• Nenhum resultado encontrado

ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

ISSN 1679-0189 R$ 3.20 ANO CXIX EDIÇÃO 40 DOMINGO, 04.10.2020 ÓRGÃO OFICIAL DA

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

Outubro Rosa, uma campanha que

deve ser lembrada o ano inteiro

Relação contratual

Confira os comentários de Jonatas Nascimento sobre o tema

Porque Ele me amou

Campanha de Missões Nacionais traz variedade de recursos

Inovação

Seminário Batista em Alagoas inicia matrículas para ensino a distância

Novos tempos

CB Paranaense reúne Conselho Geral virtualmente pela primeira vez

pág. 03 pág. 07 pág. 10 pág. 12

(2)

2

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

EDITORIAL

Elas falam

Olá, queridos leitores de O Jornal Ba-tista! É bom tê-los aqui para iniciarmos esse compartilhamento de artigos e no-tícias sobre o que Deus tem feito através dos Batistas brasileiros no Brasil e no mundo. Chegamos a outubro e, como vocês já devem ter percebido, tem algo diferente na capa de OJB.

Há alguns anos, no mês de outubro, mudamos a cor verde da parte superior da capa para rosa em apoio ao “Outu-bro Rosa”, “movimento internacional de conscientização para o controle do cân-cer de mama; o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela

Funda-ção Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; pro-porcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade”.

Para esta edição, a primeira de ou-tubro, tivemos a ideia de convidar algu-mas mulheres para falar sobre o tema. Entre elas, Lúcia Cerqueira, presidente da União das Esposas de Pastores Ba-tistas do Brasil (UEPBB) e Elana Ramiro, presidente da Associação de Educado-res Cristãos Batistas do Brasil (AECBB).

Além disso, reproduzimos o testemunho de uma irmã que teve câncer de mama e relatou todo o processo de cura; o tex-to foi publicado inicialmente na revista Visão Missionária da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB).

Pensando no cuidado da mulher no campo missionário chamamos tam-bém missionárias das nossas juntas missionárias para contar a realidade do assunto nos campos. Uma é médica gi-necologista e obstetra; e atua no Sul da Ásia; representando Missões Nacionais, a gestora da unidade Cristolândia Femi-nina em Campos - RJ.

Sem dúvidas, a edição de OJB desta semana está interessante e imperdível. Trazemos também notícias dos Batistas de Mato Grosso do Sul, Alagoas, Paraná, homenagens na seção de Obituário e muito mais. Como sempre, nosso ob-jetivo é que cada texto possa te fazer refletir e inspirar mudanças. Queremos ser instrumento nas mãos do Senhor. Que Deus abençoe a sua vida. Boa lei-tura! 

n

Estevão Júlio secretário de redação de OJB

REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE

Fausto Aguiar de Vasconcelos DIRETOR GERAL

Sócrates Oliveira de Souza

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza

(Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL

Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.convencaobatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira

(1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00

(3)

3

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Relação

contratual - Igreja

versus pastor e

demais ministros

religiosos

Se há um assunto que necessita ser tratado com a máxima seriedade em ambiente eclesiástico, este é o que diz respeito à contratação do pastor e de-mais ministros religiosos pelas Igrejas. Quase sempre, as bases da contratação deixam a desejar e, muitas vezes, não são sequer formalizados nem tampouco registrados em atas (Ao final, ofereço um modelo de contrato, que pode ser útil às Igrejas quando da contratação do seu pastor ou outros ministros reli-giosos, tais como ministro de adoração, ministro de educação religiosa, educado cristão etc).

É certo que a contratação do ministro religioso não se dá nos termos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas já se tornou cultura a Igreja con-ceder ao seu ministro religioso direitos análogos ao dos trabalhadores celetis-tas, por mera liberalidade, visto que não existe previsão legal. Quando eu digo que não se dá nos termos da CLT, refi-ro-me específica e elementarmente ao artigo 3º daquele diploma legal, que as-sim preceitua: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.

Em linguagem simples e amistosa, merecem comentários os seguintes pontos desse artigo, os quais jogam por terra a teoria de que o ministro religioso deve ser contratado pelo regime da CLT, como empregado:

a) Prestação pessoal de serviços:

eventualmente, sem qualquer prejuízo para as partes, o ministro religioso pode solicitar o auxílio de outrem para substi-tuí-lo em seu ofício, como, por exemplo, na realização de batismos, pregação, celebração da ceia do Senhor, visitações, aconselhamentos etc.

b) Prestação de serviços sob depen-dência: aqui, o legislador está se

refe-rindo à relação do empregador com o empregado. A CLT dispõe dos direitos e das obrigações de um e de outro. As perguntas que se deve fazer são as se-guintes: Em ambiente eclesiástico, quem

será o “patrão” do pastor? Quem será o responsável por sua assiduidade, suas faltas e atrasos, sua disciplina, advertên-cia, suspensão e até demissão com ou sem justa causa? Seria natural a Igreja exigir do seu pastor o cumprimento de metas? O fator contraprestação seria cabível?

c) Prestação de serviços mediante salário: até as pedras deveriam saber

que o ministro de confissão religiosa não recebe salário. Há nomenclaturas apropriadas e aceitas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade, tais como “sustento ministerial”, “proventos minis-teriais”, “prebenda” (latim: praebenda), “côngruas” (pensão), “renda eclesiásti-ca”, “múnus eclesiástico” e até “óbolo” (pequena oferta).

Quem recebe salário é assalariado, regido pela CLT ou por estatutos, da mesma forma que militar recebe soldo, profissionais liberais recebem honorá-rios e empresáhonorá-rios recebem “pró-labore”.

Nos últimos tempos têm surgido formas alternativas de vínculo dos mi-nistros religiosos com as Igrejas que os contratam e, neste artigo, pretendo lançar luz sobre esse tema controverso, mas que quero fazê-lo com verdade, éti-ca, respeito e transparência, o que tem sido fruto das minhas reflexões à luz da lei civil, mas principalmente à luz da lei moral.

Para contribuir com o meu posicio-namento que expressarei abaixo, passo a narrar um acontecimento inusitado ocorrido em minha classe da EBD. O assunto era ética cristã e foi inevitável falar sobre jogos de azar. Um dos alunos assumiu publicamente que jogava na loteria e que não via pecado nisso, pois, a Bíblia nada diz a respeito. A bem da verdade, a Bíblia não fala claramente que o cristão não deve jogar na loteria, mas implicitamente nos traz conselhos que nos fazem entender de forma inequívoca que devemos ficar longe de tais práticas. Feito este longo pano de fundo, va-mos direto ao ponto: tem chegado ao meu conhecimento que alguns pastores estão sendo orientados a criar empresas

(EIRELI – Empresa Individual de Respon-sabilidade Limitada; MEI - Microempre-sário Individual) e mediante emissão de nota fiscal de serviços recebem da Igreja os seus proventos periódicos. Com isso, surge a dúvida: Isto é legal?

Antes de dar a minha resposta e su-pondo que os ministros religiosos que assim procedem o fazem por orientação de algum profissional, eu gostaria de saber o real sentido disso. Se for por reflexão à luz do direito, da ética e da moral, sem o vírus da maldade, tudo bem; mas, se for para ludibriar o fisco, aqui registro o meu repúdio.

Penso que o pastor de Igreja local que for orientado a usar desses artifí-cios para receber os seus proventos mediante emissão de nota fiscal de serviços prestados cometerá um equí-voco, do ponto de vista fiscal e moral. Fica fácil provar, à luz de um simples estudo tributário, que não é vantajo-so organizar uma empresa para rece-ber proventos pastorais. Sem falar da ausência dessa categoria no rol das atividades permitidas pela legislação pertinente do MEI.

Há profissionais da contabilidade e do Direito que estão orientando mal as Igrejas e seus pastores. Se invocam a lei, ou silêncio dela, eu preciso saber se estão se referindo à lei civil ou à lei mo-ral. Ora, a lei moral transcende a lei civil.

O fato de o IBGE fazer constar em sua Classificação Brasileira de Ocupa-ções (CBO) a atividade de pastor, não significa que possa ser aplicado às Igrejas locais aleatoriamente. Afinal de contas, pastor atua em outros ambientes que não templos de qualquer culto. O código 2631 refere-se a “Ministros de Culto” e em seu detalhamento tem até uma classificação separada para pasto-res, missionários e teólogos. Um homem de Deus jamais pode ser equiparado à categoria de micro, pequeno, médio ou megaempresário.

Já ouvi argumento favorável à “pe-jotização” de pastores para facilitar a contratação de planos de saúde, já que as operadoras não reconhecem a

re-lação da Igreja com os pastores para que eles sejam incluídos em um plano corporativo que custa menos. Não ha-vendo vínculo contratual de trabalho do pastor com a Igreja através da CLT, a Igreja que quiser conceder esse bene-fício ao seu pastor, o faz em nome da pessoa física e paga por isso um valor consideravelmente maior. Mas isso é outra história.

