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Avaliação da força de preensão palmar em indivíduos idosos

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Academic year: 2017

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DANIELA ROSANA PEDRO FONSECA

AVALIAÇÃO DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM INDIVÍDUOS IDOSOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Gustavo de Azevedo Carvalho.

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Daniela Rosana Pedro Fonseca

Avaliação da Força de Preensão Palmar em Indivíduos Idosos.

Aprovado em: ___/___/_____

Banca examinadora

Prof. Dr. ___________________________________________________ Instituição: _________________ Assinatura: ______________________

Prof. Dr. ___________________________________________________ Instituição: _________________ Assinatura: ______________________

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DEDICATÓRIA

A Deus, pela minha existência;

Ao meu esposo, Adriano Luis Fonseca pela força e companheirismo;

A minha querida filha Maria Clara a quem muito amo;

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AGRADECIMENTOS

Meus agradecimentos aos participantes do estudo que muito contribuíram para a realização do mesmo. Minha gratidão pela paciência e colaboração na realização dos testes.

Aos meus amigos Pollyana e Fernando que sempre estiveram ao meu lado para a concretização deste trabalho.

Ao meu orientador Dr. Gustavo de Azevedo Carvalho, pela generosidade, paciência e principalmente compreensão. Obrigada por suas orientações.

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RESUMO

FONSECA, Daniela . Avaliação da força de preensão palmar em indivíduos idosos.2009.85 páginas Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2009.

Envelhecer é um processo inexorável, caracterizado por alterações biológicas e adaptações ao meio externo que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do organismo como um todo. A força de preensão palmar (FPP) está relacionada com as atividades da vida diária (AVD) e é um dos componentes fundamentais para a avaliação da forma física. O objetivo do presente estudo foi quantificar a FPP em indivíduos idosos. A FPP foi avaliada em 551 indivíduos, totalizando 1102 membros superiores, que não apresentavam distúrbios cinéticos funcionais que comprometessem essa medida. A força foi medida através do dinamômetro hidráulico. A amostra foi estratificada em 03 grupos, grupo 1(60-69), grupo 2 (70-79 e grupo 3 (≥ 80). O programa estatístico utilizado para realização das análises foi o SPSS 11.0.O teste de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas e o nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05.Os resultados demonstraram que a proporção de homens foi superior à de mulheres no grupo total. Quando estratificado o grupo por idade, o grupo 1 demonstrou predominância do sexo feminino, enquanto os demais grupos 2 e 3 demonstraram proporções superiores no sexo masculino. O gênero masculino demonstrou predomínio da FPP em ambos os lados direito e esquerdo para os grupos estratificados e total, em relação ao gênero feminino. A média da FPP do lado direito apresenta valores superiores ao lado esquerdo, tanto nos grupos estratificados quanto no grupo total,além de ter uma diminuição da FPP em ambos os lados e sexo com o avanço da idade. Acredita-se que os valores encontrados neste estudo possam servir como parâmetros de normalidade para FPP na população idosa.

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ABSTRACT

FONSECA, Daniela . Avaliação da força de preensão palmar em indivíduos idosos.2009.85 páginas Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2009.

To age is an inexorable process, characterized by biological alliterations and adaptations to the external means that result in progressive functional losses of the organs and of the body as a whole one. The force of hand grip (FHG) is related with the activities of the daily life (ADL) and is one of the fundamental components for the evaluation of the physical form. The aim of this study was quantify to FHG in elderly individuals. The FHG was evaluated in 551 individuals, totaling up 1102 upper members that did not present functional kinetics disorders that committed that measure. The force was measured through the hydraulic dynamometer. The sample was stratified in 03 groups: group one (60-69), group 2 (70-79) and group 3 (>80). The statistical program utilized for achievement of the analyses was the SPSS 11.0. The test of analysis of variance (ANOVA) for repeated measures and the level of significance adopted was of p>0,05. The results showed that the proportion of men was superior of women the total group. When it stratified the group by age, the group 1 showed predominance of the female sex, while the groups 2 and 3 showed superior proportions in the male sex. The male kind showed predominance of the FHG in both the left and right sides for the groups stratified and total, regarding the female kind. The average of the FHG of right side presents upper values to the left side, so much in the groups stratified how much in the total group, beyond it has a diminution of the FHG in both sides and sex with the advancement of the age. Believe that the values found in this study can serve like parameters of normality for FHG in the elderly population.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1: Pega de força...20

FIGURA 2: Pinça de precisão...20

FIGURA 3 Modificação da pinçad e precisão pela alteração da concavidade do arco transverso distal...20

FIGURA 4: Preensão radial-digital...21

FIGURA 5: Pinça de preensão...21

FIGURA 6: Pega de gancho...22

FIGURA 7: Dinamômetro hidráulico ...25

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE SIGLAS

ADL: Activities of the daily life

ASHT: American Society of Hand Therapists AVD: Atividade de Vida Diária

CVM: Contração Voluntária Máxima DM: Dinamometria Manual

DP: Desvio padrão

DRPF: Daniela Rosana Pedro Fonseca

FHG: Force of hand grip FPP: Força de Preensão Palmar Kg/f: Quilograma / Força Kg: Quilograma

N: Newton

OMS: Organização Mundial de Saúde p: Nível de significância

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SUMÁRIO   

1.INTRODUÇÃO ... 13 

2. REVISÃO DE LITERATURA ... 17 

2.1 Função da Mão e sua Preensão ... 17 

2.1.1 Tipos de Preensão ... 19 

2.1.2 Músculos que atuam na Preensão Palmar... 22 

2.2 Dinamometria da Mão ... 23 

2.3 Generalidades do Envelhecimento ... 28 

2.3.1 Teorias do Envelhecimento ... 30 

2.3.2 Envelhecimento Biológico ... 32 

2.3.3 Envelhecimento Neuromuscular... 34 

2.3.4 Efeitos do Envelhecimento sobre a Força Muscular ... 36 

3. OBJETIVOS ... 39 

3.1 Objetivo Geral ... 39 

3.2 Objetivos Específicos ... 39 

4. CASUÍSTICA E MÉTODOS ... 40 

4.1 Tipo de estudo ... 40 

4.2 Local de trabalho ... 40 

4.3 Participantes e Casuística ... 40 

4.3.1 Participantes ... 41 

4.3.2 Critérios de Inclusão e exclusão ... 41 

4.4 Instrumentos ... 42 

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4.4.2 Ficha de Avaliação ... 42 

4.5 Avaliação da força de preensão palmar utilizando o Dinamômetro ... 43 

4.5.1 Dinamometria ... 43 

4.6 Análise Estatística ... 45 

5. RESULTADOS ... 46 

5.1 Caracterização do grupo ... 46 

5.2 Comparações ... 53 

5.2.1 Comparação entre as medidas 1, 2 e 3 nos lados direito e esquerdo ... 53 

5.3 Relação entre as variáveis... 61 

5.3.1 Relação entre a força de preensão palmar e variável idade, sexo, dominância. ... 61 

6. DISCUSSÃO ... 62 

7. CONCLUSÃO ... 66 

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 68 

Apêndice A ... 81 

Apêndice B ... 82 

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1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional começou a ser mais evidente no final do século XIX em alguns países da Europa Ocidental, espalhou-se pelo Primeiro Mundo, no século passado, e se estendeu, nas últimas décadas, por vários países do Terceiro Mundo, inclusive o Brasil (GORDIA et al, 2007).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que em 2025 existirão 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que os muitos idosos (com 80 anos ou mais) constituem o grupo etário de maior crescimento (OMS, 2001).

No Brasil, as projeções para o ano de 2025, indicam que a população total aumentará cinco vezes em relação à de 1950, sendo, que, o número de indivíduos acima de 65 anos terá aumentado quinze vezes (DAVINI, NUNES, 2003).

O aumento do número de pessoas que atingem a terceira idade faz com que o envelhecimento seja um dos principais fenômenos que está acontecendo nos últimos anos na maioria das sociedades do mundo. O recente aumento da população idosa vem sendo observado de forma vertiginosa nas duas últimas décadas (TELLES, 2003).

Embora o processo do envelhecimento se inicie muito antes dos 60 anos, é nesta idade que ocorre o ingresso do indivíduo na terceira idade. E as manifestações somáticas do envelhecimento são geralmente bem evidentes e facilmente observáveis (CARVALHO-FILHO et al, 2000; PAPALÉO, 2000).

Considerando o envelhecimento dos seres vivos, é de fundamental importância distinguir o que é decorrente desse processo, daquilo que é secundário a processos patológicos que são freqüentes nessa fase da vida. Dessa maneira, senescência ou envelhecimento biológico são alterações orgânicas, funcionais e psicológicas próprias que ocorrem em conseqüência desse processo, e a senilidade ou envelhecimento usual são as modificações determinadas pelas afecções que freqüentemente acometem os indivíduos idosos (FREITAS et al., 2002; GEIB et al., 2003).

