominais), dos quais 8 biliões respeitam à GL e 0,6 à PS. No concelho de Lisboa o montante arrecadado é de 5,6 biliões e de cerca de 1bilião em Sintra. Seguem-se Oeiras com meio bilião, Cascais (318 milhões) e Amadora (284 milhões); estes 3 perfazendo 1 bilião. Destes impostos a maioria (mais de 50%) são indirectos (nomeadamente IVA); dos directos o IRC é o que tem maior expressão (cerca de 1/3), embora este facto tenha pouco significado, dado que os valores apresentados não

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consideram a retenção na fonte e só incluem o que é pago directamente nas Tesourarias das Repartições de Finanças, acabando grande parte do IRS e do IRC por ser registada sob outros impostos. Tendo tudo em conta é natural que o IRS ultrapasse o IRC.

- No que respeita aos impostos municipais, na AML passaram de 306 milhões em 92 para 812 milhões em 2006; menos de 20% respeitam à PS. Em contrapartida 1/3 respeitam a Lisboa e 40% a Cascais, Sintra, Oeiras, Loures e Amadora. Do total destes impostos cerca de 70% dizem respeito à contribuição autárquica e à sisa (com peso ligeiramente inferior). De referir que o imposto municipal sobre veículos cresce de 1,9 milhões de euros em 91 para cerca de 45 milhões em 2006, dos quais 21% são arrecadados na PS, e um pouco mais de 25% só no Concelho de Lisboa. Na PS os concelhos que mais arrecadam este imposto são Almada, Seixal e Setúbal: os dois primeiros mais de 2 milhões de euros e o último 1,7 milhão. Na GL distinguem-se, ainda, os concelhos de Sintra, Oeiras e Cascais, que no conjunto recolhem cerca de 1/3 do total desta sub-região.

14. ACTIVIDADE BANCÁRIA

- Entre 93 e 2007 na AML o número de caixas automáticas praticamente quadruplicou, tendo duplicado em 5 anos (1998) e triplicado ao fim de 8 anos (2001). Cerca de 80% encontram-se na GL; as restantes na PS.

- No mesmo período o número de levantamentos mais do que triplicou (137 milhões); 43% do total ocorrem na PS. Em contrapartida o valor médio dos levantamentos (nominais) pouco aumentou (na ordem de 10%), situando-se agora na ordem dos 60 €. Curiosamente Mafra e Sesimbra têm tendência a registar valores médios mais elevados (na ordem dos 67 €). Anualmente o valor das compras efectuadas através de pagamento automático anda pelos 10

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biliões de €, andando o valor médio das compras entre os 35€ e os 50€; valor inferior na Moita (31€) e superior em Lisboa e Cascais (52€).

- O número de dependências bancárias aumentou de 1.5 vezes entre 92 e 2007, tendo duplicado nos 7 anos iniciais; 15% estão na PS.

- O total dos depósitos nos bancos, relativamente à AML aumentou cerca de 1/3 entre 99 e 2005; 25% na PS, onde representam cerca de 8% do total; em contrapartida o concelho de Lisboa representa 70% do total da AML.

- O total do crédito concedido na AML, no mesmo período, cresce de 28%, mas 50% na PS, correspondente a 6% do total (cerca de 10 biliões de €). No total do crédito cerca de ¼ é crédito concedido à habitação, que cresceu cerca de 50% no período (menos em Lisboa, Sintra e Amadora e mais na PS). Em vários concelhos da PS o crédito à habitação mais do que duplica no período (Montijo e Sesimbra), chegando a quintuplicar em Alcochete, embora o valor inicial seja baixo.

15. JUSTIÇA

- Neste domínio é importante constatar que o número de processos cíveis pendentes em Janeiro de 2005 na AML era de cerca de 658 mil, dos quais 616 mil na GL e 531 mil só no concelho de Lisboa. De referir também que o número de processos anualmente entrados é sistematicamente superior ao dos processos findos, o que explica o acréscimo dos processos pendentes, no período.