Por oportuno, observe-se que a legis-lação previdenciária não deixa dúvidas quanto ao tratamento que deve ser dado ao ministro religioso. Ele é contribuinte obrigatório da Previdência Social, sendo equiparado a autônomo. E mais: a legis-lação previdenciária é tão benéfica que faculta ao ministro religioso efetuar a sua contribuição mensal de acordo com o valor por ele declarado, respeitados o piso e o teto, e não o percentual de 20% sobre os seus ganhos, como é o caso aplicado aos demais trabalhadores autônomos.

Paralelamente a esta questão vemos muitas informações e desinformações sobre a natureza dos proventos rece-bidos pelo ministro religioso. Há quem defenda a isenção do imposto de renda sobre os ganhos do ministro religioso, o que é um erro. O Regulamento do Im-posto de Renda prevê que a “imunidade, isenção ou não incidência concedida às pessoas jurídicas não aproveita aos que dela percebam rendimentos sob qual-quer título e forma”. Os rendimentos percebidos pelos pastores devem ser oferecidos à tributação normalmente, devendo-se aplicar a tabela progressiva mensal e às demais regras de retenção e deduções da base de cálculo para o imposto de renda.

No próximo artigo apresentarei uma sugestão de termo de compromisso mú-tuo a ser celebrado entre Igreja x pastor e demais ministros religiosos. 

n

Jonatas Nascimento Profissional contábil, diácono Batista

e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal”

E-mail: jonatasnascimento@hormail.com

DICAS DA IGREJA LEGAL

(4)

4

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Oswaldo Mancebo Reis pastor, colaborador de OJB

É fascinante esta era do conheci-mento, caracterizada pelos avanços da tecnologia num mundo globalizado. A

internet tornou real a “aldeia global”,

preconizada por McLuhan, cerca de 30 anos antes da internet.

Mas os circuitos eletrônicos que co-brem o mundo em questão de segun-dos não abraçam com braços huma-nos. A máquina não ama, porque não tem alma. Por isso, ao mesmo tempo em que aproxima pessoas, também as distancia emocionalmente umas das outras. Albert Schweitzer tocou o âmago da questão: “Estamos todos tão juntos na multidão, mas todos morrendo de solidão”.

As conquistas da tecnologia têm

inaugurado novas condições de vida, mas não deram nova motivação para viver. Assim é que vivemos num mundo de gigantismo tecnológico, mas de ética infantil. A tecnologia trouxe progresso à vida, mas só o amor ilumina a vida.

Norbert Wiener, o maior precursor da cibernética, é radical: “Modificamos tão rapidamente nosso meio ambiente que devemos, agora, modificar-nos a nós mesmos para viver nesse novo meio ambiente. Mas que maior modificação e melhor motivação poderia haver em nós mesmos, senão a de amar uns aos outros para ter com eles comunicação?”

Claro: precisamos da tecnologia, mas precisamos de Jesus em primeiro lugar, como exemplo supremo na arte da comunicação: “Amem uns aos ou-tros, como eu amo vocês” (Jo 15.12). Ninguém se comunica se não amar. 

n

Pouca farinha, pouco

azeite, muita fé

Olavo Feijó

Comunicação

e tecnologia

Jamim Santa Bárbara Santos

membro da Igreja Batista Lírio dos Vales, em Feira de Santana - BA

Nós nunca estaremos preparados para a perda (essa é uma das poucas vezes que podemos usar a palavra ‘nun-ca’), sempre vai doer, sempre vamos sentir, por mais certeza que tenhamos da salvação. Mas, isso tem uma ex-plicação: Deus colocou a eternidade no coração do homem (Ec 3.11). Não fomos criados para morrer, essa não era a intenção de Deus. O pecado nos separou dEle, mas o Senhor não foi pego de surpresa. Ele tinha um plano! Um plano para nos salvar, para nos unir novamente, não só com Ele, mas com todos que também escolheriam aceitar esse plano.

Se aquilo que nos separava era a morte, era preciso que alguém a

ven-cesse. A morte pode ser nosso maior inimigo, mas há alguém que a venceu: Jesus. Ele enfrentou e venceu a morte. Quando a morte é derrotada há a vida! É isso que Jesus nos oferece: a vida eter-na. (Jo 10.25-26 declaração de Jesus que Ele é a ressurreição). Não somos mais condenados a morrer eternamente. A morte é só uma transição.

A saudade não é eterna se você conhecer o caminho (Jo 14.6)

Só há um caminho, não há como ter dúvidas porque ou você o escolhe ou não. Jesus é o caminho e Ele mesmo declara isso. Jesus é o único media-dor entre Deus e os homens. Ele é o caminho que liga o céu à terra. Com a sua divindade, Ele toca o céu e com sua humanidade toca a terra. Jesus não veio apontar o caminho, Ele veio para ser o caminho.

A saudade não é eterna se você crer nesse caminho (Jo 5.24)

Para acertar o caminho é preciso de fé. Precisamos acreditar na ressurreição de Jesus e que Ele assim fará conosco como prometeu.

A saudade não é eterna se você apresentar esse caminho

Não sentiremos a saudade eterna se todos nós vamos nos encontrar no céu. Para nós, que aceitamos esse convite de Jesus, a saudade tem dia para chegar ao fim. Mas têm pessoas, próximas a nós, que ainda não aceitaram esse convite, outras que ainda não sabem que Jesus também está convidando-as. Sei que nós também não queremos sentir sau-dades eternas dessas pessoas.

Em Mateus 5.37-38, Jesus fala que há muito trabalho a ser feito e os trabalhado-res são poucos. Deus nos chama para

ser-mos esses trabalhadores. (Nesse período de pandemia, muitos experimentaram o trabalho em home office. Foi e tem sido possível trabalhar em outro lugar, outro ambiente). Esse trabalho que o Senhor nos chama a fazer, também pode ser feito em qualquer lugar. Nós só precisamos falar/repartir com as pessoas e orar.

As vezes queremos logo a parte da colheita, mas Deus pode nos usar para as outras etapas, como a preparação do solo ou a semeadura.

Quando a morte chega aos nossos, percebemos a efemeridade da vida. Nes-ses momentos temos a oportunidade de refletir sobre o que temos feito, quais memórias as pessoas terão de nós. Mui-tas vezes, não paramos para pensar so-bre isso e muitas pessoas nem sequer sabem para onde vão quando morrerem.

A saudade não será eterna se repar-tirmos a mensagem de salvação. 

n

“Porque assim diz o SENHOR Deus

de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não fal-tará até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra” (I Rs 17.14).

O momento, no qual matéria prima vegetal ou animal chega a ser utiliza-da como alimento, significa o ponto de chegada, quando produtos in natu-ra experimentam tnatu-ransformações de ordem cultural, no processo de sub-sistência de uma comunidade, como um todo, bem como das pessoas que nela habitam.

As necessidades consequentes das exigências do processo de sub-sistência têm a ver com a produção natural do entorno, no que se refere à harmonia das matérias primas nati-vas com as exigências orgânicas dos

consumidores. Aquilo que chamamos de veneno, basicamente é a denomi-nação dos produtos de consumo que contrariam o bem-estar orgânico dos consumidores.

A cidade bíblica de Sarepta foi o palco em que ocorreu a mistura de só um pouco de comida com uma quantidade enorme de fé espiritual. A receita feliz de tal evento inesperado foi a ocorrência de uma pobre viúva, perto de morrer por falta de alimento. A triste viúva mudou de vida, após compartilhar suas migalhas de fari-nha e azeite com a fome do profeta Elias. O Senhor honrou a fé da pobre mulher, tornando-a o instrumento que salvou da fome tanto a ela, quanto a sua família e o ministério espiritual de um dos maiores profetas da história dos israelitas!

A saudade não é eterna

REFLEXÃO

(5)

5

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Redação da UFMBB - Extraído da Revista Visão Missionária 4T 2020

O movimento popular intencional-mente conhecido como “Outubro Rosa” estimula a participação da população, empresas e entidades na luta e preven-ção do câncer de mama.

Não bastassem as pressões e os de-safios comuns às mulheres de hoje, uma de nossas leitoras e colaboradora, Hevea Helen, foi posta à prova num teste durís-simo: o enfrentamento de um câncer de mama. Essa mulher lutou num cenário turbulento de intensa dor emocional e árdua esperança. Com seu mundo de ca-beça para baixo, Hevea aprendeu a lutar e a confiar no Deus que pode todas as coisas. Nesta edição, ela resolveu contar o seu processo de cura e aprendizado e como Deus se fez muito presente.