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O envelhecimento do organismo afeta o desempenho físico, limitando a interação do homem com o meio ambiente (CAROMANO; KERBAUY, 2001). Dentre as diversas funções prejudicadas pelo avanço da idade está a função muscular, que, quando diminuída, afeta significativamente a qualidade de vida dos idosos, dificultando a realização das atividades cotidianas e, muitas vezes, tornando-os dependentes do auxílio de outras pessoas (KAUFFMAN, 2001; DAVINI, NUNES, 2003; DESCHENES, 2004).

Com o envelhecimento, há uma diminuição lenta e progressiva da massa muscular, sendo o tecido nobre paulatinamente substituído por colágeno e gordura (ROSSI, SADER, 2002).

Existe uma diminuição no tamanho e número das fibras musculares, na quantidade de motoneurônios, resultando numa diminuição da força muscular, lentidão na contração dos músculos e uma maior rigidez do sistema motor nos idosos (ROSSI, SADER, 2002).

Existe um grande reconhecimento de sérias conseqüências da perda da força muscular na saúde tanto em termos de incapacidade (RANTANEN,et al.,1999), morbidade (SAYER, et al., 2005), mortalidade (RANTANEN, et al., 2000) como também significante custo de saúde (JANSSEN, et al., 2004), sendo um dos maiores fatores de risco para quedas (ANONYMOUS, 2001). Estudos têm demonstrado que as pessoas com um histórico de quedas têm qualidade de vida e saúde inferiores( CUMMING, et al., 2000).

Iannuzzi-Sucich et al., (2002) tem relatado a associação entre a baixa massa muscular e escores inferiores de estado geral de saúde. A relação entre força muscular e qualidade de vida pode ser importante na identificação de indivíduos que poderiam beneficiar de uma intervenção precoce para prevenir a sarcopenia, ou seja, a perda de massa muscular e força com a idade (MORLEY et al., 2001).

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Várias atividades diárias exigem o envolvimento da mão na apreensão de objetos. A habilidade de manipulação que a mão humana possui requer efetivamente força e destreza. A força de preensão palmar é comumente mensurada isometricamente, apesar de sabermos que para muitas atividades diárias requer uma preensão dinâmica (SHECHTMAN et al., 2004).

Uma variedade de equipamentos como dinamômetros isocinéticos e dinamômetro de preensão palmar têm sido usados para obter dados quantitativos sobre a força muscular. O dinamômetro de preensão palmar hidráulico tem o benefício de ser portátil, onde as medidas podem ser obtidas rapidamente (BARBIER, 2003; SCHIND et al., 2003). Esse instrumento tem sido superior ao teste de força muscular manual, pois elimina a subjetividade do teste. Neste caso, a medida é dada em Newton (N) ou kilogramas (Kg), fornecendo um valor verdadeiro da medida (BOHANNON, 1999).

A força de preensão palmar (FPP) está relacionada com AVD e é um dos componentes fundamentais para a avaliação da forma física, usamos as mãos para quase todas as tarefas em casa, no trabalho e lazer. Portanto a força de preensão palmar não é simplesmente uma medida de força da mão ou limitada à avaliação do membro superior. Pode ser considerada como um dos parâmetros do estado de força geral dos indivíduos. Ela tem muitas aplicações clínicas diferentes; por exemplo, é usada como indicador da força total do corpo, e neste sentido é empregada em teste de aptidão física (DURWARD et al., 2001).

De forma geral, os idosos que apresentam força de preensão palmar reduzida são sedentários e possuem déficits de massa corporal, apresentam problemas de saúde e limitações funcionais em atividades que exigem a participação dos membros superiores e inferiores (KUH et al., 2005). Há evidência que em idosos valores de FPP iguais ou inferiores a 20 Quilogramas força (Kg/f) relacionam-se, de forma independente, com risco para dependência futura e baixos níveis de saúde (JYLHÄ et al., 2001).

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diminuição da capacidade funcional e da qualidade de vida do idoso (SHECHTMAN et al., 2004).

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Função da Mão e sua Preensão

De acordo com Nordin e Frankel (2003), a mão é um órgão extremamente móvel, que pode coordenar uma variedade infinita de movimentos. A mistura da mão e do punho possibilita que a mão se amolde ao formato de um objeto que esteja sendo segurado, devido à ação de um sistema de músculo extrínseco (originados no braço e antebraço) e intrínseco (confinados a mão). O funcionamento coordenado deste sistema muscular é essencial para o desempenho satisfatório da mão.

A mão do ser humano é uma ferramenta maravilhosa capaz de realizar inúmeras ações graças a sua função essencial: a preensão. Através do conhecimento da espessura e das distâncias que fornece ao córtex cerebral, a mão é o instrutor da visão, permitindo-lhe o controle e a interpretação das informações. Sem a mão a nossa visão de mundo seria plana e sem relevos (KAPANDJI, 2007).

A preensão (do latim prehensus, pegar) é a habilidade de pegar com forças que excedem 445 N ou 45 kg, bem como segurar e manipular um fio delicado. Além disso, a mão é usada para empurrar, golpear, e até mesmo locomover-se com muletas ou cadeira de rodas. Como órgão do sentido do tato, é uma extensão do cérebro para fornecer informação ao sistema visual a respeito do ambiente. Também, é um segmento importante para expressão e comunicação não verbal (SMITH et al., 1997).

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A preensão é encontrada desde na garra da lagosta até na mão do macaco, mas apenas o ser humano realiza esta ação com perfeição. A preensão se deve à disposição especial do polegar, que pode se opor a todos os outros dedos. A oposição do polegar, ao contrário do que costuma ser informado, não é inerente apenas ao ser humano: no macaco o polegar consegue realizar o movimento de oposição, mas sua amplitude nunca atinge aquela do polegar do homem (KAPANDJI, 2007).

Mais importante do que a capacidade de oposição do polegar, o que precisamos considerar é a relação mão-cérebro: o cérebro controla a mão; entretanto, a mão modificou o cérebro do ser humano. Junto com o cérebro, a mão forma uma associação funcional inseparável, onde cada parte reage à outra, e é graças a essa forte inter-relação que o ser humano apresenta a capacidade de modificar a natureza, com a pior ou a melhor das intenções, e de se impor a todas as espécies vivas da Terra, aumentando muito sua responsabilidade (KAPANDJI, 2007).

A colocação e estabilização da mão dependem do tronco, ombro, cotovelo e punho. Com múltiplos graus de liberdade permitidos pela extremidade superior, a versatilidade de colocação da mão é alta. Por exemplo, a palma ou superfície da mão pode ser rotada em um círculo completo (360°) e colocada sobre qualquer superfície do corpo com a exceção do braço e antebraço ipsilaterais (SMITH et al., 1997).

Talvez a função mais variada da mão seja sua capacidade de manipular objetos dinamicamente. O uso dos dedos de inúmeras maneiras para manipular objetos é essencialmente infinito. Em sentido geral, no entanto, a mão manipula objetos de duas maneiras fundamentalmente diferentes: os movimentos dos dedos podem ser repetitivos e grosseiros, como digitar e coçar; e em contraste, os movimentos dos dedos podem ser contínuos e fluentes, nos quais a velocidade e intensidade do movimento são controladas, como escrever e costurar. Naturalmente, muitos tipos de manipulação dos dedos, senão a maioria combina estes elementos de movimento (NEUMANN, 2006).

A preensão palmar se faz normalmente em três fases (DUERKSEN; VIRMOND, 1997):

9 Fase I: Extensão dos dedos;

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9 Fase III: Flexão das articulações distais.

Durante a força de preensão palmar, os dedos encontram-se aduzidos, flexionados e inclinados em direção ao lado ulnar da mão. As eminências tênar e hipotênar da mão oferecem importante base de apoio (McDOUGALL; YUASA, 2002). O polegar encontra-se flexionado, aduzido tanto em sua articulação metacarpofalângica como na carpometacárpica e opondo-se à polpa dos dedos (PASCHOARELLI; COURY, 2000).

2.1.1 Tipos de Preensão

A preensão palmar abrange duas classes de movimentos, preênsil e não-preênsil. Os movimentos de preensão englobam aqueles em que um objeto, fixo ou solto, é agarrado por uma ação de apertar ou pinçar entre os dedos e a palma da mão. Os movimentos não-preênseis incluem vários movimentos como empurrar, levantar, bater e pontear os dedos, como ao escrever à máquina, dedilhar um instrumento musical de cordas (NAPIER, 1983).

