• Nenhum resultado encontrado

Psicol. cienc. prof. vol.30 número especial

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Psicol. cienc. prof. vol.30 número especial"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

1

O número zero da Revista Psicologia: Ciência e Profissão foi lançado em 1979, ano em que se celebraram os 100 anos da Psicologia como ciência. Eis que agora, 30 anos depois, a edição especial que comemora as três décadas de trajetória da revista insere-se nas reflexões que nos preparam para as comemorações dos 50 anos da regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil, em 2012.

Optamos pela publicação integral do número zero por não ter dúvidas sobre a atualidade dos temas ali pautados e, sobretudo, porque a reflexão sobre eles nos permite avaliar o quanto avançamos nesse período. Ao lado disso, também podemos identificar as lacunas e as dificuldades que existiam e continuam existindo como desafios permanentes da Psicologia como ciência e como profissão!

Para o número especial, a comissão editorial da revista convidou psicólogos a escrever textos que atualizassem os debates apresentados no número zero da revista. Os leitores perceberão que o resultado, muito diverso, traz uma fotografia interessante de nossa profissão atualmente. Alguns textos do número zero foram apresentados em forma de artigos; outros foram abordados via entrevistas.

Essa edição traz ainda entrevista com três ex-editores da revista. Seus relatos são especialmente interessantes porque resgatam a história de uma publicação que desde o início buscou representatividade nacional e agregou, em suas comissões editoriais, psicólogos provenientes de todas as regiões do País.

O editorial do número zero falava do crescimento da profissão no Brasil: em 1980, éramos 17 mil profissionais, inscritos em oito Conselhos Regionais, e a expectativa era de ultrapassar a cifra de 20 mil psicólogos no ano seguinte. Hoje, somos mais de 230 mil psicólogos e trabalhamos em uma profusão de áreas, linhas e formas de estudar e atuar na profissão. Se, há 30 anos, os debates se concentravam na clínica, na Psicologia organizacional e na escolar quase que exclusivamente, hoje temos presença consolidada nessas e em muitas outras áreas, como as políticas públicas de saúde, de assistência social e de garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Somos também centenas, milhares de pessoas que vivem a Psicologia como ciência que enfrenta todos os desafios teóricos e metodológicos colocados em nosso tempo.

Está viva a preocupação, apresentada no momento do lançamento da revista, de os Conselhos de Psicologia estarem preparados para a realidade da profissão no País; por isso, segue viva e forte a revista Psicologia: Ciência e Profissão, que integra um conjunto de publicações, como a revista Psicologia: Ciência e Profissão: Diálogos – com números temáticos e semestrais que aprofundam temas de nossa área –, o trimestral Jornal do Federal e as dezenas de publicações dos resultados de debates e seminários realizados pelos Conselhos que podem ser acessadas pela página www.pol.org.br, onde há também notícias diárias sobre a profissão, a ciência e sobre a atuação dos Conselhos.

Muitas características da revista se mantêm até hoje, mas os tempos também mudam: atualmente, ela deixou de ser enviada à casa dos psicólogos. No entanto, todas as suas edições estão disponíveis na internet, na BVS-Psi (www.bvs-psi.org.br). A BVS-BVS-Psi é outro projeto ambicioso dos Conselhos de BVS-Psicologia que, entendendo as mudanças contemporâneas nas formas de acesso à informação, disponibilizam periódicos, publicações, livros, teses e dissertações para amplo acesso de profissionais e estudantes. Com a política de publicações em acesso aberto, foi criado o PePSiC, no qual toda a coleção está disponível, com seus textos completos, que podem ser acessados de qualquer canto do mundo por meio da web. No entanto, a Psicologia: Ciência e Profissão continua a ser enviada a bibliotecas de universidades que têm cursos de Psicologia em todo o País, enquanto a sua versão Diálogos continua sendo enviada à casa dos psicólogos.

Em 2010, nossa revista foi incluída na base de dados SciELO, o que só foi possível devido à constância de sua periodicidade, à qualidade da gestão do processo editorial e à qualidade dos artigos publicados. A aceitação da revista sinaliza seu reconhecimento como periódico de alta qualidade, haja vista os critérios de exigência que são utilizados pelo comitê cientifico da SciELO para avaliação das revistas que se candidatam a entrar nessa base de dados acadêmica.

A decisão de enviar esta edição especial à casa de todos os psicólogos – ativos ou isentos – é demonstração do quanto a revista é especial para os Conselhos e do esforço empreendido para que chegue a cada um dos profissionais e pesquisadores. Com a publicação desta edição especial, os Conselhos de Psicologia respondem à expectativa, apresentada pelos precursores da revista, de vê-la crescer e persistir no trabalho dos que os sucederam. Esperamos que ela continue forte como referência acadêmica e profissional para os psicólogos de todo o Brasil.

Editorial

Referências

Documentos relacionados

Os membros de determinadas famílias e culturas precisam se adaptar às demandas e tarefas propostas pelos contextos nos quais estão inseridos, uma vez que cada família possui

Em 2004, a Psicologia, preocupada com a visibilidade das revistas brasileiras da área, adota o modelo SciELO de publicação e, em parceria com a BIREME e o Fórum Nacional das

E a pesquisa foi importante nessa época, porque, entre esses momentos de avaliação do lugar institucional da revista, da relevância dessa forma de publicação para

Mas está tudo colocado em um mesmo campo, há um diálogo e uma tensão permanentes entre aqueles que constroem o projeto do compromisso social, porque acham que a

[r]

As leituras que foram feitas pelos diversos autores procuram mostrar a diversidade da Psicologia em relação à importância da História para pensar a profissão, na intersecção dessa

A partir de dados sobre a evolução da profissão no Brasil, discutimos a questão confrontando as teses do alcance social, da responsabilidade social e do compromisso social,

Fixamos nosso olhar nos objetos de nosso interesse para ver-lhes alguma obscuridade, para escrevê-los “mergulhando a pena nas trevas do presente” (Agamben, 2009,