“Prezadas leitoras da Visão Mis-sionária, quero compartilhar a minha experiência para o fortalecimento da nossa fé e para mostrar que o Senhor está sempre conosco, mesmo nos dias mais difíceis de nossa vida, quando so-mos surpreendidas por algo que jamais imaginaríamos passar.

Em 19 de maio de 2014, recebi o re-sultado da biópsia da mama esquerda com o diagnóstico de carcinoma ductal invasivo (câncer). Sou formada em enfer-magem e trabalhei por 14 anos na área hospitalar. Casei aos 28 anos e fui mãe aos 30. Sempre cuidei da minha saúde, fazendo ckeck-up anualmente, incluindo mamografia e ultrassonografia da mama.

Em 2013, apareceu um nódulo, com maios ou menos 0,3 cm, no resultado da mamografia. A orientação do médico era para fazer acompanhamento, pois não tinha características de nódulo maligno. Recomendou-me relaxar e, no próximo ano, repetir os exames. Cada mulher, porém, que passou por esse drama tem sua história nesse processo doloroso. Eu não relaxei. A angústia e a ansiedade eram exacerbadas. Eu sonhava com o Senhor me dizendo para ir ao médico, mas todas as vezes que eu ia, a resposta era a mesma, que estava tudo bem.

Era março de 2014. Voltei ao médico decidida a acabar com essa angústia. Solicitei uma ultrassonografia e, em se-guida, a biópsia do nódulo. O resultado foi positivo para câncer e a consequên-cia foi a troca de médico. Agradeci a

Deus pelos sonhos e avisos de que não estava bem fisicamente.

Ao chegar ao consultório de um novo profissional da saúde, estava muito ner-vosa, chorava por tudo. Ela pegou mi-nha mão e orou. Depois, perguntou-me: “Seu barco tem piloto?” Eu disse: “Sim!” Ela me disse: “Graças a Deus. Estaria preocupada se o seu barco não tivesse piloto.”

Na época, minha única filha tinha nove anos. Ela me perguntou: “Mamãe, você vai morrer?” Eu não tinha resposta para dar a ela. Naquela noite, clamei ao Senhor por uma resposta. Chorei por quase uma noite inteira, mas, em oração, o Senhor me deu uma resposta ao fazer a leitura bíblica do salmo 128. Que mara-vilha! Naquele trecho, havia a promessa de que todo que teme ao Senhor é um bem-aventurado. E como eu temo... Ele promete também que essa pessoa verá os filhos de seus filhos e a paz sobre Israel.

Recebi essa promessa do Senhor. Foi o temor ao Senhor que me deu for-ça para enfrentar o tratamento. Foram vários processos, a cirurgia, colocação de um cateter, quimioterapia, perda do

cabelo longo, radioterapia, tratamento hormonal oral... E durante todo o cami-nhar, o Senhor me ordenava: “Seja forte e corajosa! Não fique desanimada, nem tenha medo, porque eu, o Senhor, seu Deus, estarei com você em qualquer lu-gar para onde você for!” O Senhor se fez presente! Ele esteve tratando comigo, desenvolvendo a minha fé e me dando oportunidade de falar a outras mulheres acerca do seu cuidado e do seu amor constante.

Como mulher, enfermeira e serva do Senhor, oriento você a abraçar esta cau-sa a partir do seu autocuidado e esten-dendo a outras mulheres. O câncer não fica em quarentena. Então, vá ao médico regularmente, mantenha seus exames em dia, relate ao médico o surgimento de algum caroço, vermelhidão, saída de secreção pelo mamilo, mantenha uma boa alimentação, faça exercícios físicos, aproveite cada momento do seu viver com disposição, alegria e temor ao Se-nhor. Cuide do templo do Espírito Santo!” Hevea Helen Alves Pradanoff - En-fermeira, Esteticista e Acunpunturista, membro da Primeira Igreja Batista no Andaraí-RJ 

n

Lúcia Cerqueira

psicóloga clínica, presidente da União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil

Nossa vida é marcada pelas esco-lhas que fazemos. Por isso quero chamar sua atenção para essas escolhas abaixo. Olhe, leia e reflita. Dentre tantas escolhas que temos que fazer, essas são algumas que nunca nos arrependeremos.

10 escolhas que você nunca se arrependerá de fazer como esposa de pastor

1. Você nunca se arrependerá de es-colher doar a graça de Deus;

2. Você nunca se arrependerá de perdoar;

3. Você nunca se arrependerá de es-colher ser transparente;

4. Você nunca se arrependerá de

es-colher apoiar seu marido;

5. Você nunca se arrependerá de es-colher correr riscos, deixando sua “zona de conforto”;

6. Você nunca se arrependerá de se-gurar a sua língua;

7. Você nunca se arrependerá de es-colher deixar Deus definir seu papel;

8. Você nunca se arrependerá de es-colher ser hospitaleira;

9. Você nunca se arrependerá de es-colher colocar as necessidades da sua família em primeiro lugar;

10. Você nunca se arrependerá de escolher deixar que Deus a defenda.

“Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Sl 90.12).

Que assim possamos fazer todos os dias de nossa vida. 

n

Outubro Rosa - Abrace essa causa

Para você mulher, esposa

de pastor, neste tempo

(6)

6

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

VIDA EM FAMÍLIA

Há alguns dias, um líder, bem conhe-cido no meio evangélico, ficou na ber-linda ao afirmar nas redes sociais que a Igreja não é lugar de homossexuais.

A polêmica começou com uma per-gunta de um seguidor desse líder no

Twitter. O seguidor perguntou: “Dois

rapazes que são membros da igreja es-tão namorando. Você os expulsa?”. O líder prontamente respondeu: “A Igreja tem um princípio bíblico. E a prática ho-mossexual é considerada pecado. Eles podem ir para um clube. Mas, na Igreja, não dá. A Igreja é lugar de quem quer viver princípios bíblicos. Não é sobre expulsar. É sobre entender o lugar de cada um”, respondeu.

Após a repercussão nada positiva, o post foi apagado. O líder, que prefiro não citar o nome por se tratar de um colega de ministério, foi infeliz (como podemos ser ao fazer uma afirmação ou postar algo nas redes sociais), na segunda parte da resposta.

A Igreja evangélica, na sua maioria, tem, sim, princípios bíblicos que

nor-teiam suas decisões éticas. Os evan-gélicos, de acordo com o entendimento das Sagradas Escrituras, entendem que a homossexualidade não está no plano de Deus para homens e mulheres (Rm 1.21-27). Agora, daí sugerir, embora ne-gue que tenha dado a sugestão de ex-pulsar, que vá para um outro lugar, ele se equivocou sim. Infelizmente.

A linha que divide a condenação à homossexualidade é tênue para o de-ver da Igreja em acolher os pecadores. Não somente aqueles que vivenciam a homossexualidade, mas também os fofoqueiros, os viciados em pornogra-fia, os mentirosos, os fraudadores e tantos outros pecados condenados na Bíblia.

A Igreja deve acolher o pecador, mas deve deixar claro que a Bíblia condena seus pecados. Seja a homossexualida-de, a maledicência, a mentira, a frauhomossexualida-de, a compulsão e tantos outros.

Ela, a Igreja, deve, sim, acolher a to-dos e ajudar a toto-dos também, através do discipulado, a viver o ideal, os

ensi-namentos de Jesus, dos apóstolos, seja no campo da sexualidade, das finanças, dos relacionamentos interpessoais. Je-sus, nosso exemplo maior, ao proferir uma palavra à mulher surpreendida em adultério, disse: “vai-te, e não peques mais” (Jo 8.11). Ele não apoiou o ape-drejamento, que estava contido na lei judaica (Lv 20.10), mas disse a ela para não praticar mais aquele pecado. Essa deve ser a postura da Igreja de Cristo.

O apóstolo Paulo lidou com situa-ções parecidas na Igreja de Corinto. Basta ler com atenção I Coríntios 6.9-11.

A Igreja deve, sim, ensinar o plano de Deus para a sexualidade humana. Embora Jesus nunca tenha falado di-retamente sobre a questão homosse-xual, Ele lembrou que o ideal de Deus na criação, da qual Ele também participou (Jo 1.1,2), que a relação sexual deve ser heterossexual, entre um homem e uma mulher, no contexto do casamento (Mt 19.4; Gn 2.21-25).

A Igreja deve também exortar, em amor, a todos a viverem os princípios

bí-blicos, inclusive na área da sexualidade. O apóstolo Paulo deu o exemplo nesse sentido (Rm 1.21-27; I Ts 4.1-5).

A Igreja precisa entender que há uma distinção em ser homossexual e ter a tendência homossexual. Ser homosse-xual é viver na prática a homossehomosse-xualida- homossexualida-de. Ter a tendência homossexual é saber que a tentação de vivenciar a prática é real, mas, por amor a Cristo e o desejo de fazer a vontade de Deus é maior, então, com ajuda do Espírito Santo, a cada dia se vence esse desejo carnal e vive-se a vontade de Deus.