A preensão descreve a capacidade dos dedos e do polegar de agarrar ou pegar, frequentemente para segurar, agarrar e apanhar objetos. Durante anos, desenvolveram-se diversos termos para descrever as muitas formas de preensão. A maioria das formas de preensão pode ser descritas como uma pinça (ou pega), na qual todos os dedos são usados, ou como em uma pinça, na qual se usam primariamente o polegar e o indicador. Cada uma destas formas de preensão pode ser classificada com base na necessidade de força, isto é, força intensa sem considerar a exatidão da tarefa; ou precisão (nível intenso de exatidão com força mínima). Segundo Neumann (2006), a maioria dos tipos das atividades de preensão são classificadas em uma das cinco categorias descritas a seguir:

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atividade requer forças vigorosas dos músculos flexores dos dedos, especialmente dos dedos anular e mínimo; dos músculos intrínsecos dos dedos, especialmente dos interósseos; e da musculatura abdutora e flexora do polegar. Os músculos extensores do punho são necessários para estabilizar o punho parcialmente estendido.

Figura 1: Pega de força. FONTE: A própria pesquisadora.

2. A pinça de preensão: é usada quando se precisa de controle e/ou de alguma ação delicada durante a preensão (Figura 2). O polegar normalmente é mantido parcialmente abduzido e os dedos parcialmente fletidos. A pinça de precisão usa o polegar e um ou mais dedos para melhorar a segurança da preensão ou para acrescentar quantidades variáveis de força. A pinça de precisão é modificada para se ajustar a objetos de tamanhos variados, alterando o contorno do arco transverso distal da mão (Figura 3)

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Figura 3: Modificação da pinça de preensão pela alteração da concavidade do arco transverso distal.

FONTE: A própria pesquisadora.

3. A preensão radial-digital (pinça de chave): é usada quando se necessita de forças intensas para estabilizar um objeto entre o polegar e a margem lateral do indicador (Figura 4). A preensão radial-digital é uma forma extremamente útil de preensão, combinando a força do músculo abdutor do polegar e do primeiro músculo interósseo dorsal com a destreza e a acuidade do polegar e do indicador.

Figura 4: Preensão radial-digital. FONTE: A própria pesquisadora.

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Figura 5: Pinça de precisão. FONTE: A própria pesquisadora.

5. A pega em gancho: é uma forma de preensão que não envolve o polegar. Uma pega em gancho é formada pelas articulações interfalângeanas proximal e distal dos dedos parcialmente fletidos. Esta pega é frequentemente utilizada em uma natureza estática por períodos prolongados de tempo, como segurar a alça de uma mala (Figura 6). A força da pega em gancho normalmente é determinada pela atividade de nível baixo do músculo flexor profundo dos dedos.

Figura 6: Pega em gancho. FONTE: A própria pesquisadora.

2.1.2 Músculos que atuam na Preensão Palmar

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fixações proximais no antebraço ou úmero (extensor dos dedos, extensor próprio do indicador, extensor do dedo mínimo, extensor longo do polegar, extensor curto do polegar, abdutor longo do polegar, flexor superficial e profundo dos dedos e flexor longo e curto do polegar); e músculos intrínsecos, que possuem ambas as fixações proximais e distais dentro da mão (lumbricais, interósseos palmares, interósseos dorsais, músculos tênares e músculos hipotênares) (SMITH et al., 1997).

A posição funcional do punho corresponde à eficácia máxima dos músculos dos dedos e, sobretudo, dos flexores. A posição de função é definida da seguinte forma: extensão discreta (flexão dorsal) do punho a 40-45° e desvio ulnar discreto (adução) a 15°. É nesta posição do punho que a mão se encontra mais adaptada à sua função de preensão (KAPANDJI, 2007).

Quando um indivíduo extende o punho os dedos são flexionados automaticamente; para estender os dedos nesta posição é preciso realizar um esforço voluntário. Além disso, é na posição de extensão do punho que os músculos flexores apresentam sua eficácia máxima, porque os tendões dos flexores são relativamente mais curtos do que na posição neutra do punho e mais ainda do que na flexão do punho. Medido com dinamômetro, o esforço dos músculos flexores dos dedos é igual a 25% do esforço em extensão (KAPANDJI, 2007).

Os músculos flexores do punho são sinérgicos aos extensores dos dedos, pois quando se flexiona o punho, ocorre automaticamente extensão da falange proximal dos dedos; portanto, é necessário um esforço voluntário para flexionar os dedos sobre a palma e esta flexão é fraca. Além disso, a tensão dos músculos flexores dos dedos limita a flexão do punho. É suficiente estender os dedos para que a flexão do punho aumente 10 graus (KAPANDJI, 2007).

2.2 Dinamometria da Mão

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um indicador de força total do corpo, sendo, neste sentido, é empregada em testes de aptidão física (DURWARD et al,2001).

Inúmeros instrumentos estão disponíveis para quantificar a força de preensão palmar. O dinamômetro é considerado o instrumento mais acurado e preciso para aferição de Dinamometria Manual (DM) (MATHIOWETZ et al., 1985; CAPORRINO et al., 1998; SCHLUSSEL et al., 2008).

Os aparelhos utilizados para esta medida de força podem ser classificados em quatro categorias: hidráulicos, pneumáticos, mecânicos e strain gauges (ou células de carga) (SCHLUSSEL et al., 2008).

Dinamômetros hidráulicos são sistemas selados que medem a DM em quilograma/força ou libras por polegada ao quadrado. Diversos estudos utilizam este aparato para quantificar a DM (SCHMIDT; TOEWS, 1970; MATHIOWETZ et al., 1985; HÄRKÖNEN; PIIRTOMAA; ALARANTA, 1993; CROSBY; WEHBÉ; MAWR, 1994; CAPORRINO et al., 1998; HANTEN

et al., 1999; INCEL et al., 2002; BOADELLA et al., 2005), uma vez que este é recomendado pela American Society of Hand Therapists (ASHT) (CROSBY; WEHBÉ; MAWR, 1994).

O aparato mecânico é formado por duas barras paralelas ligadas entre si, onde à medida que são apertadas provocam uma alteração diretamente proporcional à força de preensão. A força de preensão pode ser estabelecida em quilograma/força (kg/f) ou em libras/polegadas. O aparelho é simples, fácil manuseio, leitura rápida e direta (MATHIOWETZ et al., 1985; CAPORRINO et al., 1998; SCHLUSSEL et al., 2008).

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Figura 7:Dinamômetro Hidráulico FONTE: A própria pesquisadora

Poucos estudos têm usado todos os níveis (manoplas) do dinamômetro hidráulico. Estes estudos foram realizados para testar a confiabilidade, flutuações, ou mascaramento da fraqueza no teste de força da mão (PETERSEN et al., 1989; JARIT, 1991; CROSBY; WEHBE; MAWR, 1994). Outros estudos têm utilizado o aparato para determinar diferenças ou normalidades na força entre ambas as mãos (MATHIOWETZ et al., 1985; MATHIOWETZ et al, 1986).

Com relação aos níveis de ajuste do aparato, o nível 2 do dinamômetro hidráulico foi considerado ser o melhor nível para testar a força de preensão palmar segundo a Sociedade Americana de Terapeutas de Mão (SATM) (FESS, 1992).

Instrumentos pneumáticos utilizam um mecanismo de compressão em uma bolsa de ar para determinar a DM, em função da quantidade de tensão produzida em uma mola de aço (INNES, 1999; SCHLUSSEL et al., 2008).

O dinamômetro do tipo strain gauges são aparelhos em que a força empreendida em uma célula carga é captada eletronicamente, amplificada e transmitida para um monitor digital (INNES, 1999; SCHLUSSEL et al., 2008).

Kirkpatrick em 1956 comparou a eficácia de três tipos de instrumentos de aferição da força, (pneumático, fonte aço que registra a quantidade de compressão e um com sistema hidráulico selado e conclui-se que o hidráulico seria o melhor aparelho para mensurar a força de preensão palmar.

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hidráulico para medir a força muscular isométrica tem sido estudada em sujeitos assintomáticos e sintomáticos (WANG; OLSON; PROTAS, 2002).

A acurácia do aparelho deve ser mantida por meio de calibração regular. Recomenda-se a calibração do dinamômetro hidráulico ao menos uma vez por ano, e mais frequentemente, entre 4 e 6 meses, quando utilizado diariamente. Existem na literatura estudos examinando por quanto tempo o dinamômetro mantém sua acurácia, indicando desta forma, o tempo ótimo de calibração (INNES, 1999).