- Quanto aos processos penais pendentes, se bem que em número menor (115 mil), constata-se uma deterioração da situação ainda maior (acréscimo de

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2/3), com um número de processos entrados que atinge os 67 mil (mais de 40 mil só no concelho de Lisboa).

- O número de processos tutelares pendentes, embora em menor número (cerca de 16 mil em 2005) tem igualmente vindo a agravar-se, neste caso particularmente na PS ( cerca de 40%).

16. SAUDE

- Em 2005 existiam 54 Centros de Saúde na AML, dos quais 16 na PS. Haviam, no entanto, 18 extensões destes Centros de Saúde, dos quais 60 na PS.

- O pessoal médico ao serviço nos Centros de Saúde diminuiu cerca de 10% no período; menos na PS. Mais de ¼ concentram-se em Lisboa, havendo apenas 9 em Alcochete. Em contrapartida o pessoal de enfermagem mantém-se mais ou menos estável, mas em número inferior ao pessoal médico. A repartição é de cerca de 2/3 na GL e 1/3 na PS. Perto de 1/3 do total está nos concelhos de Lisboa e Almada.

- O número total de hospitais na AML é de 32, dos quais 22 no concelho de Lisboa e 5 na PS. Quanto ao pessoal ao serviço, não é possível tirar ilações, uma vez que onde há menos de 3 unidades, os dados estão sujeitos a segredo estatístico.

- Quanto ao número total de médicos na AML, e com base na residência , entre 92 e 2007 aumentam cerca de 31%, dos quais cerca de 12%, residem na PS. Cerca de 50% residem no concelho de Lisboa e 10% são de clínica geral.

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- De 90 até 2007 o número de farmácias aumentou de cerca de 10% na AML, das quais cerca de 20% estão naPS. No concelho de Alcochete há 3 farmácias e 8 no de Sesimbra.

17. SEGURANÇA SOCIAL

- Entre 93 e 2997 o número de lares da Segurança Social (SS) mais do que duplicou, atingindo 272 na AML, dos quais 198 na GL e 74 na PS. Alcochete apenas tinha um. A capacidade total era de cerca de 11 mil utentes, da qual cerca de ¼ na PS. No que respeita a lares para crianças e jovens, o seu número aumentou ligeiramente, devido à duplicação do seu número na PS, já que na GL o número diminui de cerca de 10%, havendo concelhos sem um único: Amadora, V.Franca, Alcochete, Moita e Sesimbra.

- Pensionistas – Entre 94 e 2006, na AML o número total de pensionistas aumentou de cerca de20%; na PS o aumento foi de cerca de 40%. No total cerca de 2/3 são pensões de velhice e cerca de ¼ de invalidez. O montante total das pensões era de 3,5 biliões de euros, em 2006, cerca de três vezes o valor de 94; 25% para a PS. Cerca de ¾ são resultantes da velhice, sendo as de sobrevivência superiores às de invalidez em cerca de 1/3.

- No que respeita ao rendimento social de inserção o número atinge os 51

mil na AML, em 2006, dos quais cerca de ½ com menos de 24 anos e os restantes repartidos pelos restantes escalões etários (25-39,40-59 e mais de 55-este último com um número ligeiramente menor).

- Em termos de subsídio de desemprego, o seu número é idêntico entre 2003-2006, em torno dos 12 mil, dos quais cerca de 1/3 na PS. A maioria tinha mais de 55 anos, seguida dos com 30 a 39 anos e 40-49 anos. Estes dois escalões etários, no total, representavam quase 50% dos beneficiários. Em

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2006 o total do subsídio de desemprego na AML era de 483 milhões de euros, dos quais cerca de ¼ na PS. O total aumentou de cerca de 10% de 2003 a 2006. O montante médio anual deste subsídio andava pelos 4 mil € em 2006, embora atingisse 4,8 mil € em Oeiras e 4,5 mil € em Cascais.

Referências

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