Que Deus ilumine os líderes cristãos e a Igreja de Jesus Cristo, nesses dias, para saber lidar com esse assunto com o coração de Cristo e tendo como dia-pasão a Bíblia, a Palavra de Deus. 

n

Por: Gilson Bifano Diretor do Ministério OIKOS - Ministério Cristão de Apoio à Família. Palestrante e escritor na área de famílias. Siga-o no Instagram: @gilsonbifano

Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB

Comecei a ler o livro “Como as demo-cracias morrem”, dos autores Steven Le-vitsky & Daniel Ziblatt (dois professores de Harvard). No livro, eles tratam, dentro do contexto americano, as ameaças con-tra a democracia.

Segundo Fareed Zakaria, da CNN, “Um livro perspicaz e muito bem fun-damentado sobre como a democracia está sendo enfraquecida em dezenas de países - e de modo perfeitamente legal.”

Os autores citam que muitos que chegaram ao poder de forma legítima, ao conquistar a confiança do povo pas-sam a agir como autoritários; outros dão o golpe e implantam a ditadura.

Penso em nossas Igrejas. Claro que não podemos comparar governos polí-ticos com Igrejas. Em primeiro lugar, a Igreja não é só uma organização, ela é muito mais do que isso, ela é um nismo vivo. Pensando no aspecto orga-nizacional, muitas Igrejas consideram-se democráticas.

O que é uma democracia?

Democra-cia é governo do povo, o povo dirige, o povo comanda, o povo direciona tudo. Não há um ditador, não há um autoritário que faz o que bem deseja. Na democra-cia o povo deve ditar as regras, e quem está no comando deve cumprir as regras estabelecidas.

Fico pensando: dentro desta defi-nição de democracia, será que nossas Igrejas devem ser democráticas? Creio que, como organização, é interessante a democracia, mas como organismo vivo eu não defendo a democracia e, sim, a teocracia.

Teocracia é governo de Deus; na e no comando da Igreja. Tudo de acordo com as Santas Escrituras. Entendo que o pastor, ao transmitir a Palavra de Deus, deve fazer com total transparência. Ele deve expor, na sua integralidade, o que a Igreja deve ouvir. Uma igreja teocrática tem tudo para crescer em todos os sen-tidos, em qualidade e em quantidade. É muito triste quando a Igreja não quer ser dirigida por Deus, prefere a democracia e não a teocracia.

Que possamos ter Igrejas teocráticas que obedeçam a voz de Deus. 

n

A Igreja e a questão

homossexual

Igrejas democráticas ou teocráticas?

(7)

7

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Uma Campanha para incendiar

os corações missionários

A Campanha “Porque Ele me amou” acontece em um tempo bem diferente. Por causa da pandemia e de todas as normas de segurança estabelecidas, as Igrejas têm precisado se adaptar à realidade das transmissões virtuais e, mesmo as que já retomaram às ati-vidades presenciais, ainda estão se ajustando ao distanciamento físico nos templos, neste “novo normal” que estamos vivendo.

Inovadora, em todos os lugares e para todos - dos pequeninos aos mais experientes - a Campanha 2020 chegou com grande variedade de recursos modernos, simples, online e grátis para mostrar que a obra de Deus precisa continuar avançando e vencendo os desafios.

Além dos materiais impressos en-viados para as Igrejas, o site oferece: 7 revistas (Campanha, Infantil, Pastor, Músico, Promotor, Líder de PGM e Gra-tidão), 5 músicas (Oficial - 2 versões, Jovem e Infantil - 2 músicas), vídeos, cartazes, recursos infantis, Campanha de Oração, material para as redes so-ciais e muito mais! Acesse e confira: www.missoesnacionais.org.br/cam-panha2020

A tradicional promoção com os missionários também continua bas-tante ativa, tanto presencial quanto

online. Em setembro, a Primeira Igreja

Batista de Campo Grande-RJ entrevis-tou o casal pastor Guenther e Wanda Krieger, enquanto a Igreja Batista Ber-seba, em Manaus-AM, recebeu Diego Lourenço. Agende um testemunho missionário com o responsável do seu estado: https://linktr.ee/Missoes-Nacionais

Prepare-se. VEM AÍ A Conferência Um sonho chamado Brasil!

Conheça a fundo as estratégias para transformar o Brasil com um mo-vimento exponencial de multiplica-ção de discípulos e Igrejas e também com ações de compaixão e graça que criam “Longos Futuros”. Além de tes-temunhos missionários, os gerentes

Executivos de Missões Nacionais ex-plicarão o funcionamento detalhado de cada projeto e compartilharão os sonhos de um Brasil transformado pelo Evangelho. Vamos inflamar mais corações e alcançar toda a Pátria para Cristo. De 6 a 8 de outubro, 20h, ao vivo pelo youtube.com/missoesna-cionais 

n

(8)
(9)

9

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

(10)

10

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Em tempo de pandemia, Seminário Teológico

Batista de Alagoas inova com ensino a distância

Pela modalidade EAD, alunos podem estudar em qualquer horário e local.

Projeto Pantavida, da CB do Mato Grosso do

Sul, realiza viagem missionária de urgência

Entre 01 e 04 de setembro, 100 cestas básicas foram distribuídas na região de Corumbá - MS.

Raimundo Gomes

jornalista, membro da Igreja Batista Betel, em Maceió - AL

Em tempo de Covid-19, o Seminário Teológico Batista de Alagoas (SETBAL) está matriculando alunos na modalidade EAD (ensino a distância), com ambiente virtual de aprendizagem totalmente in-tuitivo. A inovação faz parte da moder-nização que o seminário tem vivido para atender às demandas do ensino teológi-co e formação de obreiros em Alagoas. “Pela modalidade de ensino a dis-tância, os alunos poderão estudar em qualquer horário e local, bastando ape-nas ter um dispositivo com acesso à

internet”, explica o reitor Damião dos

Santos. A nova fase do seminário, com mais de 29 anos de atuação, segundo ele, está sendo marcada, também, por

uma identidade visual diferente

Além do já tradicional ensino teológi-co para vocacionados e os que desejam se aprofundar no conhecimento bíblico, o seminário está proporcionado curso de Evangelista e outros em modalidades preparadas para quem pretende atuar como missionário plantador de Igrejas ou liderança local que tem objetivo de aprofundar-se no conhecimento bíblico em um tempo mais curto.

“Em parceria com o Seminário de Educação Cristã, em Recife-PE (SEC), estamos oferecendo cursos de espe-cialização em Missiologia e Educação Cristã totalmente EAD”, enfatizou o rei-tor. Os interessados devem acessar o

site www.setbal-al.com.br ou entrar em

contato através das redes sociais. Nes-se contato, pode Nes-ser feita a pré-matrícu-la e aguardar contato do seminário. 

n

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense

O Projeto Pantavida é uma iniciativa missionária dos Batistas do Estado de Mato Grosso do Sul em solo, ou melhor, em águas corumbaenses, visto que a embarcação que leva o nome do projeto navega pelas águas do Rio Pa-raguai transportando voluntários de di-versas áreas para atender às didi-versas famílias que vivem às margens do rio. Além do atendimento médico, odonto-lógico, corte de cabelos e outros, são também levadas cestas básicas para doação.

Além da tradicional viagem realizada todos os anos no período de janeiro, o barco faz outras viagens com mesmo cunho, fazer atendimentos, evangelizar, levar alimentos, roupas e brinquedos para alegrar um povo muitas vezes es-quecido. No entanto, em um ano atípico, a viagem de janeiro não aconteceu, e devido à pandemia as demais viagens foram canceladas.

A situação que era ruim se intensi-ficou para as famílias daquela região.

Então, pela glória e vontade do Senhor, um grande milagre aconteceu. Movidas pelo Senhor, duas Igrejas que tiveram que cancelar suas viagens no meio do ano, decidiram doar os recursos que

usariam para que a Convenção pudes-se realizar algo para ajudar aquele povo tão especial.

Então, a Convenção, munida com esses recursos, fez parceria com as

Associações, Ordem dos Pastores Ba-tistas do Mato Grosso do Sul, Igrejas e recebeu doações pontuais; opera-cionalizou uma viagem de emergência para enviar alimentos para Corumbá. O barco saiu em 01 de setembro, com 21 voluntários, que foram enviados pela Convenção, Associações e OPBB-MS com 100 cestas básicas, distribuídas no período de 01 a 04 de setembro de 2020.

Os Batistas do Mato Grosso do Sul creem no poder e vontade soberana do Senhor e Ele tem levantado nossa deno-minação para ser bênção em tempos de calamidade. Além desse projeto foram realizadas a mobilização para ajuda aos indígenas da região de Aquidauana e o projeto de apoio para Igrejas e pastores, todos absolutamente bem-sucedidos para glória de Deus.