Estudos têm padronizado o uso de dinamômetro conforme a posição, tempo, instruções e repetições para melhorar os resultados e diminuir os erros inter-observadores, a fim de obter dados fidedignos. Logo, é recomendado que três testes de força de preensão palmar sejam obtidos e a média destes números represente o resultado mais confiável. Na ocorrência de 20% ou mais de variabilidade nessas medidas, podemos assumir que os pacientes não estão exercendo seu esforço máximo (ASHFORD et al., 1996; FIGUEIREDO et al., 2000a).

Não existe consenso na literatura sobre o número de aferições a serem realizadas no teste de DM. Achados descrevem que apenas uma leitura pode ser realizada, ou a maior entre duas ou três leituras (KLIDJAN et al., 1980; GRIFFITH; CLARK, 1984; WEBB et al., 1989;

KALFARENTZOS et al., 1989; HIRSCH et al., 1992; HUMPHREYS et al., 2002) ou ainda a média de 3 medidas (FIGUEIREDO et al., 2000a; FIGUEIREDO et al., 2000b).

Diferentes posições e protocolos têm sido observados para a aferição da DM (CROSBY; WEHBE; MAWR, 1994; ASHFORD et al., 1996; BOHANNON, 1997; KILMER et al., 1997; CAPORRINO, et al., 1998; NG;FAN, 2001; BEENAKKER, HOEVEN, MAURITS, 2001;

MOREIRA et al., 2003; LUNA-HEREDIA, MARTIN-PENA, RUIZ-GALIANA, 2005;

VERMEULEN, et al., 2005; ANAKWE, HUNTLEY, MCEACHAN, 2007; LEYK et al., 2007; SCHLUSSEL et al., 2008; GUNTHER, et al., 2008).

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PIITOMAA; ALARANTA; 1993; CAPORRINO et al., 1998; ARMSTRONG; OLDHAM, 1999; NG; FAN, 2001).

Alguns estudos descrevem pequenas variações nessa posição, por exemplo, que a posição do punho fosse auto-selecionada pelos indivíduos, para que obtivessem a força máxima de preensão (CROSBY; WEHBE; MAWR, 1994) ou ainda que alguns indivíduos se posicionassem de pé, ao invés de sentados, mas mantendo a posição padrão para o braço (HANTEN et al., 1999).

A determinação de uma seqüência clara de instruções dadas aos indivíduos a serem

avaliados é de suma importância. A motivação para realização do teste de força manual é

extremamente necessária a fim de promover estimulo ao individuo para que este venha

desenvolver a sua capacidade de contração voluntária máxima (JOHANSSON; KENT;

SHEPARD, 1983). Portanto, um importante fator que limita a força de preensão palmar está relacionado à cooperação dos indivíduos a serem avaliados.

O procedimento mais comum observado nos estudos revisados é o registro da maior entre

três leituras (KLIDJAN et al., 1980; GRIFFITH; CLARK, 1984; WEBB et al., 1989;

KALFARENTZOS et al., 1989; HIRSCH et al., 1992; GUO et al., 1996; QURESHI et al., 1998;

LE CORNU et al., 2000; HUMPHREYS et al., 2002; ALVARES-DA-SILVA; SILVEIRA,

2005; WANG et al., 2005).

Durante a realização do teste de DM é importante ressaltar o período de contração

voluntária máxima. Innes (1999) descreve um tempo de 3 segundos para registrar a máxima

leitura. Nos casos de avaliações repetidas de esforço, um período de descanso entre as aferições

deve ser respeitado para evitar a fadiga muscular. A maioria dos estudos relatam um período de

descanso entre as medidas de, no mínimo, 1 minuto (VAZ et al., 1996; CAPORRINO et al.,

1998; INCEL et al., 2002; HILLMAN et al., 2005; HORNBY et al., 2005). Entretanto, intervalos

menores também são observados, como por exemplo, no estudo de Hanten et al. (1999) um

período de 15 segundos e Boadella et al. (2005) com 2 a 5 segundos de repouso.

A influência da dominância é uma questão a ser observada. Na década de 70, Schmidt e

(28)

na força da mão dominante em relação à não dominante em indivíduos destros. Mathiowetz et al.

(1985) sugerem que os valores de DM sejam apresentados não em termos de mão dominante e

não dominante, mas simplesmente como DM direita e esquerda, uma vez que vários estudos

avaliam a força independentemente da dominância.

A quantificação da força muscular ajuda o profissional na definição do problema ou situação clínica, no planejamento de protocolo de intervenção, e também na viabilização do registro de mudanças resultantes de procedimentos terapêuticos e pode, inclusive, predizer o potencial da reabilitação (FEES, 1992).

Diversos pesquisadores têm utilizado a dinamometria para avaliação da força de preensão palmar do lado dominante e não dominante, de ambos os sexos e em diferentes ocupações em indivíduos normais (CAPORRINO et al., 1998; MOREIRA et al., 2001; INCEL et al., 2002; GODOY et al., 2004).

Muitas questões sobre a realização da dinamometria ainda necessitam de esclarecimentos, especialmente as que dizem respeito à medida da força dos membros superiores (COLE; ABBS; TURNER, 1988; PITETTI et al., 1992; KEARNEY; GENTILE, 2002; GODOY; BARROS, 2005).

Aprofundar o conhecimento a respeito da força de preensão palmar em indivíduos idosos, através da avaliação objetiva e quantitativa com o dinamômetro, é um passo muito importante para que possamos aperfeiçoar este método de avaliação e buscar valores de referencia para força muscular da extremidade superior.

2.3 Generalidades do Envelhecimento

“Para se ter um envelhecimento sadio, é necessário pensar em saúde desde a infância. No

entanto, nunca é tarde para adquirimos uma mentalidade preventiva e promover a saúde.

Para isso é fundamental conhecer quais as alterações relativas ao envelhecimento e

aprender a reconhecer as alterações que são normais ou patológicas”. (Leclerc, 1999. p

(29)

Envelhecer é um processo inexorável, caracterizado por alterações biológicas e adaptações ao meio externo que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do organismo como um todo. Sendo essas alterações sutis sem produzir qualquer incapacidade, geralmente, tornando-se perceptíveis ao final da fase reprodutiva ou maléfica quando geradas por uma complexidade genética, estilo de vida ou doenças crônicas (FEDERIGHI, 1995).

Termos como senescência ou envelhecimento primário são utilizados na tentativa de definir o processo fisiológico do envelhecimento que ocorre com o passar dos anos. O termo senilidade ou envelhecimento secundário são utilizados na tentativa de definir o processo de envelhecimento patológico (SANTOS, 1996).

O crescimento do número de pessoas idosas é decorrente da transição epidemiológica pela qual passa o Brasil, o que imprime novas características aos quadros de morbidade e mortalidade dessa população, gerando a diminuição das doenças infecto-parasitárias e o aumento dos casos de doenças crônico-degenerativas, tal como ocorre nos países desenvolvidos. Como conseqüência desse envelhecimento populacional, pode-se observar a diminuição de morte prematura e o efetivo aumento do número de indivíduos com faixa etária acima dos 60 anos de idade (VERAS, 1999).

Considera-se idoso aquele indivíduo com idade acima de 65 anos nos países desenvolvidos e a partir dos 60 anos nos países em desenvolvimento. O aspecto cronológico é usado para determinar quantitativamente através dos anos as pessoas que devem ser consideradas jovens ou idosas (JORDÃO, 1997).

Segundo Papaléo (2000) as etapas do envelhecimento estão relacionadas a uma idade crítica que estaria na faixa etária entre 45 e 60 anos, onde se manifestaria os primeiros sinais de envelhecimento, tento uma maior predisposição à doença. A senescência gradual estaria na faixa dos 60 a 70 anos marcada pela instalação de deficiências fisiológicas e funcionais, típicas da idade avançada. A velhice compreenderia a faixa etária de 70 a 90 anos onde o individuo é caracterizado como ancião. O longevo teria mais de 90 anos sendo considerado grande velho.

(30)

definições e, portanto, de difícil conceituação. Apesar da divergência de opiniões ele é considerado um fenômeno natural (BARBOSA et al., 2001).

2.3.1 Teorias do Envelhecimento

(31)

Tabela 1: Teorias biológicas do envelhecimento

Teoria da exaustão O corpo contém uma quantidade fixa de energia que é gradualmente dissipada, desenrolada como uma corda relógio.

Teoria da Acumulação O material deletério que se acumula dentro das células acaba por matá-las com o correr do tempo (ex.: lipofuccina ou corpos de hirano). Desenvolve-se tardiamente na vida.

Teoria da Programação Biológica ou Relógio Biológico

As células são geneticamente programadas para viver por um período específico de tempo, morrendo inevitavelmente após o término desse tempo.