A direção da CBMS agradece a Deus por mais essa ação realizada em Co-rumbá e imensamente aos Batistas Sul--Mato-Grossenses que não tem medido esforços para ajudar aos necessitados. Rogamos a Deus que essa pandemia termine logo e que nossa sociedade possa retornar à sua normalidade. 

n

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Reitor Damião dos Santos diz que inovação faz parte da modernização do SETBAL

(11)

11

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Marcia Pinheiro

Redação de Missões Mundiais

Nesta 9ª edição da campanha “Doe Esperança”, Missões Mundiais leva você a conhecer o universo de crianças dos cinco continentes. Que tal fazer uma viagem entre sonhos repletos de cores e alegrias? Saiba que para isso será ne-cessário passar também por realidades quase sempre dolorosas que envolvem questões familiares e socioeconômicas. Você que há tempos deixou a Escola Dominical Kids é o nosso convidado para conhecer a cultura, curiosidades e desafios de crianças que vivem na África, Américas, Ásia, Europa e Ocea-nia. Já os pequeninos terão a chance de se divertir e se apaixonar ainda mais por missões. Preparados para embarcar nesta viagem? Ela vai durar todo este mês de outubro e terá como meio de transporte os veículos de comunica-ção de Missões Mundiais como o site www.doeesperanca.org.br e as mídias sociais. Prepare-se para viver grandes experiências!

As crianças, hoje, representam 28% da população mundial. Segundo rela-tórioda Divisão de População da Orga-nização das Nações Unidas (ONU), em todo o planeta existem 1,82 bilhão de crianças com idade entre 0 e 14 anos.

Mas a ONU prevê que a população mundial de crianças até 2050 será de apenas 20% do total, diminuindo nas regiões mais desenvolvidas e aumen-tando apenas nos países mais pobres ou emergentes, onde atualmente 1 bi-lhão de crianças vivem em condições de pobreza.

Cidadãos tão pequenos em estatura, mas que requerem grandes responsabi-lidades, pois são especiais para Jesus. “Quem recebe uma destas crianças

em meu nome, está me recebendo” (Mt 18.5 – NVI).

Ao longo dos seus 113 anos, Mis-sões Mundiais tem recebido milhares de meninos e meninas em seus proje-tos. E neste mês de outubro você terá a chance de conhecer um pouco mais sobre eles, se envolvendo de forma a transformar esperança em algo real para o Reino de Deus.

Como participar

Oferte - Visite o site

www.doees-peranca.org.br para fazer uma oferta a partir de R$ 40,00 à campanha.

Ore - Acesse o Diário de Oração de

outubro também no www.doeesperan-ca.org.br ou participe do grupo do PIM - Programa de Intercessão Missionária - no Telegram e conheça motivos pe-los quais orar por crianças do mundo inteiro.

Mobilize - Compartilhe os posts do Doe Esperança publicados nas mídias

sociais de Missões Mundiais. Fale da campanha aos seus contatos, amigos, familiares e irmãos da igreja. Marque a JMM nas suas publicações e use a

hashtag #doeesperança.

Vá - Nós levaremos você e as

crian-ças da sua casa e da sua Igreja a conhe-cer a realidade de meninos e meninas dos cinco continentes através de uma

live que irá ao ar no dia 12 de outubro, Dia das Crianças. A transmissão

aconte-cerá pelo www.youtube.com/canaljmm e também pela página de Missões Mun-diais no Facebook. Uma programação inspirativa e educativa que orientamos as Igrejas a usarem em suas programa-ções infantis.

Muito mais

A campanha traz ainda semanalmen-te um vídeo e um podcast com histórias reais de crianças dos campos de Mis-sões Mundiais. Que viagem! Garanta o seu passaporte em www.doeesperanca.

org.br. 

n

Doe Esperança - uma viagem

ao universo infantil

(12)

12

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Conselho Geral da Convenção Batista

Paranaense se reúne online pela primeira vez

Ideia foi bem recebida pelos conselheiros da CBP.

Primeira Igreja Batista no Tabuleiro - AL

celebra 42 anos com a graça de Deus

Programação aconteceu de forma online e presencial.

Extraído das redes sociais da Convenção Batista Paranaense

A Convenção Batista Paranaense (CBP), tendo em vista as condições resultantes da pandemia da COVID-19, realizou a sua primeira reunião do Con-selho Geral online. Entre os dias 01 e 04 de setembro, conselheiros de todo o Paraná se reuniram para tratar de as-suntos pertinentes ao trabalho Batista em nosso estado.

Este encontro, o primeiro neste for-mato e embasado na Lei 14.010/2020, foi recebido positivamente pela diretoria e conselheiros. De acordo com o pas-tor Hilquias Paim, presidente da CBP “a experiência tem sido muito positiva, primeiro pela aceitação dos conselhei-ros como também por todo o suporte dos nossos colaboradores. Recebi o

retorno de várias pessoas, comentan-do que este novo formato é algo a ser considerado e até pensamos em aderir, futuramente, um formato de reuniões híbridas. Estamos muito felizes com a aceitação, o envolvimento e a participa-ção de todos.”

O pastor Izaias Querino, diretor geral da CBP, também se mostrou positivo com a nova possibilidade. “Desde o dia 01 de setembro fizemos uma agenda dividida: em cada dia um conselho. Assim, todos puderam participar em todos os conselhos. A experiência

on-line nos ajudou nisso, porque enquan-to os conselhos trabalham, os demais participantes podem acompanhar as apresentações. Esta experiência tem sido muito boa e entendemos que não há prejuízo nessa mudança de formato”, conclui. 

n

Joseane Santos Oliveira

jornalista, membro da Primeira Igreja Batista no Tabuleiro - AL

Nos dias 12 e 13 de setembro, a Pri-meira Igreja Batista no Tabuleiro-AL co-memorou com uma grande celebração seus 42 anos de organização. Foram dois dias de muita gratidão a Deus, por-que mesmo nesse tempo de pandemia e isolamento social, a Igreja tem apre-sentado crescimento e experimentado a bondade e fidelidade de Deus. A pro-gramação aconteceu de forma online e presencial. A Igreja esteve com a capa-cidade de público permitida para esta fase totalmente preenchida nos dois dias do evento.

A programação foi planejada para devolver aos membros e convidados a alegria de congregar e de se encontrar para cultuar a Deus no templo. Os cultos contaram com participação de pastores convidados para conduzir a reflexão bí-blica, como Tércio Ribeiro, da Primeira Igreja Batista em Maceió-AL, e Harry Tenório, da Igreja Batista Gênesis. Foi prestigiada por vários pastores amigos e contou também com o grupo musical da Igreja Batista Koinonia. No culto de

domingo aconteceu a apresentação do ministério da coreografia, “Exaltar-te” e uma participação especial do coral PIB Tabuleiro, que emocionou a todos.

Segundo Anderson Nunes, pastor presidente e líder espiritual da PIB Ta-buleiro-AL, os motivos de gratidão são incontáveis e, por isso, o tema de ani-versário não poderia ser outro a não ser “Graça sobre Graça”. “O nosso sentimen-to é de gratidão a Deus porque em sentimen-todo o tempo Ele permanece fiel e cuidando do Seu povo. Toda esta situação que temos vivido nos últimos meses só nos ensina que a Igreja do Senhor prevalecerá para sempre”, disse.

O domingo, pela manhã, foi de muito aprendizado com a realização das ofi-cinas, de forma online. Os temas foram escolhidos especialmente para ajudar aos participantes a compreender e su-perar este tempo de transformação e readaptação da sociedade. O pastor Ney Ladeia ministrou diretamente dos Esta-dos UniEsta-dos a oficina com o tema “Os de-safios da igreja na pós-pandemia”, onde destacou que a Igreja não se resume a um espaço físico, mas é constituída por pessoas, portanto, continuará viva e sob os cuidados de Deus. Outra oficina muito propícia para o momento foi mi-nistrada pelo psicólogo Leonardo Naves:

“Não desista de você”, sobre prevenção ao suicídio, já que estávamos no mês que aborda este assunto. Ele abordou assuntos muito importantes para identi-ficar e ajudar pessoas com pensamento suicida. E para incentivar as pessoas a retomarem suas carreiras e negócios com mais dinamismo, foi ministrada a oficina “Comunicação digital de alta performance”, com o mestre em comuni-cação Carlos Conce. Toda a festividade foi transmitida pelas redes sociais da Igreja. Quem perdeu ou deseja rever é só acessar o canal no Youtube (youtube. com/c/PIBTabuleiroOFICIAL) e fanpage (facebook.com/PIBTabuleiro). 

n

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Liderança da Convenção Batista Paranaense pensa em adotar um modelo híbrido de reuniões futuramente

(13)

13

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Homenagem aos meus avós Aurelino Lourenço

da Rocha e Orendina Ramos Faria da Rocha

“Um servo fiel achado em serviço”

OBITUÁRIO

Neres Dulce Rocha de Almeida Umbelino

diaconisa da Primeira Igreja Batista em Vila Kennedy - RJ

“Minha amada vovó Dina”… “Meu amado vovô Lino”... Filhos obedientes e amorosos... Irmãos sempre preocupados com seus irmãos...