Teoria do erro Com a senescência, alterações ocorrem na estrutura da molécula do DNA (ácido desoxirribonucléico). Quando os erros são transmitidos para o RNA (ácido ribonucléico) mensageiro há um grande desenvolvimento de enzimas de defesa que levam, finalmente, à morte da célula e do organismo.

Teoria da Eversão Há uma mudança nas ligações que unem as cadeias de polipeptídios do colágeno, assim tornando-o menos permeável e elástico e, portanto, menos capaz de manter a vida normal. Teoria imunológica Com o tempo, há uma redução nos mecanismos protetores do sistema imune, que podem se

tornar auto-agressivos, levando à destruição dos tecidos corporais. Teoria do “relógio do

envelhecimento” Marcapasso

Diz-se que este “relógio” reside no hipotálamo. O hipotálamo é fundamental para uma variedade de funções endócrinas e cerebrais e a perda de células neste local tem um papel particularmente importante no declínio dos mecanismos homeostáticos com a idade.

Teoria dos radicais livres Os radicais livres podem causar dano ao DNA. A ligação cruzada do colágeno e o acúmulo de pigmentos da idade são causados por radicais livres (moléculas com elétrons ímpares que existem normalmente no corpo, bem como produzidos por radiação ionizante, ozônio e toxinas químicas).

(32)

2.3.2 Envelhecimento Biológico

O envelhecimento biológico leva a diminuição das reservas funcionais do organismo. Este efeito pode ser observado em todos os aparelhos e sistemas do corpo humano. Todavia, a velocidade e a extensão desse declínio variam muito entre os diversos tecidos e funções (CARVALHO FILHO et al; 2000).

De acordo com Thompson (1998), a pessoa idosa apresenta uma pele alterada com zonas de hiperpigmentação e zonas de perda da cor natural. Os melanócitos diminuem em número e sofrem alterações funcionais, as glândulas sudoríparas sofrem atrofia. A pele envelhecida fica mais seca, rígida, rugosa e flácida, tornando-se propensa a lesões.

Acuidade visual, auditiva, gustativa e olfativa são alteradas com o processo de envelhecimento. Ocorre perda de gordura ao redor do globo ocular. O cristalino torna-se opaco, ocorre esclerose da retina. A dificuldade auditiva está associada à degeneração dos elementos que compõem a ouvido interno e a atrofia da pele que cobre o conduto auditivo externo. As terminações olfativas e o número de papilas gustativas diminuem com a idade (PERRACINI, RAMOS, 2002).

Com o envelhecimento, ocorre rigidez da parede vascular, acúmulo de sais de cálcio na parede vascular, infiltração de gordura e tecido conjuntivo na região do nódulo sinoatrial, espessamento da cordoalha tendínea da mitral, calcificação das cúspides, alargamento das valvas arteriais e infiltração de colágeno nos espaços intercelulares do miocárdio (WEINECK, 2001).

(33)

Os ossos sofrem uma perda de sua mineralização tornando-se frágeis e quebradiços com o passar do tempo. As articulações, cartilagens e ligamentos tornam se mais rígidos gerando uma limitação da amplitude de movimento. Ocorre também uma diminuição da camada de tecido ósseo compacto, da quantidade de trabéculas, do número e da atividade de osteócitos, desidratação da cartilagem articular com espessamento das fibras colágenas (BARRIE, 2000).

A cartilagem articular sofre um desgaste progressivo devido à redução na atividade enzimática e um acúmulo de substratos metabólicos. Como conseqüência surge à redução do espaço total da articulação, principalmente, das articulações dos quadris, joelhos e cotovelos limitando a mobilidade funcional da pessoa idosa durante AVDs (JORDÃO, 1997).

Observa-se uma redução da massa cerebral e cerebelar, alterações de núcleos, diminuição de dendritos na camada cortical, aumento da área da fenda sináptica e diminuição da condução nervosa e dos reflexos tendinosos na pessoa idosa (STOPPE, 1995).

A maturação das ligações cruzadas do colágeno no tecido conjuntivo que envolve o músculo esquelético envelhecido torna-se mais firme e estável alterando as propriedades físicas e mecânicas do tecido conjuntivo e muscular, tornando-o rígido e de baixa elasticidade, o que proporciona uma contração lenta, demorada e com um tempo maior de relaxamento (APLEY, 1989).

(34)

2.3.3 Envelhecimento Neuromuscular

Com o passar dos anos o comprometimento do desempenho motor é evidenciado pela fraqueza muscular, lentificação dos movimentos, fadiga precoce e rigidez articular levando a dependência funcional e a incapacidade da pessoa idosa inativa (SANTOS; ANDRADE, 2005).

Carvalho e Lavizzo-Mourey (1998) relatam que o processo de envelhecimento leva a uma série de modificações nos sistemas neural e muscular, alterando a força muscular, o equilíbrio e coordenação motora da pessoa idosa.

O músculo esquelético passa por alterações estruturais e funcionais importantes em resposta ao processo de envelhecimento e à inatividade física da pessoa idosa. O declínio da massa e força muscular não ocorre com a mesma intensidade, sendo diferente entre músculos e extremidades (CANDOW; CHILIBECK, 2005).

Na ausência de doença, acredita-se que a fragilidade física da pessoa idosa é gerada em grande parte pela sarcopenia, um termo genérico que define a perda de força e massa muscular esquelética em decorrência ao aumento da idade (PORTER, 2001; GREENLUND, NAIR, 2003). A sarcopenia retrata uma perda na qualidade da composição estrutural muscular como inervação, contratilidade e fadigabilidade do músculo envelhecido resultando na perda da autonomia funcional do idoso (CARMELI et al., 2002; LAURETANI et al., 2003). A sarcopenia indica a perda da massa, força e qualidade do músculo esquelético tendo um impacto significante na saúde pública, pelas suas conseqüências funcionais no andar e no equilíbrio e na força, aumentando o risco de queda e perda da independência física funcional e declínio na qualidade vida (MATSUDO et al., 2000).

(35)

Alterações ocorrem nos componentes das unidades motoras, caracterizadas por denervação, brotamento axonal e reinervação do músculo. A unidade motora sobrevivente tenta se adaptar reorganizando-se de uma forma compensatória alargando, passando a reinervar fibras musculares órfãs que foram deixadas por motoneurônios degenerados. Um novo e diferente comportamento com tendência à diminuição na freqüência de disparo passa a ser produzido por essas unidades motoras em resposta as adaptações que ocorreram no sistema neuromuscular envelhecido (ERIM et al., 1999; CONNELLY et al., 2000).

As células do corno anterior da medula espinhal mostram uma acumulação significativa de lipofusina na pessoa idosa, o que reduz o tamanho médio dos motoneurônios e interneurônios. Os axônios sofrem uma redução no número de fibras mielinizadas. As bainhas epineurais e perineurais se espessam e a bainha endoneural sofre fibrose lentificando a condução nervosa (SOUZA; SGUIZZATO, 1998).

No indivíduo jovem as placas motoras mostram uma serie de pregas regulares e uma fenda estreita, porém, no individuo idoso demonstra aumento do número de pregas e a fenda sináptica mais ampla, ocorrendo diminuição da área de contato entre o axônio e a membrana da célula, daí o aumento do tempo de movimentação do idoso (CARVALHO et al., 2000).

Carvalhães et al. (1998) descreve que, com o envelhecimento, ocorre a diminuição do número e tamanho das fibras musculares, aumento no conteúdo de água e gordura, decréscimo no fluxo sanguíneo para os músculos, diminuição da velocidade de contração muscular, menor capacidade de receber mensagens do cérebro, menor elasticidade muscular e maior capacidade de se romperem.

O número total de fibras musculares é significativamente reduzido em decorrência ao aumento da idade. Ocorre uma significante alteração na estrutura e na velocidade de contração das fibras musculares remanecentes do tipo I e II, o que justifica a contração muscular mais rígida e lenta na pessoa idosa. As fibras musculares de contração rápida são as mais afetadas durante o processo normal de envelhecimento (TRAPPE et al., 2003).

(36)

metabolismo basal, na força muscular e na inatividade do idoso, o que, por sua vez são as causas das necessidades reduzidas de energia na pessoa com idade mais avançada (MAZZEO, 1998).

2.3.4 Efeitos do Envelhecimento sobre a Força Muscular

Força muscular é um termo amplo que se refere à habilidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força resultante com base nas demandas impostas sobre o músculo. Mais especificamente, força muscular é a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer uma resistência durante um esforço máximo único. Força funcional relaciona-se com a habilidade do sistema neuromuscular de produzir, reduzir ou controlar forças, pretendidas ou impostas, de modo suave e coordenado, durante atividades funcionais. A força muscular insuficiente pode contribuir para grandes perdas funcionais, inclusive das atividades diárias mais importantes (KISNER, 2005).