Ela, esposa, companheira, amava tanto seu esposo, nunca conseguiria vi-ver sem ele. Ele, marido, companheiro, amava tanto sua esposa, que após 37 dias sem ela, não suportou e partiu ao seu encontro. Afinal foram 74 anos e 10 meses de matrimônio, cumplicidade e companheirismo.

Mãe e Pai sempre presentes na vida de seus filhos. Sogra e sogro que, na realidade, foram mãe e pai. Avós cuida-dosos e que se doaram para seus netos. Vovó Dina, suas rosquinhas, bolinhos de chuva e pudim de queijo sempre serão únicos e inesquecíveis. Vovô Lino, como gostávamos de ficar ouvindo suas histó-rias e usando seu chapéu; suas históhistó-rias e seus ensinamentos estarão sempre gravados em nossas mentes. As tardes

que passávamos na casa de vocês, o Dia das mães, dos pais, Páscoa, Natal e Ano Novo. A segurança de irmos para a casa de vocês em dias de tempestades e tantos outros momentos, onde tivemos o privilégio de termos vocês conosco, ficarão sempre guardados em nossas lembranças e corações.

Bisavós que falavam de seus bisne-tos como se fossem troféus. Vovó Dina quase conheceu seu tataraneto, o Arthur. Vovô Lino conseguiu conhecer, através das fotos.

Vovó Dina, mulher guerreira, serva fiel do Deus Altíssimo, trabalhou com dedicação e amor na obra do Senhor. Co-rista por mais de 40 anos, responsável pelo Rol de bebês por mais de 21 anos; quantos testemunhos ela tinha, como falou do amor de Deus, como amava ir à Igreja! Mulher de oração, mulher sábia, que edificou sua casa, e ensinou o amor de Deus à sua família.

Vovô Lino, momem honesto, servo do Deus Altíssimo, homem de uma in-tegridade e caráter inabaláveis, sempre presente na vida dos filhos, netos e bis-netos para orientar, guiar, aconselhar e acompanhar. Homem que amou sua

esposa como Cristo ama a Igreja e de-dicou seus dias à sua família, cuidando e zelando por ela.

Encerra-se uma linda trajetória aqui na terra, mas temos a alegria, o confor-to e o consolo de saber que também se inicia uma trajetória nas mansões celestiais, na Presença do Pai. Como vocês devem estar felizes, vendo o nos-so Senhor Jesus Cristo, nosnos-so Salvador! Hoje choramos a partida de vocês, choramos de saudade, mas, ao mesmo tempo, nos alegramos porque vocês

estão andando nas ruas de ouro, onde não há choro, nem dor, onde só há vida e paz! Hoje vocês estão cantando no lindo coral! Sinto-me honrada de ter sido neta de avós tão especiais!

Vovó Dina, minha amada “vozinha” de lindos olhos azuis. Vovô Lino, meu amado “vozinho”, sempre com seu cha-péu. O legado que vocês nos deixaram é lindo! É e sempre será um testemunho a ser seguido!

“Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham” (Ap 14.13 ARA).

Orendina Ramos Faria da Rocha

Iniciou sua vida terrena no dia 25 de maio de 1928. Nos deixou para viver nas mansões celestiais no dia 31 de julho de 2020.

Aurelino Lourenço da Rocha

Iniciou sua vida terrena no dia 26 de julho de 1924. Nos deixou para viver nas mansões celestiais no dia 07 de setem-bro de 2020.

O casal deixa filhos, netos, bisnetos e um tataraneto. 

n

“Então ouvi uma voz do céu, que dis-se: - Escreva isto: felizes as pessoas que desde agora morrem no serviço do Senhor! - Sim, isso é verdade! - respon-de o Espírito respon-de Deus. - Elas respon- descansa-rão do seu duro trabalho porque levadescansa-rão consigo o resultado dos seus serviços” (Ap 14.13).

Numa sexta-feira, dia 24 de julho, fa-leceu aos 87 anos o diácono da Igreja Batista Novo Tempo-SP, irmão Luiz Ta-vares de Sá.

Abraçou a fé quando se casou com a irmã Sonia. Em 1977, foi batizado pelo pastor Haroldo Rosendo Rico, na Igreja Batista em Vila Primavera-SP. Na Igreja Batista Regular, em Osasco-SP, foi feito diácono, atuando em diversos postos, como presidente, tesoureiro e professor de escola bíblica. Já como membro da Igreja Batista em Cidade IV Centenário--SP, atuou como dirigente de Congrega-ção, sob orientação do pastor Haroldo Rico e ombro a ombro com o saudoso pastor Jessé Gomes em missões em Santana de Parnaíba-SP e Osasco-SP. Foi membro da Igreja Batista em Vila Mangalot-SP, hoje Jardim Santo Elias, e dirigente da Missão da Igreja em Jardim Marisa-SP.

Seu gosto pela pregação e pela mi-nistração de aulas, sobretudo sobre o Apocalipse, o levava a buscar sempre nisso se aprimorar, participando de di-versos cursos extensivos de Teologia. Assim lecionando é que, com o apoio do pastor Enio Francisco da Silva, escreveu e publicou seu primeiro livro: “Apocalip-se, Rápido e Fácil”, fruto de um trabalho especialmente desenvolvido no projeto denominado Escola Bíblica Dominical Dinâmica, na Igreja Batista em Vila Pri-mavera-SP.

Atualmente, como membro da Igreja Batista Novo Tempo no Parque Cruzei-ro do Sul-SP, estava com o jubileu do diaconato marcado para abril, quando

a pandemia provocou o cancelamento de todas as atividades.

O irmão Luiz escreveu e publicou mais seis livros: “Gênesis em Prosa”, “Novo Céu, Nova Terra”, “A Armadura de Deus”, “A Família de Deus e o Amor Eterno”, “O Reino e o Calcanhar de Cris-to” e “Daniel em Epígrafes e A Mulher do Apocalipse 12”. Além destes deixou prontos para publicação mais outros seis títulos: “As bodas do cordeiro”, “His-tórias de encanto e sabedoria”, “Colo-que-se na brecha”, “A origem das sete dispensações e das alianças”, “Herança só para os filhos”, “A voz de Deus num cicio”, e outros 16 em fase de revisão.

Compôs diversas poesias e muitas músicas, deixando dez registradas: “Eu ando com Cristo”, “Eu andava tão erran-te”, “Glória, glória ao Deus trino”, “Jardim sem flor”, “O Senhor é o Seu nome - o cântico de Moisés”, “Louvarei ao Senhor por toda a vida”, “Jesus Cristo prometeu estar sempre junto aos seus”, “Eis aqui, bendizei ao Senhor”, “Jesus subiu” e “Na-tal de Esperança”.

Sua última poesia, feita para sua Igre-ja, da qual sentia muita saudade devido ao afastamento motivado pela pande-mia, está disponível no Youtube (pes-quise por Igreja Batista Novo Tempo).

Nos seus últimos dias, ele dizia que Jesus estava chamando-o e lhe dizendo que ele tinha terminado sua missão aqui. Internado no hospital Vitória de Anália Franco devido a um agressivo tumor no pâncreas, até o seu último suspiro falou da alegria e da fé em Jesus para os mé-dicos e enfermeiros que dele cuidavam. Sua vida era marcada por essa ale-gria, pelo prazer do encontro e da comu-nhão, pelo incansável trabalho em favor da causa do Senhor. Atuando como co-lunista convidado do Jornal do Bairro de Sapopemba, na última edição versou sobre “Alma vivente e espírito vivifican-te”, deixando ainda uma última matéria sobre crianças para publicação na próxi-ma tiragem do jornal. “Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens” (Mt 24.46,47).

Seu filho, Haroldo, disponibilizou um

e-book chamado “Os Cantos do

Cami-nho”, uma coleção de poesias em home-nagem ao pai, que pode ser baixado no endereço eletrônico haroldots.blogspot. com.

Luiz deixou a esposa, Sonia, seus fi-lhos, netos e bisnetos. 

n

(14)

14

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Mulheres cristãs e o cuidado com o corpo

Outubro Rosa

Elana Costa Ramiro

educadora cristã, psicóloga, gestora educacional da Primeira Igreja Batista da Penha - SP, presidente da Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil

A maneira como as mulheres lidam com seu próprio corpo sempre foi per-meada por muitas interferências, tabus, preconceitos, injustiças, dúvidas e me-dos. A relação da mulher com o seu cor-po não é assunto novo, embora hoje a sociedade venha ampliando a discussão de questões como: abortamento, gravi-dez precoce, violência sexual, obesidade, prazer feminino, abuso de substâncias nocivas e, também, o avanço de doen-ças como o câncer de mama e outros. Muitos comportamentos que vemos hoje nas comunidades religiosas têm a sua origem ao longo da história do Cristia-nismo.

De alguma maneira, a sociedade, a família e a Igreja sempre tentaram de-terminar como as mulheres deveriam agir, se vestir, quando casar, quando engravidar e até mesmo quando falar. Nesta tentativa de controle fomos do extremo da repressão que enlouquece, ao relativismo total que dá a cada uma o direito de legislar sobre seu próprio corpo, criando suas regras e impondo comportamentos a despeito de quem quer que seja. Como encontrar o equi-líbrio e aprender a cuidar do corpo com responsabilidade e liberdade?

Para aprofundar um pouco mais essa

conversa, eu convido você a um passeio histórico que ajudará a descobrir de onde surgiu essa ideia de que o corpo é algo a ser possuído por alguém ou por uma organização, seja ela religiosa, política ou não governamental.

Segundo o psicólogo, teólogo e pes-quisador Antônio Maspoli (2017), a re-lação com o corpo no protestantismo já começou num paradoxo, num conflito entre o corpo e a alma, envolvendo a fi-losofia e a teologia, principalmente nos escritos do apóstolo Paulo. Na teologia Paulina o corpo é templo do Espírito San-to, entretanSan-to, é marcado pela carne, ou seja, a natureza adâmica decaída.

Os filósofos cristãos dos três primei-ros séculos apresentam o conflito que se instala na alma protestante na tentativa de conciliar as buscas das virtudes espi-rituais com a satisfação dos desejos do corpo. O corpo passa a ser visto como um impedimento para o crescimento es-piritual, e a Igreja passa a ter a função de domá-lo, regular suas ações e reprimi-lo. Agostinho de Hipona é o primeiro a dar à carne uma conotação de natureza huma-na, ou seja, o homem na sua totalidade. Ele rompe as concepções anteriores de que o corpo e a sexualidade são um mal intrínseco e passa a ensinar que o cristão deve amar o corpo e não o odiar. Tomás Kempis, seguidor de Agostinho, resgata o pensamento sobre a carne e o corpo hu-mano como a origem das tentações e do mal. Assim, é retomada a concepção de que o corpo deve ser regulado e

contro-lado de forma absoluta. Aqui surgem as penitências e a violência contra o próprio corpo para alcançar enlevo espiritual.

Na Reforma Protestante, Lutero con-sidera que o corpo é o templo do Espí-rito Santo, a morada de Deus e que não existe conflito entre o corpo e o espírito humano, uma vez que ambas são duas faces de uma mesma realidade. Para Calvino, o corpo também é visto como templo do Espírito Santo, mas apenas para os eleitos, e estes devem provar isso através da rejeição de todas as formas de prazer mundano, especialmente os prazeres corporais, sexuais e de lazer. O resultado é uma clausura em seu próprio corpo. O único prazer permitido ao cris-tão é o trabalho. É desta concepção que Max Weber (2004) apresenta a ética pro-testante como o espírito do capitalismo. No Brasil, no início do século XX, esta história ganha novos atores com o mo-vimento pentecostal e neopentecostal. A partir daqui o “crente” passa a ser ca-racterizado por uma lista daquilo que não faz, nem pode fazer - não fuma, não bebe, não dança, não joga e não tem vaidade. De templo do Espírito Santo na teologia de Paulo, de Lutero e de Calvino, o corpo foi degradado à condição sub-humana de morada do diabo, em algumas vertentes do pentecostalismo brasileiro.

Inúmeras pesquisas mostram que o uso de drogas lícitas como bebida e cigarro entre os protestantes é menor que em outras religiões, o que pode ser resultado de um estilo de vida mais

sau-dável pelo menos entre os fiéis com um maior grau de comprometimento reli-gioso. Entretanto, observa-se que con-cepções negativas a respeito do corpo, também podem contribuir para graves questões psicológicas e psicossomáti-cas, como depressão, compulsão, doen-ças autoimunes entre outras. E por que isso acontece?

Simplesmente porque não há como distinguir o corpo do Espírito – a mente afeta o corpo e o corpo afeta a mente. O cristão não é um espírito que anda por aí. O cristão é um ser espiritual, criado a imagem e a semelhança de Deus. Os Ba-tistas consideram o corpo como templo do Espírito Santo e isso não está condi-cionado à nossa capacidade de fazer ou deixar de fazer. Somos morada de Deus e isso é um status concedido pela graça incondicional de Deus a cada uma de nós. E nós devemos buscar através da Palavra de Deus, o resgate da dignidade humana do corpo.

Isso significa que o meu corpo afeta a minha vida espiritual e a minha vida es-piritual afeta o meu corpo. Neste sentido é nossa responsabilidade cuidar, prevenir e tratar tanto as doenças físicas quanto as espirituais. Previna-se, cuide-se e des-frute de saúde física e espiritual!

Referências:

Maspoli, Antônio. Corpo no protestan-tismo. São Paulo: Reflexão, 2017.

Weber, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Com-panhia das Letras, 2004. 

n

Priska Masih

médica ginecologista e obstetra; missionária da Junta de Missões Mundiais no Sul da Ásia

No mês de outubro, tradicionalmente celebra-se o “Outubro Rosa”, campanha mundial que tem como objetivo princi-pal alertar a sociedade sobre o câncer de mama, segunda principal causa de morte entre mulheres.

Este assunto me toca por três razões em especial. Primeiramente, porque já vi-venciei de perto a luta contra o câncer de mama, antes mesmo de me tornar médi-ca. Uma tia querida enfrentou a doença por anos, mas, apesar de sua fé, de sua resiliência e dos avanços da medicina, ela não conseguiu vencer a doença e hoje descansa em paz com Deus. Por várias vezes tive o privilégio de acompanhá-la nas sessões de radio e quimioterapia. No dia em que descobri que estava grávida da minha primeira filha, corri para lhe dar a no-tícia, mas já era tarde demais. Ela faleceu naquele mesmo dia, mas a sua vida e a maneira como enfrentou esta enfermida-de foram um poenfermida-deroso testemunho enfermida-de fé

para mim e para todos que a conheciam. Este episódio comprova que o câncer de mama, assim como todas as doenças, também acomete os crentes, mas tam-bém demonstra que a fé é um poderoso recurso no enfrentamento da doença. “Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Rm 14.8).

A segunda razão é que sou médica ginecologista e obstetra, ou seja, especia-lizada em saúde da mulher. Durante a resi-dência médica tive contato com inúmeras mulheres diagnosticadas com câncer de mama, algumas em estágio inicial, outras em estágio avançado. A mamografia tem um papel crucial no diagnóstico preco-ce, pois é capaz de detectar lesões antes mesmo da formação do nódulo, aumen-tando significativamente as chances de cura e tratamento. Infelizmente, ainda há muita desinformação sobre o assunto, sobretudo nos países em desenvolvimen-to, como é o caso do país asiático onde atuo como médica missionária da JMM desde 2016. A grande maioria das minhas pacientes sequer sabe a própria idade, não tem registro de nascimento, nem ao menos conhece sobre esta doença, o que

torna o desafio ainda maior.

Por fim, a terceira razão, é que tenho uma amiga que está em tratamento contra o câncer de mama. Ela é uma missionária americana, de meia idade, solteira, que há mais de 25 anos serve no campo mis-sionário como enfermeira. Sua história me marcou profundamente, pois, à seme-lhança da minha tia, ela tem enfrentado a doença e o tratamento de cabeça erguida.

Em 2015, ela foi diagnosticada com câncer de mama, coincidentemente, o mesmo tipo da minha tia. Como o sistema de saúde do país onde servimos é precário e concentrado na capital e nos grandes centros urbanos, ela foi obrigada a retor-nar para os Estados Unidos para fazer a cirurgia de remoção das mamas. Um ano após iniciar o tratamento, para surpresa de todos, ela já estava de volta ao campo missionário. Perdera seus longos cabelos durante as sessões de quimioterapia, mas sua fé e sua autoestima continuaram ina-baladas. Por várias vezes, pediu-me que lavasse o seu cateter, implantado em seu corpo durante a quimioterapia. Sempre que realizava este procedimento era le-vada a refletir sobre a fragilidade humana,

a brevidade da vida e as limitações da ciência, mas também despertada para o poder da fé e a soberania de Deus sobre as doenças, pois, “certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nos-sas dores levou sobre si” (Is 53.4).