Hall (1993) relata que o tecido muscular apresenta quatro propriedades: extensibilidade, elasticidade, irritabilidade e capacidade de desenvolver tensão ativamente.

Tanto a extensibilidade quanto a elasticidade dependem dos componentes elásticos dos músculos. Quando há estiramento passivo, os músculos são capazes de retornar ao comprimento inicial devido ao componente elástico em paralelo e no caso de estiramento ativo, como no movimento de lançamento com o membro superior, por exemplo, os músculos voltam ao seu comprimento devido ao componente elástico em série, que atua como uma mola, estocando energia (HALL, 1993).

(37)

A força muscular depende da integridade estrutural e funcional do músculo, sendo capaz de gerar tensão em função da velocidade e em função do tempo, ou seja, sendo capaz respectivamente de gerar potência e resistência muscular de acordo com a solicitação (HALL, 1993).

O envelhecimento tem sido associado à redução da força muscular em ambos os sexos. Apesar de todas as formas de expressão de força ser afetadas negativamente pela idade avançada, a força excêntrica parece ser mais resistente aos efeitos adversos do envelhecimento (ARAÚJO, ARAÚJO, 2000; KAUFFMAN, 2001; DAVINI, NUNES, 2003; HUNTER, McCARTHY, BAMMAN, 2004; DESCHENES, 2004). Estudos evidenciam que a força muscular atinge seu pico por volta dos trinta anos de idade e é satisfatoriamente preservada até os cinqüenta anos (DESCHENES, 2004). Contudo, um declínio da força ocorre entre os cinqüenta e sessenta anos de idade, com um grau bem mais rápido de diminuição após os sessenta anos (KAUFFMAN, 2001).

O controle da força muscular pode ser influenciado pelas propriedades individuais de cada unidade motora, pelo comportamento dessa população no sistema neuromuscular e pelas propriedades intrínsecas das fibras musculares. O aumento da força está na dependência do maior esforço voluntário, maior recrutamento das unidades motoras e maior número de miofibrilas a serem ativadas durante a contração (HWANG; ABRAHAN, 2001).

Para Vandervoot (1994) o grau da força produzida por um músculo e obtida através de um ou de uma combinação do aumento do número de unidades motoras ativas durante a contração, do grau de ativação ou do aumento da sincronização do estímulo desencadeador da unidade motora. A força e seu aumento devem ser entendidos em termo de integração muscular, ou seja, na capacidade do músculo produzir tensão, bem como na habilidade do sistema nervoso em ativá-la.

A diminuição da massa muscular é a principal razão para a redução na capacidade de produção de força com a idade. O declínio na massa muscular é causado pela redução no tamanho, e perda de fibras musculares individuais ou ambos (ANDREWS et al., 2000).

(38)
(39)

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

9 Quantificar a força de preensão palmar em indivíduos idosos residentes na cidade de Goiânia – GO.

3.2 Objetivos Específicos

9 Verificar a força de preensão palmar;

9 Comparar os achados de força segundo a dominância;

9 Comparar à força de preensão palmar com o gênero e idade;

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4. CASUÍSTICA E MÉTODOS

4.1 Tipo de estudo

Realizou-se um estudo do tipo transversal o qual determina a prevalência de um evento. As observações e mensurações das variáveis são feitas simultaneamente, constituindo um parecer estático do que ocorre em um determinado momento. Sendo este momento definido pelo investigador. Os estudos transversais possuem a vantagem de serem rápidos e de baixo custo (PEREIRA, 1995).

4.2 Local de trabalho

Para composição da amostra, os indivíduos idosos foram submetidos a teste dinamométrico de força de preensão palmar no Setor de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá de Goiás. Este local apresentava infra-estrutura adequada para realização da pesquisa.

4.3 Participantes e Casuística

A participação dos indivíduos no estudo foi voluntária, após consentimento informado. Todos os pacientes que concordaram em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, dando ciência que conheciam os procedimentos a serem realizados e que concordavam com os objetivos da pesquisa (Apêndice A).

(41)

4.3.1 Participantes

Foram selecionados 551 voluntários com idade igual ou superior a 60 anos de vida, de ambos os sexos, que não apresentavam distúrbios cinéticos funcionais nos membros superiores.Os voluntários foram divididos em 03 grupos, o grupo 1(60 – 69 anos), grupo 2 (70 – 79 anos) e o grupo 3 (superior a 80 anos)

4.3.2 Critérios de Inclusão e exclusão Critérios de Inclusão dos participantes

9 Ter a idade igual ou acima de 60 anos;

9 Compreender as informações fornecidas pelo pesquisador durante a coleta de dados com o dinamômetro;

9 Assinar o termo de consentimento;

9 Não apresentar distúrbios cinéticos funcionais das articulações de membros superiores.

Critérios de Exclusão dos participantes

9 Estar fora da faixa de idade proposta;

9 Não apresentar interesse em participar de todas as etapas do estudo;

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4.4 Instrumentos

4.4.1 Dinamômetro

Para quantificar a força de contração voluntária máxima da mão foi utilizado um dinamômetro hidráulico, MN70142, marca North Coast fabricado pela indústria Sammons Preston. Utilizamos a segunda posição da manopla para avaliarmos os indivíduos idosos. O aparelho foi calibrado no início do estudo a fim de obtermos medidas confiáveis.

4.4.2 Ficha de Avaliação

Foram anotados dados relativos à data de nascimento, data da avaliação, idade, sexo, lado dominante em uma ficha de avaliação padronizada elaborada pela pesquisadora (Apêndice B). As avaliações realizadas consistiram de quantificação da força de preensão palmar pelo teste dinamométrico.

Não foi padronizada realização do teste de força de preensão palmar em horário ou período específico do dia, já que os idosos foram avaliados durantes o período da manhã, tarde e noite.

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4.5 Avaliação da força de preensão palmar utilizando o Dinamômetro

4.5.1 Dinamometria

No presente estudo avaliou-se a força de preensão palmar através da realização da contração voluntária máxima (CVM) de preensão palmar, no lado direito e esquerdo, dos sujeitos da pesquisa.

Para melhor avaliação da força de preensão palmar foram feitas algumas observações para os sujeitos da pesquisa a fim de padronizar o teste:

O indivíduo a ser avaliado permaneceu confortavelmente sentado em uma cadeira, ombro aduzido em posição neutra, cotovelo flexionado a 90 graus, antebraço e punho na posição neutra, conforme recomendações da ASHT (CROSBY; WEHBE; MAWR, 1994).

ƒ Foi explicado e demonstrado ao indivíduo o que seria feito.

ƒ O participante foi orientado a se acomodar ao instrumento de forma que este ficasse confortável em sua mão.

ƒ Solicitou-se que o idoso apertasse as barras de ferro do dinamômetro com o máximo de sua força. Os participantes foram encorajados pela examinadora a realizar a mais forte contração de que seriam capazes durante a realização do teste.

A FPP foi avaliada da seguinte forma:

(44)

FIGURA 8: Posição da aferição da FPP.

FONTE: A própria pesquisadora.

A base do dinamômetro North Cost durante a coleta da força foi levemente sustentada pelo avaliador a fim de impedir queda acidental.

O marcador do pico de força permaneceu voltado para o avaliador, evitando que o indivíduo examinado se preocupasse com seu desempenho a durante a realização das medidas.

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4.6 Análise Estatística

Estatística descritiva foi utilizada para caracterizar as variáveis. Os testes paramétricos foram utilizados devido ao tamanho da amostra, teste de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas foi utilizado para comparar as medidas. Quando houve diferença significativa, aplicamos o teste post hoc de Bonferroni para descrever as diferenças.

O teste t para amostras independentes foi utilizado para comparar as medidas 1, 2 e 3 e médias do lado direito e esquerdo para a variável dominância.

O teste ANOVA Multivariada foi utilizado para relacionar a força de preensão palmar com a idade, sexo, dominância, a fim de verificar quais variáveis continuariam sendo significativas, ou seja, exercendo influência sobre a força.

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5. RESULTADOS

5.1 Caracterização do grupo

Neste estudo foram avaliados 551 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos de idade, de ambos os sexos.

O número de participantes, suas idades e sexo estão discriminados na tabela 2. A proporção de homens foi superior à de mulheres no grupo total. Quando estratificado o grupo por idade, o grupo 1 (60 a 69 anos) demonstrou predominância do sexo feminino, enquanto os demais grupos 2 (70 a 79 anos) e 3 (acima de 80 anos) demonstraram proporções superiores de indivíduos do sexo masculino.

TABELA 2: Caracterização dos grupos estudados por idade e gênero.

Grupos

Variação idade

(anos)

Idade (anos) Gênero (%) n (%)

Média ± DP Masculino Feminino

Grupo 1 60-69 64,7 ± 2,8 148 (44,7) 183 (55,3) 331 (60,1) Grupo 2 70-79 73,5 ± 2,5 111 (59,7) 75 (40,3) 186 (33,8) Grupo 3 ≥ 80 83,2 ± 2,9 21 (61,8) 13 (38,2) 34 (6,2) Total 60-89 68,8 ± 6,1 280 (50,8) 271 (49,2) 551 (100)

(47)

As características dos participantes segundo a dominância estão descritos na tabela 3. TABELA 3: Caracterização dos grupos estratificados segundo a dominância.

Grupos

Dominância (%) n (%)

Lado direito Lado esquerdo

Grupo 1 (60-69) 318 (96,1) 13 (3,9) 331 (60,1) Grupo 2 (70-79) 177 (95,2) 9 (4,8) 186 (33,8)

Grupo 3 (≥ 80) 33 (97,1) 1 (2,9) 34 (6,2) Total 528 (95,8) 23 (4,2) 551 (100)

n: Número de idosos; %: Porcentagem.

Quando realizado o teste de força de preensão palmar em ambos os lados, direito e esquerdo, observou-se um predomínio de dominância do lado direito em todos os grupos estratificados por idade e também no grupo em sua totalidade.

(48)

TABELA 4: Caracterização da FPP nos lados direito e esquerdo nos grupos estratificados e total.

Grupos

Força de preensão palmar Direita (Kg/f)

Força de preensão palmar Esquerda (Kg/f)

n (%)

Mínimo-Máximo Média ± DP Mínimo-Máximo Média ± DP Grupo 1 10,3-56,3

(60-69)

30,0 ± 10,0 10-54 29,2 ± 10,2 331 (60,1)

Grupo 2 11,3-50,3 (70-79)

29,2 ± 9,2 11,6-53 27,9 ± 8,8 186 (33,8)

Grupo 3 10-43 (≥ 80)

25,5 ± 8,5 9,6-43,3 24,3 ± 7,8 34 (6,2)

Total 10-56,3 29,4 ± 9,7 9,6-54 28,5 ± 9,7 551 (100)

DP: Desvio padrão; Kg/f: Kilograma/força; n: Número de idosos;

A média da força de preensão palmar do lado direito apresenta valores superiores ao lado esquerdo, tanto nos grupos estratificados quanto também no grupo em geral. Os valores mínimos, em todos os grupos estratificados, encontram-se maiores também no lado direito, porém quando analisamos os valores máximos, o grupo estratificado com idade 70 a 79 anos e acima de 80 anos, apresentam valores superiores no lado esquerdo em relação ao lado direito.

As médias das medidas 1, 2 e 3 da força de preensão palmar do lado direito e esquerdo estão demonstradas na tabela 5 e 6 respectivamente.

Os achados da tabela 5 demonstram que os valores da medida 2 da força de preensão palmar do direito apresentou maiores valores em relação a medida 1, e em relação a medida 3, os valores demonstraram similaridade.

(49)

TABELA 5: Caracterização das medidas 1, 2 e 3 da FPP do lado direito nos grupos estratificados e no geral.

Grupos

Medida 1 (Kg/f) Medida 2 (Kg/f) Medida 3 (Kg/f)

n (%)

Mínimo Máximo Média ± DP Mínimo Máximo Média ± DP Mínimo Máximo Média ± DP

Grupo 1 11 (60-69)

54 29,8 ± 10,0 10 58 30,0±10,2 10 57 30,1±10,1 331

Grupo 2 .10 (70-79)

50 28,9±9,1 12 51 29,5±9,4 12 52 29,2±9,4 186

Grupo 3 ..10 (≥ 80)

46 25,0±8,7 10 45 26,1±8,9 9 41 25,3±8,4 34

Total ..10 54 29,2 ±9,7 10 58 29,6±9,9 9 57 29,5±9,9 551

(50)

TABELA 6: Caracterização das medidas 1, 2 e 3 da FPP do lado esquerdo nos grupos estratificados e no geral.

Grupos

Medida 1 (Kg/f) Medida 2 (Kg/f) Medida 3 (Kg/f) n (%)

Mínimo Máximo Média ± DP Mínimo Máximo Média ± DP Mínimo Máximo Média ± DP

Grupo 1 9

(60-69)

58 29,3±10,5 10 55 29,2 ±10,3 9 58 29,1±10,2 331

Grupo 2 12

(70-79)

52 28,1±9,0 10 55 28,0±9,1 12 52 27,7±8,9 186

Grupo 3 10

(≥ 80)

44 24,2±7,6 9 44 24,2±8,2 10 42 24,4±7,9 34

Total 9 58 28,5±9,9 9 55 28,5±9,8 9 58 28,3±9,7 551

(51)

As médias e os desvios padrões da força de preensão palmar do lado direito e esquerdo segundo o gênero estão detalhadas na tabela 7.

O gênero masculino demonstrou predomínio da força de preensão palmar em ambos os lados direito e esquerdo para os grupos estratificados e também para o grupo total, em relação ao gênero feminino.

TABELA 7: Caracterização da força de preensão palmar segundo o gênero por grupo estudado.

Grupos

Força de preensão palmar

Direita (Kg/f) (Média ± DP)

Força de preensão palmar

Esquerda (Kg/f) (Média ± DP)

Masculino Feminino Masculino Feminino Grupo 1 (60-69) 38,5 ± 7,5 23,1 ± 5,5 38,1 ± 7,5 22,0 ± 5,4

Grupo 2 (70-79) 34,7 ± 7,2 21,0 ± 4,4 33,3 ± 6,9 20,0 ± 4,2

Grupo 3 (≥ 80) 29,8 ± 7,6 18,4 ± 4,2 28,6 ± 6,6 17,3 ± 3,3

Total 36,4 ± 7,8 22,3 ± 5,3 35,5 ± 7,8 21,2 ± 5,1

DP: Desvio padrão; Kg/f: Kilograma/força.

(52)

Os achados das tabelas 8 e 9 demonstram respectivamente, que a força de preensão palmar do lado direito e esquerdo é maior no sexo masculino em relação ao sexo feminino, em todas as 3 medidas, em ambos os grupos estratificados por idade e grupo total.

TABELA 8: Caracterização das medidas 1, 2 e 3 do lado direito em relação ao gênero por grupo estudado.

DP: Desvio padrão; Kg/f: Kilograma/força.

Grupos

Medidas do lado direito Medida 1 (Kg/f)

Média ± DP

Medida 2 (Kg/f)

Média ± DP

Medida 3 (Kg/f)

Média ± DP

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Grupo 1 (60-69) 38,3 ± 7,5 23,0 ± 5,7 38,6 ± 7,8 23,1 ± 5,8 38,5 ± 7,9 23,3 ± 5,6

Grupo 2 (70-79) 34,4 ± 7,1 20,8 ± 4,7

TABELA 9: Caracterização das medidas 1, 2 e 3 do lado esquerdo em relação ao gênero por grupo estudado.

35,2 ± 7,4 21,2 ± 4,7 34,7 ± 7,8 21,1 ± 4,5

Grupo 3 (≥ 80) 29,1 ± 8,4 18,5 ± 3,9 30,5 ± 8,0 18,9 ± 4,8 29,9 ± 6,9 18,0 ± 4,6

Total 36,1 ± 7,9 22,2 ± 5,5 36,6 ± 8,0 22,4 ± 5,6 36,4 ± 8,2 22,4 ± 5,4 Grupos

Medidas do lado esquerdo Medida 1 (Kg/f)

Média ± DP

Medida 2 (Kg/f)

Média ± DP

Medida 3 (Kg/f)

Média ± DP Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Grupo 1 (60-69) 38,4 ± 7,7 21,9 ± 5,6 38,2 ± 7,4 21,9 ± 5,5 37,7 ± 7,9 22,2 ± 5,6

(53)

DP: Desvio padrão; Kg/f: Kilograma/força.

Grupo 3 (≥ 80) 28,4 ± 6,4 17,6 ± 3,4 28,8 ± 6,8 16,9 ± 3,8 28,7 ± 6,8 17,3 ± 3,2

Total 35,7 ± 7,9 21,1 ± 5,4 35,6 ± 7,9 21,2 ± 5,2 35,5 ± 8,1 21,3 ± 5,4

5.2 Comparações

5.2.1 Comparação entre as medidas 1, 2 e 3 nos lados direito e esquerdo

(54)

TABELA 10: Comparação entre as médias das medidas 1, 2 e 3 em relação a dominância no grupo geral.

Grupos estratificados por idade Medidas Lado Direito (Média ± DP) Lado esquerdo (Média ± DP)

Grupo 1 (60-69 anos) (n=331) Medida 1 29,8 ±10,0 29,3 ± 10,5

Medida 2 30,0±10,2 29,2±10,3

Medida 3 30,1±10,1 29,1±10,2

Valor F (p) 1,04 (0,30) 4,13 (0,04)*

Grupo 2 (69-79 anos) (n=186) Medida 1 29,8±9,1 28,1±9,0

Medida 2 29,5±9,4 28,0±9,1

Medida 3 29,2±9,4 27,7±8,9

Valor F (p) 1,05 (0,30) 0,42 (0,51)

Grupo 3 (acima 80 anos) (n=34) Medida 1 25,0±8,7 24,2±7,6

Medida 2 26,1±8,9 24,2±8,2

Medida 3 25,3±8,4 24,4±7,9

Valor F (p) 0,03 (0,86) 0,00 (1,00)

Grupo total (n=551) Medida 1 29,2 ± 9,7 28,5 ± 9,9

Medida 2 29,6 ± 9,9 28,5 ± 9,8

Medida 3 29,5 ± 9,9 28,3 ± 9,7

Valor F (p) 4,6 (0,013)* 1,4 (0,22)

(55)

A comparação pareada das medidas 1, 2 e 3 entre o lado direito e esquerdo estão detalhadas na tabela 11.

A análise pareada das medidas 1, 2 e 3 entre o lado direito e esquerdo, respectivamente, no grupo 1 demonstraram diferença significativa em todas as medidas. Achados similares foram encontrados no grupo 2. No grupo 3, somente a média da força de preensão palmar direita comparada a esquerda da segunda medida foi significativa (p=0,01).

(56)

TABELA 11: Comparação das medidas pareadas.

Grupos Medidas Lado Direito (Média ± DP) Lado esquerdo (Média ± DP) t p

Grupo 1 (60-69 anos) (n=331) Medida 1 29,8 ± 10,0 29,3 ± 10,5 2,2 0,025*

Medida 2 30,0 ± 10,2 29,2 ± 10,3 3,3 0,001*

Medida 3 30,1 ± 10,1 29,1 ± 10,2 4,0 < 0,001*

Média 30,0 ± 10,0 29,2 ± 10,2 3,6 < 0,001*

Grupo 2 (70-79 anos) (n=186) Medida 1 28,9±9,1 28,1±9,0 2,7 0,006*

Medida 2 29,5±9,4 28,0±9,1 5,0 < 0,001*

Medida 3 29,2±9,4 27,7±8,9 4,6 < 0,001*

Media 29,2±9,2 27,9±8,8 4,7 < 0,001*

Grupo 3 (acima 80 anos) (n=34) Medida 1 25,0±8,7 24,2±7,6 1,0 0,306

Medida 2 26,1±8,9 24,2±8,2 2,6 0,011*

Medida 3 25,3±8,4 24,4±7,9 1,5 0,129

Média 25,5±8,5 24,3±7,8 1,9 0,056

Grupo total (n=551) Medida 1 29,2 ± 9,7 28,5 ± 9,9 3,61 < 0,001*

Medida 2 29,6 ± 9,9 28,5 ± 9,8 6,10 < 0,001*

Medida 3 29,5 ± 9,9 28,3 ± 9,7 6,19 < 0,001*

Média 29,4 ± 9,7 28,5 ± 9,7 6, 05 < 0,001*

(57)

A comparação entre a idade (estratificada em 3 grupos) e as medidas do lado direito e esquerdo estão apresentadas nas tabelas 12 e 13, respectivamente.

Os resultados da tabela 12 que representa a força de preensão palmar do lado direito por faixa etária, demonstraram diferença significativa em todas as medidas, com exceção da medida 2.

TABELA 12: Comparação das medidas de força de preensão palmar do lado direito e idade.

Medidas Idade (anos) Valores

Lado direito 60-69 anos

(n=331)

70-79 anos (n=186)

> 80 anos (n=34)

F p

Média ± DP Média ± DP Média ± DP

Medida 1 29,8 ± 10,0 28,9 ± 9,1 25,0 ± 8,7 3,89 0,02*

Medida 2 30,0 ± 10,2 29,5 ± 9,4 26,1 ± 8,9 2,49 0,08

Medida 3 30,1± 10,1 29,2 ± 9,4 25,3 ± 8,4 3,75 0,02*

(58)

Na tabela 13, que representa a força de preensão palmar do lado esquerdo por faixa etária, observa-se que todas as medidas foram estatisticamente significativas.

TABELA 13: Comparação das medidas de força de preensão palmar do lado esquerdo e idade.

Medidas Idade (anos) Valores

Lado esquerdo 60-69 anos 70-79 anos > 80 anos F p Média ± DP Média ± DP Média ± DP

Medida 1 29,2 ± 10,3 28,1 ± 9,0 24,2±7,6 4,28 0,01*

Medida 2 29,1 ± 10,2 28,1± 9,1 24,2±8,2 4,28 0,01*

Medida 3 29,2 ± 10,2 27,7± 8,9 24,4±7,9 4,24 0,02*

Média 29,3 ± 10,2 27,9±8,8 24,3±7,8 4,39 0,01* DP: Desvio padrão; n: Número de idosos; F: Análise de variância; p: Nível de significância (p ≥ 0,05).

(59)

TABELA 14: Comparação das medidas de força de preensão palmar do lado direito e esquerdo e gênero.

Medidas Gênero Valores

Lado Direito Masculino (N=280)

Média ± DP Feminino (N=271) Média ± DP

t p

Medida 1 36,1±7,9 22,2 ± 5,5 23,9 < 0,001*

Medida 2 36,6±8,0 22,4±5,6 24,1 < 0,001*

Medida 3 36,4±8,2 22,4±5,4 23,4 < 0,001*

Média 36,3±7,8 22,3±5,3 24,6 < 0,001*

Lado esquerdo Masculino Feminino t p Média ± DP Média ± DP

Medida 1 35,7±7,9 21,1±5,4 25,0 < 0,001*

Medida 2 35,6±7,9 21,1±5,2 24,9 < 0,001*

Medida 3 35,1±8,1 21,3±5,4 23,2 < 0,001*

Média 35,5±7,8 21,2±5,1 25,1 < 0,001*

(60)

A comparação das medidas 1, 2 e 3 e médias do lado direito e esquerdo para a variável dominância estão descritas na tabela 15.

Análise estatística demonstrou que não houve diferença significativa entre as medidas do lado direito e esquerdo em relação à dominância.

TABELA 15: Comparação das medidas de força de preensão palmar do lado direito e esquerdo e dominância.

Medidas Dominância Valores

Lado Direito Direito (n=528)

Esquerdo (n=23)

t p

Média ± DP Média ± DP

Medida 1 29,2±9,7 29,9±9,8 0,32 0,75

Medida 2 29,6±9,9 29,9±9,2 0,14 0,88

Medida 3 29,5±9,9 29,6±9,7 0,05 0,96

Média 29,4±9,7 29,8±9,4 0,17 0,86

Lado esquerdo Direito

(n=528)

Esquerdo

(n=23)

t p

Média ± DP Média ± DP

Medida 1 28,4±9,9 31,1±9,4 1,24 0,21

Medida 2 28,4±9,8 30,7±10,2 1,12 0,26 Medida 3 28,2±9,7 31,0±10,1 1,31 0,19

Média 28,3±9,7 30,9±9,8 0,66 0,21

(61)

5.3 Relação entre as variáveis.

5.3.1 Relação entre a força de preensão palmar e variável idade, sexo, dominância.

Foi realizada uma análise multivariada com o objetivo de verificar quais as variáveis, continuariam sendo significativas, ou seja, exercendo influência sobre a força.

Os achados estão demonstrados na tabela 16.

TABELA 16: Relação entre a variável dependente força de preensão palmar e idade, sexo, dominância.

Variáveis Força de preensão palmar

Média Direita Média Esquerda F p F p

Sexo 691,8 <0,001* 756,7 <0,001* Idade 25,6 <0,001* 33,4 <0,001*

Dominância 0,02 0,86 3,3 0,07

F: Análise de variância; p: Nível de significância (p ≥ 0,05).

Imagem

Figura 2:  Pinça de preensão.
Figura 4: Preensão radial-digital.
Figura 6: Pega em gancho.
Figura 7:Dinamômetro Hidráulico                                                       FONTE: A própria pesquisadora
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