Recentemente, conversei com ela pela

Internet e, ao falar sobre o tema deste

artigo, ela compartilhou comigo que, após realizar seus exames de rotina, foi decla-rada como “livre do câncer”. Ela também ressaltou a importância do corpo de Cris-to para aqueles que estão enfrentando a doença. Com profunda gratidão, lembrou de todas as vezes que recebeu o apoio da Igreja, desde o momento em que recebeu o diagnóstico, antes e depois da cirurgia e durante todo o tratamento. Com grande orgulho me mostrou a parede de seu quar-to, que se transformou num painel enorme, cheio de mensagens de apoio, gravuras, versículos bíblicos e orações, que pavi-mentaram o seu caminho em meio ao vale da sombra da morte. E arrematou: “os grupos de apoio e a família são muito importantes para quem está enfrentando o câncer, mas nada se compara ao apoio que encontramos na Igreja”. 

n

(15)

15

O JORNAL BATISTA

Domingo, 04/10/20

Uma semente que gera frutos para a eternidade

Outubro Rosa: O desafio do diagnóstico

precoce do Câncer de Mama

Roseane dos Santos

missionária, gestora na unidade Cristolândia Feminina em Campos - RJ

“Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com con-vicção” (Sl 139.14).

No mês de outubro voltamos o nosso olhar para a mulher, com suas diversas demandas e dentre elas o câncer de mama, que afeta milhares de brasileiras. É um mês de reflexão e conscientiza-ção, para que seja propagado o devido cuidado que se deve ter com o corpo feminino.

À luz da Bíblia vemos que para o nos-so Deus - que a todas criou de modo especial e admirável - é agradável que cuidemos do nosso corpo. Sendo ele a morada do Espírito de Deus, faz-se necessário um olhar holístico em que as emoções, os fatores psicológicos, físi-cos, familiares e sociais serão cuidados, proporcionando uma saúde e bem-estar verdadeiros.

No campo missionário, a mulher tam-bém é assistida. Dentro da Cristolân-dia, inúmeras mulheres são acolhidas, chegando sem esperança, sem sonhos, algumas que há meses não se olham no espelho. Destruídas física e emocio-nalmente, já esqueceram o significado

de “cuidado”. No tempo em que perma-necem no projeto, lhes é apresentada a possibilidade de nova vida em Cristo, a verdadeira vida! Tudo o que foi perdido na drogadição é resgatado: cuidar dos cabelos, fazer a unha, usar um hidratan-te, cada detalhe que faz toda diferença. O cuidado com a saúde também é prio-rizado na realização de preventivo, ma-mografia e ultrassom, para que renasça nesse coração o desejo de vida e vida em abundância.

Apresentar Jesus a essas mulheres é lançar uma semente que gera frutos para a eternidade e enquanto estão nesse mundo, elas podem desfrutar do melhor que Deus pode lhes dar, algo que

até então era inalcançável. À medida que vão sendo cuidadas e transformadas, elas podem compartilhar a mudança que Deus realiza, alcançando assim outras mulheres, que poderão crer no poder transformador de Jesus e desejarão de igual modo ter a vida restaurada.

Louvamos a Deus que, nesse tempo, tem levantado a Igreja para cuidar da mulher, se importar com suas dores e sofrimentos e amá-la com o amor de Deus.

Que o mês de outubro não seja ape-nas de campanhas passageiras, mas que traga a cada coração feminino o desejo de amar-se e importar-se com a própria vida, aqui e para a eternidade! 

n

Carla Boquimpani

médica hematologista, diretora técnica do Hemorio, membro da Primeira Igreja Batista em Heliópolis, em Belford Roxo - RJ

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou a expectativa de que 625 mil novos casos de câncer sejam diagnos-ticados neste ano, de acordo com o le-vantamento “Estimativas da Incidência de Câncer no Brasil 2020”. A base para a construção desses indicadores são os números provenientes, principalmente, dos Registros de Câncer e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS).

O câncer de mama é o tumor mais incidente entre as mulheres depois do câncer de pele não melanoma. O INCA estima que 66.280 novos casos serão diagnosticados no Brasil em 2020. Mundialmente, os dados também são alarmantes: o câncer de mama afeta 2,1 milhões de pessoas por ano e é o quinto que mais mata, de acordo com o Globocan 2018, um estudo da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.

A Sociedade Brasileira de Mastologia

(SBM) aponta para uma realidade dire-tamente relacionada à evolução nos ín-dices de envelhecimento da população: uma em cada 12 mulheres receberá o diagnóstico de câncer de mama até os 90 anos de idade. E a importância das medidas voltadas à conscientização so-bre este tipo câncer ainda é justificada por mais um dado: as chances de cura chegam a 95% dos casos quando o tu-mor é detectado no início.

O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com maior taxa estimada de incidência de câncer de mama (68,78%) sendo a unidade da federação com maior mor-talidade (18,8%), segundo estimativas elaboradas pelo INCA para o biênio 2018-2019. Os números preocupantes no Rio de Janeiro são resultados de fa-tores como o envelhecimento da popu-lação, a inatividade física e a obesidade.

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais im-portantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos).

Outros fatores que aumentam o risco da doença são:

Fatores ambientais e

comportamentais reprodutiva e hormonalFatores da história Fatores genéticos e hereditários*

Obesidade e sobrepeso

após a menopausa; Primeira menstruação antes de 12 anos; História familiar de cân-cer de ovário; Sedentarismo e

inativida-de física; Não ter tido filhos;

Casos de câncer de mama na família, princi-palmente antes dos 50 anos;

Consumo de bebida

al-coólica; Primeira gravidez após os 30 anos;

História familiar de cân-cer de mama em ho-mens;

Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Parar de menstruar (me-nopausa) após os 55 anos;

Alteração genética, es-pecialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

Fatores ambientais e

comportamentais reprodutiva e hormonalFatores da história Fatores genéticos e hereditários*

Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio--progesterona);

Ter feito reposição hor-monal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

O movimento internacional de cons-cientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fun-dação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de trata-mento e contribuir para a redução da mortalidade.

Neste sentido, um dos principais mecanismos de controle e identifica-ção da doença ainda é a mamografia que, de acordo com o INCA, deve ser feita por todas as mulheres com mais de 40 anos. Todavia, é justamente na adesão a este exame de imagem que está um dos entraves para vencer a doença.

A Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), a mais recente disponível no Brasil, aponta que 3,8 milhões de mu-lheres de 50 a 69 anos nunca realiza-ram mamografia, o que corresponde a 18,4% da população feminina nessa faixa etária. O maior índice entre as grandes regiões fica no Norte (37,8%), contra 11,9% do Sudeste, que tem a menor taxa.

Se esses números forem observa-dos pela ótica da escolaridade, uma

nova discrepância é constatada: mu-lheres com curso superior completo - portanto, em tese, com mais acesso à informação - representam 81% das que fizeram mamografia contra 51% das que não têm instrução ou possuem o ensi-no fundamental incompleto. Mais uma vez, o Norte do País apresenta a maior distorção - menos de 30% com baixo nível de escolaridade se submeteram à mamografia.

O cuidado com a saúde da mulher não deve se restringir apenas durante a Campanha do “Outubro Rosa”. É muito importante que a conscientização so-bre a necessidade da prevenção esteja alinhada com a detecção precoce da doença através da realização regular da mamografia. Vamos divulgar nas nossas Igrejas e fazer com que as mu-lheres cristãs cuidem verdadeiramente de sua saúde. Somos templo do Espírito Santo e a melhor forma de mostrarmos o quanto amamos nossas famílias é cui-darmos de nós mesmas. Nosso mestre Jesus nos ensinou: “amar ao próximo como a si mesmo é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas”(Mc 12.33b NVI).

Lembrem-se: Quem ama, cuida e quem ama, se cuida!

Deus abençoe a todas.  

n

(16)

Referências

Documentos relacionados

Ao se comparar tentativa e suicídio segundo sexo, verifi- cou-se significância estatística (p = 0,008), conforme tabela 1, para o fato de as mulheres terem cometido mais tentativas

Outros alunos não atribuíram importância a Química, não apresentando exemplos do seu cotidiano, o que gera preocupação, pois os sujeitos da pesquisa não

Em cada simulação, empregou-se o modelo de turbulência k-ω SST, definiram-se a intensidade de turbulência a 5% e a escala de comprimento turbulento de 0,07 metros, definida

O mesmo pode ser relatado por Luz & Portela (2002), que testaram nauplio de Artemia salina nos 15 pri- meiros dias de alimentação exógena para trairão alcançando

Escola Nacional da Magistratura, Associação dos Magistrados Brasileiros e Faculdades de Direito da Universidade Clássica de Lisboa e da Universidade Nova de

As cadeias laterais variam em certo nível entre as diferentes formas de clorofila encontradas em diferentes organismos, mas todas possuem uma cadeia fitol (um terpeno ) ligada

Umidade e Tubo aquecido – exibidos quando tanto o H5i quanto o tubo de ar aquecido ClimateLine/ClimateLine MAX estão conectados e o Climate Control está ajustado para Manual no

IV - Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja